Você está na página 1de 16

PREFEITURA MUNICIPAL DE PALMAS

Fundação Escola de Saúde Pública de Palmas


Avenida LO-09, Quadra 405 Sul, Lote 11 – Instituto Vinte de Maio - Palmas-TO - CEP: 77.015-611
Telefone: (63) 3212-7164 E-mail: fesppalmas@gmail.com

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO DOS PROGRAMAS DE RESIDÊNCIA EM

SAÚDE

Programa de Residência Multiprofissional em Saúde Coletiva

1. APRESENTAÇÃO DO PROGRAMA DE RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE


COLETIVA

O Sistema Único de Saúde (SUS) é um dos maiores e mais complexos sistemas de saúde
pública do mundo que garante acesso integral, universal e gratuito para toda a população do país.
Com a sua criação, o SUS proporcionou o acesso universal ao sistema público de saúde, sem
discriminação. A atenção integral à saúde, e não somente aos cuidados assistenciais, passou a
ser um direito de todos os brasileiros, desde a gestação e por toda a vida, com foco na saúde
com qualidade de vida, visando a prevenção e a promoção da saúde.
Matta e Morosini (2009) contextualizam a atenção à saúde a partir do SUS como um
modelo de organização estratégica do sistema e das práticas de saúde em resposta às
necessidades da população. É expressa em políticas, programas e serviços de saúde consoante
os princípios e as diretrizes que estruturam o Sistema Único de Saúde (SUS).
A complexidade dos problemas de saúde requer para o seu enfrentamento a utilização de
múltiplos saberes e práticas. O sentido da mudança do foco dos serviços e ações de saúde para
as necessidades individuais e coletivas, portanto para o cuidado, implica a produção de relações
de acolhimento, de vínculo e de responsabilização entre os trabalhadores e a população,
reforçando a centralidade do trabalho da equipe multiprofissional. (EPSJV, 2005, p. 75).
Numa dimensão ético-política, isto significa afirmar que a ‘atenção à saúde’ se constrói a
partir de uma perspectiva múltipla, interdisciplinar e, também, participativa, na qual a intervenção
sobre o processo saúde-doença é resultado da interação e do protagonismo dos sujeitos
envolvidos: trabalhadores e usuários que produzem e conduzem as ações de saúde (Matta;
Morosini, 2009).
A estruturação do Programa de Residência Multiprofissional em Saúde Coletiva representa
a formação profissional com o objetivo de desenvolver e qualificar profissionais com o olhar crítico
às condições de saúde e os processos geradores dos problemas, buscando a correlação destes
com a organização social e o contexto local, e a partir disto propor alternativas de melhoria ou
solução às questões de saúde de uma população. Para tanto, desempenham funções de
planejamento e gestão em saúde na Rede do Sistema Único de Saúde, associando conhecimento
técnico de qualidade com habilidades que lhe garantam autonomia decisória e criatividade
gerencial frente a diversidade e complexidade das realidades locais (UFU, 2011; RAMOS, et al,
2018).

2. ASPECTOS LEGAIS

As residências multiprofissionais e em área profissional da saúde, criadas a partir da


promulgação da Lei n° 11.129 de 2005, são orientadas pelos princípios e diretrizes do Sistema
Único de Saúde (SUS), a partir das necessidades e realidades locais e regionais, e abrangem as
profissões da área da saúde, a saber: Biomedicina, Ciências Biológicas, Educação Física,
Enfermagem, Farmácia, Fisioterapia, Fonoaudiologia, Medicina Veterinária, Nutrição, Odontologia,
Psicologia, Serviço Social e Terapia Ocupacional (Resolução CNS nº 287/1998).

No âmbito municipal a Lei nº 2010, de 12 de dezembro de 2013 institui o Programa


Integrado de Residências em Saúde - PIRS e o Programa Municipal de Bolsas de Estudo e
Pesquisa para a Educação pelo Trabalho - PET/PALMAS, e adota outras providências. Em 2016 a
Lei nº 2. 240, de 23 de março de 2016, reestrutura o Programa Integrado de Residências em
Saúde e o Programa Municipal de Bolsas de Estudo e Pesquisa para a Educação pelo Trabalho,
instituídos pela Lei n° 2010, de 12 de dezembro de 2013.

Em seu artigo 2º a Lei traz em seu texto que o Programa Integrado de Residências em
Saúde passa a ser denominado Plano Integrado de Residências em Saúde (PIRS), o qual tem por
objetivo integrar os Programas de Residências Médicas, de Residências Multiprofissionais e de
Área de Atuação, executados pela gestão municipal do SUS por meio de credenciamento próprio
ou parcerias com instituições de ensino e pesquisa ou outros estabelecimentos de saúde
devidamente credenciados em âmbito federal.

A COREMU é um órgão componente da Residência Multiprofissional e em Área


profissional,que tem caráter informativo e deliberativo,com atribuições definidas em regimento
interno. A mesma é composta por representantes dos diversos atores envolvidos com os diversos
Programas de Residência que a instituição desenvolve, sendo eleitos entre seus pares
anualmente, ou conforme definido em regimento para cada representatividade. Este colegiado
reúne-se mensalmente, ou extraordinariamente quando necessário, a critério do seu presidente
ou por solicitação dos seus membros.

É o órgão do Centro universitário Luterano de Palmas (CEULP/ULBRA) que é encarregado


da coordenação, organização, supervisão e acompanhamento de todos os programas de
residência multiprofissional e em Área de Atuação Profissional em Saúde, responsável pelo
acompanhamento e avaliação das atividades desenvolvidas pelos residentes em suas diversas
áreas de atuação e pela avaliação dos mesmos. Podendo também realizar parcerias com
instituições públicas, que compartilhem do objetivo da formação de Residentes, desde que
devidamente aprovadas pela Reitoria do CEULP.

A COREMU é o órgão competente para manter os entendimentos de todos os programas


de Residência Multiprofissional em Saúde e em Área de Atuação Profissional em Saúde do
Ceulp/Ulbra, em parceria com a Secretaria de Saúde de Palmas, e vinculados ao PIRS, devendo
funcionar de forma articulada com as instâncias de decisão formal existentes na hierarquia da
instituição; Ao final da Residência Multiprofissional em Saúde Coletiva, busca-se formar
especialistas que desenvolvam a prática no campo da vigilância de agravos e condições de saúde,
planejamento e gestão das políticas públicas, promoção da saúde a partir do conhecimento da
realidade local e seus determinantes.

Ademais, espera-se que o egresso na residência desenvolva uma visão humanista,


reflexiva e crítica, que o qualifique para o exercício de sua formação, atuando nos diferentes
cenários da rede de saúde, considerando os princípios e diretrizes do SUS e que atendam às
necessidades sócio-epidemiológicas da população (UFU, 2011; RAMOS, et al, 2018).

3. OBJETIVOS

Objetivo Geral:
Formar profissionais especialistas (modalidade residência multiprofissional) em saúde coletiva,
através de metodologias ativas de aprendizagem a partir das vivências de serviço, para o
desempenho de ações de promoção e prevenção da saúde, vigilância de agravos e condições da
saúde, e gestão de políticas públicas de saúde no âmbito do SUS, tendo por base o modelo de
Redes de Atenção à Saúde, visando o desenvolvimento dos processos formativos sociais e
regionais de caráter multiprofissional, e consequente melhoria na qualidade da gestão em saúde e
assistência prestada aos usuários do Sistema Único de Saúde.

Objetivos Específicos:
• Contribuir para a prática interdisciplinar e multiprofissional, articulação interinstitucional e
intersetorial e para a integração ensino-serviço-comunidade no campo da saúde; • Promover a
formação de profissionais de diferentes áreas da saúde na organização da Rede de Saúde do
município de Palmas-TO, a partir da vivência junto aos serviços de saúde, perpassando pelos
aspectos de gestão do sistema, vigilância em saúde, cuidado coletivo, controle social e educação
na/em saúde;
• Potencializar a formação de profissionais comprometidos ético-politicamente com os princípios e
diretrizes do Sistema Único de Saúde;
• Provocar reflexões acerca do papel dos trabalhadores da saúde e das Instituições de Ensino
enquanto agentes transformadores da realidade social;
• Potencializar a participação dos trabalhadores no processo de gestão do sistema de saúde, de
forma integrada entre os serviços, estabelecendo parcerias com outros setores sociais,
profissionais de saúde, organizações populares, ONGs e instituições públicas atuantes na rede; •
Estimular o fomento de grupos de educação para a saúde, promovendo uma relação de mão
dupla entre o saber popular e o saber científico;
• Capacitar o residente no processo saúde-doença em seus vários aspectos: sociais,
epidemiológicos e clínicos, numa abordagem multidisciplinar, buscada através de um trabalho de
equipe;
• Sensibilizar gestores, trabalhadores e Instituições de Ensino quanto à importância da educação
permanente na mudança das práticas profissionais em consonância com as necessidades de
saúde da população;
• Estimular a prática da pesquisa científica entre os tutores, preceptores e Residentes envolvidos,
de modo a contribuir com o aprimoramento das práticas em saúde integradas ao princípios e
diretrizes do SUS;
• Estimular a prática de construção, implantação e implementação de políticas municipais de
saúde a partir do modelo nacional, de modo a contribuir com a implementação das políticas de
saúde do SUS a partir do princípio da regionalização;
• Conhecer e discutir a legislação reguladora do SUS no município de Palmas/TO.

4. PERFIL PROFISSIONAL - ÁREAS DE COMPETÊNCIA

4.1 Áreas de competência

PERFIL DE COMPETÊNCIA

Programa de Residência Multiprofissional em Saúde Coletiva[1]


ÁREA DE COMPETÊNCIA VIGILÂNCIA

Subárea: Cuidado às necessidades coletivas de saúde

Ações - Chave Desempenho


Investiga Identifica e analisa as necessidades de saúde do coletivo de pessoas e/ou condições
necessidades de vida e de saúde de famílias, grupos sociais ou comunidades, considerando os
coletivas de dados epidemiológicos e determinantes sociais de saúde, a partir da observação do
saúde. risco e vulnerabilidade, causa-efeito, danos e agravos de interesse para a saúde
pública.
Descreve, interpreta e analisa dados primários e secundários do território, visando
expandir a explicação do processo saúde-doença a partir dos determinantes sociais,
buscando evidenciar e estabelecer associações quando possível.
Participa da investigação utilizando visitas técnicas e/ou inquéritos populacionais,
observando os critérios éticos dos processos de levantamento de dados, formulando
perfil de saúde-doença, a partir da relação dos dados e informações obtidas.

Realiza e avalia intervenções contextualizadas e oportunas, subsidiadas por


evidências científicas, favorecendo a reflexão sobre as práticas e propondo
estratégias que qualifiquem as ações de saúde.

Elabora,
avalia e
monitora Prioriza os problemas em saúde para intervenção, no âmbito da promoção,
projetos de prevenção, tratamento e reabilitação, relacionando-os a capacidade instalada da
intervenção Rede de Atenção à Saúde, identificando ações e serviços disponíveis e/ou a serem
em saúde. criados;
Elabora, monitora e avalia projetos de ação coletiva em conjunto, articulado com
outros profissionais e demais atores sociais, estabelecendo objetivos e pactuação de
metas, respeitando percepções e interesses de todos os envolvidos.
Constrói propostas flexíveis de intervenção, que contemplem as mudanças de
contexto, as tecnologias disponíveis, a organização e o acesso aos serviços de saúde
e a outros equipamentos sociais.

Monitora e avalia de forma contínua e sistemática as ações previstas, os resultados


esperados e o impacto, por meio de indicadores.
Redefine estratégias quando necessário.

ÁREA DE COMPETÊNCIA GESTÃO

Subárea: Gestão do Trabalho em Vigilância em Saúde

Ações-chave Desempenhos
Elabora e Elabora e pactua o plano de trabalho, segundo as prioridades orientadas pelo
articula perfil epidemiológico, considerando o permanente diálogo entre os espaços de
planos de participação social e a conjuntura político-institucional, bem como, a
trabalho disponibilidade de recursos estruturais, financeiros, humanos e político e em
relação às metas e objetivos.
Organiza e gerencia as etapas do processo de trabalho da vigilância,
fortalecendo a integração das ações de vigilância na Rede de Atenção e
Vigilância e na execução das ações de promoção da saúde, prevenção e
controle de doenças.
Promove o trabalho das equipes multiprofissionais favorecendo a interação
dos profissionais envolvidos nos processos de trabalho e articula com os
outros setores intra e intersetorialmente, respeitando a diversidade de olhares
dos atores e setores envolvidos.

Organiza e Reconhece a utilização de espaços físicos ou virtuais como salas de situação


avalia os ou centros de operação de emergências em saúde, para análise da situação de
processos de saúde e resposta.
trabalho
Monitora e avalia o processo de trabalho da vigilância em saúde,
orientando-se pelo cumprimento do plano de trabalho.
Socializa resultados nos espaços coletivos de trabalho e de formação,
processando críticas e sugestões, de modo a reorientar o processo de trabalho.

Subárea: Gestão do Território

Ações-chave Desempenhos

Identifica e Participa da análise do contexto, identificando atores envolvidos,


prioriza oportunidades e obstáculos para o trabalho em saúde.
problemas
Apresenta abertura para o desenvolvimento do pensamento estratégico e
utiliza ferramentas do planejamento para leitura da realidade, priorização
de problemas, considerando a utilização de dados e informações que
qualifiquem as demandas identificadas.
Elabora, Elabora Projeto Aplicativo para o enfrentamento dos problemas
monitora e priorizados no território de saúde, visando melhoria das condições de
avalia o Projeto saúde das populações nos territórios, mudanças de práticas.
Aplicativo
Monitora e avalia a aplicação do projeto considerando contextos,
disponibilidade de recursos e a necessidade de readequação do projeto.

ÁREA DE COMPETÊNCIA EDUCAÇÃO E DESENVOLVIMENTO CIENTÍFICO

Sub-área: Educação em Saúde

Ações-chave Desempenhos

Identifica necessidades Reconhece a educação como forma de transformação das práticas


de aprendizagem em saúde;
individuais e coletivas.
Identifica necessidades e oportunidades de aprendizagem
individual e dos profissionais envolvidos a partir da reflexão
sobre as práticas;
Estimula a curiosidade e o desenvolvimento da capacidade de
aprender a aprender de todos os envolvidos nos diversos
momentos do trabalho em saúde;

Analisa, articula e Promove e organiza o desenvolvimento de ações educacionais


avalia ações para construção e socialização de aprendizagem, conforme as
educacionais. necessidades identificadas e a valorização dos conhecimentos
prévios;
Monitora e avalia processos, produtos e resultados relacionados às
atividades educacionais realizadas no âmbito profissional e
organizacional.

Sub-área Pesquisa Científica

Ações-chave Desempenhos
Produz novos Busca fontes científicas de forma a interpretar e analisar criticamente as
conhecimentos informações, produzindo o aprimoramento do enfrentamento às situações
adversas.
Utiliza o método científico na elaboração de projetos de pesquisa e
produção de novos conhecimentos.
Mobiliza recursos e tecnologias aplicadas à disseminação da produção
científica nas plataformas.
Compartilha análises e resultados das pesquisas realizadas prioritariamente
nas comunidades envolvidas, nos outros espaços coletivos do município,
em plataformas virtuais, congressos e outros meios de divulgação e
disseminação do conhecimento científico.
[1] Utilizou-se como referência o Perfil de Competência do Projeto Político Pedagógico – Caderno do Curso de
Medicina, UFSCAR, 2007 e Caderno do Curso de Especialização em Vigilância em Saúde: caderno do curso 2015 /
Marilda Siriani de Oliveira [...]. – São Paulo: Ministério da Saúde; Instituto Sírio-Libanês de Ensino e Pesquisa, 2015.

4.2 Perfil do egresso de saúde coletiva

A residência em saúde coletiva traz como cerne de sua formação a produção de


conhecimentos voltados para a compreensão da saúde e a explicação de seus determinantes
sociais, bem como práticas direcionadas para a sua promoção. Além disso, estimula a produção
do conhecimento às práticas de prevenção e o cuidado a agravos e doenças, tomando por objeto
não apenas os indivíduos, mas, sobretudo, os grupos sociais, portanto, a coletividade, a partir das
características locais.

Espera-se que o especialista em saúde coletiva na modalidade residência, sejam capazes


de:
- analisar as tendências atuais das políticas de saúde e suas repercussões sobre o sistema de
saúde;
- compreender a noção de território e suas relações com o processo saúde-doença; - identificar
problemas do estado de saúde da população, dos sistemas e serviços de saúde e as formas de
organização social no território;
- utilizar a informação como ferramenta para conhecimento da realidade, identificando as fontes
de informação em saúde, calculando e interpretando indicadores de saúde e propondo pesquisas
em saúde;
- planejar e programar ações para intervenção de problemas em situações concretas, utilizando
técnicas de planejamento e programação em saúde;
- organizar e gerenciar ações e serviços de saúde em estabelecimentos e sistemas de saúde,
articular ações intersetoriais para intervenção sobre os determinantes dos problemas prioritários
em distintos territórios de atuação.
5. ORGANIZAÇÃO CURRICULAR

Distribuição das unidades educacionais segundo suas estratégias pedagógicas


UNIDADE ÁREA DE ANO ESPAÇO DE ESTRATÉGIA
EDUCACIONAL COMPETÊNCIA APRENDIZAGEM

GESTÃO DO VIGILÂNCIA/ATENÇÃ R1 GRUPO PEQUENOS


CUIDADO O/EDUCAÇÃO CAMPO/PRECEPTO GRUPOS
COLETIVO 1 RIA NÚCLEO COM ABP/
TBL / CINE
VIAGEM/
SIMULAÇÃO

PRÁTICA TODAS R1 CENÁRIO DE PRÁTICA


PROFISSIONAL PRÁTICA (ÁREAS PROFISSIONA
1 DA VIGILÂNCIA EM L E OFICINAS
SAÚDE) DE TRABALHO
/ PROJETO DE
INTERVENÇÃ
O

GESTÃO GESTÃO R1 GRUPO OFICINA DE


INTEGRADA 1 INTEGRADO/TERRI TRABALHO
TÓRIO EM
PEQUENO
GRUPO

PESQUISA EDUCAÇÃO / R1 ORIENTAÇÃO OFICINAS


APLICADA AO CONHECIMENT PARA DE
SUS 1 O CIENTÍFICO CONSTRUÇÃO DO METODOLOGI
PROJETO DE A CIENTÍFICA
PESQUISA E
ORIENTAÇÃO

CUIDADO VIGILÂNCIA/ATENÇ R1 CENÁRIO DE PRÁTICA


EM SAÚDE NA ÃO/EDUCAÇÃO/ PRÁTICA / PROFISSION
COMUNIDADE 1 GESTÃO ATIVIDADES DE AL /
PLANEJAMENTO E PROJETO
PRÁTICA NA DE
COMUNIDADE INTERVENÇÃ
O

GESTÃO DO VIGILÂNCIA/ATENÇÃ R2 GRUPO PEQUENOS


CUIDADO O/EDUCAÇÃO CAMPO/PRECEPTO GRUPOS
COLETIVO 2 RIA NÚCLEO COM ABP /
TBL / CINE
VIAGEM /
SIMULAÇÃO
PRÁTICA TODAS R2 CENÁRIO DE PRÁTICA
PROFISSIONAL PRÁTICA (ÁREAS PROFISSION
2 DA VIGILÂNCIA EM AL E
SAÚDE) OFICINAS
DE
TRABALHO /
PROJETO
DE
INTERVENÇÃ
O

GESTÃO GESTÃO R2 GRUPO OFICINA DE


INTEGRADA 2 INTEGRADO/TERRI TRABALHO
TÓRIO EM PEQUENO
GRUPO

PESQUISA EDUCAÇÃO / R2 ORIENTAÇÃO OFICINAS


APLICADA AO CONHECIMENT PARA DE
SUS 2 O CIENTÍFICO CONSTRUÇÃO DO METODOLOG
PROJETO DE IA
PESQUISA CIENTÍFICA E
ORIENTAÇÃO

CUIDADO VIGILÂNCIA/ATENÇ R2 CENÁRIO DE PRÁTICA


EM SAÚDE NA ÃO/EDUCAÇÃO/ PRÁTICA / PROFISSION
COMUNIDA DE GESTÃO ATIVIDADES DE AL /
2 PLANEJAMENTO PROJETO
E PRÁTICA NA DE
COMUNIDADE INTERVENÇÃ
O

Semana Padrão - turma R1


Período Segunda Terça Quarta Quinta Sexta Sábado

Matutino CP CP CP CP CP TT

Vespertino GC CP SC SC SP

Noturno ATP PAS TT PN


Legenda: (CP): Cenário de Prática; (GC) Grupo Campo; (SC) Saúde na Comunidade; (TT) Tutoria de Território; (PN)
Preceptoria de Núcleo; (PAS) Pesquisa Aplicada ao SUS; (ATP) Atividades teórico-práticas.
Semana Padrão - turma R2
Período Segunda Terça Quarta Quinta Sexta Sábado

Matutino CP CP CP CP CP

Vespertino CP CP GC SC TT

Noturno PAS ATP PN


Legenda: (CP): Cenário de Prática; (GC) Grupo Campo; (SC) Saúde na Comunidade; (TT) Tutoria de Território; (PN)
Preceptoria de Núcleo; (ATP)Atividades teórico-práticas.

Observação: A composição da semana padrão pode sofrer alteração considerando a necessidade do


cenário de prática, bem como a disponibilidade do cenário onde se desenvolve a UE saúde na
comunidade.

5.1 Cenários da prática

O cenário de prática da residência multiprofissional em saúde coletiva compreende as


áreas que compõem a Superintendência de Atenção Primária e Vigilância em Saúde (SUPAVS),
onde estão lotados os preceptores de campo. As áreas são as seguintes: 05 (cinco)
Coordenações Técnicas distribuídas na sede da Secretaria Municipal de Saúde, sendo elas: a CT
das Doenças e Agravos não Transmissíveis (CTDANT), a CT das doenças infecto-contagiosas, a
CT da hanseníase e tuberculose, a CT das vetoriais e zoonoses, CT das arboviroses, CT das
causas externas, CIEVS, CT do SIM/SINASC e Ciclos de Vida. Além disso, são cenários de
prática, a Unidade de Vigilância e Controle de Zoonoses (UVCZ), a Vigilância Sanitária (VISA) e o
CEREST, todos com sede fora da SEMUS.
Para acompanhamento dos residentes, a residência conta com 11 (onze) preceptores,
sendo que 05 destes pertencem as Coordenações Técnicas, 03 lotados no UVCZ, 01 preceptor na
VISA e 01 preceptor no CEREST. De forma que os residentes são acompanhados e realizam
preceptoria de campo de forma contínua no decorrer de sua prática em serviço. A saúde coletiva
conta com 04 tutores de campo responsáveis pelo conteúdo teórico do curso que será relacionado
a prática no serviço, bem como preceptores que atuam na preceptoria de núcleo. Apoiando o
corpo docente do Programa temos a figura do Gestor de Aprendizagem que conduz a parte
pedagógica da docência.
Quanto a carga horária prática, no primeiro ano de residência, o residente deverá cumprir
34 horas semanais em cenário de prática, conforme sua lotação, sendo que deverá em dois dias
na semana cumprir a carga horária de 08 (oito) horas com intervalo mínimo de 01 (uma) hora para
almoço, e nos outros três dias da semana cumprirá turnos de 06 (seis) horas de prática, no
período estabelecido com o preceptor, logo ao início das suas atividades na residência. O
segundo ano de residência segue da mesma forma, sendo que haverá a mudança de cenário ao
início de ano-calendário da residência, considerando os cenários já citados anteriormente.

Quanto a carga horária teórica, esta se desenvolverá nas unidades educacionais: gestão
do cuidado coletivo, gestão integrada, integralidade do cuidado e as oficinas temáticas ofertadas
pela rede de saúde. O enfoque dado a esta carga horária é fornecer bases conceituais
necessárias para as atividades da residência, subsidiar a construção de pesquisas em saúde e
instigar a busca pelo conhecimento.
A unidade educacional saúde na comunidade finaliza a composição da carga horária do
residente, e tem por objetivo inserir o residente em uma localidade que apresente condições de
vulnerabilidade, para que este desenvolva um projeto social, construindo as competências de
autonomia e protagonismo.

6. Avaliação Institucional
UNIDADE ESTRATÉGIA FORMATO PRAZO
EDUCACIONAL

GESTÃO DO GRUPO CAMPO / Avaliação do trimestral


CUIDADO INTEGRALIDADE DO CUIDADO residente pelo trimestral
COLETIVO 1 facilitador A cada
Avaliação do encontro
facilitador pelo Semestral
residente
Autoavaliação
Avaliação de
Portfólio

PRÁTICA PRECEPTOR DE CAMPO Avaliação do trimestral


PROFISSIONAL 1 residente pelo trimestral
facilitador A cada
Avaliação do encontro
facilitador pelo Semestral
residente
Autoavaliação
Avaliação de
Portfólio

GESTÃO GRUPO Avaliação do trimestral


INTEGRADA 1 INTEGRADO/TERRITÓRIO residente pelo trimestral
facilitador A cada
Avaliação do encontro
facilitador pelo Semestral
residente
Autoavaliação
Avaliação de
Portfólio

PESQUISA ORIENTAÇÃO PARA Qualificação do Outubro


APLICADA AO SUS 1 CONSTRUÇÃO DO PROJETO TCR
DE PESQUISA

GESTÃO DO GRUPO CAMPO / Avaliação do trimestral


CUIDADO INTEGRALIDADE DO CUIDADO residente pelo trimestral
COLETIVO 2 facilitador A cada
Avaliação do encontro
facilitador pelo Semestral
residente
Autoavaliação
Avaliação de
Portfólio

PRÁTICA PRECEPTOR DE CAMPO Avaliação do trimestral


PROFISSIONAL 2 residente pelo trimestral
facilitador A cada
Avaliação do encontro
facilitador pelo Semestral
residente
Autoavaliação
Avaliação de
Portfólio

GESTÃO GRUPO Avaliação do trimestral


INTEGRADA 2 INTEGRADO/TERRITÓRIO residente pelo trimestral
facilitador A cada
Avaliação do encontro
facilitador pelo Semestral
residente
Autoavaliação
Avaliação de
Portfólio

PESQUISA ORIENTAÇÃO PARA Defesa do TCR Março


APLICADA AO SUS 2 CONSTRUÇÃO DO PROJETO
DE PESQUISA
7. Avaliação processual
Além do processo de avaliação institucional, o Programa de Residência conta com
instrumentos próprios de avaliação diários durante o processo ensino-aprendizagem na prática
profissional e nos encontros teóricos. São instrumentos de avaliação processual o Portfólio, o
formulário individual de avaliação, o plano de melhorias e o feedback entre docente e discente feito de
forma dialogada. A utilização de tais instrumentos está discorrida no plano de ensino de cada unidade
educacional.
REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério da Saúde. HumanizaSus: política nacional de humanização. A humanização


como eixo norteador das práticas de atenção e gestão em todas as instâncias do SUS. Série B.
Textos Básicos de Saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2004. 20 p.

BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria GM nº 154 de 24 de janeiro de 2008 e republicada em 04 de


março de 2008 que cria os Núcleos de Apoio à Saúde da Família – NASF.

Cotta RMM et al. Portfólio refexivo: uma proposta de ensino e aprendizagem orientada por
competências.Ciência & Saúde Coletiva, 18(6):1847-1856, 2013
fle:///C:/Users/Usuário/Dropbox/Avaliação/Avaliação%20textos/avaliar aprendizagem_Luckesi.pdf.

DUNCAN, B.B.; SCHMIDT, M.I.; GIUGLIANI E.R.J.; DUNCAN, M.S.; GIUGLIANI, C. (org) Medicina
Ambulatorial: Condutas de Atenção Primária Baseadas em Evidências. 4. ed. Porto Alegre: Artmed,
2013, p.311-12.

FAJARDO, A. P.; ROCHA, C. M.; PASINI, F. V. L. (ORG). Grupo Hospitalar Conceição Residências
em saúde: fazeres & saberes na formação em saúde; organização de Porto Alegre: Hospital Nossa
Senhora da Conceição, 2010. 260 p.

FREIRE, P. Educação e mudança. Tradução: GADOTTI, M.; LOPES, L. M. 16.ed. Rio de Janeiro:
Paz e Terra, 1990, 79p.

FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática docente. São Paulo: Paz e
Terra, 2008.

HOFFMAM, H. Avaliar para promover: as setas do caminho. Porto Alegre: Ed Mediação. 2001.

LUCKESI, C C. O que é mesmo o ato de avaliar a aprendizagem? Acesso em 01/12/18. LUCKESI,

C. C. Filosofa da Educação. São Paulo: Cortez Editora, 1994.

MITRE, S. M.; SIQUEIRA-BATISTA, R.; GIRARDI-DE-MENDONÇA, J. M.; MORAIS-PINTO, N. M. M.,


MEIRELLES, C. A. B.; PINTO-PORTO, C.; MOREIRA, T.; HOFFMANN, L. M. A. Metodologias ativas
de ensino-aprendizagem na formação profssional em saúde: debates atuais. Ciênc. saúde coletiva,
vol.13, suppl.2, Rio de Janeiro. Dec. 2008

OLIVEIRA, M.S.O. Educação na saúde para preceptores do SUS: caderno do curso. São Paulo:
Instituto Sírio-Libanês de Ensino e Pesquisa, 2014, 48p.

PACKMAN, M. Redes: uma metáfora para prática de intervenção social. In: INOJOSA, R.M. Redes
de Compromisso Social. Revista de Administração Pública. Rio de Janeiro, 33(5):115-41, Set/Out.
1999

PALMAS. Decreto Municipal nº 735 de 11 de março de 2014. Regulamenta a Política de Educação


Permanente e Institui o Sistema Integrado Saúde Escola do SUS.
PALMAS. Lei Municipal nº 2010, de 17 de dezembro de 2013, que Institui o Programa Integrado de
Residências em Saúde e o Programa Municipal de Bolsas de Estudo e Pesquisa para a Educação
pelo Trabalho.

RAMOS, M. N. Currículo Integrado. IN: Pereira, I. B. Dicionário da educação profssional em


saúde. 2.ed. rev. ampl. - Rio de Janeiro: EPSJV, 2008. 478 p.

RIBEIRO, V.M.B. (org). Formação Pedagógica de preceptores do ensino em saúde. Juiz de Fora:
Ed. UFJF, 2011. 126 p.

ROSANVALLON, P. A crise do Estado-providência. Goiânia, UFG; Brasília, UnB, 1997. In: INOJOSA,
R.M. Redes de Compromisso Social. Revista de Administração Pública. Rio de Janeiro,
33(5):115-41, Set/Out. 1999.

SÁ-CHAVES I. Portfólios refexivos: estratégia de formação e de supervisão. Aveiro(Po):


Universidade; 2000. Seldin P. The teaching portfolio: a practical guide to improved performance and
promotion/tenure decisions. Boston (MA): Anker Publishing Company; 1997.

SANTOS, L. A articulação entre a avaliação somativa e a formativa, na prática pedagógica: uma


impossibilidade ou um desafo? Ensaio: aval. pol. públ. Educ., Rio de Janeiro, v.24, n. 92, p. 637- 669,
jul./set. 2016

TEIXEIRA, C. C. Interrompendo rotas, higienizando pessoas: técnicas sanitárias e seres humanos na


ação de guardas e visitadoras sanitárias. Cienc Saude Colet, v.13, n.3, p.965-974, 2008.

UFSCAR. Caderno do Curso de Medicina. São Carlos: UFSCAR, 2008.

VIANNA, H M. A perspectiva das medidas referenciadas a critério. Acesso em 01/12/18 fle:///


C:/Users/Usuário/Dropbox/Avaliação/Avaliação%20textos/avaliação%20criterio
%20referenciada_Viana.pdf

WORTH BR, SANDERS JR, FITZPATRICK J L. Avaliação de Programa: concepções e prática. São
Paulo: Ed. Gente. 2004.

Você também pode gostar