Você está na página 1de 12

UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE – UERN

FACULDADE DE ENFERMAGEM – FAEN

DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM – DEN

CURSO DE ENFERMAGEM

ALEX RIQUELME DE ALMEIDA BARRETO

TRADUÇÃO DO MATERIAL GENÉTICO - DNA

MOSSORÓ

2022
ALEX RIQUELME DE ALMEIDA BARRETO

TRADUÇÃO DO MATERIAL GENÉTICO - DNA

Síntese acerca do tema: “Tradução do DNA”, para


fins avaliativos da 3º unidade, pertencendo ao
componente curricular Biologia Celular e
Molecular, da Universidade do Estado do Rio
Grande do Norte.

Docente: Prof.ª Dra. Dayane Pessoa de Araújo.

MOSSORÓ

2022
SUMÁRIO

1. ENTENDENDO O CÓDIGO GENÉTICO ........................................................................ 4


2. RNA TRANSPORTADOR (RNAt).................................................................................... 5
2.1 WOBBLE OU OSCILAÇÃO ................................................................................................. 6
2.2 ESTRUTURA DO tRNA ........................................................................................................ 6
3. RIBOSSOMOS ................................................................................................................... 7
3.1 ESTRUTURA DO RIBOSSOMO .......................................................................................... 7
4. TRADUÇÃO DO DNA ...................................................................................................... 8
4.1 INICIAÇÃO ............................................................................................................................ 9
4.2 ALONGAMENTO ................................................................................................................ 10
4.3 TERMINAÇÃO .................................................................................................................... 12
5. REFERÊNCIAS ................................................................................................................ 12
1. ENTENDENDO O CÓDIGO GENÉTICO

Durante a tradução, a célula lê a informação do RNA mensageiro (RNAm) e usa para


construir um polipeptídeo. Em um RNAm, as informações para a construção de um
polipeptídeo são nucleotídeos de RNA (Adenina, Uracila, Citosina e Guanina) lidos em grupos
de três que são chamados de códons.

Existem 61 códons para aminoácidos, e cada um deles é lido para especificar um


determinado aminoácido entre os 20 encontrados comumente nas proteínas. Um códon, AUG,
especifica o aminoácido metionina (Figura 1) e também age como códon de iniciação para
sinalizar o começo da construção de uma proteína.

Figura 1 - Código Genético Circular

Fonte: https://webstockreview.net/images/dna-clipart-genetic-code-6.png

Há também mais três códons que não especificam aminoácidos. Esses códons de parada,
UAA, UAG e UGA, dizem à célula quando um polipeptídeo está completo. Em conjunto, essas

4
relações entre códons e aminoácidos são chamadas de código genético, tendo em vista que
permitem às células decodificarem o RNAm em uma cadeia de aminoácidos (Figura 2).

Figura 2 – RNA, Códons e Aminoácidos.

Fonte: https://cdn.kastatic.org/ka-perseus-images/0527b4c194c122403fe2cdd3f0cabb20c777e532.png

2. RNA TRANSPORTADOR (RNAt)

O RNA transportador é um tipo especial de molécula de RNA que funciona como ponte
moleculares entre os códons do RNAm e os aminoácidos que eles codificam. Em uma das
extremidades de cada RNAt há uma sequência de três nucleotídeos denominada anticódon que
pode se ligar a códons específicos do RNAm. A outra extremidade do RNAt transporta o
aminoácido especificado pelos códons (Figura 3).

Figura 3 – Códon e Anticódon

Fonte: https://cdn.kastatic.org/ka-perseus-images/c5957e0217ce7123259c1918c2f8b337b08783a0.png

Existem diferentes tipos de RNAts dispersos pelo citoplasma de uma célula, cada um
com seu próprio anticódon e aminoácido correspondente. Graças a um processo enzimático que
consome energia liberada por hidrólise de ATP, uma hidroxila do ácido adenílico da
extremidade CCA é esterificada por um L-aminoácido, formando-se assim uma molécula de

5
Acetil-tRNA. A enzima catalisadora dessa esterificação é específica para cada aminoácido. A
molécula de tRNA apresenta uma região que é reconhecida pela enzima, e, desse modo, cada
aminoácido é ligado ao seu tRNA. Por fim, essas moléculas vão se ligar aos ribossomos, onde
eles entregam os aminoácidos que são adicionados à cadeia proteica.

2.1 WOBBLE OU OSCILAÇÃO

Alguns tRNAs conseguem formar pares de bases com mais de um códon. Tais pares de
bases atípicos –entre outros nucleotídeos que não A-U e G-C- podem se formar na terceira
posição do códon, um fenômeno conhecido como oscilação (do inglês – wobble).

O pareamento oscilante segue regras próprias, as quais são diferentes das normais, por
exemplo, um G no anticódon pode parear com um C ou U, mas não um A ou G, na terceira
posição do códon (Figura 4). Regras como esta asseguram que os códons sejam lidos
corretamente, independente da oscilação.

Figura 4 – Pareamento Oscilante.

Fonte: https://cdn.kastatic.org/ka-perseus-images/892d6483f579dc09e00291a963d130aacaa965d5.png

2.2 ESTRUTURA DO tRNA

Em razão das pontes de hidrogênio que se estabelecem entre as suas bases, todos os
tRNA apresentam segmentos das moléculas formados por uma dupla hélice. A apresentação
plana, esquemática, da molécula do tRNA (Figura 5) tem o aspecto de uma folha de trevo, a
qual mostra o anticódon em um de seus lados.
6
A estrutura tridimensional é mais complexa pois pares de bases se formam entre
nucleotídeos em diferentes pares de moléculas. Isto gera regiões de fita dupla e alças, dobrando
o tRNA em formato de “L” (Figura 5). Uma das pontas do formato L abriga o anticódon,
equanto a outra possui o sítio de ligação para o aminoácido.

Figura 5 – RNA transportador

Fonte: http://4.bp.blogspot.com/_x3EXfQbNC_c/TT-
Gi9PI6zI/AAAAAAAAAN8/tTpZ5m4rWAk/s320/Rna+transportador.jpg

3. RIBOSSOMOS

Os Ribossomos são as estruturas formadas por RNA e proteínas. Essas estruturas


organizam a tradução e catalisam a reação que une os aminoácidos para formar uma cadeia
proteica.

3.1 ESTRUTURA DO RIBOSSOMO

Um ribossomo é feito de dois componentes básicos: uma subunidade grande e uma


pequena. Durante a tradução as duas subunidades juntam-se ao redor de uma molécula de
mRNA, formando um ribossomo completo. O ribossomo se move a frente pelo mRNA, códon

7
a códon, conforme lê e traduz em um polipeptídeo. Então, uma vez a tradução finalizada, os
dois componentes separam-se novamente e podem ser reusados.

Em geral os ribossomos (Figura 6) são um terço proteico e dois terços RNA ribossômico
(rRNA). Os rRNAs são responsáveis pela maior parte da estrutura e função do ribossomo,
enquanto as proteínas ajudam-no a mudar sua conformação enquanto ele catalisa reações
químicas.

Figura 6 – Ribossomo 3D

Fonte: https://cdn.kastatic.org/ka-perseus-images/4b3fc2a46dcc02a861ce911b74e406c9315ff055.png

Na imagem tridimensional de um ribossomo é possível observar em azul as proteínas,


enquanto cadeias de rRNA estão representadas em laranja e amarelo. O ponto verde marca o
sítio ativo, que catalisa a reação que liga aminoácidos para fazer uma proteína.

4. TRADUÇÃO DO DNA

Na tradução, os códons de um mRNA são lidos na ordem de 5’ para a extremidade 3’,


pelas moléculas de tRNA. Cada tRNA possui um anticódon, um conjunto de três nucleotídeos
que se liga ao códon correspondente no mRNA através do pareamento de bases. A outra
extremidade do tRNA traz o aminoácido especificado pelo códon.

8
Os pares de bases ocorrem quando se formam ligações entre as bases nitrogenadas nas
moléculas de DNA e/ou RNA. As bases são grupos químicos que são abreviados A, T, C e G
no DNA, ou A, U, C, e G no RNA. Apenas as bases certas podem parear umas com as outras:
por exemplo, em casos típicos, A se liga à U nas moléculas de RNA (Figura 7).

Figura 7 – Formação dos pares de bases

Fonte: https://cdn.kastatic.org/ka-perseus-images/c5957e0217ce7123259c1918c2f8b337b08783a0.png

Os tRNA se ligam aos mRNA dentro dos ribossomos. À medida que os tRNA
preenchem os compartimentos do ribossomo e se ligam aos códons, seus aminoácidos são
adicionados à cadeia crescente de polipeptídeos em uma reação química. O produto final é um
polipeptídeo cuja sequência de aminoácidos reflete a sequência de aminoácidos reflete a
sequência de códons no mRNA.

4.1 INICIAÇÃO

Nessa etapa, o ribossomo se junta ao mRNA e ao primeiro tRNA para que a tradução
posso ter início. A nível celular a iniciação da tradução acontece assim: primeiro o tRNA
transportando a metionina se liga a subunidade ribossômica pequena. Juntos, se ligam à
extremidade 5’ do mRNA através do reconhecimento do cap 5’ GTP, adicionado durante o
processamento no núcleo. Em seguida, eles caminham ao longo do mRNA na direção 3’ e
param quando alcançam o códon de iniciação (Figura 8).

9
Figura 8 – Início da tradução

Fonte: https://cdn.kastatic.org/ka-perseus-images/ae16d87eace538e032b1cf5ac3adbb7335a86fb2.png

4.2 ALONGAMENTO

Nessa etapa o peptídeo se torna mais longo. O primeiro tRNA transportador de


metionina começa no compartimento do meio no ribossomo, chamado de sítio P. Ao lado, um
novo códon é exposto em outro compartimento chamado de sítio A. O sítio A será o ponto de
“desembarque” para o próximo tRNA, aquele cujo anticódon é o correspondente ideal
(complementar) do códon em exposição (Figura 9).

10
Figura 9 – Alongamento do peptídeo

Fonte: https://cdn.kastatic.org/ka-perseus-images/87bc3dd2b420d5ae739cde5146ade4f8f431f090.png

Uma vez que o tRNA correspondente desembarca no sítio A, a formação de uma ligação
peptídica que conecta um aminoácido a outro. Esta etapa transfere a metionina do primeiro
tRNA para o aminoácido do segundo tRNA no sítio A. Assim, têm-se dois aminoácidos, a
metionina forma o N-terminal do polipeptídeo, e o outro aminoácido é o C-terminal.

11
Em seguida, após a formação da ligação peptídica, o mRNA é puxado para frente no
ribossomo por exatamente um códon. Esse deslocamento permite que o primeiro tRNA, agora
vazio, saia através do sítio E. Isso também faz com que um novo códon fique exposto no sítio
A, para que todo o ciclo se repita.

4.3 TERMINAÇÃO

A tradução acaba em um processo chamado terminação. Essa etapa da tradução acontece


quando um códon de parada do mRNA (UAA, UAG ou UGA) entra no sítio A. Os códons de
parada são reconhecidos por proteínas chamadas de fatores de liberação, os quais se adaptam
perfeitamente do sítio P, embora sejam tRNA. Fatores de liberação confundem a enzima que
normalmente forma as ligações peptídicas fazendo-a adicionar uma molécula de água ao último
aminoácido da cadeia. Essa reação separa a cadeia do tRNA, assim a proteína recém produzida
é liberada.

Por fim, tendo em vista que o material de tradução é bastante reutilizável, depois que as
unidades ribossômicas se separam do mRNA e entre si, cada elemento toma parte em um novo
ciclo de tradução.

5. REFERÊNCIAS

JUNQUEIRA. L.C; CARNEIRO. J. Biologia Celular e Molecular – 9.ed. Guanabara Koogan.


Rio de Janeiro, 2017. Disponível em: Biologia Celular e Molecular (Junqueira & Carneiro) 9.
ed. - www.meulivro.mobi.pdf - Google Drive. Acesso em: 31 ago. 2022.

DESCONHECIDO. Dogma central (DNA a RNA a proteína). Khan Academy. 2020.


Disponível em: Dogma central (DNA a RNA a proteína) | Khan Academy. Acesso em: 02.
Set. 2022.

12

Você também pode gostar