Origem e regulamentação da Biomedicina

17/03/2023, 19:31 Introdução à Biomedicina
Introdução à Biomedicina
Profª. Thaysse Cristina Neiva Ferreira Leite
Descrição
Origem, regulamentação, trajetória e conquistas da Biomedicina.
Propósito
Conhecer o histórico da Biomedicina, bem como o papel dos Conselhos Federal e Regionais, é fundamental
para que os profissionais entendam o cotidiano da profissão.
Objetivos
Módulo 1
A origem da Biomedicina no Brasil
https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/03016/index.html# 1/38
Reconhecer a origem da Biomedicina bem como a sua regulamentação.
Módulo 2
A atuação dos Conselhos de Biomedicina

Distinguir as funções do Conselho Federal de Biomedicina (CFBM) e dos Conselhos Regionais de
Biomedicina (CRBMs).
Introdução
A área da Biomedicina existe há mais de 50 anos, e a procura de estudantes pelo curso é cada vez
maior. O biomédico é um profissional de destaque da Saúde e, em conjunto com médicos,
farmacêuticos e outros, está revolucionando os campos da pesquisa e inovação, assim como tantas
outras áreas em que está inserido. Mas você sabe como surgiu a Biomedicina?
Neste conteúdo, entenderemos a origem desse curso e por que a Biomedicina é considerada a área
da Saúde que mais ganha importância ultimamente. Além disso, veremos como aconteceu o
processo de regulamentação da Biomedicina e todos os seus percalços. Por fim, identificaremos o
papel dos Conselhos Federal e Regionais que regem essa profissão.
1 - A origem da Biomedicina no Brasil

Ao final deste módulo, você será capaz de reconhecer a origem da
Biomedicina bem como a sua regulamentação.
História da Biomedicina
Vamos conhecer, a partir de agora, a história do curso de Biomedicina no Brasil. Para tanto, é necessário
que, antes, apresentemos duas perguntas importantes:
video_library
O que é a Biomedicina? O que faz um
biomédico?
Para responder a essas perguntas, assista a este vídeo, no qual a especialista discorre sobre o que faz um
biomédico e como essa carreira contribui de forma significativa para a área da Saúde.
Professor Dr. José Leal Prado de Carvalho.
A criação da Biomedicina, primeiramente conhecida como Ciências Biológicas, Modalidade Médica ou

Ciências Biomédicas, teve seu início no Brasil em novembro de 1950.
Esse movimento se deu na cidade de Curitiba, no Paraná, pelo professor José Leal Prado de Carvalho,
durante a segunda reunião anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência na cidade.
Durante o evento, discutiu-se quais seriam os princípios básicos para a criação de um novo curso em
Ciências Biomédicas. Em seguida, cerca de um mês após esse simpósio, foi realizada uma reunião para
discutir as ideias básicas desse novo curso, da qual participaram especialistas em Bioquímica, médicos e
biólogos representantes da Escola Paulista de Medicina (UNIFESP), da Universidade de São Paulo (USP), do
Instituto Butantan e do Instituto Biológico.
As disciplinas do currículo básico dos cursos de Medicina e Odontologia eram carentes de docentes
especializados e a grande ideia de criação do curso de Biomedicina era justamente formar docentes para
essas áreas de ciências básicas.
A necessidade por profissionais capacitados nessas áreas surgiu para que não só médicos instruíssem
médicos, mas para que aquelas disciplinas médicas consideradas gerais fossem oferecidas por
profissionais com perfil investigativo de pesquisador, que dialogassem entre as áreas da Medicina e da
Biologia e que tivessem um conhecimento da área Biomédica.
Docentes para as disciplinas básicas das escolas de Medicina e Odontologia.
A partir da aplicação da Lei nº 4.024, de 20 de dezembro de 1961, o regimento da Escola Paulista de

Medicina (EPM) foi modificado e, de acordo com os capítulos III e IV, passou a prever a organização de um
curso de graduação biomédica e de cursos de pós-graduação a nível de mestrado e doutorado não só para
graduados em Ciências Biomédicas, mas também para egressos de outros cursos de graduação.
Então, a partir da segurança de que havia um mercado no país para esses profissionais, o Conselho
Departamental da Escola Paulista de Medicina começou a organizar as condições para o funcionamento
dos cursos de graduação e pós-graduações em Ciências Biomédicas, para a preparação de docentes que
fossem especialistas, mestres e doutores nessa área das ciências.
Além do que foi primeiramente criado, os idealizadores também pensaram no mercado de trabalho privado.
Assim, foi desenvolvida uma estrutura curricular voltada para a formação de profissionais especialistas no
ensino e na pesquisa, mas também nas áreas laboratoriais, entre outras. Dessa forma, o egresso poderia se
dedicar não só à carreira acadêmica, como também poderia trabalhar em laboratórios de análises clínicas,
biológicas, controle biológico, em indústrias alimentícias de fermentação ou farmacêutica e em laboratórios
de anatomia patológica.
Pesquisador na área de Ciências Biomédicas.
Para o credenciamento pelo extinto Conselho Federal de Educação (CFE), foi estabelecido, por meio do
Parecer nº 571/66, o mínimo de conteúdo e a duração dos currículos de bacharelado em Ciências
Biológicas - Modalidade Médica para o ingresso nos cursos de mestrado e doutorado nessa área.
As atividades aplicadas à Medicina ficavam definidas, mas, por outro lado, existia um amplo mercado de
trabalho para profissionais com formação sólida e embasados cientificamente que pretendiam se dedicar à
realização de tarefas laboratoriais vinculadas às atividades médicas. Logo, esses profissionais não
poderiam ser somente operadores dos equipamentos utilizados nas análises laboratoriais, deveriam ser
profundos conhecedores dos fundamentos científicos por trás dos instrumentos.
Professor Dr. Roberto Figueira Santos.
O CFE reconheceu as solicitações das diversas escolas de Medicina do país e fixou o Parecer nº 571/66 e,
em seguida, o Parecer nº 107/70, que teve como relator o professor Dr. Roberto Figueira Santos e
estabelecia os conteúdos relativos a essa área e também a duração do curso de Ciências Biológicas -
Modalidade Médica.
Após esses anos de planejamento e a publicação dos pareceres mencionados, a Biomedicina teve então
seu primeiro curso implementado no Brasil em março do ano de 1966, na Escola Paulista de Medicina
(USP).
Você sabia?
A aula inaugural do curso de Biomedicina foi ministrada pelo professor José Leal Prado de Carvalho, que 16
anos antes apresentou a ideia inicial do curso.
Primeiro grupo de docentes do curso de Biomedicina da Unifesp.
O curso foi um verdadeiro sucesso e obteve grande aceitação e prestígio. Sendo assim, foi favorecida a
implantação em outras universidades, como:
Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) – 1967.
Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (USP) – 1967.
Faculdade de Ciências Médicas e Biológicas de Botucatu (Unesp) – 1967.
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) – 1968.
Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras Barão de Mauá, atual Centro Universitário Barão de Mauá
(Ribeirão Preto, SP) – 1970.
O sucesso da Biomedicina foi tamanho que os alunos egressos dos cursos criados entre 1966 e 1970 foram
prontamente absorvidos para lecionarem nas disciplinas básicas de suas próprias faculdades. Havia um
problema, entretanto, para os egressos que não visavam à área da docência: existia uma grande dificuldade
de inserção no mercado de trabalho fora dessa área porque, embora o curso fosse reconhecido, ainda não
era regulamentado em lei.
E por que isso ocorreu? expand_more
A princípio, o campo de atividade laboratorial, de exames e análises era dominado por

farmacêuticos-bioquímicos e médicos. Dessa forma, as atividades inerentes ao profissional
biomédico foram muito limitadas devido à exigência de forças opostas e, então, a categoria
encontrava-se em uma situação difícil para alavancar.
Regulamentação da Biomedicina
No início da década de 1970, novos cursos começaram a ser oferecidos em diversas instituições com mais
liberdade, sem a intervenção de outras áreas da Saúde. Também foi ocorrendo uma diversificação de
disciplinas ofertadas, abrindo um leque de possibilidades de habilitações para os profissionais egressos,
que estavam limitados à docência e à pesquisa.
Foram então criados os cursos de Biomedicina na Universidade Federal do Pará (UFPA) e na Universidade
Católica de Goiás. Em São Paulo, já era possível realizar o curso de Biomedicina também na Universidade de
Mogi das Cruzes, na Universidade Santo Amaro e na Universidade Metodista de Piracicaba.
Com toda essa expansão dos cursos de Biomedicina nas universidades pelo país, em conjunto com o
quantitativo de alunos graduandos, alunos egressos, docentes, além dos responsáveis pela administração
dos cursos, a necessidade da regulamentação da profissão para uma melhor organização do mercado de
trabalho era notória e foi ganhando força no país inteiro, levando à mobilização de todos os envolvidos.
Então, o movimento para regulamentar a profissão iniciou-se.
Mas você sabe qual é a relevância da regulamentação de uma profissão? expand_more
A regulamentação de uma profissão promove uma série de benefícios para os profissionais, a

começar pelo reconhecimento da sua importância e de seu valor para a sociedade. No caso da
Biomedicina, por ser uma profissão a serviço da saúde, a sua regulamentação era muito desejada
desde a sua criação.
Além disso, existem os benefícios práticos, como a inserção dos profissionais no mercado de
trabalho, a geração de mais empregos e a proteção dos profissionais já empregados, mas que não
estão enquadrados em sua verdadeira ocupação profissional. Essa é uma forma também de comedir
desvios de função. Outros pontos importantes são o aumento da segurança jurídica dos
profissionais atuantes na área, o fortalecimento das associações de classe e a instauração de
salários justos.
Seguindo o movimento, foram surgindo no país, em diversas regiões, associações de classe que visavam
promover um esforço conjunto de profissionais, estudantes, docentes e administrativos, para facilitar a
aprovação de um projeto de lei que regulamentasse a profissão de biomédico no Brasil.
Grupo de biomédicos e estudantes em caravana para Brasília pela regulamentação da profissão.
Saiba mais
Alguns biomédicos ficaram reconhecidos como de suma importância nesse processo, são eles: João Edson
Sabbag, Dácio Eduardo Leandro Campos, Silvio José Cecchi, além dos diretores Nicolau Dinamarco Spinelli,
Domingos João Baptista Spinelli e do advogado Valter de Paula. Alguns estudantes também foram
importantes nesse movimento, como: Linda de Fátima Marques Duarte, Ricardo Cecílio, Ney Piroselli e
Modesto Gravina Neto.
As reuniões entre os envolvidos e aquelas realizadas com contatos políticos garantiram a construção de um
roteiro visando à aprovação da lei de regulamentação da profissão, que apresentava extrema resistência por
parte de outros setores profissionais que atuavam em áreas pleiteadas pelos biomédicos. Não foi uma luta
fácil, porém, com o esforço dos que acreditaram nesse projeto do governo e também na competência das
Instituições de Ensino Superior (IES) que ofertavam os cursos, ocorreu a aprovação da Lei nº 6.684, em 3 de
setembro de 1979, regulamentando a profissão do biomédico, em conjunto com a profissão do biólogo, e
estabelecendo também o seu campo de atuação.
Além disso, os Conselhos Federal e Regional de Biologia e Biomedicina foram criados em conjunto.
Logo em seguida, foi constituída a Lei nº 6.686, de 11 de setembro de 1979, que consentia o exercício das
análises clínico-laboratoriais pelos biomédicos, mas com limitações. De acordo com o artigo 1º dessa lei:
Os atuais portadores de diploma de Ciências Biológicas – Modalidade Médica

e os que venham a concluir o curso até julho de 1983 poderão realizar análises
clínico-laboratoriais, assinando os respectivos laudos, desde que comprovem a
realização de disciplinas indispensáveis ao exercício desta atividade.
(LEI Nº 6686/1979)
Em 30 de agosto de 1982, a partir da Lei nº 7.017, as categorias de biólogos e biomédicos foram

desmembradas e então a criação dos Conselhos Federais e Regionais respectivos a cada profissão foi
autorizada.
Em junho de 1983, por meio do Decreto nº 88.439, houve a regulamentação do exercício da profissão do
biomédico e a publicação dos limites impostos para a atuação nas análises clínico-laboratoriais, o que
diminuía a competência dos profissionais da categoria.
Em seguida, em 26 de outubro de 1983, como uma tentativa de solução rápida para essa imposição, a Lei nº
7.135 foi aprovada, concedendo plenos direitos para a atuação nessa habilitação aos diplomados que
ingressassem no curso até julho de 1983.
Como podemos notar, a trajetória e as conquistas da Biomedicina foram de muita dificuldade e com muitas
manifestações calorosas pelo país, nas quais estudantes, egressos e docentes, em conjunto com as IES,
empenhavam-se na luta para o avanço do curso. Isso também foi observado em relação às limitações ainda
impostas em face das leis nº 6.686 e nº 7.135.
E como se deu esse processo?
As reivindicações pela inconstitucionalidade dessas leis foram encaminhadas ao Supremo Tribunal Federal
(STF). Em 20 de novembro de 1985, por meio da Representação 1256-DF, o STF acatou o pedido dos
biomédicos, declarando inconstitucionais as expressões “venham a concluir o curso até julho de 1983” e
“ingressem no curso até julho de 1983”. Dessa forma, o STF legitimou a atuação do biomédico nas análises
clínicas e agora o profissional passava a ser fiscalizado pelo Conselho Federal de Biomedicina (CFBM) e
pelos Conselhos Regionais de Biomedicina (CRBMs), dos quais falaremos mais à frente.
Você sabia?
O Dia do Biomédico é celebrado em 20 de novembro em virtude desse marco na trajetória de conquistas do
nosso curso!
Em 1988, a partir da Portaria nº 1.425 da Secretaria de Administração Pública, o biomédico teve a

permissão para atuar no Serviço Público Federal. Somente após 10 anos, por meio da Resolução nº 287, de
10 de agosto de 1998, do Conselho Nacional da Saúde, os biomédicos finalmente são enquadrados como
profissionais da Saúde.
O desfecho foi a formação de uma classe forte e unida que, a partir de seu entusiasmo e sua luta, alcançou
seus objetivos e conquistou a regulamentação da profissão e a atuação dos CFBM e CRBM, além de
assegurar por definitivo o direito do biomédico em exercer as análises clínicas.
Desde então, a Biomedicina tem se expandido e conquistando grandes vitórias legais em relação às suas
áreas de atuação.
Comentário
Para a progresso da profissão, foi providencial a atuação de diversas entidades, como: Associação Nacional
dos Biomédicos (ANB); Associação dos Biomédicos do Estado de São Paulo (ABESP); Associação dos
Biomédicos do Estado de Goiás (ABEGO); Associação dos Biomédicos do Estado do Pará (ABIPA);
Associação dos Biomédicos de Ribeirão Preto (ABIRP); e a Sociedade dos Biomédicos de Pernambuco
(SOBIPE).
Panorama atual da Biomedicina

De acordo com a Resolução nº 78, de 29 de abril de 2002, que discorre sobre o ato profissional e fixa o seu
campo de atividade, o biomédico está apto a se habilitar nas seguintes áreas:
Patologia Clínica (Análises Clínicas)
Biofísica
Parasitologia
Microbiologia
Imunologia
Hematologia
Bioquímica
Banco de Sangue
Virologia
Fisiologia
Fisiologia Geral
Fisiologia Humana
Saúde Pública
Radiologia
Imagenologia (excluindo interpretação)
Análises Bromatológicas
Microbiologia de Alimentos
Histologia Humana
Patologia
Citologia Oncológica
Análise Ambiental
Acupuntura
Farmacologia
Genética
Embriologia
Reprodução Humana
Biologia Molecular
Biomedicina estética.
Ao longo dos anos, novas habilitações foram surgindo, são elas:
Perfusão Extracorpórea (Resolução nº 135)
Toxicologia (Resolução nº 135)
Sanitarista (Resolução nº 140)
Anatomia Patológica (Resolução nº 145)
Auditoria (Resolução nº 184)
Biomedicina Estética (Resolução nº 197)
Histotecnologia Clínica (Resolução nº 239)
Monitoramento Neurofisiológico Transoperatório (Resolução nº 245)
Fisiologia do Esporte (Resolução nº 309)
Práticas Integrativas e Complementares em Saúde PICS (Resolução nº 327).
Cinquenta e cinco anos após o surgimento da profissão, o biomédico, que outrora

era limitado a atuar nas áreas de pesquisa, docência e análises clínicas, no ano de
2021 está apto a obter habilitação em até 31 possíveis áreas (organizadas de
acordo com o CFBM).
Essa evolução do curso se deve principalmente às demandas apresentadas pelos discentes e profissionais
que tinham interesse em expandir suas oportunidades de trabalho.
A Biomedicina cresceu e se modernizou. De acordo com dados da plataforma Quero Bolsas, voltada à
aquisição de bolsas de estudo no país, no ano de 2019, o curso de Biomedicina foi um dos 10 mais
pesquisados da área da Saúde (CARVALHO, 2019)! Estima-se que existam mais de 300 faculdades
brasileiras que ofertam o curso, que pode ser realizado na modalidade presencial ou a distância e tem no
mínimo quatro anos de duração.
Você sabia?
Segundo o CFBM, em 2016, existiam mais de 50 mil biomédicos devidamente registrados nos CRBMs e
cerca de 11 mil estudantes de Biomedicina no Brasil (CFBM, 2016).
O painel atual da Biomedicina no Brasil é muito favorável, visto que a área da Saúde de uma forma geral
sempre apresentou grandes oportunidades de trabalho no país. Isso pode ser explicado principalmente pelo
aumento constante da expectativa de vida no país e pela preocupação das pessoas com o bem-estar físico
e emocional. Podemos relacionar essas características com as diferentes áreas de atuação do biomédico,
desde a Pesquisa Científica até a área da Estética, incluída no rol de habilitações há 10 anos.
E a Biomedicina vai além! Diferentemente de outros profissionais, o biomédico permeia por diferentes áreas,
pois atua em laboratórios de análises clínicas, pesquisa científica, fertilização in vitro, na gestão de saúde
pública, em equipes cirúrgicas como perfusionista, no diagnóstico por imagem, no controle de qualidade,
nas análises bromatológicas, nas análises ambientais, entre muitas outras atividades, como vimos acima.
A propósito, vivemos um momento marcado por diferentes epidemias, principalmente virais, como a covid-
19, causada pelo SARS-CoV-2.
E onde o biomédico entra nessa história? Como ele contribui nesse cenário?
O biomédico torna-se indispensável nas pesquisas sobre microrganismos e medicamentos e no

desenvolvimento de vacinas.
Com a chegada do novo coronavírus no Brasil, logo foi iniciado o monitoramento genético para detecção de
variantes de resistência que poderiam estar relacionadas a um poder maior de patogenicidade. Nesse
processo, é interessante ressaltar a atuação da Dra. Jaqueline Goes, uma biomédica que obteve papel de
destaque no enfrentamento da pandemia, pois fez parte da equipe que sequenciou o genoma viral em
menos de 48 horas após a confirmação do primeiro caso de covid-19 no país.
Esse feito foi um marco para a Biomedicina no Brasil, visto que apenas o Instituto Pasteur, na França, havia
obtido um resultado de análise genômica tão acelerado. A cientista está entre as especialistas que
receberam diversas homenagens e é, sem sombra de dúvidas, uma fonte de inspiração para a comunidade
biomédica!
Jaqueline Goes de Jesus.
Ainda no contexto da pandemia, podemos observar o biomédico atuando diretamente em várias frentes,
como, por exemplo, na gestão de qualidade; na responsabilidade técnica vinculada à biossegurança; na
saúde pública; e na vigilância sanitária de programas de auxílio para erradicação de doenças.
O futuro aponta para uma estratégia de defesa contra novos patógenos ao quais sabemos que estamos
expostos e, com isso, o profissional biomédico estará sempre em posição de destaque.
Profissional atuando em acupuntura.
Como o perfil das pessoas no país atualmente tende para um maior cuidado e atenção à autoestima, ao
bem-estar e à saúde, áreas como a Biomedicina Estética e Acupuntura vêm ganhando cada vez mais
destaque.
E falando em Biomedicina Estética, você conhece a Dra. Ana Carolina Puga? expand_more
Biomédica habilitada em Análises Clínicas, a Dra. Ana Carolina Puga é considerada a “mãe” da
Biomedicina Estética, pois foi quem idealizou o projeto para inclusão dessa habilitação, em 2006.
Iniciou-se, então, uma movimentação nacional de estudantes e profissionais interessados no projeto,
e quatro anos depois ela o apresentou em plenária, obtendo êxito.
Em 2011, foi instituída a Resolução nº 197, que dispõe sobre as atribuições do biomédico na área de
Estética. Por conta desse acontecimento, a Dra. Ana Carolina Puga é símbolo de luta para a
comunidade biomédica e tem grande significado de inspiração para os profissionais da área.
Vale ressaltar, no contexto da Biomedicina Estética, o incessante embate contra o ato médico, que
caracteriza os procedimentos estéticos invasivos como sendo de exclusividade dos médicos, embora
sejamos habilitados e capacitados a atuar nessa área.
Comentário
Um outro exemplo de biomédico de destaque é o professor Antonio Brissola Diuana, diretor do Instituto
Biomédico da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO). Antonio comanda a divisão
responsável pelas disciplinas obrigatórias para todos os cursos da área da Saúde da universidade, o que de
fato é uma posição de grande evidência e motivo de orgulho para a nossa profissão!
Dentre as diversas características e destaques do curso de Biomedicina, é importante ressaltar a

contribuição dos profissionais na produção científica indexada internacional. Há 55 anos, quando o curso foi
fundado, o país publicava por ano em torno de 100 artigos científicos; atualmente, as publicações beiram 40
mil! Sem dúvidas, os cursos de graduação biomédica e as pós-graduações voltadas para área contribuem
para esse crescimento exponencial.
Não podemos deixar de comentar, contudo, sobre os desafios e as dificuldades que a profissão enfrenta,
principalmente no que se refere à pesquisa científica e à trajetória acadêmica no país, devido à falta de
apoio financeiro. Outras áreas também necessitam de atenção: o campo da Estética, por mais que esteja
em crescimento, ainda apresenta dificuldade de formação e temos como reflexo os erros divulgados na
mídia, que acabam prejudicando a imagem de toda a classe; a Perfusão e a Imagem são campos que
competem demais com outros profissionais e tais confrontos acabam sendo desgastantes.
Existem vários embates na Justiça para permitir a atuação do profissional biomédico, e de fato obtemos
êxito, mas ainda são pontos de muita atenção e dificuldade na profissão.
A área em que mais temos profissionais habilitados (mais de 70%) e trabalhando é a de Análises Clínicas,
entretanto, a automatização é cada vez mais comum e representa um risco, uma vez que pode acontecer
uma diminuição drástica do número de trabalhadores nesse campo, consequência da implementação de
inteligência artificial. Portanto, é necessário que acompanhemos as novas tecnologias.
E o que fazer diante desse panorama?
Os biomédicos devem se reinventar e explorar novas áreas, buscando sempre novas capacitações. As
tendências apontam para o setor de Gestão em Saúde, Empreendedorismo na área da Saúde, Tecnologias
Digitais e Bioinformática.
Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?

Questão 1
O curso de Biomedicina completou mais de 50 anos de existência no Brasil e passou por variadas
modificações curriculares, incluindo a expansão de suas habilitações. Sobre a origem do curso de
Biomedicina, avalie as afirmativas abaixo.
I. A Biomedicina teve início em 1966 com a implantação do primeiro curso na Escola Paulista de
Medicina com o nome, na época, de Ciências Biológicas - Modalidade Médica.
II. A partir do Parecer nº 107/70, houve a implantação dos primeiros cursos de bacharelado em
Ciências Biológicas - Modalidade Médica.
III. O egresso do curso nesse primeiro momento já era facilmente inserido no mercado de trabalho, visto
que a profissão, assim que criada, foi regulamentada.
IV. Os integrantes das primeiras turmas do curso de Biomedicina, na época Ciências Biológicas -
Modalidade Médica, recebiam uma formação que os direcionava para a docência e a pesquisa.
Está correto o que se afirma em
A I, II e III.
B II e III.
C I, III e IV.
D I e IV.
E I, II e IV.
Parabéns! A alternativa D está correta.
A partir do Parecer nº 107/70, os mínimos de conteúdo e de duração dos cursos de bacharelado em

Ciências Biológicas - Modalidade Médica foram fixados. O egresso do curso nesse primeiro momento
encontrava sérias dificuldades para inserção no mercado de trabalho, visto que a profissão do
Biomédico ainda não era regulamentada.
Questão 2
A Biomedicina foi criada no Brasil no ano de 1966. É sabida a importância de uma profissão ser
regulamentada, principalmente com relação à inserção dos profissionais no mercado de trabalho. Sobre
o processo de regulamentação da profissão de Biomedicina, analise as afirmativas a seguir e marque a
correta.
A profissão de biomédico encontra-se regulamentada pela Lei Federal nº 7.684, de 3 de

A
setembro de 1986.
O Conselho Federal de Biomedicina (CFBM) e o Conselho Regional de Biomedicina

B
(CRBM) foram criados em leis distintas, por possuírem objetivos também distintos.
As atividades dos biomédicos foram regulamentadas juntamente com a criação do

C
curso, a partir da Lei nº 6.684, de 1979.
O biomédico é oficialmente reconhecido como profissional da área de Saúde conforme

D
Resolução nº 287, de 8 de outubro de 1988.
A aprovação da Lei nº 6.684, de 1979, regulamentou a profissão do biomédico em

E
conjunto com a profissão do biólogo e estabeleceu o seu campo de atuação.
Parabéns! A alternativa E está correta.
A Lei nº 6.684, de 1979, regulamentou a profissão do biomédico, bem como a profissão do biólogo.
Esse fato aconteceu mais de 10 anos após a criação do curso de Biomedicina.
2 - A atuação dos Conselhos de

Biomedicina
Ao final deste módulo, você será capaz de distinguir as funções do
Conselho Federal de Biomedicina (CFBM) e dos Conselhos Regionais de
Biomedicina (CRBMs).
O conselho profissional
A palavra profissão é originada do latim professio e remete à ação ou ao efeito de professar. Inicialmente,
esse ato estava vinculado a obrigações, princípios e crenças. A partir do século XVIII, o termo passou a ser
reconhecido como o ato de praticar um ofício, uma ciência ou arte, e indubitavelmente aponta para a sua
origem, pois significa explicar com segurança aquilo que se aprendeu.
Como se sabe, profissionais de todas as áreas de conhecimento surgiram a partir das necessidades da
sociedade que, ao longo do tempo, reconheceu a crescente urgência em prestar diversos serviços de forma
especializada. Sob esse prisma, é importante que essas atividades sejam organizadas de forma a
salvaguardar e priorizar os interesses dessa sociedade, que exige profissionais qualificados e capacitados.
Para que isso aconteça, existem os conselhos das profissões regulamentadas.
A principal função do conselho profissional é orientar os profissionais na execução

de suas funções.
Nesse sentido, levantamos a questão:
Os conselhos profissionais têm o mesmo papel dos sindicatos?
A resposta é não!
Sindicatos
Os sindicatos têm como principal função defender os interesses dos trabalhadores da classe no que se
refere, principalmente, às condições salariais e de trabalho.
close
Conselhos profissionais
Os conselhos regulam e fiscalizam a profissão, para proteger seus profissionais. Além disso, são
órgãos fundados por lei federal, autossuficientes, e podem aplicar sanções a quem infringir seus
regulamentos e até mesmo revogar o direito de exercer a profissão.
Para cada profissão regulamentada é criado um conselho federal, com sede em Brasília, considerado então
uma “autarquia especial ou corporativa”. Além disso, existem também os conselhos regionais, localizados
em cada estado ou abrangendo mais de um estado.
Mas por que existem conselhos federais e regionais?
Cada um tem suas atribuições específicas, que veremos mais à frente.
Conselho Federal de Biomedicina

O Conselho Federal de Biomedicina foi criado no dia 3 de setembro de 1979, a partir da Lei nº 6.684, a
mesma lei que regulamenta a profissão biomédica. Em 30 de agosto de 1982, a Lei nº 6.684 foi alterada
pela Lei nº 7.017.
Suas funções são orientar, disciplinar e zelar pelo exercício do biomédico, bem como elaborar as resoluções
que normatizam as especialidades do biomédico, as habilitações, a Responsabilidade Técnica, o pagamento
da anuidade, a documentação pertinente à inscrição da pessoa jurídica e a conduta profissional de acordo
com o código de ética.
Resoluções
Normas jurídicas que têm como função disciplinar assuntos do interesse, no nosso caso do CFBM, que é um
serviço público federal. Ao longo do seu curso, você irá se deparar com resoluções de outras instâncias
governamentais, como a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), por exemplo.
Brasão do CFBM.
Você deve ter visto que devemos pagar anuidade ao conselho, mas por que devemos nos filiar e pagar a
anuidade?
A partir do momento que o governo transferiu a atribuição de fiscalização das profissões aos conselhos,
também foi decidida a obrigatoriedade da cobrança de anuidade e taxas para que se mantenham as
autarquias em funcionamento. Logo, trata-se de uma contribuição de fiscalização profissional, e para que a
pessoa exerça legalmente a profissão, é necessário estar devidamente registrada no conselho e em dia com
os seus pagamentos.
Atenção
Caso o biomédico exerça sua função sem o devido registro e sem estar em dia com as anuidades, é cabível
a aplicação de sanções conforme o Código de Ética da Biomedicina (Resolução do CFBM nº 330 de 2020).
Além disso, falamos em responsabilidade técnica, você sabe o que é?
Responsabilidade técnica é a obrigação de responder às ações profissionais dentro do quadro de princípios

éticos e da legislação vigente. A Resolução nº 78, de 29 de abril de 2002, discorre sobre as normas da
responsabilidade técnica dos biomédicos em estabelecimentos pertinentes às suas atividades e revela que
os serviços técnicos oferecidos pelo estabelecimento são subordinados ao responsável técnico
hierarquicamente.
De acordo com o Decreto nº 88.439, de 1983, o CFBM também tem as seguintes responsabilidades
principais:
I. eleger, dentre os seus membros, por maioria absoluta, o seu Presidente e o

Vice-Presidente, cabendo ao primeiro, além do voto comum, o de qualidade;
II. indicar, dentre os seus membros, o Secretário e o Tesoureiro, a serem

nomeados pelo Presidente;
III. exercer função normativa, baixar atos necessários à interpretação e

execução do disposto neste Regulamento e à fiscalização do exercício
profissional, adotando providências indispensáveis à realização dos objetivos
institucionais;
IV. supervisionar a fiscalização do exercício profissional em todo território

nacional;
V. organizar, propor instalação, orientar e inspecionar os Conselhos Regionais,

fixar-Ihes jurisdição e examinar suas prestações de contas, neles intervindo
desde que indispensável ao restabelecimento da normalidade administrativa e
financeira ou a garantia da efetividade ou princípio da hierarquia institucional;
IX. apreciar e julgar os recursos de penalidade imposta pelos Conselhos

Regionais;
X. fixar o valor das anuidades, taxas, multas e emolumentos devidos pelos

profissionais e empresas aos Conselhos Regionais a que estejam
jurisdicionados;
XIV. instituir o modelo das carteiras e cartões de identidade profissional;
XXIII. promover a realização de congressos e conferências sobre o ensino, a

profissão e a prática da Biomedicina.
(DECRETO Nº 88.439/1983)
Estrutura do Conselho Federal de Biomedicina

O CFBM é composto pelos conselheiros titulares, que devem ser profissionais biomédicos natos ou
naturalizados, ocupados nos seguintes cargos: presidente, vice-presidente, tesoureiro, secretários
(totalizando 10 membros) e conselheiros suplentes (também são 10 membros).
A administração do CFBM é exercida por uma diretoria executiva, composta por um presidente, um vice-
presidente, um secretário-geral e um tesoureiro. Na hierarquia acima da diretoria executiva, temos a plenária
do conselho federal, um órgão deliberativo composto por 10 membros efetivos, eleitos por um colégio
eleitoral e formado por representantes de cada conselho regional, que serão responsáveis por indicar a
diretoria executiva e, em seguida, indicar os demais membros da diretoria. Tanto a plenária como a diretoria
executiva têm mandato de 4 anos.
E para que serve um conselheiro? expand_more
Literalmente significa aquele que orienta, define, recomenda e sugere ideias. No contexto
profissional, o termo conselheiro refere-se a indivíduos que se reúnem e discutem em prol de
assuntos da classe profissional com a finalidade de chegar a um consenso.
Qualquer profissional biomédico regularizado no conselho e em dia com suas obrigações

profissionais pode ser um conselheiro, com exceção dos profissionais biomédicos com cargos de
fiscais dos conselhos regionais, sindicatos e entidades de fiscalização profissional.
Conheça melhor a organização da estrutura do CFBM, representada na imagem a seguir.
Organograma do CFBM.
Existem ainda órgãos de apoio, como as comissões permanentes, a comissão de legislação e norma, a
comissão fiscal, a comissão de ética, a comissão de habilitação, a comissão de saúde, a comissão de
educação e a comissão de imprensa e relações internacionais. Também compõem o conselho as
assessorias técnicas (assessoria jurídica, contábil), o apoio administrativo (secretaria executiva,
empregados e prestadores eventuais de serviços) e o apoio parlamentar e institucional (assessores de
diretoria e assessores parlamentares). O CFBM também pode instituir comissões transitórias e grupos de
trabalhos, que realizarão atividades específicas, de acordo com as suas necessidades institucionais.
Comentário
Para conhecer mais sobre a estrutura interna do CFBM, as competências de cada cargo e os órgãos de
apoio, não deixe de visitar a seção Explore +.
Conselho Regional de Biomedicina (CRBM)

Como mencionamos, assim como o CFBM, os Conselhos Regionais de Biomedicina foram criados pela Lei
nº 6.684, de 3 de setembro de 1979, alterada pela Lei nº 7.017, de 30 de agosto de 1982.
Os CRBMs são organizados nos moldes do CFBM, compostos de plenária, diretoria executiva, comissões
permanentes, comissões provisórias e colaboradores. Além desses, integram os conselhos os órgãos
auxiliares de administração formado por funcionários que deverão ser aprovados pela plenária.
Diferentemente do CFBM, a plenária do conselho regional, órgão supremo e deliberativo, é composta pelos
conselheiros titulares e efetivos.
A diretoria é composta por presidente, vice-presidente, primeiro-secretário, segundo-secretário, primeiro

tesoureiro, segundo tesoureiro, mais quatro conselheiros titulares e dez conselheiros suplentes em um
mandato de 4 anos.
Existem dois tipos de comissões que compõem os CRBMs: as permanentes e as provisórias.
Comissões permanentes
São compostas por membros escolhidos pela diretoria, e são designadas ao exercício dos regimentos e
códigos aprovados pelo CFBM com atributo de fiscalizar a situação financeira da autarquia, executar o
código de ética da profissão, instituir exercício ético profissional, determinar sobre a atuação profissional e
os métodos de inscrição ou atualização do profissional, entre outras atribuições. Podemos citar como
exemplos de comissões permanentes:
Comissão científica – Busca um relacionamento com as universidades e os centros de estudo; procura

informações sobre os congressos, simpósios e eventos científicos em geral que tenham correlação com a
Biomedicina para ampla divulgação; e promove eventos e encontros científicos entre os biomédicos.
Comissão de ensino e docência – Analisa e posiciona-se com relação a assuntos inerentes às áreas de
atuação do biomédico.
Comissões provisórias
Têm como função auxiliar a plenária em assunto que não seja de competência das comissões
permanentes. Essas comissões são formadas por especialistas de acordo com a sua designação, e estes
são escolhidos por reconhecimento ou mesmo pela plenária. Seus membros não precisam
obrigatoriamente ser conselheiros, mas a supervisão de seus trabalhos deve ser feita por um componente
do colegiado. São exemplos de comissões provisórias:
Comissão de assuntos regulatórios – Age na operação de demandas em conjunto com o Ministério da

Saúde (MS), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e outros órgãos relacionados à Saúde.
Comissão de Biomedicina Estética – Define sobre assuntos relativos a essa habilitação; ajusta pareceres;
realiza atendimentos aos profissionais; e presta auxílio às comissões de ética e ensino e docência.
Na imagem abaixo, podemos ver, como exemplo, a organização do CRBM 4a região.
Organograma do CRBM 4ª Região.
Atenção
Embora a estrutura do conselho deva ser a mesma, a organização varia de conselho para conselho e de
acordo com a diretoria. Assim, não estranhe se, ao entrar em outro conselho, encontrar uma organização
um pouco diferente da imagem acima.
Segundo a RDC CFBM n° 119, de 31 de março de 2006, que aprova o regulamento eleitoral para os
Conselhos Regionais, todos os biomédicos registrados têm a obrigatoriedade de participar dos processos
eleitorais para composição dos membros dos CRBMs (como diretores, conselheiros titulares e conselheiros
suplentes).
As eleições acontecem a cada 4 anos. Sobre a formação das chapas, existe um regulamento que é
publicado no Diário Oficial da União, abrindo o prazo de 30 dias para a inscrição. Para participação em uma
chapa, existem alguns requisitos:
I – Cidadania brasileira;
II – Habilitação profissional na forma da legislação em vigor;
III – Pleno gozo dos direitos profissionais e civis;
IV – Inexistência de condenação em processo regularmente concluído;
V – Mínimo de dois anos de inscrição definitiva em CRBM, na data da

publicação desta Resolução;
VI – Estar em dia com o pagamento das anuidades do CRBM, até a data do

encerramento do registro de chapas.
(RDC CFBM N° 119/2006)
No processo eleitoral do CRBM, o voto é universal, direto, secreto e obrigatório — salvo para os profissionais
com idade acima de 70 anos; os que estiverem fora da sua área de jurisdição (desde que realizem a
justificativa de ausência sob pena de multa); os enfermos e os de inscrições secundárias.
É importante frisar que o biomédico precisa estar em dia com seus débitos junto ao conselho para que o
seu voto seja válido. Além disso, o biomédico que não tenha votado deve justificar sua ausência perante o
Conselho Regional em até 30 dias, sob pena de multa.
Competências do Conselho Regional de Biomedicina

(CRBM)
De acordo com o Decreto nº 88.439, de 1983, as principais competências do CRBM são:
III. elaborar a proposta de seu Regimento, bem como as alterações,

submetendo a aprovação do Conselho Federal;
IV. julgar e decidir, em grau de recurso, os processos de infração ao presente

Regulamento e ao Código de Ética;
VII. expedir a Carteira de Identidade Profissional e o Cartão de Identificação

aos profissionais registrados, de acordo com o currículo efetivamente
realizado;
VIII. organizar, disciplinar e manter atualizado o registro dos profissionais e

pessoas jurídicas que, nos termos deste Regulamento, se inscrevam para
exercer atividades de Biomedicina na região;
XI. fiscalizar o exercício profissional na área da sua jurisdição, representando,

inclusive, as autoridades competentes, sobre os fatos que apurar e cuja
solução ou repressão não seja de sua alçada;
XII. cumprir e fazer cumprir as disposições deste Regulamento, das resoluções

e demais normas baixadas pelo Conselho Federal;
XII. cumprir e fazer cumprir as disposições deste Regulamento, das resoluções

e demais normas baixadas pelo Conselho Federal;
XIV. julgar as infrações e aplicar as penalidades previstas neste Regulamento e

em normas complementares do Conselho Federal.
Autor, 2021
video_library
Dúvidas frequentes sobre atuação
profissional.
Neste vídeo, ao especialista irá responder algumas perguntas que são consideradas dúvidas frequentes
sobre as áreas de atuação do profissional biomédico.
Os CRBMs no Brasil
Agora que entendemos a estrutura básica dos conselhos regionais e suas competências, vamos entender
como eles estão distribuídos no país e quando foram criados.
Em 1989, a partir das resoluções nº 19, 20, 21 e 22, foram criados os Conselhos Regionais de Biomedicina
da Primeira, Segunda, Terceira e Quarta Região, respectivamente. Mais recentemente, a partir da Resolução
nº 270, de 25 de novembro de 2016, o CRBM da Sexta Região foi criado. Logo, a jurisdição dos CRBMs no
Brasil é dividida em seis regiões, e cada uma responde por diferentes estados de modo a compreender
todas as unidades federativas do país, conforme ilustrado a seguir:
urisdição
Poder atribuído a uma autoridade para fazer cumprir determinadas categorias de lei.
Distribuição dos CRBMs de acordo com as regiões.
No Brasil, temos 26 estados mais o Distrito Federal e apenas 6 CRBMs, por isso, os Conselhos Regionais,
em geral, abrangem mais de uma unidade federativa. Veja a seguir as unidades contempladas por cada
região.
CRBM-1
É responsável por Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro e São Paulo.
CRBM-2
É responsável por Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e
Sergipe.
CRBM-3
É responsável pelo Distrito Federal e por Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais e Tocantins.
CRBM-4
É responsável por Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia e Roraima.
CRBM-5
É responsável por Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
CRBM-6
É responsável apenas pelo Paraná.
A sede de cada região fica em determinado estado, por exemplo, no caso do CRBM-1, a sede é localizada no
estado de São Paulo. No Rio de Janeiro existe uma única Seccional e Delegacia Regional, já no Espírito
Santo existe uma Seccional e uma Delegacia separadas. Essas instituições representam a sede, tornando
mais fácil e ágil a interação entre os conselhos e os profissionais. Os delegados são biomédicos e
representam o conselho na organização de serviços e na fiscalização da determinada jurisdição.
Após concluir a graduação em Biomedicina, o biomédico deve dar entrada na inscrição no CRBM
correspondente à sua região.
É muito importante que os profissionais estejam com o registro ativo para atuar! Há ainda outro ponto
relevante a ser salientado: o profissional só pode atuar nas regiões em que tem registro ativo.
Exemplo
Ana se graduou em uma universidade no estado de São Paulo, logo, deverá se cadastrar no CRBM-1, que
corresponde à 1ª região. O conselho então irá protocolar e registrar os documentos e dados profissionais da
Ana e, em seguida, será gerado o boleto relativo às taxas e à anuidade de forma proporcional.
Uma vez que Ana obteve um registro no CRBM-1, só poderá trabalhar nos estados do ES, MS, RJ e SP.
Entretanto, caso hipoteticamente seja aprovada em um concurso no estado da Bahia e resolva assumir o
cargo, então ela deve se inscrever no CRBM-2 para se tornar apta a atuar nesse estado.
Logo, é importante destacarmos que, para a atuação profissional, é necessário estar registrado no seu
devido CRBM, pois isso garante confiança e credibilidade tanto para o profissional quanto para a sociedade.
Modelo de carteira do CRBM.
Cabe ressaltar que o registro não é somente um “passaporte” para o biomédico desempenhar as suas
funções, mas sim uma forma de proteção contra os maus profissionais e contra aqueles que exercem a
profissão sem ter formação.
Existem vários benefícios da atuação dos conselhos para os profissionais, tais como: proteção contra a
concorrência desleal de pessoas que não são habilitadas; garantia da qualidade; e incentivo e busca pela
evolução constante de seus profissionais.
Vejamos um exemplo muito interessante de apoio do conselho à categoria:
As mudanças no Código de Ética expand_more
Muitos biomédicos estavam insatisfeitos com o Código de Ética profissional, visto que sua última
versão era do ano de 2011 e estava muito desatualizada.
Várias partes eram imprecisas e confusas, então a classe necessitava de uma revisão,
principalmente, no que dizia respeito aos limites de publicidade e propaganda da atividade
biomédica, em quaisquer áreas de atuação.
Foi então que o CFBM estabeleceu o novo Código de Ética, mediante a Resolução nº 330, de 5 de
novembro de 2020, atendendo aos anseios dos profissionais.
Sabemos que muitas vitórias foram conquistadas pela classe biomédica, visto que o curso se iniciou com
foco em formar docentes e pesquisadores e, atualmente, temos mais de 31 possíveis áreas de atuação
(incluindo Biomedicina Estética, Imagenologia, Reprodução Humana, Genética Forense, entre outras),
possibilitando que o profissional atue em diferentes campos, desde que plenamente habilitado. Isso se deve
ao empenho dos nossos conselhos, o que torna o curso de Biomedicina extremante diversificado e
dinâmico, e faz com que seja um dos cursos mais procurados na área da Saúde.
Vale destacar que muitos concursos, antes restritos a outros profissionais, agora incluem os biomédicos,
principalmente na área de Análises Clínicas. Contudo, existem os casos dos concursos que oferecem vagas
que os biomédicos podem exercer, mas não têm o curso como pré-requisito no edital.
E então, o que fazer?
Nesse caso, é necessário que o profissional entre em contato com o conselho e encaminhe o edital do
concurso, para que seja enviado um mandado de segurança para alteração do edital e inclusão do
biomédico.
Exemplo
Em 2011, foi lançado um edital para a Fundação Saúde do Estado do Rio de Janeiro. No primeiro edital, as
vagas para trabalhar em análises clínicas e nos serviços de hemoterapia, imuno-hematologia e HLA — locais
em que biomédicos habilitados em Banco de Sangue podem atuar — estavam apenas destinadas para
biólogos. Assim, alguns biomédicos e farmacêuticos interessados em concorrer às vagas entraram em
contato com o CRBM de sua jurisdição e encaminharam o edital. Após esse movimento, o conselho entrou
com mandado de segurança e o edital foi retificado, incluindo os biomédicos e farmacêuticos bioquímicos
como profissionais aptos a concorrer a essas vagas.
No ano de 2021, também tivemos um grande ganho: o CFBM garantiu na Justiça o direito aos biomédicos
de participarem do concurso do Exército do estado do Rio de Janeiro.
A demanda pela profissão aumenta cada dia mais, e o conhecimento extenso na área biomédica é nossa
maior vantagem!
Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
Para que os profissionais garantam segurança e resguardo em suas atividades, é necessário que a
profissão seja regida por um conselho federal. Sobre o Conselho Federal de Biomedicina (CFBM), julgue
as afirmativas a seguir:
I. Busca fiscalizar o exercício profissional na área da sua jurisdição.
II. Tem como principal missão orientar, disciplinar e zelar pela atividade profissional do biomédico.
III. Foi instituído 10 anos após a regulamentação da profissão biomédica.
IV. Fixa os valores das anuidades, taxas e multas.
Está correto o que se afirma em
A I, II e III.
B I e III.
C II e III.
D II e IV.
E I, II, III e IV.
Parabéns! A alternativa D está correta.
O CFBM foi instituído em 1979, logo no momento da regulamentação da profissão de Biomedicina, e

tem como principal missão orientar, zelar e disciplinar o profissional. Esse órgão é responsável por
estabelecer os valores da anuidade, bem como taxas e multas que são aplicadas pelos CRBMs. O
CRBM é responsável por fiscalizar o exercício profissional na área da sua jurisdição.
Questão 2
O Conselho Regional de Biomedicina (CRBM) é regido por leis e resoluções oriundas do CFBM e do
Governo Federal. Sobre essa autarquia, assinale a alternativa correta.
Existem cinco divisões regionais (CRBM-1, 2, 3, 4 e 5), cada uma pertencente à sua
A
respectiva jurisdição.
B Cabe aos conselhos regionais a expedição da carteira de identidade profissional.
C É função do CRBM estipular o piso salarial dos profissionais biomédicos.
D É de competência do CRBM fixar os valores das multas e taxas.
E O CRBM-1 engloba os seguintes estados: RJ, SP, MG e ES.
Parabéns! A alternativa B está correta.
Existem seis Conselhos Regionais de Biomedicina (CRBM-1 a CRBM-6). O CRBM-1 é responsável pelos
estados Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro e São Paulo. É função dos CRBMs expedir
as carteiras de identidade profissional após o registro e pagamento da anuidade por parte do
profissional. É competência do CFBM fixar valores das multas e taxas. Os sindicatos estipulam o piso
salarial dos profissionais biomédicos.
Considerações finais
Ao longo deste conteúdo, vimos como ocorreu a criação do curso de Biomedicina e toda sua
regulamentação. Além disso, conhecemos o panorama geral do curso após mais de 50 anos de sua criação.
Assim, foi possível verificar que a Biomedicina tem se consolidado entre os cursos da área da Saúde,
obtendo cada vez mais áreas de atuação e posição de destaque, bem como demonstrando a eficácia e a
qualificação de seus profissionais no país.
Aprendemos também que o CFBM e os CRBMs constituem importantes órgãos para a vida profissional do
biomédico. Cada entidade tem as suas competências, e os profissionais devem compreendê-las para um
correto exercício da profissão. Além disso, os conselhos são importantes para que os biomédicos
registrados gozem de seus direitos e tenham sempre segurança ao longo de suas trajetórias profissionais.
headset
Podcast
Neste podcast, a especialista responderá algumas perguntas sobre a fiscalização profissional pelo CRBM.
Referências
CARVALHO, P. Veja os salários dos 11 cursos mais procurados na área da Saúde. Quero Bolsa, 18 fev. 2019.
Consultado na internet em: 10 out. 2021.
CONSELHO FEDERAL DE BIOMEDICINA. CFBM. Código de Ética da Profissão de Biomédico. Consultado na

internet em: 10 out. 2021.
CONSELHO FEDERAL DE BIOMEDICINA. CFBM. História da Biomedicina. Consultado na internet em: 10 out.
2021.
CONSELHO FEDERAL DE BIOMEDICINA. CFBM. Presente em mais de 20 países, a Biomedicina é uma das
ciências que mais se destaca na área da Saúde. 5 jul. 2016. Consultado na internet em: 10 out. 2021.
CONSELHO REGIONAL DE BIOMEDICINA. CRBM. Regulamentação. Consultado na internet em: 10 out. 2021.
RAMALHO, J. R. Reflexão sobre o papel dos sindicatos na atualidade. Sisejufe, Rio de Janeiro, 31 out. 2020.
Consultado na internet em: 10 out. 2021.
Explore +
Para aprofundar seus conhecimentos sobre o conteúdo estudado:
Pesquise a entrevista com a biomédica Janaína Naumann, com o título Janaína Naumann: “A sociedade
reconhecerá a nossa importância quando conhecer melhor nossas atividades”, de 16 de agosto de 2016,
disponível no site do CRBM-6, e saiba um pouco da sua trajetória como conselheira do CRBM.
Leia a reportagem Presente em mais de 20 países, a Biomedicina é uma das ciências que mais se
destaca na área da saúde, disponível no site do CFBM, que fala sobre a Biomedicina no Brasil e em outros
países.
Leia a reportagem Como trabalhar como Biomédico fora do Brasil?, de Brunno Câmara, publicada no blog
Biomedicina Padrão.
Leia a reportagem Cinquenta anos de história, no portal da Unifesp, que fala sobre as conquistas
acumuladas pelo curso de Biomedicina no desenvolvimento da pesquisa e na formação de cientistas.
Leia a Resolução CFBM nº 236, de 5 de dezembro de 2013, a Resolução CFBM nº 54, de 17 de novembro
de 2000, e a Resolução CFBM nº 119, de 31 de março de 2006, respectivamente, para saber como é a
estrutura interna do CFBM, dos CRBMs e conhecer o regulamento eleitoral.

Origem e regulamentação da Biomedicina

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Origem e regulamentação da Biomedicina

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17/03/2023, 19:31 Introdução à Biomedicina

Origem, regulamentação, trajetória e conquistas da Biomedicina.

A origem da Biomedicina no Brasil

Reconhecer a origem da Biomedicina bem como a sua regulamentação.

A atuação dos Conselhos de Biomedicina

1 - A origem da Biomedicina no Brasil

Professor Dr. José Leal Prado de Carvalho.

A criação da Biomedicina, primeiramente conhecida como Ciências Biológicas, Modalidade Médica ou

Docentes para as disciplinas básicas das escolas de Medicina e Odontologia.

A partir da aplicação da Lei nº 4.024, de 20 de dezembro de 1961, o regimento da Escola Paulista de

Pesquisador na área de Ciências Biomédicas.

Professor Dr. Roberto Figueira Santos.

Primeiro grupo de docentes do curso de Biomedicina da Unifesp.

Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) – 1967.

Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (USP) – 1967.

Faculdade de Ciências Médicas e Biológicas de Botucatu (Unesp) – 1967.

Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) – 1968.

E por que isso ocorreu? expand_more

A princípio, o campo de atividade laboratorial, de exames e análises era dominado por

Mas você sabe qual é a relevância da regulamentação de uma profissão? expand_more

A regulamentação de uma profissão promove uma série de benefícios para os profissionais, a

Grupo de biomédicos e estudantes em caravana para Brasília pela regulamentação da profissão.

Os atuais portadores de diploma de Ciências Biológicas – Modalidade Médica

Em 30 de agosto de 1982, a partir da Lei nº 7.017, as categorias de biólogos e biomédicos foram

E como se deu esse processo?

Em 1988, a partir da Portaria nº 1.425 da Secretaria de Administração Pública, o biomédico teve a

Panorama atual da Biomedicina

Patologia Clínica (Análises Clínicas)

Imagenologia (excluindo interpretação)

Ao longo dos anos, novas habilitações foram surgindo, são elas:

Perfusão Extracorpórea (Resolução nº 135)

Toxicologia (Resolução nº 135)

Sanitarista (Resolução nº 140)

Anatomia Patológica (Resolução nº 145)

Auditoria (Resolução nº 184)

Biomedicina Estética (Resolução nº 197)

Histotecnologia Clínica (Resolução nº 239)

Monitoramento Neurofisiológico Transoperatório (Resolução nº 245)

Fisiologia do Esporte (Resolução nº 309)

Práticas Integrativas e Complementares em Saúde PICS (Resolução nº 327).

Cinquenta e cinco anos após o surgimento da profissão, o biomédico, que outrora

O biomédico torna-se indispensável nas pesquisas sobre microrganismos e medicamentos e no

Jaqueline Goes de Jesus.

Profissional atuando em acupuntura.

Dentre as diversas características e destaques do curso de Biomedicina, é importante ressaltar a

E o que fazer diante desse panorama?

Falta pouco para atingir seus objetivos.

Vamos praticar alguns conceitos?

Está correto o que se afirma em

Parabéns! A alternativa D está correta.

A partir do Parecer nº 107/70, os mínimos de conteúdo e de duração dos cursos de bacharelado em

A profissão de biomédico encontra-se regulamentada pela Lei Federal nº 7.684, de 3 de

O Conselho Federal de Biomedicina (CFBM) e o Conselho Regional de Biomedicina

As atividades dos biomédicos foram regulamentadas juntamente com a criação do

O biomédico é oficialmente reconhecido como profissional da área de Saúde conforme

A aprovação da Lei nº 6.684, de 1979, regulamentou a profissão do biomédico em

Parabéns! A alternativa E está correta.

2 - A atuação dos Conselhos de

A principal função do conselho profissional é orientar os profissionais na execução

Nesse sentido, levantamos a questão:

Os conselhos profissionais têm o mesmo papel dos sindicatos?

Mas por que existem conselhos federais e regionais?

Cada um tem suas atribuições específicas, que veremos mais à frente.