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ALTERAÇÕES

CROMOSSÔMICAS
ALTERAÇÕES
CROMOSSÔMICAS
 ALTERAÇÕES ESTRUTURAIS -Durante a
intérfase quando os cromossomos estão mais
distendidos e metabolicamente ativos, eles são
mais vulneráveis a variações do ambiente que
provocam rupturas de sua estrutura. As
aberrações estruturais dos cromossomos
resultam de quebra cromossômica
seguida de reconstituição em uma
combinação anormal.
ALTERAÇÕES ESTRUTURAIS
 REARRANJOS BALANCEADOS : Não há
perda, nem ganho de material genético.

 REARRANJOS NÃO BALANCEADOS: O


complemento cromossômico contém uma
quantidade incorreta de material genético.
ALTERAÇÕES ESTRUTURAIS
 As alterações estruturais são classificadas em
dois tipos: aquelas nas quais há alteração
no número de genes( deleções e
duplicações) e aquelas nas quais há
mudanças na localização dos genes
( inversões e translocações).
CAUSAS DAS ALTERAÇÕES
CROMOSSÔMICAS
 PREDISPOSIÇÃO GENÉTICA PARA A
NÃO DISJUNÇÃO
 RADIAÇÃO, DROGAS E VÌRUS – Estes
agentes tem especial importância nas
alterações estruturais, uma vez que eles
induzem quebras cromossômicas.
Aberrações Cromossômicas
Estruturais

• Tipos
Deleção (intersticial, terminal)

Duplicação (in tandem, invertida, deslocada)

Inversão (pericêntrica, paracêntrica)

Translocação (simples, recíproca, robertsoniana)


DELEÇÕES
 São perdas de segmentos cromossômicos, as
quais podem ocorrer como resultado de uma
simples quebra, sem reunião das extremidades
quebradas( deleção terminal), ou de uma
dupla quebra, com perda de um segmento
interno, seguida da soldadura dos segmentos
quebrados ( deleção intersticial).
DELEÇÕES
 Os efeitos das deleções dependem da
quantidade e da qualidade do material genético
perdido, mas geralmente as deficiências são
danosas e produzem conseqüências graves.
Ex: Síndrome do “cri-du-chat”ou miado de
gato, causada pela perda de um segmento do
braço curto do cromossomo 5.
Citogenética
Aberrações Cromossômicas

p-

q-

Deleções
(Intertiscial, Terminal p e Terminal q)
DUPLICAÇÃO
 È a repetição de um segmento
cromossômico, causando um aumento do
número de genes. A maioria das duplicações resulta
de um crossing over desigual entre cromátides
homólogas, durante a meiose, produzindo segmentos
adjacentes duplicados e/ou deletados. As duplicações
são mais comuns e menos prejudiciais que as
deficiências, concluindo-se que o excesso de genes
geralmente é menos prejudicial do que a falta deles.
DUPLICAÇÃO DO
CROMOSSOMO 5 q
 46, XX ou XY, 5q (duplicação de cerca
de 10% do braço longo do cromossomo
5).
 Características: Retardamento Físico e
Mental, Boca pequena, Testa protusa
CROMOSSOMO EM ANEL
 È a alteração que ocorre quando um
cromossomo apresenta duas deleções
terminais e as suas extremidades, agora sem
os telômeros, tendem a reunir-se, levando a
formação de um cromossomo em anel. Os
fragmentos rompidos perdem-se. Os
cromossomos em anel têm pouca importância
evolutiva.
CROMOSSOMO EM ANEL
 Quando um cromossomo é quebrado, trechos
sem telômeros (extremidades) "colam" com
facilidade. Assim, pontas sem telômeros
originam anéis, que se perdem em divisões,
originando deleções
 O cromossomo em anel é visto com freqüência
em anomalias congênitas e está relacionado a
deficiência mental e mal formações.
Citogenética
Aberrações Cromossômicas

Cromossomo em Anel (r)


ISOCROMOSSOMO
 Forma-se quando a divisão do centrômero,
durante a divisão celular, dá-se
transversalmente, em vez de
longitudinalmente. Como conseqüência desta
divisão anormal, os dois cromossomos
resultantes apresentam-se com os braços
iguais(metacêntricos), sendo duplicados para
um dos braços originais e deficientes para o
outro.
ISOCROMOSSOMO
 O achado de isocromossomo é freqüente nas
neoplasias de testículo.
 A duplicação do braço curto do cromossomo
12 (isocromossomo 12p) é a anomalia mais
comum em neoplasias de células germinativas
no sexo masculino, encontrada em cerca de
80% dos tumores, independente da
localização.
Citogenética
Aberrações Cromossômicas

Isocromossomos Iso q
INVERSÃO
 È uma reorganização nas seqüências dos
genes, devido a duas quebras de um
cromossomo, seguidas de soldadura do
segmento quebrado aos pontos de quebra, mas
em posição invertida, ou seja, o segmento gira
180° e liga-se novamente a origem.
 As inversões podem ser pericêntricas ou
paracêntricas segundo a presença ou não do
centrômero no segmento invertido
INVERSÃO
 As inversões são rearranjos balanceados e
raramente causam problemas nos portadores.
 A capacidade reprodutiva dos portadores das
inversões paracêntricas parece ser normal enquanto
que as inversões pericêntricas, especialmente as que
envolvem os cromossomos grandes, parecem reduzir
a capacidade reprodutiva masculina (12% das
inversões pericêntricas são diagnosticadas durante o
estudo da infertilidade masculina).
Citogenética
Aberrações Cromossômicas

Inversões
(Pericêntrica e Paracêntrica)
Inversão
TRANSLOCAÇÃO
 Neste tipo de alteração há transferências de
segmentos de um cromossomo para o outro,
geralmente não homólogo. As translocações ocorrem
quando há quebra em dois cromossomos, seguida da
troca dos segmentos quebrados. Elas podem ser
recíprocas e não recíprocas .Nas translocações
recíprocas , há trocas de segmentos entre os
cromossomos que sofreram quebras, e nas não
recíprocas, o segmento de um cromossomo liga-se a
outro, sem que, no entanto, haja troca entre eles
Citogenética
Aberrações Cromossômicas

Translocação Translocação
Não recíproca Recíproca
Citogenética
Aberrações Cromossômicas

Translocação
Translocação Recíproca
Não recíproca (Robertsoniana)
Crossing-Over desigual
(Duplicação / Deleção)
TRANSLOCAÇÃO
 As translocações robertsonianas formam um
tipo especial de translocação, em que dois
cromossomos acrocêntricos sofrem quebras
nas regiões centroméricas, havendo trocas de
braços cromossômicos inteiros.
Translocação
Segregação Gametas
Alternada AB - normal
A’B’- translocação balanceada

Adjacente 1 A’B - def-dupl


AB’ - def-dupl

AA’ - def-dupl
Adjacente 2 BB’ - def-dupl
Translocação Robertsoniana
Translocação Robertsoniana
Translocação Robertsoniana
MOSAICISMO
 È a presença de dois ou mais cariótipos diferentes,
em um mesmo indivíduo ou tecido, devido a
existência de duas ou mais linhagens
celulares derivadas de um mesmo zigoto.Tais
linhagens diferem entre si quanto ao número e/ou
estrutura dos cromossomos. O mosaicismo
cromossômico resulta normalmente da não
disjunção nas mitoses do início do
desenvolvimento embrionário.
MOSAICISMO
 Um erro na disjunção cromossômica pode ocorrer,
ainda, durante as primeiras divisões celulares de um
zigoto normal, levando à formação de células com um
cromossomo 21 ou três cromossomos 21 (trissomia).
Freqüentemente as células com três cromossomos 21
se mantêm no organismo, junto com as células com
dois cromossomos 21, originando indivíduos com
mosaicismo e portadores da Síndrome de Down;
enquanto as células com um cromossomo 21 são
inviáveis e não se desenvolvem .
QUIMERISMO
 È a ocorrência, em um mesmo indivíduo, de
duas ou mais linhagens celulares
geneticamente diferentes derivadas de mais
de um zigoto . A palavra quimera é derivada
de um monstro da mitologia grega, o qual tem
a cabeça de leão, o corpo de cabra ou bode e a
cauda de um dragão.As quimeras são de dois
tipos, a quimera dispérmica e a quimera
sanguínea.
Quimera dispérmica
 Resulta da dupla fertilização, em que dois
espermatozóides diferentes fecundam dois
óvulos, formando dois zigotos que se fundem,
resultando em um embrião.Se os dois zigotos
forem de sexos diferentes, o embrião
quimérico pode desenvolver um indivíduo
com hermafroditismo verdadeiro e um
cariótipo XX XY.
QUIMERA DISPÉRMICA
 Hermafroditismo Verdadeiro. O indivíduo apresenta ovários
e testículos e órgãos genitais externos com estruturas
masculinas e femininas: é a ambigüidade genital. Presença de
elementos testiculares e ovarianos em um mesmo indivíduo,
cujo fenótipo, órgãos genitais internos e externos são
ambíguos. No hermafroditismo verdadeiro a diferenciação
gonadal anômala é devida a mosaicos, mutações e
translocações de genes entre autossomos e cromossomos
sexuais. Em 60% dos casos o cariótipo é 46, XX, em 12% 46,
XY, em 13% são quimeras 46, XX/46, XY (resultantes da
fusão de 2 embriões na fase inicial do seu desenvolvimento) e
os restantes são mosaicos com cromossomos Y normais ou
anormais
Quimera sanguínea
 Resulta de uma troca de células, via placenta,
entre gêmeos dizigóticos, no útero. Exemplo :
Um co-gêmeo pode ter grupo sanguíneo B,
enquanto o outro co-gêmeo pode ter grupo
sanguíneo A. Se células do primeiro co-gêmeo
passarem a circulação sanguínea do segundo,
este formará os antígenos A e B, constituindo
uma quimera sanguínea.
CAUSAS DAS ALTERAÇÕES
CROMOSSÔMICAS
 IDADE MATERNA AVANÇADA(acima de
35 anos), é uma das principais causas
ambientais das aneuploidias. Um efeito da
idade materna é observado nas trissomias do
21, do 18 e do 13, bem como para proles com
trissomia do par sexual(47,XXX ou
47,XXY).Abortos espontâneos com
aneuploidias também ocorrem com maior
freqüência em mulheres com mais idade.

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