Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
-1-
1. Resenha Histórica da profissão
-2-
Em 1964, o Artigo 192 do Decreto de Lei 45541, de 23 de Janeiro, prevê a
organização de uma rede de Escolas Técnicas de Serviços de Saúde e
Assistência às províncias ultramarinas. O desenvolvimento destas escolas
reflectia a sua utilidade na prestação de cuidados de saúde que apoiavam a
indústria de guerra.
Um segundo, e último passo, para o reconhecimento da identidade dos
profissionais, foi dado em 1971, através do Decreto de Lei nº414, de 27 de
Setembro, vinha assim criar a carreira de técnico auxiliar de laboratório, técnico
terapeuta e técnico auxiliar sanitário.
Por último, o governo, através das Portarias nº 457/70 de 15 de Setembro,
191/70 de 14 de Abril, 11/75 de 4 de Janeiro e 439/75de 17 de Julho, vem tornar
equivalente o curso ministrado no Continente, nas Províncias Ultramarinas e nas
Escolas de Saúde, uma vez que os programas eram idênticos.
-3-
foi revelado o plano de estudo dos cursos, teriam 3000 horas num período de 3
anos.
O Decreto de Lei 384-B/85, de 30 de Setembro, vem reestruturar a carreira,
aparecendo pela primeira vez o conceito de Técnico de Diagnóstico e Terapêutica.
-4-
A finalidade era simples, prestar melhores condições de saúde para os
utentes. Se com os diplomas de carreira o governo salvaguardava o sector
público, no sector privado isto não era bem assim. Era urgente pôr fim ao
exercício clandestino, que não possuía qualificações necessárias para o efeito.
Pelo Decreto de Lei nº 415, de 23 de Dezembro de 1993, o Governo
integra o ensino da profissão no Sistema Educativo Nacional ao nível do Ensino
Superior Politécnico; passando as escolas a designar-se Escolas Superiores de
Tecnologia da Saúde (ESTeS).
Uma nova Directiva Comunitária, instituiu um sistema geral de
reconhecimento de habilitações profissionais adquiridas nos Estados Membros da
Comunidade Económica Europeia.
Esta mesma directiva foi transportada para o Direito Interno Português pelo
Decreto de Lei nº 289/91 de 10 de Agosto, com alterações pelo Decreto de Lei nº
396/99, de 13 de Outubro.
Em 1997, a Lei 115 da Assembleia da República, nº3 artº13, considerava a
possibilidade de, ao Ensino Superior Politécnico, ser conferido o grau académico
de licenciado.
A portaria nº505-D/99, de 15 de Julho, autoriza as Escolas Superiores de
Tecnologia da Saúde (do sector público) a realizar cursos que confiram grau
académico de Bacharel e Licenciado, sendo que ao grau de licenciado só se
podiam candidatar titulares de grau bacharel ou equivalente.
Em 1999, foram publicados dois Decretos de Lei fulcrais para o
reconhecimento político – científico da profissão TDT:
- O Decreto de Lei nº 320/99, de 11 de Agosto, que vem regulamentar o
exercício da profissão TDT, obrigando ao porte de uma Cédula Profissional e
criando o Conselho Nacional das Profissões de Diagnóstico e Terapêutica, para
resolver questões relativas ao exercício, formação, regulamentação e controlo das
profissões.
- O Decreto de Lei nº 564/99, de 21 de Dezembro, que estabelece um novo
estatuto legal na carreira TDT, considerando os profissionais indispensáveis na
melhoria da qualidade e eficácia da prestação de melhores cuidados de saúde,
sendo agora regidos por uma escala salarial adequada aos níveis de formação e
de desempenho profissional.
-5-
1.6. Situação Actual
Actualmente, o estatuto legal da carreira do técnico de Análises Clínicas e
Saúde Pública está publicado no Decreto de Lei nº 564/99 de 21 de Dezembro. A
carreira está estruturada em Técnico de 2.ª classe, Técnico de 1.ª classe, Técnico
principal, Técnico especialista e Técnico especialista de 1.ª classe. Ao Técnico
compete “o desenvolvimento de actividades ao nível da patologia clínica,
imunologia, hematologia clínica, genética e saúde pública, através do estudo,
aplicação e avaliação das técnicas e métodos analíticos próprios, com fins de
diagnóstico e de rastreio”.
A avaliação do desempenho está ao abrigo do Despacho nº13935/2000 de
7 de Julho, onde consta que “o desempenho dos técnicos de diagnóstico e
terapêutica é avaliado em função do contexto em que se inserem, tendo em conta
os objectivos gerais e específicos do serviço e os padrões e critérios de
avaliação”.
Já a portaria nº721/2000 de 5 de Setembro “tem por objectivo a definição
das normas reguladoras da aplicação dos métodos de selecção, sua utilização e
respectivos factores de ponderação, nos concursos de ingresso e de acesso na
carreira de técnico de diagnóstico e terapêutica”.
O técnico de análises clínicas e saúde pública tem de requerer a emissão
da Cédula Profissional junto da Administração Central do Sistema de Saúde
(ACSS).
-6-
2. Ensino Público de Análises Clínicas e Saúde Pública
-7-
3. Perfil Profissional do TACSP
-8-
Quanto ao saber social e relacional, o TACSP tem de ser capaz de agir
com rigor, precisão e responsabilidade, adaptar-se à evolução de técnicas e
métodos, agir em conformidade com certas normas, estabelecer uma relação de
confiança com o doente, trabalhar em equipa com outros profissionais de saúde,
comunicar de forma clara e explicita para com o doente, ter capacidade de se
autoavaliar, agir com ética e sigilo.
Os hospitais públicos ou privados, laboratórios privados ou universitários
ou de saúde pública e o institutos de investigação são os locais de exercício de
actividade, podendo os profissionais de ACSP participar no formação e educação
de novos técnicos, coordenar outros profissionais, participar em projectos de
pesquisa e investigação.
Sendo assim as áreas de intervenção podem estar ao nível do diagnóstico,
terapêutica, prevenção, na área da gestão (como técnico coordenador ou director
técnico), na área do ensino (como professor ou monitor), na investigação e na
comercial.
Segundo a Associação Portuguesa dos Técnicos de Análises Clínicas e
Saúde Pública, os TACSP devem seguir um código de ética, composto por dez
tópicos, de maneira a que estes mesmos profissionais reconheçam as suas
responsabilidades, não apenas para com os pacientes, mas também para com a
sociedade, outros profissionais de saúde e para com eles mesmos.
-9-
4. Associações Representativas
- 10 -
Pública estão a propor uma nova designação para a profissão, a de “Analista
Clínico”.
Conclusão
- 11 -
Referências Bibliográficas
- 12 -