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Regulamento de Hospitais
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ÍNDICE
INTRODUÇÃO.................................................................................................................3
1.1. Conceito..................................................................................................................4
CONSIDERAÇÕES FINAIS..........................................................................................12
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................................13
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INTRODUÇÃO
O Hospital é um local de prestação de cuidados clínicos, em regime de internamento e
de atendimento em ambulatório a doentes que não encontram solução para os seus
problemas de saúde a níveis inferiores, oferecendo sempre a possibilidade de
diagnóstico clínico, com apoio laboratorial e de outros exames complementares e
constituem sempre um nível de referência.
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1. REGULAMENTO DOS HOSPITAIS: Um olhar sob ponto de vista do
contexto moçambicano
1.1. Conceito
De acordo com o Dicionário de Língua Portuguesa (2018) o regulamento é um conjunto
organizado e coerente de preceitos ou normas que regerão o trabalho em uma empresa,
em uma organização, a convivência de um condomínio, numa comunidade, no desporto,
entre outras alternativas.
Olhando para o contexto hospitalar, Souza (2014) considera que os Regulamentos dos
Hospitais visam estabelecer e disseminar directrizes que norteiam, sobretudo, as
actuações e práticas dos profissionais de saúde e os respectivos utentes, em unidades
sob sua gestão, assim como as múltiplas formas de contacto destes, seja no nível
interno, nas interfaces multiprofissionais, seja no âmbito externo nos contractos com
público de forma geral.
De acordo com Souza (2014) os profissionais de saúde devem seguir os precitos pré-
estabelecidos pelos Regulamentos dos Hospitais para a realização de suas práticas
profissionais, entretanto, não devem se limitar a eles, utilizando-se também outros
dispositivos (legislações, códigos de conduta, políticas e manuais de operação),
respeitando a sua hierarquia.
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Norma de Meio Ambiente
Norma de Serviço de Segurança e Medicina do Trabalho
Norma de Qualidade e Segurança do Paciente
Norma de Tecnologia da Informação
Assim, com vista à materialização dos princípios definidos pela Lei nº 25/91, de 11 de
Dezembro (Lei do Serviço Nacional de Saúde) as autoridades viram a necessidade de
regulamentar a rede sanitária no país, como forma de disciplinar a actividade hospitalar
que permitindo uma maior e conveniente cobertura assistencial, concentração de meios
e materiais e humanos indispensáveis ao eficiente tratamento dos doentes e
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reorganização das estruturas dos serviços hospitalares de forma a garantir o pleno
aproveitamento das unidades hospitalares.
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Outrossim, de acordo com o Artigo 6 do Diploma Ministerial nº 40/2004, de 18 de
Fevereiro, todos os hospitais devem apoiar a sua acção nos conselhos ou comités
comunitários, que deverão ser constituídos pelos líderes sociais da comunidade,
organizações não-governamentais e outras forças vivas da sociedade.
a) Director geral
b) Director Clínico
c) Administrador
d) Director científico e pedagógico
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e) Director de enfermagem
f) Directores dos departamentos
g) Enfermeiros chefes dos departamentos
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Director geral Nos hospitais a) Coordenar a execução de todas as actividades,
centrais, garantindo a implementação das politicas definidas
especializados e pelo Conselho Alargado da Direcção;
provinciais é b) Praticar uma politica de gestão global que assente no
nomeado pelo respeito, promoção da autonomia dos departamentos
Ministro da Saúde. ou serviços do hospital e na responsabilização dos
Nos hospitais seus chefes;
distritais, gerais e c) Pôr em prática uma politica de indicadores de gestão
rurais é designado global que permita aos diferentes níveis de
pelo Director administração o conhecimento e avaliação periódica
Provincial da Saúde da actividade do hospital de modo a tornar a sua
gestão mais eficiente;
d) Praticar uma politica de informação que permita aos
funcionários do hospital e a população em geral um
correcto conhecimento do seu funcionamento;
e) Tomar decisões apoiadas no EGFAE e outros
instrumentos que orientam os métodos de trabalho
em instituições públicas;
f) Admitir ou exonerar o pessoal do hospital de acordo
com a legislação em vigor;
g) Presidir ao Conselho Alargado da Direcção.
Director clínico Nos hospitais a) Coordenar e assegurar o funcionamento dos
centrais e departamentos ou serviços da área de assistência;
especializados é b) Compartilhar, do ponto de vista técnico, os planos
nomeado pelo de acção apresentados pelos departamentos ou
Ministro da Saúde. serviços de assistência com vista à sua inscrição no
Nos hospitais plano global do hospital;
provinciais, c) Fomentar a ligação e coordenação entre os
distritais, gerais e departamentos ou serviços da área de assistência e
rurais é designado entre estes e os restantes de modo a optimizar o
pelo Director desenvolvimento integrado do hospital;
Provincial da Saúde d) Resolver ou propor soluções de conflitos natureza
técnica, ética e deontológica;
e) Colaborar com o director científico e pedagógico
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em todos os assuntos de interesse comum;
f) Propor ao Conselho de Direcção as medidas que
considere adequadas para a melhoria da qualidade
dos serviços a prestar.
Administrador Nos hospitais a) Coordenar a elaboração de orçamentos e planos de
do hospital centrais e actividades da sua área e submete-los à apreciação
especializados é do Conselho de Direcção;
nomeado pelo b) Avaliar e controlar a execução dos planos e
Ministro da Saúde. orçamentos do Hospital e propor ao Conselho de
Nos hospitais Direcção as medidas adequadas, conducentes à
provinciais, obtenção dos objectivos fixados;
distritais, gerais e c) Assegurar a regularidade da cobrança das receitas e
rurais é designado dos pagamentos das despesas do hospital;
pelo Director d) Elaborar relatórios administrativos semestrais e
Provincial da Saúde anuais e submete-los à apreciação do director geral;
e) Tomar providências necessárias para a conservação
do património;
f) Manter actualizado o inventário do hospital;
g) Remeter ao director geral todas as propostas de
administração de funcionários de acordo com as
previsões do quadro pessoal e dos planos de
provimento;
h) Propor acções e adoptar medidas necessárias à
melhoria do funcionamento da administração;
i) Colaborar com os restantes departamentos e serviços
de modo a optimizar os recursos disponíveis e
garantir a melhoria de qualidade dos serviços
prestados.
Director Nos hospitais a) Promover e coordenar as actividades de ensino,
científico e centrais e formação contínua e investigação e propor ao
pedagógico especializados é director-geral medidas que julgar necessárias para o
nomeado pelo desenvolvimento das mesmas;
Ministro da Saúde. b) Fomentar a cooperação com instituições de Ciências
Nos hospitais de Saúde de modo a garantir as condições
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provinciais, necessárias ao ensino e investigação científica;
distritais, gerais e c) Representar o hospital junto das instituições de
rurais é designado ensino na área de Ciências de Saúde;
pelo Director d) Dirigir o Centro de Documentação do Hospital e
Provincial da Saúde promover a preparação e difusão de textos
científicos;
e) Colaborar com o director clínico e com os chefes de
departamentos e de serviços da área de assistência
em todos os assuntos de interesse comum;
f) Elaborar o relatório anual das actividades de ensino,
formação contínua e de investigação científica do
hospital e submete-lo à apreciação do director-geral.
Director de Nos hospitais a) Planificar, coordenar e orientar técnico-
enfermagem centrais e normativamente o pessoal de enfermagem, valendo
especializados é pela coordenação técnica, pela qualidade e
nomeado pelo humanização dos cuidados prestados;
Ministro da Saúde. b) Apoiar os enfermeiros que chefiam os
Nos hospitais departamentos ou serviços da assistência na
provinciais, implementação dos planos de trabalho e de cuidados
distritais, gerais e de enfermagem;
rurais é designado c) Colaborar com o director clínico na
pelo Director compatibilização dos planos de acção dos
Provincial da Saúde departamentos ou serviços da área de assistência;
d) Colaborar com o director científico e pedagógico em
todos os assuntos que digam respeito ao ensino e
formação de enfermagem;
e) Apresentação do relatório anual das actividades
desenvolvidas e da qualidade dos cuidados prestados
pelo pessoal de enfermagem de acordo com os
indicadores previamente definidos;
f) Propor ao Conselho de Direcção do hospital as
medidas adequadas para a melhoria dos cuidados de
enfermagem;
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g) Elaborar as normas técnicas que devem reger o
trabalho de enfermagem no hospital, dedicando
especial atenção à área de especialização e, valendo
pelo seu rigoroso cumprimento.
Fonte: Diploma Ministerial nº 40/2004, de 18 de Fevereiro (Artigos 10 – 16)
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao longo presente trabalho debruçamo-nos em torno do Regulamento dos Hospitais,
sobretudo no contexto moçambicano, do qual podemos tecer as seguintes considerações
finais:
Assim, com vista à materialização dos princípios definidos pela Lei nº 25/91, de 11 de
Dezembro (Lei do Serviço Nacional de Saúde) as autoridades viram a necessidade de
regulamentar a rede sanitária no país, como forma de disciplinar a actividade hospitalar
que permitindo uma maior e conveniente cobertura assistencial, concentração de meios
e materiais e humanos indispensáveis ao eficiente tratamento dos doentes e
reorganização das estruturas dos serviços hospitalares de forma a garantir o pleno
aproveitamento das unidades hospitalares.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Dicionário Integral de Língua Portuguesa. (2018). Porto: Porto Editora.
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