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Breve História

1859 Origem das espécies (Darwin) 1972 DNA recombinante


1865 Trabalhos de Mendel 1973 1ª clonagem de DNA
1869 1º isolamento de DNA (Xenopus - E.coli)
1875 Citologistas debruçam-se sobre a mitose 1975 Sequenciação de DNA
1879 Mitose 1976 1ª empresa de eng. genética
1890 Citologistas debruçam-se sobre a meiose 1977 Intrões
1900 Redescoberta dos postulados de Mendel (Mendel só 1981 Ratinho e Drosophila transgénicos
é reconhecido 16 anos após a sua morte) 1982 Locus da doença de Huntington cartografado
1902 Teoria cromossómica da hereditariedade. (4p16.3)
Paralelismo entre trabalhos de Mendel e dos PCR
cromossomas 1987 1º mapa genético humano
1909 Gene YACs
1910 Drosophila / T. cromossómica da hereditariedade 1989 Microssatélites (marcadores)
(mosca da fruta) 1990 Início do programa do genoma humano
1941 Hipótese um gene – uma enzima 1994 Tomate transgénico autorizado no mercado
1943 DNA – difracção de raios X 1995 1º genoma c/ sequenciação completa: Haemophilus
1944 DNA – princípio transformador influenzae
1952 Genes constituídos por DNA Mycoplasma genitalium
1953 Dupla hélice 1996 Mapa genético do ratinho (completo)
1955 Humanos – 46 cromossomas Início da sequenciação do DNA humano
Isolamento da polimerase do DNA 1997 Sequenciação do genoma de E. coli
1958 Replicação semi-conservativa 1998 H G P : mapa genético c/ 30 000 genes ( 1/3 nº
1959 Identificação de anomalias cromossómicas total de genes)
(trissomia 21) 1999 Sequenciação do cr 22 humano
1960 Erros inatos do metabolismo (PKU) 2000 Sequenciação completa do genoma de D.
RNAm melanogaster
1966 Código genético Sequenciação do cr 21 humano
1967 ECO R1 Sequenciação de  90% do genoma humano
2001 Human genome - Nature: Fev 2001

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Conceitos

• Variabilidade – contínua (altura, peso …) ou descontínua (cor, forma…)


• Locus – posição específica ocupada por um determinado gene num cromossoma
• Alelo – cada uma das formas alternativas de um determinado gene que ocupa um locus
• Gene – unidade de hereditariedade que ocupa um locus num determinado cromossoma que é responsável por um ou mais
efeitos específicos num determinado organismo
• Fenótipo – cada uma das classes em que é possível agrupar os indivíduos de uma população quanto a uma característica
mendeliana
• Genótipo – cada uma das classes em que é possível agrupar os indivíduos de uma população quanto à constituição alélica
particular para um determinado locus
• Característica mendeliana – aquela que numa população apresente distribuição descontínua e para a qual seja possível
estabelecer um modo de transmissão simples.
• Dominância – um alelo diz-se dominante (simboliza-se por ex. por A) relativamente a outro, recessivo (simboliza-se por a) se
o fenótipo dos homozigóticos AA for indistinguível do dos heterozigóticos Aa.
• Teoria mendeliana da hereditariedade – Cada característica mendeliana é determinada por um locus; em cada indivíduo
existem duas ocupações alélicas por locus (uma de origem materna e outra paterna); em cada gâmeta existe apenas uma e a
escolha de qual é transmitida é aleatória (ou seja, num heterozigótico a probabilidade de cada tipo de gâmeta é de ½).

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Genética Mendeliana

Enzima – molécula existente nas nossas células. São responsáveis por ativar reações químicas. Despoletam a transformação de
A em B e se não estiverem presentes essa transformação não ocorre.

Células somáticas = 2n cromossomas


Células sexuais = n cromossomas (metade da informação)

VARIAÇÃO INTRA-ESPECÍFICA E MENDEL


A variação intra-específica é um fenómeno comum na Natureza. Essa variação é, em grande parte, determinada geneticamente.

• Genética – ciência que se debruça sobre a porção da variabilidade biológica que se transmite de geração em geração; estuda
os mecanismos e regras da hereditariedade.

Milénios de cruzamentos controlados e selecção artificial resultaram na diversificação de variedades de espécies domésticas d e
animais e plantas.

Na Morávia, durante as primeiras décadas de 1800, os criadores de ovelhas merino colocaram perguntas sobre hereditariedade
ao Convento Agostinho de Brunn.

Mendel:
▪ Entra no mosteiro de Brunn em 1843

▪ Vai para a Universidade de Viena onde estuda Física, Matemática, Química, Botânica, Paleontologia, Fisiologia de Plantas

▪ Regressa a Brunn em 1853 e começa as experiências sobre hereditariedade em 1854.

▪ Apresenta os resultados e sua interpretação na reunião da Sociedade de História Natural de Brunn, Boémia,1865. No ano

seguinte, 1866, são publicados.


▪ O trabalho teve pouco impacto na comunidade científica

▪ Foi praticamente ignorado e só em 1900, 16 anos após a morte de Mendel, foi “redescoberto” por

▪ Carl Correns

▪ Hugo de Vries

▪ Erich von Tschermak.

Mendel foi então reconhecido como o pai da Genética moderna. A teoria mendeliana da hereditariedade ainda se mantém atual.

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Possíveis razões para o sucesso de Mendel:
▪ Escolha de um modelo biológico adequado
Espécie comum nos mercados, em várias formas e cores.
Crescimento rápido/curto período gestacional
Biologia reprodutiva simples
Muitos descendentes/geração
Fácil manipulação
Controlo em cultura artificial
Permitia efectuar quer polinização cruzada quer auto-polinização
Qualquer outro modelo seria demasiado complexo

▪ Atenção debruçada sobre a transmissão de características particulares


Mendel seleccionou 7 caracteres distintos (discretos).
Para cada um dos caracteres obteve linhas puras (mantidas durante 2 anos sem
apresentarem variação para a característica).
▪ Análise matemática dos resultados
▪ Sorte

Para cada característica efectuou cruzamentos entre linhas puras iniciais, geração parental (P);
designou a primeira geração por F1 e as seguintes, obtidas por auto-polinização, F2, F3 etc.
Em cada caso efectuou cruzamentos recíprocos.

TEORIA MENDLIANA DA HEREDITARIEDADE (características com distribuição descontínua)


1 - Para cada característica observável (fenótipo) existem, em cada indivíduo, duas cópias de informação genética (genes, alelos)
em cada locus, definindo o seu genótipo
2 - Cada indivíduo só transmite a cada descendente uma dessas informações, com 1/2 de probabilidade,

A a

A AA Aa

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a Aa aa 3 genótipos
2 fenótipos

Mendel propõe que há factores discretos


de hereditariedade que segregam independentemente durante a formação dos gâmetas. Algumas décadas depois citologistas
debruçam-se sobre a mitose e sobre a meiose.
Citologia e genética convergem quando investigadores como Sutton, Boveri e outros fazem o paralelismo entre o comportamento
dos “factores” de Mendel e o dos cromossomas:
• cromossomas e genes existem aos pares em células diplóides
• cromossomas homólogos separam-se e pares de alelos segregam durante a meiose
• fertilização restaura pares quer de cromossomas quer de genes
Ou seja: OS GENES ESTÃO LOCALIZADOS NOS CROMOSSOMAS!

A maior parte dos cromossomas, não “funciona” em trios. A incompatibilidade com a vida é demasiado grande e ocorre um
aborto espontâneo numa fase muito precoce da gravidez.

Cruzamento Teste – permite determinar se um indivíduo com fenótipo associado a um


alelo dominante é homo ou heterozigótico
Mendel produziu linhas puras (completamnete homzigóticas). Só assim foi possível a
realização de um cruzamento teste.

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Meiose e Mitose
MITOSE
Processo que permite que um núcleo se divida, originando dois núcleos-filhos cada um contendo uma cópia de todos os
cromossomas do núcleo original e, consequentemente, de toda a informação genética.
Quando uma célula se divide cada célula-filha recebe uma cópia de cada um dos seus cromossomas, assegurando-se, desta forma,
que recebe toda a informação genética que a célula-mãe possuía.
Esta divisão nuclear é geralmente seguida de
uma divisão do citoplasma (citocinese). Assim, a
partir de uma célula-mãe formam-se duas
células-filhas, idênticas entre si e idênticas à
célula-mãe.
MEIOSE
Processo de divisão celular, a partir do qual um
célula diplóide (2n) origina quatros células
haplóides (n), isto é, as células-filhas
apresentam metade do número de
cromossomas da célula-mãe.
A meiose consiste em duas divisões sucessivas:
- divisão I ou reducional: um núcleo diplóde,
origina dois núcleos haplóides. Há uma redução
de cromossomas.
- divisão II ou equacional: separação dos cromatídeos, obtendo-se assim quatro núcleos haplóides
(n) cujos cromossomas são constituídos por um cromatídeo. O número de cromossomas mantém-
se.
Estas duas divisões são precedidas de uma única replicação de DNA.
Centrómego – centro que faz com o cromossoma seja estável.

Ponto de divisão do cromossoma na meiose .

1 célula percussora dos espermatozóides dá origem a 4


espermatozóides e 1 célula percussora do ovócito dá origem a
apenas 1 ovócito.
A meiose feminina começa nas primeiras semanas do período
embrionário e depois pára e recomeça antes da primeira menarca.
Uma célula 2n dá origem a uma n (ovócito) e ao 1º glóbulo polar.
Depois de fecundado o ovócito dá origem ao ovo e a outro
glóbulo polar (?)

POSTULADOS DE MENDEL: (Não sai no exame)

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1. Os cruzamentos entre organismos homozigóticos para dois diferentes alelos de um mesmo locus, conduzem a uma
descendência idêntica heterozigótica.
2. Quando os heterozigotos da F1 são cruzados entre si verifica-se a segregação dos caracteres (1:2:1 em termos
genotípicos).
3. Quando organismos diferindo em mais do que um par de alelos são cruzados, todos esses pares de alelos pertencentes a
um mesmo locus segregam independentemente. Mas se dois alelos estiverem em locis muito próximos um do outro podem ser
tranferidos para as próximas gerações sempre em bloco (efilhos sempre ou loiros de olhos azuis ou morenos de olhos castanhos) pois não há
crossing over entre eles. Quanto mais longe um do outro estiverem dois loci, mais provável é que haja crossing over entre ele s. (EX: dois
arames grossos paralelos e tentar torcê-los) -> isto não acontece nas ervilhas!!!

DOMINÂNCIA E RECESSIVIDADE

DOMINÂNCIA INCOMPLETA
A cor vermelha é devida à classe de pigmentos antocianinas. A enzima
responsável pelo primeiro passo, calcone sintetase, limita a quantidade
de pigmento sintetizado.
O alelo I - codifica a enzima funcional
O alelo i – codifica uma forma não funcional
Nos heterozigóticos, Ii, como a quantidade de enzima está diminuída,
há menos pigmento vermelho nas flores.

CODOMINÂNCIA
Anemia falciforme provocada pelo alelo Hb S do gene codificador das cadeias ß da hemoglobina.
HbA / HbA : normal.
HbS / HbS : anemia; glóbulos vermelhos falciformes.
HbA / HbS : sem anemia; células falciformes em condições de baixa concentração de oxigénio.

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1 LOCUS, 3 ALELOS
3 alelos para 1 locus = 6 genótipos. A quantidade de fenótipos está
dependente das relações de dominância estabelecidas entre os 3 alelos.
No caso dos grupos sanguíneos (A=B>O) 6 genótipos dão origem a 4
fenótipos.

LOCI AUTOSSÓMICOS

DROSOPHILA MELANOGASTER

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HEMOFILIA

CROMOSSOMAS SEXUAIS E A DETERMINAÇÃO DO SEXO


A maioria dos animais e muitas plantas apresentam dois sexos.
Na maioria dos casos o sexo é determinado por cromossomas sexuais. Os restantes cromossomas designam-se por autossomas.
Geralmente existe um par de cromossomas sexuais.
No homem, cada célula contém 46 cromossomas: 22 pares homólogos são autossomas e dois são cromossomas sexuais – dois
cromossomas X nas fêmeas, e um cromossoma X e um cromossoma Y nos machos. Neste caso as fêmeas são o sexo
homogamético e os machos o sexo heterogamético.
É mais fácil ver qual a origem
genética de doenças ou
características nos rapazes porque X
e Y têm genes diferentes.
Nos cromossomas sexuais: para
cada loci, as mulheres têm dois
alelos, para alguns locus os homens
só têm um alelo. Nestes casos pode-
se adivinhar o genótipo a partir do
fenótipo
Isto significa que os homens têm
muito mais probabilidades de
manifestar doenças.

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INFERÊNCIA DE PADRÕES DE TRANSMISSÃO

PADRÕES DE TRANSMISSÃO MENDELIANOS


1. AUTOSSÓMICO RECESSIVO
Albinismo
Fibrose quistica
Alcaptonúria
Fenilcetunúria

Afetados podem ser filhos de pais normais.


Proporção de afetados idêntica nos 2 sexos.
Afetados frequentemente filhos de aparentados.
Salto de gerações
2. AUTOSSÓMICO RECESSIVO
Braquidactilia
Polidactilia
Paramiloidose
Doença de Huntington

Indivíduos afectados possuem, geralmente, pelo menos um dos progenitores afectado.


Proporção de afectados idêntica nos 2 sexos.
Afecção transmitida por via materna ou paterna.
Ausência de salto de gerações

3. HETEROSSÓMICO RECESSIVO
Daltonismo
Hemofilia

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4. HETEROSSÓMICO DOMINANTE
Raquitismo hipofosfatémico
Incontinência pigmentar

Filhas de pai afectado sempre afectadas.


Se uma mulher é afectada, geralmente portadora (heterozigótica), metade dos seus
filhos e metade das suas filhas apresentarão a doença
Frequentemente, em mulheres heterozigóticas a severidade dos sintomas é menor
que em homens afectados

5. TRANSMISSÃO HOLÂNDICA
Os homens são hemizigóticos para genes localizados no cromossoma
X.

Neste tipo de transmissão, todos os filhos são iguais ao pai e todas as


filhas são normais.

S
e

Se faltar AZF (a, b ou c) há um problema no desenvolvimento de espermatozoides. Se faltarem as três = infértil. Se


faltar só uma pode ser fértil mas há problemas (deslocamento, velocidade, etc…)

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As partes a tracejado não têm uma função genética
específica (estão “desligadas”)

Qual é o mecanismo de compensação desta diferença de dose


genética?

INATIVAÇÃO = LYONIZAÇÃO DE UM DOS CROMOSSOMAS X EM FÊMEAS DE MAMÍFEROS


Durante o desenvolvimento embrionário de fêmeas de mamíferos, ocorre inativação,
precoce (coincidente com a diferenciação das células pluripotentes) e aleatória, de um
dos cromossomas X existente em cada célula (em principio deveria haver 50% XA e 50%
XB)

O cromossoma inativado fica altamente condensado e forma um corpúsculo –


corpúsculo de Barr – visível em cada célula.

A inativação é aleatória, o que significa que em algumas células o X materno é inativado e noutras é o X paterno. Porém, após
intivação de um dos 2 cromossomas X, toda a linhagem celular descendente mantém o mesmo cromossoma inativo (preservação
clonal do X inativo).
Em consequência, o corpo de uma fêmea é constituído por um mosaico de células com diferentes cromossomas X ativos e,
portanto, expressando diferentes genótipos.
É no fenómeno de lyonização que reside a explicação para que em doenças
determinadas por genes localizados no X a severidade dos sintomas nas mulheres é
muito mais variável que nos homens

Exemplo de mosaicismo somático em


humanos; as mulheres são heterozigóticas
para o gene de uma displasia ectodérmica
que provoca a ausência de glândulas
sudoríparas.

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Genética Populacional

O PARADOXO DOS RECESSIVOS


Uma ideia comum pouco depois da redescoberta das leis de Mendel, era que fenótipos associados a genes dominantes tendiam a
aumentar de frequência populacional de geração em geração, enquanto que fenótipos associados a homozigotia para genes
recessivos tendiam a diminuir e, no limite, desapareciam das populações.

UMA SOLUÇÃO PROPOSTA POR G.H. HARDY E W. WEINBERG


Janeiro de 1908: Wilhelm Weinberg, médico alemão (obstetra), calcula as frequências esperadas numa população de nascimentos
gemelares para testar a hipótese de que ter gémeos dizigóticos era uma característica mendeliana. Derivou as condições de
equilíbrio numa população para um locus com 2 alelos.
Seis meses depois, julho de 1908: as proporções genotípicas esperadas e a tendência para se manterem estáveis numa
população, foram independentemente derivadas pelo matemático inglês G. H. Hardy e publicadas na Science; o problema tinha-
lhe sido posto pelo amigo com quem jogava cricket

TEORIA MENDELIANA DA HEREDITARIEDADE - EXTENSÃO POPULACIONAL, 1908


Um modelo para explicar (e compreender) características mendelianas no enquadramento populacional

Frequência com que dado gene (alelo) ocorre numa população – parâmetro fundamental em genética populacional

Heterossómicos – só passados pelo pai ou pela mãe


Autossómicos – presentes nos autossomas

PRESSUPOSTOS DE HARDY-WEINBERG
Cruzamentos ao acaso
População infinitamente grande
Ausência de selecção, migração, mutação
Sem sobreposição de gerações: Gt0 ® gene pool ® Gt1 ® gene pool

Embora estes princípios nunca sejam completamente cumpridos, desde que eles sejam quase mantidos a população humana mantém o equilíbrio.

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DESVIOS ÀS CONDIÇÕES DE EQUILÍBRIO DE HARDY-WEINBERG
DERIVA GÉNICA – alteração aleatória das frequências génicas numa população de geração em geração

AUSÊNCIA DE CRUZAMENTOS AO ACASO


Existem dois tipos de desvios à panmixia:
1) Consanguinidade (inbreeding) – se o cruzamento entre indivíduos aparentados ocorre com maior frequência do que seria
esperado acontecer ao acaso.
2) “Assortative mating” – os indivíduos podem cruzar-se preferencialmente com outros que partilhem uma mesma
característica (positivo), ou que não a partilhem (negativo).

MUTAÇÃO – fonte de variação genética; grande variabilidade taxas de mutação de gene para gene

MIGRAÇÃO - (fluxo génico) troca de genes entre populações; tende a eliminar diferenças genéticas entre populações

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SELECÇÃO – reprodução diferencial de indivíduos com diferentes fenótipos numa população
Alguns fenótipos/genótipos conferem maior ou menor adaptabilidade a condições ambientais particulares.
Reprodução diferencial pode ser determinada por diferenças entre indivíduos quanto a fatores como mortalidade, fertilidade,
fecundidade, sucesso no cruzamento ou viabilidade da descendência.

Citogenética

Surge a Teoria Cromossómica da Hereditariedade:


• CROMOSSOMA – sede física das informações hereditárias
• Loci dispostos linearmente ao longo de cada cromossoma (cr)
• Loci em cr diferentes transmitem-se independentemente (A1 e A2/N1 e N2 = 4 combinações possíveis)
• Loci situados no mesmo cr transmitem-se com grau de dependência mútua que resulta da sua maior ou menor vizinhança

Provas da Teoria:
• Núcleo – informação hereditária (antes pensava-se que esta se encontrava nas proteínas)
• Nº e tipos de cr associados a uma determinada espécie são constantes
• Fenótipo de portadores de mutações cr ≠ dos indivíduos da mesma espécie
• Transmissão ligada ao sexo  cr sexuais

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Meiose e Mitose (para recordar)

Linha somática – todas menos as que dão origem a gâmetas


G1 – DNA inicial M1 – meiose 1
G2 – pronta para se dividir M2 – Meiose 2
M – nova célula

Crossing over (profase I) – só existe na meiose


Os glóbolos polares não têm informação genética. Poem ou não dividir-se
1 ovócito a cada 28 dias. Só se forma um novo após a maturação do antigo

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Cromatina - 2 tipos:
• Eucromatina - cromatina activa, descondensada, corresponde às regiões do genoma capazes de transcrição; sensível à
DNAse
• Heterocromatina - mantém o grau de condensação durante todo o ciclo celular; visível no núcleo em interfase
(cromómeros).
Funções: participação no emparelhamento, recombinação e segregação; estabilização e protecção de certas regiões
cromossómicas
• Facultativa – estado de condensação variável em tipos diferentes de células e durante a fase precoce do
desenvolvimento (eucromatina que se inactivou?)
• Constitutiva – localizada em posições idênticas nos cr homólogos em todas as células e de forma permanente;
DNA muito repetitivo e muito rico em A-T

CROMOSOMA METAFÁSICO
• 2 cromátides
• centrómero
• 2 telómeros (telómero – serve para delimitar a informação genética)

ESTRUTURA MOLECULAR DO TELÓMERO


DNA telomérico em vertebrados: repetição em tandem de 5´-TTAGGG-3´ (TTAGGG – nucleótidos)
Perda de 50-200 nucleótidos – acontece na mitose (dá células iguais em termos de informação genética). O telómero do cromossoma vai
encurtando cada vez mais. Quando já não pode encurtar mais, a célula morre.
Telomerase – não diminuição dos cromossomas. Existe nas células cancerigenas (são praticamente imortais)

TIPOS DE CROMOSSOMAS METAFÁSICOS


• Cr metacêntricos – braços iguais
• Cr submetacêntricos – braços diferentes mas não muito
• Cr acrocêntricos – um braço muito pequeno e um muito grande
• Cr telocêntricos – só um braço (juntam se em cima) – não existe na nossa espécie

Número de pares de cromossomas – não tem nada a ver com a escala evolutiva ou com a complexidade da espécie (estamos próximos das batatas)
Técnicas de observação – observam-se sempre os cromossomas metafásicos
• Técnicas directas – medula óssea, mucosa intestinal, endométrio, neoplasias, testículo, ovário…
• Técnicas indirectas – sangue periférico, medula óssea, líquido amniótico, vilosidades do córion, pele, tumores
sólidos/líquidos…
Depois de alguns dias pára-se a cultura, rebentam-se as células e espalha-se o material genético em lâmias de vidro para serem observados ao
microscópio, geralmente por técnicas de bandas.

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Bandas
• Métodos diferenciais – alternância de regiões claras e escuras – mais usado
• Métodos selectivos – marcação de regiões específicas

ANOLMALIAS
VARIAÇÃO DO NÚMERO DE CROMOSSOMAS
Somos euplóides e diplóides (2x23 cromossomas)
Euploidia – nº múltiplo de cromossomas do conjunto monoploide
a) Monoploidia (n)
b) Diploidia (2n)
c) Triploidia (3n) - geralmente inférteis (?)
d) Tetraploidia (4n)
e) Poliploidia

Aneuploidia – mudança de parte do nº monoploide. Pode ser herdada ou surgir “de novo” (não-disjunção)
a) Nulissomia (2n-2)
b) Monossomia (2n-1)
c) Dissomia
d) Trissomia (2n+1)
e) Tetrassomia (2n+2)

NÃO DISJUNÇÃO EM MEIOSE I NÃO DISJUNÇÃO EM MEIOSE II

NÃO DISJUNÇÃO NA 1ª DIVISÃO DO ZIGOTO NÃO DISJUNÇÃO NA 2ª DIVISÃO DO ZIGOTO

Mosaico – indivíduo constituído por 2 linhas celulares diferentes


Quimeras – 2 ou mais linhas celulares diferentes. Não tem origem na não-disjunção. Quando 2 ovócitos diferentes são fecundados por 2
espermatozóides diferentes pode haver uma troca de células entre embriões ou uma fusão dos mesmos.
VARIAÇÃO NA ESTRUTURA
• Delecção – de uma parte do cromossoma (uma parte da informação desaparece)

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• Terminal – se for da parte final
• Intersticial – se for da parte do meio
• Duplicação – de uma parte do cromossoma: uma parte da informação fica repetida (1 2 3 4 5 4 5 6 7)
• Inversão – uma parte da informação sofre uma transformação de 180º
• Pericêntrica – envolve o centrómego – dá origem a indivíduos normais com possíveis problemas de fertilidade
• Paracêntrica – não envolve o centrómego
• Translocação – mudança de uma parte do cromossoma para outro lugar
• Simples (Inserção) – parte de um cromossoma justa-se a outro

• Recíproca – troca de partes entre dois cromossomas

Envolvendo os telómeros dos dois pares:

• Robertsoneana – Junção de dois cromossomas (só acontece com o par 13 e 21). Muito grave. Pode dar origem a
Sindrome de Down.

• Isocromossoma – problema na divisão do centrómego (em vez de ser vertical é horizontal)

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• Anel – o telómero desaparece e as extremidades instáveis unem-se

PROBLEMAS MAIS COMUNS


1. TRISSOMIA 21 - SÍNDROME DE DOWN
• Relacionado com a idade materna (quanto mais velha é a mãe mais provável é haver um problema na meiose)
• Diâmetro cerebral antero posterior diminuído (braquicefalia)
• Fissuras palpebrais oblíquas
• Distância interpupilar aumentada
• Estrabismo convergente
• Implantação baixa das orelhas
• Língua hipertrofiada
• Pescoço curto e largo
• Cardiopatia congénita
• Pés e mãos curtos e largos / sulco palmar (do indicador ao pulso)
• Baixa estatura
• Baixo QI

2. TRISSOMIA 13 - SÍNDROME DE PATAU

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• Microcefalia
• Microftalmia,
• Lábio leporino (esporádica fissura do palato),
• Anomalias oculares
• Tronco deformado,
• Mãos e dedos flexionados
• Cardiopatia congénita,
• Malformações renais e cerebrais
• ≈ 40% mortalidade - 1 mês a 1 ano

3. TRISSOMIA 18 - SÍNDROME DE EDWARDS


• Baixo peso (<2,5 Kg);
• Implantação baixa das orelhas;
• Micro-retrognatismo;
• Crâneo alongado no sentido antero-posterior;
• Pele laxa e abundante no pescoço;
• Pélvis estreita;
• Cardiopatia congénita;
• Malformações renais;
• Atraso mental marcado
• Mortalidade elevada (70% no 1º ano … 10 anos)

4. MONOSSOMIA X – SÍNDROME DE TURNER – a única monossomia compatível com a vida


• Atraso no desenvolvimento,
• Pterigium coli - “pescoço alado”
• Tórax alargado,
• Amenorreia primária,
• Ausência de caracteres sexuais secundários,
• Órgãos genitais internos imaturos e sem epitélio germinativo

5. TRISSOMIA X
• Mulheres (por vezes férteis)
• Amenorreia secundária (a menstruação só aparece às vezes),
• Hipoplasia dos lábios vaginais (grandes lábios quase inexistentes)
• Frequentes alterações neuro-psíquicas.

6. 47, XXY – SÍNDROME DE KLINEFELTER


• Hábito eunucoide; ginecomastia; hipogonadismo que afecta os caracteres sexuais secundários e
a função testicular; pêlo púbico de implantação horizontal
• Azoospermia em > 95% dos casos (infértilidade)
• Diminuição dos níveis de testosterona
• Elevação dos níveis das hormonas foliculo-estimulantes (FSH) e luteoestimulantes (LH)
7. 47, XYY

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• Estatura elevada;
• Ginecomastia;
• Sub-fertilidade;
• Pénis de dimensões reduzidas;
• Por vezes ligeiro atraso mental

8. SÍNDROME DO MIAR DO GATO (5 P-) – deleção de uma parte de um dos cromossomas 5)


• Baixo peso ao nascimento
• Microcefalia
• Estrabismo
• Atraso psicomotor marcado
• Possível associação de malformações renais e cardíacas

9. 18 P-
• Atraso mental acentuado
• Microcefalia
• Lábio leporino
• Pavilhões auriculares malformados

10. X FRÁGIL - constrição na parte distal – Xq27


• Baixo QI (50-60)
• Homem com macro-orquidia
• Testa larga
• Palato muito arqueado

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Estados Intersexuais

CRITÉRIOS DE DEFINIÇÃO DO SEXO


• Cromossómico (XX, XY)
• Gonádico (ovário, testículo)
• Genital (morfológico interno e externo)
• Somático (carateres sexuais secundários)
• Psicológico (diferenças cerebrais e de raciocínio que existem entre homens e mulheres)
• Social (identificação com o sexo oposto)
• Civil (normalmente relacionado com o sexo genital)

Estados intersexuais - diferenciação sexual incompleta. Órgãos genitais ambíguos.


Causas: genética e/ou ambiental

HERMAFRODITISMO VERDADEIRO – extremamente raro!!!


Tecido gonádico de ambos os sexos, por vezes ovotestis (gónada formada por tecido testicular e de ovário. Se for
intra-abdominal deve ser removida imediatamente. Dá origem a desiquílibrios hormonais e infertilidade)
Órgãos genitais externos ambíguos
Órgãos genitais internos anómalos

PSEUDOHERMAFRODITISMO – mais comum que o hermafroditismo verdadeiro


Órgãos genitais malformados e ambíguos
Correspondência entre gónadas e sexo cromossómico
Dependendo da presença da gónada (testículo ou ovário):

PSEUDOHERMAFRODITISMO MASCULINO
Órgãos genitais externos ambíguos, podendo afetar os órgãos genitais internos
(Síndrome de feminização testicular - ♀ aparente/ normais com testículos na região inguinal, 46, XY,
ausência de útero) – síndrome muito comum

PSEUDOHERMAFRODITISMO FEMININO
Órgãos genitais externos masculinizados
Presença de androgénios fetais ou maternos durante a diferenciação sexual

Muitas vezes os pais atribuem precocemente o sexo social/cívil (antes dos 2 anos de idade)

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POSSÍVEIS ABORDAGENS
1. TRATAMENTO CIRÚRGICO
Deverá ter como base o estado dos órgãos genitais, e quando possível, o sexo cromossómico.
Idealmente, a cirurgia deverá conseguir reconstituição dos órgãos externos que permitam ao indivíduo uma vida sexual
ativa, independente/ de ser infértil.
2. TRATAMENTO HORMONAL
Início na puberdade, assegurando o desenvolvimento dos carateres sexuais secundários.
3. ACOMPANHAMENTO PSICOLÓGICO
Progenitores (o acompanhamento também deve ser feito com os pais)
Prevenção de transtornos psicossexuais; proporcionar à criança todo o esclarecimento sobre a sua identidade sexual.
Não abordar o tema duplicidade do sexo (para não gerar uma maior confusão mental e para não relembrar constantemente do
problema/trauma)

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Genética Bioquímica

Erros inatos do metabolismo: incapacidade hereditária para realizar uma determinada tarefa metabólica produzida por mutações
recessivas

A hipótese inicial dos investigadores (“um gene = uma enzima”) pode ser generalizada para “um gene = um polipeptídeo”, pois
todas as enzimas (polipeptídeos) estão codificadas nos genes.

EX: se não ocorrer a transformação de Fenilalanina em Tirosina


(devido à falta da enzima “pp”), há uma falta de Tirosina no
organismo, bem como, um excesso de fenilalanina (Tóxico – défices de
aprendizagem e de comportamento na sociedade)

ESTRUTURA DAS PROTEÍNAS


Diferentes níveis da estrutura de uma proteína:
a) Estrutura primária: sequência linear de aminoácidos (tem tendência a compactar-se)
b) Estrutura secundária: formação de cadeias alfa e beta através de pontes de
hidrogénio (ligações entre aminoácidos)
c) Estrutura terciária: estrutura tridimensional.
d) Estrutura quaternária: ligação de várias cadeias polipetídicas.

GENÓTIPO-FENÓTIPO
• As características de um organismo são determinadas pelo fenótipo das suas partes, que por sua vez são determinadas
pelo fenótipo das células que o constituem;
• O fenótipo de uma célula é determinado pelos processos bioquímicos controlados por enzimas que catalizam as
reacções metabólicas;
• As funções de uma enzima dependem da sua estrutura tridimensional que por sua vez depende da sequência linear dos
aminoácidos;
• As enzimas presentes numa célula, bem como as proteínas estruturais, são determinadas pelo genótipo dessa célula;
• Os genes determinam a sequência linear de aminoácidos na cadeia polipeptídica e, consequentemente, da proteína

CONCLUSÃO: os genes determinam os fenótipos

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HEMOGLOBINA (exemplo)
4 cadeias polipeptídicas [2α (141 aa) e 2β(146 aa)] codificadas por loci diferentes (α no cr 16; β no cr11)

(Tradução: 2 cadeias α com 141 aminoácidos mais 2 cadeias β com 146 aminoácidos)

HbA: na posição 6 da cadeia β -> ac. Glutâmico (Hemoglobina A, dá origem a ácido Glutâmico)

HbS: na posição 6 da cadeia β -> Valina (anemia falciforme) (Hemoglobina S dá origem a Valina que causa anemia falciforme)

COLINEARIDADE DE GENE E PROTEÍNA

A estrutura das proteínas está codificada na sequência linear de nucleotídeos no DNA.

De facto, a alteração de um par de nucleotídeos é responsável pela modificação de um aminoácido na proteína

A recombinação intragénica pode também levar à modificação da estrutura da proteína

INTERPRETAÇÃO MOLECULAR DE UMA DOENÇA CODIFICADA POR UM GENE

DOMINANTE RECESSIVO

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Genética Molecular

Localização dos genes: cromossomas


Componentes estruturais dos cromossomas: proteínas + DNA

ESTRUTURA DO DNA
Cada cadeia de DNA é um longo polímero. Os monómeros são os nucleótidos.

NUCLEÓTIDOS: constituídos por 1 pentose, 1 base, 1 grupo fosfato

Base + pentose = nucleosídeo

Nucleosideo + fosfato = nucleótido

Uma molécula de DNA possui 2 cadeias mantidas unidas por pontes de hidrogénio entre bases.
As cadeias são antiparalelas, ou seja, têm polaridade oposta.

Regras de emparelhamento entre bases determinam que as duas cadeias sejam complementares:
• A-T (2 pontes de hidrogénio)
• G-C (3 pontes de hidrogénio)

O FLUXO DA INFORMAÇÃO GENÉTICA

Mulplicação do DNA:
• Automulplicação (replicação)
• Transformação em RNA (transcrição) que “vai buscar” os aminoácidos necessários para replicar o DNA às proteínas (tradução)
O código de DNA pode ser convertido em proteína, mas não pode ser desconvertido.

Muito raramente, em alguns vírus, o RNA pode replicar-se e transformar-se em DNA


Os retrovírus (ex: HIV) usam a enzima transcriptase reversa para, dentro de uma célula hospedeira, sintetizar DNA tendo como
molde o seu próprio material genético- RNA.

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REPLICAÇÃO DO DNA
• Duplicação semiconservativa (uma cadeia nova e uma antiga);
• Cada uma das cadeias atua como molde para uma nova cadeia; originam-se assim duas duplas hélices;
• Cada molécula de DNA contém uma cadeia nova e outra antiga

As ligações ficam “frouxas” e começam a abrir.

RNA - cadeia de nucleótidos que difere do DNA por:


- Conter ribose em vez de desoxirribose (R em vez de D)
- Conter uracilo em vez de timina (U em vez de T)
- Ser uma molécula de cadeia simples em vez de dupla

TRANSCRIÇÃO - Processo essencial no contexto da expressão génica; consiste na conversão da informação contida num segmento
de DNA que constitui um gene em RNA. Apenas uma cadeia de DNA é usada como molde para a transcrição de um dado gene.

Passos básicos do processo de transcrição: início >


alongamento > terminação

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TRADUÇÃO
1) Fase da transferência de informação em que uma sequência de nucleótidos no mRNA (RNA mensageiro) é convertida
numa sequência de aminoácidos num polipeptídeo.
2) Processo químico através do qual os aminoácidos são ligados em cadeia

Para a descodificação do mRNA em polipeptídeo é necessária a intervenção de outros tipos de RNA


• rRNAs – RNAs ribossómicos
Parte integrante dos ribossomas em conjunto com proteínas específicas; os ribossomas são as fábricas onde se processa
a síntese de proteínas
• tRNAs – RNAs de transferência
Transportam aminoácidos e transferem-nos para uma cadeia polipeptídica em síntese de acordo com as instruções do
mRNA. São os adaptadores com aminoácidos. durante a tradução do mRNA em proteína. Cada aminoácido tem pelo
menos um tRNA

Tradução: inicio > alongamento > fim

O tRNA “leva” as “peças” (aminoácidos) do DNA de acordo com as informações do rRNA


O rRNA “funde” os aminoácidos e transforma-os em proteínas
O mRNA tem que ter uma informação de início e uma informação terminal

Durante a tradução o ribossoma movimenta-se ao longo do mRNA. Em cada translocação o ribossoma desloca-se 3 bp (letras)

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O CÓDIGO GENÉTICO

Alguns dos 64 codões não codificam aminoácidos:


• codão start (de início) – AUG
• codões stop (terminais) – UAG, UGA, UAA
Também são chamados de “nonsense codons” (codões sem
sentido)

Genética do Comportamento

COMPORTAMENTO
1. Receção do estímulo (orgãos sensoriais)
2. Interpretação do estímulo (sistema neuroendócrino)
3. Resposta ao estímulo (órgãos efetores: músculos e glândulas)

Comportamento animal
frequentemente associado a sistemas poligénicos
Comportamento humano
𝑪 𝑴𝒁−𝑪𝑫𝒁
pares de gémeos h= 𝟏−𝑪𝑫𝒁

Está dependente de fatores ambientais e genéticos

DISTÚRBIOS COMPORTAMENTAIS
• Coreia de Huntington - autossomia dominante
• Esquizofrenia - forte componente genética
• Autismo - forte componente genética
• Depressão - genes candidatos
• Psicose maníaco depressiva - monogénica? / poligénica?
• Alcoolismo - evidência genética
• Doença bipolar - sistema poligénico
• Epilepsia - genes que regulam a actividade elétrica das membranas das células nervosas
• Alcoolismo - evidência genética
• Doença de Alzheimer - APP, PSEN1 e PSEN2 e PLD3 (descoberto recentemente)
• Doença de Parkinson (vários tipos) – Park1 e Park2 (forma de parkinsonismo juvenil)

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Aconselhamento Genético

• Não dirigido
• Claro
• Anulação de qualquer conceito de culpa ou inferioridade
• Toda a verdade (sempre???; fatores psicológicos)
• Mentalidade; convicções religiosas

• Diagnóstico pré-natal - IVG (problemas éticos e morais)


• Risco elevado na descendência – contraceção ou esterilização
• Procriação assistida – Fertilização in vitro, DGPI, Doação de gâmetas
• Adoção

O PAPEL DO PSICÓLOGO
Integração numa equipa multidisciplinar
Avaliação psicológica
- modalidade de aconselhamento
- escolha do momento
- impacto e significado psicológico do risco
- acompanhamento da solução adotada
Aconselhamento
- Informação
- Ajustamento
- Facilitação da tomada decisão
- Encorajamento
- Apoio em momentos críticos
Acompanhamento (casal; indivíduo)
Fortalecimento da equipa

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