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Ano XC • Nº 15333 Poder Executivo Natal, 27 de dezembro de 2022

 Processo nº 00610021.003672/2022-73
PORTARIA-SEI Nº 3630, DE 26 DE DEZEMBRO DE 2022.

Dispõe sobre  a Política Potiguar de Educação Permanente em Saúde, indicando seus conceitos, princípios
gerais, objetos, objetivos gerais, eixos, diretrizes gerais, formato de implementação, articulação, gestão e
governança e alocação de recursos.
O SECRETÁRIO DE SAÚDE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE, no uso das atribuições que lhe
confere o inciso II do parágrafo único do art. 87 da Constituição; e,
Considerando a competência do Sistema Único de Saúde (SUS) para ordenar a formação de recursos humanos
na área de saúde, prevista no art. 200, III, da Constituição e no art. 6º, III, da Lei nº 8.080, de 19 de setembro de
1990;
Considerando a atribuição comum entre União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios de participar da
formulação e da execução da política de formação e desenvolvimento de recursos humanos para a saúde,
prevista no art. 15, IX, da Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990;
Considerando a Portaria nº 198/GM/MS, de 13 de fevereiro de 2004, que institui a Política Nacional de
Educação Permanente em Saúde como estratégia do Sistema Único de Saúde (SUS) para a formação e o
desenvolvimento de trabalhadores para o setor;
Considerando o Decreto nº 7.508 de 28 de junho de 2011 que regulamenta a Lei nº 8080, de 19 de setembro de
1990, para dispor sobre a organização do SUS, o planejamento da saúde, a assistência à saúde e a articulação
interfederativa;
Considerando a Portaria nº 118/GS/SESAP, de 23 de março de 2011, que instituiu a instrução normativa de
capacitação de recursos humanos e de educação permanente da SESAP/RN, e aprova critérios gerais para
participação dos servidores em ações  de capacitação da Secretaria de Estado da Saúde Pública, com redação
dada pela Portaria nº 422/GS-SESAP, de 1º de dezembro de 2011, atualizando a Instrução Normativa de
Capacitação de Recursos Humanos e de Educação Permanente da Sesap/RN, e aprovar critérios gerais para
participação dos servidores em ações de capacitação da Secretaria de Estado da Saúde Pública na forma do
presente regulamento na forma do presente regulamento, instituída pela Portaria nº 118/11-GS/SESAP, de 23 de
março de 2011, publicada no DOE 12.430 em 1º de abril de 2011;
Considerando a Portaria nº 176/GS/SESAP, 25 de abril de 2011, que dispõe sobre as normas para realização do
Estágio Curricular Obrigatório e das Práticas Supervisionadas da Secretaria Estadual da Saúde Pública do Estado
do Rio Grande do Norte - SESAP, com redação dada pela Portaria nº 316/GS/SESAP, 21 de julho de 2011que
retificar o artigo 13º da Portaria nº 176/GS/SESAP;
Considerando a necessidade de fortalecer a Agenda 2014 de Educação Permanente em Saúde: um movimento
instituinte de novas práticas no Ministério da Saúde, da Secretaria-Executiva, Subsecretaria de Assuntos
Administrativos;
Considerando a Portaria de Consolidação nº 2, de 28 de setembro de 2017, que consolida das normas sobre as
políticas nacionais de saúde do Sistema Único de Saúde;
Considerando deliberações da 3ª Conferência Nacional de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, em seus
princípios e diretrizes para a gestão do trabalho no SUS;
Considerando a Portaria-sei nº 3300, de 19 de novembro de 2020, que Instituiu a Rede Estadual de Educação
Permanente em Saúde, no âmbito da Secretaria de Estado da Saúde Pública do Rio Grande do Norte, que
consiste numa rede articulada de ensino, serviço, pesquisa e extensão para potencializar ações de Educação
Permanente em Saúde de forma descentralizada e regionalizada, com vistas a melhoria da qualidade assistência
aos usuários do SUS-RN; 
Considerando a Política Nacional de Humanização da Atenção e da Gestão na Saúde (2004) que adota a
Educação Permanente em Saúde (EPS) como ferramenta de gestão estratégica às transformações dos processos 
de trabalho em saúde, para qualificar a Força de Trabalho (FT) e a assistência prestada à população usuária do
SUS;
Considerando as Diretrizes para os Planos Estaduais de Saúde entre os entes federativos descentralizados; e
a Programação Anual de Saúde (PAS), previstos pelas resoluções e recomendações do Conselho Nacional de
Saúde, que aponta a Educação Permanente em Saúde (EPS) como um dos pilares do eixo da Gestão Estratégica e
Participativa no SUS;  resolve:
Art. 1º Instituir a Política Potiguar de Educação Permanente em Saúde, indicando seus conceitos, princípios
gerais, objetos, objetivos gerais, eixos, diretrizes gerais, formato de implementação, articulação, gestão e
governança e alocação de recursos.
CAPITULO I
DO CONCEITO
Art 2º A Educação Permanente em Saúde (EPS) refere-se à prática social fundamentada na concepção de
educação como espaço de problematização da realidade local, reflexão e diálogo.
Art 3º A Educação Permanente em Saúde está centrada na valorização do trabalho como fonte de conhecimento,
no enfoque multiprofissional, interdisciplinar, com estratégias de ensino contextualizadas, participativas e
orientadas para a transformação das práticas profissionais.
Art 4º A Educação Permanente em Saúde é aprendizagem no trabalho, no qual o aprender e o ensinar se
incorporam ao cotidiano das organizações e ao trabalho e se baseia na aprendizagem significativa e na
possibilidade de transformar as práticas profissionais.
Art 5º A Educação Permanente em Saúde reafirma que as demandas para a formação e desenvolvimento dos
trabalhadores no Sistema Único de Saúde (SUS) sejam definidas a partir da identificação dos problemas
cotidianos referentes à atenção à saúde e à organização do trabalho.
Art 6º A educação deve ser capaz de desencadear uma visão ampliada e de interdependência entre as profissões
de saúde, além de possibilitar a construção de redes de mudanças sociais, com a consequente expansão da
consciência individual e coletiva.
Art 6º Considerando o conceito de quadrilátero da formação para a área da saúde, as ações de educação
permanente devem ser  ações relativas simultaneamente à formação, à atenção, à gestão e à participação social
para que o trabalho em saúde esteja centrado em uma atuação reflexiva e propositiva.
DOS PRINCÍPIOS GERAIS
Art. 8º A Política Potiguar de Educação Permanente em Saúde do SUS/RN será regida pelos seguintes princípios
gerais:
I - Valorização do trabalho e dos trabalhadores, que pressupõe reconhecer e incluir o papel fundamental do
trabalhador do SUS a partir de modelo democrático de gestão participativa, na busca de atenção integral à saúde
da população;
II - Garantia de processos de trabalho em saúde que promovam o fortalecimento dos coletivos, com estímulo às
relações colaborativas, em condições de trabalho adequadas para o crescimento pessoal e profissional;
III - Integração Educação e Trabalho em Saúde, para a formação profissional e o desenvolvimento de
trabalhadores nos serviços do SUS, por meio de aprendizagem significativa;  
IV - Priorização das ações pautadas pelas necessidades de saúde dos usuários e trabalhadores do SUS, na busca
de transformação das práticas de gestão e atenção em saúde nos processos cotidianos de trabalho;
V - Transformação nas práticas de formação em saúde, em atendimento aos princípios do SUS;
VI - Humanização das relações entre gestores, trabalhadores e usuários do SUS, a qual pressupõe a produção de
saúde a partir da cogestão dos processos de trabalho, gerando corresponsabilização, vínculos solidários, e a
indissociabilidade entre atenção e gestão do SUS.
VII- Fortalecer a relação entre gestores, atores do controle social, das instituições de ensino e de trabalhadores
dos serviços e suas respectivas representações.
CAPÍTULO II
DOS OBJETOS
Art. 9º São objetos da Política Potiguar de Educação Permanente:
I - Os problemas e necessidades emanadas do processo de trabalho em saúde;

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II – A articulação das ações de educação permanente, com base na integração entre Ensino, Serviço e
Comunidade;
III – A promoção da saúde e a defesa da vida;
IV - O fortalecimento da atenção e gestão do SUS;
V- A participação e controle social no cotidiano do trabalho com vistas à produção de mudanças neste contexto.
VI- A pesquisa em saúde, voltada para o fortalecimento do SUS;
VII- A formação para o SUS, com corresponsabilidade dos sujeitos envolvidos no cuidado em saúde.
 
DOS OBJETIVOS GERAIS
Art. 10 Fortalecer a regionalização da EPS por meio da implementação da Rede Potiguar de Educação
Permanente em Saúde;
Art. 11 Instituir as diretrizes operacionais estratégicas para a formação profissional em saúde, e o
desenvolvimento dos trabalhadores do SUS, a partir de especificidades territoriais da Rede Regionalizada de
Saúde;
Art. 12 Qualificar a força de trabalho que atua no campo da saúde para promover o cumprimento de metas
estabelecidas nos instrumentos de planejamento e gestão do SUS;
Art. 13 Definir diretrizes para a formulação dos Planos Regionais de Educação Permanente em Saúde;
Art. 14 Propiciar a integração ensino-serviço-comunidade como a realização de um trabalho coletivo, entre
discentes e docentes com os profissionais e gestores do Sistema de Saúde, a fim de promover a qualidade da
formação e da assistência, considerando a complexidade e as necessidades do SUS; 
Art. 15 Desenvolver competências e habilidades a partir do protagonismo dos trabalhadores da saúde, na
ressignificação do cotidiano de trabalho enquanto produção de vida;
Art. 16 Qualificar a comunicação e a relação entre gestores, trabalhadores, docentes, discentes, pesquisadores e
usuários, na rede de atenção à saúde, sob gestão estadual;
Art. 17 Fomentar cooperação técnica com as Instituições de Ensino para a oferta de Cursos de Educação
Permanente em Saúde nas modalidades aperfeiçoamento, qualificação, habilitação técnica e pós-técnica,
especialização, residências, mestrados profissionais e doutorados profissionais, com foco nos processos de
trabalho da atenção e gestão no SUS;
Art. 18 Orientar e fortalecer a Comissão Permanente de Integração Ensino-Serviço (CIES) estadual e a
implantação de CIES em todas as Regiões de Saúde. 
CAPÍTULO III
DOS EIXOS
Art. 19 As estratégias de ação da Política Potiguar de Educação Permanente integrarão ensino, gestão, atenção e
controle social e ocorrerão nos seguintes eixos estruturantes:
I- Eixo Integração Ensino-Serviço
Trata da estruturação do cenário de práticas através do trabalho conjunto, pactuado, integrado entre os serviços
de saúde e instituições de ensino, visando a qualidade da formação profissional e o desenvolvimento dos
trabalhadores dos serviços, devendo ser considerado que:
a- Caberá às instituições de ensino e de saúde planejarem o processo de integração ensino-serviço de forma
conjunta, pactuando a convivência nos cenários de prática para garantir a efetividade do processo;
b- Garantir o monitoramento e avaliação das práticas de integração ensino-serviço e disseminar o produto dessas
experiências;
c- Caberá aos atores no campo da integração ensino-serviço-comunidade estabelecer parcerias para publicizar as
diferentes modalidades de inserção no território;
d- Promover qualificação para os profissionais de saúde que acompanham os discentes durante suas práticas nos
serviços de saúde, buscando o desenvolvimento de habilidades, competências e atitudes para a prática da
preceptoria;
e- Implantar, em parceria com as instituições de ensino, projetos de extensão, de acordo com as demandas
suscitadas no SUS;
f- A preceptoria será exercida pelo profissional de saúde que atua no serviço de saúde, com competência,
habilidade e capacidade para apoiar o estudante no processo de aprendizado em serviço, estimulando e
possibilitando seu desenvolvimento pessoal e profissional.
g- Fortalecer o dimensionamento das atividades dos preceptores e dos campos de estágio e práticas.
h- Caberá às gestões estadual e municipais e às instituições de ensino, ofertar qualificações sistemáticas e emitir
certificados para os preceptores, comprovando as atividades por eles desempenhadas e sua carga horária.
II- Eixo Residência em Saúde
Trata da formação em saúde em nível de pós-graduação que tem como principal característica realizar-se através
do trabalho em saúde. Esse eixo deve fomentar o desenvolvimento da residência como espaço privilegiado de
formação de profissionais para atuação no SUS e de qualidade da assistência prestada aos usuários do SUS,
através da atuação conjunta dos residentes, professores, tutores, preceptores e profissionais das diversas áreas,
para a excelência no cuidado integral à saúde, devendo ser considerado:
a- Realizar diagnóstico situacional para identificar demandas na constituição dos Programas de Residência,
considerando os dados epidemiológicos e indicadores de saúde.
b- Propor Programas de Residência alinhados com as necessidades de qualificação da rede de atenção à saúde e
com  as necessidades de provimento de pessoal.
c- Propor incentivos financeiros, tanto do Governo estadual quanto dos governos municipais, para criação e
manutenção dos Programas existentes no Rio Grande do Norte.
d- Ofertar apoio técnico e financeiro para programas de residência em saúde, disponibilizando cenários de
práticas e garantia de estrutura física.
e- Fortalecer Programas de Residências cujas ações estejam voltadas para fortalecimento da Atenção Primária a
Saúde (APS).
f- Instituir Fórum de Residências, como espaço de discussão e proposições para  deliberação na Comissão de
Integração Ensino Serviço .
III - Eixo  Pesquisa
Trata de potencializar habilidades para o desenvolvimento da produção científica com base nas necessidades do
sistema de saúde e apoio na divulgação  e produção de conhecimento em saúde, em interconexão com
instituições de ensino e agências de fomento à pesquisa, devendo ser considerado:  
a- Estabelecer critérios para a realização de pesquisas no SUS, com vistas a atender às demandas dos serviços;
b- Definir linhas de pesquisa voltadas às principais necessidades do sistema e alinhadas às políticas públicas de
saúde;
c- Instituir espaços compartilhados para divulgação científica, com vistas a promover a visibilidade das
pesquisas produzidas no SUS;
d- Destinar e garantir recursos específicos para as ações de pesquisa no SUS, através de um programa de
incentivo à contratação de bolsistas de pesquisa;
e-  Estimular e qualificar os trabalhadores e gestores do SUS para a produção de pesquisa científica.
IV- Eixo - Formação e qualificação em Saúde
Este eixo visa promover a cooperação técnica entre a gestão estadual, as gestões municipais e as Instituições de
Ensino, além de redes colaborativas, na oferta de ações estruturantes de Educação Permanente em Saúde, em
acordo com as necessidades levantadas pelos Plano Estadual de Educação Permanente(PEP) e Planos Regionais
de Educação Permanente (PAREPS). Tem, ainda, o objetivo de priorizar a formação e a qualificação dos
profissionais da saúde no desenvolvimento de habilidades e competências para lidar com as condições de vida e
de saúde dos grupos sociais nos territórios, planejando intervenções capazes de enfrentar os determinantes e
condicionantes do processo saúde-doença, devendo ser considerado:  
a- Realizar diagnóstico situacional para identificar demandas de qualificação, a partir   da análise de situação de
saúde para a construção dos planos de educação permanente, de forma regionalizada.

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b- Elaborar instrumentos de monitoramento e avaliação no campo da educação permanente em saúde para


análise dos resultados dos objetivos propostos.
c-Fortalecer e qualificar os núcleos de educação permanente regionais e locais para apoiar a implementação da
política de EPS.
d- Estabelecer a regulamentação da participação dos servidores em atividades de Educação Permanente, tais
como: atualização profissional e cursos de pós-graduação.
Parágrafo Único. Os eixos serão implementados respeitando as especificidades dos territórios, as políticas de
saúde e suas redes temáticas no Sistema Único de Saúde.
CAPITULO III
DAS DIRETRIZES GERAIS
                                                                                  
Art. 20- As diretrizes gerais da Política Potiguar de Educação Permanente são:
I- Integração e ampliação dos espaços de debates entre as instâncias de gestão, controle social, instituições
educacionais e movimentos sociais;
II- Promoção da aprendizagem significativa para autonomia e corresponsabilização dos processos de trabalho
nos diferentes espaços do SUS RN;
III- Operacionalização da gestão da Educação Permanente em Saúde de forma compartilhada e participativa no
âmbito do SUS/RN;
IV- Fomento à realização de pesquisas  voltadas para qualificação da rede de atenção à saúde no SUS/RN, com
foco nos processos de trabalho e na gestão do cuidado loco-regional;
V-  Monitoramento e avaliação das ações implementadas;
VI- Fortalecimento das equipes multiprofissionais no sentido de avançarem para a  interdisciplinaridade na Rede
Potiguar de Educação Permanente.
CAPÍTULO IV
DA IMPLEMENTAÇÃO
 
Art. 21  A Política Potiguar de Educação Permanente em Saúde (PPEPS), para  sua implementação, deve 
considerar:
I - As especificidades das Secretarias Municipais de Saúde;
II- A regionalização da  saúde  no SUS/RN:
III - As políticas de saúde prioritárias e suas redes temáticas no Sistema Único de Saúde (SUS);
IV - A necessidade de superar a fragmentação dos processos de trabalho fortalecendo as redes regionalizadas nos
processos de gestão e atenção;
V - A necessidade de formação em saúde como processo dinâmico e permanente, no  desenvolvimento coletivo
da força de trabalho em saúde;
VI - A capacidade instalada de oferta institucional de ações formais de educação na saúde;
VII – As bases da gestão participativa para permanente reflexão das práticas e modelos de gestão nas unidades
de saúde, como determinantes da geração de saberes, da qualidade na produção do cuidado, e da saúde do
trabalhador;
VIII - A valorização dos diferentes sujeitos implicados no processo de produção de saúde, gerando autonomia e
protagonismo de usuários, trabalhadores e gestores, no fomento da corresponsabilização em processos de
gestão; 
IX - A mudança nos modelos de atenção e gestão do cuidado e dos processos de trabalho, a partir da
identificação das necessidades sociais de saúde.
Art. 22 A condução Regional da Política Potiguar de Educação Permanente em Saúde se dará através das
Comissões Intergestoras Regionais (CIR), com o apoio das Comissões de Integração Ensino Serviço Regionais
(CIES), a serem instituídas conforme diretrizes da Política Nacional, levando em consideração as características
locorregionais na sua composição.
Art. 23 As Unidades Regionais de Saúde Pública, deverão instituir espaços para articulação da Educação
Permanente em Saúde, os Núcleos Regionais  de Educação Permanente em Saúde  (NUREPS).
Art. 24 As Secretarias Municipais de Saúde devem instituir espaços para articulação da Educação Permanente
em Saúde, podendo ser intitulados como Núcleos Municipais de Educação Permanente em Saúde (NUMEPS),
em conformidade com as normativas estaduais.
Art. 25 A Escola de Saúde Pública do Rio Grande do Norte (ESPRN) se institui como principal espaço de
produção do conhecimento ligado ao Sistema Único de Saúde no estado, com papel estruturante na
implementação da PPEPS. Sua atuação deverá ser norteada pelo Plano Estadual de Saúde (PES), orientada pelas
diretrizes da Política Potiguar de Educação Permanente em Saúde e as necessidades de saúde do SUS/RN.
CAPÍTULO V
DA  ARTICULAÇÃO
Art. 26  A organização  da Política Potiguar de Educação Permanente em Saúde se dará por meio da
institucionalização da Rede Potiguar de Educação Permanente em Saúde e da articulação entre seus entes. São
integrantes dessa Rede os seguintes atores:
I - Coordenadoria de Gestão do Trabalho e Educação na Saúde da Secretaria de Estado da Saúde Pública do RN
(SESAP);
II - Subcoordenadoria de Gestão da Educação na Saúde (SGES);
III - Escola de Saúde Pública do Rio Grande do Norte (ESPRN);
IV - Comissão de Integração de Ensino Serviço (Estadual e Regionais);
V - Núcleos de Educação Permanentes (Regionais e Municipais);
VI- Instituições de Ensino públicas e privadas, de ensino médio-profissionalizante e superior;
VII - Unidades Regionais de Saúde Pública (URSAP),
VIII - Escola de Governo Cardeal Dom Eugênio de Araújo Sales;
IX - Secretarias Municipais de Saúde (setor responsável pela implementação da política de educação
permanente)
X - Conselho de Secretarias Municipais de Saúde do RN (COSEMS/RN).
 
CAPÍTULO VI
DA GESTÃO E DA GOVERNANÇA
Art. 27 A Gestão da Área da Educação na Saúde no âmbito da Secretaria de Estado da Saúde Pública do Rio
Grande do Norte é desenvolvida pela Coordenadoria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, através da
Subcoordenadoria de Gestão da Educação na Saúde, sendo responsável pelas ações de implementação,
monitoramento e avaliação da Política Potiguar de Educação Permanente em Saúde, em articulação com a
Comissão Intergestora Bipartite e instâncias colegiadas integrantes da Rede Potiguar de Educação Permanente
em Saúde.  
I- A governança da Política compreende os mecanismos de liderança, estratégia e controle para avaliar,
direcionar e monitorar a atuação da gestão, com vistas à condução de políticas públicas e à prestação de serviços
de interesse da sociedade.
II- A Política Potiguar de EPS deverá definir claramente processos, papeis, responsabilidades e limites de poder
e de autoridade entre o estado e os municípios, de acordo com a Política Nacional de Educação Permanente.
Parágrafo único A Política Potiguar de Educação Permanente se organizará a  partir da conformação territorial
da saúde organizada em oito regiões de saúde,  que permite a constituição de conhecimentos sobre a realidade
locorregional,  e das necessidades de cada território.
 
CAPÍTULO VII
DA ALOCAÇÃO DE RECURSOS
Art. 28 A SESAP/RN e as Secretarias Municipais de Saúde deverão prever e prover recursos em suas leis
orçamentárias para a execução dos eixos previstos na PPEPS.   Os recursos para a EPS poderão ser

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complementados por captação por meio de editais e projetos específicos, em parcerias com Instituições de
Ensino e Saúde do Estado e União, entre outras.
Art. 29 O uso dos recursos será voltado para realização de ações educacionais e implementação da Política
Potiguar de Educação Permanente em Saúde.
Art 30 A contrapartida a ser praticada pela Instituição de Ensino é parte integrante do Termo de Cooperação
Institucional e portarias, como forma de compensação aos custos advindos dos estágios supervisionados
obrigatórios e de atividades de aprendizagem em serviço, realizados nas Unidades de Saúde e Setores de Gestão
da secretaria estadual e municipais.
Art 31 A contrapartida a ser pactuada entre as Secretaria de Estado da Saúde Pública, Secretaria Municipal de
saúde e a Instituição de Ensino deverá ser destinada para melhoria do campo de atuação das atividades de
ensino, pesquisa e extensão ou aplicada em projetos estratégicos das secretarias, tendo como base a
proporcionalidade entre a quantidade de estudantes e horas de estágio.
CAPÍTULO  VIII
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
Art 32 Caberá à Secretaria Estadual e às Secretarias Municipais:
 I - Disponibilizar os recursos financeiros e tecnológicos e pessoal necessários para a implementação e
consolidação das ações do Plano de Educação Permanente estadual e do Plano de Educação Permanente
Regional.
II - Garantir infraestrutura adequada para o desenvolvimento das atividades dos Núcleos de Educação
Permanente em Saúde e Núcleos Regionais de Educação Permanente.
Art. 33 Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.
Gabinete do Secretário de Estado da Saúde do RN, em Natal, 26 de dezembro de 2022.
Cipriano Maia de Vasconcelos
Secretário de Estado da Saúde Pública do RN.

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