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Processo de Educação Permanente

A denominada Educação Permanente em Saúde (EPS) surge em meados da década de 1980,


tendo sido disseminada pelo Programa de Desenvolvimento de Recursos Humanos da Organização Pan-
Americana de Saúde (OPAS).

A OPAS cria uma diferenciação entre os termos educação permanente e educação continuada,
considerando a última mais reducionista.
Política de Educação Permanente
Constituição Federal (Artigo 200): “ao Sistema Único de Saúde compete, além de outras
atribuições, nos termos da lei, ordenar a formação de recursos humanos na área da saúde”.

Reforma Sanitária Brasileira: a formação profissional passou a ser reconhecida como fator
essencial para o processo de consolidação.

Secretaria de Gestão de Trabalho e da Educação em Saúde (SGTES/2003): assumiu a


responsabilidade de formular políticas orientadoras da gestão, formação, qualificação e regulação dos
trabalhadores da saúde no Brasil.
Política de Educação Permanente

Política Nacional de Educação Permanente em Saúde (Origem: PRT MS/GM 198/2004)


Art. 1º Fica instituída a Política Nacional de Educação Permanente em Saúde (PNEPS).

Parágrafo Único. A Política Nacional de Educação Permanente em Saúde deve considerar as


especificidades regionais, a superação das desigualdades regionais, as necessidades de formação e
desenvolvimento para o trabalho em saúde e a capacidade já instalada de oferta institucional de ações
formais de educação na saúde. (Origem: PRT MS/GM 1.996/2007, Art. 1º, Parágrafo Único).
Política de Educação Permanente

A implantação desta Política, implica em trabalho articulado entre o sistema de saúde (em suas
várias esferas de gestão) e as instituições de ensino, colocando em evidência a formação e o
desenvolvimento para o SUS como construção da Educação Permanente em Saúde.

A Educação Permanente é aprendizagem no trabalho, onde o aprender e o ensinar se


incorporam ao quotidiano das organizações e ao trabalho.
Política de Educação Permanente
A Política Nacional de Educação Permanente em Saúde explicita a relação da proposta com os
princípios e diretrizes do SUS, da Atenção Integral à Saúde e a construção da Cadeia do Cuidado
Progressivo à Saúde na rede do SUS.

Ruptura com o conceito de sistema verticalizado para trabalhar com a ideia de rede, de um
conjunto articulado de serviços básicos, ambulatórios de especialidades e hospitais gerais e
especializados, assegurando adequado acolhimento e responsabilização pelos problemas de saúde das
pessoas e das populações.
Ofertas Educacionais para o PMMB
- Portaria Interministerial 1.369 de 08 de julho de 2013:
• Art. 2º O Projeto Mais Médicos para o Brasil tem a finalidade de aperfeiçoar médicos na atenção
básica em saúde em regiões prioritárias para o Sistema Único de Saúde (SUS), mediante oferta
de curso de especialização por instituição pública de educação superior e atividades de ensino,
pesquisa e extensão, que terá componente assistencial mediante integração ensino-serviço.

- Lei nº 12.871, de 22 de outubro de 2013:


• Institui o Programa Mais Médicos, altera as Leis no 8.745, de 9 de dezembro de 1993, e no 6.932,
de 7 de julho de 1981, e dá outras providências.
• “Institui o Programa Mais Médicos com a finalidade de formar recursos humanos na área médica
para o Sistema Único de Saúde (SUS).”
Ofertas Educacionais para o PMMB
- Carga horária semanal: 8 horas;

- Atividades acadêmicas:
Curso de Especialização em Saúde da Família;
Curso de Especialização em Saúde Indígena (DSEIs);
Eixo Aperfeiçoamento e Extensão – 2º ciclo formativo (UFRN e UFMA).
Telessaúde (https://plataformatelessaude.ufrgs.br)

Programa Nacional Telessaúde Brasil Redes:

Instituído por meio da Portaria do Ministério da Saúde nº 35 de janeiro de 2007, e redefinido e


ampliado por meio da Portaria MS nº 2.546, publicada no dia 27 de outubro 2011.

Possibilita o fortalecimento e a melhoria da qualidade do atendimento da atenção básica no


Sistema único de Saúde (SUS), integrando Educação Permanente em Saúde (EPS) e apoio assistencial por
meio de ferramentas e tecnologias da informação e comunicação (TIC).
Telessaúde
É constituído por Núcleos Estaduais, Intermunicipais e Regional, que desenvolvem e ofertam serviços
específicos para profissionais e trabalhados do SUS, sendo eles:

TELECONSULTORIA
Esclarecimento de dúvidas sobre procedimentos clínicos, ações de saúde e questões relativas a
processo de trabalho no formato de pergunta e resposta entre profissionais de saúde.
Funciona de duas maneiras: síncrona - realizada em tempo real, geralmente por chat,
webconferência, videoconferência ou serviço telefônico; assíncrona - realizada por meio de mensagens
offline que devem ser respondidas em até 72h.
Telessaúde
SEGUNDA OPINIÃO FORMATIVA
Resposta sistematizada, construída com base em revisão bibliográfica, evidências científicas e
clínicas a perguntas originadas das teleconsultorias.
As melhores teleconsultorias são selecionadas a partir de critérios de relevância e pertinência
em relação às diretrizes do SUS e publicadas no Portal BVS APS (http://aps.bvs.br).

TELE-EDUCAÇÃO
Atividades educacionais à distância por meio de tecnologias de informação e comunicação para
apoiar a qualificação de estudantes, profissionais e trabalhadores da área da saúde.
Telessaúde
OFERTA NACIONAL DE TELEDIAGNÓSTICO
Ampliação da oferta de Telediagnóstico no país, possibilitando a realização de exames com
emissão de laudo a distância, diminuindo custos com deslocamento de pacientes, aumentando a
resolubilidade da Atenção Básica e, ainda, aumentando a oferta em especialidades.
UNA-SUS (https://www.unasus.gov.br/)

O Sistema Universidade Aberta do SUS (UNA-SUS): instituído pelo Decreto 7.385 de 8 de


dezembro de 2010 e regulamentado pela Portaria Interministerial nº 10 de 11 de julho de 2013) para
atender às necessidades de capacitação e educação permanente dos profissionais que atuam no Sistema
Único de Saúde (SUS).
UNA-SUS
O Sistema UNA-SUS tem os seguintes objetivos:

• Propor ações para atender às necessidades de capacitação e educação permanente dos


trabalhadores do SUS;

• Ofertar cursos e programas de especialização, aperfeiçoamento e outras formas de qualificação


dirigida aos profissionais do SUS, por meio das instituições que integram a Rede UNA-SUS;

• Fomentar e apoiar a disseminação de meios e tecnologias de informação e comunicação que


possibilitem ampliar a escala e o alcance das atividades educativas;

• Contribuir para a redução das desigualdades entre as diferentes regiões do País, por meio da oferta
de cursos de capacitação e educação permanente;

• Contribuir com a integração ensino-serviço na área da atenção à saúde.


UNA-SUS

Além da Rede UNA-SUS, o Sistema é composto pelo Acervo de Recursos Educacionais em Saúde
(ARES), repositório digital público da UNA-SUS, no qual são disponibilizados materiais, tecnologias e
experiências educacionais de livre acesso pela internet.

Considerado hoje o maior acervo digital em saúde da América Latina, o ARES reúne milhares de
recursos educacionais que versam sobre temáticas diferenciadas de livre acesso e reutilização,
produzidos pelas instituições de ensino que compõem a Rede UNA-SUS.
UNA-SUS

Outro componente do Sistema é a Plataforma Arouca, um banco de dados nacional do SUS, sob
responsabilidade da Secretaria Executiva da UNA-SUS/Fiocruz, que concentra todos os dados dos cursos
e suas ofertas.

A ferramenta contém ainda o registro histórico dos profissionais de saúde do SUS e seus
certificados educacionais. Por meio dessa ferramenta o usuário poderá visualizar os cursos ofertados,
filtrados conforme a profissão, o interesse e/ou região.
Instituições de Ensino Superior que Fazem Parte da UNA-SUS
AVASUS (https://avasus.ufrn.br/)

O AVASUS é o ambiente virtual de aprendizagem do Sistema Único de Saúde, uma plataforma


desenvolvida pelo Ministério da Saúde, em parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Norte
(UFRN), com o objetivo de promover a educação para a saúde.

Oferece cursos online gratuitos livres e abertos à comunidade, com foco na qualificação de
enfermeiros, médicos, agentes comunitários, auxiliares de enfermagem entre outros profissionais que
trabalham no SUS.
Supervisão Acadêmica
A Supervisão Acadêmica é um dos eixos educacionais do Projeto Mais Médicos para o Brasil,
responsável pelo fortalecimento da política de educação permanente por meio da integração ensino-
serviço no componente assistencial da formação dos médicos participantes do Projeto.

Objetiva o fortalecimento:
I - Da educação permanente em saúde;
II - Da integração ensino-serviço;
III - Da atenção básica;
IV - Da formação de profissionais nas redes de atenção à saúde; e
V - Da articulação dos eixos educacionais do Projeto Mais Médicos para o Brasil.
Supervisão Acadêmica
Integram a Supervisão Acadêmica do Projeto Mais Médicos para o Brasil:

I - O médico participante;

II - O supervisor acadêmico;

III - O tutor acadêmico.


Atribuições da Supervisão Acadêmica - PMMB

Tutor acadêmico:

◼ Realizar a seleção dos supervisores e acompanhar a distribuição de médicos para cada


supervisor;

◼ Coordenar atividades acadêmicas da integração ensino-serviço, fortalecendo a política de


educação permanente;

◼ Indicar em plano de trabalho as atividades, metodologia das atividades a serem


executadas;

◼ Monitorar o processo de acompanhamento;

◼ Dar suporte aos supervisores na busca de potencializar a supervisão com as dificuldades e


potencialidades de cada território.
Atribuições da Supervisão Acadêmica - PMMB

Supervisor acadêmico:

◼ Realizar visitas in loco;

◼ Estar disponível por telefone e internet para os médicos;

◼ Aplicar instrumentos de avaliação;

◼ Garantir apoio institucional, matricial, clínico, de gestão do cuidado e de saúde coletiva para
o médico;

◼ Ser uma referência junto ao médico para dúvidas, reflexões, interação com outras
estruturas educativas cotidianas.
Espaços de Educação Permanente (EP)
Especialização
Os cursos estão sob responsabilidade da UNA-SUS e têm por finalidade atender às necessidades
de capacitação e educação permanente dos trabalhadores do Sistema Único de Saúde – SUS.

Trata-se de cursos desenvolvidos na modalidade de educação à distância (EAD) na área da


saúde. As atividades educacionais dos cursos possuem como objetivo fazer com que os profissionais
participantes do Projeto Mais Médicos para o Brasil possam vir a desenvolver conhecimentos,
habilidades e competências necessárias ao melhor desempenho de suas funções, contribuindo, assim,
para a qualificação da atenção à saúde prestada à população.

Os cursos na modalidade lato sensu de pós-graduação têm carga horária mínima de 360 horas
prevendo momentos presenciais, elaboração e apresentação do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC).
Comunidade de Práticas
(https://novo.atencaobasica.org.br)
A Comunidade de Práticas é uma plataforma virtual que possibilita a constituição de
comunidades para a troca de experiências entre trabalhadores e gestores das três esferas do Governo do
serviço de Atenção Básica à Saúde.
Comunidade de Práticas

Principais funções: fomentar e ativar a produção e a construção de conhecimento


compartilhado.

A partir do compartilhamento de experiências, discussões de casos, fóruns temáticos, pretende-


se construir um espaço que acolha a gestão e o trabalho em saúde e que, a partir desses encontros,
possa fortalecer e ampliar a qualidade dos serviços de saúde prestados.
Portal Saúde Baseada em Evidências
(http://psbe.ufrn.br/)
O Ministério da Saúde, em parceria com a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS/OMS),
oferta a todos os profissionais de saúde do Brasil bases de dados científicas para auxiliá-los na tomada de
decisão clínica e de gestão.

Metabuscador (UFRN, OPAS/OMS e BIREME):


Possibilita a busca rápida da informação em todas as bases de conhecimento, hoje hospedadas no
Portal SBE. Uma estratégia que possibilita o acesso às publicações científicas, categorizadas por: Evidências
Clínicas, Artigos Científicos e Ferramentas.
OBRIGADO (A)
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