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LEGISLAÇÃO EM

ENFERMAGEM
Prof.ª: Cristiane Porto
 Em um conceito geral, legislação é um conjunto
de leis que organizam a vida de um país e
estabelecem condutas e ações aceitáveis ou
recusáveis por parte de um indivíduo, instituição,
empresa, dentre outros.
 No caso específico da Enfermagem, refere-se à
disciplina das atividades relativas à área, a fim de
conferir maior segurança no desempenho da
profissão.
 Exercer a Enfermagem com base em preceitos legais é,
dessa maneira, fator primordial para atuar de forma
responsável e comprometida com o cuidado necessário
ao ser humano.

 Nesse sentido, seguir a legislação e as normas que


regem a profissão significa prestar uma assistência sem
riscos e danos ao paciente, o que acarreta em maior
segurança na atuação dos próprios profissionais da área.

 Conhecer a legislação que rege a Enfermagem é


fundamental para um exercício profissional seguro e ético.
LEI Nº 7.498 DE 25 DE JUNHO DE 1986
Regula o Exercício da Enfermagem e dá outras
providências.

 Art.1º – É livre o exercício de enfermagem em todo


o território nacional, observadas as disposições da
presente lei.

 Art.2º – A Enfermagem e suas atividades Auxiliares


somente podem ser exercidas por pessoas
legalmente habilitadas e inscritas no Conselho
Regional de Enfermagem com jurisdição na área
onde ocorre o exercício.
 Parágrafo único - A Enfermagem é exercida
privativamente pelo Enfermeiro, pelo Técnico de
Enfermagem, pelo Auxiliar de Enfermagem e pela
Parteira, respeitados os respectivos graus de
habilitação.

 Art. 3º - O planejamento e a programação das


instituições e serviços de saúde incluem planejamento
e programação de Enfermagem.
 Art. 7º. São técnicos de Enfermagem:
 I - o titular do diploma ou do certificado de Técnico
de Enfermagem, expedido de acordo com a
legislação e registrado pelo órgão competente;

 II - o titular do diploma ou do certificado legalmente


conferido por escola ou curso estrangeiro, registrado
em virtude de acordo de intercâmbio cultural ou
revalidado no Brasil como diploma de Técnico de
Enfermagem.
 Art. 12 - O Técnico de Enfermagem exerce atividade
de nível médio, envolvendo orientação e
acompanhamento do trabalho de Enfermagem em
grau auxiliar, e participação no planejamento da
assistência de Enfermagem, cabendo-lhe
especialmente:
 a) participar da programação da assistência de
Enfermagem;
 b) executar ações assistenciais de Enfermagem,
exceto as privativas do Enfermeiro, observado o
disposto no Parágrafo único do Art. 11 desta Lei;
 c) participar da orientação e supervisão do trabalho
de Enfermagem em grau auxiliar;
 d) participar da equipe de saúde.
ENTIDADE DE CLASSES
 São as diferentes organizações que representam as diversas
modalidades profissionais ligadas à área de enfermagem.
 Existem diversas entidades que representam os profissionais
de enfermagem na busca por excelência. Todas elas
cumprem a missão de:

Integrar a categoria e
alcançar objetivos
importantes, Seja com o poder público e
com a sociedade.
 A associação brasileira da enfermagem (ABEN) foi
criada em 26 de agosto de 1926, sob a
denominação de associação nacional de
enfermeiras diplomadas (ANED).
 É uma entidade de direito privado, de caráter
científico e assistencial regida pelas disposições do
estatuto, regulamento geral ou regimento especial.
FINALIDADES DA ABEN:
 Congregar enfermeiros, técnicos, auxiliares de
enfermagem, estudantes dos cursos de graduação e
de educação profissional habilitação técnico de
enfermagem, incentivando a sociedade e a
cooperação entre os membros da categoria;
 Promover o desenvolvimento técnico científico,
cultural e político dos profissionais de enfermagem
no país, pautado em princípios éticos;
 Defender os interesses da profissão, articulando-se
com as demais entidades/instituições de
enfermagem;
 Articular com organizações do setor de saúde e da
sociedade em geral, na defesa e na consolidação de
políticas e programas que garantam a equidade, a
universidade e a integralidade da assistência à saúde da
população;
 Representar a enfermagem, nacional e internacionalmente,
no trabalho, especificamente no que se refere à
enfermagem;
 Promover intercâmbio técnico-científico e cultural com as
entidades e instituições nacionais e internacionais, com
vista ao desenvolvimento tecnológico da enfermagem;
 Divulgar trabalhos e estudos de interesse da enfermagem,
mantendo órgão de publicação periódica;
 Promover, estimular e divulgar pesquisas da área de
enfermagem;
 Adotar medidas necessárias à defesa e consolidação
da profissão, como prática essencial à assistência de
saúde e à organização dos serviços de saúde;
 Reconhecer a qualidade de especialista aos
profissionais de enfermagem, expedindo o respectivo
título de acordo com regulamentação específica;
 Articular social, política e financeiramente programas e
projetos que promovam assistência aos sócios;
 Coordenar e articular conselhos consultivos de
sociedade ou associações de enfermagem de
enfermeiros(as) especialistas ou cursos de escolas de
enfermagem de nível superior e educação profissional
habilitação técnico de enfermagem;
REALIZAÇÕES DA ABEN

 Revista brasileira de enfermagem:


 A revista brasileira de enfermagem é órgão
oficial, publicado bimestralmente e constitui
grande valor para a classe, pois trata de
assuntos relacionados à saúde, profissão e
desenvolvimento da ciência.
CONSELHOS DE ENFERMAGEM

 Os conselhos de enfermagem foram criados por


meio da lei n. 5.905 de julho de 1973 constituindo
em seu conjunto autarquias federais, vinculadas ao
ministério do trabalho e previdência social.
 O conselho federal e os conselhos regionais são
órgãos normativos e disciplinadores do exercício da
profissão de enfermeiros, técnicos de enfermagem e
auxiliares de enfermagem.
COFEN
 O COFEN tem jurisdição em todo o território
nacional e sede no Distrito Federal.
 A ele estão subordinados os Conselhos Regionais.
 A missão dos Conselhos Federal e Regional de
Enfermagem é:

Fiscalização do exercício profissional, regulamentação da


profissão, respeito ao Código de Ética, cumprimento da Lei do
Exercício Profissional garantir a qualidade dos serviços da
Enfermagem à população.
NORMATIZAR FISCALIZAR

COFEN

O exercício da profissão de enfermeiros, técnicos e


auxiliares de enfermagem, zelando pela qualidade
dos serviços prestados e pelo cumprimento da Lei
do Exercício Profissional da Enfermagem.
PRINCIPAIS ATIVIDADES DO COFEN

 Elabora e atualiza o Código de Ética da profissão,


válido em todo o território nacional;
 Define o valor da anuidade de cada um dos
CORENs do País;
 Esclarece dúvidas apresentadas pelos CORENs;
 Aprecia decisões dos CORENs, homologando,
suprindo ou anulando atos praticados por estes;
PRINCIPAIS ATIVIDADES DO COFEN

 Promove cursos de aprimoramento, como o


Proficiência, feito à distância, via internet;
 Promove estudos e campanhas para
aperfeiçoamento profissional no nível nacional;
 Normatiza e expede instruções para uniformidade
de procedimentos e bom entrosamento dos
CORENs;
COREN
 É o conselho regional de enfermagem. Uma
entidade autônoma na esfera da fiscalização do
exercício profissional.
 O objetivo primordial do conselho é zelar pela
qualidade dos serviços da enfermagem, pelo
respeito ao código de ética e cumprimento da lei do
exercício profissional.
 Tem natureza jurídica de direito público vinculada
ao Ministério do Trabalho.
 Os Conselhos Regionais são instalados, cada um
em um dos Estados ou Territórios da Federação.
PRINCIPAIS ATIVIDADES DO
COREN
 A principal responsabilidade dos CORENs é
registrar os profissionais enfermeiros, técnicos de
enfermagem e auxiliares de enfermagem.
 Fiscalizar sua atuação profissional, observando o
Código de Ética de Enfermagem e legislações da
área de saúde.
 Deliberar sobre inscrição no conselho, bem como o
seu cancelamento;
PRINCIPAIS ATIVIDADES DO COREN

• Disciplinar e fiscalizar o exercício profissional,


observadas as diretrizes gerais do Cofen;
• Executar as resoluções do Cofen;
• Expedir a carteira de identidade profissional,
indispensável ao exercício da profissão e válida em
todo o território nacional;
• Fiscalizar o exercício profissional e decidir os
assuntos atinentes à ética profissional, impondo as
penalidades cabíveis;
PRINCIPAIS ATIVIDADES DO COREN

• Elaborar a sua proposta orçamentária anual e o projeto


de seu regimento interno, submetendo-os à aprovação
do Cofen;
• Zelar pelo bom conceito da profissão e dos que a
exerçam; propor ao Cofen medidas visando a melhoria
do exercício profissional;
• Eleger sua diretoria e seus delegados eleitores ao
conselho federal;
• Exercer as demais atribuições que lhe forem conferidas
pela lei 5.905/73 e pelo Cofen.
QUEM DIRIGE O COREN?
 O conselho é dirigido pelos próprios inscritos, que
por meio de eleições diretas exercem mandato por
três anos. É admitida a reeleição.
REGISTRO/INSCRIÇÃO

 Para o exercício legal da profissão, estão obrigados


ao registro dos títulos (inscrição) no conselho federal
e a inscrição nos conselhos regionais de enfermagem
em cuja jurisdição exerça suas atividades.
 A inscrição é o ato pelo qual o COFEN confere
habilitação legal para o exercício da atividade de
enfermagem, na área de sua respectiva jurisdição ao
titular de diploma de colação de grau, certificado ou
equivalente de conclusão de curso, expedido por
instituição de ensino nos termos da lei.
CATEGORIAS

 QUADRO I – ENFERMEIRO;
 QUADRO II – TÉCNICO DE ENFERMAGEM
 QUADRO III – AUXILIAR DE ENFERMAGEM
TIPOS DE INSCRIÇÃO

 1) definitiva:
 A) definitiva principal;
 B) definitiva secundária;
 C) remida;
 D) remida secundária.
 A inscrição definitiva principal: é a concedida pelo
Coren que jurisdiciona o domicílio profissional do
requerente, e que confere habilitação legal para o
exercício permanente da atividade somente na área
dessa jurisdição, e para o exercício eventual em
qualquer parte do território nacional.
 A inscrição definitiva secundária: é a concedida para
o exercício permanente e cumulativo em área não
abrangida pela jurisdição do Coren da inscrição
definitiva principal.
 A inscrição remida é a concedida ao profissional
aposentado com 30 anos de inscrição no sistema
Cofen/Corens, que tenha mais de 60 (sessenta)
anos e que ao longo de sua trajetória profissional
não tenha recebido penalidade por infração ética e
esteja adimplente com todas as obrigações
financeiras junto ao conselho, inclusive a do
exercício vigente.
 A inscrição remida secundária: é a concedida para o
exercício permanente e cumulativo em área não
abrangida pela jurisdição do Coren da inscrição
remida principal.
CANCELAMENTO DA INSCRIÇÃO
 O cancelamento de inscrição é efetuado nos
seguintes casos:
1. Mudança de categoria ou inscrição;
2. Encerramento de atividade profissional;
3. Falecimento;
 Para requerer o cancelamento, o profissional deverá
comprovar que está em dia com suas obrigações
pecuniárias para o Coren jurisdicionado e que não
está respondendo a processo ético e/ou disciplinar.
RESOLUÇÃO COFEN Nº 706/2022
Aprova o Código de Processo Ético do Sistema Cofen/Conselhos
Regionais de Enfermagem.

CAPÍTULO I
 Art. 1º O Código de Processo Ético estabelece procedimentos
para instauração, instrução e julgamento do processo ético e
aplicação das penalidades relacionadas à apuração de infração
ao Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem.
 Art. 2º A apuração e julgamento de infração ao Código de Ética
dos Profissionais de Enfermagem obedecerá, dentre outros,
aos princípios da legalidade, moralidade, publicidade,
eficiência, finalidade, motivação, razoabilidade,
proporcionalidade, ampla defesa, contraditório, segurança
jurídica e interesse público.
RESOLUÇÃO COFEN Nº 706/2022
Aprova o Código de Processo Ético do Sistema Cofen/Conselhos
Regionais de Enfermagem.

 Art. 4º Inscrito o profissional em mais de um Conselho,


a competência de julgamento e aplicação da
penalidade disciplinar será do Conselho Regional do
lugar em que ocorreu a infração.
 Art. 5º O processo e julgamento das infrações
previstas no Código de Ética dos Profissionais de
Enfermagem são independentes, não estando, em
regra, vinculados a processos judiciais sobre os
mesmos fatos.
RESOLUÇÃO COFEN Nº 706/2022
Aprova o Código de Processo Ético do Sistema Cofen/Conselhos
Regionais de Enfermagem.

CAPÍTULO II
DO SISTEMA DE APURAÇÃO E DECISÃO DAS INFRAÇÕES
ÉTICAS

 Art. 5º O processo e julgamento das infrações


previstas no Código de Ética dos Profissionais de
Enfermagem são independentes, não estando, em
regra, vinculados a processos judiciais sobre os
mesmos fatos.
 Art. 6º Constituem o sistema de apuração e decisão das
infrações éticas:
 I - Como órgão de admissibilidade em primeira instância:
a) a Câmara de Ética do Conselho Regional de
Enfermagem;
b) b) o Plenário do Conselho Regional, no impedimento
e/ou suspeição da maioria absoluta da Câmara de Ética;
c) c) o Plenário do Conselho Federal, quando se tratar de
Conselheiro Efetivo ou Suplente, Federal ou Regional,
ou membro de junta interventora ou governativa,
enquanto durar o mandato.
CAPÍTULO III
 Art. 7º A Câmara de Ética do Coren será constituída por
03 (três) conselheiros efetivos e até 03 (três) suplentes,
sendo dois enfermeiros e um técnico/auxiliar de
enfermagem, sob a coordenação de um enfermeiro
designado pelo presidente do Conselho.
 § 2º Compete à Câmara de Ética:
a)decidir sobre a admissibilidade de denúncia ética;
b) atuar como órgão conciliador;
c) promover a suspensão cautelar do exercício da
profissão.
 Art. 13 São requisitos de admissibilidade:
 I - nome, qualificação e endereço do denunciante;
 II - assinatura do denunciante ou seu representante;
 III - identificação do profissional denunciado;
 IV - a formulação do pedido com exposição dos
fatos, juntada das provas quando existirem;
 V - do fato narrado constituir indícios de infração ao
Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem;
 VI - ser profissional inscrito ou autorizado pelo
Conselho Regional, ao tempo da prática da conduta
que deu origem ao processo;
 VII - não ter ocorrido a decadência.
 § 1º A denúncia não será admitida quando não
preencher os requisitos mínimos previstos neste
artigo.
 § 2º Caso a denúncia esteja deficiente a ponto de
comprometer sua exata compreensão, em relação
aos fatos e provas, a Câmara de Ética poderá
conceder ao denunciante prazo de 10 (dez) dias
para aditamento.
 § 3º Se o denunciante não cumprir o disposto no
parágrafo anterior, a denúncia não será admitida.
 Art. 14 Preenchendo a denúncia os requisitos
essenciais de admissibilidade, bem como se contiver
os elementos necessários à formação de convicção
sobre a existência de infração, a Câmara de Ética
decidirá pela instauração do Processo Ético.
 § 1º Não admitida a denúncia por falta de requisitos
mínimos ou por não conter os elementos
necessários à formação de convicção sobre a
existência de infração, caberá recurso ao Plenário
do Coren no prazo de 15 (quinze) dias, a contar da
ciência da decisão.
ATIVIDADE DE FIXAÇÃO!

 PESQUISAR QUAIS SÃO AS PENALIDADES


EXISTENTES DE ACORDO COM O NOVO
CÓDIGO DE ÉTICA DA ENFERMAGEM E
DISCORRER SOBRE CADA UMA DELAS CITANDO
EXEMPLOS.

VALOR 01 PONTO!

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