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28/04/16

GÊ NESE E DESENVOLVIMENTO

1. PRINCÍPIOS GERAIS DA GENÉ TICA


 As bases genéticas sã o fornecidas pelos estudos de Gregor Mendel a partir da observaçã o
das ervilhas.
 Primeira Lei: Princípio da Segregaçã o
 Segunda Lei: Princípio da Segregaçã o Independente
 Os cromossomos sã o os portadores físicos dos genes, seu estudo é caracterizado como a
citogenética.
 Carió tipo: cada espécie possui seu conjunto característico de cromossomos
 Genes se encontram em ordem linear em seus determinados locus (posiçõ es precisas)
 Cromossomos humanos: 46 [23 pares autossô micos e 2 sexuais (XX ou XY)]
 Genoma é a compactaçã o do DNA juntamente com proteínas (principalmente histonas)
 Tipos: Metacêntrico, submetacêntrico, acrocêntrico
 Ciclo celular divide-se em fases e pode se caracterizar como Mitose ou Meiose
 Heredograma é a expressã o visual do histó rico de uma família em relaçã o a determinada
patologia.
 Terminologias
 Alelos sã o as formas de um gene
 Genó tipo pode ser homozigoto (dupla dosagem do mesmo alelo) ou heterozigoto (alelos
diferentes)
 Fenó tipo é a expressã o do genó tipo.
 Dominante (capaz de se expressar em dosagem ú nica)
 Afetados em todas as geraçõ es
 Nã o afetados nã o sã o capazes de transmitir
 Homens e mulheres possuem probabilidades iguais
 Recessivo (só se expressa em dosagem dupla)
 Nã o há afetados em todas as geraçõ es
 Nã o afetados sã o capazes de transmitir
 Consanguinidade influi na probabilidade
 Heranças:
 Autossô mica
 Ligada ao X
 Hemofilia: modifica o gene da cascata de coagulaçã o. É uma doença mais presente nos
homens, pois neles só há um cromossomo X.
 Distrofia muscular de Duchene: anomalia no gene estrutural da distrofina. Letal em
homens.
Obs: Corpú sculo de Barr é a compensaçã o da dose gênica. Ocorre por meio da condensaçã o de
um dos cromossomos nas mulheres. É responsá vel pelo mosaicismo.
Gênese e Desenvolvimento – Mariana Gurgel

A. Mutaçõ es Genéticas
i. Acondroplasia: autossô mica dominante, promove nanismo
ii. Hipercolesterolemia familiar: autossô mica dominante, acarreta problemas nas artérias
coroná rias
iii. Fibrose Cística: autossô mica recessiva, problemas respirató rios

2. ESTRUTURA DO MATERIAL GENÉ TICO


 Generalidades do DNA (ácido desoxirribonucleico)
 Polímero de proteínas, ácidos nucléicos, polissacarídeos e lipídeos
 Nucleotídeos:
 Açú car: pentose derivada da ribose pela substituiçã o do grupo -OH do carbono 3 por um
-H.
 Base nitrogenada: purinas (A e G) ou pirimidinas (T e C), ligadas ao carbono 1´
 Á cido fosfó rico: ligado ao carbono 5´
 Ligaçõ es fosfodiéster unem os nucleotídeos
 Estrutura em dupla hélice: bases unidas através de pontes de hidrogênio
 Experimento de Rosalind Franklin: difraçã o dos raios X + Aná lise de Watson e Crick
 Periodicidade regular: 34 e 3,4 Armstrong
 Diâ metro: 20 Armstrong
 10 pares de bases por giro
 Giro para a direita
 Fita dupla, complementar e antiparalela (5´->3´e a outra 3´->5´)
 Princípio Transformante
 Experimento de Griffith
 Transformaçã o é uma maneira de recombinaçã o, troca ou transferência de informaçã o
genética
Tipo de bactéria Reaçã o do rato Tipo de bactéria recuperada
Virulentas Morrem virulentas
Nã o virulenta Vivem nenhuma
Virulentas mortas Vivem nenhuma
Nã o virulentas + virulentas Morrem Virulentas e nã o virulentas
mortas

 Experimento de Avery
 Prova que o DNA era o material hereditá rio das bactérias
 Tratam os extratos de bactérias virulentas com amilase, protease, ribonuclease e DNAse.
 O ú nico que perdeu o princípio transformante foi o tratado com DNAse
 Experimento de Hershey
 Marcaram o DNA dos bacterió fagos com isó topo radioativo do Fó sforo e deixaram que
infectassem uma colô nia bacteriana
 Retiraram as coberturas proteicas das células infectadas com centrifugaçã o. O indicador
somente era visível nas células bacterianas, nã o nas coberturas proteicas.

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 Na segunda experiência, marcaram os fagos com enxofre (presente nos AA). Dessa
forma, ficaria presente apenas nas capsulas proteicas.
 A partir da observaçã o, viu-se que o material genético é o que infecta as bactérias,
portanto o Fó sforo permanecia.
 Conclusã o: o DNA é, realmente, o material genético dos fagos.

3. REPLICAÇÃ O DO DNA
 Fidelidade de replicaçã o: identidade molecular
 Padrã o estudado por Watson e Crick
 Pareamento específico
 Filamento molde
 Hipó teses de replicaçã o
 Semiconservativa: Correta, provada pelo experimento de Meselson-Stahl (marcaçã o do DNA
com nitrogênio. O nível decaiu ao longo da geraçõ es)
 Conservativa
 Dispersiva
 Origem de replicaçã o
 Forquilha de replicaçã o
 Topoisomerases: deselicoidizam sem, de fato girar a dupla hélice
 Helicase separa as fitas
 Girase separar os giros
 SBS matem as fitas separadas
 Primer (RNA polimerase): sequência iniciadora
 Primossomo: Primer + seis proteínas
 Fragmento de okasaki: fragmentos existentes na fita descontínua (de um
primossomo até outro)
 DNA Polimerase III: coloca os nucleotídeos no lugar (principal)
 DNA Polimerase I: substitui o primer por uma sequência de DNA na fita descontínua,
além de promover reparos.
 Ligase: liga os fragmentos apó s açã o da DNA Polimerase I (ligaçã o fosfodiéster
 Numerosas forquilhas de replicaçã o bidirecional
 Uma fita é contínua, a outra é descontínua
 Sempre ocorre a formaçã o no sentido 5´->3´
 Telô meros: extremidade do cromossomo com sequência repetitiva
 Proteger as extremidades
 Evita a uniã o dos cromossomos
 Supera o problema das sequências perdidas por causa do primer da replicaçã o
Obs: a telomerase impede que os telô meros sejam perdidos. Retarda o envelhecimento celular
(células embrioná rias e cancerígenas possuem)

4. TRANSCRIÇÃ O

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 Pareamento específico das bases: A com U, C com G


 Local: nú cleo celular
 Usa um filamento molde e a síntese ocorre no sentido 5´->3´
 Processamento do RNAm
 Início da transcriçã o
 Sítio promotor possui a sequência Tata Box
 Proteínas de ligaçã o à Tata: se ligam à RNA pol II
 Açã o da RNA polimerase
 RNA polimerase II + DNA = cerne promotor
 Helicase: dissocia o DNA para que a transcriçã o posso acontecer

 Adiçã o do CAP (grupamento metil) no carbono 5


 Adiçã o da cauda polia-A na extremidade 3´ (sinal de parada)
 Splicing: retira os íntrons

5. TRADUÇÃ O
 “Leitura” dos có dons do RNAm para produçã o das proteínas=> expressã o genética
 Local: ribossomos (RNAr)
 Ativaçã o do AA: utiliza ATP na presença da aminoacil sintetase, entã o liga-se ao RNAt por meio
de ligaçã o covalente
 Geralmente, o RNAt transporta um AA específico, mas existem os isoaceptores, que sã o RNAt
que se ligam a um mesmo AA
 Etapas
 Iniciaçã o:
 Ligaçã o da subunidade menor do ribossomo ao RNAm em decorrência da localizaçã o do
sítio de ligaçã o do ribossomo
 Identificaçã o da sequência iniciadora AUG (có don de iniciaçã o)
 O anticó don do RNAt faz o pareamento da metionina

 Alongamento:
 Subunidade grande do ribossomo se fixa (hidró lise do GTP)
 Primeiro sítio: A
 O alongamento inicia quando o primeiro có don migra para p sítio P, dando espaço para
os outro.
 Segundo sítio: P
 Quando ocupado, promove a ligaçã o peptídica com o AA do sítio anterior
 Açã o da peptidiltransferase + RNAt desacilase para promover essa ligaçã o
 Terminaçã o: quando sã o atingidos os có dons UAA, UGA, ou UAG no sítio A
 Dissocia pela açã o dos fatores de liberaçã o

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6. ALTERAÇÕ ES NO MATERIAL GENÉ TICO


 Có digo Genético
 Redundante: todos os AA (exceto metitonina e triptó fano) possuem mais de um có don
 Contém có dons de parada: UGA, UAA, UAG
 Universal: funciona para todos. Obs: na mitocô ndria humana, utiliza-se um có digo ligeiramente
diferente
 Fatores da variabilidade genética: mutaçã o e recombinaçã o
 Principais funçõ es celulares: replicaçã o, reparaçã o e recombinaçã o
 Tipos de mutaçã o
 Na sequência do DNA
 Mutaçã o de ponto
 Transiçã o: A por G ou C por T
 Transversã o: A ou G por C ou T
 Inserçã o
 Deleçã o
 Inversã o: sequência fica “ao contrá rio”
 Gênica
 Silenciosa: por ser intergênica ou devido à redundâ ncia do có digo (troca o có don mas nã o
substitui o AA)
 Sentido trocado: substitui o AA (pode mudar o fenó tipo ou nã o)
 Sem sentido: substitui um có don comum por um de finalizaçã o
 Mudança na matriz de leitura: acarretada por uma inserçã o ou deleçã o, modificando tudo
que viria depois do local onde ocorreu a mutaçã o
 Cromossô mica
 Síndrome de Turner: X0, mulher pouco desenvolvida
 Síndrome de Klinefelter: XXY, homem com características femininas
 Síndrome de Down: trissomia do 21
 Tipos de mutantes:
 Mutantes Auxotró ficos: seu produto gênico modificado nã o è um etabó lito essencial, ou seja,
pode ser mantido vivo quando em ambientes onde o metabó lito é fornecido
 Mutantes condicionais-letais: só sobrevive quando cultivado em condiçõ es altamente
específicas
 Mutantes resistentes a antibió ticos: a modificaçã o genética faz com que o medicamento nã o seja
capaz de atingir as bactérias mutantes, criando resistência
 Mutantes regulató rios: perdem a capacidade de controlar a expressã o gênica
 Natureza das mutaçõ es
 Aná logos de bases: 5bU é derivada da Timina, sendo suficientemente similar a ponto de parear
com a Adenina. iPorém, pode sofrer uma mudança tautomérica, fazendo com que seja capaz de
parear com a Guanina.

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 Agentes Intercalantes: possuem dimensõ es similares à s das bases nitrogenadas, podendo se


intercalar na dupla hélice. Provocam mudança na matriz de leitura.
 Calor: cliva ligaçõ es entre bases e seus açú cares, produzindo efeito similar ao da deleçã o
 Radiaçã o UV: é absorvida pelas bases, causando alteraçõ es estruturais. A consequência é a
formaçã o de dímeros, que acabam atuando como uma base só (similar à deleçã o)
 Preservaçã o da informaçã o gênica: mecanismos de reparo do DNA
 Reparo direto: reversã o de uma alteraçã o estrutural. Ex: fotorreativaçã o (reparaçã o de dímeros
na presença de luz)
 Reparo por excisã o: envolve enzimas que procuram erros ao longo da molécula de DNA,
realizando quebras unifilamentares e, posteriormente, retirando a sequência errada e
sintetizando outra em seu lugar.

Obs: Xeroderma Pigmentoso=> mutaçã o num gene responsá vel pelas enzimas de reparo do DNA,
tornando o indivíduo sensível aos raios ultravioleta (causadores de mutaçõ es)

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