Projeto Politico Pedagogico

Universidade Estadual Paulista
Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia

Câmpus de Botucatu
CURSO DE GRADUAÇÃO
EM MEDICINA VETERINÁRIA
PROJETO POLÍTICO
PEDAGÓGICO
Botucatu – SP
2017 – 2021
REITOR Prof. Dr. Sandro Roberto Valentini
VICE-REITOR Prof. Dr. Sérgio Roberto Nobre
PRÓ-REITORA DE GRADUAÇÃO Profa. Dra. Gladis Massini-Cagliari
FACULDADE DE MEDICINA VETERINÁRIA E ZOOTECNIA
DIRETOR Prof. Dr. Celso Antonio Rodrigues

VICE-DIRETOR Prof. Dr. Cezinande de Meira
DIRETOR TÉCNICO ACADÊMICO José Roberto de Lalla Júnior
SUPERVISOR DA SEÇÃO TÉCNICA DE Simone Fernandes
GRADUAÇÃO
CONSELHO DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM MEDICINA VETERINÁRIA
COORDENADOR Profa. Dra. Cláudia Valéria Seullner Brandão

VICE-COORDENADOR Prof. Dr. Márcio Garcia Ribeiro
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA
1. INFORMAÇÕES GERAIS SOBRE O CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA DA

FACULDADE DE MEDICINA VETERINÁRIA E ZOOTECNIA – UNESP -
BOTUCATU
1.1. Histórico
O Curso de Medicina Veterinária da FMVZ se localiza em Botucatu, no centro-sul

do Estado de São Paulo, numa região de clima agradável cercado por propriedades
rurais e urbanas favorecendo a formação generalista do médico veterinário. A sua
estrutura física é ampla, abrange diversas áreas como o Hospital Veterinário, laboratórios
e as Fazendas de Ensino, Pesquisa e Extensão – Lageado, Edgárdia e São Manuel,
condições primordiais para que se realize o ensino, a pesquisa e a extensão, essencial
no ensino superior visando à formação de indivíduos aptos a exercer a profissão de
maneira crítica e cidadã.
A FMVZ da Universidade Estadual Paulista (UNESP), Câmpus de Botucatu, foi
alicerçada pela Lei 6860 de 22 de julho de 1962, com a formação do complexo
denominado Faculdade de Ciências Médicas e Biológicas de Botucatu (FCMBB), quando
principiou o curso de Medicina Veterinária em 1963.
Na FCMBB, o Curso de Medicina Veterinária ficou sob a responsabilidade do
Setor de Ciências Médico-Veterinárias. “A originalidade da FCMBB esteve representada
não só pela base comum em termos de ensino, mas também em termos sociais, de
reconhecimento de um compromisso de ação social. A área básica deveria ser comum,
a estrutura baseada em departamentos autônomos (por área de conhecimento), o corpo
docente trabalhando em tempo integral, interessado e envolvido em pesquisa
qualificada” (EECA, 2004).
A partir de 1974, os Departamentos da Faculdade de Ciências Médicas e
Biológicas de Botucatu foram agrupados em Setores, quando se constituiu o Setor de
Ciências Médico-Veterinárias. Por meio da Lei nº 952 de 30 de janeiro de 1976 foi criada
a UNESP, seguido da FMVZ com a decretação de seu Estatuto, em 26 de janeiro de
1977, com abrangência dos Cursos de Graduação em Medicina Veterinária e em
Zootecnia.
1
Criação da FCMBB pelo Governador do Estado de São Paulo, Professor Carvalho Pinto, em 1962
Apresentação do Projeto da criação da UNESP na Assembleia Legislativa de São Paulo.
Assinatura do decreto de criação da UNESP em 1976, pelo Governador Paulo Egydio Martins
2
Primeiras instalações da Medicina Veterinária em 1965 Aula prática no “morrinho” (atual local
onde está situado o Instituto de Biociências)
A Faculdade de Medicina Veterinária em 1970
Sala Dos Docentes Em 1976, a demolição das antigas instalações
Desta forma, o Curso de Graduação em Medicina Veterinária é oferecido desde

1963, sendo que a partir de 1977, houve uma estruturação administrativa, com a criação
de Departamentos de Ensino e instalação dos órgãos colegiados.
O Curso de Graduação em Medicina Veterinária sempre se destacou pelo
pioneirismo que deu origem à diversas modificações e implantações que a seguir foram
adotadas pela quase totalidade dos cursos de Medicina Veterinária do país. Foi o
primeiro curso do país implantado com cinco anos de duração, caracterizando o último
ano como estágio de treinamento profissional, que abrange as áreas de conhecimento
3
da Medicina Veterinária com o cumprimento de 96 créditos. O número de vagas

inicialmente foi de 40, passando, a partir de 2003, a 60 vagas anuais.
A Residência em Medicina Veterinária, pioneira no Brasil, é oferecida desde 1973,
para Médicos Veterinários, no sentido de propiciar especialização profissional para
atuação no mundo do trabalho. Decorrente das mudanças políticas do país e sob o
formato de ensino e aprendizagem que se estruturava sob o setor de ciências médico-
veterinárias, os docentes defenderam e demonstraram a importância de se oferecer uma
Residência Veterinária aos concluintes da graduação, em oferecer essa modalidade de
ensino, que visava um treinamento especializado para capacitar o médico veterinário a
executar com segurança e habilidade sua prática profissional, exigências requeridas ao
profissional naquele momento histórico e político nacional. Esta atividade é ministrada
por todos os Departamentos da Unidade, em diversas áreas do saber, com duração de
um a dois anos de acordo com o programa oferecido.
O Programa de Pós-Graduação em Medicina Veterinária, inicialmente com a área
de concentração em Clínica-Fisiopatologia Médica, foi implantado em agosto de 1981,
como o primeiro curso de Doutorado na área aplicada do Brasil e, em 1983, passou
também a oferecer o curso em nível de Mestrado. O ato que autorizou o funcionamento
do Curso foi a Resolução UNESP 36 de 09/11/81 e o Curso foi credenciado pelo
Conselho Federal de Educação em 08/12/87, por meio do Parecer nº 789/87-CFE. A
partir de 15 de junho de 1994, a área de Clínica: Fisiopatologia Médica passou a
denominar-se Clínica Veterinária e o Programa passou a contar com o curso de Mestrado
nas áreas de Cirurgia Veterinária, Clínica Veterinária, Reprodução Animal e Vigilância
Sanitária, e curso de Doutorado nas áreas de Cirurgia Veterinária, Clínica Veterinária e
Reprodução Animal. Em dezembro de 2001, o curso de Doutorado foi autorizado para a
área de Vigilância Sanitária. Em outubro de 2004, a área de Vigilância Sanitária passou
a denominar-se Saúde Animal, Saúde Pública Veterinária e Segurança Alimentar. Um
corpo de professores qualificado, garante aos pós-graduandos o apoio suficiente para o
desenvolvimento de suas atividades dentro de diversas linhas de pesquisa, com vistas à
obtenção dos títulos de Mestre e Doutor, respaldando o conceito “5” nas avaliações da
CAPES. Em outubro de 2013, houve um desmembramento do Programa de Pós-
Graduação em Medicina Veterinária, que manteve as áreas de concentração em Clínica
Veterinária e Saúde Animal, Saúde Pública Veterinária e Segurança Alimentar. A partir
de então, originou-se o Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia Animal, com as
áreas de concentração em Cirurgia Animal e Reprodução Animal. Ressalta-se que os
4
dois Programas citados mantiveram o conceito “5” na CAPES. Adicionalmente, em 2015,

foi criado, também, o Programa de Pós-Graduação em Animais Selvagens, cursos de
Mestrado e Doutorado, com a área de concentração em Clínica-Cirúrgica, Saúde e Meio
Ambiente, o qual foi recomendado pela CAPES com o conceito “4”.
Com a consolidação do Curso de Graduação em Zootecnia, em março de 1990
foi implantado o Programa de Pós-Graduação de Mestrado e Doutorado em Zootecnia,
área de concentração em Nutrição e Produção Animal, onde participam docentes
titulados no país e no exterior. O Programa tem mantido um nível de excelência em suas
atividades, tendo obtido o conceito 6 nas últimas avaliações da CAPES.
Nesse período a política nacional foi sendo moldada com novas
configurações que sob a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, no
artigo 207 consolidado na Emenda Constitucional n° 64 de 04 de fevereiro de 2010
garante que:
As universidades gozam de autonomia didático-científica, administrativa e

de gestão financeira e patrimonial, e obedecerão ao principio de
indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão.
Ainda durante a década de oitenta, requerendo direitos e participação no ambiente

acadêmico para eleger os dirigentes da instituição, houve diversas manifestações na
Unesp. Essas manifestações, relevantes no processo acadêmico, foram estimuladas
também pelo processo das eleições diretas, tanto em relação à escolha dos dirigentes
da Universidade e das Unidades Universitárias, assimilado por outras instituições de
ensino superior públicas, quanto na eleição direta para outros cargos de representação
política do Estado. O movimento democrático trouxe novos ares que resultaram no “Novo
Estatuto da Universidade”, em 1989, surgindo uma nova base de gestão universitária
que congregava diversos colegiados, além da abertura de concursos públicos para o
quadro de servidores da Universidade (PDI – UNESP, 2009).
Dentro desse princípio e da mobilização das universidades pelos direitos
garantidos pela Constituição, o governo estadual por meio da Lei de Diretrizes
Orçamentárias cede uma fração do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e
Serviço) às Universidades, garantindo-lhes autonomia não só didática e administrativa,
mas financeira. “Com a implantação da autonomia de gestão financeira, a UNESP
desenvolveu-se extraordinariamente, passando a investir em larga escala no ensino de
graduação e pós-graduação” (UNESP, 2001).
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1.2. Infraestrutura para o Ensino
A Unidade conta com dezenas de espaços didáticos, entre salas de aula,

anfiteatros e laboratórios de ensino, que estão distribuídos no Câmpus de Rubião Júnior
e Lageado e nas Fazendas Experimentais. Todas as salas contam com recursos de
multimídia (projetores, lousa digital, sistema de som). Os laboratórios de informática têm
21 microcomputadores no Hospital Veterinário e 31 no Câmpus do Lageado. As salas
são climatizadas e atendem especificações com cadeiras para canhotos e tamanhos
diferenciados. Adicionalmente, os vários laboratórios de ensino contam com
equipamentos que propiciam o contato do aluno com a tecnologia de última geração.
Tais condições têm sido implantadas por meio do Programa de Melhoria do Ensino
de Graduação, pela Pró-Reitoria de Graduação da UNESP, instaurado desde 2006,
visando atender à solicitação de recursos para o Projeto de Laboratórios Didáticos, o
qual tem disponibilizado verbas anuais para melhoria da infraestrutura do ensino de
graduação. O Programa de Melhoria do Ensino de Graduação foi criado com o objetivo
de destinar recursos para infraestrutura, instalações e equipamentos para o ensino de
graduação nas Unidades Universitárias e nos Campus Experimentais da UNESP,
contribuindo assim com a qualidade dos cursos oferecidos.
1.3. Metodologia de Educação Superior
Segundo a LDB (Lei 9.394/96), no que se refere ao Ensino Superior, intitula-se

“Da Educação Superior”, portanto em atenção a essa orientação consideramos que
metodologia da educação superior é mais ampla e apropriada do que metodologia de
ensino (transmissão de conteúdos), concordando com Castanho (2001) a respeito deste
termo. Nesse sentido, o compromisso dessa Unidade/Instituição busca superar os
condicionantes atuais da realidade ao proporcionar espaços didáticos que se efetivem
no ensino, na pesquisa e na extensão.
A FMVZ e seus docentes inovam buscando gerar conhecimentos que auxilie o
aperfeiçoamento dos profissionais da área. Mesmo com toda a ampliação de atividades
que foram assumidas, a comunidade sempre primou pela dedicação à educação dos
futuros profissionais do Curso de Graduação em Medicina Veterinária. Mostra disso foi
o Rodízio, modelo de ensino e aprendizagem essencialmente prático, em que os alunos
vivenciam o ensino, a pesquisa e a extensão no ambiente do Hospital Veterinário e
6
Fazendas, atendendo animais de grande e pequeno porte, domésticos ou silvestres da

cidade e região. Também, implantou o Estágio Supervisionado no quinto ano do Curso
de Medicina Veterinária, momento em que o discente é envolvido nas práticas
profissionais nos locais de atuação do médico veterinário, ampliando contatos do mundo
do trabalho.
Os ambientes acadêmicos desta Unidade, mesmo com as atividades de ensino,
pesquisa e extensão, que se ampliam a cada ano, estão atentos às influências sociais,
econômicas e culturais, rompendo barreiras e abrindo fronteiras nas diversas áreas do
saber veterinário para o aperfeiçoamento profissional dos médicos veterinários
responsáveis pela saúde e bem-estar dos animais de companhia, de produção e
selvagens.
As atividades desenvolvidas devem colaborar para o ensino e aprendizagem de
seus docentes e discentes, as quais permanecem em constante atenção e avaliação,
oferecendo e viabilizando as condições necessárias às suas práticas pedagógicas,
promovendo a multidisciplinaridade e a interdisciplinaridade em seus diversos ambientes
pedagógicos como, por exemplo, os laboratórios, o Hospital Veterinário, as Fazendas e
salas de aula, que contribuem para a eficiência e aquisição do conhecimento de seus
sujeitos.
A responsabilidade em manter o padrão e a estrutura desse modelo de ensino
tem sido exercida não só com esforços da unidade, mas com recursos que a PROGRAD
– Pró-Reitoria de Graduação da Unesp – tem enviado a todas as unidades através do
programa de melhoria da qualidade de ensino. A FMVZ, de forma transparente,
contempla e decide coletivamente como utilizar esses recursos para a melhoria de seu
ensino de graduação.
São recursos que auxiliam diretamente o ensino e as atividades de extensão
integradas às atividades curriculares dos alunos, contribuindo para uma formação
profissional adequada diante das transformações sociais que implicam mudanças de
paradigmas que requerem que os ambientes de ensino estejam adequados para os
novos contextos de ensino e aprendizagem em coerência com as Diretrizes Curriculares
Nacionais para a área de Medicina Veterinária (MEC – CNE/CES 0105/2002). Uma vez
que a Unidade tem conseguido oferecer condições estruturais para um ensino de
qualidade, seus docentes tentam encontrar espaços de diálogo para entender as
mudanças que afetam suas práticas pedagógicas.
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Devido às mudanças decorrentes da globalização, da revolução tecnológica e das

formas de conhecimento ampliadas pelas redes informáticas, mas também devido às
novas atribuições propostas para os médicos veterinários pelos Conselhos Federal e
Regional de Medicina Veterinária, a FMVZ começou uma nova fase de discussões sobre
o rumo e a pertinência da atuação profissional do médico veterinário. Estas discussões
têm sido estimuladas igualmente pela percepção dos docentes sobre a atuação de seus
discentes, que têm adentrado o espaço universitário com dinâmicas de interação e
aquisição dos conhecimentos diferentes das formas tradicionalmente praticadas, e
igualmente, por identificarem as dificuldades que têm de trabalhar a quantidade de
informações disponibilizadas e de administrar o tempo requerido para a apreensão da
teoria necessária a prática profissional veterinária.
Outro fator que tem estimulado um movimento de reflexão sobre o Curso de
Graduação em Medicina Veterinária é a mudança no perfil do alunado. Atualmente,
muitos alunos são oriundos de grandes centros urbanos, há um predomínio de mulheres
num curso que em suas origens era dominado por homens e as mudanças inerentes a
nova geração de jovens.
Para realizar este processo de reflexão, que guarda consonância com o proposto
no PDI (Plano de Desenvolvimento Institucional) da Universidade, os docentes da FMVZ
têm participado das oficinas de estudos oferecidos pelo Núcleo de Estudos e Práticas
Pedagógicas – NEPP da Pró-Reitoria de Graduação – PROGRAD da UNESP.
As oficinas oferecem momentos de discussão e reflexão sobre metodologias de
ensino superior, relações interpessoais e métodos de avaliação para auxiliar os docentes
nesse novo momento de ensino e aprendizagem, que demandam docentes envolvidos
em suas práticas pedagógicas para consolidar e assegurar um ensino de qualidade e,
consequentemente, garantir profissionais críticos e reflexivos em suas áreas de atuação,
seja como médicos veterinários ou pesquisadores na área veterinária, os novos
horizontes necessitam de profissionais que saibam interpretar e agir nesse novo mundo
repleto de incertezas, inclusive do conhecimento, conforme metas estabelecidas no PDI
da Unesp (UNESP, 2009).
Nesse sentido, os docentes refletindo sobre as práticas pedagógicas utilizadas no
ambiente de ensino perceberam que estavam em dissonância no processo do ensino e
a aprendizagem realizados. A busca de novas metodologias de ensino culminou com a
criação da SINTA – Semana de Integração Acadêmica, na qual os alunos com seus
professores vivenciam metodologias de ensino ativas.
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O envolvimento da comunidade acadêmica nessa Semana de Integração

responde ao Projeto Político Pedagógico da Instituição e às Diretrizes Curriculares
Nacionais em seus objetivos gerais e específicos, que por meio de um processo de
autocrítica, está produzindo e transmitindo o conhecimento e articulando suas atividades
de ensino, pesquisa e extensão às demandas sociais. Entretanto, percebe-se que o
envolvimento da comunidade acadêmica no ambiente da FMVZ, apesar de esforços de
seus gestores, ao defender o ensino de graduação, vem sentindo a pressão da demanda
por maior produtividade científica, reduzindo a dedicação dos docentes às atividades
ligadas ao ensino de graduação.
A FMVZ atenta às novas orientações do MEC por meio das Diretrizes Curriculares
e do PDI da Universidade, tem promovido discussões em seu ambiente acadêmico,
reuniões entre os docentes e discentes da Unidade para refletir o perfil do profissional
que será formado nos próximos anos, sob sua responsabilidade institucional. É salutar
ressaltar que os docentes e discentes cada vez mais têm se preocupado com a formação
profissional e têm promovido mesas redondas, com a participação de professores, para
entender os rumos que vem tomando a universidade, dentre os quais podemos salientar
o debate “Interdisciplinaridade: construção de um projeto fundamentado na graduação”,
promovido pela Direção, Conselho de Curso de Medicina Veterinária e pelo NEPP local
(FMVZ, 2011).
A FMVZ de Botucatu, plena da responsabilidade que é educar e formar o
profissional da área das agrárias, se propõe constantemente a redimensionar seus
objetivos, suas perspectivas de ação e formas de atuação em constante diálogo com a
sociedade brasileira. Nessa Unidade também se encontra uma preocupação assente no
processo de avaliação em todos os sentidos vivenciados dentro do seu ambiente. Seja
no que se refere à avaliação docente como proposta de diagnosticar no ambiente
acadêmico os problemas que devem ser superados, bem como das formas
tradicionalmente utilizadas para avaliação dos alunos por meio das disciplinas; os
professores da FMVZ vêm buscando se apropriar de conhecimentos e novas
metodologias de avaliação para confrontar esses processos, que sentem se resumir à
simples processos de verificação e não propriamente de avaliação.
Desta forma, no Curso de Graduação em Medicina Veterinária, a metodologia de
educação superior está embasada no principio de que o ensino e aprendizagem devem
ser direcionados num processo dialético, possibilitando a construção coletiva do
conhecimento em atividades de ensino com pesquisa e extensão, ensino por problemas,
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ensino por projetos, aulas teóricas expositivas e dialógicas, aulas demonstrativas e

interativas nas práticas laboratoriais, aulas de prática hospitalar e aulas práticas de
campo, onde todos os sujeitos assumem o papel de sujeitos-parceiros, proporcionando
a construção de cidadania por meio de uma formação profissional qualificada e
atualizada.
1.3.1. Aulas Teóricas
A aula teórica é o momento em que o professor faz a introdução, o

desenvolvimento e a conclusão do conteúdo de sua especialidade e especificidade
disciplinar, de forma que o discente passe do momento sincrético inicial da informação
ao sintético quando consegue apreender o conhecimento.
As aulas predominantemente expositivas são ministradas aos alunos e, em
diversos momentos, propõem-se aulas expositivas dialógicas, proporcionando um
momento dialético. Esse método pressupõe o intercâmbio de conhecimentos e
experiências, propiciando um ambiente de ensino onde o aluno reelabora seus
conhecimentos se apropriando das informações que se traduzem em novos
conhecimentos.
Além de se utilizar de forma adequada da aula teórica tradicional, os docentes,
têm experimentado outras metodologias de ensino intermediadas nas aulas teóricas,
como por exemplo, problematização, discussões em grupo, seminários, estudos
dirigidos, aprendizado baseado em problemas (PBL), aprendizado baseado em projetos
(ABP), entre outras. Ressaltando que as metodologias utilizadas estão ao serviço do
processo de ensino e aprendizagem como elemento componente do processo
pedagógico.
1.3.2. Aulas Práticas
As aulas práticas são realizadas em laboratórios, ambulatórios, currais, salas de

necropsia, salas de diagnóstico por imagem, centros cirúrgicos, sala de técnica cirúrgica,
onde são apresentadas de forma demonstrativa e interativa. Os discentes participam
inicialmente das aulas demonstrativas, pois a atividade prática exige procedimentos que
por vezes perpassam por rotinas, essenciais para a obtenção de resultados, ao mesmo
tempo em que interagem com o docente.
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A aula prática, realizada por meio da demonstração e interação, compreende a

preparação (passos do processo), realização (utilização dos equipamentos) e a
avaliação (apropriação dos procedimentos). Nessa aula, o professor demonstra os
procedimentos de forma que os alunos possam observar, questionar e avaliar os
processos utilizados facilitando a aprendizagem de longo prazo.
1.3.2.1 Aulas Práticas em Laboratório
Diversas disciplinas ministram aulas práticas em laboratórios, sempre tendo o

docente como responsável, sendo auxiliado por médicos veterinários residentes, pós-
graduandos e técnicos. Neste contexto, os alunos consolidam a teoria aprendida nas
salas de aula interligando disciplinas como “Química e Bioquímica Animal”, “Biofísica”,
“Farmacologia Veterinária”, “Fisiologia dos Animais Domésticos”, “Anatomia Patológica
Geral Veterinária” e a “Anatomia Patológica Especial Veterinária”, “Enfermidades
Infecciosas dos Animais”, “Epidemiologia e Saneamento”, “Zoonoses”, “Ornitopatologia”,
“Inspeção Sanitária de Alimentos de Origem Animal”, “Tecnologia dos Produtos de
Alimentos de Origem Animal”, “Citologia”, “Embriologia dos Animais Domésticos”,
“Histologia dos Animais Domésticos”, “Microbiologia”, “Nutrição Animal”, “Reprodução
Animal, Inseminação Artificial e Biotécnicas da Reprodução”, “Fisiopatologia da
Reprodução”, “Laboratório Clínico Veterinário”, “Parasitologia Veterinária“,
“Enfermidades Parasitárias dos Animais”, “Alimentos e Alimentação”, “Introdução à
Informática” e “Radiologia Veterinária I e II”.
1.3.2.2 Aulas Práticas em Ambulatório e outros
No terceiro ano do curso, os alunos entram em contato com aulas práticas em

ambulatórios, salas de técnica cirúrgica e currais para vivenciar as técnicas semiológicas,
técnicas anestésicas e operatórias dentre outras atividades práticas inerentes a profissão
do médico veterinário.
1.3.2.3 Aulas de Prática Hospitalar – Rodízio
No quarto ano do curso, as aulas de prática hospitalar são realizadas durante o

período da tarde de segunda a quinta-feira, abrangendo as áreas de Clínica Médica de
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Pequenos e Grandes Animais, Cirurgia de Pequenos e Grandes animais, Reprodução

Animal, Enfermidades Infecciosas dos Animais e Planejamento de Saúde Animal e
Saúde Pública. Durante este período, os alunos são divididos em pequenas turmas que
se revezam pelas referidas áreas hospitalares realizando atividades práticas
interdisciplinares, sob supervisão simultânea de docentes das disciplinas envolvidas.
Dentre as atividades práticas, destacam-se o atendimento clínico-cirúrgico, realização
de necropsias, exames laboratoriais, radiográficos, dentre outros, de animais domésticos
e selvagens.
Especificamente na FMVZ, o Rodízio propicia visão interdisciplinar ao aluno,
exigindo a ligação entre a teoria e a prática de forma contextualizada a partir da
reelaboração dos saberes aprendidos das disciplinas do curso. Essa vivência hospitalar
cria uma rede de cooperação entre alunos de graduação, pós-graduação, residentes e
docentes de forma a facilitar o processo de ensino e aprendizagem. Como exemplo,
observa-se a rede que se estabelece durante o atendimento a um equino com cólica. A
abordagem inicial será realizada pela Clínica Cirúrgica de Grandes Animais, que em
seguida mobilizará todas as áreas necessárias para a realização do diagnóstico e
tratamento, onde a Patologia Clínica, Enfermidades Parasitárias, Diagnóstico por
Imagem, Anestesiologia e a Anatomia Patológica dialogarão juntas para a melhor
condução do caso clínico. Assim, a Prática Hospitalar evidencia a interdisciplinaridade,
na qual há o envolvimento simultâneo de várias áreas do conhecimento e, portanto, dos
docentes e alunos dos respectivos Rodízios.
1.3.2.4 Aulas Práticas de Fazenda
Estas atividades são realizadas semanalmente nas fazendas experimentais da

FMVZ e/ou em propriedades agrícolas da região, no intuito de viabilizar o contato do
aluno com a realidade agropecuária. Neste cenário, o aluno tem a oportunidade de
vivenciar a abordagem interdisciplinar dos problemas cotidianos (clínicos, cirúrgicos,
reprodutivos, sanitários e socioeconômicos) das propriedades rurais, tendo os docentes
como facilitadores do processo de ensino e aprendizagem.
1.4 Estrutura Curricular
12
A partir da implantação da nova estrutura curricular na FMVZ, em 2006,

realizaram-se algumas modificações, como a implantação da semana letiva com um
período de 4 horas livres, diminuindo a carga horária das disciplinas obrigatórias. As
horas livres durante a semana têm possibilitado a realização de atividades
complementares de formação, consideradas na integralização dos créditos. As
atividades complementares compreendem 40 créditos obtidos por meio de disciplinas
optativas, realização de estágios, programas de iniciação científica, publicação de
trabalhos científicos ou seus resumos, participação em grupos de estudo, colegiados,
entre outras atividades, incluindo as de formação humanística.
No quadro a seguir, estão resumidos os créditos exigidos para integralização do
Curso de Medicina Veterinária de nossa Unidade.
Número de
créditos
Créditos em Disciplinas Obrigatórias 306*
Créditos em Atividades Complementares 40**
Créditos em Estágio de treinamento profissional (5º ano) 96
Disciplinas optativas a critério do discente
TOTAL DE CRÉDITOS 442

CARGA HORÁRIA 6630
* A unidade de crédito corresponde a 15 horas de aula.
** A unidade de crédito corresponde a 15 horas de atividade ou, para atividades específicas, há
uma pontuação pré-determinada (anexo I)
1.4.1 Distribuição da Estrutura Curricular de Acordo com os Conteúdos

Essenciais
No quadro abaixo, está apresentada a nova estrutura curricular do Curso de

Medicina Veterinária da FMVZ, distribuída de acordo com os conteúdos essenciais
profissionais, definidos pelo Parecer CNE/CES 0105/2002 e de acordo com a resolução
UNESP 100, de 03/11/2005, alterada pela resolução UNESP 51 de 17/11/2010.
CONTEÚDOS ESSENCIAIS DISCIPLINAS

 Anatomia e Exterior dos Animais Domésticos I
Ciências Biológicas e da
 Anatomia e Exterior dos Animais Domésticos II
Saúde  Biofísica
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 Citologia
 Embriologia dos Animais Domésticos
 Farmacologia Veterinária
 Fisiologia dos Animais Domésticos
 Genética Animal
 Histologia dos Animais Domésticos
 Imunologia
 Melhoramento Genético Animal
 Microbiologia Veterinária
 Parasitologia Veterinária
 Química e Bioquímica Animal
 Bioestatística
 Ciências do Ambiente
 Ciências Humanas e Sociais
 Economia e Administração Rural
Ciências Humanas e Sociais
 Ética Profissional e Legislação
 Introdução à Informática
 Sociologia e Extensão
 Avicultura
 Bovinocultura de Corte
 Bovinocultura de Leite
Zootecnia e Produção
 Introdução à Forragicultura e Pastagens
Animal  Nutrição Animal I
 Nutrição Animal II
 Suinocultura
 Inspeção Sanitária de Alimentos de Origem
Inspeção e Tecnologia dos Animal
Produtos de Origem Animal  Tecnologia dos Produtos de Origem Animal I
 Tecnologia dos Produtos de Origem Animal II
 Anatomia Patológica Geral Veterinária
 Anatomia Patológica Especial Veterinária
 Anestesiologia Veterinária
 Cirurgia de Grandes Animais e Prática
Hospitalar e de Fazendas
 Cirurgia de Pequenos Animais e Prática
Hospitalar
 Clínicas I (Conjunto de Disciplinas)
 Clínicas II (Conjunto de Disciplinas) e Prática
Hospitalar e de Fazendas
 Clínica das Intoxicações e Plantas Tóxicas
Clínica Veterinária
 Enfermidades Infecciosas dos Animais e Prática
Hospitalar, Laboratorial e de Fazendas
 Enfermidades Parasitárias dos Animais
 Fisiopatologia da Reprodução
 Laboratório Clínico Veterinário
 Medicina Legal Veterinária
 Obstetrícia Veterinária I
 Obstetrícia Veterinária II
 Ornitopatologia
 Radiologia Veterinária I
 Radiologia Veterinária II
14
 Reprodução Animal, Inseminação Artificial e

Biotécnicas da Reprodução
 Semiologia Veterinária
 Técnica Cirúrgica Veterinária
 Práticas de Atividades Interdepartamentais de
Apoio Diagnóstico
 Prática Hospitalar e de Fazendas em
Reprodução Animal
 Epidemiologia e Saneamento
Medicina Veterinária  Planejamento de Saúde Animal e Veterinária
Preventiva e Saúde Pública Preventiva e Prática de Fazendas
 Zoonoses
15
1.4.2. Estrutura Curricular e Ementas
No quadro abaixo, estão relacionadas às disciplinas do Curso de Medicina

Veterinária da FMVZ – Unesp – Botucatu e suas respectivas ementas.
DISCIPLINAS EMENTAS
 Química e Bioquímica O conteúdo de Química Analítica e Físico-Química para o Curso
Animal de Medicina Veterinária consiste no estudo de: a) Introdução à
Química Analítica: Marcha geral de uma análise. Amostragem.
Ataque via úmida e preparação da solução. Amostra para
análise; b) Equilíbrio iônico, produto iônico da água, pH, tampão:
Tratamento de dados de uma análise. Erros em Química
Analítica Quantitativa; c) Análise gravimétrica ou gravimetria:
Produto de solubilidade, solubilização; d) Análise volumétrica ou
Titulometria volumétrica: Ácido base - de precipitação, de
complexação, de óxido-redução; e) Métodos espectroscópicos
de análise: Espectroscopia convencional (colorimetria); f)
Métodos eletroanalíticos – Potenciometria. O conteúdo de
Química Orgânica para o Curso de Medicina Veterinária
consiste de: a) nomenclatura; b) métodos de preparação; c)
mecanismos de reações e propriedades químicas e físicas das
principais funções dos hidrocarbonetos, haletos orgânicos,
álcoois, fenóis, ésteres; d) Estereoquímica; e) Fundamentos
básicos dos métodos modernos de análise de compostos
orgânicos.
O conteúdo de Bioquímica para o Curso de Medicina Veterinária
consiste no estudo de: a) estrutura química e propriedades
gerais e funções biológicas dos constituintes de grandes e
pequenos animais; b) digestão e absorção intestinal em
ruminantes e não ruminantes; c) metabolismo de carboidratos,
proteínas e aminoácidos; d) Balanço energético; e) bioquímica
da glândula mamária; g) excreção; h) funções biológicas de
vitaminas e minerais.
 Anatomia e Exterior dos Anatomia Geral: Introdução; Anatomia Sistêmica: Tegumento
Animais Domésticos I comum, Sistemas Esquelético, Articular, Muscular, Respiratório,
Circulatório e Linfático; Anatomia Topográfica: Cabeça,
Pescoço, Tórax, Abdômen, Pelve e Membros.
 Anatomia e Exterior dos Anatomia Sistêmica: Sistemas Digestório, Urinário, Genital,
Animais Domésticos II Endócrino, Nervoso e Estesiologia.
 Biofísica Biofísica do Sistema Respiratório; Biofísica do Sistema Cárdio-
Circulatório; Biofísica da Função Renal; Bioeletrogênese;
Criobiologia; Eletroforese; Espectrofotometria; Fractais;
Radiações Ionizantes; Ultrassom.
 Bioestatística Estatística Descritiva; Probabilidade; Estimação; Testes de
hipóteses; Regressão e correlação linear simples; Experimentos
inteiramente ao acaso; Experimentos em blocos ao acaso e,
tabelas de contingência.
 Citologia Bases macromoleculares da constituição celular; Formação e
armazenamento de energia; Trocas entre a célula e o meio;
digestão intracelular; Processos de movimentação celular:
16
Armazenamento e transmissão da informação genética;

Processos de síntese e secreção celular e, divisão celular
 Embriologia dos Animais Conhecimento da formação de diferentes animais domésticos,
Domésticos a partir dos processos de fecundação, clivagem, gastrulação e
especialização dos três folhetos embrionários, origem de todos
os sistemas que compõem o organismo.
 Genética Animal O Programa a ser desenvolvido é constituído de 3 partes: a
primeira parte consta a estrutura e descrição dos cromossomos;
cariótipo dos animais domésticos e animais silvestres;
alterações cromossômicas; classificação e conseqüências na
reprodução dos animais domésticos e silvestres. A segunda
parte apresenta conceitos fundamentais de Genética e
estatística; descrição dos comportamentos dos genes nos
rebanhos; modelo de seleção para os genótipos desejáveis no
rebanho; defeitos genéticos; imunogenética e genética
bioquímica; genes letais; herança da cor da pelagem dos
animais; preservação animal e melhoramento genético dos
animais domésticos e silvestres. A terceira parte constará de
genética molecular e engenharia genética.
 Histologia dos Animais Teoria e prática sobre métodos e técnicas utilizados no estudo
Domésticos da Histologia; Morfologia e histofisiologia dos tecidos
fundamentais (epitelial, conjuntivo, muscular e nervoso) e dos
órgãos e sistemas dos animais domésticos.
 Ciências do Ambiente Estudo da biosfera; impactos da tecnologia sobre os
ecossistemas e os seres vivos; poluição da hidrosfera,
depuração e requisitos de qualidade;estudo dos recursos
naturais em bacias hidrográficas; atmosfera-poluição do ar e seu
controle; litosfera – degradação do solo e metabolismo de
recuperação; agropecuária alternativa/sustentável; legislação
ambiental e, estudo das áreas silvestres e manejo da fauna.
 Introdução à Informática Visão geral da computação; conceitos de linguagens e
programas; sistemas operacionais; editores de texto; planilhas
eletrônicas; bancos de dados; programas de apresentação e
internet.
 Fisiologia dos Animais Fisiologia do Sistema Nervoso; Fisiologia dos Líquidos
Domésticos orgânicos e fisiologia renal; Fisiologia dos sistemas
cardiovascular e respiratório; Fisiologia do Aparelho digestivo
dos animais monogástricos e poligástricos e, Fisiologia do
Sistema Endócrino.
 Ciências Humanas e Cultura; Ciências Sociais; Instituição Social; Estrutura Social;
Sociais Mercado; Estado; ONGs; Associações; Políticas Públicas;
globalização.
 Economia e Administração: conceitos e aplicação; Administração
Administração Rural Financeira; Custos do Capital; Custos de Produção; Orçamento
e Fluxo de Caixa: elaboração de um projeto agropecuário;
Indicadores de Rentabilidade de um projeto; Deflacionamento;
Indicadores de Preços Agrícolas; Economia: conceitos e
aplicações; Comércio Externo e Taxa de Câmbio; Política Fiscal,
Orçamento Público, Dívida Externa e Interna; Evolução Histórica
da Agricultura e a Questão Agrária e, Blocos econômicos e
Globalização; a Competitividade da Agroindústria no Brasil.
 Ética Profissional e Aos alunos será apresentado e comentado o Código de Ética do
Legislação Médico Veterinário além da legislação complementar.
 Imunologia O Curso visa fornecer condições de aprendizagem dos assuntos
básicos de Imunologia. Discutir os mecanismos defensivos que
17
um dado organismo pode dispor para defender-se dos agentes

agressores. Discutir os mecanismos imunológicos defensivos e
autoagressivos. Fornecer condições de compreensões dos
métodos de diagnóstico imunológico e de imunoterapia.
 Melhoramento Genético Introdução à genética quantitativa; sistemas de acasalamento:
Animal parentesco, consangüinidade e cruzamentos. Parâmetros
genéticos. Auxílios à seleção. Diferencial de seleção e
progresso genético. Predição do valor genético. Provas
zootécnicas. Correlações genéticas, fenotípicas e ambientais.
Resposta correlacionada. Predição do valor genético.
Biotecnologia aplicada ao melhoramento genético animal.
 Microbiologia Veterinária Teoria e prática que abordam todo o estudo da Microbiologia
dividido em módulos (Virologia, Micologia, Bacteriologia Geral e
Bacteriologia Especial).
 Anatomia Patológica Curso Teórico: Introdução à Anatomia Patológica Geral. Doença
Geral Veterinária ao nível celular. Lesões celulares reversíveis. Lesões celulares
irreversíveis. Morte somática e alterações cadavéricas.
Pigmentos e pigmentações patológicas. Distúrbios do fluxo
sangüíneo e circulação. Inflamação. Imunopatologia. Desordens
do crescimento celular e biologia do câncer. Neoplasias.
Curso Prático: Estudo macro e microscópico dos processos já
relacionados, associando à etiopatogênia. Utilizações de
animais de experimentos para reproduções práticas para as
lesões celulares.
 Farmacologia Veterinária Farmacologia Geral e Farmacodinâmica; Farmacologia de
órgãos e sistemas: drogas que atuam no sistema nervoso
periférico; drogas que atuam no sistema nervoso central; drogas
que atuam no sistema cardiovascular; drogas que atuam nos
sistemas gastrointestinal, renal, respiratório e hematopoiético;
farmacologia da reprodução; autacóides. Temas gerais:
quimioterapia das infecções e neoplasias. Analgésicos,
antitérmicos e antiinflamatórios (esteróides e não esteróides).
 Introdução à Potencial de produção animal das pastagens nativas e
Forragicultura e cultivadas, bem como as principais espécies de plantas
Pastagens forrageiras considerando os fatores climáticos e edáficos que
interferem na produção de forragem, além dos diferentes
sistemas de manejo. Finalmente, serão focalizadas as
diferentes técnicas de provisão de forragem para contornar a
estacionalidade de produção de forragem, especialmente
ensilagem e fenação.
 Nutrição Animal I A Nutrição Animal envolve a introdução à alimentação animal;
amostragem e preparo de amostras para análises; análise de
alimentos, cereais e seus subprodutos; farelos de tortas
oleaginosas; alimentos não convencionais; alimentos de origem
animal; gorduras e óleos; pró-nutrientes e fatores
antinutricionais, bem como os processos de metabolização dos
nutrientes, tanto para ruminantes como para monogástricos.
 Parasitologia Veterinária Morfologia, ciclo evolutivo, patogenia, diagnóstico,
epidemiologia e importância dos protozoários parasitas de
animais domésticos; morfologia, ciclo evolutivo, patogenia,
diagnóstico, epidemiologia e importância dos helmintos
parasitas de animais domésticos; morfologia, ciclo evolutivo,
diagnóstico, epidemiologia e importância dos artrópodos
parasitas de animais domésticos e/ou vetores de agentes
patogênicos.
18
 Sociologia e Extensão Sociologia e sociedade capitalista; características sociais de

agropecuária no Brasil; estado e agropecuária; modelos de
desenvolvimento e formas de inserção da agropecuária;
desenvolvimento sustentável; associativismo e movimentos
sociais e, extensão, assistência técnica e comunicação.
 Obstetrícia Veterinária I Blastogênese, formação dos envoltórios fetais e placentação –
tipos de placenta; o feto em crescimento – teorias à respeito;
posicionamento do feto no útero; higiene da prenhez e higiene
do parto; o parto normal; estática fetal – apresentação, posição,
atitude; o puerpério normal; patologias da gestação e,
perturbações da gestação causadas pelo feto.
 Reprodução Animal, Desenvolvimento da habilidade intelectual para posterior
Inseminação Artificial e aplicação dos conhecimentos e avaliação crítica dos problemas
Biotécnicas da de Reprodução, Inseminação Artificial, indução de cio,
Reprodução transferência de embriões.
 Práticas de Atividades Interpretação das alterações radiográficas e ultra-sonográficas
Interdepartamentais de dos diversos sistemas orgânicos nas espécies de animais
Apoio Diagnóstico domésticos; aprendizado prático com a realização dos exames
laboratoriais e sua interpretação; treinamento das técnicas de
exames necroscópico, histopatológico e citopatológicos nas
diferentes espécies animais. Fluidoterapia e equilíbrio ácido-
básico; anestesia em pacientes especiais; emergências
anestésicas e, diagnóstico e terapia da dor.
 Radiologia Veterinária I Técnica radiográfica (histórico, propriedades, formação das
imagens radiográficas, aparelhos e implementos, preparo de
animais, posições radiográficas, contrastes e proteção
radiológica). Estudo radiográfico em condições normais
(aspectos anatômicos e fisiológicos). Estudo das alterações
radiográficas dos sistemas ósseo-articular de pequenos e
grandes animais, digestório e cárdio-respiratório de pequenos
animais.
 Bovinocultura de Leite Viabilidade econômica da produção de leite, das raças e
cruzamentos adequados aos sistemas de produção e de formas
de manejo para se obter índices zootécnicos adequados aos
sistemas de produção de leite utilizados.
 Anestesiologia Veterinária Introdução à anestesiologia veterinária; Injeções parenterais;
Equilíbrio ácido-básico em anestesiologia veterinária;
Medicação pré-anestésica e analgesia; Anestesia local;
Anestesia dissociativa e neuroleptoanalgesia; Planos
anestésicos; Anestesia geral intravenosa; Aparelhos e circuitos
anestésicos; Anestesia geral volátil ou inalatória; Anestesia com
respiração controlada; Técnicas anestésicas em caninos e
felinos; Técnicas anestésicas em animais de laboratório;
Anestesia em animais selvagens; Técnicas anestésicas em
suínos; Técnicas anestésicas em ovinos e caprinos; Técnicas
anestésicas em bovinos; Técnicas anestésicas em eqüinos;
Anestesia em pacientes de alto risco; Anestesia em neonatos e
cesariana; Emergências, complicações e ressuscitação
cardiorrespiratória; Eutanásia.
 Clínicas I (Conjunto de Terapêutica Clínica. Doenças Nutricionais, Metabólicas e
Disciplinas) Endócrinas. Dermatologia Veterinária. Neonatologia Veterinária
 Bovinocultura de Corte Fatores econômicos e técnicos que norteiam a produção de
bovinos de corte, propondo soluções viáveis que permitam
elevar a natalidade, diminuir a mortalidade de bezerros,
19
aumentar o peso à desmama, diminuir a idade ao abate e

melhorar a qualidade da carcaça.
Técnica Cirúrgica Veterinária O programa será dividido em três partes: A 1ª parte será de
aulas teóricas magistrais, visando englobar diversos aspectos
da técnica operatória, abrangendo a cabeça, tronco e membros.
A 2ª parte constará de demonstrações das principais técnicas
operatórias. A 3ª parte constará de exercício prático de tempos
fundamentais da técnica cirúrgica, isto é, diérese, hemostasia e
síntese, para a abordagem dos órgãos e aparelhos.
 Tecnologia dos Produtos Matérias primas de origem animal. Princípios gerais de
de Origem Animal I conservação dos alimentos – causas das alterações dos
alimentos, métodos de conservação dos alimentos, avaliação da
qualidade dos alimentos. Tecnologia do leite e produtos
derivados: conceituação, obtenção higiênica, composição, leite
pasteurizado, fermentado, desidratado e esterilizado, manteiga
e queijos.
 Tecnologia dos Produtos Tecnologia da carne e produtos derivados: estrutura,
de Origem Animal II composição, abate de bovinos, ovinos, suínos e aves,
modificações “post-mortem”, propriedades, microbiologia,
contaminantes, refrigeração, congelação, tratamento térmico,
cura, embutidos, outros processos. Tecnologia do pescado e
produtos derivados: composição, deterioração, armazenamento
e conservação.
 Semiologia Veterinária Métodos e meios semiológicos; métodos de contenção; plano
de exame clínico; termometria clínica; exame semiológico dos
diversos aparelhos do organismo animal.
 Avicultura Tópicos relacionados com a produção industrial de aves
domésticas no aspecto econômico e técnico, enfocando a
situação atual e perspectivas de evolução da criação de frangos
de corte, postura comercial e reprodução, o melhoramento
genético e a obtenção de pintinhos comerciais.
 Enfermidades Estudo teórico prático das enfermidades parasitárias
Parasitárias dos Animais provocadas por artrópodes, helmintos e protozoários que
acometem os animais domésticos, definição das enfermidades,
dados epidemiológicos, fisiopatologia, ciclos biológicos, quadro
clínico, diagnóstico clínico e laboratorial, diagnóstico diferencial,
terapêutica, controle, profilaxia, descrição dos riscos para a
saúde humana e capacitação do acadêmico na orientação e no
correto aconselhamento ao proprietário de acordo com as
condições de sua propriedade
 Anatomia Patológica Curso teórico: Introdução a anatomia patológica especial
Especial Veterinária veterinária, exame necroscópico, conceito, importância, técnica
de execução e de descrição dos achados; colheita de material
para exames laboratoriais; patologia especial do sistema
circulatório, respiratório, urinário, genital feminino e masculino,
nervoso, digestivo, osteomuscular, hematopoiético e da pele e
anexos.
Curso prático: Técnica de necropsia nas diferentes espécies
domésticas; técnicas de colheita de material; discussão dos
achados de necropsia e sua correlação anátomo-clínica;
histopatologia.
 Laboratório Clínico Exames laboratoriais apropriados para o auxílio diagnóstico,
Veterinário confirmação de uma expressão clínica, orientação terapêutica,
prognóstico e detecção das doenças. Ordem pela qual os
exames laboratoriais devem ser solicitados. Interpretação dos
20
resultados laboratoriais. Compreender a fisiopatologia e a

evolução das enfermidades, pela sua tradução em alterações
dos resultados de Patologia Clínica. Aprendizado prático com a
realização dos exames laboratoriais.
 Epidemiologia e Na problemática das enfermidades, através do estudo dos
Saneamento fatores na ecologia das doenças, do estudo da metodologia
epidemiológica e medidas de saneamento, desenvolver-se-á
ensinamentos com a finalidade de resolução de problemas em
populações animais.
 Nutrição Animal II Evolução da ciência da Nutrição Animal, seguindo-se o estudo
da composição do corpo animal e dos alimentos. Nesse
particular, água, carboidratos, lipídeos, proteínas, minerais,
vitaminas são analisados sob os aspectos químicos,
bioquímicos e fisiológicos. Tais conhecimentos permitirão a
apresentação das exigências segundo o estágio de
desenvolvimento e categoria do animal dentro de cada espécie.
 Suinocultura A suinocultura será abordada dentro de um contexto global
envolvendo os seus diferentes segmentos, com ênfase
principalmente para o setor de produção, onde serão propostas
práticas de manejo, programas nutricionais e de alimentação,
bem como os meios para garantir o conforto às diferentes
categorias animais, permitindo assim um aumento da
produtividade.
 Obstetrícia Veterinária II Patologia da gestação de causas maternas: hérnias, contrações
antecipadas, perturbações metabólicas; variação na duração da
prenhez, patologia do parto; diagnóstico e prognóstico
obstétrico; medidas para a preparação ao auxílio obstétrico;
técnicas de auxílio ao parto; fetotomia e cesariana; indução
artificial do parto; dilatação insuficiente de cérvix, vagina e vulva
(episiotomia), acidentes ao parto (ruptura de períneo,
dilacerações de reto e vagina) cirurgia plástica corretiva.
 Radiologia Veterinária II Introdução à ultra-sonografia (histórico, propriedades, formação
de imagens ultra-sonográficas, aparelhos, preparo dos animais
e planos de exames ultra-sonográficos). Alterações
radiográficas e ultra-sonográficas dos sistemas digestório,
urogenital e alterações gerais da cavidade abdominal em
pequenos animais.
 Cirurgia de Grandes Parte 1. Clínica Cirúrgica Geral - Parte 2. Clínica Cirúrgica
Animais e Prática Especial: a) Afecções do Aparelho Locomotor de Eqüinos.
Hospitalar e de Fazendas Podologia Bovina; b) Afecções Clínico-Cirúrgicas do Neonato
Eqüino e Bovino; c) Afecções Clínico-Cirúrgicas do Aparelho
Digestório Eqüino; d) Afecções Clínico-Cirúrgicas do Aparelho
Urogenital; e) Afecções Clínico-Cirúrgicas das vias respiratórias
superiores; f) Introdução ao Estudo da Medicina Esportiva
Eqüina; g) afecções Clínico-Cirúrgicas dos Olhos e Anexos.
 Cirurgia de Pequenos A) Cirurgias dos tecidos moles: sistema digestório; sistema
Animais e Prática urogenital; hérnias, eventração e evisceração; afecções
Hospitalar cirúrgicas das orelhas, dos olhos e anexos; tumores/abscesso,
flegmão e gangrena. B) Cirurgias ósseas e articulares: ortopedia
geral e principais afecções articulares.
 Clínica das Intoxicações e Toxicodinâmica e metabolismo das substâncias tóxicas; quadro
Plantas Tóxicas clínico de intoxicações, diagnóstico e tratamento das
intoxicações causadas por: metais e metalóides; ionóforos e
cama de frango; uréia e cloreto de sódio; substâncias tóxicas
utilizadas em agricultura, pecuária e produtos domissanitários;
21
toxinas produzidas por fungos; plantas tóxicas; venenos de

serpentes e de outros animais peçonhentos.
 Enfermidades Infecciosas Estudo teórico das enfermidades de cunho infeccioso e infecto-
dos Animais e Prática contagioso que acometem os animais domésticos na seguinte
Hospitalar, Laboratorial e ordem de explanação: definição e conceituação da enfermidade,
de Fazendas etiologia, dados epidemiológicos, fisiopatologia, expressão
anátomo-patológica macroscópica e microscópica, quadro
clínico, diagnóstico correto, diagnóstico diferencial, prognóstico,
terapêutica, profilaxia e descrição dos riscos para a saúde
humana.
 Fisiopatologia da Aspectos da semiologia do aparelho genital masculino e
Reprodução feminino; etiologia, sintomas; tratamento e controle das
principais doenças envolvendo o aparelho genital masculino e
feminino; terapia hormonal nos machos e fêmeas; exame ultra-
sonográfico nos machos e fêmeas; noções de inter-sexualidade.
 Inspeção Sanitária de Ensinamentos técnicos voltados para a Inspeção Higiênico-
Alimentos de Origem Sanitária nas áreas de Carne, Leite, Pescado, Ovos, Aves e Mel.
Animal O programa será abordado através de aulas teóricas e práticas,
sendo ainda realizadas visitas a frigoríficos, laticínios e
abatedouros. Os alunos apresentarão seminários e referatas,
complementados com discussão dos tópicos abordados em
cada um deles.
 Medicina Legal Introdução à Medicina Legal Veterinária. Zoobiologia: identidade
Veterinária e identificação. Tanatologia médico legal. Traumatologia
forense. Fraudes e vícios redibitórios. Morte intencional:
criminosa, eutanásia, sacrifício, abate, eliminação. Morte
acidental: imperícia, sinistro. Fotodocumentação legal.
Competência privativa e concorrente. Perícia civil e perícia
criminal. Conceituação de perícia e avaliação. Diceologia
Médica Veterinária. Evolução de rebanho para fins judiciais.
Perícia em estabelecimento de abate e laticínios (regular ou
clandestino).
 Ornitopatologia Principais enfermidades das aves de produção comercial, sejam
elas infecciosas, nutricionais, parasitárias, metabólicas,
genéticas ou de manejo, abordando essencialmente a etiologia,
patogenia, sintomatologia, diagnóstico e tratamentos curativos e
preventivos
 Planejamento de Saúde Planejamento para a vacinação e o controle da raiva em cães e
Animal e Veterinária gatos em municípios. Planejamento de saúde para a prevenção,
Preventiva e Prática de o controle e a erradicação de enfermidades de interesse
Fazendas econômico e zoonótico. Aplicação e interpretação de inquéritos
sobre saúde animal. Formulação de planejamento de saúde
animal. Formulação de calendário zôo-sanitário (veterinária
preventiva). Consultorias em vacinação anti-rábica massal, em
saúde animal e em veterinária preventiva.
 Prática Hospitalar e de Diagnóstico de gestação, Manipulação e preservação de
Fazendas em sêmen, diagnóstico e tratamento de distúrbios reprodutivos,
Reprodução Animal aspectos da contracepção, cirurgias eletivas em ginecologia e
andrologia, aplicação das biotecnologias.
 Zoonoses Problemas das zoonoses importantes, prevalentes no ambiente
urbano e rural, avaliando-se o crescente envolvimento do
componente sócio-econômico-cultural na ocorrência destas,
bem como os modelos de transmissão dos agentes de zoonoses
considerando-se as interações estabelecidas pelos elementos
do ecossistema.
22
 Clínicas II (Conjunto de Afecções do aparelho respiratório; afecções do aparelho

Disciplinas) e Prática cardiovascular; afecções do aparelho urinário, afecções do
Hospitalar e de Fazendas sistema nervoso; afecções imunológicas, afecções do aparelho
digestivo; terapêutica especial; prática hospitalar e de fazendas
em clínica de grandes animais e prática hospitalar em clínica de
pequenos animais.
 Medicina de Animais O Programa será divido em 3 partes: 1ª parte: Aulas teóricas
Silvestres (Optativa) magistrais, visando englobar diversos aspectos da anatomia,
fisiologia e exame clínico das aves, répteis e mamíferos;
2ª parte: Demonstrações das principais técnicas de contenção
de aves, répteis e mamíferos, assim como exame clínico para
cada uma; 3ª parte: Exercício prático.
 Acupuntura Veterinária Mecanismos fisiológicos envolvidos com a acupuntura. O estudo
(Optativa) da acupuntura: pontos e canais em animais. Técnicas e
métodos para o tratamento com a acupuntura.
 Homeopatia Veterinária Uso do princípio da semelhança (similitude) com doses mínimas
(Optativa) de medicamentos através de uma farmacotécnica específica e
abordagem clínica do paciente com um todo.
 Etologia (Optativa) Como pode o conhecimento do comportamento afetar a
produção animal. Como delinear sistemas de produção que
concedam o máximo bem estar aos animais, visando, além das
questões éticas, a crescente exigência dos consumidores pelo
respeito às espécies de utilização zootécnica. Como que o
comportamento humano interage com o do animal, podendo
gerar benefícios ou malefícios à produtividade. Padrões
comportamentais de algumas espécies domésticas.
 Citopatologia Veterinária Função, constituição, adaptação, causas e mecanismos de
(Optativa) lesão celular. Alteração celular reacional associada coma
inflamação.
1.4.3. Estrutura curricular de acordo com o período de realização das disciplinas
As disciplinas do ciclo básico, ou seja, aquelas oferecidas no primeiro e segundo

ano do curso, possibilitam à aquisição dos conhecimentos necessários a compreensão
das disciplinas dos ciclos pré-profissionalizante (terceiro ano) e profissionalizante
(terceiro, quarto e quinto ano) no contexto do desenvolvimento de uma formação técnico-
médico-veterinária, no âmbito de seus campos específicos de atuação em clínica
veterinária; medicina veterinária preventiva, inspeção e tecnologia de produtos de origem
animal; zootecnia e produção animal. Adicionalmente, esta estrutura curricular possibilita
ao aluno apreender conceitos que o levem a relacionar-se com os diversos segmentos
sociais e atuar em equipes multidisciplinares da área da medicina veterinária, exercendo
a profissão de forma articulada ao contexto social.
A segmentação da estrutura curricular em ciclos básico, pré-profissionalizante e
profissionalizante tem caráter exclusivamente administrativo, constando como objetivo
do Projeto Político Pedagógico promover e ampliar a integração destes ciclos a fim de
23
se consolidar a visão interdisciplinar proposta pelo Plano de Desenvolvimento

Institucional (PDI-Unesp-2009).
A seguir estão listadas as disciplinas do curso de Medicina Veterinária.
DISCIPLINAS DO CURRÍCULO PARA INGRESSANTES A PARTIR DE 2006

1º ANO
Sem./
DISCIPLINA Créd.
Ano
Anatomia e Exterior dos Animais Domésticos I 14 1ºsem.
Bioestatística 6 1ºsem.
Ciências Humanas e Sociais 2 1ºsem.
Citologia 2 1ºsem.
Embriologia dos Animais Domésticos 3 1ºsem.
Histologia dos Animais Domésticos 8 1ºsem.
Etologia (Optativa) 2 1ºsem.
Biofísica 4 1ºsem.
Anatomia e Exterior dos Animais Domésticos II 9 2ºsem.
Ciências do Ambiente 2 2ºsem.
Genética Animal 6 2ºsem.
Introdução à Informática 4 2ºsem.
Sociologia e Extensão 4 2ºsem.
Química e Bioquímica Animal 12 2ºsem.

2º ANO
Sem./
DISCIPLINA Créd.
Ano
Fisiologia dos Animais Domésticos 16 1º
Imunologia 4 1º
Melhoramento Genético Animal 2 1º
Nutrição Animal I 4 1º
Microbiologia Veterinária 8 1º
Economia e Administração Rural 6 1º
Anatomia Patológica Geral Veterinária 8 2º
Avicultura 4 2º
Farmacologia Veterinária 9 2º
Introdução à Forragicultura e Pastagens 4 2º
Bovinocultura de Corte 4 2º
Parasitologia Veterinária 8 2º
Tecnologia dos Produtos de Origem Animal I 2 2º

3º ANO
Sem./
DISCIPLINA Créd.
Ano
Nutrição Animal II 2 1º
Anatomia Patológica Especial Veterinária 9 1º e 2º
Anestesiologia Veterinária 4 1º
Bovinocultura de Leite 4 1º
Ética Profissional e Legislação 2 1º
Reprodução Animal, Inseminação Artificial e Biotécnicas da Reprodução 4 1º
24
Semiologia Veterinária 8 1º
Suinocultura 4 1º
Tecnologia dos Produtos de Origem Animal II 4 1º
Citopatologia Veterinária (Optativa) 2 1º
Clínicas I (Conjunto de disciplinas) 6 2º
Enfermidades Parasitárias dos Animais 2 2º
Epidemiologia e Saneamento 4 2º
Fisiopatologia da Reprodução 4 2º
Laboratório Clínico Veterinário 4 2º
Obstetrícia Veterinária I 2 2º
Radiologia Veterinária I 4 2º
Técnica Cirúrgica Veterinária 8 2º

4º ANO
Sem./
DISCIPLINA Créd.
Ano
Acupuntura Veterinária (Optativa) 2 1º
Homeopatia Veterinária (Optativa) 2 1º
Cirurgia de Grandes Animais e Prática Hospitalar e de Fazendas 5 1º
Planejamento de Saúde Animal e Veterinária Preventiva e Prática de Fazendas 6 2º
Cirurgia de Pequenos Animais e Prática Hospitalar 4 1º
Clínicas II (Conjunto de disciplinas) e Prática Hospitalar e de Fazendas 10 1º
Enfermidades Infecciosas dos Animais e Prática Hospitalar, Laboratorial e de Fazendas 10 1º
Prática Hospitalar e de Fazendas em Reprodução Animal 2 1º
Obstetrícia Veterinária II 2 1º
Ornitopatologia 4 1º
Radiologia Veterinária II 1 1º
Cirurgia de Pequenos Animais e Prática Hospitalar 3 2º
Cirurgia de Grandes Animais e Prática Hospitalar e de Fazendas 2 2º
Clínicas II (Conjunto de disciplinas) e Prática Hospitalar e de Fazendas 4 2º
Clínica das Intoxicações e Plantas Tóxicas 4 2º
Prática Hospitalar e de Fazendas em Reprodução Animal 2 2º
Inspeção Sanitária de Alimentos de Origem Animal 9 2º
Medicina Legal Veterinária 2 2º
Zoonoses 2 2º
Prática interdepartamentais de apoio diagnóstico 4 2º
Medicina de Animais Silvestres (Optativa) 2 2º
1.3.4. Estágios Supervisionados Obrigatórios do Curso de Medicina Veterinária
Os Estágios Supervisionados Obrigatórios são realizados no quinto ano do Curso

de Medicina Veterinária. Consiste em um ciclo de treinamento especial realizado na
própria Unidade ou em outras instituições públicas ou privadas, tais como Universidades,
órgãos de pesquisa e do governo, empresas, clínicas, laboratórios, propriedades rurais,
entre outros, nas diversas áreas de excelência de atuação da Medicina Veterinária.
Os alunos são supervisionados por profissionais cadastrados e capacitados, no
sentido de atender as aspirações dos acadêmicos quanto ao mundo de trabalho. Os
locais de estágio, bem como os orientadores são visitados periodicamente no próprio
25
local pelo coordenador. No caso de estágios realizados no exterior, apenas são aceitos
os locais e orientadores que um dos professores da instituição conheça e recomende.
Os estágios são coordenados por um Conselho de Estágios, órgão assessor do
Conselho do Curso de Graduação. O Conselho de Estágios é constituído por docentes,
sendo um Coordenador, um Vice-Coordenador, dois Sub-Coordenadores, o
Coordenador do ano anterior e um representante de cada Departamento da área de
Medicina Veterinária. O Coordenador tem assento obrigatório no Conselho do Curso de
Graduação.
O aproveitamento dos alunos nos estágios se faz por meio de: apresentação oral-
expositiva dos estágios, seguida de entrevista individual das atividades desenvolvidas
nos estágios; avaliação do orientador local de estágio; prova geral teórica referente a
todas as disciplinas cursadas e trabalho de Conclusão de Curso, todos de igual peso.
Para efeito de aprovação os alunos deverão obter média final 5,0 (cinco). O Trabalho de
Conclusão de Curso (TCC) versa sobre tema de relevância em Medicina Veterinária e é
realizado sob a supervisão de docente-preceptor da Unidade. A estrutura do TCC
fundamenta-se na normativa vigente da Associação Brasileira de Normas Técnicas
(ABNT) para elaboração de trabalhos acadêmicos de conclusão de curso (ABNT – NBR
14724).
A Faculdade mantém ampla relação de locais das diversas áreas de atuação da
Medicina Veterinária. A partir de 1999, os acadêmicos do quinto ano passaram a realizar
também estágios no exterior, ampliando a relação da Unidade com diversos centros de
excelência no ensino, na pesquisa e na extensão.
O modelo de Estágios Supervisionados Obrigatórios do quinto ano visa aumentar
a integração do aluno com as diversas áreas de atuação da Medicina Veterinária, assim
como complementar a formação acadêmica para o exercício da profissão. Percebe-se
nas avaliações um grande amadurecimento e reconhecimento por parte dos alunos da
qualidade de ensino proporcionada pela Instituição.
2. ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DO CURSO
A formação do médico veterinário é realizada por meio do apoio estrutural de seis

departamentos de ensino da FMVZ-UNESP, dez departamentos do Instituto de
Biociências (IBB - Unesp) e dois departamentos da Faculdade de Ciências Agronômicas
(FCA – UNESP), com as respectivas áreas de atuação, a saber:
26
2.1. Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia – UNESP
2.1.1. Departamento de Cirurgia e Anestesiologia Veterinária: Cirurgia de Grandes

Animais; Anestesiologia, Cirurgia de Pequenos Animais e Técnica Cirúrgica
2.1.2. Departamento de Clínica Veterinária: Anatomia Patológica, Clínica de Grandes

Animais, Clínica de Pequenos Animais, Ornitopatologia, Patologia Clínica, Toxicologia e
Enfermidades Parasitárias;
2.1.3. Departamento de Higiene Veterinária e Saúde Pública

Uma das premissas do Departamento é seu espírito empreendedor nas atividades
em saúde animal, com forte viés para a saúde pública. A saúde de populações de
animais de produção é vista como um dos pré-requisitos para a produtividade, diminuição
das barreiras sanitárias, comercialização e, para a indústria, melhor viabilização dos
processos industriais. Colocam-se, assim, à sua disposição dos consumidores, produtos
que atendam às exigências sanitárias, inclusive livres de agentes zoonóticos,
possibilitando a integração da cadeia de produção. Os atendimentos clínicos –
individuais ou populacionais, diagnósticos de doenças – oficiais ou não -, e seus
controles ocorrem, conforme o caso, integralizados, principalmente, com prefeituras
municipais, órgãos oficiais, cooperativas, associações de criadores e, ainda, com os mais
diferentes profissionais. Além do atendimento clínico a animais de companhia, para a
promoção do bem-estar animal e preservação da saudável interação animal/proprietário,
a atuação departamental em saúde pública veterinária, também na origem do problema,
continua sendo o procedimento mais eficiente de proteção e manutenção da saúde
coletiva, proporcionando melhor qualidade de vida para as pessoas, em todas as suas
dimensões.
O Departamento de Higiene Veterinária e Saúde Pública é responsável pelas
seguintes disciplinas: Ética Profissional e Legislação; Epidemiologia e Saneamento,
Higiene Zootécnica, Inspeção Sanitária de Alimentos de Origem Animal, Planejamento
de Saúde Animal e Saúde Pública e Zoonoses e Saúde Pública.
27
2.1.4. Departamento de Melhoramento e Nutrição Animal:

O Departamento de Melhoramento e Nutrição Animal (DMNA) tem como principal
missão servir aos cidadãos brasileiros oferecendo programas de ensino, pesquisa e
extensão voltados para o desenvolvimento da agropecuária nacional. O DMNA tem tido
especial preocupação em ampliar e aprimorar a transmissão de conhecimentos aos
diversos segmentos acadêmicos. Desenvolve pesquisas de inegável valor científico nas
áreas de Biotecnologia, Melhoramento Genético e Nutrição Animal. Surgiu no DMNA o
modelo de produção do Novilho Superprecoce e o projeto Genoma Funcional do Boi, os
quais motivaram a criação do Centro de Genômica Funcional no Câmpus de Botucatu,
voltado ao atendimento de toda comunidade da Unesp. Acreditando que a
internacionalização do ensino e pesquisa é fundamental para o aprimoramento futuro
das universidades, o DMNA coordena dois convênios com instituições de ensino superior
estrangeiras – Michigan State University (EUA) e Universidade Trás-os-Montes e Alto
Douro (Portugal).
O Departamento de Melhoramento e Nutrição Animal é responsável pelas
seguintes disciplinas: Bioclimatologia Animal, Melhoramento Animal, Nutrição Animal,
Pastagens e Plantas Forrageiras.
2.1.5. Departamento de Produção Animal:

O Departamento de Produção Animal é responsável pelas seguintes disciplinas:
Avicultura, Apicultura, Bovinocultura de Corte e de Leite, Bubalinocultura, Cunicultura,
Criação de Animais de Zoológico, Equideocultura, Ovinocultura e Caprinocultura,
Piscicultura e Ranicultura e Sericicultura.
2.1.6. Departamento de Reprodução Animal e Radiologia Veterinária:

O Departamento tem por objetivo o ensino de Graduação em Medicina Veterinária
e Zootecnia, Pós-Graduação em Medicina Veterinária; realizar de pesquisas nas linhas
de Biotecnologia da Reprodução, Fisiopatologia da Reprodução e Diagnóstico por
Imagem nas espécies domésticas e selvagens e realizar Extensão Universitária, por
meio de atendimento à comunidade pelos Serviços de Reprodução em Pequenos e
Grandes Animais, Biotecnologia da Reprodução das diversas espécies domésticas e
Diagnóstico por imagem.
28
Além dos serviços de extensão mencionados acima, o Departamento, através de

seus docentes, também realiza um projeto de extensão no Centro de Biotecnologia em
Reprodução Equina (CERBEC - Posto de Monta), que oferece Inseminação Artificial nas
espécies Equina e Asinina, visando atender a necessidade do pequeno proprietário rural.
O Departamento produz ainda uma página eletrônica em Reprodução de Ovinos que
fornece informações técnicas a proprietários e profissionais que militam nessa área.
Também são oferecidos Serviços Radiográficos com objetivo diagnóstico de displasia
coxo femural e um Programa de Controle Populacional de Cães e Gatos realizado
juntamente com o Departamento de Cirurgia e Anestesiologia Veterinária.
O Departamento também oferece estágios curriculares e extra-curriculares na
área de Reprodução Animal e Diagnóstico por Imagem para alunos de áreas correlatas
e/ou afins à área de conhecimento da dos cursos de graduação da FMVZ.
O Departamento de Reprodução Animal e Radiologia Veterinária é responsável
pelas seguintes disciplinas: Radiologia Veterinária, Fisiopatologia da Reprodução,
Inseminação Artificial e Biotécnicas da Reprodução e Obstetrícia Veterinária.
2.1.7. Hospital Veterinário:

Para cumprir suas finalidades de formação profissional, a Faculdade de Medicina
Veterinária e Zootecnia está estruturada em um Hospital Veterinário, que integra ensino,
pesquisa e extensão com o atendimento médio de aproximadamente 16.000 casos por
ano, como pode ser constatado na figura a seguir:
29
Figura 1: Número Total de Animais atendidos no Hospital Veterinário – 1995-2012
23.540
25000
19.689
20000
NÚMERO TOTAL DE CASOS ATENDIDOS
16.756
15.976
15.734
15.623
15.473
14.515
13.851
13.122
13.111
12.634
15000
12.222
12.075
12.017
11.163
11.164
11.161
10000
5000
0
1995
2011
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2012
Fonte: Supervisão do Hospital Veterinário (2012)
Além disso, as Fazendas de Ensino, Pesquisa e Extensão (FEPE), em número de

três, abrangendo a Fazenda Edgárdia, Fazenda Lageado e Fazenda São Manuel, dão
suporte ao ensino, pesquisa e extensão nas diversas áreas da produção e nutrição
animal. Duas Bibliotecas, uma no Câmpus de Rubião Junior, e outra no Câmpus da
Fazenda Lageado, mantidas pelo Grupo Administrativo do Campus (GAC) e o acesso
aos laboratórios de informática tanto no Câmpus da Fazenda Lageado quanto no Instituto
de Biociências, contribuem na formação dos alunos.
2.2. Instituto de Biociências:
2.2.1. Departamento de Anatomia

O Departamento de Anatomia é responsável pelas seguintes disciplinas:
Anatomia e Exterior dos Animais Domésticos I e II.
30
2.2.2. Departamento de Bioestatística

O Departamento de Bioestatística é responsável pelas seguintes disciplinas:
Bioestatística e Introdução à Informática.
2.2.3. Departamento de Farmacologia

O Departamento de Farmacologia é responsável pela seguinte disciplina:
Farmacologia Veterinária.
2.2.4. Departamento de Física e Biofísica

O Departamento de Física e Biofísica é responsável pela seguinte disciplina:
Biofísica.
2.2.5. Departamento de Fisiologia

O Departamento de Fisiologia é responsável pela seguinte disciplina: Fisiologia
dos Animais Domésticos I e II.
2.2.6. Departamento de Genética

O Departamento de Genética é responsável pela seguinte disciplina: Genética
Animal.
2.2.7. Departamento de Microbiologia e Imunologia

O Departamento de Microbiologia e Imunologia é responsável pelas seguintes
disciplinas: Microbiologia Veterinária e Imunologia.
2.2.8. Departamento de Morfologia:

O Departamento de Morfologia é responsável pelas seguintes disciplinas:
Embriologia dos Animais Domésticos, Citologia e Histologia dos Animais Domésticos.
2.2.9. Departamento de Parasitologia

O Departamento de Parasitologia é responsável pela seguinte disciplina:
Parasitologia Veterinária.
31
2.2.10. Departamento de Química e Bioquímica

O Departamento de Química e Bioquímica é responsável pelas seguintes
disciplinas: Química e Bioquímica Animal.
2.3. Faculdade de Ciências Agronômicas:
2.3.1. Departamento de Gestão e Tecnologia Agro-Industrial

O Departamento de Gestão e Tecnologia Agro-Industrial é responsável pelas
seguintes disciplinas: Economia e Administração Rural, Sociologia e Extensão, Ciências
Humanas e Sociais e Tecnologia dos Produtos de Origem Animal I e Tecnologia dos
Produtos de Origem Animal II.
2.3.2. Departamento de Recursos Naturais

O Departamento de Recursos Naturais é responsável pela seguinte disciplina:
Ciências do Ambiente.
3. DOCENTES E SERVIDORES TÉCNICOS-ADMINISTRATIVOS
A Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia - FMVZ conta com corpo

docente composto por 75 professores em regime de dedicação integral à docência e à
pesquisa. A unidade conta ainda, com professores substitutos que são contratados
semestralmente segundo a necessidade das áreas.
A seção de recursos humanos da FMVZ estima que nos próximos cinco anos 24
docentes se aposentarão; destaca-se a necessidade de uma política de reposição
desses docentes para que não haja prejuízo na execução do Projeto Político Pedagógico
e na formação dos médicos veterinários desta escola.
Completando o quadro funcional tem-se 220 servidores técnicos e administrativos
que atuam nos setores desta unidade universitária.
4. COLEGIADOS
O órgão máximo da administração da Faculdade é a Congregação, que é

assessorada por três comissões específicas, composta por membros que representam
toda a Comunidade Universitária da FMVZ.
32
Há, ainda, os seguintes órgãos colegiados:

- Comissão Permanente de Ensino – CPE
- Comissão Permanente de Extensão Universitária – CPEU
- Comissão Permanente de Pesquisa – CPP
- Conselho de Curso de Graduação
- Conselho de Departamento;
- Conselho de Programa de Pós-Graduação
- Conselho de Programa de Residência em Medicina Veterinária
- Conselho Deliberativo de Unidade Auxiliar.
A Faculdade conta ainda com grupos de trabalho, que apresentam as seguintes

funções:
- Grupo de Apoio ao Estudante – GAE: este grupo existe desde 1986 (Portaria 43- FMVZ)
e objetiva a orientação, aconselhamento, assistência e distribuição de bolsas aos alunos
de graduação.
- Comissão de Ética no Uso de Animais: presta assessoria ao corpo docente e discente

na elaboração de projetos de pesquisa e aulas que envolvam animais.
- Comissão de Recepção aos Calouros: comissão institucionalizada renovada a cada

ano para recepcionar os calouros promovendo atividades de integração dos alunos
ingressantes com a comunidade acadêmica e com a cidade Botucatu. Essa comissão
está integrada ao Grupo Administrativo do Campus de Botucatu – GAC desde 2001 e
interage com as demais unidades do campus.
- Assessoria Pedagógica: A assessoria pedagógica é um serviço que auxiliam docentes

e discentes por meio de atividades que permite reflexões sobre as práticas e vivências
pedagógicas da universidade. Oferece atendimentos individuais para discussão e
elaboração de metodologias de ensino, avaliação, interrelação grupal e técnicas de
ensino específicas para o curso de medicina veterinária.
- Serviço de Apoio Psicológico ao Estudante – SAPES: este serviço visa atender

psicologicamente os alunos e funcionários da FMVZ.
33
5. HOSPITAL VETERINÁRIO
O Hospital Veterinário é uma importante unidade de apoio acadêmico, o seu

objetivo norteador visa promover a integração do ensino, pesquisa e extensão por meio
do atendimento à comunidade.
5.1. Estrutura Administrativa
Nos quadros abaixo está apresentada a estrutura administrativa do Hospital

Veterinário:
Supervisor: Prof. Dr. Antônio José de Araujo

Aguiar
Vice-Supervisor: Profa. Dra. Regina Kiomi
Takahira
Telefones: (14) 3880-2178 (Arquivo)
(14) 3880-2197 (Supervisão)
E-mails: superhv@fmvz.unesp.br /
admhv@fmvz.unesp.br /
arquivohv@fmvz.unesp.br
34
SUPERVISÃO DO HOSPITAL VETERINÁRIO
SEÇÃO DE ATIVIDADES AUXILIARES DO HOSPITAL VETERINÁRIO SERVIÇO SOCIAL
SETOR DE
SETOR DE FARMÁCIA ADMINISTRAÇÃO
ENFERMARIA
DO HOSPITAL
VETERINÁRIA
VETERINÁRIO
HIGIENE
COSTURA E LAVANDERIA ARQUIVO
ALIMENTAÇÃO
A Supervisão do Hospital Veterinário é assessorada pelo Conselho Deliberativo,

assim composto:
- Supervisor do Hospital Veterinário;
- Vice-Supervisor do Hospital Veterinário;
- Representante do Departamento de Clínica Veterinária;
- Representante do Departamento de Cirurgia e Anestesiologia Veterinária;
- Representante do Departamento de Reprodução Animal e Radiologia Veterinária;
- Representante do Departamento de Higiene Veterinária e Saúde Pública;
- Representante dos Servidores Técnicos e Administrativos;
- Representante do Corpo Discente;
- Representante dos Médicos Veterinários Residentes;
- Representante da Fundação de Apoio aos Hospitais Veterinários da UNESP
(FUNVET)
5.2. Objetivos
- Como unidade de apoio acadêmico, promover a integração do ensino com a pesquisa

e extensão;
- Propiciar condições de treinamento aos alunos de graduação, médicos Veterinários
Residentes e aos estagiários em todas as suas modalidades;
35
- Fornecer a estrutura física e os meios necessários ao ensino de Graduação;

- Dar suporte de manutenção aos projetos experimentais da Pós-Graduação;
- Prover condições ao desenvolvimento dos Projetos de Iniciação Científica;
- Promover campanhas preventivas e de saúde pública;
- Prover a alimentação aos animais internados e o material de consumo necessário aos
serviços;
- Prestação de serviços à Comunidade;
- Apoio ao pequeno produtor;
- Apoio aos médicos Veterinários autônomos;
- Receber os alunos de 1º e 2º ano na modalidade de estágios voluntários;
- Manter as atividades de plantão aos sábados, domingos e feriados;
- Realizar projetos de extensão.
5.3. Departamentos participantes e serviços oferecidos:
5.3.1. Departamento de Higiene Veterinária e Saúde Pública

 3880- 2090 -  higvet@fmvz.unesp.br
SERVIÇOS OFERECIDOS
Serviço de Diagnóstico Bacteriológico e
Micológico
Serviço de Diagnóstico de Enfermidades
Infecciosas dos Animais
Serviço Controle de Zoonoses
Serviço Epidemiologia e Saneamento
Serviço Diagnóstico Virológico e
Imunológico/EIA
Serviço de Diagnóstico de Mastite em
Animais
Serviço de Orientação à Alimentação
Pública
36
5.3.2. Departamento de Reprodução Animal e Radiologia Veterinária

 3880-2119 (Reprodução Animal) / 38802130 (Radiologia Veterinária) -
rarv@fmvz.unesp.br
Serviço de Radiologia Veterinária
Serviço de Reprodução de Grandes
Animais
Serviço de Reprodução de Pequenos
Animais
5.3.3. Departamento de Cirurgia e Anestesiologia Veterinária

 3880-2022 -  ciranvet@fmvz.unesp.br
Serviço de Anestesiologia Veterinária
Serviço de Cirurgia de Pequenos Animais
Serviço de Cirurgia de Grandes Animais
Serviço de Terapia Antiálgica
Serviço de Acupuntura e Homeopatia
Veterinária
Serviço de Oftalmologia Veterinária
5.3.4. Departamento de Clínica Veterinária

 38802049/ 38802050 -  dcvet@fmvz.unesp.br
Serviço de Clínica de Grandes Animais
Serviço de Clínica de Pequenos Animais
Serviço de Dermatologia Veterinária
Serviço de Toxicologia Veterinária
Serviço de Laboratório Clínico Veterinário
Serviço de Patologia Veterinária
Serviço de Ornitopatologia Veterinária
37
Serviço de Enfermidades Parasitárias

Serviço de Neurologia Veterinária
6. QUALIFICAÇÃO DO CORPO DOCENTE
No quadro abaixo está representada a distribuição docente de acordo com o

departamento e titulação
DEPARTAMENTOS TITULAR ADJUNTO DOUTOR TOTAL

CAV 02 06 04 12
CV 00 07 11 18
HVSP 04 03 03 10
RARV 06 05 01 12
MNA 02 02 06 10
PA 02 03 08 13
TOTAL 16 26 33 75
Legenda: CAV = Cirurgia e Anestesiologia Veterinária, CV = Clínica Veterinária, HVSP = Higiene

Veterinária e Saúde Pública, RARV= Reprodução Animal E Radiologia Veterinária, MNA =
Melhoramento E Nutrição Animal, PA = Produção Animal.
No quadro a seguir está representada a distribuição docente de acordo com o

departamento e regime jurídico de contratação:
DEPARTAMENTOS CLF CLT

(exceto substituto)
CAV 10 02
CV 12 06
HVSP 08 02
RARV 12 00
MNA 06 04
PA 10 03
TOTAL 60 15
38
Legenda: CAV = Cirurgia e Anestesiologia Veterinária, CV = Clínica Veterinária, HVSP = Higiene

Veterinária e Saúde Pública, RARV= Reprodução Animal E Radiologia Veterinária, MNA =
Melhoramento E Nutrição Animal, PA = Produção Animal.
7. PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
No ano de 2011, celebraram-se 250 anos de aniversário da profissão veterinária,

quando foi declarado o “Ano Mundial da Medicina Veterinária”. A partir do encontro
mundial, muitas propostas foram elaboradas e anunciadas por meio da ‘Organização
Mundial de Sanidade Animal’, em relação ao futuro da profissão médico veterinária.
O discurso de Bernard Vallat refunda a importância do médico veterinário em sua
atuação no mundo globalizado em que estamos vivendo, onde mais que nunca, é a
profissão que deverá assumir a responsabilidade pela Saúde Pública. Vallat (2011) relata
que: “O veterinário atua no centro da relação homem-animal, tão importante para o futuro
de todos.” O autor descreve que as necessidades e demandas mundiais de leite, ovos,
carne, couro, lã, mel, pescado, crustáceos e outros produtos de origem animal aumentam
mais rápido que o crescimento econômico e populacional, o que intensifica a produção
para atender as demandas e pode causar problemas sanitários e ambientais, além de
uma preocupação crescente em relação ao bem-estar animal.
A emergência de profissionais que possam responder adequadamente à estas
demandas encontra-se na profissão veterinária, como reafirma enfaticamente Vaillat, em
que haverá necessidade de gestores ao nível internacional, nacional e regional para
responder a possíveis riscos sanitários advindos da globalização e mudanças climáticas
que podem ocasionar desastres biológicos. Deve-se lembrar ainda da importância de se
desenvolver estudos e pesquisas sobre medicamentos e vacinas, o que exigirá uma
mobilização do profissional veterinário para atuar eficazmente na área. Vallat, o diretor
geral da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), lembra a toda a comunidade
veterinária que “o veterinário está no coração da relação homem-animal” (GONÇALVES;
FMVZ, 2011).
O encontro mundial ainda possibilitou a diretora geral da Organização Mundial da
Saúde - OMS, Margareth Chan de distinguir o médico veterinário a partir da
palestra “Veterinária para saúde, veterinária para alimentação, veterinária para o
planeta”; tal qual sua postura profissional, que deve trabalhar para combater os riscos de
pandemias que estão ocorrendo no mundo, bem como reforça a importância da atuação
do médico veterinário no contexto global (GONÇALVES; FMVZ, 2011). Tjeerd Jorna,
39
presidente da Associação Americana de Medicina Veterinária, revela a partir de sua

palestra intitulada: “O médico tem se ocupado historicamente de cuidar do homem, já
o veterinário tem obrigação de cuidar da humanidade”.
No contexto nacional, segundo o presidente do Conselho Federal de Medicina
Veterinária, Benedito de Arruda, disponibilizado na página do CFMV, em dia 05 de
janeiro de 2011, o mesmo declara sua preocupação no que concerne “...a ganância em
produzir mais, sem se analisar as consequências, tomando medidas que satisfaçam
somente o presente...”, o que caracteriza a importância de preparar um profissional
veterinário apto a exercer o seu papel neste século que já adentrou na primeira década.
Nesse sentido, como anunciado anteriormente, a FMVZ atuante na área das
Ciências Agrárias forma profissionais aptos a exercerem a profissão médico veterinária.
O contexto social em que se insere atualmente o Médico Veterinário necessita de um
profissional da Saúde Pública, que possa colaborar nas questões globais desenvolver
diretrizes e pesquisas e trabalhar “na luta contra a fome no mundo, na luta contra as
zoonoses, na vigilância da qualidade e inocuidade dos alimentos, nos avanços nas
pesquisas biomédicas, na proteção do meio ambiente e da diversidade biológica”
(Gonçalves - FMVZ, 2011). Tais demandas que devem ser assentidas como marco
situacional deste projeto político pedagógico.
Oriunda das preocupações mundiais, esse projeto se instaura num momento em
que há necessidade de entender o papel do homem no mundo, e, segundo as
orientações do profissional que atuará neste século, é imprescindível e salutar construir
objetivos para que a FMVZ possa contribuir para a sociedade e para a comunidade
humana (MORIN, 2013), por meio da educação e formação dos médicos veterinários
formados por esta escola. A partir deste marco doutrinal, pode-se considerar o papel do
veterinário no limiar do futuro (MELLO 2010).
Para tal, o objetivo do processo, como marco operativo, será trabalhar o currículo
e as diversas atividades desenvolvidas na FMVZ, juntamente com as diretrizes do PDI
da universidade, de forma que se consiga ter experiências de interdisciplinaridade, novos
formatos de avaliação, formação docente contínua, preparação discente para o futuro e
discussões acerca das problemáticas globais que afetam as questões locais. Desta
forma, os docentes, discentes, técnicos operacionais e administrativos serão convidados
para discutir os formatos e ações que possibilitem uma formação generalista com ênfase,
por meio de fórum de discussão, que, sobretudo possa formar profissionais predispostos
a utilizar o conhecimento em prol da comunidade humana, por meio de atitudes críticas
40
e reflexivas, que compreenda e traduza as necessidades do ambiente para a

identificação e resolução de problemas.
7.1. Objetivos do Projeto Político Pedagógico
- Promover uma análise crítica sobre as atividades acadêmicas da Unidade nas inter-
relações de ensino, pesquisa e extensão, a fim de gerar espírito analítico sobre a
formação profissional e humanística;
- Estimular a autocrítica da Unidade, no que concerne a forma, transmissão e aquisição
de aprendizado, num processo de interação com a ciência e sociedade, a fim de
favorecer a todos os sujeitos a responsabilidade pelo desenvolvimento dos profissionais
da área veterinária;
- Avaliar de forma contínua as disciplinas e professores, para promover as mudanças
necessárias que aperfeiçoem o futuro profissional;
- Avaliar a atuação do profissional egresso no mundo do trabalho, para retroalimentar as
diretrizes da formação do médico veterinário;
- Redimensionar as ações de ensino e interrelação social e científica, a partir dos
resultados apresentados pelos processos de avaliação internos, externos e de egressos,
para aprimorar a rede curricular de forma integrada com as demandas sociais e
profissionais;
- Estabelecer metas para o futuro do curso de Medicina Veterinária na instituição, no
sentido de propor e orientar novos formatos pedagógicos necessários ao séc. XXI.
7.2. Perfil do Profissional
O perfil do egresso da FMVZ - UNESP se baseia nas Diretrizes Curriculares

Nacionais do Curso de Graduação em Medicina Veterinária – Sesu – MEC (2002) e,
desta forma, deverá “ter formação generalista, crítica e reflexiva, estar apto a
compreender e traduzir as necessidades de indivíduos, grupos sociais e comunidades,
com relação às atividades inerentes ao exercício profissional, no âmbito de seus campos
específicos de atuação em saúde animal e clínica veterinária; saneamento ambiental e
medicina veterinária preventiva, saúde pública e inspeção e tecnologia de produtos de
origem animal; zootecnia, produção e reprodução animal e proteção ao meio ambiente.
Ter conhecimento dos fatos sociais, culturais e políticos da economia e da administração
41
agropecuária e agroindustrial. Capacidade de raciocínio lógico, de observação, de

interpretação e de análise de dados e informações, bem como dos conhecimentos
essenciais de Medicina Veterinária, para identificação e resolução de problemas”.
Para atingir este objetivo, buscam-se as seguintes competências e habilidades:
- formação generalista embasada, que proporcione visão ampla da profissão, nos
diversos campos de atuação, com o intuito de estabelecer uma visão crítica e capaz de
prover soluções nas áreas de saúde pública, produção de alimentos, proteção ambiental
e saúde animal;
- aprendizagem qualitativa, por meio do uso de ferramentas para acesso às fontes de
informação, que permitam a constante atualização às diretrizes científicas, sociais,
políticas, econômicas e humanas nas áreas agrárias e de saúde;
- consciência do papel social da profissão e sua utilização como instrumento de
desenvolvimento individual e coletivo;
- relação com os segmentos sociais e atuação em equipes multidisciplinares da defesa
e vigilância do ambiente e do bem-estar humano e animal;
- conhecimento e observação no exercício profissional, dos preceitos estabelecidos pelo
código de ética de Medicina Veterinária, pela bioética, bem-estar animal e normas de
biossegurança.
O processo de maturação do perfil profissional se completa no 5º ano, durante os
Estágios Curriculares Obrigatórios, quando de forma individualizada e flexível, consagra-
se a formação do egresso, que favorece sua inserção no mundo do trabalho.
De acordo com o Plano de Desenvolvimento da UNESP – PDI, um dos objetivos
do ensino de graduação é “aprimorar e criar mecanismos para uma formação, científica,
tecnológica, humanística, ética, política e cultural, articulada com conhecimentos
multidisciplinares nas grandes áreas do saber”, bem como “proporcionar condições para
a reflexão crítica e autônoma sobre os conhecimentos gerados pela Universidade face
aos desafios mundiais contemporâneos”. Em Fórum para discussão do perfil do egresso
junto ao Projeto Político Pedagógico, coordenado pelo Conselho do Curso de
Graduação, realizado em fevereiro de 2010, a comunidade dos docentes da Unidade
concluiu que o egresso deveria ter “formação generalista e humanista, com enfoque em
uma das grandes áreas do conhecimento”.
Diante deste contexto, também foi realizado, em março de 2011, um fórum na
Unidade, com o tema “Como inserir o humanismo no currículo do Curso de Medicina
Veterinária”, em que se trabalharam algumas ações para se colocar em prática o perfil
42
humanista almejado. Dentre estas ações se enquadram os inúmeros projetos de

extensão, a campanha de vacinação, as atividades de rodízio interdepartamental, as
atividades culturais e esportivas, a SINTA (Semana de Integração Acadêmica), além da
inserção do conteúdo humanista nas disciplinas e relação professor-aluno no decorrer
do curso.
7.3. Áreas de Formação Profissional
O estudante de medicina veterinária da unidade tem a oportunidade de receber

conhecimentos em cinco grandes áreas: a área de clínica, que atua a medicina dos
animais; higiene veterinária, que abrange a área de sanidade animal, saúde publica e
inspeção de produtos de origem animal; produção animal, que diz respeito à criação,
manejo e desenvolvimento de animais para fins de alimentação animal e humana e
geração de subprodutos, como por exemplo, lã e couro; conservação ambiental, que
atua na preservação de espécies de animais silvestres e, por último, empresas e
indústrias, para produção de fármacos, imunobiológicos, como as vacinas, e rações
para consumo animal, que apresentam uma demanda crescente de médicos
veterinários. Estas já vêm sendo estudadas e pesquisadas, com sintonia entre os
departamentos da FMVZ, o que favorece tanto a formação generalista como a
especialista. Segundo Mello (2010), algumas áreas veterinárias ainda não estão sendo
contempladas pelo profissional, apesar de oferecerem um espaço de trabalho promissor
para os próximos anos, como apresentado no quadro a seguir:
Rastreabilidade – Análise de perigos e pontos críticos de controle (APPCC/ HACCP) –

Diagnóstico por imagens – Bem estar animal -Etologia – Relação homem-animal –
Direitos dos animais – Bioética – Animais silvestres: manejo, criação em cativeiro –
Zoológicos -Enfermeiros Veterinários: paravets – Responsabilidade técnica – Mercado
(Marketing) – Zoologia – Informática aplicada Aquicultura: maricultura, piscicultura,
carcinocultura, malacocultura – Educação ambiental – Conservação da biodiversidade
– Produção e Avaliação de agentes terapêuticos – Medicina Veterinária Legal –
Julgamento de animais: grandes e pequenos – Laticínios – Epidemiologia – Animais de
experimentação – Codex alimentarius – Codex zoossanitário – Medicina Alternativa:
acupuntura, homeopatia, plantas medicinais, etc. – Oftalmologia-Cardiologia –
Odontologia – Controle de populações animais (pragas): esterilização química e cirúrgica,
eutanásia – Tráfico de animais silvestres – Identificação de animais: tatuagens, brincos,
“chips” – Contenção de animais – Casqueamento e ferrageamento – Desastrologia –
Captura e transporte de animais – Biotecnologia aplicada – Clonagem – Abate e
inspeção de animais silvestres para consumo – Medicina da conservação.
Fonte: A profissão Veterinária Brasileira no Limiar do Futuro - Mello, 2010
43
Dentre as áreas citadas anteriormente, encontra-se em itálico-negrito as áreas

que a unidade apresenta insuficiência na formação, em itálico encontram-se as áreas
oferecidas, porém que necessitam maior aprofundamento e as restantes são áreas
abordadas de forma suficiente.
7.3.1. Clínica
As disciplinas que compõem o ciclo profissionalizante apresentam papel

preponderante na formação do perfil profissional e abrangem três grandes áreas: clínica
médica, cirúrgica e reprodutiva.
O currículo na sua forma atual propicia ao aluno, a partir do 3º ano, contato direto
com as áreas de Produção, Medicina Veterinária Preventiva, Clínica Médica e Cirúrgica,
o que viabiliza a convivência com profissionais nas áreas de pesquisa, produção, saúde
animal, ambiental e humana e mais especificamente nas áreas de clínicas, com
atendimento à comunidade em atividades hospitalares e de campo.
As disciplinas da área de clínicas são oferecidas a partir no 3º ano, com maior
concentração no 4º ano, quando se enfoca a saúde dos animais de produção e de
companhia. A partir daí o aluno consolida os conhecimentos clínicos para discernimento
das medidas profiláticas e dos diagnósticos, prognósticos e tratamentos clínicos,
cirúrgicos ou reprodutivos das patologias que acometem os animais domésticos.
A atuação prática está inserida na grade das disciplinas do ciclo profissional, ou
seja 3º e 4º anos, tanto no âmbito hospitalar, como em atividades de campo nas
Fazendas de Ensino, Pesquisa e Extensão da FMVZ e em propriedades privadas da
região.
A qualidade das atividades hospitalares e de campo é fortalecida por diversos
serviços de apoio diagnóstico, prestados pelas áreas de Anatomia Patológica,
Laboratório Clínico Veterinário e Diagnóstico de Imagens.
A Biotecnologia da Reprodução também se destaca como campo importante de
formação profissional, onde se propicia a formação técnica para a execução de
programas voltados a multiplicação de material genético, entre eles a inseminação
artificial, a transferência de embriões e a fertilização in vitro e in vivo.
44
7.3.2. Saúde Pública
Na área de higiene veterinária e saúde pública, o diagnóstico e tratamento de

doenças infecciosas, por meio de exames laboratoriais, entre outros, faz parte do dia a
dia do estudante, e isto se reveste de adicional importância quando se leva em conta as
zoonoses, doenças transmitidas de animais para o homem, que se apresentam como
um dos principais problemas de saúde pública da atualidade, particularmente em nosso
país.
As atividades de ensino, pesquisa e extensão desenvolvidas no Departamento de
Higiene Veterinária e Saúde Pública estão sempre voltadas diretamente, para os
problemas de saúde animal e saúde pública. A disciplina de Epidemiologia introduz o
aluno ao estudo dos aspectos envolvidos com as diferentes enfermidades dos animais e
a manutenção dos seus agentes na natureza, ou seja, o estudo da história natural das
enfermidades.
A disciplina de Enfermidades Infecciosas dos Animais trabalha com as
enfermidades infecciosas e infecto-contagiosas, transmissíveis ou não para a espécie
humana, tanto nos animais de estimação e silvestres, como nos de interesse econômico,
oferecendo aos alunos, subsídios para o diagnóstico clínico, anátomo-patológico e
microbiológico. Também se preocupa em formar profissionais capacitados para
tratamento e prevenção de enfermidades infecciosas e infecto-contagiosas de rebanhos
bovinos, equinos, suínos, ovinos e caprinos, além de cães e gatos.
Na disciplina de Planejamento de Saúde Animal e Veterinária Preventiva, os
alunos entram em contato direto com os problemas de campo, inerentes à sanidade
animal, e a partir de análise crítica, capacitam-se em planejar as ações mais apropriadas
frente as demandas da área. Além dos aspectos de veterinária de produção, estão
envolvidos os de saúde pública, uma vez que a disciplina atua no planejamento e
realização de campanhas de vacinação para o controle de doenças endêmicas, de
importância na saúde pública, especificamente a raiva canina e felina.
A disciplina de Zoonoses oferece subsídios quanto à interação do agente,
hospedeiro e meio ambiente, e a consequente introdução da doença na espécie humana.
A partir destas informações, toma medidas relativas ao diagnóstico e controle de
diferentes zoonoses como, por exemplo, raiva, leptospirose, tuberculose, toxoplasmose
e leishmaniose, entre outras.
45
A disciplina de Inspeção Sanitária de Alimentos de Origem Animal, da mesma

forma que a de Zoonoses, forma o aluno com vistas aos aspectos de saúde pública, uma
vez que prepara para o controle de qualidade dos produtos de origem animal oferecidos
à população, como carne, leite, ovos, mel e pescados, isentos de agentes patogênicos,
alguns deles causadores de zoonoses.
Finalmente, a disciplina de Ética Profissional e Legislação, proporciona aos
alunos, normas de legislação e ética inerentes à profissão, fundamentais para o
desempenho da profissão e relacionamento social.
7.3.3. Zootecnia
No que concerne à produção, o aluno tem condições de avaliar as diferentes

espécies de animais de produção dentro do contexto econômico da agropecuária
No que diz respeito à produção de alimentos de origem animal para consumo
humano, o estudante acompanha toda a linha de produção, desde a criação dos animais,
até o abate e avaliação do produto final, por meio da disciplina de inspeção sanitária,
descrita anteriormente e que faz interface com a saúde pública. Isto se reveste de
importância, pois o Brasil possui o maior rebanho comercial de bovinos do mundo, o
terceiro maior produtor de frangos de corte e o quarto maior produtor de suínos. Como
no contexto atual, o animal deixou de ser considerado uma “máquina”, pensamento
corrente até duas décadas atrás, e passou a ser considerado um ser vivo que merece
respeito e que deve ser tratado de forma digna, mesmo que destinado ao alimento
humano, os alunos podem cursar de forma optativa a disciplina de Bem-Estar Animal,
que aborda as questões de produção animal com qualidade de vida para os mesmos,
agregando valor ao produto final.
As disciplinas oferecidas na área de Zootecnia aos alunos do Curso de Medicina
Veterinária garantem formação básica para atuação na área de seleção e melhoramento
animal, produção de volumosos, balanceamento de dietas, nutrição animal e manejo
reprodutivo. Este direcionamento os torna aptos a gerenciar diferentes sistemas de
produção ao otimizar a utilização dos recursos potencialmente disponíveis e tecnologias
socialmente adaptáveis. Por intermédio da planificação das prioridades dentro da
propriedade objetiva-se diminuir a mortalidade; aumentar a velocidade de ganho de
peso; a qualidade da carcaça; a eficiência reprodutiva; a produção de leite, carne e ovos;
46
com consequente aumento do ganho econômico. Para isto, são utilizadas as estruturas
das três Fazendas de Ensino, Pesquisa e Extensão que contemplam as seguintes áreas:
- Fazenda Lageado: Bovinocultura de Leite e de Corte (Confinamento), Bubalinocultura,
Suinocultura, Laboratório de Bromatologia, Abatedouro de Aves, Aviário Experimental,
Fábrica de Ração e o Posto de Monta de Reprodução e Inseminação Artificial;
- Fazenda Edgardia: Eqüideocultura, Ovinocultura e Avicultura (Frangos de Corte,
Galinhas de Postura e Codornas);
- Fazenda São Manuel: Bovinocultura de Corte.
7.3.4. Conservação Ambiental
Esta é uma área cuja demanda tem despertado ações no sentido de implementar
alterações curriculares que contemplem uma maior oportunidade de aprendizado e
atuação por parte do aluno. Para tal, é disponível, sob forma optativa, a disciplina de
Medicina de Animais Silvestres, bem como um serviço específico na área, o CEMPAS
(Centro de Estudo em Medicina de Animais Silvestres). Adicionalmente, na área mais
voltada para conservação de animais silvestres, está disponível o CETA, Centro de
Triagem de Animais Silvestres, na Fazenda Experimental do Lageado, em parceria com
empresas privadas, onde se viabiliza a reintrodução de animais apreendidos pelo tráfico
e resgatados pela polícia ambiental.
7.3.5. Atuação em indústrias farmacêuticas
Esta área é contemplada por meio de convênios com indústrias, quando o aluno
tem oportunidade, principalmente durante o 5º ano, de realizar estágios e
frequentemente ser absorvido como profissional nos mesmos locais, após a graduação.
8. OUTRAS ATIVIDADES DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL
8.1. Estágios
47
8.1.1. Estágio de Aprimoramento junto aos Departamentos
Os Departamentos da FMVZ - Botucatu recebem regularmente estagiários do

Curso de Medicina Veterinária e de diversas Faculdades do País e do Exterior, para
estágios em áreas específicas. Os estágios são regidos por regulamentação própria. O
aluno tem oportunidade, de acordo com a sua disponibilidade, de realizar estágios em
qualquer área de serviço que ele já tenha cursado as disciplinas relacionadas a ela.
A duração mínima de cada estágio é de 160 horas, podendo ocorrer em período
contínuo ou alternado, de acordo com a disponibilidade do docente orientador e do
estagiário.
8.1.2. Estágio na Área de Reprodução Animal (Posto de Monta)
Estágio voluntário realizado pelos alunos do terceiro ano do curso, no Posto de

Monta e no Centro de Biotecnologia Equina – FMVZ – Unesp - Botucatu. Durante 20 dias
consecutivos os alunos recebem treinamento nas técnicas de detecção de estro, controle
folicular, inseminação e diagnóstico gestacional por palpação retal e ultrassonografia.
Outras atividades desenvolvidas relacionam-se a colheita, processamento, refrigeração
e congelamento de sêmen. São oferecidas 20 vagas por ano para os alunos que
apresentaram o melhor desempenho nas disciplinas da área de reprodução animal.
8.1.3. Plantões Voluntários No Hospital Veterinário
O plantão voluntário no Hospital Veterinário objetiva antecipar o convívio dos

alunos do 1º, 2 e 3º anos do Curso de Medicina Veterinária com a área aplicada do
Curso, através da participação nas diversas áreas de atendimento e nas atividades
realizadas nos plantões aos sábados, domingos e feriados.
Entre o fim de 2005 até julho de 2010, as atividades do plantão voluntário
estiverem suspensas, decorrente do fim do plantão veterinário. A partir de agosto de
2010, as atividades foram reativadas, recuperando-se um espaço interdisciplinar de
aprendizagem para os graduandos de Medicina Veterinária.
48
8.1.4. Prática Hospitalar
Como parte do programa de treinamento prático, os alunos do 3º ano do Curso de

Medicina Veterinária realizam uma modalidade de plantão no Hospital Veterinário, aos
sábados, domingos e feriados (oito horas diárias), nas seguintes áreas: Anestesiologia
Veterinária, Diagnóstico por imagens, Laboratório Clínico Veterinário e Anatomia
Patológica Veterinária. Já os alunos do 4º ano do Curso de Medicina Veterinária,
realizam plantão nas seguintes áreas: Clínica e Cirurgia de Grandes Animais, Cirurgia
de Pequenos Animais, Clínica de Pequenos Animais, Reprodução Animal, Enfermidades
Infecciosas, As atividades realizadas nos plantões são supervisionadas pelos
Professores responsáveis das respectivas áreas de plantão e consistem em atendimento
ambulatorial, médico ou cirúrgico, enfermagem de animais internados, acompanhamento
à laboratórios de auxílio diagnóstico (Laboratório Clínico, Diagnóstico por imagens e
Anatomia Patológica).
8.1.5. Programa de Vivência em Medicina Veterinária
Criado em 2006, a partir da implantação da reestruturação curricular, este

programa tem como objetivo propiciar aos alunos a oportunidade de utilizarem os
períodos livres durante a semana para realizarem estágios nas áreas hospitalares e
laboratoriais nos Departamentos da FMVZ – UNESP. Esta atividade é de particular
importância aos alunos dos primeiros anos, por permitir o contato com as áreas aplicadas
do curso. A duração mínima desta modalidade de estágio é de 30 horas.
8.1.6. Monitoria para Alunos de Graduação
A Monitoria foi instituída com o objetivo de proporcionar aos alunos dos cursos de
graduação, condições que favoreçam seu desenvolvimento acadêmico e pessoal,
colaborando em atividades de ensino, pesquisa e extensão. É oferecida semestralmente
uma bolsa por departamento, e o aluno deverá ter cursado e estar aprovado na disciplina
objeto da monitoria para poder exercê-la.
49
8.2. Semana de Integração Acadêmica – SINTA
A SINTA é uma proposta pedagógica, iniciada em 2007, tendo como objetivo

envolver docentes e discentes por meio de metodologias de ensino realizando-se nesta
o ensino e aprendizagem requerida no ensino superior – ensino, pesquisa e extensão.
Esta semana proporciona um espaço de interdisciplinaridade no qual se efetiva os
objetivos das Diretrizes Curriculares do MEC (2002) e dos desafios propostos no Plano
de Desenvolvimento Institucional da Unesp (2009), além de possibilitar ao futuro
profissional da área veterinária adquirir as competências e habilidades ao pensar
criticamente, analisar os problemas da sociedade e procurar soluções para o mesmo
(DCN, 2002).
Entre os anos de 2007 e 2008, a abordagem metodológica foi a Aprendizagem
Baseada em Problemas (PBL – Problem Based Learning). Nessa perspectiva, a
aprendizagem dos alunos foi por meio de problemas a partir de temas que envolvesse
os conteúdos disciplinares específicos de cada ano do curso de medicina veterinária;
foram escritos por grupos de docentes-tutores de forma que o problema a ser
solucionado vislumbrasse a multidisciplinaridade.
Desde 2009, a metodologia utilizada é a Aprendizagem Baseada em Projetos,
nesta metodologia, baseada no pragmatismo de John Dewey, os alunos são envolvidos
num projeto em que devem observar a realidade social, estudar formas para solucionar
e discutir as melhores alternativas, respeitando as condições sociais, econômicas e
culturais da comunidade, objeto do projeto. Essa metodologia é realizada em parceria
com a Prefeitura de Botucatu, por meio das Secretárias da Agricultura, da Saúde e da
Educação.
A ABP tendo sido utilizada continuamente na SINTA, pois possibilita aos alunos e
professores vivenciarem o ensino e aprendizagem de competências e habilidades
requeridas ao profissional da área de Ciências Agrárias no que se refere à Produção
Animal, Produção de Alimentos, Saúde Animal e Proteção Ambiental (DCN, 2002).
Utilizando um agrupamento diferente, durante essa semana, os alunos do primeiro
ao quarto ano do curso são organizados em grupos não seriados, possibilitando
aprenderem como se relacionar numa equipe onde todos devem participar com as
informações advindas das disciplinas. Nesse momento, os alunos ao trabalharem em
equipe são predispostos a assumirem posições de liderança, comunicação e
gerenciamento de forma efetiva e eficaz para desenvolverem um projeto tendo em vista
o bem-estar da comunidade (DCN, 2002).
50
Os grupos são coordenados por docentes dos Departamentos da FMVZ e das

unidades auxiliares. Cada grupo, inicialmente, tem um semi-projeto desenvolvido pelo
coordenador juntamente com os alunos e são voltados para a busca de soluções
segundo demandas das secretárias feitas em reuniões anteriores.
Dependendo do objetivo de cada projeto, os grupos se deslocam para as
propriedades rurais, áreas urbanas, ambientes comerciais, serviços da área e afins. O
envolvimento dos alunos com a realidade extramuros proporciona uma educação na qual
os alunos percebem a importância e atuação imprescindível de sua profissão.
Os projetos têm tido desdobramentos, como parcerias com a Prefeitura de
Botucatu, projetos de extensão, trabalhos acadêmicos, pesquisas denotando a
importância desta semana como um momento multidisciplinar e interdisciplinar do curso
de medicina veterinária. Por meio desta atividade, os alunos são predispostos a fazerem
a auto-avaliação em conjunto com seus professores de forma que se tornam mais
responsáveis e compromissados na utilização do conhecimento durante a sua formação
e educação na qual experimentam que a responsabilidade da atenção à saúde não se
encerra com o ato técnico, mas sim, com a resolução do problema de saúde, tanto em
nível individual como coletivo.
8.3. Grupos de Estudo
De modo a atender interesses específicos dos alunos, a FMVZ-UNESP- Botucatu

apoia a atividade dos grupos de estudos. Os grupos, cuja criação é iniciativa do corpo
discente, contam com o apoio de um professor orientador, reúnem-se semanalmente
fora do horário de aula e promovem cursos, simpósios, reuniões técnico-científicas e
visitas técnicas a estabelecimentos que realizam atividades relacionadas ao seu objeto
de estudo.
8.3.1. Grupo de Estudos em Pequenos Animais – GEPA
Tem como objetivo a realização de palestras e cursos nas diferentes áreas de

conhecimentos em pequenos animais, promovido pelo corpo discente e docente da
Faculdade. Proporciona aos alunos a oportunidade de obterem maiores informações
sobre assuntos específicos relacionados à área de Pequenos Animais e possibilita a
troca de ideias e experiências vivenciadas na prática.
51
O grupo pretende proporcionar a seus membros atividades práticas de extensão

universitária, de maneira a destinar à sociedade um retorno dos investimentos realizados
na universidade e juntamente permitir a seus membros um aprendizado social e um
aperfeiçoamento prático.
8.3.2. Grupo de Estudos de Nutrição de Animais Monogástricos – GENAM
Objetiva realizar palestras e cursos na área de nutrição em monogástricos. A partir

da atuação do corpo discente e docente da Faculdade, viabiliza o aprendizado mais
específico neste tópico, com interface entre a teoria e a prática.
8.3.3. Grupo de Estudos em Inspeção e Segurança Alimentar – GEISA
Da mesma forma que os anteriores, além dos cursos, o grupo atua em atividades
práticas de Extensão Universitária dentro e fora da Faculdade, como contrapartida à
sociedade.
8.3.4. Grupo de Estudos de Animais Selvagens – GEAS
Apresenta a meta de apoiar e complementar o conhecimento dos alunos

interessados na área de Animais Selvagens. Para isso são realizadas palestras, cursos
e reuniões científicas nas diferentes áreas de conhecimento em animais selvagens,
promovidas pelo corpo discente e docente da Faculdade de Medicina Veterinária e
Zootecnia (FMVZ) – UNESP – Câmpus de Botucatu. O grupo também realiza atividades
de extensão universitária externas aos muros escolares.
8.3.5. Grupo de Estudos em Nutrição de Ruminantes – NUTRIR
Com enfoque na área de Nutrição de Ruminantes, organiza palestras, Cursos de

Extensão Universitária, projetos de eventos acadêmicos científicos e culturais, e
reuniões científicas nas diferentes áreas do conhecimento. Da mesma forma que os
anteriores, também atua em atividades de extensão.
52
8.3.6. Grupo de Estudos em Caprinos e Ovinos – GECO
Visa agrupar as informações de forma a fornecer uma visão multidisciplinar na

área de pequenos ruminantes, por meio de palestras quinzenais e visitas a propriedades
rurais.
8.3.7. Grupo de Estudos em Equinos – EQUUS
Visa agrupar as informações de forma a fornecer uma visão multidisciplinar na

área de equinos, por meio de palestras e eventos acadêmicos científicos.
8.3.8. Grupo de Estudos de Empreendedorismo da Medicina Veterinária – GEEVET
Objetiva colaborar na preparação dos colegas da medicina veterinária com uma

visão de futuro, iniciativa, gerenciamento, firmeza, determinação, capacidade de inovar
e ainda abrir caminhos para que todos possam ter uma atuação profissional diferenciada
no mercado de trabalho.
8.4. Semana de Estudos Agropecuários de Botucatu – SEAB
A SEAB, iniciada em 1987, é organizada pelo corpo discente sob a coordenação

de professores e objetiva realizar cursos em diversas áreas do conhecimento da
Medicina Veterinária, Zootecnia, Agronomia e Engenharia Florestal, diante da demanda
dos próprios alunos. A semana é incluída no calendário escolar e, desta forma, são
suspensas as atividades didáticas, para permitir a participação plena do corpo discente.
Os cursos são ministrados por profissionais convidados de atuação relevante nas suas
áreas.
A SEAB, realizada no segundo semestre de cada ano, congrega os estudantes
de todo o país, permitindo o intercâmbio de experiências e de conhecimento entre estes
alunos e divulgando a excelência dos cursos de nossa Unidade Universitária.
A FMVZ – Unesp apoia integralmente o evento e coloca sua infraestrutura de
serviços a serviço da comissão organizadora, auxiliando no transporte, alojamento e
alimentação dos palestrantes.
53
8.5. Mostra Científica da FMVZ
Realizada anualmente com o objetivo de divulgar a produção científica da

Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia. Durante uma semana, os alunos e
docentes apresentam os resultados de suas pesquisas na forma de “pôster”.
9. BOLSAS DE ESTUDOS E MORADIA ESTUDANTIL
9.1. Programa Especial de Treinamento - PET – FMVZ
O Programa de Educação Tutorial da Faculdade de Medicina Veterinária e

Zootecnia, UNESP-Botucatu é composto por 12 bolsistas e 6 não bolsistas (Quadro 1).
O grupo tem o compromisso dedicado à produção, disseminação e aplicação do
conhecimento. A articulação entre ensino, pesquisa e extensão objetiva favorecer a
interdisciplinaridade, retroalimentar o ensino com novas práticas e experiências
pedagógicas, além de reforçar a conscientização do aluno sobre o seu papel no curso,
na universidade e na sua vida profissional e cidadã.
9.2. Programa de Bolsa de Apoio Acadêmico e Extensão I
A Bolsa de Apoio Acadêmico e Extensão I destina-se ao aluno de comprovada

carência socioeconômica. A solicitação do aluno passará por uma avaliação
socioeconômica, tendo como base a renda e as despesas da família e do aluno e
também o desempenho escolar para os veteranos.
A seleção será realizada pela Comissão Permanente de Extensão Universitária
– CPEU (ou por Grupo de Trabalho criado para esta finalidade), mediante análise do
formulário devidamente preenchido e documentado, complementada por uma entrevista,
para a qual se recomenda que seja realizada por Assistente Social. Se houver
necessidade, recomenda-se visita domiciliar.
Os nomes dos responsáveis pelo processo de seleção estarão divulgados no local
de inscrição. O aluno que não apresentar o formulário devidamente preenchido e
documentado não participará do processo de seleção.
54
9.3. Programa Moradia Estudantil
O Programa consiste no oferecimento de vagas na moradia própria do Câmpus

de Botucatu-UNESP. As condições necessárias para concorrer a uma vaga são:
- ser aluno regularmente matriculado em curso de graduação;
- não ter domicílio familiar no Município onde se localiza o Campus;
- não ser proprietário (a), nem filho (a) de proprietário (a) de imóvel residencial na
condição acima mencionada;
- inscrever-se anualmente por meio do preenchimento do formulário fornecido pela
Comissão Local da Moradia Estudantil, o qual é submetido a avaliação socioeconômica
familiar e de rendimento escolar. Todas as informações contidas no formulário devem
ser documentadas;
- não ter concluído qualquer outro curso de graduação.
O aluno que já houver usufruído da vaga na Moradia Estudantil no ano anterior
deverá, para manter o benefício, inscrever-se e concorrer anualmente com os demais
candidatos e ter obtido aprovação em pelo menos 60% das disciplinas do ano anterior,
sendo lhe dada a preferência, em caso de empate. Atualmente, a Moradia Estudantil
possui 64 (sessenta e quatro) vagas, sendo ocupadas totalmente.
10. ATIVIDADES DE EXTENSÃO
Na Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, são desenvolvidas atividades

de extensão, por meio da prestação de serviços, com a participação de docentes e
alunos.
Os serviços prestados se iniciam desde o atendimento clínico, cirúrgico, de
higiene e inspeção veterinária, assessoria, consultoria a órgãos públicos e privados,
orientação a pecuaristas e agricultores. Para tanto, há uma extensa estrutura de material
e de recursos humanos. São realizados, ainda, inúmeros cursos extracurriculares e de
extensão universitária, visando difundir para a comunidade conhecimentos e técnicas,
por meio de trabalhos científicos e inovações tecnológicas aqui desenvolvidas. A
extensão de serviços inclui também o desenvolvimento de projetos em parcerias, com
empresas, prefeituras e órgãos públicos, e a celebração de convênios com entidades
públicas e particulares.
55
10.1. Atendimento Médico Veterinário
Entre as atividades de extensão desenvolvidas pela FMVZ-UNESP, destaca-se o

atendimento médico veterinário realizado por seus docentes, médicos veterinários
residentes e alunos, no hospital veterinário e em propriedades rurais de Botucatu e
região.
10.2. Aulas Práticas em Propriedades Rurais
Este tópico, que trata das atividades hospitalares e em propriedades rurais,

envolve as disciplinas de Clínica, Cirurgia, Reprodução e Enfermidades Infecciosas.
Propicia aos alunos a oportunidade de vivenciarem problemas de manejo, casos clínicos
e cirúrgicos, realizarem exames diagnósticos de importantes doenças infecciosas, tais
como tuberculose, leptospirose, brucelose e mastite bovina.
10.3. Consultoria Agropecuária Junior – CONAPEC Jr.
A Empresa Júnior é um programa de assistência técnica de qualidade e tecnologia

oferecida aos criadores de gado de corte e leite de Botucatu e região desde 1993.
É uma associação sem fins lucrativos, formada e gerida por alunos de graduação
dos cursos de Medicina Veterinária, Zootecnia e Agronomia da FMVZ e FCA – UNESP,
Câmpus de Botucatu, fundamentada por estatuto, coordenada por diretoria e que recebe
auxílio e supervisão de professores especializados.
Regularmente, a CONAPEC Jr. oferece cursos, palestras e dias de campo que
contribuem para o aperfeiçoamento técnico de alunos, profissionais e agropecuaristas.
Objetivos:
- Interação de alunos dos três cursos de graduação, permitindo que cada um perceba a
importância de se trabalhar em conjunto, num ambiente de multidisciplinaridade e de
interdisciplinaridade;
- Aproximar Universidade-Comunidade a fim de mostrar tanto aos alunos a realidade do
mundo do trabalho, como disponibilizar aos produtores um trabalho de qualidade, com
aplicação de conceitos avançados na área de produção animal, com consequente
retorno econômico proveniente da aplicação correta das técnicas utilizadas;
56
- Desenvolver projetos para empresas, laboratórios, entidades e comunidade em geral;

- Incentivar o espírito empreendedor dos alunos e abrir espaço a novas lideranças;
- Formar socialmente os alunos no que diz respeito à relação: proprietário-técnico-
funcionário;
- Promover aprimoramento e atualização de profissionais, proprietários e alunos por meio
da participação e organização de cursos e dias de campos;
- Formar profissionais de qualidade por conhecerem melhor a realidade no campo de
trabalho;
- Mostrar os resultados por meio de um trabalho de continuidade nos projetos, com
conclusões para futuras decisões e atuações.
10.4. Extensão em Produção Animal Jr. – EPA JÚNIOR
A Extensão em Produção Animal Jr. – EPA JÚNIOR foi criada em junho de 2002,
com a finalidade de prestar serviços na área de aquicultura, caprinocultura, avicultura,
suinocultura, bubalinocultura, manejo de pastagens e marketing.
A semelhança da CONAPEC Júnior, a EPA Júnior desenvolve um programa de
assistência técnica de custos baixos e excelente qualidade para produtores rurais da
região de Botucatu.
Desde a sua criação participam das atividades da empresa cerca de 25 alunos
por ano.
10.5. Campanha de Vacinação Antirrábica
Visa o controle, prevenção e erradicação da raiva urbana, já alcançada no

município de Botucatu e região. A campanha é organizada pela disciplina de
Planejamento de Saúde Animal e Veterinária Preventiva do Departamento de Higiene
Veterinária e Saúde Pública, com a participação de todos os alunos do 4º ano do Curso
de Medicina Veterinária. É realizada em parceria com as prefeituras dos municípios
envolvidos.
57
10. 6. Controle Populacional de Cães e Gatos
A convivência com animais de estimação traz benefícios aos seres humanos, no

entanto, a criação inadequada de animais, o desconhecimento dos fundamentos sobre
a guarda responsável, associados ao baixo grau de instrução e a escassez de legislação,
altera os padrões de crescimento populacional de cães e gatos, o que afeta diretamente
o bem estar de todos os envolvidos e possibilita o aumento nas taxas de transmissão de
doenças.
Este projeto de extensão visa o controle reprodutivo da população de cães e gatos
de proprietários de baixa renda. Esta medida, além de propiciar ao aluno de graduação
e de pós-graduação treinamento técnico em Cirurgia, Anestesiologia e Terapêutica,
interfere diretamente na diminuição da população urbana de cães e gatos, que resulta
no controle das zoonoses, de agressões por animais, acidentes e propicia o bem-estar
animal. Os alunos, além de participarem ativamente das campanhas de contracepção
cirúrgica, realizam palestras com vídeos e distribuem material educativo sob a forma de
folders, em escolas municipais e estaduais da cidade de Botucatu, para conscientizar e
melhorar a atitude da população no que concerne à posse responsável.
10.7. Serviço de Orientação à Alimentação Pública (SOAP)
Este serviço, mantido pela disciplina de Inspeção Sanitária de Alimentos de

Origem Animal, visa o atendimento à indústria, supermercados, cozinhas industriais e
lanchonetes, no tocante à orientação técnica e análise de alimentos. Atuam diariamente,
inclusive aos sábados, domingos e feriados, conforme a demanda. Recebe 4.000
amostras e realiza, em média, 25.000 análises por ano.
10.8. Informativos Eletrônicos
A FMVZ – Unesp disponibiliza em sua página eletrônica os seguintes informativos

eletrônicos.
58
10.8.1. Informativo Sobre Ovinos e Caprinos
Disponibiliza conhecimentos relevantes a criação comercial de ovinos e caprinos

e representa um sistema de convergência de informações das atividades desenvolvidas
com estas espécies na UNESP.
O endereço eletrônico do informativo é
http://www.fmvz.unesp.br/Informativos/ovinos/capov.htm.
10.8.2. Informativo Sobre Neurologia Veterinária
Objetiva compartilhar informações sobre neurologia veterinária. Qualquer aluno

de graduação, pós-graduação ou médico veterinário que queira discutir casos clínicos
de neurologia veterinária pode usufruir desse serviço. Além do apoio dos professores da
área, existem links relacionados ao assunto
O endereço eletrônico do informativo é
http://www.fmvz.unesp.br/Informativos/neurologia/index.html.
10.8.3. Informativo Sobre Bubalinos
Divulga as atividades do Grupo de Pesquisa Bubalinos, que estuda as

particularidades da espécie, por meio de projetos de pesquisa multidisciplinares e
interinstitucionais (UNESP-FMVZ-Botucatu, UNESP-FCA-Botucatu, UNESP-IBB-
Botucatu, UNESP-FCAV-Jaboticabal, USP-FZEA-Pirassununga, UFRRJ-Itaguaí).
Promove a atualização e o intercâmbio técnico-científico, bem como a geração de novas
tecnologias adaptadas às condições tropicais, vitais para o aumento da eficiência do
setor agropecuário.
O endereço eletrônico do informativo é http://www.fmvz.unesp.br/bufalos/.
11. INICIAÇÃO CIENTÍFICA
11.1. Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo – FAPESP
As bolsas de Iniciação Científica da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado

de São Paulo – FAPESP destinam-se à estudantes de graduação para participação em
59
projetos de pesquisa sob responsabilidade e organização de um professor orientador

que tenha, no mínimo, o título de Doutor.
11.2. Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq
O orientador, com título mínimo de Doutor, poderá ter orientados de iniciação

científica em projetos distintos ou no mesmo projeto, desde que, defina de maneira
detalhada as atividades dos bolsistas.
11.3. Programa de Iniciação Científica sem bolsa
Implantado para suprir a demanda de alunos que tenham interesse em realizar

atividade científica, sem necessariamente receberem financiamento sob a forma de
bolsa, de modo a ampliar o número de alunos participantes nesta modalidade.
12. PROGRAMAS DE ENSINO PARA PROFISSIONAIS
12.1. Programa de Residência
Pioneira no Brasil, a Residência em Medicina Veterinária iniciou em 1973. É

oferecida a Médicos Veterinários, no sentido de proporcionar especialização e
aprimoramento profissional.
Os programas são desenvolvidos em um ano (R1) ou dois (R2), sob orientação
dos docentes da área. Todos os programas são reconhecidos pelo Conselho Federal de
Medicina Veterinária.
A Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia oferece residência nas
seguintes áreas: Anestesiologia Veterinária, Animais Silvestres, Cirurgia de Grandes
Animais, Cirurgia de Pequenos Animais, Clínica de Grandes Animais, Clínica de
Pequenos Animais, Enfermidades Infecciosas dos Animais, Enfermidades Parasitárias
dos Animais Domésticos, Fisiopatologia da Reprodução e Obstetrícia, Inspeção Sanitária
de Alimentos, Laboratório Clínico Veterinário, Ornitopatologia, Patologia Veterinária,
Planejamento em Saúde Animal e Saúde Pública, Radiologia Veterinária, Zoonoses e
Saúde Pública.
60
A interação dos alunos de graduação com os Médicos Veterinários Residentes

tem importante contribuição no processo de formação profissional dos egressos.
12.2. Cursos de Pós-Graduação
O Programa de Pós-Graduação em Medicina Veterinária tem por objetivo a

formação de docentes, pesquisadores e de profissionais especializados, para atender à
demanda dos setores públicos e privado. O Programa destina-se a profissionais
graduados em Medicina Veterinária, diplomados por Instituições Nacionais reconhecidas
ou em Instituições estrangeiras consideradas equivalentes.
Por meio do desenvolvimento de programas de estudos avançados e atividades
de investigação científica, docentes e pesquisadores, a FMVZ – Unesp - Botucatu
oferece dois programas de pós-graduação: Medicina Veterinária e Zootecnia, nos níveis
de Mestrado e de Doutorado.
O Curso de Pós-Graduação em Medicina Veterinária possui as seguintes áreas
de concentração: 1) Cirurgia Veterinária, 2) Clínica Veterinária, 3) Reprodução Animal e
4) Saúde Animal, Saúde Publica Veterinária e Segurança Alimentar.
O Curso de Pós-Graduação em Zootecnia possui a Área de Nutrição e Produção
Animal.
As atividades de pesquisa desenvolvidas na pós-graduação são divulgadas para
a graduação favorecendo a inter-relação e a utilização dos conhecimentos produzidos
no ensino e na extensão.
O programa tem recebido ex-alunos que se interessam por seguir a carreira
acadêmica e de pesquisa, o que demonstra a inserção do médico veterinário na área
científica, tal como proposta pela Organização Mundial de Sanidade Animal (2011).
Novas fronteiras da ciência atual necessitam de pesquisas, e, portanto, de
ambientes que favoreçam a execução destas pesquisas. Neste sentido, a FMVZ tem
atuado em todas as áreas, entretanto, por estar atenta a essas novas fronteiras, está
predisposta para os próximos cinco anos buscar atender as demandas da comunidade
científica no que se refere a pesquisas inovadoras. Dentre as pesquisas, Mello (2010)
descreve as pesquisas que estão despontando na atualidade, as quais são apresentadas
no quadro a seguir:
61
Animais Transgênicos
Células tronco obtidas de células adultas reprogramadas (multipotentes induzidas)
Células tronco e medicina regenerativa
Papel do RNA e do microRNA como agentes terapêuticos
Doenças negligenciadas
Vida artificial ou biologia sintética
Robótica molecular
Peptídeos como novos agentes terapêuticos
Nanobio-robótica
Plantas transgênicas
Prions
Medicina personalizada com base em genoma
Novos métodos diagnósticos
Novas vacinas
Manipulação genética para melhores resultados em animais
Desastrologia
Bioterrorismo
Bem estar animal
Medicina da conservação
Aplicação de resultados de pesquisas (“translation”)
Bioengenharia molecular
Medicamentos baseados em produtos naturais
Biologia estrutural e computacional
Farmacogenômica
Participação feminina nas pesquisas
Fonte: A profissão Veterinária Brasileira no Limiar do Futuro - Mello, 2010
Dentre as linhas de pesquisa citadas anteriormente, encontra-se em itálico-

negrito as pesquisas que a unidade ainda não desenvolve, em itálico encontram-se as
linhas de pesquisa ainda incipientes, enquanto as demais linhas têm sido objeto de
pesquisas em andamento.
13. AVALIAÇÃO
As instituições universitárias caracterizam-se prioritariamente por desenvolverem

atividades de transmissão e produção de conhecimentos. O sentido maior dessas
atividades é disseminar o saber, por meio de um elo da Universidade com a Sociedade
que a sustenta. Isto se faz por meio das descobertas científicas usufruídas pela
sociedade, como pela prestação de serviço à sociedade civil e pelas atividades de
extensão universitária, que buscam atender às aspirações da comunidade na qual está
inserida.
Neste sentido, é fundamental que se instituam procedimentos rotineiros de
avaliação do desenvolvimento das atividades fins das Universidades, para que, com
62
constância pré-determinada se possam diagnosticar as dificuldades e os sucessos não

só relativos à realização de tarefas acadêmicas, bem como, aos concernentes ao
relacionamento entre as instituições universitárias e a sociedade. Do ponto de vista do
ensino e da produção de conhecimento nos cursos de graduação, é necessário que a
implementação de um processo avaliativo contínuo preceda um diagnóstico qualificado
e profundo sobre o padrão de qualidade dessas ações, ou seja, sobre a própria qualidade
da resposta que a Universidade dá à sociedade.
Os cursos de graduação são, em uma Instituição universitária, os esteios
pioneiros da formação de quadros profissionais e de pesquisadores. Além disso, é,
também, a graduação, a instância primeira de prestação de serviços à comunidade, por
meio de um processo simultâneo de formação de seus estudantes e de atendimento às
demandas da sociedade. Para tal é importante tanto a avaliação interna, como a externa,
bem como o conhecimento do perfil do egresso, no sentido de se avaliar a inserção do
mesmo no mundo do trabalho.
O processo de avaliação da graduação deve, portanto, funcionar como uma etapa
para abertura de perspectivas de melhoria do padrão de relação da Universidade com a
sociedade, além de atender à tríplice exigência da Universidade contemporânea.
A FMVZ – Unesp - Botucatu é submetidas as seguintes avaliações:
13.1. Avaliação Interna
13.1.1. Grupo de Avaliação Local – GRAL
A partir de novembro de 2001, por determinação da Comissão Permanente de

Avaliação da Unesp (CPA), foi criado o Grupo de Avaliação Local (GRAL) da FMVZ -
Unesp - Botucatu.
As atividades do grupo e do avaliador externo resultaram nas seguintes
publicações: “Relatório Parcial da Avaliação Institucional 2001 a 2004”; “Relatório Final
Avaliação Institucional 2001 a 2006” e “Relatório de Avaliação Institucional da UNESP
de 2005 a 2009”.
63
13.1.2. Avaliação das Disciplinas e do Corpo Docente pelos Alunos
Esta modalidade de avaliação foi instituída no ano de 2006 e após interrupção por
problemas operacionais, foi retomada em 2010. Ao término do semestre, os alunos
respondem a um questionário voltado à avaliação das disciplinas cursadas e dos
professores envolvidos com a administração das mesmas.
O questionário proposto está descrito a seguir:
O plano de ensino (objetivos, conteúdo, metodologia, instrumentos e critérios de
avaliação, bibliografia) foi apresentado aos alunos?
O programa da disciplina foi cumprido?
A metodologia utilizada na disciplina favoreceu a aprendizagem?
Os processos de avaliação de aprendizagem utilizados na disciplina avaliam meu
conhecimento da matéria?
Houve articulação dos diferentes conteúdos ministrados por diferentes professores da
disciplinas?
Houve discussão com o aluno sobre seus erros cometidos na avaliação da
aprendizagem?
Houve integração da disciplina com as demais disciplinas do curso?
Houve repetição de conteúdo de outras disciplinas (sombreamento)? Especifique nos
comentários com quais disciplinas.
Qual é a sua avaliação geral para esta disciplina?
Os docentes estão presentes nas aulas teóricas e/ou práticas e/ou rodízios?
ESCORE DE PONTUAÇÃO
0 = Sem condições de responder
1 = Não (ou muito fraco)
2 = Sim, mas não suficientemente (ou fraco)
3 = Sim, razoavelmente (ou regular)
4 = Sim, adequadamente (ou bom)
5 = Sim, plenamente (ou muito bom)
13.2. Avaliações Externas
13.2.1. Avaliadores externos
Complementando o trabalho do GRAL, a cada cinco anos, precedendo a redação

do relatório e confecção do novo Projeto Político Pedagógico, a FMVZ- UNESP de
Botucatu tem seu curso de graduação em Medicina Veterinária analisado por avaliador
externo. Diante disto já foi realizado em 2009, uma avaliação externa pela Profa. Dra.
64
Mitika Kuribayashi Hagiwara, da FMVZ-USP, cujo relatório encontra-se no link

http://unesp.br/cpa/pareceres/parecer_botucatu.htm.
O seguinte resultado foi apresentado de forma resumida diante da avaliação:
1. Avaliação do Ensino: Projeto Pedagógico

1.1. Articulação do Projeto Pedagógico do Curso (PPC) com o Plano de
Desenvolvimento Institucional (PDI) da UNESP. Conceito: A - Excelente
1.2. Articulação dos objetivos do curso com o perfil do profissional a formar.
Conceito: A - Excelente
1.3. Coerência do currículo com as Diretrizes Curriculares Nacionais. Conceito: A -
Excelente
1.4. Dimensionamento da carga horária do curso. Conceito: B - Bom
1.5. Adequação e atualização das ementas e programas das unidades de estudo.
2. Avaliação do Ensino: Corpo Discente

2.1. Evasão do curso. Conceito: A - Excelente
2.2. Taxa de sucesso do curso. Conceito: A - Excelente
2.3. Contribuição das bolsas de iniciação científica no desempenho e produção
acadêmica do aluno. Conceito: B - Bom
2.4. Contribuição dos Programas de Bolsas de Estudo no desempenho acadêmico
do aluno.
Conceito: B – Bom
2.5. Acesso a estágios. Conceito: A - Excelente
2.6. Satisfação dos Egressos quanto à contribuição de sua formação acadêmica
para seu desempenho profissional. Conceito: B - Bom
2.7. Evolução do(s) conceito(s) da(s) participação(ões) no ENADE. Conceito: A -
Excelente
2.8. Ações para a melhoria da qualidade de ensino. Conceito: B – Bom
3. Avaliação do Ensino: Corpo Docente - Titular = 10%; Adjunto/Livre Docente = 35%;

Doutor = 55%; Mestre = 0%; Auxiliar de Ensino = 0%; Substituto e/ou Bolsista = 0%;
3.1. Qualificação do corpo docente. Conceito: B - Bom
65
3.2. Regime de trabalho de dedicação integral à docência e à pesquisa. Conceito: A

- Excelente
3.3. Compatibilidade da formação dos Docentes com a(s) disciplina(s) que
ministram no curso. Conceito: A - Excelente
3.4. Contribuição dos Docentes na produção de material didático para o curso.
Conceito: D - Não Satisfatório
Comentário: no processo de avaliação, por uma falha dos professores, não foram
inseridas as produções de apostilas e outros materiais didáticos e, desta forma, tal tópico
ficou a desejar, entretanto não reflete a realidade da unidade, tendo em vista que amplo
material didático é produzido. Tal inserção do material didático produzido será realizada
no próximo relatório.
3.5. Produção científica (publicação) do corpo docente relacionada ao curso.
Conceito: B - Bom
3.6. Cumprimento efetivo das atividades previstas do projeto pedagógico do curso.
Conceito: A – Excelente
4. Avaliação do Ensino: Integração do Curso de Graduação com a Pós-graduação,

a Pesquisa e a Extensão
4.1. Relevância da produção científica para a área de conhecimento do curso.
Conceito: B - Bom
4.2. Relevância das atividades científicas desenvolvidas por docentes e alunos de
graduação, para a região onde se encontra instalado o curso e para a sociedade
em geral. Conceito: B - Bom
4.3. Envolvimento dos Docentes em projetos de pesquisa e em grupos
institucionalizados de pesquisa. Conceito: B - Bom
4.4. Existência de parcerias técnico-científicas nacionais e internacionais.
Conceito: B - Bom
4.5. Participação dos alunos nos grupos de pesquisa. Conceito: B - Bom
4.6. Participação do corpo discente em publicações. Conceito: B - Bom
4.7. Serviços técnicos de apoio para o desenvolvimento das atividades de
pesquisa. Conceito: B - Bom
4.8. Relevância das atividades de extensão para a formação profissional dos
alunos. Conceito: A - Excelente
66
4.9. Relevância das atividades de extensão para a comunidade e a sociedade.

4.10. Envolvimento dos Docentes em projetos de extensão em parcerias. Conceito:
A - Excelente
4.11. Inserção sócio-político-econômica da Unidade Universitária via projetos de
extensão em parcerias locais, regionais e nacionais. Conceito: B - Bom
4.12. Participação dos alunos em atividades de extensão. Conceito: A - Excelente
4.13. Diversidade das atividades de extensão oferecidas (cursos, palestras,
assessorias, prestação de serviços etc). Conceito: A - Excelente
4.14. Serviços de apoio ao desenvolvimento das atividades de extensão. Conceito:
B - Bom
5. Avaliação da Gestão Acadêmico-Administrativa

5.1. Ações acadêmico-administrativas em função do(s) conceito(s) da(s)
participação(ões) no ENADE. Conceito: B - Bom
5.2. Implementação de políticas de capacitação docente e de servidores técnico-
administrativos no âmbito do curso. Conceito: B - Bom
5.3. Distribuição de pessoal técnico administrativo em atividades de apoio ao
curso. Conceito: B - Bom
5.4. Ações da Coordenação e do Conselho de Curso, em consonância com a
política institucional, no cumprimento de suas atribuições. Conceito: B - Bom
5.5. Avaliação e planejamento anual do curso pelo Conselho de Curso. Conceito: B
- Bom
6. Avaliação da Infraestrutura
6.1. Adequação de salas de aula, laboratórios didáticos, biblioteca, laboratórios de
informática e equipamentos à proposta pedagógica do curso. Conceito: C – Regular
Comentário: a partir da avaliação foi disponibilizado dois laboratórios de informática,
sendo um no Lageado com capacidade para 21 usuários e outro em Rubião Junior com
capacidade para 31 alunos. Adicionalmente a partir de verba anual do Programa de
Melhoria do Ensino de Graduação, houve uma ampla reforma das salas, onde todas
contam com ar condicionado, cortinas, tela eletrônica retrátil, equipamento multimídia
LCD, computador e vídeos específicos para cada sala. A unidade está em fase de
aquisição de lousas digitais.
67
6.2. Adequação dos laboratórios de pesquisa e de seus equipamentos. Conceito: B

- Bom
6.3. Acervo de livros. Conceito: C – Regular
Comentário: uma ampla aquisição de livros foi providenciada para suprir a demanda da
avaliação.
6.4. Acesso a laboratórios didáticos e uso de computadores. Conceito: C - Regular
Comentário: a partir da avaliação foi disponibilizado dois laboratórios de informática,
sendo um no Lageado com capacidade para 21 usuários e outro em Rubião Junior com
capacidade para 31 alunos. A unidade também disponibiliza rede sem fio para os alunos
acessarem a internet na Faculdade.
6.5. Acesso dos alunos às bibliotecas digitais. Conceito: B - Bom
6.6. Serviços de apoio, manutenção e modernização da infraestrutura. Conceito: B
- Bom
6.7. Adequação das instalações físicas para alunos com necessidades especiais.
Conceito: E – Crítico
Comentário: ainda é um ponto deficiente da Unidade, que tomará as devidas
Média Final Geral: A – Excelente
Um ponto importante levantado na avaliação foi a excessiva carga horária da

grade curricular discente. O Curso de Medicina Veterinária da FMVZ, UNESP, Botucatu
apresenta, de acordo com o nosso conhecimento, a maior carga horária do país.
Estudos realizados pela PROGRAD da Unesp evidenciaram a necessidade de
mudanças e dentro da unidade universitária da FMVZ estudos estão sendo realizados
ara em futuro próximo implementar uma nova proposta curricular.
13.2.2. Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (ENADE)
A partir da primeira, realizada em 2004, a cada três anos o curso de medicina

veterinária será submetido a uma nova avaliação. Na última avaliação, realizada em
2010, o curso de medicina veterinária da FMVZ/UNESP/Botucatu ficou em primeiro lugar,
entre 161 cursos avaliados no Brasil
68
13.2.3. Exame Nacional de Certificação Profissional do Conselho Federal de

Medicina Veterinária (CFMV)
A FMVZ tem política de estimular os seus egressos a realizarem o Exame de

Certificação Profissional do Conselho Federal de Medicina Veterinária, apesar do exame
não ser obrigatório para a obtenção de Registro no Conselho Regional de Medicina
Veterinária do Estado de São Paulo. Entretanto, infelizmente, esta modalidade de
avaliação não está sendo mais realizada.
13.2.4. Avaliação para Renovação do Reconhecimento e da Licença de

Funcionamento do Curso pelo Conselho Estadual de Educação (CEE)
A cada cinco anos é confeccionado o relatório do Projeto Político Pedagógico do

Curso de Medicina Veterinária da FMVZ – Unesp – Botucatu. Este relatório é enviado,
juntamente com o Projeto Político Pedagógico para o próximo quinquênio ao CEE no
momento da solicitação de renovação do reconhecimento do Curso e da licença para o
seu funcionamento. A Renovação do Reconhecimento será solicitada pela Instituição ao
Conselho Estadual de Educação, no primeiro trimestre do último ano de validade do
Reconhecimento do Curso. A partir da Deliberação CEE 99/2010, os cursos com
avaliação igual ou superior a 4 (quatro) no ENADE, terão prorrogado o seu
Reconhecimento enquanto perdurar esse desempenho.
13.3. Avaliação dos egressos
A partir da necessidade de se obter informações do perfil dos egressos do curso

de Medicina Veterinária da FMVZ, UNESP, Botucatu, SP, no que concerne a inserção
no mundo do trabalho, área de atuação, espécies de atuação, local de trabalho e salário,
foi realizado um questionário dos egressos de 2004 a 2009. Tais informações permitiram
traçar um cenário da situação atual dos egressos recentes, para que se conheça a
realidade de atuação laborosa dos graduados na Unidade, bem como medidas a serem
implementadas para que a demanda da sociedade e do mundo do trabalho seja suprida
durante o curso de graduação.
Para tal foi encaminhado de forma eletrônica o questionário especificado a seguir:
69
Identificação do Egresso
Nome:
Data de nascimento: / / Idade: anos

Ano em que se formou: CRMV: Sexo: M F
Endereço:
Complemento: Cidade: Estado:
CEP: Endereço eletrônico:
Fone: Celular: Comercial:
Exerce a medicina veterinária? sim não
Se “sim”, responda as questões abaixo; se “não” responda por favor porque e
neste caso não é necessário responder as demais perguntas:
Em que espécies atua? aves suínos caprinos ovinos

bovinos bubalinos eqüídeos caninos felinos
silvestres animais de laboratório outros (qual?):
Área de atuação: Zootecnia e produção animal Clínica cirúrgica
Medicina veterinária preventiva e saúde publica inspeção e
tecnologia de produtos de origem animal Reprodução outros
(qual?):
Salário líquido (opcional): até R$ 1.000 de R$ 1.000 a R$ 2.000 de
R$ 2.000 a R$ 4.000 de R$ 4.000 a R$ 6.000 de R$ 6.000 a R$ 8.000
de R$ 8.000 a R$ 10.000 acima de R$ 10.000
Atua na sua área de escolha do 5º ano? sim não
Realizou alguma pós-graduação após a formatura? não sim (qual?)
Especialização lato sensu Residência Pós-graduação:
mestrado doutorado
Quais as deficiências e sugestões para o curso (opcional)?
Data: / / .
Diante das respostas foram realizados gráficos para demonstração dos dados.
70
9 9
9
8 7
7
6 5
5 4
4 3
3 2
2 1 1 1
1
0
23 24 25 26 27 28 29 30 32 36
Idade dos egressos da FMVZ – UNESP – Botucatu - SP, graduados entre 2004 e 2009.
300 267
200
52 45 58
100 64
18 48
11 3
0 7 5 44
Total de alunos formados e número de respostas de acordo com o ano dos egressos da FMVZ
– UNESP – Botucatu - SP, graduados entre 2005 e 2009.
71
35
31
30
25
20
15 13
10
5
0
Homens Mulheres
Gênero dos egressos da FMVZ –UNESP – Botucatu - SP, graduados entre 2005 e 2009.
2
Exerce
MV
42
95% exercem a profissão

Número de egressos da FMVZ – UNESP – Botucatu - SP, graduados entre 2005 e 2009 que
exercem ou não a profissão.
72
59%
30 26
25 25% 9% 20%
20 16% 18%
11 20% 30%
13 11%
15
7 8 9 9
10 4 5
5
0
Espécie de animais atendidos que os egressos da FMVZ – UNESP – Botucatu - SP, graduados
entre 2005 e 2009.
43%
19
20 23% 18%
15 10 11% 8 9%
10 2% 5 4
5 1
0
Área de atuação dos egressos da FMVZ – UNESP – Botucatu - SP, graduados entre 2005 e
2009.
73
41%32%
20
18
14 14%
15
5% 11%
10 6 5%
2 4 2
5
0
Entidade de atuação dos egressos da FMVZ – UNESP – Botucatu - SP, graduados entre 2005
e 2009.
47%
18
20 21%
15 11% 8 8% 11%
10
4 3 4 3%
5 1
0
Salário líquido dos egressos da FMVZ – UNESP – Botucatu - SP, graduados entre 2005 e
2009.
74
6 14%
Sim
86% Não
38
Atuação na área de escolha do 5º ano dos egressos da FMVZ – UNESP – Botucatu - SP,
graduados entre 2005 e 2009.
35%
20 30%
15 25%
15 13
10 11 5%
5
2
0
Lato sensu Residência Mestrado Doutorado
Realização de pós-graduação dos egressos da FMVZ – UNESP – Botucatu - SP, graduados
entre 2005 e 2009.
Além de elogios direcionados de forma geral e particular à Faculdade, algumas

deficiências apontadas de forma individualizada pelos egressos foram a deficiência de
formação nas seguintes áreas: 1. Gestão de clínicas (empreendedorismo); 2. Animais
75
aquáticos; 3. Odontologia; 4. Áreas voltadas para outros mercados de trabalho como

marketing, Ministério da Agricultura, indústria farmacêutica, alimentos, imunobiológicos
e registro de produtos e 5. Animais de laboratório.
Também se solicitou um maior número de disciplinas optativas.
Diante de nova proposta curricular, apresentada a seguir, estas áreas serão
abrangidas, no sentido de suprir estas demandas.
No que concerne às respostas obtidas dos egressos, concluem-se que 70% dos
graduandos são do sexo feminino, 95% exercem a profissão e 59% atuam em pequenos
animais, entretanto, as outras espécies respondem por uma parcela significativa de
atuação. A maioria (68%) dos egressos ganha acima de R$ 2.000, 86% atuam na mesma
área de escolha do 5º ano e 33% realizaram alguma pós-graduação, sob a modalidade
de residência, lato sensu, mestrado ou doutorado, sendo que 18% realizaram duas
modalidades.
Por ordem de maior para menor atuação, encontram-se as áreas de clinica,
preventiva, reprodução, inspeção e empresas e da mesma forma no que concerne as
instituições de atuação estão clínicas, ensino, governo, empresas e pesquisa.
14. INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES SOBRE O CURSO DE

GRADUAÇÃO DE MEDICINA VETERINÁRIA
14.1. Organização Técnico-Pedagógica do Curso
14.1.2. Ato de autorização e/ou reconhecimento
Ato de reconhecimento do Curso de Medicina Veterinária - Decreto Federal nº

66.439 de 13 de abril de 1970, publicado no Diário Oficial da União de 14 de abril de
1970, com vigência mantida pelo artigo 1º do Decreto Federal de 25 de abril de 1991,
combinado com o artigo 2º da Portaria 1790, de 22 de dezembro de 1993 e Portaria CEE
GP nº 326 de 03 de junho de 2008, publicada no Diário Oficial do Estado de 12 de junho
de 2008.
14.1.3. Informações sobre o curso
- Número de vagas oferecidas: 60 (sessenta) vagas
76
- Regime de matrícula: Anual

- Turnos de funcionamento: Períodos: Matutino e Vespertino
- Prazos mínimo e máximo de integralização curricular
Mínimo: 5 (cinco) anos
Máximo: 8 (oito) anos
- Funcionamento: Integral
- Sistema de avaliação do rendimento escolar
A avaliação do rendimento escolar será expressa por graus numéricos de 0 à 10
(zero à dez), computados até a primeira casa decimal e se fará segundo os seguintes
conceitos e notas, sendo a aprovação condicionada a frequência de 70%:
A - Aprovado - nota de 5,0 a 10 (cinco à dez)
R - Reprovado - nota abaixo de 5,0 (cinco)
O aluno reprovado por insuficiência de aproveitamento em determinada disciplina
que não seja oferecida no semestre subsequente, poderá matricular-se em regime de
recuperação, na mesma disciplina, desde que tenha obtido frequência mínima de 70% e
nota final de aproveitamento superior a 3,0 (três)
O aluno que matriculado no Regime Especial de Recuperação, não lograr
aproveitamento para aprovação, ficará obrigado a matricular-se na disciplina em regime
regular, com exigência de frequência mínima no semestre imediato em que a mesma for
oferecida.
15. ADMINISTRAÇÃO DA FMVZ – UNESP- BOTUCATU
15.1. Estrutura administrativa da instituição
15.1.1. Diretoria
Diretor e Vice-Diretor
15.1.2. Diretoria de Divisão Técnica Acadêmica
Constituída por uma Diretoria e quatro Seções:

- Diretoria Técnica Acadêmica
- Seção Técnica de Graduação
- Seção Técnica de Pós-Graduação
77
- Seção Técnica Acadêmica

- Seção Técnica de Apoio ao Ensino, Pesquisa e Extensão
15.1.3. Diretoria de Divisão de Administração
Constituída por uma Diretoria e quatro Seções:

- Diretoria de Divisão Técnica Administrativa
- Seção Técnica de Administração de Recursos Humanos
- Seção Técnica de Comunicações
- Seção Técnica de Finanças
- Seção Técnica de Materiais
15.1.4. Diretoria de Serviços e Atividades Auxiliares
Constituída por uma Diretoria e duas Seções e um Setor:

- Diretoria de Serviços e Atividades Auxiliares
- Seção de Atividades Auxiliares
- Setor de Zeladoria
- Seção de Conservação e Manutenção
15.1.3. Diretoria de Serviço Técnico de Informática
Constituída por uma Diretoria.
15.2. Órgãos colegiados (constituição e funcionamento)
15.2.1. Congregação
A Congregação, órgão deliberativo e normativo em matéria de ensino, pesquisa,

extensão universitária e administração, segue o Estatuo da UNESP (atualizado em
18/03/2011). É composta pelo: Diretor, seu presidente nato; Vice-Diretor; os Chefes de
Departamento; os Supervisores das Unidades Auxiliares; cinco representantes docentes;
um representante da associação docente local; um representante dos Coordenadores
de Curso de Graduação; um representante dos Coordenadores de Programas de Pós-
78
Graduação; um representante docente de cada Comissão Permanente; representantes

discentes, na proporção de quinze por cento do total dos membros docentes, sendo um
representante da entidade estudantil máxima da Unidade; representantes do corpo
técnico e administrativo, na proporção de quinze por cento do total dos membros
docentes, sendo um indicado pela associação local de servidores da Unidade
Universitária.
Os membros da Congregação, seguindo o estatuto da UNESP, terão mandatos
coincidentes com o exercício das funções administrativas; de dois anos para docentes,
representante da associação local e do corpo técnico e administrativo; e de um ano
para a representação discente da graduação e da pós-graduação.
A Congregação reunir-se-á ordinariamente uma vez por mês e,
extraordinariamente, quando convocada por seu Presidente ou pela maioria da
totalidade de seus membros em exercício.
Compete à Congregação: fixar calendário de planejamento e execução das
atividades da Unidade Universitária; aprovar, supervisionar e avaliar projetos
pedagógicos dos cursos de Graduação, propostas dos Programas de Pós-Graduação e
de Extensão e projetos de trabalho dos Departamentos que compõem o plano de
atividades da Unidade; analisar anualmente o relatório global da Unidade e encaminhá-
lo ao CEPE; aprovar, por deliberação de dois terços da totalidade de seus membros em
exercício, o Regimento da Unidade e suas alterações, encaminhando-as ao Conselho
Universitário; propor ao Conselho Universitário a criação ou extinção de cursos de
Graduação, ouvida a Comissão Permanente de Ensino; propor ao CEPE a criação,
transformação ou extinção de Departamentos; propor à CCG o número de vagas a ser
fixado anualmente, para os diversos cursos de Graduação; propor à CCPG: a criação e
extinção de cursos ou Programas de Pós-Graduação, ouvidas as Comissões
Permanentes de Ensino e de Pesquisa; deliberar sobre: realização de concurso de
pessoal docente e respectivas inscrições, composição das comissões julgadoras de
concurso de pessoal docente, regulamentos dos Departamentos, das Unidades
Auxiliares e dos Centros Interdepartamentais, cursos sequenciais, conforme normas
estabelecidas pelo CEPE, número anual de vagas a serem oferecidas pelos Programas
de Pós-Graduação, com exceção dos Programas com conceito 3 (três), aproveitamento
de créditos em disciplinas obtidos em Cursos de Graduação ministrados fora de uma das
Universidades estaduais do Estado de São Paulo, transferência de alunos, realização de
cursos de extensão universitária, atualização, temáticos de curta duração e de difusão
79
cultural; aprovar regulamento de Programa de Pós-Graduação; homologar: títulos de

mestre e doutor, o resultado dos exames de seleção dos Programas de Pós-Graduação;
a escolha do coordenador e do vice-coordenador de curso de Graduação e de Programa
de Pós-Graduação; os pareceres das comissões julgadoras de concurso de pessoal
docente, com direito a rejeitá-los quanto ao aspectos legal e formal; manifestar-se sobre:
propostas de admissão, renovação de contrato, transferência e dispensa de pessoal
docente, encaminhadas pelo Departamento interessado, pedidos de afastamento de
pessoal docente, ouvido o respectivo Departamento, aceitação de doações e legados à
Unidade, criação de cargos e funções, convênios de intercâmbio científico e cultural,
cursos de especialização - conforme normas estabelecidas pelo CEPE, os relatórios e
planos globais de atividades vinculados aos regimes de trabalho; programas de
concursos para provimento de funções e cargos docentes; estabelecer normas de
estágios da Unidade; aprovar a aplicação da verba de custeio e receita própria da
Unidade; aprovar, por maioria da totalidade de seus membros em exercício, a suspensão
de concurso de pessoal docente, mediante justificativa circunstanciada do Departamento
interessado; dirimir dúvidas sobre a realização de concurso de pessoal docente; conferir
prêmios e propor ao Conselho Universitário a concessão de dignidades universitárias;
avaliar, anualmente, a produção acadêmica da Unidade com base nos relatórios dos
Departamentos; conceder e outorgar título de Professor Emérito a professor aposentado
da Unidade que se tenha destacado na carreira; estabelecer normas e procedimentos
para escolha do Diretor e Vice-Diretor; indicar, anualmente, três docentes dentre seus
membros, portadores do título de doutor, no mínimo, em ordem de sucessão, para
substituições eventuais do Diretor e do Vice-Diretor; julgar, em grau de recurso, as
deliberações dos demais colegiados da Unidade; delegar competências por deliberação
de dois terços da totalidade de seus membros em exercício; exercer quaisquer outras
atribuições decorrentes de lei, do Estatuto, do Regimento Geral e do Regimento da
Unidade, em matéria de sua competência.
A Congregação possui as seguintes comissões permanentes:
I -Comissão Permanente de Ensino;
II -Comissão Permanente de Pesquisa;
III -Comissão Permanente de Extensão Universitária.
80
15.2.2. Comissão Permanente de Ensino (CEP)
A comissão Permanente de Ensino, consultiva, assessora a diretoria da unidade

na tomada de decisões referentes ao ensino de graduação e de pós-graduação.
Esta Comissão é formada pelos Coordenadores de Cursos de Graduação e de
Programas de Pós-Graduação; representantes docentes, discentes e técnicos e
administrativos, na forma estabelecida pela Congregação.
15.2.3. Comissão Permanente de Pesquisa (CPP)
A Comissão Permanente de Pesquisa é consultiva e tem fomentado a realização

de pesquisas entre os alunos de graduação e pós-graduação sendo ainda responsável
pela realização do Congresso de Iniciação Científica e da Amostra Científica da FMVZ.
Seguindo o Estatuo da UNESP (18/03/2011), sua composição é formada por
coordenadores de Grupos de Pesquisa e coordenadores de Programas de Pós-
Graduação; representantes docentes, com titulação mínima de doutor; representantes
de Unidades Auxiliares e de Centros Interdepartamentais; representantes discentes e
técnicos e administrativos, em número a ser fixado pela Congregação.
A presidência e a vice-presidência da Comissão serão exercidas por membros
docentes, eleitos pelo colegiado, com mandato de dois anos. Os representantes
docentes e técnicos e administrativos, de Unidades Auxiliares terão mandato de dois
anos. Os representantes discentes terão mandato de um ano.
15.2.4. Comissão Permanente de Extensão Universitária (CPEU)
A Comissão Permanente de Extensão Universitária tem a seguinte composição:

Vice-Diretor, seu presidente nato; representantes docentes; supervisores de Unidades
Auxiliares; representantes discentes e técnicos e administrativos. A CPEU conta com
dois grupos assessores: Grupo de Apoio ao Estudante – GAE e Grupo de Apoio ao
Servidor – GAS.
81
15.2.5. Conselhos de Cursos de Graduação (CCG)
São formados por um representante docente e respectivo suplente de cada um

dos departamentos da FMVZ – Unesp, envolvidos com as atividades do respectivo curso,
indicados pelos Conselhos dos Departamentos; dois alunos de graduação, que estejam
cursando disciplinas da área profissionalizante do curso, indicados pelos Diretórios
Acadêmicos e, os Coordenadores de Estágios Supervisionados dos Cursos de
Graduação da FMVZ.
15.2.6. Conselhos de Programas de Pós-Graduação (CPPG)
O Conselho do Programa de Pós-Graduação em Medicina Veterinária é formado

por um representante docente e respectivo suplente de cada uma das áreas do
Programa (Clínica Veterinária, Cirurgia Veterinária, Reprodução Animal e Saúde Animal,
Saúde Pública Veterinária e Segurança Alimentar – SASPVSA), eleitos entre os
docentes e um representante e respectivo suplente dos alunos de pós-graduação. O
Coordenador e o Vice-Coordenador serão escolhidos pelos membros do Conselho, por
meio de eleição.
O Programa de Pós-Graduação em Medicina Veterinária tem por objetivo a
formação de docentes, pesquisadores e de profissionais especializados, para atender
demanda dos setores público e privado. O Programa destina-se a profissionais
graduados em Medicina Veterinária, diplomados por Instituições Nacionais reconhecidas
ou em Instituições estrangeiras consideradas equivalentes.
15.2.7. Conselho de Residência em Medicina Veterinária
É uma modalidade de ensino de Pós-Graduação destinada a Médicos

Veterinários, caracterizada por um programa intensivo de treinamento em serviço. É
desenvolvida em um ano (R1) ou dois anos (R2). Tem como objetivo maior capacitar o
médico veterinário a executar com segurança e habilidade as atividades de rotina
específicas de sua área de atuação, aperfeiçoando-o para o exercício da profissão.
Priorizam-se as atividades práticas sob orientação de profissionais altamente
qualificados de uma das mais conceituadas instituições do país.
82
O Conselho Federal de Medicina Veterinária - CFMV reconheceu o Programa de

Residência como sendo atividade de Pós-Graduação “lato sensu”, por meio da
Resolução n°824, de 31-03-2006. E, pela UNESP por meio da Resolução Unesp n°7, de
11-03-2008 (Residência Médico Veterinária na Unesp).
O Conselho é composto por um representante docente e respectivo suplente de
cada um dos departamentos de Medicina Veterinária da FMVZ - Unesp e um
representante e respectivo suplente dos Médicos Veterinários Residentes.
15.3. Departamentos de Ensino
A FMVZ – Unesp - Botucatu é integrada por seis Departamentos de Ensino:

- Cirurgia e Anestesiologia Veterinária
- Clínica Veterinária
- Higiene Veterinária e Saúde Pública
- Melhoramento e Nutrição Animal
- Produção Animal
- Reprodução Animal e Radiologia Veterinária
Os Departamentos congregarão o pessoal docente para os objetivos comuns do

ensino, da pesquisa e da extensão de serviços à comunidade e, como órgão de
articulação didática e técnico-científica. Os Departamentos de cada unidade, bem como
suas áreas, subáreas e disciplinas, constam nos Regimentos das unidades
universitárias.
Ao Conselho do Departamento compete: organizar os planos de trabalho do
Departamento; atribuir aos docentes, encargos de ensino, pesquisa e extensão de
serviços à comunidade; adotar, quando couber, medidas de ordem didática, científica e
administrativa; coordenar os planos de ensino das disciplinas do Departamento;
supervisionar os laboratórios sob sua responsabilidade; zelar pelo cumprimento dos
planos de pesquisa apresentados anualmente pelos docentes; propor admissão e
afastamento de docentes e admissão de pessoal técnico e administrativo; propor a
criação de cargos e realização de concursos para pessoal docente; estudar convênios
que envolvam o Departamento e entidades externas, submetendo-os à instância superior
para aprovação; propor a criação, transferência ou supressão de disciplinas do
Departamento.
83
Ao Chefe do Departamento, além das atribuições que lhe conferem o Estatuto, o

Regimento Geral e o Regimento da Universidade, compete: chefiar e representar o
Departamento; convocar e presidir as reuniões do Departamento; submeter à
consideração do Conselho do Departamento os planos de trabalho das disciplinas que o
compõem; fiscalizar o desenvolvimento dos programas e planos de ensino e pesquisa;
controlar a frequência do pessoal lotado no Departamento, informando à seção
competente; coordenar a execução dos cursos ministrados pelo departamento, bem
como o desenvolvimento de pesquisa, (excetuando-se os cursos de graduação e de pós-
graduação – Estatuto da UNESP - Artigo 67); cumprir e fazer cumprir as deliberações do
Conselho de Departamento, bem como as decisões dos órgãos a que estiver
subordinado; adotar, em situações especiais, medidas que se imponham em matéria de
sua competência, "ad referendum" do Conselho do Departamento; exercer quaisquer
outras atribuições que lhe forem conferidas por lei, pelo Estatuto da Universidade, pelo
Regimento Geral, pelo Regimento da Unidade Universitária e pelo Regulamento do
Departamento.
15.4. Unidades Auxiliares Complexas
A FMVZ – Unesp - Botucatu é integrada por duas Unidades Auxiliares Complexas:

- Hospital Veterinário
- Fazenda de Ensino, Pesquisa e Extensão
São objetivos principais das Unidades Auxiliares de Estrutura Complexa:
I – Servir de campo ao ensino e de treinamento aos estudantes dos cursos de graduação
e de pós-graduação da Unesp e de escolas públicas ou privadas com currículos
relacionados às respectivas áreas;
II – servir de campo de atividades de aperfeiçoamento para profissionais, estagiários e
residentes relacionados às respectivas áreas;
III – prestar serviços à comunidade sob a forma de atendimento, de conformidade com
suas especificidades;
IV – proporcionar meios para o desenvolvimento de pesquisas científicas;
V – dar suporte às atividades didáticas dos Departamentos que atuam em atividades a
ela relacionadas.
84
16. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O Projeto Político Pedagógico espelha as aspirações do Curso de Medicina

Veterinária, todos os partícipes estão trabalhando para que a educação superior,
segundo a Constituição Federal do Brasil, seja efetiva e eficiente no que concerne o
princípio de indissociabilidade entre o ensino, a pesquisa e a extensão universitária.
As Diretrizes Curriculares orientam caminhos para serem perscrutados diante dos
novos contextos educacionais que nos inserem na sociedade do conhecimento e ou da
informação. Estes novos horizontes ainda não se coadunam com as formas burocráticas
que são exercitadas no ambiente universitário; evidenciando a necessidade de estudos
que pautem como mudar diante destes desafios e que devem ser contemplados no
Projeto Político Pedagógico em todos os seus níveis, principalmente no que diz respeito
ao currículo.
O currículo tendo caráter educacional deve possibilitar a transformação, por meio
da educação superior, de estudantes em profissionais solidários, colaboradores e
responsáveis. E é, através da percepção de mundo, de suas relações e de sua atuação,
que se torna consciente da complexidade de mundo no qual atuará como médico
veterinário.
Lembrando Vaillat, ao dizer que os novos profissionais veterinários deverão ser
gestores em nível internacional, nacional e regional, tendo posturas e tomando decisões
democráticas pelo bem de uma globalidade (MORIN, 2013) e da complexidade em que
são modeladas mentalidades e praticadas as ações; a ação deste médico será avaliar
as melhores condutas num ambiente incerto, em que o uso de armamento químico,
riscos sanitários, desastres biológicos e a falta de alimento são realidades presente do
cotidiano da humanidade.
Desenvolver um currículo pensando nestes pressupostos são desafios para os
próximos anos. Os comportamentos baseados nas certezas disciplinares, ainda limitam
práticas pedagógicas, portanto, estudos e práticas que promovam a apropriação de
conceitos interdisciplinares e transdisciplinares nas práticas pedagógicas dos docentes,
são necessários para que os questionamentos intelectuais sejam movimentos de
reflexão que ampliem horizontes e fronteiras do saber.
Outro ponto a ser superado é em relação às práticas avaliativas da educação
superior, como por exemplo, modelos de avaliação que consigam diminuir as
subjetividades praticadas, inicialmente avaliando as habilidades clínicas veterinárias
85
realizadas no Rodízio, no qual o aluno é corresponsável de sua aprendizagem,

assumindo uma postura crítica sobre suas deficiências e qualidades, corrigindo e
aperfeiçoando o seu processo formativo.
O desenvolvimento desta atividade promoverá reflexões acerca das disciplinas
atuais e quem sabe no futuro possam ser incorporados programas de aprendizagem,
sobretudo interdisciplinares, articulando e superando o desenho disciplinar vivenciado
atualmente na universidade.
Os estudantes estão, cada vez mais, interessados em seus processos formativos
e têm participado das reuniões de articulação dos cursos, realizado estágios
internacionais, bem como ex-alunos que oferecem feedback ao curso, orientando
caminhos em que o médico veterinário possa atuar. Indivíduos que são as vozes que
auxiliam o desenvolvimento das reformas educativas por meio de colaborações e
propostas inovadoras; é o surgimento de novas relações hierárquicas vivenciadas dentro
do ambiente acadêmico.
A FMVZ acredita que, uma educação de e com qualidade deve proporcionar ao
estudante ir além de uma formação médico-veterinário, deve oferecer conhecimentos
educativos, para além de sua profissão, conhecimentos que permitam a compreensão
acurada de seu cotidiano, uma formação humanizada em que realmente possa trabalhar
em defesa de uma ecologia da ação (MORIN, 2013).
Assim, sendo este um projeto, é incompleto como virtude, de poder ser refletido
coletivamente sobre as práticas pedagógicas; sobre o currículo explicito e oculto; as
avaliações e verificações; a estrutura física, de salas de aula e laboratórios; o desenho
departamental da produção de informações e conhecimentos didáticos e científicos; as
atividades afins da indissociabilidade do ensino, pesquisa e extensão universitária; e dos
horizontes que legitimarão a educação vivenciada dentro deste ambiente acadêmico.
Portanto, se evidenciou por meio deste projeto político pedagógico, as qualidades
a serem ainda mais valorizadas e novos saberes a serem desenvolvidos para responder
as demandas sociais, políticas e econômicas que, por meio dos profissionais que forma
e educa, continua participando e demonstrando a pertinência da universidade na
consolidação do processo democrático do país.
86
17. BIBLIOGRAFIA
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasil, 1988. Disponível em:

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constitui%C3%A7ao.htm . Acesso 10
de jan. de 2012.
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de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da Educação Nacional. Brasília: MEC,
1996.l
BRASIL. Parecer CNE/CES 105/2002 – Homologado. Acesso em 05 jan. 2012.

Disponível em: http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/pces105_02.pdf
BRASIL. Resolução CNE/CES n.1, de 18 de fevereiro de 2003. Institui Diretrizes

Curriculares Nacionais dos Cursos de Graduação em Medicina Veterinária.
Disponível em: http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/ces012003.pdf. Acesso em 05
jan. 2012.
CASTANHO, S. Metodologia do Ensino ou Da Educação Superior? Um olhar

histórico. In: CASTANHO, S.; CASTANHO, M. E. Temas e textos em metodologia do
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EECA. História da Faculdade de Medicina de Botucatu – FACULDADE DE MEDICINA

DE BOTUCATU – FACULDADE DE MEDICINA VETERINÁRIA E ZOOTECNIA –
FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRONÔMICAS – INSTITUTO DE BIOCIÊNCIAS.
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FMVZ/UNESP. Projeto Político Pedagógico 2006-2011. Faculdade de Medicina

Veterinária e Zootecnia/Universidade Estadual Paulista, 2006. Disponível em:
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FMVZ/UNESP. Debate “Interdisciplinaridade: construção de um projeto

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2011.
87
GONÇALVES, A. P. 2011: Ano Mundial do Médico Veterinário. Academia de Medicina

Veterinária no Estado do Rio de Janeiro, 2011. Disponível em:
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MELLO, M. T. A profissão veterinária brasileira no limiar do futuro. Brasília, 2010:

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MORIN, E. Entender o mundo que nos espera. In: MORIN, E.; VIVERET, P. Como
viver em tempo de crise? Tradução: Clóvis Marques. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil,
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OIE. Organización Mundial de Sanidad Animal. Versalhes, França 2011. Disponível

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UNESP, 2009.p.38.
VALLAT, B. Discurso del director general de la Organización Mundial de Sanidad

Animal (OIE). Versalles, 2011. Disponível em:
http://www.oie.int/fileadmin/Home/esp/Media_Center/docs/pdf/Discours_DG_Versailles
_ES.pdf. Acesso em 10 de jan. de 2012.
88

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Universidade Estadual Paulista

Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia

FACULDADE DE MEDICINA VETERINÁRIA E ZOOTECNIA

DIRETOR Prof. Dr. Celso Antonio Rodrigues

CONSELHO DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM MEDICINA VETERINÁRIA

COORDENADOR Profa. Dra. Cláudia Valéria Seullner Brandão

1. INFORMAÇÕES GERAIS SOBRE O CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA DA

O Curso de Medicina Veterinária da FMVZ se localiza em Botucatu, no centro-sul

Apresentação do Projeto da criação da UNESP na Assembleia Legislativa de São Paulo.

A Faculdade de Medicina Veterinária em 1970

Sala Dos Docentes Em 1976, a demolição das antigas instalações

Desta forma, o Curso de Graduação em Medicina Veterinária é oferecido desde

da Medicina Veterinária com o cumprimento de 96 créditos. O número de vagas

dois Programas citados mantiveram o conceito “5” na CAPES. Adicionalmente, em 2015,

As universidades gozam de autonomia didático-científica, administrativa e

Ainda durante a década de oitenta, requerendo direitos e participação no ambiente

1.2. Infraestrutura para o Ensino

A Unidade conta com dezenas de espaços didáticos, entre salas de aula,

1.3. Metodologia de Educação Superior

Segundo a LDB (Lei 9.394/96), no que se refere ao Ensino Superior, intitula-se

Fazendas, atendendo animais de grande e pequeno porte, domésticos ou silvestres da

Devido às mudanças decorrentes da globalização, da revolução tecnológica e das

O envolvimento da comunidade acadêmica nessa Semana de Integração

ensino por projetos, aulas teóricas expositivas e dialógicas, aulas demonstrativas e

1.3.1. Aulas Teóricas

A aula teórica é o momento em que o professor faz a introdução, o

1.3.2. Aulas Práticas

As aulas práticas são realizadas em laboratórios, ambulatórios, currais, salas de

A aula prática, realizada por meio da demonstração e interação, compreende a

1.3.2.1 Aulas Práticas em Laboratório

Diversas disciplinas ministram aulas práticas em laboratórios, sempre tendo o

1.3.2.2 Aulas Práticas em Ambulatório e outros

No terceiro ano do curso, os alunos entram em contato com aulas práticas em

1.3.2.3 Aulas de Prática Hospitalar – Rodízio

No quarto ano do curso, as aulas de prática hospitalar são realizadas durante o

Pequenos e Grandes Animais, Cirurgia de Pequenos e Grandes animais, Reprodução

1.3.2.4 Aulas Práticas de Fazenda

Estas atividades são realizadas semanalmente nas fazendas experimentais da

1.4 Estrutura Curricular

A partir da implantação da nova estrutura curricular na FMVZ, em 2006,

TOTAL DE CRÉDITOS 442

1.4.1 Distribuição da Estrutura Curricular de Acordo com os Conteúdos

No quadro abaixo, está apresentada a nova estrutura curricular do Curso de

CONTEÚDOS ESSENCIAIS DISCIPLINAS

 Reprodução Animal, Inseminação Artificial e

1.4.2. Estrutura Curricular e Ementas

No quadro abaixo, estão relacionadas às disciplinas do Curso de Medicina

Armazenamento e transmissão da informação genética;

um dado organismo pode dispor para defender-se dos agentes

 Sociologia e Extensão Sociologia e sociedade capitalista; características sociais de

aumentar o peso à desmama, diminuir a idade ao abate e

resultados laboratoriais. Compreender a fisiopatologia e a

toxinas produzidas por fungos; plantas tóxicas; venenos de

 Clínicas II (Conjunto de Afecções do aparelho respiratório; afecções do aparelho

1.4.3. Estrutura curricular de acordo com o período de realização das disciplinas

As disciplinas do ciclo básico, ou seja, aquelas oferecidas no primeiro e segundo

se consolidar a visão interdisciplinar proposta pelo Plano de Desenvolvimento

A seguir estão listadas as disciplinas do curso de Medicina Veterinária.

DISCIPLINAS DO CURRÍCULO PARA INGRESSANTES A PARTIR DE 2006

DISCIPLINAS DO CURRÍCULO PARA INGRESSANTES A PARTIR DE 2006

DISCIPLINAS DO CURRÍCULO PARA INGRESSANTES A PARTIR DE 2006

DISCIPLINAS DO CURRÍCULO PARA INGRESSANTES A PARTIR DE 2006

1.3.4. Estágios Supervisionados Obrigatórios do Curso de Medicina Veterinária

Os Estágios Supervisionados Obrigatórios são realizados no quinto ano do Curso