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Genética

Conteúdos das aulas Teóricas (8h):


o Importância da Genética e da Genómica na Medicina Humana.
o Estrutura e função dos ácidos nucleicos e dos cromossomas
o Fundamentos da estrutura dos genes, expressão dos genes e organização do
genoma humano
o Mutações e polimorfismos
o Tipos de hereditariedade
o Exemplos da aplicação do conhecimento da genética e genómica na Enfermagem
o Casos clínicos

Conteúdos das aulas práticas (4h):


o Extração e quantificação de ácidos nucleicos
o Eletroforese em gel de agarose
o Reação em cadeia da polimerase (PCR)
o Sequenciação
o Cálculo de frequências alélicas

Exemplos:
o Consulta genética para aconselhamento sobre cancro da mama hereditário.
o Diagnóstico pré-implantação
o Diagnóstico pré-natal
o Genética forense
o Farmacogenética
o Farmacocinética: o que o corpo faz ao fármaco
o Farmacodinâmica: o que o fármaco faz ao corpo
A forma como metabolizamos os fármacos está dependente das proteínas do
citocromo P450

Gene: Sequência do DNA com uma função concreta (originar uma proteína) ou controlo
da expressão génica (RNA).
Alelo: Variante de um gene; forma alternativa de um gene.
Fenótipo: Características físicas, bioquímicas e/ou fisiológicas observadas num
indivíduo ou célula resultantes da interação do meio ambiente com um gene ou genes.
Genótipo: Constituição génica de um indivíduo em relação aos alelos de um locus.
Homozigótico: Indivíduo que apresenta dois alelos idênticos num determinado locus de
um par de cromossomas homólogos.
Heterozigótico: Indivíduo que apresenta dois alelos diferentes num determinado locus
de um par de cromossomas homólogos.
Dominante: Um alelo que exerce o seu efeito quando presente apenas uma cópia.
Refere-se a uma característica que se expressa quando existe heterozigotia.
Recessivo: Um alelo que exerce o seu efeito apenas quando existem duas cópias.
Expressa-se em homozigotia ou hemizigotia.

Ácidos nucleicos: polímeros com carga negativa, compostos por uma série de
nucleótidos. Cada nucleótido é formado por um açúcar, uma base azotada e um grupo
fosfato.
No DNA o açúcar é a desoxirribose e no RNA é a ribose. Os átomos de carbono da
pentose são numerados de 1 a 5 seguidos do sinal de apóstrofe.
As bases azotadas existem no DNA e RNA. No entanto, a timina existe apenas no DNA
e o uracilo existe apenas no RNA.
As purinas são bases azotadas com 2 anéis (adenina e guanina).
As pirimidinas são bases azotadas têm apenas 1 anel (citosina, timina e uracilo).
Ligação fosfodiéster ocorre entre um grupo fosfato e o açúcar
A formação da cadeia A união entre a base azotada e o
polinucleotídica é efetuada por açúcar é efetuada por uma ligação
ligações covalentes fosfodiéster. N-glicosídica no carbono 1´ da
Um grupo fosfato liga um átomo de pentose.
carbono 5´ do açúcar ao carbono 3´
do resíduo de açúcar seguinte.

Na extremidade 5´ temos um grupo fosfato livre e na extremidade 3´ temos um grupo


hidroxilo. Na descrição das sequências usamos o sentido 5´-3´.
o O DNA apresenta cadeia dupla unida por pontes de hidrogénio entre as bases
complementares. As cadeias são complementares e antiparalelas.
o Existem 2 pontes de hidrogénio entre A-T e 3 pontes de hidrogénio entre G-C.

Numa molécula de DNA a proporção entre purinas e pirimidinas não varia, isto é:

Organização do DNA de dupla hélice:


As ligações fosfodiéster encontram-se no exterior da molécula, o que lhe confere carga
negativa.
As bases que permitem o emparelhamento das duas cadeias encontram-se na parte
interior.
A interação do DNA com proteínas que regulam a expressão dos genes mostra que
algumas estão unidas ao sulco maior e outras estão unidas ao sulco menor.
o Histona H1 fecha o nucleossoma.
o A unidade básica da cromatina é uma estrutura chamada nucleossoma. O
nucleossoma é constituído por proteínas histonas (H2A, H2B, H3 e H4 e 147
pares bases de DNA.
o DNA + Proteínas = Cromatina.
Exão versus intrão: Exões são zonas codificantes e os intrões são eliminados por splicing.

Os organismos vivos têm de duplicar de forma fidedigna o DNA antes da divisão celular.
Todas as células utilizam uma “maquinaria de replicação” comum que inclui várias
proteínas, algumas delas com atividade enzimática.
o Helicases: Desenrolam a dupla hélice e separam as cadeias de DNA, de forma a
exporem as bases para emparelhamento. É originada uma estrutura em forma
de Y (garfo de replicação) que progride ao longo da dupla hélice original.

o DNA polimerase: Sintetiza uma nova cadeia de DNA, adicionando dNTPs, por
complementaridade com a cadeia molde.

o Topoisomerases: desfazem o super-enrolamento da cadeia dupla. Para que o


garfo de replicação possa progredir, a helicase vai desenrolando
progressivamente a hélice, provocando uma torção forçada e formação de zonas
super-enroladas que serão desfeitas pela topoisomerase.
o SSB (single stranded DNA binding proteins) ligam-se e estabilizam o DNA de
cadeia simples;

o Primase: sintetiza pequenos fragmentos (<15nt) de cadeia simples


complementares da cadeia molde e que fornecem a extremidade 3´que a DNA
polimerase usa para iniciar a adição de bases;
o Exonucleases: removem ribonucleótidos;

o Ligase: restabelecem ligações fosfodiéster entre nucleótidos adjacentes

A Replicação do DNA é semi-conservativa porque cada cadeia-mãe origina 2 novas;


A Replicação do DNA é semi-descontínua pois uma cadeia é sintetizada continuamente
e a outra de forma descontínua;
A Replicação do DNA é bidirecional porque ocorre a partir de cada origem de replicação,
de sentido 5’ para 3’ e de 3’ para 5’.

Estrutura típica de um gene humano


Para além da região promotora, existem outras sequências no DNA muito importantes
para que ocorra de forma conveniente a transcrição de um gene:
 Estimulador ou enhancer: À sequência estimuladora ligam-se proteínas
ativadoras da transcrição;

 Silenciador ou silencer: Ao silenciador ligam-se proteínas repressoras da


transcrição;

 Isolador ou insulator: O isolador separa unidades transcricionais.

Região Promotora: sequência de DNA reconhecida pela RNA polimerase para iniciar a
transcrição.
O processamento do RNA envolve 3 mecanismos.:
1) Adição de capa na extremidade 5'. A capa é uma guanina mutilada e dá estabilidade
ao RNA.
2) A cauda é um conjunto de cerca de 100 adeninas
3) Splicing: Remoção dos intrões
Quando um gene é expresso, para originar um produto funcional (proteína ou ncRNA),
o DNA tem de ser transcrito (processo de transcrição).
O transcrito primário (pré-RNA) tem de ser processado (maturação ou processamento
do RNA que envolve 3 mecanismos:
 Adição de capa, cauda e o splicing para se tornar mais estável.
De seguida, atravessa os poros nucleares (transporte do RNA) e chega ao citoplasma,
onde deve estar protegido e estável.
Se o produto funcional formado for uma proteína, esse mRNA tem de ser traduzido
(processo de tradução). Essa proteína poderá ter de sofrer maturação para se tornar
ativa ou funcional.
Ambas as cadeias do DNA podem servir de molde para a transcrição.
Pode ocorrer transcrição e formação de um transcrito primário a partir da cadeia sense,
mas também da cadeia antisense.

Proteínas envolvidas na transcrição:


 Enzima RNA polimerase
 Fatores de transcrição
 Proteínas ativadoras
 Proteínas co-ativadoras
 Proteínas repressoras
O splicing alternativo é responsável pela produção de múltiplos mRNA maduros a partir
de um só gene. É essencial para a diversidade proteica. Explica a complexidade obtida a
partir de um reduzido número de genes (~20.000 genes no Homem).
Angiogênese é a formação de uma rede capilar (vasos sanguíneos);

Questão: uma determinada caraterística ou patologia tem origem genética e é


hereditária?
Solução: estudo da forma de transmissão de uma geração para a outra ou estudo da
frequência de manifestação entre indivíduos da mesma família.
Árvore genealógica é um sistema que reúne a informação sobre a transmissão da
caraterística em estudo.
Pedigree é a representação gráfica de uma árvore genealógica que usa símbolos aceites
mundialmente.

o Gerações diferenciadas com numeração romana que aumenta de cima para


baixo (mais jovens em baixo).

o Os indivíduos em cada geração são diferenciados através de numeração árabe


que aumenta da esquerda para a direita.

Existem ~16.000 caraterísticas ou doenças humanas com herança mendeliana e que são
provocadas por alterações num único gene.
o Herança autossómica.
o Herança ligada aos cromossomas sexuais

Existem cinco tipos de padrão de transmissão mendeliana:


- Autossómico dominante.
- Autossómico recessivo.
- Ligado ao cromossoma X, dominante.
- Ligado ao cromossoma X, recessivo.
- Ligado ao cromossoma Y
Adicionalmente, temos o padrão de transmissão das mutações no DNA mitocondrial, o
qual contribui de forma significativa para as doenças genéticas humanas.

- Caraterística manifestada em condição heterozigótica (possui alelo normal e alelo


mutado).
- ~4.000 caraterísticas com transmissão autossómica dominante na base de dados da
OMIM (Online Mendelian Inheritance in Man).
- Igual probabilidade de homens e mulheres serem afetados. Ambos os sexos podem
manifestar e transmitir a doença.
- Cada descendente que manifesta a caraterística tem um progenitor que também a
manifesta;
- Em média, metade da descendência de um progenitor afetado será afetada; Indivíduos
afetados são normalmente heterozigóticos e têm normalmente um progenitor afetado.
- Descendência de indivíduos não afetados será não afetada.
Caraterística autossómica dominante pode envolver apenas um órgão ou parte do
corpo.

- Manifestam-se apenas quando o alelo mutado está em dose dupla (ou seja, em
homozigotia).
- Heterozigóticos são portadores e são saudáveis, não manifestando sintomas da
doença.
- ~4.000 caraterísticas com transmissão autossómica recessiva no OMIM.
- Igual probabilidade de homens e mulheres serem afetados;
- Transmissão ligada ao sexo implica que o gene que provoca a doença está localizado
no cromossoma X.
- As mulheres heterozigóticas normalmente não são afetadas, mas algumas podem
expressar a condição com gravidade variável (padrão de inativação do cromossoma X).
- O alelo responsável pela condição é transmitido de um homem afetado para todas
as suas filhas. Qualquer um dos filhos das suas filhas tem 50% de probabilidade de o
herdar.
- O alelo mutado geralmente não é transmitido diretamente de pai para filho, mas é
transmitido de um homem afetado para todas as suas filhas.
Ocorre em machos e fêmeas, no entanto, as mulheres que manifestam a caraterística
são duas vezes mais frequentes do que os homens afetados.
Não existe transmissão de homem para filho homem, uma vez que estes recebem chrX
da mãe. As filhas de um homem doente, ao receberem o seu chrX serão sempre
doentes.
Assim, os homens com doença que têm parceiras normais não terão nenhum filho
afetado e nenhuma filha normal.

APENAS HOMENS MANIFESTAM A DOENÇA.


Genes holândricos estão localizados no cromossoma Y.

Apenas os homens
manifestam a doença.
Há transmissão de pai
para filho. São doenças
muito raras
O genoma de um indivíduo inclui ~10.000–11.000 diferenças relativamente ao genoma
de referência com consequência na mudança de a.a. nas proteínas (alteração não
sinónima) e um valor semelhante relativamente às variantes sinónimas.
Mutação: qualquer alteração na sequência de nucleotídeos ou arranjo do DNA
As mutações são a principal causa da mudança de fenótipo, existindo outros
determinantes, tais como: ambiente, epigenética e outros fatores aleatórios.
Epigenética são alterações que não envolvem modificação na sequência do DNA mas
que alteram a forma de expressão dos genes. Como exemplo temos a metilação do DNA,
as alterações nas proteínas histónicas, a remodelação da cromatina e a influência do
RNA não codificante de proteínas

- Mutações que alteram o nº de cromossomas na célula (mutações genómicas)


provocadas por erros na segregação dos cromossomas durante meiose ou mitose –
Mutações que alteram a estrutura de cromossomas individuais (mutações
cromossómicas), tal como duplicações, deleções, inversões e translocações.
- Mutações que alteram genes individuais (mutações génicas)
Consequências: Mutações somáticas ou germinativas

Substituição: Troca de um nucleótido por outro. Tipo de mutação mais comum.


Transição é a troca entre purinas ou entre pirimidinas. Transversão (troca de uma purina
por uma pirimidina ou vice-versa).
Deleção: Perda de um ou mais nucleótidos. Se ocorrer na região codificante e envolver
nucleótidos não múltiplos de 3, o quadro de leitura aberto (ORF – Open Reading Frame)
pode mudar.
Inserção: Adição de um ou mais nucleótidos. Se ocorrer na região codificante e envolver
nucleótidos não múltiplos de 3, o quadro de leitura aberto pode mudar. Muitas doenças
surgem por expansão de repetições de trinucleótidos (ex. doença de Huntington).
Doença genética, com hereditariedade autossómica recessiva. Causada por uma
alteração nas secreções de algumas glândulas. Nos pacientes, as glândulas exócrinas
produzem uma secreção muito mais espessa do que nos indivíduos sem a doença.
 Provocada por mutações no gene CFTR (Cystic Fibrosis Transmembrane
Conductance Regulator)

Classe I: Impede transcrição do gene CFTR


num segmento completo de RNAm, logo
não se produz a proteína.
Presença de codões de paragem
prematuros (classe Ia) ou frameshifts
devidas a deleções ou inserções (classe Ib)
impedem a tradução de uma proteína
completa.
Classe II: Maturação proteica defeituosa e
degradação prematura. Bloqueia a
maturação da proteína traduzida (defeitos
no trafficking);
Classe III: Permite que o CFTR sofra
maturação e se posicione na superfície da
célula, mas impede que exerça aí a sua
função (regulação incorreta);
Classe IV: A proteína torna-se capaz de ser
ativada ao nível da superfície da célula;
porém, ocorre uma redução no transporte
de cloro;
Classe V: A proteína permanece normal
havendo uma diminuição da sua
quantidade (síntese ou processamento
parcialmente afetados).
Classe VI: A proteína é mais instável.

Ubiquitina é uma proteína pequena que marca as proteínas para degradação


Esta mutação provoca uma disfunção do canal, impedindo a passagem de iões cloreto e
inibindo a absorção de sódio pela membrana.
Como resultado desta alteração genética, todas as secreções sofrem modificações: o
suor é mais salgado, e tanto o muco pulmonar como as secreções do pâncreas
apresentam-se mais viscosas.

Doença degenerativa e progressiva do Sistema Nervoso Central, identificada e descrita,


em 1872, pelo médico Norte Americano George Huntington.
Transmissão autossómica dominante.
Causada por uma expansão da repetição de (CAG)n (o que origina o aminoácido
glutamina) no gene que codifica HTT (huntingtin) localizado no cromossoma 4p16.3 nº
de locus). Em indivíduos normais, o nº de repetições varia entre 9 e 36. Em pacientes
com HD, o nº de repetições é superior a 37.

Sintomas: Sinais motores, a nível cognitivo e comportamental.


Coreia – movimentos involuntários súbitos e frequentes do tronco.

Testes moleculares diretos para o diagnóstico genético, numa fase pré-sintomática ou


no período prénatal, realizados por PCR (Polymerase Chain Reaction), permite detetar
o nº exato de repetições CAG no gene HTT e permitem a identificação de doentes (mais
de 36 repetições), e pessoas saudáveis.

Biotransformação dos fármacos é fundamental para conhecer o seu comportamento


farmacocinético e a variabilidade individual nas interações farmacológicas.
Maioria dos medicamentos é biotransformada no fígado por sistemas enzimáticos,
especialmente pelas enzimas do citocromo P450 (CYP). Há 59 enzimas do CYP
identificadas no Homem.
A variação da atividade das enzimas CYP devido a polimorfismos genéticos permite
classificar os indivíduos
em diferentes classes fenotípicas:
• metabolizadores pobres/fracos que não demonstram atividade CYP,
• metabolizadores intermédios que demonstram uma atividade reduzida,
• metabolizadores extensivos que demonstram atividade normal,
• metabolizadores ultra-rápidos que demonstram aumento da atividade.

Codeina: Fármaco usado como analgésico. Durante o seu metabolismo, a codeína é


transformada em morfina pelo CYP2D6.
Fármaco: Suxametónio / Succinil Colina
Função: Bloqueador neuromuscular despolarizante (para intubar o paciente)
Gene afetado: BChE (Butyrylcholinesterase)

Ziagen (Abacavir): Agente antiretroviral prescrito em pacientes com HIV


Elevada eficácia, mas em 5% dos indivíduos ocorre uma reação de hipersensibilidade
grave que exige ainterrupção do fármaco.
Esta reação está associada à presença de uma variante no gene HLA-B (alelo *57:01).
Antes de iniciar o tratamento com abacavir, a pesquisa da presença do alelo HLA-B*5701
deve ser realizada em qualquer doente infetado pelo HIV, independentemente da sua
origem étnica.
O abacavir não deve ser utilizado em doentes que se saiba possuírem o alelo HLA-
B*5701.
Varfarina: Anticoagulante oral da classe das cumarinas, que exerce o seu efeito através
da inibição da vitamina K.
Anticoagulante oral da classe das cumarinas, que exerce o seu efeito através da inibição
da vitamina K.
Janela terapêutica estreita – tem a ver com a dose, a dose que é eficaz e a dose que é
tóxica estão muito próximas.

É uma doença de caráter recessivo, ligada ao cromossoma X, causada por mutações no


gene DMD localizado em Xp21.

• Doença hereditária rara com transmissão autossómica dominante, de evolução lenta


• Deposição de amiloide nos tecidos (nervos).
• Provocada por mutações no gene TTR, localizado no cromossoma 18.
• A PRINCIPAL MUTAÇÃO É NA POSIÇÃO 50 MISENSE TROCA DE VALINA POR
METIONINA
• Tratamento: Transplante hepático.
Três passos básicos na extração do DNA genómico de qualquer célula:
- a lise das membranas celular e nuclear,
- a degradação das proteínas,
- a precipitação do DNA libertado.
Membranas (celular e nuclear) constituídas por lípidos.
Lise da célula -> Degradação da camada fosfolipídica -> Usam-se detergentes que
solubilizam os fosfolípidos, ex: Dodecil Sulfato de Sódio (SDS).

Tratamento com enzima proteolítica (proteinase K) que dissocia as proteínas dos


cromossomas.
Precipitação selectiva das proteínas (ex: alta concentração salina).

Precipitação do DNA com um álcool (etanol).


- Água (pode ser pouco conveniente para armazenamento prolongado pois pode
provocar hidrólise).
- Tampão com Tris e EDTA (evitar o excesso de EDTA, pois pode inibir as reações de PCR)
Extração de RNA versus Extração de DNA.. RNA é mais instável. Fatores: estrutura
(cadeia simples).
A extração de RNA é um processo mais delicado e que exige mais cuidados porque o
RNA é mais instável e pode sofrer degradação ao longo do processo da extração.

Eletroforese é uma técnica básica de genética molecular que consiste na separação de


moléculas carregadas mediante a aplicação de um campo elétrico.
As moléculas são separadas umas das outras conforme o tamanho e a carga. O gel de
agarose é uma matriz muito usada, na qual é aplicada a amostra e que permite realizar
a separação dos ácidos nucleicos. A Agarose é um polissacarídeo extraído da parede
celular de algumas algas.
Se o DNA estiver degradado surge uma mancha no gel, se o DNA genómico estiver em
boas condições surge uma banda no gel com elevado peso molecular.
1º encaixar as borrachas de suporte na bandeja
2º preparar solução de agarose

 A solução de agarose é feita misturando tampão de eletroforese com agarose.


Agarose é um pó que parece gelatina (coloca-se no micro-ondas para solubilizar).
TBE - Tampão T-tris B- ácido bórico E-EDTA
 Depois de ficar translucido vertemos na tina (caixinha) e faz uma forma.
 Encaixar os pentes para ficar com uns buraquinhos que é onde vamos depositar
as amostras (com corante, para conseguir observar bem)
 Depois fecha-se a tina, fica ligado a corrente, o DNA tem carga negativa (devido
a presença do grupo fosfato) por isso o DNA no gel vai migrar do polo negativo
para o polo positivo.
 O DNA depois é retirado do suporte e vai ser colocado no Transiluminador com
a luz UV.

A tina de eletroforese é o aparelho onde se faz a migração do DNA. O tampão de


eletroforese é o liquido usado na tina e no gel que fornece os iões para a migração do
DNA.
 Tina de eletroforese;

 Tampão de eletroforese;

 Brometo de etídeo vs Green Safe and GelRed (Azul de bromofenol (ou


xilenocianol) é um corante usado para ajudar a depositar as amostras nos poços
do gel e para monitorizar o processo de eletroforese em gel de agarose)

 Marcador de peso molecular: Apresenta um conjunto de bandas com tamanho


conhecido e vai permitir comparar com a nossa amostra para estimar o nº de
pares de bases.

 Solução de deposição;

 Azul de bromofenol (ou xilenocianol) é um corante usado para ajudar a depositar


as amostras nos poços do gel e para monitorizar o processo de eletroforese em
gel de agarose.
Teste: É uma técnica de genética molecular, que simula a replicação que ocorre in vivo
e que permite a obtenção de várias copias de DNA localizado entre os 2 primers.

95 º desnaturação do DNA. Vamos subir a


temperatura - a cadeia dupla vai se abrir

Vai servir de molde para originar uma nova


cadeira. No meio temos o fragmento que já
foi copiado que vão servir de copia para
nova cópia.

Reagentes necessários para PCR:


DNA
Enzima DNA polimerase
Primers (forwar e reverse)
Solução tampão com Cloreto de Magnésio
dNTPs (bases azotadas)
Água
Pergunta: como é que a DNA polimerase sabe quando deve parar de adicionar
nucleótidos?
R: Ela não sabe. Quem dita quando ela para somos nós porque nos definimos um tempo.

Termociclador - equipamento usado para executar a reação de PCR. Efetua ciclos de


temperatura para permitir que as 3 etapas da reação sejam executadas na ordem
correta com a duração apropriada.

- Desnaturação do DNA (~ 95ºC)


- Hibridação dos “primers” (~ 60ºC)
- Polimerização pela Taq DNA polimerase (~ 72ºC)

 Primeiro ciclo
Após desnaturação do DNA e emparelhamento dos primers nas regiões
complementares, a Taq DNA polimerase adiciona os desoxinucleótidos trifosfatos
(dNTPs) a partir do extremo 3´ de cada primer, sintetizando duas novas cadeias.

 Segundo ciclo
As cadeias iniciais e as recém-sintetizadas servem de molde. Neste ciclo, são sintetizadas
cadeias com tamanho exato da região que pretendemos amplificar e são estes os
fragmentos que se acumulam exponencialmente (2n).

Frequências alélicas, genotípicas e fenotípicas.


Equilíbrio de Hardy-Weinberg
Cálculo das frequências alélicas, genotípicas e fenotípicas numa população.
Exemplo da série alélica dos grupos sanguíneos.
1- Numa população com a seguinte constituição genotípica: 30 indivíduos AA; 40
indivíduos aa; 30 indivíduos Aa, a frequência do alelo A será de:
a) 0,6
b) 0,3
c) 0,45
d) Nenhuma das anteriores

2- Numa população em que a frequência do alelo A é de 0,6 e do alelo a é de 0,4,


esperámos ter uma frequência do fenótipo dominante equivalente a:
a) 84%
b) 75%
c) 35%
d) Nenhuma das anteriores

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