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Construção de “Genes Quiméricos” para Transformação de Plantas

O Dogma Central da Biologia Molecular foi postulado por Francis Crick em 1958. Ele explica
como ocorre o fluxo de informações do código genético. Esse modelo mostra principalmente que uma
sequência de um ácido nucleico pode formar uma proteína, entretanto o contrário não é possível.
Segundo esse dogma, o fluxo da informação genética segue o seguinte sentido: DNA → RNA→
PROTEÍNAS.
Algumas mudanças já foram feitas no modelo proposto originalmente. Isso ocorreu em razão de
hoje se saber, por exemplo, que algumas enzimas são capazes de utilizar o RNA para produzir DNA. 

Existem elementos regulatórios não transcritos necessários para a regulação do início e término
deste processo

O gene geralmente é maior do que a sequência codificadora para a proteína e conta com
uma porção estrutural e elementos regulatórios
UTR (do inglês: untranslated region) são regiões não codantes de uma molécula de mRNA, as
quais, como o próprio nome sugere, são regiões não traduzidas. O 5' UTR inicia-se no cap 5' e se
estende até o códon de iniciação (que indica o início da síntese protéica). A região 3' UTR se estende do
códon de terminação (sinal para o fim da síntese protéica) até a cauda poli-A.

Cap 5' é uma estrutura típica de mRNA eucariótico, a qual é gerada pela ligação 5'-5' trifosfato
entre a extremidade 5' de uma molécula de mRNA precursora e um nucleotídeo alterado (GMP metilado).
O Cap 5' protege o mRNA contra a ação de ribonucleases, proteção contra a ação de fosfatases e
também é responsável por interagir com complexos protéicos que processam, exportam o mRNA para
o citosol e promovem a ligação deste com os ribossomos.

Em plantas, o splicing alternativo não é muito bem estudado, mas recentes estimativas
indicam que de 20-25% dos genes de Arabidopsis e arroz são alvos de splicing alternativo.
O processo já foi descrito em vários espécies como trigo, batata, tabaco, arabidopsis,
maça, tomate, entre outras, indicando que é um mecanismo difundido de regulação gênica em
plantas.

- O splicing de um mRNA é o resultado de complexas interações proteína-proteína e proteína-


RNA
- O processo é regulado de uma forma combinatória pela ação de sinais auxiliares e de
fatores.
- Sinais auxiliaries podem ser classificados de acordo com a sua localização no pre-mRNA
(intron ou exon) e sua função (indutor ou repressor).

Splicing alternativo é um processo pelo qual, durante a expressão génica, éxons de


um transcrito primário são clivados em locais diferentes na molécula de RNA recém
sintetizada, as enzimas que exercem essa função de splicing são sustentadas pelo
domínio do braço de carboxila do complexo da RNA polimerase II, deste modo com as
diferentes composições dos íntrons que foram removidos, os mRNA maduros são
compostos de bases com sequências diferentes, implicando assim em códons diferentes e
consequentemente em polipeptídeos com sequências de amino ácidos distintas, o que
constitui proteínas de diferentes funções que foram codificadas por um mesmo gene. [1] .
Em muitos casos, o xprocesso de splicing pode criar várias proteínas únicas por variações
no splicing do mesmotranscrito primário.

A descoberta de apenas 30 000 genes em humanos não reflete a dimensão correta do


número possível de proteínas a serem sintetizadas. O splicing alternativo permite que uma
única fita de RNA mensageiro recém-sintetizada sofra diversas possibilidades
deprocessamento, aumentando consideravelmente o número total possível de proteínas.

Splicing alternativo (também conhecido como splicing diferencial) é um processo


regulado durante a expressão gênica que resulta na codificação de múltiplas proteínas por
um mesmo gene. Nesse processo, certos exons podem ser incluídos ou excluídos do
RNAm produzido por tal gene. Consequentemente, as proteínas traduzidas dos RNAm que
sofreram o splicing alternativo serão diferentes quanto às suas sequencias de aminoácidos
e em certos casos até mesmo quanto às suas funções biológicas.Esse processo permite
que o genoma humano sintetize muito mais proteínas do que as derivadas dos seus
20.000 genes codificadores de proteínas.

Nos organismos eucarióticos, o splicing alternativo ocorre normalmente, o que é muito


bom, pois aumenta a diversidade de proteínas que podem ser codificadas por um genoma
que em alguns casos é limitado. A forma mais comum do splicing alternativo é o “exon
skipping”, que consiste em “saltar” a leitura das partes malformadas do gene.

A produção de RNAm através do splicing alternativo é regulada por um sistema de


proteínas que se ligam a sítios de ação durante a transcrição primária. Essas proteínas
incluem ativadores do splicing, que promovem o uso de um sítio específico de splicing, e
também incluem inibidores de splicing, que reduzem o uso de um sítio específico. Os
mecanismos do splicing alternativo variam muito e novos exemplos têm sido
constantemente descobertos. 

A descoberta de apenas 30 000 genes em humanos não reflete a dimensão correta do


número possível de proteínas a serem sintetizadas. O splicing alternativo permite que uma
única fita de RNA mensageiro recém-sintetizada sofra diversas possibilidades
de processamento, aumentando consideravelmente o número total possível de proteínas.
Onze conhecidos processos moleculares que podem gerar novas estruturas
genéticas são mostrados.Em éxons ou domínio de embaralhar, os éxons ou domínios de
diferentes genes podem ser recombinados de modo a formar vários genes codificadores
de proteínas quiméricas (veja a figura, uma parte). A duplicação de genes é um
processo amplamente conhecido que pode formar novas estruturas de genes
através de mecanismos baseados no DNA, tais como desigual cruzado ou genoma
de replicação na ausência de divisão celular (ver o figura, parte b). Duplicações pode
ocorrer em uma ampla gama de escalas, a partir de peças de genes aos genomas inteiros.
Retrotransposição é uma duplicação baseado no RNA em que um RNA transcrito é objeto
de transcrição reversa e inserido um novo posição no genoma (veja a figura, parte c). Este
mecanismo, embora frequentemente assumido para produzir elementos genéticos sem
função, foi encontrado para ser importante na geração de novos genes. Elemento
transponível (TE) domesticação ocorre em várias formas (veja a figura, parte d). Nos seres
humanos e outros mamíferos, centenas de genes nucleares foram encontrados para
codificar TE-peptídeos derivados e ter evoluído novas funções celulares. Devido a
natureza de múltiplas cópias de EA, que pode também facilitar desigual-
crossovermediated duplicação de genes (por meio da recombinação envolvendo não-
alélicas TE cópias). Transferência lateral de genes era frequentemente encontrado a
desempenhar um papel importante na transferência de genes entre espécies bacterianas e
recentemente foi encontrado a ocorrer em eucariotas (veja a figura, parte e). Gene de
fissão ou fusão splits um gene em diferentes genes ou fusíveis genes vizinhos (veja a
figura, parte F). De novo origem de genes tem sido relatada em diversas organismos (veja
a figura, parte g). O mecanismo envolve a geração completamente novas proteínas por
evoluindo nova codificação seqüências de DNA através de acumulação de mutações no
anteriormente não codificante ambientes genómicos. Leitura deslocamentos de quadro em
um gene que codifica a proteína, como pode ser visto em genomas humanos, pode gerar
novas proteínas (veja a figura, parte h). Temperar alternativa aumenta a diversidade
proteína codificada pelos éxons em eucariotas, e mamíferos evoluíram novos éxons que
resultam em novas variantes de splicing de proteínas (veja a figura, parte i). Não
codificante genes de RNA não codificam proteínas, mas pode ter várias funções
importantes (veja a figura, parte j). Muitos RNAs recém-descobertos foram encontrados
para ter originado recentemente, tais como microRNAs em Drosophila spp.123 eo macho-
funcional não-codificante RNAs em mice9. Pseudogenes, incluindo alguns em mamíferos,
foram consideradas transcritas e ter um papel como 'esponjas' para microRNAs, assim,
por sua vez, regulação da expressão dos genes parentais funcionais (ver a figura, parte k).
Vários mecanismos cooperar com frequência na geração de um novo gene. Além disso, os
genes resultantes de várias destes mecanismos - tal como retrotransposição e originação
de gene novo - deve adquirir nova sistemas de regulação, a fim de ser expresso e
regulamentada. Isto pode ocorrer pela várias vias mutacionais impulsionado por selecção.
Por exemplo, um Drosophila melanogaster retrogene foi encontrado para ter adquirido um
sistema regulatório para expressão em testículos uma selecção process124 mutação, e
novos genes que têm evoluiu rapidamente sequências de isoladores e locais de ligação de
proteína para configurar novo boundaries125 reguladoras foram identificados.
Adicionalmente, o novo vertebrado genes foram encontrados para ter locais de ligação de
U1 gradualmente acumulados e sinais poli (A) para definir uma unidade de transcrição
produtiva, revelando o evolução de elementos estruturais que controlam a transcrição
direccionalidade após a originação de genes.
Gene quimérico artificial construído através da justaposição de fragmentos de genes não-
relacionados ou de outros segmentos de DNA, que podem alterar a si próprios.  
Genes Quiméricos (literalmente feito com partes de diferentes fontes) são formados
pela combinações de porções de uma ou mais sequências codificadores para produzir um gene
novo.
Genes quiméricos são importantes peças na produção de novidades genéticas.
Duplicações fornecem fontes que permitem o organismo desenvolver novos fenótipos e
adaptar ao seu meio. Ao contrário, genes quiméricos são totalmente diferentes dos genes
parentais e geralmente tem a tendência a produzir uma nova função.
Produção de proteínas quiméricas é frequente no genoma e geralmente tende a ser
eliminada pela seleção natural. Entretanto, estes novos peptídeos podem ser totalmente
funcionais e selecionados favoravelmente na população.

Como surgem os genes quiméricos


• Genes Quiméricos (literalmente feito com partes de diferentes fontes) são formados
pela combinações de porções de uma ou mais sequências codificadores para produzir
um gene novo.
• Podem ser formados de diferentes maneiras.
• Retrotransposição: onde o retrotransposon copia acidentalmente o transcrito
de um gene e insere em um novo local. Dependendo de onde o retrogene
aparerecer, pode ser recrutado novos exons para formar um gene quimérico
• Recombinação ectópica: quando existe troca de partes do genoma que não
são relacionados.
• Rearranjos: como inverções, translocações, deleções e duplicações
Recombinação homóloga

Proteínas produzidas a partir de GENES que foram mutados pela ocorrência


da fusão de regiões codificadoras de proteínas de mais de um gene.

Domínios como modulos evolucionários


“A natureza é uma funilaria e não um inventor” - Francois Jacob (Science:196;1977)
• Novas sequências são adaptadas de formas pré-existentes ao invés de serem
inventadas.
• Domínios são o material comum usado pela natureza para gerar novas
sequencias.
• Muitas famílias de domínios são encontradas nas mais diferentes formas de
vida: Archaea, Bacteria e Eukaria

Importância evolutiva de proteínas quiméricas


• Proteínas multidomínio surgiram provavelmente pela pressão de seleção
durante a evolução para criar novas funções.
• Várias proteínas têm divergido de um ancestral comum pela combinação e
associação de diferentes domínios. As unidades modulares se movem dentro e
entre sistemas biológicos por mecanismos de “embaralhamento genético”.
• A seleção natural definirá o quanto de modificação um gene sofrerá (Ex.)
• Não se deve confundir com genes fusionados, que se referem à união de
sequencias codificadores completas em uma mesma leitura e que
frequentemente mantêm sua função original.

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