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Histórico:
A Comissão da Câmara de Educação Superior (CES) do Conselho Nacional de
Educação (CNE) analisou as Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em
Medicina (DCNs Medicina) de 2001, e diante das novas demandas da área da saúde no Brasil,
para propor as atuais DCNs Medicina, considerou:
Configura, assim, uma proposta das novas DCNs Medicina como fruto de um trabalho
coletivo que lhe confere transparência e legitimidade.
É importante recuperar a ideia de que saúde, antes de ser o objeto de trabalho dos
profissionais e dos serviços da área, é um tema da vida de todas as pessoas. Para todos nós,
humanos, a ideia de doença e de saúde encontra-se muito próxima do que cada um considera
“sentir-se bem” ou “sentir-se mal”. Essa percepção varia de pessoa para pessoa e depende de
cada cultura, da religião, do meio em que cada um está inserido. Além disso, saúde e doença
não são conceitos definitivos, nem opostos. Ambos se referem à sobrevivência, à qualidade de
vida ou à própria produção da vida. A saúde pode ser compreendida, então, como a
capacidade de cada um de enfrentar situações novas, como a margem de tolerância que cada
um tem para enfrentar e superar as adversidades da própria vida. Isto significa dizer que cada
pessoa tem capacidades próprias para administrar, de forma autônoma, as tensões do meio
com as quais ela precisa conviver. Vivemos com saúde, convivendo e equilibrando nosso
organismo, mesmo com as anomalias, as tensões e os desconfortos. Com quantos
“diagnósticos” todos nós convivemos em nossa vida “saudável”, plena de realizações e
potência? Por outro lado, quantos desconfortos – claramente sentidos por nós – não são
compreendidos como problemas pelos profissionais de saúde? Isto nos remete à idéia da
singularidade de cada ser vivo. Assim, é necessário trabalhar com um conceito que atenda às
particularidades das pessoas em sua percepção do que é saúde e doença.
As ciências da saúde, no entanto, trabalham muito fortemente com a referência dos
processos biológicos como centralidade para compreender a saúde e a doença, como se esse
fosse o único marco orientador capaz de produzir explicações legítimas e satisfatórias, ou seja,
“a verdade”. No entanto, o processo da gênese dos estados patológicos é complexo. Sempre
estão nele envolvidos diferentes fatores e nem sempre é possível identificar um agente
etiológico preciso. E mesmo quando há o agente, há outros elementos (conhecidos e
desconhecidos) que interferem no processo.
a) Carga horária mínima de 7200 h (sete mil e duzentas horas) e limite mínimo de 6 (seis) anos
para integralização;
b) Currículo que propicie sólida formação geral, necessária para que o futuro graduado possa
vir a superar os desafios de renovadas condições de exercício profissional e de produção do
conhecimento, permitindo variados tipos de formação e habilitações diferenciadas em um
mesmo programa;
I - Atenção à saúde: Os profissionais de saúde, dentro de seu âmbito profissional, devem estar
aptos a desenvolver ações de promoção, prevenção, tratamento e reabilitação de condições
de saúde-doença, tanto no âmbito individual quanto coletivo. A atenção à saúde deve ser
pautada por princípios éticos e científicos. As ações de cuidado devem considerar a dimensão
da diversidade biológica, subjetiva, étnico-racial, gênero, identidade de gênero, orientação
sexual, socioeconômica, política, ambiental, cultural e demais aspectos que compõem o
espectro da diversidade humana e que singularizam cada pessoa ou cada grupo social. O
direito à saúde e à qualidade de vida devem ser defendidos como valores de cidadania e de
dignidade humana. As capacidades de atenção à saúde conformam uma área do perfil de
competência médica orientada à defesa do(a):
3.5. Competências:
Subáreas:
4. Objetivo: