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PREPARATÓRIO PARA CONCURSO PREFEITURA DO RECIFE – CARGO CIRURGIÃO DENTISTA 1

PROFESSOR EDUARDO HENRIQUE SANTOS @ehs_odontocursos PROIBIDA A REPRODUÇÃO


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AULAS 31 A 35

AULA 31 - POLÍTICA NACIONAL DE EDUCAÇÃO PERMANENTE

 PORTARIA Nº 198/GM Em 13 de fevereiro de 2004

Art. 1º Instituir a Política Nacional de Educação Permanente em Saúde como estratégia do


Sistema Único de Saúde para a formação e o desenvolvimento de trabalhadores para o setor.

Parágrafo único. A condução locorregional da Política Nacional de Educação Permanente em


Saúde será efetivada mediante um Colegiado de Gestão configurado como Pólo de Educação
Permanente em Saúde para o SUS (instância interinstitucional e locorregional/roda de gestão)
com as funções de:

I - identificar necessidades de formação e de desenvolvimento dos trabalhadores de saúde e


construir estratégias e processos que qualifiquem a atenção e a gestão em saúde e fortaleçam
o controle social no setor na perspectiva de produzir impacto positivo sobre a saúde individual
e coletiva;

II - mobilizar a formação de gestores de sistemas, ações e serviços para a integração da rede


de atenção como cadeia de cuidados progressivos à saúde (rede única de atenção
intercomplementar e de acesso ao conjunto das necessidades de saúde individuais e
coletivas);

III - propor políticas e estabelecer negociações interinstitucionais e intersetoriais orientadas


pelas necessidades de formação e de desenvolvimento e pelos princípios e diretrizes do SUS,
não substituindo quaisquer fóruns de formulação e decisão sobre as políticas de organização
da atenção à saúde;

IV - articular e estimular a transformação das práticas de saúde e de educação na saúde no


conjunto do SUS e das instituições de ensino, tendo em vista a implementação das diretrizes
curriculares nacionais para o conjunto dos cursos da área da saúde e a transformação de toda
a rede de serviços e de gestão em rede-escola;

V - formular políticas de formação e desenvolvimento de formadores e de formuladores de


políticas, fortalecendo a capacidade docente e a capacidade de gestão do SUS em cada base
locorregional;

VI - estabelecer a pactuação e a negociação permanentes entre os atores das ações e serviços


do SUS, docentes e estudantes da área da saúde; e

VII - estabelecer relações cooperativas com as outras articulações locorregionais nos estados e
no País

Art. 2º Poderão compor os Pólos de Educação Permanente em Saúde para o SUS:

I - gestores estaduais e municipais de saúde e de educação;

II - instituições de ensino com cursos na área da saúde;

III - escolas técnicas, escolas de saúde pública e demais centros formadores das secretarias
estaduais ou municipais de saúde;

IV - núcleos de saúde coletiva;

V - hospitais de ensino e serviços de saúde;

VI - estudantes da área de saúde;

VII - trabalhadores de saúde;

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VIII - conselhos municipais e estaduais de saúde; e

IX - movimentos sociais ligados à gestão das políticas públicas de saúde.

Parágrafo único. Outras instituições poderão pedir sua integração, cabendo ao Colegiado de
Gestão o encaminhamento das inclusões.

Art. 3º O Colegiado de Gestão de cada Pólo de Educação Permanente em Saúde para o SUS
será composto por representantes de todas as instituições participantes e poderá contar com
um Conselho Gestor que será constituído por representantes do gestor estadual (direção
regional ou similar), dos gestores municipais (Cosems), do gestor do município sede do Pólo,
das instituições de ensino e dos estudantes, formalizado por resolução do respectivo Conselho
Estadual de Saúde.

Art. 4º Nos Estados com vários Pólos de Educação Permanente em Saúde para o SUS, cabe à
Secretaria Estadual de Saúde (SES) a iniciativa de reuni-los periodicamente para estimular a
cooperação e a conjugação de esforços, a não fragmentação das propostas e a
compatibilização das iniciativas com a política estadual e nacional de saúde, atendendo aos
interesses e necessidade do fortalecimento do SUS e da Reforma Sanitária Brasileira e sempre
respeitando as necessidades locais.

Parágrafo único. Poderá ser criado um Colegiado ou Fórum dos Pólos.

Art. 5º Cada Pólo de Educação Permanente em Saúde para o SUS será referência e se
responsabilizará por um determinado território, que a ele se vinculará para apresentar
necessidades de formação e desenvolvimento.

Parágrafo único. A definição dos territórios locorregionais se fará por pactuação na Comissão
Intergestores Bipartite e aprovação no Conselho Estadual de Saúde em cada Estado, não
podendo restar nenhum município sem referência a um Pólo de Educação Permanente em
Saúde para o SUS;

Art. 6º A Política Nacional de Educação Permanente em Saúde, como uma estratégia do SUS
para a formação e desenvolvimento de trabalhadores para o setor, pela esfera federal, será
financiada com recursos do Orçamento do Ministério da Saúde.

§1º A primeira distribuição de recursos federais será feita de acordo com os critérios e a tabela
de Alocação e Efetivação de Repasses dos Recursos Financeiros do Governo Federal para os
Projetos dos Pólos de Educação Permanente em Saúde (Anexo I desta Portaria), pactuados
pela Comissão Intergestores Tripartite, em 23 de outubro de 2003. Conforme pactuado, em
maio de 2004, será feita uma avaliação da implantação dos Pólos e dos critérios de distribuição
dos recursos para definição da próxima distribuição.

§2º A principal mobilização de recursos financeiros do Ministério da Saúde para a


implementação da política de formação e desenvolvimento dos trabalhadores de saúde para o
SUS será destinada à implementação dos projetos dos Pólos de Educação Permanente em
Saúde para o SUS pactuados pelo Colegiado de Gestão de cada Pólo, CIB e CES de cada
Estado, assegurando as diretrizes para implementação da Política Nacional de Educação
Permanente em Saúde, estabelecidas nacionalmente.

Art. 7º Os projetos apresentados pelos Pólos de Educação Permanente em Saúde para o SUS
serão acreditados pelo Ministério da Saúde, de acordo com as “Orientações e Diretrizes para a

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Operacionalização da Política Nacional de Educação Permanente em Saúde como estratégia


do SUS para a formação e o desenvolvimento dos trabalhadores para o setor” (Anexo II desta
Portaria), produzidas em conformidade com os documentos aprovados no Conselho Nacional
de Saúde e os documentos pactuados na Comissão Intergestores Tripartite.

Parágrafo único. O Ministério da Saúde oferecerá o acompanhamento e assessoramento


necessários para que todos os projetos apresentados contemplem as diretrizes de validação
previstas e os critérios pactuados para tanto, de forma a assegurar que nenhum projeto seja
excluído.

Art. 8º É constituída uma Comissão Nacional de Acompanhamento da Política de Educação


Permanente do SUS, sob a responsabilidade da Secretaria de Gestão do Trabalho e da
Educação na Saúde - SGTES, do Ministério da Saúde, que tem como papel fundamental a
pactuação em torno das diretrizes políticas gerais e a formulação de critérios para o
acompanhamento e a ressignificação dos projetos existentes, bem como para a análise dos
novos projetos, sua avaliação e acompanhamento, com a participação de representantes do
Ministério da Saúde (das Secretarias, Agências ou da FUNASA do MS), do Conselho Nacional
de Saúde, do Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Saúde (Conass), do Conselho
Nacional de Secretários Municipais de Saúde (Conasems), do Ministério da Educação (MEC),
dos estudantes universitários e das associações de ensino das profissões da saúde.

A Educação Permanente é aprendizagem no trabalho, onde o aprender e o ensinar se


incorporam ao quotidiano das organizações e ao trabalho. Propõe-se que os processos de
capacitação dos trabalhadores da saúde tomem como referência as necessidades de saúde
das pessoas e das populações, da gestão setorial e do controle social em saúde, tenham como
objetivos a transformação das práticas profissionais e da própria organização do trabalho e
sejam estruturados a partir da problematização do processo de trabalho.

A Política Nacional de Educação Permanente em Saúde explicita a relação da proposta


com os princípios e diretrizes do SUS, da Atenção Integral à Saúde e a construção da Cadeia
do Cuidado Progressivo à Saúde na rede do SUS, onde se considere a organização e o
funcionamento horizontal dos recursos, das tecnologias e da disponibilidade dos trabalhadores
em saúde para garantir a oportunidade, a integralidade e a resolução dos processos de
atenção à saúde, da gestão, do controle social e da produção social de conhecimento.

Uma cadeia de cuidados progressivos à saúde supõe a ruptura com o conceito de


sistema verticalizado para trabalhar com a idéia de rede, de um conjunto articulado de serviços
básicos, ambulatórios de especialidades e hospitais gerais e especializados em que todas as
ações e serviços de saúde sejam prestados reconhecendo-se contextos e histórias de vida e
assegurando adequado acolhimento e responsabilização pelos problemas de saúde das
pessoas e das populações).

O objetivo do Ministério da Saúde é a construção de uma política nacional de formação


e desenvolvimento para o conjunto dos profissionais de saúde, principalmente por meio da
constituição de Pólos de Educação Permanente em Saúde para o SUS (instâncias
interinstitucionais e locorregionais/rodas de gestão) com a elaboração de projetos de: mudança
na educação técnica, na graduação, nas especializações em serviço, nas residências médicas
ou outras estratégias de pós-graduação; desenvolvimento dos trabalhadores e dos gestores de
saúde; envolvimento com o movimento estudantil da saúde; produção de conhecimento para a
mudança das práticas de saúde e de formação, bem como a educação popular para a gestão
social das políticas públicas de saúde.

A negociação de iniciativas inovadoras e articuladoras deve se dar em cinco campos:

- transformar toda a rede de gestão e de serviços em ambientes-escola;

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- estabelecer a mudança nas práticas de formação e de saúde como construção da


integralidade da atenção de saúde à população;

- instituir a educação permanente de trabalhadores para o SUS;

- construir políticas de formação e desenvolvimento com bases locorregionais;

- avaliação como estratégia de construção de um compromisso institucional de


cooperação e de sustentação do processo de mudança.

A Política Nacional de Educação Permanente em Saúde é uma proposta de ação


estratégica que visa a contribuir para transformar e qualificar: a atenção à saúde, a
organização das ações e dos serviços, os processos formativos, as práticas de saúde e as
práticas pedagógicas.

A implantação desta Política, implica em trabalho articulado entre o sistema de saúde


(em suas várias esferas de gestão) e as instituições de ensino, colocando em evidência a
formação e o desenvolvimento para o SUS como construção da Educação Permanente em
Saúde: agregação entre desenvolvimento individual e institucional, entre ações e serviços e
gestão setorial e entre atenção à saúde e controle social.

Assim, propõe-se a implantação e mobilização de Pólos de Educação Permanente em


Saúde para o SUS (instâncias interinstitucionais e locorregionais/rodas de gestão) como
articulação e criação de novas ações e investimentos que, contribuam para o avanço do
SUS, diversificando a oferta de cursos, estimulando a superação dos limites da formação e
das práticas clínicas ou de gestão tradicionais, proporcionando a interação de docentes e
estudantes nos cenários de práticas de saúde, promovendo a educação permanente das
equipes de saúde, fortalecendo o controle da sociedade sobre o sistema de saúde e
qualificando a formação e a atenção integral à saúde.

O Pólo deve ter condução e coordenação colegiada, quebrando-se a regra hegemônica


da verticalidade do comando e da hierarquia nos fluxos.

A gestão colegiada deve explicitar o compromisso com a mudança, suprimindo a


imagem da pirâmide, a noção de níveis de gerenciamento e a construção programática
fragmentária, trazendo para a cena a capacidade de valorizar o potencial de mobilização e
de desestabilização das estruturas tradicionais.

Dentro do Colegiado de Gestão todas as instituições têm poder igual e, assim, podem
exercer sua própria transformação, desenvolvendo compromissos com a inovação da
gestão democrática e horizontal. O Pólo de Educação Permanente em Saúde para o SUS
se caracteriza como gestão colegiada e tem natureza política e crítico-reflexiva. Os
executores das ações serão cada instituição ou arranjos entre instituições debatidos no
Colegiado de Gestão do Pólo de Educação Permanente em Saúde para o SUS.

Cada parceiro institucional do Pólo deve reorientar as iniciativas de formação e


desenvolvimento em saúde atualmente em curso de acordo com os princípios da Educação
Permanente em Saúde e com as prioridades e orientações produzidas em sua base de
inserção locorregional; ou seja, todas as iniciativas de formação e desenvolvimento devem
ser repactuadas para integrar a Política Nacional de Educação Permanente em Saúde.

Caberá ao Colegiado de Gestão de cada um dos Pólos de Educação Permanente em


Saúde para o SUS a elaboração das propostas sobre as escolhas gerais, dos rumos e
estratégias locais e a problematização de seus operadores conceituais.

Questões relacionadas à metodologia pedagógica, definição dos processos de seleção


de alunos, problematização das prioridades de desenvolvimento institucional, tematização
das relações entre formação e mudança na gestão setorial e o debate sobre a educação
para o SUS e fortalecimento do controle social em saúde aparecem como as questões
centrais a serem enfrentadas por este espaço colegiado.

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Pode contar com um Conselho Gestor que será constituído por representantes do
gestor estadual (direção regional ou similar), dos gestores municipais (Cosems), do gestor
do município sede do pólo, das instituições de ensino e dos estudantes, formalizado por
resolução do CES, que tem como responsabilidade promover reuniões periódicas do
Colegiado de Gestão, nas quais serão processadas as demandas, identificadas as áreas
temáticas relevantes para as mudanças nas práticas de formação e de atenção à saúde e
a produção de conhecimento e feitas avaliações periódicas das atividades executadas,
bem como o acompanhamento da execução financeira, abrindo a possibilidade de recriar
processos de integração entre os participantes.

Funções do Colegiado de Gestão do Pólo de Educação Permanente em Saúde


para o SUS

I - mobilizar a formulação e a integração de ações de educação na saúde entre os


distintos atores locais: usuários; gestores da saúde e da educação; dirigentes da educação
e de ações e serviços de saúde; docentes e estudantes da educação técnica, de
graduação e de pós-graduação; trabalhadores de saúde; agentes sociais e parceiros
intersetoriais;

II - induzir processos de transformação das práticas de saúde (atenção, gestão e


controle social) e de educação dos profissionais de saúde (ensino, pesquisa, extensão,
documentação e cooperação técnica);

III - Formular políticas de formação e desenvolvimento em bases geopolíticas


territorializadas (locorregionais);

IV - formular abordagens e estratégias integradas e integradoras de implementação


educativa dos campos de conhecimentos específicos (temáticas ou áreas técnicas
delimitadas) e reconhecidos como de interesse locorregional, estadual ou nacional
(exemplos: tuberculose, hanseníase, aids, dengue, saúde do trabalhador, saúde bucal,
saúde mental, saúde da mulher, saúde bucal, urgência e emergência...);

V - estabelecer relações cooperativas entre os vários Pólos de Educação Permanente


em Saúde para o SUS, tendo em vista a necessidade de compartilhar iniciativas e de
possibilitar o acesso aos saberes e práticas de outros locais (internamente aos estados e
nacionalmente).

Bases do Pólo de Educação Permanente em Saúde para o SUS

I - apresentar-se como um dispositivo de agregação e direcionalidade das diferentes


instituições e responsabilizando-se por um determinado território (o conceito de território
pode abranger municípios vizinhos – dentro ou fora dos limites de um mesmo estado –
áreas de um município e áreas de outros municípios e, ainda, municípios não vizinhos;
valem as regionalizações da atenção à saúde, da cobertura regional universitária ou
técnico-escolar, de deslocamento social da população por motivos culturais ou econômicos
etc., entre outros);

II - estabelecer-se como articulação interinstitucional locorregional como roda de gestão


da Educação Permanente em Saúde (coordenação, condução e avaliação) e não de
execução direta de ações (é lugar de debate e decisão política e não o lugar executivo da
implementação das ações);

III - configura-se com capacidade de reunir gestores do SUS, instituições formadoras,


instâncias de controle social, hospitais de ensino e outros serviços de saúde e
representação estudantil. Todos esses autores/atores constituem o Colegiado de Gestão,
cujo papel é o de propiciar o debate amplo acerca dos problemas, prioridades e
conformação das alternativas de formação e desenvolvimento dos trabalhadores de saúde,
bem como de outros atores sociais da saúde;

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IV - constitui-se com capacidade de caminhar na mesma cultura que constrói o SUS,


isto é, mediante negociação e pactuação, estabelecendo a ruptura com a lógica de
relações “de balcão” ou “de banco” com o governo federal ou estadual e com os projetos
verticalizados, possibilitando o desenvolvimento de estratégias locais, regionais e
estaduais;

V - estabelecer-se como espaço de formulação de políticas e de negociações


interinstitucionais e intersetoriais orientadas pelas necessidades de formação e
desenvolvimento dos trabalhadores de saúde e pelos princípios e diretrizes do SUS, sem
substituir quaisquer fóruns de formulação e decisão sobre as políticas de organização da
atenção à saúde;

VI - comprometer-se com o registro das práticas implementadas e suas características,


bem com a apresentação a análise crítica do trabalho realizado, permitindo ampla
visibilidade sobre os processos formativos desenvolvidos e sua influência sobre as práticas
de atenção e educação em saúde;

VII - estabelecer-se como um fórum privilegiado para a discussão e definição relativa à


formação e ao desenvolvimento em sua base de inserção locorregional;

VIII - constituir-se como referência para um certo território (base locorregional), ao qual
se vincula para oferecer e receber propostas de formação e desenvolvimento;

IX - referenciar-se aos municípios e às diretorias regionais das Secretarias Estaduais


de Saúde constituintes de seu território de abrangência para organizar políticas formativas
e de desenvolvimento de forma participante com o Sistema de Saúde locorregional;

X - reconhecer-se como recurso para territórios ampliados no que puder ser referência,
buscando contemplar municípios ou regiões não incluídos em sua base de referência,
apoiando os demais Pólos de Educação Permanente em Saúde para o SUS ou estruturas
de formação participantes da Política Nacional de Educação Permanente em Saúde;

XI - estabelece-se como um Colegiado de Gestão onde participam todas as instituições


que aderirem a proposta. A gestão colegiada será participativa e assegurará transparência.
Em conformidade às práticas do SUS, as decisões serão tomadas por consenso. Quando
isso não for possível, a decisão deve ser encaminhada para as instâncias pertinentes
(Comissão Intergestores Bipartite Estadual e Conselho Estadual de Saúde).

AULA 32 - Política Nacional de Humanização (HUMANIZA-SUS)

A Política Nacional de Humanização (PNH) existe desde 2003 para efetivar os


princípios do SUS no cotidiano das práticas de atenção e gestão, qualificando a saúde pública
no Brasil e incentivando trocas solidárias entre gestores, trabalhadores e usuários.

A PNH deve se fazer presente e estar inserida em todas as políticas e programas do


SUS. Promover a comunicação entre estes três grupos pode provocar uma série de debates
em direção a mudanças que proporcionem melhor forma de cuidar e novas formas de
organizar o trabalho.

A humanização é a valorização dos usuários, trabalhadores e gestores no processo de


produção de saúde.

Valorizar os sujeitos é oportunizar uma maior autonomia, a ampliação da sua


capacidade de transformar a realidade em que vivem, através da responsabilidade
compartilhada, da criação de vínculos solidários, da participação coletiva nos processos de
gestão e de produção de saúde.

Produzindo mudanças nos modos de gerir e cuidar, a PNH estimula a comunicação


entre gestores, trabalhadores e usuários para construir processos coletivos de enfrentamento

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de relações de poder, trabalho e afeto que muitas vezes produzem atitudes e práticas
desumanizadoras que inibem a autonomia e a corresponsabilidade dos profissionais de saúde
em seu trabalho e dos usuários no cuidado de si.

Vinculada à Secretaria de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde, a PNH conta com


um núcleo técnico sediado em Brasília – DF e equipes regionais de apoiadores que se
articulam às secretarias estaduais e municipais de saúde.

A partir desta articulação se constroem, de forma compartilhada, planos de ação para


promover e disseminar inovações em saúde.

Com a análise dos problemas e dificuldades em cada serviço de saúde e tomando por
referência experiências bem-sucedidas de humanização, a PNH tem sido experimentada em
todo o país.

Existe um SUS que dá certo, e dele partem as orientações da PNH, traduzidas em seu
método, princípios, diretrizes e dispositivos.

Como valorizar participação de usuário, profissionais e gestores

As rodas de conversa, o incentivo às redes e movimentos sociais e a gestão dos


conflitos gerados pela inclusão das diferenças são ferramentas experimentadas nos serviços
de saúde a partir das orientações da PNH que já apresentam resultados positivos.

Incluir os trabalhadores na gestão é fundamental para que eles, no dia a dia,


reinventem seus processos de trabalho e sejam agentes ativos das mudanças no serviço de
saúde.

Incluir usuários e suas redes sócio-familiares nos processos de cuidado é um poderoso


recurso para a ampliação da corresponsabilização no cuidado de si.

O HumanizaSUS aposta em inovações em saúde

• Defesa de um SUS que reconhece a diversidade do povo brasileiro e a todos oferece a


mesma atenção à saúde, sem distinção de idade, etnia, origem, gênero e orientação
sexual;

• Estabelecimento de vínculos solidários e de participação coletiva no processo de


gestão;

• Mapeamento e interação com as demandas sociais, coletivas e subjetivas de saúde;

• Valorização dos diferentes sujeitos implicados no processo de produção de saúde:


usuários, trabalhadores e gestores;

• Fomento da autonomia e do protagonismo desses sujeitos e dos coletivos;

• Aumento do grau de corresponsabilidade na produção de saúde e de sujeitos;

• Mudança nos modelos de atenção e gestão em sua indissociabilidade, tendo como


foco as necessidades dos cidadãos, a produção de saúde e o próprio processo de
trabalho em saúde, valorizando os trabalhadores e as relações sociais no trabalho;

• Proposta de um trabalho coletivo para que o SUS seja mais acolhedor, mais ágil e mais
resolutivo;

• Qualificação do ambiente, melhorando as condições de trabalho e de atendimento;

• Articulação dos processos de formação com os serviços e práticas de saúde;

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• Luta por um SUS mais humano, porque construído com a participação de todos e
comprometido com a qualidade dos seus serviços e com a saúde integral para todos e
qualquer um.

Formação - Intervenção

Por meio de cursos e oficinas de formação/intervenção e a partir da discussão dos


processos de trabalho, as diretrizes e dispositivos da Política Nacional de Humanização
(PNH) são vivenciados e reinventados no cotidiano dos serviços de saúde.

Em todo o Brasil, os trabalhadores são formados técnica e politicamente e


reconhecidos como multiplicadores e apoiadores da PNH, pois são os construtores de
novas realidades em saúde e poderão se tornar os futuros formadores da PNH em suas
localidades.

Propósitos da Política Nacional de Humanização da Atenção e Gestão do SUS

• Contagiar trabalhadores, gestores e usuários do SUS com os princípios e as diretrizes


da humanização;

• Fortalecer iniciativas de humanização existentes;

• Desenvolver tecnologias relacionais e de compartilhamento das práticas de gestão e


de atenção;

• Aprimorar, ofertar e divulgar estratégias e metodologias de apoio a mudanças


sustentáveis dos modelos de atenção e de gestão;

• Implementar processos de acompanhamento e avaliação, ressaltando saberes gerados


no SUS e experiências coletivas bem-sucedidas.

Três macro-objetivos do HumanizaSUS

• Ampliar as ofertas da Política Nacional de Humanização aos gestores e aos conselhos


de saúde, priorizando a atenção básica/fundamental e hospitalar, com ênfase nos
hospitais de urgência e universitários;

• Incentivar a inserção da valorização dos trabalhadores do SUS na agenda dos


gestores, dos conselhos de saúde e das organizações da sociedade civil;

• Divulgar a Política Nacional de Humanização e ampliar os processos de formação e


produção de conhecimento em articulação com movimentos sociais e instituições.

Política Nacional de Humanização busca

• Redução de filas e do tempo de espera, com ampliação do acesso;

• Atendimento acolhedor e resolutivo baseado em critérios de risco;

• Implantação de modelo de atenção com responsabilização e vínculo;

• Garantia dos direitos dos usuários;

• Valorização do trabalho na saúde;

• Gestão participativa nos serviços.

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• PRINCÍPIOS DO HUMANIZA SUS

Transversalidade

• A Política Nacional de Humanização (PNH) deve se fazer presente e estar inserida em


todas as políticas e programas do SUS.

• A PNH busca transformar as relações de trabalho a partir da ampliação do grau de


contato e da comunicação entre as pessoas e grupos, tirando-os do isolamento e das
relações de poder hierarquizadas.

• Transversalizar é reconhecer que as diferentes especialidades e práticas de saúde


podem conversar com a experiência daquele que é assistido. Juntos, esses saberes
podem produzir saúde de forma mais corresponsável.

Indissociabilidade entre atenção e gestão

• As decisões da gestão interferem diretamente na atenção à saúde. Por isso,


trabalhadores e usuários devem buscar conhecer como funciona a gestão dos serviços
e da rede de saúde, assim como participar ativamente do processo de tomada de
decisão nas organizações de saúde e nas ações de saúde coletiva.

• Ao mesmo tempo, o cuidado e a assistência em saúde não se restringem às


responsabilidades da equipe de saúde.

• O usuário e sua rede sócio-familiar devem também se corresponsabilizar pelo cuidado


de si nos tratamentos, assumindo posição protagonista com relação a sua saúde e a
daqueles que lhes são caros.

Protagonismo, corresponsabilidade e autonomia dos sujeitos e coletivos

• Qualquer mudança na gestão e atenção é mais concreta se construída com a


ampliação da autonomia e vontade das pessoas envolvidas, que compartilham
responsabilidades.

• Os usuários não são só pacientes, os trabalhadores não só cumprem ordens: as


mudanças acontecem com o reconhecimento do papel de cada um.

• Um SUS humanizado reconhece cada pessoa como legítima cidadã de direitos e


valoriza e incentiva sua atuação na produção de saúde.

Método e Dispositivos da PNH

Por método entende-se a condução de um processo ou o seu modo de caminhar (meta


= fim; hodos = caminho). A PNH caminha no sentido da inclusão, nos processos de produção
de saúde, dos diferentes agentes implicados nestes processos. Podemos falar de um “método
de tríplice inclusão”:

• inclusão dos diferentes sujeitos (gestores, trabalhadores e usuários) no sentido da


produção de autonomia, protagonismo e corresponsabilidade. Modo de fazer: rodas;

• inclusão dos analisadores sociais ou, mais especificamente, inclusão dos fenômenos
que desestabilizam os modelos tradicionais de atenção e de gestão, acolhendo e
potencializando os processos de mudança. Modo de fazer: análise coletiva dos
conflitos, entendida como potencialização da força crítica das crises.

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• inclusão do coletivo seja como movimento social organizado, seja como experiência
singular sensível (mudança dos perceptos e dos afetos) dos trabalhadores de saúde
quando em trabalho grupal. Modo de fazer; fomento das redes.

EFEITOS ESPERADOS: Política Nacional de Humanização busca

• Redução de filas e do tempo de espera, com ampliação do acesso;

• Atendimento acolhedor e resolutivo baseado em critérios de risco;

• Implantação de modelo de atenção com responsabilização e vínculo;

• Garantia dos direitos dos usuários;

• Valorização do trabalho na saúde;

• Gestão participativa nos serviços.

DISPOSITIVOS DA PNH

Dispositivo é um arranjo de elementos, que podem ser concretos (ex.: uma reforma
arquitetônica, uma decoração, um manual de instruções) e/ou imateriais (ex.: conceitos,
valores, atitudes) mediante o qual se faz funcionar, se catalisa ou se potencializa um processo.

Na PNH, foram desenvolvidos vários dispositivos que são acionados nas práticas de
produção de saúde, envolvendo coletivos e visando promover mudanças nos modelos de
atenção e de gestão:

• Acolhimento com Classificação de Risco;

• Equipes de Referência e de Apoio Matricial;

• Projeto Terapêutico Singular e Projeto de Saúde Coletiva;

• Projetos Cogeridos de Ambiência

• Colegiado Gestor;

• Contrato de Gestão;

• Sistemas de escuta qualificada para usuários e trabalhadores da saúde: gerência de


“porta aberta”; ouvidorias; grupos focais e pesquisas de satisfação, etc.;

• Visita Aberta e Direito à Acompanhante;

• Programa de Formação em Saúde do trabalhador (PFST) e Comunidade Ampliada de


Pesquisa (CAP);

• Programas de Qualidade de Vida e Saúde para os Trabalhadores da Saúde;

• Grupo de Trabalho de Humanização (GTH);

• Câmaras Técnicas de Humanização (CTH);

• Projeto Memória do SUS que dá certo.

REDE HUMANIZA-SUS

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Trata-se de uma arena aberta pela Política Nacional de Humanização (Coordenação


Geral da PNH no Ministério da Saúde) para ampliar o diálogo em torno de seus princípios,
métodos e diretrizes.

É uma rede social das pessoas interessadas e/ou já envolvidas em processos de


humanização da gestão e do cuidado no SUS.

O objetivo é criar uma rede de colaboração, que permita o encontro, a troca, a afetação
recíproca, o afeto, o conhecimento, o aprendizado, a expressão livre, a escuta sensível, a
polifonia, a arte da composição, o acolhimento, a multiplicidade de visões, a arte da conversa,
a participação de qualquer um.

AULA 33 – SERVIÇOS DE ATENÇÃO DOMICILIAR

A atenção domiciliar (AD) é a forma de atenção à saúde oferecida na moradia do


paciente e caracterizada por um conjunto de ações de promoção à saúde, prevenção e
tratamento de doenças e reabilitação, com garantia da continuidade do cuidado e integrada
à Rede de Atenção à Saúde.

Com abordagens diferenciadas, esse tipo de serviço está disponível no Sistema Único
de Saúde (SUS) e é oferecido de acordo com a necessidade do paciente, a partir do
atendimento de diferentes equipes.

De acordo com a necessidade do paciente, esse cuidado em casa pode ser realizado
por diferentes equipes.

Quando o paciente precisa ser visitado com menos frequência, por exemplo, uma vez
por mês, e já está mais estável, este cuidado pode ser realizado pela equipe de Saúde da
Família/Atenção Básica de sua referência. Já os casos de maior complexidade são
acompanhados pelas equipes multiprofissional de atenção domiciliar (EMAD) e de apoio
(EMAP), do Serviços de Atenção Domiciliar (SAD) – Melhor em Casa.

A Atenção Domiciliar proporciona ao paciente um cuidado ligado diretamente aos


aspectos referentes à estrutura familiar, à infraestrutura do domicílio e à estrutura oferecida
pelos serviços para esse tipo de assistência.

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Dessa forma, evita-se hospitalizações desnecessárias e diminui o risco de infecções.


Além disso, melhora a gestão dos leitos hospitalares e o uso dos recursos, bem como diminui a
superlotação de serviços de urgência e emergência.

Os pacientes que precisam de equipamentos e outros recursos de saúde e demandam


maior frequência de cuidado, com acompanhamento contínuo, também podem ser assistidos
pelo Melhor em Casa.

MODALIDADES DE ATENÇÃO DOMICILIAR

Modalidade AD1 – Atenção Básica

Destina-se a pacientes que possuam problemas de saúde controlados/compensados e


com dificuldade ou impossibilidade física de locomoção até uma unidade de saúde; e/ou
pacientes que necessitem de cuidados de menor intensidade, incluídos os de recuperação
nutricional, de menor frequência de visitas, com menor necessidade de recursos de saúde e
dentro da capacidade de atendimento de todos os tipos de equipes que compõem a atenção
básica.

Modalidade AD2 e AD3 – Melhor em Casa (SAD)

Destina-se, na modalidade AD2, a usuários que possuam problemas de saúde e dificuldade ou


impossibilidade física de locomoção até uma unidade de saúde e que necessitem de maior
frequência de cuidado, recursos de saúde e acompanhamento contínuo, podendo ser oriundos
de diferentes serviços da rede de atenção, com necessidade de frequência e intensidade de
cuidados maior que a capacidade da rede básica.

A modalidade AD3 destina-se aos usuários semelhantes aos da AD2, mas que façam
uso de equipamentos específicos. São pacientes de maior complexidade que dificilmente terão
alta dos cuidados domiciliares.

Composição da EMAD Tipo 1 – para municípios com população de 40 mil habitantes ou


mais

• Profissional(is) médico(s) com somatório de carga horária semanal (CHS) de, no


mínimo, 40 (quarenta) horas de trabalho por equipe;

• Profissional(is) enfermeiro(s) com somatório de CHS de, no mínimo, 40 (quarenta)


horas de trabalho por equipe;

• Profissional(is) fisioterapeuta(s) ou assistente(s) social(is) com somatório de CHS de,


no mínimo, 30 (trinta) horas de trabalho por equipe; e

• Profissionais auxiliares ou técnicos de enfermagem, com somatório de CHS de, no


mínimo, 120 (cento e vinte) horas de trabalho por equipe;

Composição da EMAD Tipo 2 – para municípios com população entre 20 mil e 39.999
habitantes

• Profissional médico com CHS de, no mínimo, 20 (vinte) horas de trabalho;

• Profissional enfermeiro com CHS de, no mínimo, 30 (trinta) horas de trabalho;

• Profissional fisioterapeuta ou assistente social com somatório de CHS de, no mínimo,


30 (trinta) horas de trabalho; e

• Profissionais auxiliares ou técnicos de enfermagem, com somatório de CHS de, no


mínimo, 120 (cento e vinte) horas de trabalho.

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Composição da EMAP

A EMAP deverá oferecer apoio à EMAD, bem como às equipes de atenção básica (inclusive
equipes de Saúde da Família e Núcleos de Apoio à Saúde da Família).

A EMAP terá composição mínima de 3 (três) profissionais de nível superior, escolhidos entre as
ocupações listadas a seguir, cuja soma das CHS de seus componentes será de, no mínimo, 90
(noventa) horas de trabalho:

MELHOR EM CASA

O Melhor em Casa é um serviço indicado para pessoas que apresentam dificuldades


temporárias ou definitivas de sair do espaço da casa para chegar até uma unidade de saúde,
ou ainda para pessoas que estejam em situações nas quais a atenção domiciliar é a mais
indicada para o seu tratamento.

A atenção domiciliar visa a proporcionar ao paciente um cuidado mais próximo da


rotina da família, evitando hospitalizações desnecessárias e diminuindo o risco de infecções,
além de estar no aconchego do lar.

Nos casos em que o paciente precisa ser visitado semanalmente ou mais, ele poderá
ser acompanhado por equipes específicas de Atenção Domiciliar, como as que fazem parte do
Programa Melhor em Casa.

O atendimento é realizado por equipes multidisciplinares, formadas prioritariamente por


médicos, enfermeiros, técnicos em enfermagem e fisioterapeuta ou assistente social.

Cada equipe poderá atender, em média, 60 pacientes, simultaneamente.

Benefícios do Melhor Em Casa

Melhorar e ampliar a assistência no SUS a pacientes com agravos de saúde, que possam
receber atendimento humanizado, em casa, e perto da família;

Estudos apontam que o bem estar, carinho e atenção familiar, aliados à adequada assistência
em saúde são elementos importantes para a recuperação de doenças;

Pacientes submetidos a cirurgias e que necessitam de recuperação, quando atendidos em


casa apresentam redução dos riscos de contaminação e infecção;

Melhor em Casa representa um avanço para a gestão de todo o sistema público de saúde, já
que ajudará a desocupar os leitos hospitalares, proporcionando um melhor atendimento e
regulação dos serviços de urgência dos hospitais.

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Para disponibilizar o serviço, o município deve aderir ao programa do Governo Federal.


Além disso, é preciso atender aos critérios de implantação:

• População municipal igual ou superior a 20.000 (vinte mil) habitantes, com base na
população mais recente estimada pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE).

Essa população mínima pode ser atingida por um município isoladamente, ou por meio de
agrupamento para alcançar os vinte mil habitantes, devendo ocorrer, no último caso, pactuação
prévia na Comissão Intergestores Bipartite (CIB) e, se houver, na Comissão Intergestores
Regional (CIR);

• Hospital de referência no município ou região a qual integra; e

• Cobertura de Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192 ou similar, de


acordo com porte populacional).

Ao acessar o sistema, para solicitar habilitação para o custeio das equipes do Melhor em
Casa, o município precisará fornecer informações referentes a: dados demográficos e
epidemiológicos do município, objetivos, quantidade de equipes, profissionais, estruturação da
rede no município, infraestrutura, educação permanente dos profissionais e suporte aos
cuidadores, monitoramento e avaliação.

O Ministério da Saúde repassa, por mês, R$ 50 mil para o custeio das Equipes
Multiprofissionais de Atenção Domiciliar Tipo 1 (EMAD 1), R$ 34 mil para o custeio das Equipes
Multiprofissionais de Atenção Domiciliar Tipo 2 (EMAD 2) e R$ 6 mil para as equipes de apoio
(EMAP). Os repasses do Ministério não excluem a possibilidade de aporte de recursos pelos
gestores locais.

Os recursos são transferidos do Fundo Nacional de Saúde para os fundos municipais ou


estaduais de saúde, incorporados ao Teto de Média e Alta Complexidade – MAC.

As equipes de Atenção Domiciliar do Melhor em Casa são contratadas por estados e


municípios.

O serviço organiza o trabalho da Equipe Multidisciplinar de Atenção Domiciliar (EMAD) no


formato de cuidado horizontal (diarista) de segunda a sexta-feira, com jornada de 12 (doze)
horas/dia de funcionamento, e garante o cuidado à saúde nos finais de semana e feriados,
podendo utilizar nesses casos o regime de plantão, de forma a assegurar a continuidade da
atenção em saúde.

Os pacientes recebem atendimentos domiciliares regulares das equipes, sendo que a


frequência de visitas é definida conforme o estado clínico e avaliação de cada paciente.

É importante que exista, também, um cuidador, que poderá ser ou não membro da família.
O cuidador será a referência da família para as equipes do Melhor em Casa.

Monitoramento

Somente vão receber recursos do Ministério os gestores municipais e estaduais com


equipes habilitadas em portaria, cadastradas no Sistema de Cadastro Nacional de
Estabelecimentos de Saúde (SCNES) e que realizam envio regular de informações acerca dos
atendimentos para o Sistema de Informações em Saúde da Atenção Básica (SISAB).

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AULA 34 – PROGRAMA SAÚDE NA ESCOLA

O Programa Saúde na Escola (PSE), política intersetorial da Saúde e da Educação,


foi instituído em 2007 pelo Decreto Presidencial nº 6.286, de 5 de dezembro de 2007. As
políticas de saúde e educação voltadas às crianças, adolescentes, jovens e adultos da
educação pública brasileira se unem para promover saúde e educação integral.

A intersetorialidade das redes públicas de saúde e de educação e das demais redes


sociais para o desenvolvimento das ações do PSE implica mais do que ofertas de serviços num
mesmo território, pois deve propiciar a sustentabilidade das ações a partir da conformação de
redes de corresponsabilidade.

A articulação entre Escola e Atenção Primária à Saúde é a base do Programa Saúde


na Escola. O PSE é uma estratégia de integração da saúde e educação para o
desenvolvimento da cidadania e da qualificação das políticas públicas brasileiras.

Para o alcance dos objetivos e sucesso do PSE é de fundamental importância


compreender a Educação Integral como um conceito que compreende a proteção, a atenção e
o pleno desenvolvimento da comunidade escolar.

Na esfera da saúde, as práticas das equipes de Saúde da Família, incluem prevenção,


promoção, recuperação e manutenção da saúde dos indivíduos e coletivos humanos.

Para alcançar estes propósitos o PSE foi constituído por cinco componentes:

a) Avaliação das Condições de Saúde das crianças, adolescentes e jovens que estão na
escola pública;

b) Promoção da Saúde e de atividades de Prevenção;

c) Educação Permanente e Capacitação dos Profissionais da Educação e da Saúde e de


Jovens;

d) Monitoramento e Avaliação da Saúde dos Estudantes;

e) Monitoramento e Avaliação do Programa.

Mais do que uma estratégia de integração das políticas setoriais, o PSE se propõe a ser um
novo desenho da política de educação e saúde já que:

(1) trata a saúde e educação integrais como parte de uma formação ampla para a cidadania e
o usufruto pleno dos direitos humanos;

(2) permite a progressiva ampliação das ações executadas pelos sistemas de saúde e
educação com vistas à atenção integral à saúde de crianças e adolescentes; e

(3) promove a articulação de saberes, a participação de estudantes, pais, comunidade escolar


e sociedade em geral na construção e controle social da política pública.

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ADESÃO

A responsabilidade da Atenção Primária à Saúde (APS) com o território e sua população é


permanente, incluindo a comunidade escolar.

A adesão ao PSE é uma forma de sistematizar as intervenções voltadas a esse público no


âmbito das redes públicas de saúde e de educação.

Essa adesão é um compromisso assumido pelas Secretarias da Saúde e Educação com a


garantia da atenção integral à saúde dos estudantes e formação integral, por meio de ações de
prevenção, promoção e atenção à saúde.

Essencialmente consiste na formalização dessas secretarias na pactuação a cada dois anos


das ações do Programa a serem desenvolvidas nas comunidades escolas do território.

MONITORAMENTO

O monitoramento e a avaliação devem se tornar práticas culturais na implementação do


Programa Saúde na Escola (PSE), pois além de ser uma diretriz, também é uma oportunidade
de aperfeiçoamento das atividades, ao acompanhar as implicações propagadas no território, e
de reorientação das intervenções do Programa.

Diversas são as possibilidades que envolvem essas práticas no PSE, desde o simples
monitoramento das ações realizadas, por meio dos sistemas de informações em saúde
disponíveis, até o desenvolvimento dos processos avaliativos mais complexos.

Monitorar e avaliar no âmbito do PSE é atribuir valor às atividades desenvolvidas e legitimar os


esforços empregados na atenção voltada aos estudantes.

DIRETRIZES

I – Descentralização e respeito à autonomia federativa.

II - Integração e articulação das redes públicas de ensino e de saúde, por meio da junção das
ações do Sistema Único de Saúde (SUS) às ações das redes de educação pública, de forma a
ampliar o alcance e o impacto de suas ações relativas aos educandos e suas famílias,
otimizando a utilização dos espaços, dos equipamentos e dos recursos disponíveis.

III - Territorialidade, respeitando as realidades e as diversidades existentes no espaço sob


responsabilidade compartilhada.

IV - Interdisciplinaridade e intersetorialidade, permitindo a progressiva ampliação da troca de


saberes entre diferentes profissões e a articulação das ações executadas pelos sistemas de
Saúde e de Educação, com vistas à atenção integral à saúde dos estudantes.

V - Integralidade, tratando a saúde e educação integrais como parte de uma formação ampla
para a cidadania e o usufruto pleno dos direitos humanos, fortalecendo o enfrentamento das
vulnerabilidades, que possam comprometer o pleno desenvolvimento do estudante.

VI – Cuidado ao longo do tempo, atuando, efetivamente, no acompanhamento compartilhado


durante o desenvolvimento dos estudantes, prevendo a reorientação dos serviços para além de
suas responsabilidades técnicas.

VII - Controle social, buscando promover a articulação de saberes, a participação dos

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educandos, pais, comunidade escolar e sociedade em geral na construção das políticas


públicas da Saúde e Educação.

VIII – Monitoramento e avaliação permanentes, visando o aperfeiçoamento das práticas


desenvolvidas, de vislumbre das implicações propagadas nos cenários que envolvem a
intervenção, e das estratégias empregas na macro e micropolítica.

Decreto Presidencial nº 6.286, de 5 de dezembro de 2007.

Art. 1 o Fica instituído, no âmbito dos Ministérios da Educação e da Saúde, o Programa Saúde
na Escola - PSE, com finalidade de contribuir para a formação integral dos estudantes da rede
pública de educação básica por meio de ações de prevenção, promoção e atenção à saúde.

Art. 2o São objetivos do PSE:

I - promover a saúde e a cultura da paz, reforçando a prevenção de agravos à saúde, bem


como fortalecer a relação entre as redes públicas de saúde e de educação;

II - articular as ações do Sistema Único de Saúde - SUS às ações das redes de educação
básica pública, de forma a ampliar o alcance e o impacto de suas ações relativas aos
estudantes e suas famílias, otimizando a utilização dos espaços, equipamentos e recursos
disponíveis;

III - contribuir para a constituição de condições para a formação integral de educandos;

IV - contribuir para a construção de sistema de atenção social, com foco na promoção da


cidadania e nos direitos humanos;

V - fortalecer o enfrentamento das vulnerabilidades, no campo da saúde, que possam


comprometer o pleno desenvolvimento escolar;

VI - promover a comunicação entre escolas e unidades de saúde, assegurando a troca de


informações sobre as condições de saúde dos estudantes; e

VII - fortalecer a participação comunitária nas políticas de educação básica e saúde, nos três
níveis de governo.

Art. 3 o O PSE constitui estratégia para a integração e a articulação permanente entre as


políticas e ações de educação e de saúde, com a participação da comunidade escolar,
envolvendo as equipes de saúde da família e da educação básica.

§ 1o São diretrizes para a implementação do PSE:

I - descentralização e respeito à autonomia federativa;

II - integração e articulação das redes públicas de ensino e de saúde;

III - territorialidade;

IV - interdisciplinaridade e intersetorialidade;

V - integralidade;

VI - cuidado ao longo do tempo;

VII - controle social; e

VIII - monitoramento e avaliação permanentes.

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§ 2 o O PSE será implementado mediante adesão dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios aos objetivos e diretrizes do programa, formalizada por meio de termo de
compromisso.

§ 3o O planejamento das ações do PSE deverá considerar:

I - o contexto escolar e social;

II - o diagnóstico local em saúde do escolar; e

III - a capacidade operativa em saúde do escolar.

Art. 4 o As ações em saúde previstas no âmbito do PSE considerarão a atenção, promoção,


prevenção e assistência, e serão desenvolvidas articuladamente com a rede de educação
pública básica e em conformidade com os princípios e diretrizes do SUS, podendo
compreender as seguintes ações, entre outras:

I - avaliação clínica;

II - avaliação nutricional;

III - promoção da alimentação saudável;

IV - avaliação oftalmológica;

V - avaliação da saúde e higiene bucal;

VI - avaliação auditiva;

VII - avaliação psicossocial;

VIII - atualização e controle do calendário vacinal;

IX - redução da morbimortalidade por acidentes e violências;

X - prevenção e redução do consumo do álcool;

XI - prevenção do uso de drogas;

XII - promoção da saúde sexual e da saúde reprodutiva;

XIII - controle do tabagismo e outros fatores de risco de câncer;

XIV - educação permanente em saúde;

XV - atividade física e saúde;

XVI - promoção da cultura da prevenção no âmbito escolar; e

XVII - inclusão das temáticas de educação em saúde no projeto político pedagógico das
escolas.

Parágrafo único. As equipes de saúde da família realizarão visitas periódicas e permanentes às


escolas participantes do PSE para avaliar as condições de saúde dos educandos, bem como
para proporcionar o atendimento à saúde ao longo do ano letivo, de acordo com as
necessidades locais de saúde identificadas.

Art. 5 o Para a execução do PSE, compete aos Ministérios da Saúde e Educação, em conjunto:

I - promover, respeitadas as competências próprias de cada Ministério, a articulação entre as


Secretarias Estaduais e Municipais de Educação e o SUS;

II - subsidiar o planejamento integrado das ações do PSE nos Municípios entre o SUS e o
sistema de ensino público, no nível da educação básica;

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III - subsidiar a formulação das propostas de formação dos profissionais de saúde e da


educação básica para implementação das ações do PSE;

IV - apoiar os gestores estaduais e municipais na articulação, planejamento e implementação


das ações do PSE;

V - estabelecer, em parceria com as entidades e associações representativas dos Secretários


Estaduais e Municipais de Saúde e de Educação os indicadores de avaliação do PSE; e

VI - definir as prioridades e metas de atendimento do PSE

§ 1 o Caberá ao Ministério da Educação fornecer material para implementação das ações do


PSE, em quantidade previamente fixada com o Ministério da Saúde, observadas as
disponibilidades orçamentárias.

§ 2 o Os Secretários Estaduais e Municipais de Educação e de Saúde definirão conjuntamente


as escolas a serem atendidas no âmbito do PSE, observadas as prioridades e metas de
atendimento do Programa.

Art. 6 o O monitoramento e avaliação do PSE serão realizados por comissão interministerial


constituída em ato conjunto dos Ministros de Estado da Saúde e da Educação.

Art. 7 o Correrão à conta das dotações orçamentárias destinadas à sua cobertura, consignadas
distintamente aos Ministérios da Saúde e da Educação, as despesas de cada qual para a
execução dos respectivos encargos no PSE.

Art. 8 o Os Ministérios da Saúde e da Educação coordenarão a pactuação com Estados,


Distrito Federal e Municípios das ações a que se refere o art. 4 o , que deverá ocorrer no prazo
de até noventa dias.

Art. 9o Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

AULA 35 – POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE BUCAL – BRASIL SORRIDENTE

• POLÍTICAS PÚBLICAS EM SAÚDE BUCAL

Podem ser compreendidas como um conjunto de ações do poder público, são regras e
procedimentos que auxiliam as relações entre poder público e sociedade visando solucionar
problemas coletivos. A evolução das políticas públicas de saúde no Brasil estão relacionas com
o avanço político, social e econômica da sociedade. As políticas públicas voltadas para a
saúde bucal, seguiram os mesmos caminhos na evolução histórica da saúde pública no país.

 Serviço Especial de Saúde Pública (SESP) – 1952  atendimento a escolares; dá


origem ao sistema incremental

 Fluoretação das águas de abastecimento – 1974  lei federal 6050

 VIII Conferência Nacional de Saúde – 1986  bases para o SUS

 I Conferência Nacional em Bucal – 1986  necessidade de criar uma Política Nacional


de Saúde Bucal

 Programa Nacional de Controle da Cárie Dentária - 1988

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 Política Nacional de Saúde Bucal – 1989

- Era destinada, inicialmente, às crianças em idade escolar na faixa de 6 a 12 anos, e


seguida das faixas etárias de 13 a 19 anos, de 2 a 5 anos e adultos.

- Em relação aos serviços prestados, a prioridade estava voltada para os serviços


emergenciais, ações preventivas, educação em saúde bucal e serviços recuperadores
mais básicos, tais como restaurações dentárias.

- A PNSB também apontava para prestação de serviços nas especialidades


consideradas básicas, que seria a atenção endodôntica, a periodontia, a atenção
protética, cirúrgica e ortodôntica, além de serviços especializados de maior
complexidade.

- Seu principal objetivo é a reorganização da prática e a qualificação das ações e


serviços oferecidos, reunindo uma série de ações em saúde bucal voltada para os
cidadãos de todas as idades, com ampliação do acesso ao tratamento odontológico
gratuito aos brasileiros por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).

- As principais linhas de ação do programa são a reorganização da atenção básica em


saúde bucal (principalmente com a implantação das equipes de Saúde Bucal eSB na
Estratégia Saúde da Família ESF), a ampliação e qualificação da atenção
especializada (especialmente com a implantação de Centros de Especialidades
Odontológicas CEO e Laboratórios Regionais de Próteses Dentárias) e a viabilização
da adição de flúor nas estações de tratamento de águas de abastecimento público.

- Também, o Brasil Sorridente articula outras ações intraministeriais e interministeriais.

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PRESSUPOSTOS
- Assumir o compromisso de qualificação da atenção básica, garantindo qualidade e
resolutividade, independentemente da estratégia adotada pelo município para sua
organização;

- Garantir uma rede de atenção básica articulada com toda a rede de serviços e como
parte indissociável dessa;

- Assegurar a integralidade nas ações de saúde bucal, articulando o individual com o


coletivo, a promoção e a prevenção com o tratamento e a recuperação da saúde da
população adscrita, não descuidando da necessária atenção a qualquer cidadão em
situação de urgência;

- Utilizar a epidemiologia e as informações sobre o território subsidiando o planejamento


—deve-se buscar que as ações sejam precedidas de um diagnóstico das condições de
saúde-doença das populações, através da abordagem familiar e das relações que se
estabelecem no território onde se desenvolve a prática de saúde;

- Acompanhar o impacto das ações de saúde bucal por meio de indicadores adequados,
o que implica a existência de registros fáceis, confiáveis e contínuos;

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PREPARATÓRIO PARA CONCURSO PREFEITURA DO RECIFE – CARGO CIRURGIÃO DENTISTA 24

- Centrar a atuação na Vigilância à Saúde, incorporando práticas contínuas de avaliação


e acompanhamento dos danos, riscos e determinantes do processo saúdedoença,
atuação intersetorial e ações sobre o território;

- Incorporar a Saúde da Família como uma importante estratégia na reorganização da


atenção básica

- Definir política de educação permanente para os trabalhadores em saúde bucal, com o


objetivo de implementar projetos de mudança na formação técnica, de graduação e
pós-graduação para que atendam às necessidades da população e aos princípios do
SUS. Estabelecer responsabilidades entre as esferas de governo, com mecanismos de
cooperação técnica e financeira, visando à formação imediata de pessoal auxiliar, para
possibilitar a implantação das equipes de saúde bucal na ESF. Nos Estados em que os
Pólos de Educação Permanente estiverem implantados, a educação continuada dos
trabalhadores em saúde bucal deve ser dar através deles;

- Estabelecer política de financiamento para o desenvolvimento de ações visando à


reorientação do modelo de atenção.

- Definir uma agenda de pesquisa científica com o objetivo de investigar os principais


problemas relativos à saúde bucal, bem como desenvolver novos produtos e
tecnologias necessários à expansão das ações dos serviços públicos de saúde bucal,
em todos os níveis de atenção.

PRINCÍPIOS NORTEADORES

- Gestão Participativa: definir democraticamente a política de saúde bucal, assegurando


a participação das representações de usuários, trabalhadores e prestadores, em todas
as esferas de governo;

- Ética: assegurar que toda e qualquer ação seja regida pelos princípios universais da
ética em saúde;

- Acesso: buscar o acesso universal para a assistência e dar atenção a toda demanda
expressa ou reprimida, desenvolvendo ações coletivas a partir de situações individuais
e vice-versa e assumindo a responsabilidade por todos os problemas de saúde da
população de um determinado espaço geográfico. Prioridade absoluta deve ser dada
aos casos de dor, infecção e sofrimento.

- Acolhimento: desenvolver ações para o usuário considerando-o em sua integralidade


bio-psico-social. Significa a base da humanização das relações e caracteriza o primeiro
ato de cuidado junto aos usuários, contribuindo para o aumento da resolutividade.

- Vínculo: responsabilizar a unidade ou serviço de saúde na solução dos problemas em


sua área de abrangência, através da oferta de ações qualificadas, eficazes e que
permitam o controle, pelo usuário, no momento de sua execução. O vínculo é o
resultado das ações do acolhimento e, principalmente, da qualidade da resposta
(clínica ou não) recebida pelo usuário.

- Responsabilidade Profissional: implicar-se com os problemas e demandas dos


usuários, garantindo respostas resolutivas, tornando-se co-responsável pelo
enfrentamento dos fatores associados com o processo saúde-doença em cada
território. Corresponde ao desenvolvimento de práticas profissionais baseadas no
respeito à identidade do usuário, conhecimento do contexto familiar e laboral,
disponibilizando o tempo necessário à escuta da queixa e ao atendimento e
providências pertinentes, criando suportes para a atenção integral à saúde e às
necessidades dos diferentes grupos populacionais.

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• PROCESSO DE TRABALHO

- Interdisciplinaridade e Multiprofissionalismo

- Integralidade da atenção

- Intersetorialidade (setores que influenciam na saúde humana)

- Ampliação e qualificação da assistência

- Condições de trabalho

- parâmetros

Com relação à Ampliação e qualificação da assistência, temos:

a) maximizar a hora-clínica do CD para otimizar a assistência – 75% a 85% das horas


contratadas devem ser dedicadas à assistência. De 15% a 25% para outras atividades
(planejamento, capacitação, atividades coletivas). As atividades educativas e
preventivas, ao nível coletivo, devem ser executadas, preferencialmente pelo pessoal
auxiliar. O planejamento, supervisão e avaliação implicam participação e
responsabilidade do CD;

b) garantir o atendimento de urgência na atenção básica e assegurar cuidados


complementares a esses casos em outras unidades de saúde (pronto atendimento,
pronto socorro e hospital) de acordo com o Plano Diretor de Regionalização;

c) Adequar a disponibilidade de recursos humanos de acordo com o fluxo de demanda da


realidade local.

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