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HISTOLOGIA E
GENÉTICA
Introdução
Você sabia que o número normal de cromossomos humanos é 46 (23
pares)? Os 44 cromossomos (ou 22 pares) são homólogos nos dois sexos
e denominados autossomos. Os outros dois cromossomos restantes são
os cromossomos sexuais – homólogos na mulher (XX) e diferentes no
homem (XY) –, que contêm os genes responsáveis pela determinação do
sexo (BORGES-OSÓRIO; ROBINSON, 2013). Em humanos, as anormalidades
cromossômicas podem acarretar padrões diferenciáveis de distúrbios do
desenvolvimento e são atribuídas a diversas causas, como ambientais
ou genéticas.
radiação;
drogas de abuso;
infecção por vírus.
radiações ionizantes;
radiações ultravioletas.
análogos de bases;
compostos com ação direta;
agentes alquilantes;
corantes de acridina.
Alterações cromossômicas 3
Alterações numéricas
Estão relacionadas à perda ou ao acréscimo de um ou mais cromossomos e
podem ser de dois tipos: euploidias e aneuploidias (o termo ploidia refere-se
ao número de genomas representado no núcleo).
Alterações estruturais
São mudanças na estrutura dos cromossomos, resultantes de uma ou mais
quebras em um ou mais cromossomos, com subsequente reunião em uma
configuração diferente, formando rearranjos balanceados ou não. Nos rear-
ranjos balanceados, o complemento cromossômico é completo, sem perda
nem ganho de material genético – portanto, normalmente são inofensivos,
exceto nos casos raros em que um dos pontos de quebra danifica um gene
funcional importante. Quando um rearranjo cromossômico é não balance-
ado, o complemento cromossômico contém quantidade incorreta de material
cromossômico, e os efeitos clínicos costumam ser muito graves. As quebras
podem ocorrer de forma espontânea ou pela ação de agentes externos, como
radiações, drogas, vírus, entre outros.
As alterações na estrutura dos cromossomos são classificadas em dois tipos:
Aneuploidias
As aneuploidias são resultantes da “não disjunção” ou “não separação” de um
ou mais cromossomos durante a anáfase I e/ou II da meiose ou na anáfase da(s)
mitose(s) do zigoto. A não disjunção ocorre mais frequentemente durante a meiose,
podendo ocorrer tanto na primeira como na segunda fase da divisão. Se ela ocorrer
na primeira divisão, o gameta com o cromossomo em excesso, em vez de ter apenas
um dos cromossomos de determinado par, terá os dois cromossomos do mesmo
par, sendo um de origem materna e outro de origem paterna.
Se a não disjunção ocorrer na segunda divisão meiótica, ambos os cromosso-
mos do mesmo par (no gameta que ficou com o excesso de cromossomos) serão
de origem idêntica: materna ou paterna. Durante a mitose, a não disjunção pode
6 Alterações cromossômicas
Referência
Leituras recomendadas
BERTINO JR., J. S. et al. Pharmacogenomics: an introduction and clinical perspective.
Porto Alegre: McGraw-Hill, 2013.
KLUG, W. S. et al. Conceitos de genética. 9. ed. Porto Alegre: Artmed, 2010.
MALUF, S. W.; RIEGEL, M. Citogenética humana. Porto Alegre: Artmed, 2011.
PASTERNAK, J. J. Uma introdução à genética molecular humana: mecanismos das
doenças hereditárias. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007.
READ, A.; DONNAI, D. Genética clínica: uma nova abordagem. Porto Alegre: Artmed,
2008.
SCHAEFER, G. B.; THOMPSON, J. N. Genética médica: uma abordagem integrada. Porto
Alegre: McGraw-Hill, 2015.
STRACHAN, T.; READ, A. Genética molecular humana. 4. ed. Porto Alegre: Artmed, 2013.
Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para
esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual
da Instituição, você encontra a obra na íntegra.