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SAÚDE
O Sistema Único de Saúde (SUS) é um dos maiores e mais complexos sistemas de saúde
pública do mundo que garante acesso integral, universal e gratuito para toda a população do país.
Com a sua criação, o SUS proporcionou o acesso universal ao sistema público de saúde, sem
discriminação. A atenção integral à saúde, e não somente aos cuidados assistenciais, passou a
ser um direito de todos os brasileiros, desde a gestação e por toda a vida, com foco na saúde
com qualidade de vida, visando a prevenção e a promoção da saúde.
Matta e Morosini (2009) contextualizam a atenção à saúde a partir do SUS como um
modelo de organização estratégica do sistema e das práticas de saúde em resposta às
necessidades da população. É expressa em políticas, programas e serviços de saúde consoante
os princípios e as diretrizes que estruturam o Sistema Único de Saúde (SUS).
A complexidade dos problemas de saúde requer para o seu enfrentamento a utilização de
múltiplos saberes e práticas. O sentido da mudança do foco dos serviços e ações de saúde para
as necessidades individuais e coletivas, portanto para o cuidado, implica a produção de relações
de acolhimento, de vínculo e de responsabilização entre os trabalhadores e a população,
reforçando a centralidade do trabalho da equipe multiprofissional. (EPSJV, 2005, p. 75).
Numa dimensão ético-política, isto significa afirmar que a ‘atenção à saúde’ se constrói a
partir de uma perspectiva múltipla, interdisciplinar e, também, participativa, na qual a intervenção
sobre o processo saúde-doença é resultado da interação e do protagonismo dos sujeitos
envolvidos: trabalhadores e usuários que produzem e conduzem as ações de saúde (Matta;
Morosini, 2009).
A estruturação do Programa de Residência Multiprofissional em Saúde Coletiva representa
a formação profissional com o objetivo de desenvolver e qualificar profissionais com o olhar crítico
às condições de saúde e os processos geradores dos problemas, buscando a correlação destes
com a organização social e o contexto local, e a partir disto propor alternativas de melhoria ou
solução às questões de saúde de uma população. Para tanto, desempenham funções de
planejamento e gestão em saúde na Rede do Sistema Único de Saúde, associando conhecimento
técnico de qualidade com habilidades que lhe garantam autonomia decisória e criatividade
gerencial frente a diversidade e complexidade das realidades locais (UFU, 2011; RAMOS, et al,
2018).
2. ASPECTOS LEGAIS
Em seu artigo 2º a Lei traz em seu texto que o Programa Integrado de Residências em
Saúde passa a ser denominado Plano Integrado de Residências em Saúde (PIRS), o qual tem por
objetivo integrar os Programas de Residências Médicas, de Residências Multiprofissionais e de
Área de Atuação, executados pela gestão municipal do SUS por meio de credenciamento próprio
ou parcerias com instituições de ensino e pesquisa ou outros estabelecimentos de saúde
devidamente credenciados em âmbito federal.
3. OBJETIVOS
Objetivo Geral:
Formar profissionais especialistas (modalidade residência multiprofissional) em saúde coletiva,
através de metodologias ativas de aprendizagem a partir das vivências de serviço, para o
desempenho de ações de promoção e prevenção da saúde, vigilância de agravos e condições da
saúde, e gestão de políticas públicas de saúde no âmbito do SUS, tendo por base o modelo de
Redes de Atenção à Saúde, visando o desenvolvimento dos processos formativos sociais e
regionais de caráter multiprofissional, e consequente melhoria na qualidade da gestão em saúde e
assistência prestada aos usuários do Sistema Único de Saúde.
Objetivos Específicos:
• Contribuir para a prática interdisciplinar e multiprofissional, articulação interinstitucional e
intersetorial e para a integração ensino-serviço-comunidade no campo da saúde; • Promover a
formação de profissionais de diferentes áreas da saúde na organização da Rede de Saúde do
município de Palmas-TO, a partir da vivência junto aos serviços de saúde, perpassando pelos
aspectos de gestão do sistema, vigilância em saúde, cuidado coletivo, controle social e educação
na/em saúde;
• Potencializar a formação de profissionais comprometidos ético-politicamente com os princípios e
diretrizes do Sistema Único de Saúde;
• Provocar reflexões acerca do papel dos trabalhadores da saúde e das Instituições de Ensino
enquanto agentes transformadores da realidade social;
• Potencializar a participação dos trabalhadores no processo de gestão do sistema de saúde, de
forma integrada entre os serviços, estabelecendo parcerias com outros setores sociais,
profissionais de saúde, organizações populares, ONGs e instituições públicas atuantes na rede; •
Estimular o fomento de grupos de educação para a saúde, promovendo uma relação de mão
dupla entre o saber popular e o saber científico;
• Capacitar o residente no processo saúde-doença em seus vários aspectos: sociais,
epidemiológicos e clínicos, numa abordagem multidisciplinar, buscada através de um trabalho de
equipe;
• Sensibilizar gestores, trabalhadores e Instituições de Ensino quanto à importância da educação
permanente na mudança das práticas profissionais em consonância com as necessidades de
saúde da população;
• Estimular a prática da pesquisa científica entre os tutores, preceptores e Residentes envolvidos,
de modo a contribuir com o aprimoramento das práticas em saúde integradas ao princípios e
diretrizes do SUS;
• Estimular a prática de construção, implantação e implementação de políticas municipais de
saúde a partir do modelo nacional, de modo a contribuir com a implementação das políticas de
saúde do SUS a partir do princípio da regionalização;
• Conhecer e discutir a legislação reguladora do SUS no município de Palmas/TO.
PERFIL DE COMPETÊNCIA
Elabora,
avalia e
monitora Prioriza os problemas em saúde para intervenção, no âmbito da promoção,
projetos de prevenção, tratamento e reabilitação, relacionando-os a capacidade instalada da
intervenção Rede de Atenção à Saúde, identificando ações e serviços disponíveis e/ou a serem
em saúde. criados;
Elabora, monitora e avalia projetos de ação coletiva em conjunto, articulado com
outros profissionais e demais atores sociais, estabelecendo objetivos e pactuação de
metas, respeitando percepções e interesses de todos os envolvidos.
Constrói propostas flexíveis de intervenção, que contemplem as mudanças de
contexto, as tecnologias disponíveis, a organização e o acesso aos serviços de saúde
e a outros equipamentos sociais.
Ações-chave Desempenhos
Elabora e Elabora e pactua o plano de trabalho, segundo as prioridades orientadas pelo
articula perfil epidemiológico, considerando o permanente diálogo entre os espaços de
planos de participação social e a conjuntura político-institucional, bem como, a
trabalho disponibilidade de recursos estruturais, financeiros, humanos e político e em
relação às metas e objetivos.
Organiza e gerencia as etapas do processo de trabalho da vigilância,
fortalecendo a integração das ações de vigilância na Rede de Atenção e
Vigilância e na execução das ações de promoção da saúde, prevenção e
controle de doenças.
Promove o trabalho das equipes multiprofissionais favorecendo a interação
dos profissionais envolvidos nos processos de trabalho e articula com os
outros setores intra e intersetorialmente, respeitando a diversidade de olhares
dos atores e setores envolvidos.
Ações-chave Desempenhos
Ações-chave Desempenhos
Ações-chave Desempenhos
Produz novos Busca fontes científicas de forma a interpretar e analisar criticamente as
conhecimentos informações, produzindo o aprimoramento do enfrentamento às situações
adversas.
Utiliza o método científico na elaboração de projetos de pesquisa e
produção de novos conhecimentos.
Mobiliza recursos e tecnologias aplicadas à disseminação da produção
científica nas plataformas.
Compartilha análises e resultados das pesquisas realizadas prioritariamente
nas comunidades envolvidas, nos outros espaços coletivos do município,
em plataformas virtuais, congressos e outros meios de divulgação e
disseminação do conhecimento científico.
[1] Utilizou-se como referência o Perfil de Competência do Projeto Político Pedagógico – Caderno do Curso de
Medicina, UFSCAR, 2007 e Caderno do Curso de Especialização em Vigilância em Saúde: caderno do curso 2015 /
Marilda Siriani de Oliveira [...]. – São Paulo: Ministério da Saúde; Instituto Sírio-Libanês de Ensino e Pesquisa, 2015.
Matutino CP CP CP CP CP TT
Vespertino GC CP SC SC SP
Matutino CP CP CP CP CP
Vespertino CP CP GC SC TT
Quanto a carga horária teórica, esta se desenvolverá nas unidades educacionais: gestão
do cuidado coletivo, gestão integrada, integralidade do cuidado e as oficinas temáticas ofertadas
pela rede de saúde. O enfoque dado a esta carga horária é fornecer bases conceituais
necessárias para as atividades da residência, subsidiar a construção de pesquisas em saúde e
instigar a busca pelo conhecimento.
A unidade educacional saúde na comunidade finaliza a composição da carga horária do
residente, e tem por objetivo inserir o residente em uma localidade que apresente condições de
vulnerabilidade, para que este desenvolva um projeto social, construindo as competências de
autonomia e protagonismo.
6. Avaliação Institucional
UNIDADE ESTRATÉGIA FORMATO PRAZO
EDUCACIONAL
Cotta RMM et al. Portfólio refexivo: uma proposta de ensino e aprendizagem orientada por
competências.Ciência & Saúde Coletiva, 18(6):1847-1856, 2013
fle:///C:/Users/Usuário/Dropbox/Avaliação/Avaliação%20textos/avaliar aprendizagem_Luckesi.pdf.
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