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APOSTILA ENFERMAGEM DO

TRABALHO
A Enfermagem do trabalho tem ganhado destaque nos últimos anos pela
necessidade de prezar pela saúde do trabalhador no ambiente da empresa em que
atua. Há muitos anos a Lei Trabalhista trata da manutenção da segurança e da saúde
dos empregados, e a presença de um enfermeiro para tal atividade é fundamental. O
profissional especializado em enfermagem do trabalho atua diretamente na empresa,
estando à disposição do trabalhador para atendê-los diante de qualquer contratempo
relacionado à saúde. É uma figura muito importante, já que, quanto melhor a saúde
dos funcionários, melhor será sua produtividade no ofício.

Neste curso abordaremos os seguintes itens:

• Conceito de Enfermagem;

• Atuação dos Profissionais de Enfermagem;

• Código de Ética dos Profissionais da Enfermagem

• Sistemas COFEN e COREN

• A História da Enfermagem do Trabalho

• Legislação em Saúde do Trabalhador

• NR 4 – Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em


Medicina do Trabalho

• SESMT

• Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA

• Acidente de Trabalho

• Doenças ocupacionais

• Equipamentos de Proteção Individual (EPI)

• Programas de Saúde Ocupacional

• Exames Médicos Admissional e Demissional

• Sistematização da Assistência de Enfermagem

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1- Conceito de Enfermagem

A Enfermagem é uma ciência, arte e uma prática social, indispensável à


organização e ao funcionamento dos serviços de saúde; tem como responsabilidades
a promoção e a restauração da saúde, a prevenção de agravos e doenças e o alívio
do sofrimento; proporciona cuidados à pessoa, à família e à coletividade; organiza
suas ações e intervenções de modo autônomo, ou em colaboração com outros
profissionais da área; tem direito a remuneração justa e a condições adequadas de
trabalho, que possibilitem um cuidado profissional seguro e livre de danos. Sobretudo,
esses princípios fundamentais reafirmam que o respeito aos direitos humanos é
inerente ao exercício da profissão, o que inclui os direitos da pessoa à vida, à saúde,
à liberdade, à igualdade, à segurança pessoal, à livre escolha, à dignidade e a ser
tratada sem distinção de classe social, geração, etnia, cor, crença religiosa, cultura,
incapacidade, deficiência, doença, identidade de gênero, orientação sexual,
nacionalidade, convicção política, raça ou condição social.

2- Atuação dos Profissionais de Enfermagem

O profissional de Enfermagem atua com autonomia e em consonância com os


preceitos éticos e legais, técnico-científico e teórico-filosófico; exerce suas atividades
com competência para promoção do ser humano na sua integralidade, de acordo com
os Princípios da Ética e da Bioética, e participa como integrante da equipe de
Enfermagem e de saúde na defesa das Políticas Públicas, com ênfase nas políticas
de saúde que garantam a universalidade de acesso, integralidade da assistência,
resolutividade, preservação da autonomia das pessoas, participação da comunidade,
hierarquização e descentralização político-administrativa dos serviços de saúde.

A Lei n° 7.498/86, de 25 de junho de 1986 e o decreto 94.406 dispõe sobre a


regulamentação do exercício da Enfermagem. A Enfermagem é exercida
privativamente pelo Enfermeiro, pelo Técnico de Enfermagem, pelo Auxiliar de
Enfermagem e Parteira, respeitados os respectivos graus de habilitação. Em seu
artigo 3° estabelece o planejamento e a programação das instituições e serviços de
saúde incluem planejamento e programação de Enfermagem. A programação de
Enfermagem inclui a prescrição da assistência de Enfermagem.
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O Enfermeiro exerce todas as atividades de enfermagem e cabe-lhe
privativamente:

- Direção do órgão de enfermagem integrante da estrutura básica da instituição


de saúde, pública e privada, e chefia de serviço e de unidade de enfermagem;

- Organização e direção dos serviços de enfermagem e de suas atividades


técnicas e auxiliares nas empresas prestadoras desses serviços;

- Planejamento, organização, coordenação, execução e avaliação dos serviços


da assistência de enfermagem;

- Consultoria, auditoria e emissão de parecer sobre matéria de enfermagem;

- Consulta de enfermagem;

- Prescrição da assistência de enfermagem;

- Cuidados diretos de enfermagem a pacientes graves com risco de vida;

- Cuidados de enfermagem de maior complexidade técnica e que exijam


conhecimentos de base científica e capacidade de tomar decisões imediatas;

- Como integrante da equipe de saúde:

a) participação no planejamento, execução e avaliação da programação de saúde;

b) participação na elaboração, execução e avaliação dos planos assistenciais de


saúde;

c) prescrição de medicamentos estabelecidos em programas de saúde pública e em


rotina aprovada pela instituição de saúde;

d) participação em projetos de construção ou reforma de unidades de internação;

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e) prevenção e controle sistemático da infecção hospitalar e de doenças
transmissíveis em geral;

f) prevenção e controle sistemático de danos que possam ser causados à clientela


durante a assistência de enfermagem;

g) assistência de enfermagem à gestante, parturiente e puérpera;

h) acompanhamento da evolução e do trabalho de parto;

i) execução do parto sem distocia;

j) educação visando à melhoria de saúde da população.

k) assistência à parturiente e ao parto normal;

l) identificação das distocias obstétricas e tomada de providências até a chegada do


médico;

m) realização de episiotomia e episiorrafia e aplicação de anestesia local, quando


necessária.

O Técnico de Enfermagem exerce atividade de nível médio, envolvendo


orientação e acompanhamento do trabalho de Enfermagem em grau auxiliar, e
participação no planejamento da assistência de Enfermagem.

O Auxiliar de Enfermagem exerce atividades de nível médio, de natureza


repetitiva, envolvendo serviços auxiliares de Enfermagem sob supervisão, bem como
a exercer atividades elementares de Enfermagem.

As Parteiras exercem atividades observando o disposto na Lei nº 3.640, de 10


de outubro de 1959;

3- Código de Ética dos Profissionais da Enfermagem

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A Resolução COFEN n° 564/2017 aprova o novo Código de Ética dos
Profissionais da Enfermagem, que estabelece direitos, deveres, proibições, infrações
e penalidades. O mesmo aplica-se aos Enfermeiros, Técnicos de Enfermagem,
Auxiliares de Enfermagem, Obstetrizes e Parteiras.

PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS

A Enfermagem é comprometida com a produção e gestão do cuidado prestado


nos diferentes contextos socioambientais e culturais em resposta às necessidades da
pessoa, família e coletividade.

CAPÍTULO I – DOS DIREITOS

Art. 1º Exercer a Enfermagem com liberdade, segurança técnica, científica e


ambiental, autonomia, e ser tratado sem discriminação de qualquer natureza, segundo
os princípios e pressupostos legais, éticos e dos direitos humanos.

Art. 2º Exercer atividades em locais de trabalho livre de riscos e danos e violências


física e psicológica à saúde do trabalhador, em respeito à dignidade humana e à
proteção dos direitos dos profissionais de enfermagem.

Art. 3º Apoiar e/ou participar de movimentos de defesa da dignidade profissional, do


exercício da cidadania e das reivindicações por melhores condições de assistência,
trabalho e remuneração, observados os parâmetros e limites da legislação vigente.

Art. 4º Participar da prática multiprofissional, interdisciplinar e transdisciplinar com


responsabilidade, autonomia e liberdade, observando os preceitos éticos e legais da
profissão.

Art. 5º Associar-se, exercer cargos e participar de Organizações da Categoria e


Órgãos de Fiscalização do Exercício Profissional, atendidos os requisitos legais.

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Art. 6º Aprimorar seus conhecimentos técnico científicos, éticos políticos,
socioeducativos, históricos e culturais que dão sustentação à prática profissional.

Art. 7º Ter acesso às informações relacionadas à pessoa, família e coletividade,


necessárias ao exercício profissional.

Art. 8º Requerer ao Conselho Regional de Enfermagem, de forma fundamentada,


medidas cabíveis para obtenção de desagravo público em decorrência de ofensa
sofrida no exercício profissional ou que atinja a profissão.

Art. 9º Recorrer ao Conselho Regional de Enfermagem, de forma fundamentada,


quando impedido de cumprir o presente Código, a Legislação do Exercício Profissional
e as Resoluções, Decisões e Pareceres Normativos emanados pelo Sistema
Cofen/Conselhos Regionais de Enfermagem.

Art. 10 Ter acesso, pelos meios de informação disponíveis, às diretrizes políticas,


normativas e protocolos institucionais, bem como participar de sua elaboração.

Art. 11 Formar e participar da Comissão de Ética de Enfermagem, bem como de


comissões interdisciplinares da instituição em que trabalha.

Art. 12 Absterse de revelar informações confidenciais de que tenha conhecimento em


razão de seu exercício profissional.

Art. 13 Suspender as atividades, individuais ou coletivas, quando o local de trabalho


não oferecer condições seguras para o exercício profissional e/ou desrespeitar a
legislação vigente, ressalvadas as situações de urgência e emergência, devendo
formalizar imediatamente sua decisão por escrito e/ou por meio de correio eletrônico
à instituição e ao Conselho Regional de Enfermagem.

Art. 14 Aplicar o processo de Enfermagem como instrumento metodológico para


planejar, implementar, avaliar e documentar o cuidado à pessoa, família e
coletividade.

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Art. 15 Exercer cargos de direção, gestão e coordenação, no âmbito da saúde ou de
qualquer área direta ou indiretamente relacionada ao exercício profissional da
Enfermagem.

Art. 16 Conhecer as atividades de ensino, pesquisa e extensão que envolvam


pessoas e/ou local de trabalho sob sua responsabilidade profissional.

Art. 17 Realizar e participar de atividades de ensino, pesquisa e extensão, respeitando


a legislação vigente.

Art. 18 Ter reconhecida sua autoria ou participação em pesquisa, extensão e


produção técnico científica.

Art. 19 Utilizar-se de veículos de comunicação, mídias sociais e meios eletrônicos


para conceder entrevistas, ministrar cursos, palestras, conferências, sobre assuntos
de sua competência e/ou divulgar eventos com finalidade educativa e de interesse
social.

Art. 20 Anunciar a prestação de serviços para os quais detenha habilidades e


competências técnico científicas e legais.

Art. 21 Negar-se a ser filmado, fotografado e exposto em mídias sociais durante o


desempenho de suas atividades profissionais.

Art. 22 Recusar-se a executar atividades que não sejam de sua competência técnica,
científica, ética e legal ou que não ofereçam segurança ao profissional, à pessoa, à
família e à coletividade.

Art. 23 Requerer junto ao gestor a quebra de vínculo da relação profissional/usuários


quando houver risco à sua integridade física e moral, comunicando ao Coren e
assegurando a continuidade da assistência de Enfermagem.

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CAPÍTULO II – DOS DEVERES

Art. 24 Exercer a profissão com justiça, compromisso, equidade, resolutividade,


dignidade, competência, responsabilidade, honestidade e lealdade.

Art. 25 Fundamentar suas relações no direito, na prudência, no respeito, na


solidariedade e na diversidade de opinião e posição ideológica.

Art. 26 Conhecer, cumprir e fazer cumprir o Código de Ética dos Profissionais de


Enfermagem e demais normativos do Sistema Cofen/Conselhos Regionais de
Enfermagem.

Art. 27 Incentivar e apoiar a participação dos profissionais de Enfermagem no


desempenho de atividades em organizações da categoria.
Art. 28 Comunicar formalmente ao Conselho Regional de Enfermagem e aos órgãos
competentes fatos que infrinjam dispositivos éticos, legais e que possam prejudicar o
exercício profissional e a segurança à saúde da pessoa, família e coletividade.

Art. 29 Comunicar formalmente, ao Conselho Regional de Enfermagem, fatos que


envolvam recusa e/ou demissão de cargo, função ou emprego, motivado pela
necessidade do profissional em cumprir o presente Código e a legislação do exercício
profissional.

Art. 30 Cumprir, no prazo estabelecido, determinações, notificações, citações,


convocações e intimações do Sistema Cofen/Conselhos Regionais de Enfermagem.

Art. 31 Colaborar com o processo de fiscalização do exercício profissional e prestar


informações fidedignas, permitindo o acesso a documentos e a área física
institucional.

Art. 32 Manter inscrição no Conselho Regional de Enfermagem, com jurisdição na


área onde ocorrer o exercício profissional.

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Art. 33 Manter os dados cadastrais atualizados junto ao Conselho Regional de
Enfermagem de sua jurisdição.

Art. 34 Manter regularizadas as obrigações financeiras junto ao Conselho Regional


de Enfermagem de sua jurisdição.

Art. 35 Apor nome completo e/ou nome social, ambos legíveis, número e categoria de
inscrição no Conselho Regional de Enfermagem, assinatura ou rubrica nos
documentos, quando no exercício profissional.

§ 1º É facultado o uso do carimbo, com nome completo, número e categoria de


inscrição no Coren, devendo constar a assinatura ou rubrica do profissional.

§ 2º Quando se tratar de prontuário eletrônico, a assinatura deverá ser certificada,


conforme legislação vigente.

Art. 36 Registrar no prontuário e em outros documentos as informações inerentes e


indispensáveis ao processo de cuidar de forma clara, objetiva, cronológica, legível,
completa e sem rasuras.

Art. 37 Documentar formalmente as etapas do processo de Enfermagem, em


consonância com sua competência legal.

Art. 38 Prestar informações escritas e/ou verbais, completas e fidedignas, necessárias


à continuidade da assistência e segurança do paciente.

Art. 39 Esclarecer à pessoa, família e coletividade, a respeito dos direitos, riscos,


benefícios e intercorrências acerca da assistência de Enfermagem.

Art. 40 Orientar à pessoa e família sobre preparo, benefícios, riscos e consequências


decorrentes de exames e de outros procedimentos, respeitando o direito de recusa da
pessoa ou de seu representante legal.

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Art. 41 Prestar assistência de Enfermagem sem discriminação de qualquer natureza.

Art. 42 Respeitar o direito do exercício da autonomia da pessoa ou de seu


representante legal na tomada de decisão, livre e esclarecida, sobre sua saúde,
segurança, tratamento, conforto, bem estar, realizando ações necessárias, de acordo
com os princípios éticos e legais.

Parágrafo único. Respeitar as diretivas antecipadas da pessoa no que concerne às


decisões sobre cuidados e tratamentos que deseja ou não receber no momento em
que estiver incapacitado de expressar, livre e autonomamente, suas vontades.

Art. 43 Respeitar o pudor, a privacidade e a intimidade da pessoa, em todo seu ciclo


vital e nas situações de morte e pós morte.

Art. 44 Prestar assistência de Enfermagem em condições que ofereçam segurança,


mesmo em caso de suspensão das atividades profissionais decorrentes de
movimentos reivindicatórios da categoria.

Parágrafo único. Será respeitado o direito de greve e, nos casos de movimentos


reivindicatórios da categoria, deverão ser prestados os cuidados mínimos que
garantam uma assistência segura, conforme a complexidade do paciente.

Art. 45 Prestar assistência de Enfermagem livre de danos decorrentes de imperícia,


negligência ou imprudência.

Art. 46 Recusar-se a executar prescrição de Enfermagem e Médica na qual não


constem assinatura e número de registro do profissional prescritor, exceto em situação
de urgência e emergência.

§ 1º O profissional de Enfermagem deverá recusar-se a executar prescrição de


Enfermagem e Médica em caso de identificação de erro e/ou ilegibilidade da mesma,
devendo esclarecer com o prescritor ou outro profissional, registrando no prontuário.

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§ 2º É vedado ao profissional de Enfermagem o cumprimento de prescrição à
distância, exceto em casos de urgência e emergência e regulação, conforme
Resolução vigente.

Art. 47 Posicionar-se contra, e denunciar aos órgãos competentes, ações e


procedimentos de membros da equipe de saúde, quando houver risco de danos
decorrentes de imperícia, negligência e imprudência ao paciente, visando a proteção
da pessoa, família e coletividade.

Art. 48 Prestar assistência de Enfermagem promovendo a qualidade de vida à pessoa


e família no processo do nascer, viver, morrer e luto.

Parágrafo único. Nos casos de doenças graves incuráveis e terminais com risco
iminente de morte, em consonância com a equipe multiprofissional, oferecer todos os
cuidados paliativos disponíveis para assegurar o conforto físico, psíquico, social e
espiritual, respeitada a vontade da pessoa ou de seu representante legal.

Art. 49 Disponibilizar assistência de Enfermagem à coletividade em casos de


emergência, epidemia, catástrofe e desastre, sem pleitear vantagens pessoais,
quando convocado.

Art. 50 Assegurar a prática profissional mediante consentimento prévio do paciente,


representante ou responsável legal, ou decisão judicial.

Parágrafo único. Ficam resguardados os casos em que não haja capacidade de


decisão por parte da pessoa, ou na ausência do representante ou responsável legal.

Art. 51 Responsabilizar-se por falta cometida em suas atividades profissionais,


independentemente de ter sido praticada individual ou em equipe, por imperícia,
imprudência ou negligência, desde que tenha participação e/ou conhecimento prévio
do fato.

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Parágrafo único. Quando a falta for praticada em equipe, a responsabilidade será
atribuída na medida do(s) ato(s) praticado(s) individualmente.

Art. 52 Manter sigilo sobre fato de que tenha conhecimento em razão da atividade
profissional, exceto nos casos previstos na legislação ou por determinação judicial, ou
com o consentimento escrito da pessoa envolvida ou de seu representante ou
responsável legal.

§ 1º Permanece o dever mesmo quando o fato seja de conhecimento público e em


caso de falecimento da pessoa envolvida.

§ 2º O fato sigiloso deverá ser revelado em situações de ameaça à vida e à dignidade,


na defesa própria ou em atividade multiprofissional, quando necessário à prestação
da assistência.

§ 3º O profissional de Enfermagem intimado como testemunha deverá comparecer


perante a autoridade e, se for o caso, declarar suas razões éticas para manutenção
do sigilo profissional.

§ 4º É obrigatória a comunicação externa, para os órgãos de responsabilização


criminal, independentemente de autorização, de casos de violência contra: crianças e
adolescentes; idosos; e pessoas incapacitadas ou sem condições de firmar
consentimento.

§ 5º A comunicação externa para os órgãos de responsabilização criminal em casos


de violência doméstica e familiar contra mulher adulta e capaz será devida,
independentemente de autorização, em caso de risco à comunidade ou à vítima, a
juízo do profissional e com conhecimento prévio da vítima ou do seu responsável.

Art. 53 Resguardar os preceitos éticos e legais da profissão quanto ao conteúdo e


imagem veiculados nos diferentes meios de comunicação e publicidade.

Art. 54 Estimular e apoiar a qualificação e o aperfeiçoamento técnico científico,

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ético político, socioeducativo e cultural dos profissionais de Enfermagem sob sua
supervisão e coordenação.

Art. 55 Aprimorar os conhecimentos técnico científicos, éticos políticos,


socioeducativos e culturais, em benefício da pessoa, família e coletividade e do
desenvolvimento da profissão.

Art. 56 Estimular, apoiar, colaborar e promover o desenvolvimento de atividades de


ensino, pesquisa e extensão, devidamente aprovados nas instâncias deliberativas.

Art. 57 Cumprir a legislação vigente para a pesquisa envolvendo seres humanos.

Art. 58 Respeitar os princípios éticos e os direitos autorais no processo de pesquisa,


em todas as etapas.

Art. 59 Somente aceitar encargos ou atribuições quando se julgar técnica, científica e


legalmente apto para o desempenho seguro para si e para outrem.

Art. 60 Respeitar, no exercício da profissão, a legislação vigente relativa à


preservação do meio ambiente no gerenciamento de resíduos de serviços de saúde.

CAPÍTULO III – DAS PROIBIÇÕES

Art. 61 Executar e/ou determinar atos contrários ao Código de Ética e à legislação


que disciplina o exercício da Enfermagem.

Art. 62 Executar atividades que não sejam de sua competência técnica, científica,
ética e legal ou que não ofereçam segurança ao profissional, à pessoa, à família e à
coletividade.

Art. 63 Colaborar ou acumpliciar-se com pessoas físicas ou jurídicas que


desrespeitem a legislação e princípios que disciplinam o exercício profissional de
Enfermagem.

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Art. 64 Provocar, cooperar, ser conivente ou omisso diante de qualquer forma ou tipo
de violência contra a pessoa, família e coletividade, quando no exercício da profissão.

Art. 65 Aceitar cargo, função ou emprego vago em decorrência de fatos que envolvam
recusa ou demissão motivada pela necessidade do profissional em cumprir o presente
código e a legislação do exercício profissional; bem como pleitear cargo, função ou
emprego ocupado por colega, utilizando-se
de concorrência desleal.

Art. 66 Permitir que seu nome conste no quadro de pessoal de qualquer instituição ou
estabelecimento congênere, quando, nestas, não exercer funções de enfermagem
estabelecidas na legislação.

Art. 67 Receber vantagens de instituição, empresa, pessoa, família e coletividade,


além do que lhe é devido, como forma de garantir assistência de Enfermagem
diferenciada ou benefícios de qualquer natureza para si ou para outrem.

Art. 68 Valer-se, quando no exercício da profissão, de mecanismos de coação,


omissão ou suborno, com pessoas físicas ou jurídicas, para conseguir qualquer tipo
de vantagem.
Art. 69 Utilizar o poder que lhe confere a posição ou cargo, para impor ou induzir
ordens, opiniões, ideologias políticas ou qualquer tipo de conceito ou preconceito que
atentem contra a dignidade da pessoa humana, bem como dificultar o exercício
profissional.

Art. 70 Utilizar dos conhecimentos de enfermagem para praticar atos tipificados como
crime ou contravenção penal, tanto em ambientes onde exerça a profissão, quanto
naqueles em que não a exerça, ou qualquer ato que infrinja os postulados éticos e
legais.

Art. 71 Promover ou ser conivente com injúria, calúnia e difamação de pessoa e


família, membros das equipes de Enfermagem e de saúde, organizações da

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Enfermagem, trabalhadores de outras áreas e instituições em que exerce sua
atividade profissional.

Art. 72 Praticar ou ser conivente com crime, contravenção penal ou qualquer outro
ato que infrinja postulados éticos e legais, no exercício profissional.

Art. 73 Provocar aborto, ou cooperar em prática destinada a interromper a gestação,


exceto nos casos permitidos pela legislação vigente.

Parágrafo único. Nos casos permitidos pela legislação, o profissional deverá decidir
de acordo com a sua consciência sobre sua participação, desde que seja garantida a
continuidade da assistência.

Art. 74 Promover ou participar de prática destinada a antecipar a morte da pessoa.

Art. 75 Praticar ato cirúrgico, exceto nas situações de emergência ou naquelas


expressamente autorizadas na legislação, desde que possua competência técnica
científica necessária.

Art. 76 Negar assistência de enfermagem em situações de urgência, emergência,


epidemia, desastre e catástrofe, desde que não ofereça risco a integridade física do
profissional.

Art. 77 Executar procedimentos ou participar da assistência à saúde sem o


consentimento formal da pessoa ou de seu representante ou responsável legal, exceto
em iminente risco de morte.

Art. 78 Administrar medicamentos sem conhecer indicação, ação da droga, via de


administração e potenciais riscos, respeitados os graus de formação do profissional.

Art. 79 Prescrever medicamentos que não estejam estabelecidos em programas de


saúde pública e/ou em rotina aprovada em instituição de saúde, exceto em situações
de emergência.

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Art. 80 Executar prescrições e procedimentos de qualquer natureza que
comprometam a segurança da pessoa.

Art. 81 Prestar serviços que, por sua natureza, competem a outro profissional, exceto
em caso de emergência, ou que estiverem expressamente autorizados na legislação
vigente.
Art. 82 Colaborar, direta ou indiretamente, com outros profissionais de saúde ou áreas
vinculadas, no descumprimento da legislação referente aos transplantes de órgãos,
tecidos, esterilização humana, reprodução assistida ou manipulação genética.

Art. 83 Praticar, individual ou coletivamente, quando no exercício profissional, assédio


moral, sexual ou de qualquer natureza, contra pessoa, família, coletividade ou
qualquer membro da equipe de saúde, seja por meio de atos ou expressões que
tenham por consequência atingir a dignidade ou criar condições humilhantes e
constrangedoras.

Art. 84 Anunciar formação profissional, qualificação e título que não possa comprovar.

Art. 85 Realizar ou facilitar ações que causem prejuízo ao patrimônio das


organizações da categoria.

Art. 86 Produzir, inserir ou divulgar informação inverídica ou de conteúdo duvidoso


sobre assunto de sua área profissional.

Parágrafo único. Fazer referência a casos, situações ou fatos, e inserir imagens que
possam identificar pessoas ou instituições sem prévia autorização, em qualquer meio
de comunicação.

Art. 87 Registrar informações incompletas, imprecisas ou inverídicas sobre a


assistência de Enfermagem prestada à pessoa, família ou coletividade.

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Art. 88 Registrar e assinar as ações de Enfermagem que não executou, bem como
permitir que suas ações sejam assinadas por outro profissional.

Art. 89 Disponibilizar o acesso a informações e documentos a terceiros que não estão


diretamente envolvidos na prestação da assistência de saúde ao paciente, exceto
quando autorizado pelo paciente, representante legal ou responsável legal, por
determinação judicial.

Art. 90 Negar, omitir informações ou emitir falsas declarações sobre o exercício


profissional quando solicitado pelo Conselho Regional de Enfermagem e/ou Comissão
de Ética de Enfermagem.

Art. 91 Delegar atividades privativas do(a) Enfermeiro(a) a outro membro da equipe


de Enfermagem, exceto nos casos de emergência.

Parágrafo único. Fica proibido delegar atividades privativas a outros membros da


equipe de saúde.

Art. 92 Delegar atribuições dos(as) profissionais de enfermagem, previstas na


legislação, para acompanhantes e/ou responsáveis pelo paciente.

Parágrafo único. O dispositivo no caput não se aplica nos casos da atenção domiciliar
para o autocuidado apoiado.

Art. 93 Eximir-se da responsabilidade legal da assistência prestada aos pacientes sob


seus cuidados realizados por alunos e/ou estagiários sob sua supervisão e/ou
orientação.
Art. 94 Apropriar-se de dinheiro, valor, bem móvel ou imóvel, público ou particular,
que esteja sob sua responsabilidade em razão do cargo ou do exercício profissional,
bem como desviá-lo em proveito próprio ou de outrem.

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Art. 95 Realizar ou participar de atividades de ensino, pesquisa e extensão, em que
os direitos inalienáveis da pessoa, família e coletividade sejam desrespeitados ou
ofereçam quaisquer tipos de riscos ou danos previsíveis aos envolvidos.

Art. 96 Sobrepor o interesse da ciência ao interesse e segurança da pessoa, família


e coletividade.

Art. 97 Falsificar ou manipular resultados de pesquisa, bem como usá-los para fins
diferentes dos objetivos previamente estabelecidos.

Art. 98 Publicar resultados de pesquisas que identifiquem o participante do estudo


e/ou instituição envolvida, sem a autorização prévia.

Art. 99 Divulgar ou publicar, em seu nome, produção técnico científica ou instrumento


de organização formal do qual não tenha participado ou omitir nomes de coautores e
colaboradores.

Art. 100 Utilizar dados, informações, ou opiniões ainda não publicadas, sem
referência do autor ou sem a sua autorização.

Art. 101 Apropriar-se ou utilizar produções técnico científicas, das quais tenha ou não
participado como autor, sem concordância ou concessão dos demais partícipes.

Art. 102 Aproveitar-se de posição hierárquica para fazer constar seu nome como autor
ou coautor em obra técnico científica.

CAPÍTULO IV – DAS INFRAÇÕES E PENALIDADES

Art. 103 A caracterização das infrações éticas e disciplinares, bem como a aplicação
das respectivas penalidades regem-se por este Código, sem prejuízo das sanções
previstas em outros dispositivos legais.

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Art. 104 Considera-se infração ética e disciplinar a ação, omissão ou conivência que
implique em desobediência e/ou inobservância às disposições do Código de Ética dos
Profissionais de Enfermagem, bem como a inobservância das normas do Sistema
Cofen/Conselhos Regionais de Enfermagem.

Art. 105 O(a) Profissional de Enfermagem responde pela infração ética e/ou
disciplinar, que cometer ou contribuir para sua prática, e, quando cometida(s) por
outrem, dela(s) obtiver benefício.

Art. 106 A gravidade da infração é caracterizada por meio da análise do(s) fato(s),
do(s) ato(s) praticado(s) ou ato(s) omissivo(s), e do(s) resultado(s).

Art. 107 A infração é apurada em processo instaurado e conduzido nos termos do


Código de Processo Ético Disciplinar vigente, aprovado pelo Conselho Federal de
Enfermagem.

Art. 108 As penalidades a serem impostas pelo Sistema Cofen/Conselhos Regionais


de Enfermagem, conforme o que determina o art. 18, da Lei n° 5.905, de 12 de julho
de 1973, são as seguintes:
I – Advertência verbal;
II – Multa;
III – Censura;
IV – Suspensão do Exercício Profissional;
V – Cassação do direito ao Exercício Profissional.

§ 1º A advertência verbal consiste na admoestação ao infrator, de forma reservada,


que será registrada no prontuário do mesmo, na presença de duas testemunhas.

§ 2º A multa consiste na obrigatoriedade de pagamento de 01 (um) a 10 (dez) vezes


o valor da anuidade da categoria profissional à qual pertence o infrator, em vigor no
ato do pagamento.

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§ 3º A censura consiste em repreensão que será divulgada nas publicações oficiais
do Sistema Cofen/Conselhos Regionais de Enfermagem e em jornais de grande
circulação.

§ 4º A suspensão consiste na proibição do exercício profissional da Enfermagem por


um período de até 90 (noventa) dias e será divulgada nas publicações oficiais do
Sistema Cofen/Conselhos Regionais de Enfermagem, jornais de grande circulação e
comunicada aos órgãos empregadores.

§ 5º A cassação consiste na perda do direito ao exercício da Enfermagem por um


período de até 30 anos e será divulgada nas publicações do Sistema Cofen/Conselhos
Regionais de Enfermagem e em jornais de grande circulação.

§ 6º As penalidades aplicadas deverão ser registradas no prontuário do infrator.

§ 7º Nas penalidades de suspensão e cassação, o profissional terá sua carteira retida


no ato da notificação, em todas as categorias em que for inscrito, sendo devolvida
após o cumprimento da pena e, no caso da cassação, após o processo de reabilitação.

Art. 109 As penalidades, referentes à advertência verbal, multa, censura e suspensão


do exercício profissional, são da responsabilidade do Conselho Regional de
Enfermagem, serão registradas no prontuário do profissional de Enfermagem; a pena
de cassação do direito ao exercício profissional é de competência do Conselho
Federal de Enfermagem, conforme o disposto no art. 18, parágrafo primeiro, da Lei n°
5.905/73.

Parágrafo único. Na situação em que o processo tiver origem no Conselho Federal


de Enfermagem e nos casos de cassação do exercício profissional, terá como
instância superior a Assembleia de Presidentes dos Conselhos de Enfermagem.

Art. 110 Para a graduação da penalidade e respectiva imposição consideram-se:


I – A gravidade da infração;
II – As circunstâncias agravantes e atenuantes da infração;

20
III – O dano causado e o resultado;
IV – Os antecedentes do infrator.
Art. 111 As infrações serão consideradas leves, moderadas, graves ou gravíssimas,
segundo a natureza do ato e a circunstância de cada caso.

§ 1º São consideradas infrações leves as que ofendam a integridade física, mental ou


moral de qualquer pessoa, sem causar debilidade ou aquelas que venham a difamar
organizações da categoria ou instituições ou ainda que causem danos patrimoniais ou
financeiros.

§ 2º São consideradas infrações moderadas as que provoquem debilidade temporária


de membro, sentido ou função na pessoa ou ainda as que causem danos mentais,
morais, patrimoniais ou financeiros.

§ 3º São consideradas infrações graves as que provoquem perigo de morte, debilidade


permanente de membro, sentido ou função, dano moral irremediável na pessoa ou
ainda as que causem danos mentais, morais, patrimoniais ou financeiros.

§ 4º São consideradas infrações gravíssimas as que provoquem a morte, debilidade


permanente de membro, sentido ou função, dano moral irremediável na pessoa.

Art. 112 São consideradas circunstâncias atenuantes:


I – Ter o infrator procurado, logo após a infração, por sua espontânea vontade e com
eficiência,
evitar ou minorar as consequências do seu ato;
II – Ter bons antecedentes profissionais;
III – Realizar atos sob coação e/ou intimidação ou grave ameaça;
IV – Realizar atos sob emprego real de força física;
V – Ter confessado espontaneamente a autoria da infração;
VI – Ter colaborado espontaneamente com a elucidação dos fatos.

Art. 113 São consideradas circunstâncias agravantes:


I – Ser reincidente;

21
II – Causar danos irreparáveis;
III – Cometer infração dolosamente;
IV – Cometer a infração por motivo fútil ou torpe;
V – Facilitar ou assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou a vantagem de
outra infração;
VI – Aproveitar-se da fragilidade da vítima;
VII – Cometer a infração com abuso de autoridade ou violação do dever inerente ao
cargo ou função ou exercício profissional;
VIII – Ter maus antecedentes profissionais;
IX – Alterar ou falsificar prova, ou concorrer para a desconstrução de fato que se
relacione com o apurado na denúncia durante a condução do processo ético.

CAPÍTULO V – DA APLICAÇÃO DAS PENALIDADES

Art. 114 As penalidades previstas neste Código somente poderão ser aplicadas,
cumulativamente, quando houver infração a mais de um artigo.

Art. 115 A pena de Advertência verbal é aplicável nos casos de infrações ao que está
estabelecido nos artigos:, 26, 28, 29, 30, 31, 32, 33, 35, 36, 37, 38, 39, 40, 41, 42, 43,
46, 48, 47, 49, 50, 51, 52, 53, 54, 55, 56, 57,58, 59, 60, 61, 62, 65, 66, 67, 69, 76, 77,
78, 79, 81, 82, 83, 84, 85, 86, 87, 88, 89, 90, 91, 92, 93, 94, 95, 98, 99, 100, 101 e
102.
Art. 116 A pena de Multa é aplicável nos casos de infrações ao que está estabelecido
nos artigos: 28, 29, 30, 31, 32, 35, 36, 38, 39, 41, 42, 43, 44, 45, 50, 51, 52, 57, 58,
59, 61, 62, 63, 64, 65, 66, 67, 68, 69, 70, 71, 72, 73, 74, 75, 76, 77, 78, 79, 80, 81, 82,
83, 84, 85, 86, 87, 88, 89, 90, 91, 92, 93, 94, 95, 96, 97, 98, 99, 100, 101 e 102.

Art. 117 A pena de Censura é aplicável nos casos de infrações ao que está
estabelecido nos artigos: 31, 41, 42, 43, 44, 45, 50, 51, 52, 57, 58, 59, 61, 62, 63, 64,
65, 66, 67,68, 69, 70, 71, 73, 74, 75, 76, 77, 78, 79, 80, 81, 82, 83, 84, 85, 86, 88, 90,
91, 92, 93, 94, 95, 97, 99, 100, 101 e 102.

22
Art. 118 A pena de Suspensão do Exercício Profissional é aplicável nos casos de
infrações ao que está estabelecido nos artigos: 32, 41, 42, 43, 44, 45, 50, 51, 52, 59,
61, 62, 63, 64, 68, 69, 70,71, 72, 73, 74, 75, 76, 77, 78,79, 80, 81, 82, 83, 85, 87, 89,
90, 91, 92, 93, 94 e 95.

Art. 119 A pena de Cassação do Direito ao Exercício Profissional é aplicável nos


casos de infrações ao que está estabelecido nos artigos: 45, 64, 70, 72, 73, 74, 80,
82, 83, 94, 96 e 97.

4 - Sistemas COFEN e COREN

O Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) e os seus respectivos


Conselhos Regionais (CORENs) foram criados em 12 de julho de 1973, por meio da
Lei 5.905. Juntos, formam o Sistema COFEN/Conselhos Regionais.
Filiado ao Conselho Internacional de Enfermeiros em Genebra, o COFEN é
responsável por normatizar e fiscalizar o exercício da profissão de enfermeiros,
técnicos e auxiliares de enfermagem, zelando pela qualidade dos serviços prestados
e pelo cumprimento da Lei do Exercício Profissional da Enfermagem.

4.1- Principais atividades do COFEN:

. normatizar e expedir instruções para uniformidade de procedimentos e bom


funcionamento dos Conselhos Regionais;
. apreciar em grau de recurso as decisões dos CORENs;
. aprovar anualmente as contas e a proposta orçamentária da autarquia,
remetendo-as aos órgãos competentes;
. promover estudos e campanhas para aperfeiçoamento profissional.

4.2 - Principais atividades dos CORENS:

. deliberar sobre inscrição no Conselho, bem como o seu cancelamento;


. disciplinar e fiscalizar o exercício profissional, observadas as diretrizes gerais
do COFEN;

23
. executar as resoluções do COFEN;
. expedir a carteira de identidade profissional, indispensável ao exercício da
profissão e válida em todo o território nacional;
. fiscalizar o exercício profissional e decidir os assuntos atinentes à Ética
Profissional, impondo as penalidades cabíveis
. elaborar a sua proposta orçamentária anual e o projeto de seu regimento
interno, submetendo-os à aprovação do COFEN;
. zelar pelo bom conceito da profissão e dos que a exerçam; propor ao COFEN
medidas visando a melhoria do exercício profissional;
. eleger sua Diretoria e seus Delegados eleitores ao Conselho Federal;
. exercer as demais atribuições que lhe forem conferidas pela Lei 5.905/73 e
pelo COFEN.

5 - A História da Enfermagem do Trabalho

A Saúde Pública é a ciência e a arte de promover, proteger e recuperar a saúde


física e mental por meio de medidas de alcance coletivo e de motivação da população.
A enfermagem do trabalho é um ramo da enfermagem de Saúde Pública e,
como tal, utiliza os mesmos métodos e técnicas empregados na Saúde Pública
visando a promoção da saúde do trabalhador, proteção contra os riscos decorrentes
de suas atividades laborais; proteção contra agentes químicos, físicos, biológicos e
psicossociais, manutenção de sua saúde no mais alto grau do bem-estar físico e
mental e recuperação de lesões, doenças ocupacionais ou não-ocupacionais e sua
reabilitação para o trabalho.
A enfermagem profissional surgiu na Inglaterra no século XIX. No Brasil a
primeira escola de enfermagem foi criada em 1890 no Hospício de Pedro II,
atualmente a UNI-RIO. O exercício de enfermagem no Brasil foi regulamentado em
1931.
Em 1959 aconteceu uma Conferência Internacional do Trabalho e, nesta,
houve a recomendação de número 112 da Organização Internacional do Trabalho
(OIT) que conceituou a Medicina do Trabalho, mas limitando-se à intervenção médica.
Em 1963 foi incluído nos cursos médicos o ensino de medicina do trabalho.

24
Logo em seguida, em 1964, a Escola de Enfermagem da Universidade Estadual
do Rio de janeiro (UERJ) inclui a disciplina de saúde ocupacional no curso de
graduação.
O auxiliar de enfermagem do trabalho foi incluído na equipe de saúde
ocupacional em 1972 pela portaria nº 3.237 do Ministério do Trabalho.
Em 1973 criou-se o Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) e Conselho
Regional de Enfermagem (COREN).
O primeiro curso de especialização para enfermeiros do trabalho aconteceu
em 1974 no Rio de Janeiro.
A inclusão do enfermeiro do trabalho na equipe de saúde ocupacional
aconteceu por meio da portaria nº 3.460 do Ministério do Trabalho, em 1975. Neste
mesmo ano criou-se o Código de Deontologia de Enfermagem e, no ano seguinte,
criou-se no Rio Grande do Sul o primeiro Sindicato de Enfermagem.
Como vemos, a história da enfermagem do trabalho no Brasil é bastante
recente. Inicialmente a assistência de enfermagem do trabalho era vista mais como
atendimento emergencial na empresa, o que não a valorizava muito. Contudo, o
espaço para o desempenho profissional, principalmente do enfermeiro do trabalho
está se ampliando a cada dia, seja na assistência direta aos trabalhadores e familiares
ou no desempenho de funções administrativas, educacionais, de integração ou de
pesquisa.

6 - Legislação em Saúde do Trabalhador

A segurança e saúde dos trabalhadores é um direito fundamental previsto na


Constituição Federal de 1988, em seu art.7º, inciso XXII. “redução dos riscos inerentes
ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança;” No Brasil, a
legislação em Segurança e Saúde no Trabalho–SST é regida pela Consolidação das
Leis do Trabalho-CLT, alterada pela Lei Nº 6.514, de 22 de dezembro de 1977.

A Lei nº 8.080 de 19 de setembro de 1990 dispõe sobre as condições para a


promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos
serviços correspondentes e dá outras providências. Em seu parágrafo 3° regulamenta
os dispositivos constitucionais sobre saúde do trabalhador, que é compreendida como
conjunto de atividades que se destina, através das ações de vigilância epidemiológica

25
e vigilância sanitária, à promoção e proteção da saúde dos trabalhadores, assim como
visa à recuperação e reabilitação da saúde dos trabalhadores submetidos aos riscos
e agravos advindos das condições de trabalho, abrangendo:

I - Assistência ao trabalhador vítima de acidentes de trabalho ou portador de


doença profissional e do trabalho;

II - Participação, no âmbito de competência do Sistema Único de Saúde (SUS),


em estudos, pesquisas, avaliação e controle dos riscos e agravos potenciais à saúde
existentes no processo de trabalho;

III - Participação, no âmbito de competência do Sistema Único de Saúde (SUS),


da normatização, fiscalização e controle das condições de produção, extração,
armazenamento, transporte, distribuição e manuseio de substâncias, de produtos, de
máquinas e de equipamentos que apresentam riscos à saúde do trabalhador;

IV - Avaliação do impacto que as tecnologias provocam à saúde;

V - Informação ao trabalhador e à sua respectiva entidade sindical e às empresas


sobre os riscos de acidentes de trabalho, doença profissional e do trabalho, bem como
os resultados de fiscalizações, avaliações ambientais e exames de saúde, de
admissão, periódicos e de demissão, respeitados os preceitos da ética profissional;

VI - Participação na normatização, fiscalização e controle dos serviços de saúde


do trabalhador nas instituições e empresas públicas e privadas;

VII - Revisão periódica da listagem oficial de doenças originadas no processo de


trabalho, tendo na sua elaboração a colaboração das entidades sindicais; e

VIII - A garantia ao sindicato dos trabalhadores de requerer ao órgão competente


a interdição de máquina, de setor de serviço ou de todo ambiente de trabalho, quando
houver exposição a risco iminente para a vida ou saúde dos trabalhadores.

Em consonância com esta lei o Ministério do Trabalho editou as Normas


Regulamentadoras (NR) em segurança e medicina do trabalho por meio da Portaria
3.214, de 8 de junho de 1978. O conjunto das NR retrata os múltiplos aspectos das

26
diferentes realidades do mundo do trabalho que afetam a vida do trabalhador na
execução de suas atividades laborais. Apesar de separadas, umas das outras, por
temas, as NR fazem parte de um sistema inter-relacionado cujo objetivo é preservar
a integridade física e o bem-estar dos trabalhadores. Após a publicação das 28 NR
em 1978 a primeira revisão importante ocorreu em 1983, nos anos seguintes as
transformações foram se sucedendo de forma gradativa e independente em virtude
de demandas internas ou externas de adequação ou atualização. Atualmente o acervo
de normas em segurança e saúde no trabalho do MTb é bastante abrangente e, até
mesmo moderno. Porém, as atualizações processadas durante quarenta anos, de
forma nem sempre totalmente ordenada, colaboraram para a distorção estrutural e
formal das NR. Considerando que a segurança e a saúde dos trabalhadores
dependem diretamente do cumprimento dos dispositivos previstos nas NR essas, para
serem eficientes, devem atender aos princípios explicitados no art. 37 da Constituição
Federal de 1988: “A administração pública direta, indireta ou fundacional, de qualquer
dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá
aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência
(...)”.

6.1- Normas Regulamentadoras:

NR-1 - O objetivo desta Norma é estabelecer as disposições gerais, o campo de


aplicação, os termos e as definições comuns às Normas Regulamentadoras - NR
relativas à segurança e saúde no trabalho. Última modificação: Portaria SEPRT 915,
de 30/07/2019.

NR-2 - INSPEÇÃO PRÉVIA (REVOGADA) REVOGADA pela PORTARIA SEPRT n.º


915, de 30 de julho de 2019, publicada no DOU de 31/07/2019.

NR-3 - Esta norma estabelece as diretrizes para caracterização do grave e iminente


risco e os requisitos técnicos objetivos de embargo e interdição. Última modificação:
Portaria SEPRT 1069, de 23/09/2019.

NR-4 - SERVIÇOS ESPECIALIZADOS EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA E EM


MEDICINA DO TRABALHO .Última modificação: Portaria MTPS 510, de 29/04/2016.

27
NR-5 - COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES. Última
modificação: Portaria SEPRT 915, de 30/07/2019. Manual da CIPA - NR-5.

NR-6 - EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL - EPI. Última modificação:


Portaria MTb 877, de 24/10/2018. Manual de Orientação para Especificação das
Vestimentas de Proteção contra os Efeitos Térmicos do Arco Elétrico e do Fogo
Repentino

NR-7 - PROGRAMA DE CONTROLE MÉDICO DE SAÚDE OCUPACIONAL. Última


modificação: Portaria MTb 1031, de 06/12/2018. Início de vigência – 1 (um) ano a
partir da publicação da Portaria SEPRT n° 6.734, de 9 de março de 2020.

NR-8 - EDIFICAÇÕES. Última modificação: Portaria SIT 222, de 06/05/2011. Esta


Norma Regulamentadora - NR estabelece requisitos técnicos mínimos que devem ser
observados nas edificações, para garantir segurança e conforto aos que nelas
trabalhem.

NR-9 - PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS. Última


modificação: Portarias SEPRT n.º 1.358 e 1.359, de 09 de dezembro de 2019. Início
de vigência – 1 (um) ano a partir da publicação da Portaria SEPRT n° 6.735, de 10 de
março de 2020.

NR-10 - SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS EM ELETRICIDADE.


Última modificação: Portaria SEPRT 915, de 30/07/2019.Manual de Aplicação na
Interpretação e Aplicação da NR-10.

NR-11 - TRANSPORTE, MOVIMENTAÇÃO, ARMAZENAGEM E MANUSEIO DE


MATERIAIS. Última modificação: Portaria MTPS 505, de 29/04/2016.

NR-12 - SEGURANÇA NO TRABALHO EM MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS. Última


modificação: Portaria SEPRT 916, de 30/07/2019. Cartilha NR-12 - Segurança em
Máquinas para Couro e Tratamentos de Efluentes.

28
NR-13 - CALDEIRAS, VASOS DE PRESSÃO E TUBULAÇÕES E TANQUES
METÁLICOS DE ARMAZENAMENTO. Última modificação: Portaria SEPRT 915, de
30/07/2019.

NR-14 - FORNOS Última modificação: Portaria SSMT 12, de 06/06/1983.

NR-15 - ATIVIDADES E OPERAÇÕES INSALUBRES. Última modificação: Portaria


SEPRT n.º 1.359, de 09 de dezembro de 2019.
NR-16 - ATIVIDADES E OPERAÇÕES PERIGOSAS. Última modificação: Portaria
SEPRT n.º 1.357, de 09 de dezembro de 2019.
NR-17 - ERGONOMIA. Última modificação: Portaria 876, de 24/10/2018.

NR-18 - CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DE TRABALHO NA INDÚSTRIA DA


CONSTRUÇÃO. Última modificação: Portaria MTb n.º 261, de 18 de abril de 2018.
Início de vigência – 1 (um) ano a partir da publicação da Portaria SEPRT n° 3.733, de
10 de fevereiro de 2020.
NR-19 - EXPLOSIVOS. Última modificação: Portaria 228, de 24/05/2011.

COMBUSTÍVEIS. Última modificação: Portaria SEPRT n.º 1.360, de 09 de dezembro de


2019.
NR-21 - TRABALHOS A CÉU ABERTO. Última modificação: Portaria GM 2037, de
15/12/1999.
NR-22 - SEGURANÇA E SAÚDE OCUPACIONAL NA MINERAÇÃO. Última
modificação: Portaria MTb 1085, de 18/12/2018.

NR-23 - PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIOS. Última modificação: Portaria SIT 221,


de 06/05/2011.

NR-24 - CONDIÇÕES SANITÁRIAS E DE CONFORTO NOS LOCAIS DE


TRABALHO. Última modificação: Portaria 1.066, de 23/09/2019 do Ministério da
Economia/Secretaria Especial de Previdência e Trabalho.

NR-25 - RESÍDUOS INDUSTRIAIS. Última modificação: Portaria SIT 253, de


04/08/2011.

NR-26 - SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA. Última modificação: Portaria MTE 704, de


28/05/2015.
29
NR-27 - REGISTRO PROFISSIONAL DO TÉCNICO DE SEGURANÇA DO
TRABALHO (REVOGADA)

NR-28 - FISCALIZAÇÃO E PENALIDADES. Última modificação: Portaria SEPRT n.º


9.384, de 06 de abril de 2020.

NR-29 - NORMA REGULAMENTADORA DE SEGURANÇA E SAÚDE NO


TRABALHO PORTUÁRIO. Última modificação: Portaria MTE 1080, de 16/07/2014.

NR-30 - SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO AQUAVIÁRIO. Última modificação:


Portaria MTE 1186, de 20/12/2018.

NR-31 - SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO NA AGRICULTURA, PECUÁRIA


SILVICULTURA, EXPLORAÇÃO FLORESTAL E AQUICULTURA. Última
modificação: Portaria MTE 1086, de 18/12/2018.

NR-32 - SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO EM SERVIÇOS DE SAÚDE. Última


modificação: Portaria SEPRT 915, de 30/07/2019.

NR-33 - SEGURANÇA E SAÚDE NOS TRABALHOS EM ESPAÇOS CONFINADOS.


Última modificação: Portaria SEPRT 915, de 30/07/2019.

NR-34 - CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DE TRABALHO NA INDÚSTRIA DA


CONSTRUÇÃO, REPARAÇÃO E DESMONTE NAVAL. Última modificação: Portaria
SEPRT 915, de 30/07/2019.

NR-35 - TRABALHO EM ALTURA. Última modificação: Portaria SEPRT 915, de


30/07/2019.
---Manual Consolidado da NR-35
---Guia de Boas Práticas para Trabalho em Altura em Atividades Portuárias
---Cartilha Segurança em Serviços de Manutenção de Fachadas
---Cartilha Trabalho em Altura

30
NR-36 - SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO EM EMPRESAS DE ABATE E
PROCESSAMENTO DE CARNES E DERIVADOS. Última modificação: Portaria MTb
1087, de 18/12/2018.
---Manual de Interpretação e Aplicação da NR-36

NR-37 - SEGURANÇA E SAÚDE EM PLATAFORMAS DE PETRÓLEO

Última modificação: Portaria SEPRT n.º 1.412, de 17 de dezembro de 2019.

7 - NR 4 – Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em


Medicina do Trabalho

As empresas privadas e públicas, os órgãos públicos da administração direta e


indireta e dos poderes Legislativo e Judiciário, que possuam empregados regidos pela
Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, manterão, obrigatoriamente, Serviços
Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho, com a
finalidade de promover a saúde e proteger a integridade do trabalhador no local de
trabalho. (Alterado pela Portaria SSMT n.º 33, de 27 de outubro de 1983)

O dimensionamento dos Serviços Especializados em Engenharia de


Segurança e em Medicina do Trabalho vincula-se à gradação do risco da atividade
principal e ao número total de empregados do estabelecimento, constantes nos
anexos da portaria, observadas as exceções previstas nesta NR. (Alterado pela
Portaria SSMT n.º 33, de 27 de outubro de 1983)

Para fins de dimensionamento, os canteiros de obras e as frentes de trabalho


com menos de 1 (um) mil empregados e situados no mesmo estado, território ou
Distrito Federal não serão considerados como estabelecimentos, mas como
integrantes da empresa de engenharia principal responsável, a quem caberá
organizar os Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina
do Trabalho. (Alterado pela Portaria SSMT n.º 33, de 27 de outubro de 1983)

31
Neste caso, os engenheiros de segurança do trabalho, os médicos do trabalho
e os enfermeiros do trabalho poderão ficar centralizados. (Alterado pela Portaria
SSMT n.º 33, de 27 de outubro de 1983)

Para os técnicos de segurança do trabalho e auxiliares de enfermagem do


trabalho, o dimensionamento será feito por canteiro de obra ou frente de trabalho,
conforme o Quadro I. (Alterado pela Portaria SSMT n.º 34, de 11 de dezembro de
1987)

As empresas que possuam mais de 50% (cinqüenta por cento) de seus


empregados em estabelecimentos ou setor com atividade cuja gradação de risco seja
de grau superior ao da atividade principal deverão dimensionar os Serviços
Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho, em função
do maior grau de risco, obedecido o disposto no Quadro I . (Alterado pela Portaria
SSMT n.º 33, de 27 de outubro de 1983)

A empresa poderá constituir Serviço Especializado em Engenharia de


Segurança e em Medicina do Trabalho centralizado para atender a um conjunto de
estabelecimentos pertencentes a ela, desde que a distância a ser percorrida entre
aquele em que se situa o serviço e cada um dos demais não ultrapasse a 5.000 (cinco
mil metros), dimensionando-o em função do total de empregados e do risco, de acordo
com o Quadro I, e o subitem 4.2.2. (Alterado pela Portaria SSMT n.º 33, de 27 de
outubro de 1983)

Havendo, na empresa, estabelecimento (s) que se enquadre (m) no Quadro I,


e outro (s) que não se enquadre (m), a assistência a este (s) será feita pelos serviços
especializados daquele (s), dimensionados conforme os subitens 4.2.5.1 e 4.2.5.2 e
desde que localizados no mesmo Estado, Território ou Distrito Federal. (Alterado pela
Portaria SSMT n. º 34, de 20 de dezembro de 1983)

Havendo, na mesma empresa, apenas estabelecimentos que, isoladamente,


não se enquadrem no Quadro I, o cumprimento desta NR será feito através de
Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho

32
centralizados em cada estado, território ou Distrito Federal, desde que o total de
empregados dos estabelecimentos no estado, território ou Distrito Federal alcance os
limites previstos no Quadro I, aplicado o disposto no subitem 4.2.2. (Alterado pela
Portaria SSMT n.º 33, de 27 de outubro de 1983)

Para as empresas enquadradas no grau de risco 1 o dimensionamento dos


serviços referidos no subitem 4.2.5 obedecerá ao Quadro I, considerando-se como
número de empregados o somatório dos empregados existentes no estabelecimento
que possua o maior número e a média aritmética do número de empregados dos
demais estabelecimentos, devendo todos os profissionais integrantes dos Serviços
Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho, assim
constituídos, cumprirem tempo integral. (Alterado pela Portaria SSMT n.º 33, de 27 de
outubro de 1983)

Para as empresas enquadradas nos graus de risco 2, 3 e 4, o dimensionamento


dos serviços referidos no subitem 4.2.5 obedecerá ao Quadro I, considerando-se
como número de empregados o somatório dos empregados de todos os
estabelecimentos. (Alterado pela Portaria SSMT n.º 33, de 27 de outubro de 1983)

As empresas enquadradas no grau de risco 1 obrigadas a constituir Serviços


Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho e que
possuam outros serviços de medicina e engenharia poderão integrar estes serviços
com os Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do
Trabalho constituindo um serviço único de engenharia e medicina. (Alterado pela
Portaria SSMT n.º 33, de 27 de outubro de 1983

As empresas que optarem pelo serviço único de engenharia e medicina ficam


obrigadas a elaborar e submeter à aprovação da Secretaria de Segurança e Medicina
do Trabalho, até o dia 30 de março, um programa bienal de segurança e medicina do
trabalho a ser desenvolvido. (Alterado pela Portaria SSMT n.º 33, de 27 de outubro de
1983)

33
As empresas novas que se instalarem após o dia 30 de março de cada exercício
poderão constituir o serviço único de que trata o subitem 4.3.1 e elaborar o programa
respectivo a ser submetido à Secretaria de Segurança e Medicina do Trabalho, no
prazo de 90 (noventa) dias a contar de sua instalação. (Alterado pela Portaria SSMT
n.º 33, de 27 de outubro de 1983)

As empresas novas, integrantes de grupos empresariais que já possuam


serviço único, poderão ser assistidas pelo referido serviço, após comunicação à DRT.
(Alterado pela Portaria SSMT n.º 33, de 27 de outubro de 1983)

À Secretaria de Segurança e Medicina do Trabalho fica reservado o direito de


controlar a execução do programa e aferir a sua eficácia. (Alterado pela Portaria SSMT
n.º 33, de 27 de outubro de 1983)

O serviço único de engenharia e medicina deverá possuir os profissionais


especializados previstos no Quadro II desta NR. (Alterado pela Portaria MTPS n.º 510,
de 29 de abril de 2016)

O dimensionamento do serviço único de engenharia e medicina deverá


obedecer ao disposto no Quadro I, no tocante aos profissionais especializados.
(Alterado pela Portaria SSMT n.º 33, de 27 de outubro de 1983)

Os Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do


Trabalho devem ser compostos por Médico do Trabalho, Engenheiro de Segurança
do Trabalho, Técnico de Segurança do Trabalho, Enfermeiro do Trabalho e Auxiliar
ou Técnico em Enfermagem do Trabalho, obedecido o Quadro I. (Alterado pela
Portaria MTE n.º 590, de 28 de abril de 2014)

Os profissionais integrantes do SESMT devem possuir formação e registro


profissional em conformidade com o disposto na regulamentação da profissão e nos
instrumentos normativos emitidos pelo respectivo Conselho Profissional, quando
existente. (NR) (Alterado pela Portaria MTE n.º 590, de 28 de abril de 2014 - Vide
prazo na Portaria MTE n.º 2.018, de 23 de dezembro de 2014).

34
Em relação ao Engenheiro de Segurança do Trabalho e ao Técnico de
Segurança do Trabalho, observar-se-á o disposto na Lei n.º 7.410, de 27 de novembro
de 1985. (Alterado pela Portaria MTE n.º 2.018, de 23 de dezembro de 2014)

Os profissionais integrantes dos Serviços Especializados em Engenharia de


Segurança e em Medicina do Trabalho deverão ser empregados da empresa, salvo
os casos previstos nos itens 4.14 e 4.15. (Alterado pela Portaria DSST n.º 11, de 17
de setembro de 1990)

A empresa que contratar outra(s) para prestar serviços em estabelecimentos


enquadrados no Quadro II, anexo, deverá estender a assistência de seus Serviços
Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho aos
empregados da(s) contratada(s), sempre que o número de empregados desta(s),
exercendo atividade naqueles estabelecimentos, não alcançar os limites previstos no
Quadro I, devendo, ainda, a contratada cumprir o disposto no subitem 4.2.5. (Alterado
pela Portaria SSMT n.º 33, de 27 de outubro de 1983)

Quando a empresa contratante e as outras por ela contratadas não se


enquadrarem no Quadro II, anexo, mas que pelo número total de empregados de
ambos, no estabelecimento, atingirem os limites dispostos no referido quadro, deverá
ser constituído um serviço especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina
do Trabalho comum, nos moldes do item 4.14. (Alterado pela Portaria SSMT n.º 33,
de 27 de outubro de 1983)

Quando a empresa contratada não se enquadrar no Quadro I, mesmo


considerando-se o total de empregados nos estabelecimentos, a contratante deve
estender aos empregados da contratada a assistência de seus Serviços
Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho, sejam estes
centralizados ou por estabelecimento. (Alterado pela Portaria SSMT n.º 33, de 27 de
outubro de 1983)

35
A empresa que contratar outras para prestar serviços em seu estabelecimento
pode constituir SESMT comum para assistência aos empregados das contratadas,
sob gestão própria, desde que previsto em Convenção ou Acordo Coletivo de
Trabalho. (Aprovado pela Portaria SIT n.º 17, de 1o de agosto de 2007)

O dimensionamento do SESMT organizado na forma prevista no subitem 4.5.3


deve considerar o somatório dos trabalhadores assistidos e a atividade econômica do
estabelecimento da contratante. (Aprovado pela Portaria SIT n.º 17, de 1o de agosto
de 2007)
No caso previsto no item 4.5.3, o número de empregados da empresa
contratada no estabelecimento da contratante, assistidos pelo SESMT comum, não
integra a base de cálculo para dimensionamento do SESMT da empresa contratada.
(Aprovado pela Portaria SIT n.º 17, de 1o de agosto de 2007)

O SESMT organizado conforme o subitem 4.5.3 deve ter seu funcionamento


avaliado semestralmente, por Comissão composta de representantes da empresa
contratante, do sindicato de trabalhadores e da Delegacia Regional do Trabalho, ou
na forma e periodicidade previstas na Convenção ou Acordo Coletivo de Trabalho.
(Aprovado pela Portaria SIT n.º 17, de 1o de agosto de 2007)

Os Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do


Trabalho das empresas que operem em regime sazonal deverão ser dimensionados,
tomando-se por base a média aritmética do número de trabalhadores do ano civil.
(Alterado pela Portaria SSMT n.º 33, de 27 de outubro de 1983)

Os Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do


Trabalho deverão ser chefiados por profissional qualificado, segundo os requisitos
especificados no subitem 4.4.1 desta Norma Regulamentadora. (Alterado pela
Portaria DSST n.º 11, de 17 de setembro de 1990)

O técnico de segurança do trabalho e o auxiliar de enfermagem do trabalho


deverão dedicar 8 (oito) horas por dia para as atividades dos Serviços Especializados
em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho, de acordo com o

36
estabelecido no Quadro I. (Alterado pela Portaria SSMT n.º 34, de 11 de dezembro de
1987)

O engenheiro de segurança do trabalho, o médico do trabalho e o enfermeiro


do trabalho deverão dedicar, no mínimo, 3 (três) horas (tempo parcial) ou 6 (seis)
horas (tempo integral) por dia para as atividades dos Serviços Especializados em
Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho, de acordo com o estabelecido
no Quadro I, respeitada a legislação pertinente em vigor. (Alterado pela Portaria SSMT
n.º 33, de 27 de outubro de 1983)

Relativamente ao médico do trabalho, para cumprimento das atividades dos


Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho
em tempo integral, a empresa poderá contratar mais de um profissional, desde que
cada um dedique, no mínimo, 3 (três) horas de trabalho, sendo necessário que o
somatório das horas diárias trabalhadas por todos seja de, no mínimo, 6 (seis) horas.
(Inserido pela Portaria MTE n.º 590, de 28 de abril de 2014)

Ao profissional especializado em Segurança e em Medicina do Trabalho é


vedado o exercício de outras atividades na empresa, durante o horário de sua atuação
nos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do
Trabalho. (Alterado pela Portaria SSMT n.º 33, de 27 de outubro de 1983)

Ficará por conta exclusiva do empregador todo o ônus decorrente da instalação


e manutenção dos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em
Medicina do Trabalho. (Alterado pela Portaria SSMT n.º 33, de 27 de outubro de 1983)

Compete aos profissionais integrantes dos Serviços Especializados em


Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho: (Alterado pela Portaria SSMT
n.º 33, de 27 de outubro de 1983):
a) aplicar os conhecimentos de engenharia de segurança e de medicina do
trabalho ao ambiente de trabalho e a todos os seus componentes, inclusive máquinas
e equipamentos, de modo a reduzir até eliminar os riscos ali existentes à saúde do
trabalhador;

37
b) determinar, quando esgotados todos os meios conhecidos para a eliminação
do risco e este persistir, mesmo reduzido, a utilização, pelo trabalhador, de
Equipamentos de Proteção Individual - EPI, de acordo com o que determina a NR 6,
desde que a concentração, a intensidade ou característica do agente assim o exija;
c) colaborar, quando solicitado, nos projetos e na implantação de novas
instalações físicas e tecnológicas da empresa, exercendo a competência disposta na
alínea "a";
d) responsabilizar-se tecnicamente, pela orientação quanto ao cumprimento do
disposto nas NR’s aplicáveis às atividades executadas pela empresa e/ou seus
estabelecimentos;
e) manter permanente relacionamento com a CIPA, valendo-se ao máximo de
suas observações, além de apoiá-la, treiná-la e atendê-la, conforme dispõe a NR 5;
f) promover a realização de atividades de conscientização, educação e
orientação dos trabalhadores para a prevenção de acidentes do trabalho e doenças
ocupacionais, tanto através de campanhas quanto de programas de duração
permanente;
g) esclarecer e conscientizar os empregadores sobre acidentes do trabalho e
doenças ocupacionais, estimulando-os em favor da prevenção;
h) analisar e registrar em documento(s) específico(s) todos os acidentes
ocorridos na empresa ou estabelecimento, com ou sem vítima, e todos os casos de
doença ocupacional, descrevendo a história e as características do acidente e/ou da
doença ocupacional, os fatores ambientais, as características do agente e as
condições do(s) indivíduo(s) portador(es) de doença ocupacional ou acidentado(s);
i) registrar mensalmente os dados atualizados de acidentes do trabalho,
doenças ocupacionais e agentes de insalubridade, preenchendo, no mínimo, os
quesitos descritos nos modelos de mapas constantes nos Quadros III, IV, V e VI,da
norma, devendo o empregador manter a documentação à disposição da inspeção do
trabalho; (Alterado pela Portaria MTE n.º 2.018, de 23 de dezembro de 2014)
j) manter os registros de que tratam as alíneas "h" e "i" na sede dos Serviços
Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho ou
facilmente alcançáveis a partir da mesma, sendo de livre escolha da empresa o
método de arquivamento e recuperação, desde que sejam asseguradas condições de
acesso aos registros e entendimento de seu conteúdo, devendo ser guardados

38
somente os mapas anuais dos dados correspondentes às alíneas "h" e "i" por um
período não inferior a 5 (cinco) anos;
l) as atividades dos profissionais integrantes dos Serviços Especializados em
Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho são essencialmente
prevencionistas, embora não seja vedado o atendimento de emergência, quando se
tornar necessário. Entretanto, a elaboração de planos de controle de efeitos de
catástrofes, de disponibilidade de meios que visem ao combate a incêndios e ao
salvamento e de imediata atenção à vítima deste ou de qualquer outro tipo de acidente
estão incluídos em suas atividades.
Os Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do
Trabalho deverão manter entrosamento permanente com a CIPA, dela valendo-se
como agente multiplicador, e deverão estudar suas observações e solicitações,
propondo soluções corretivas e preventivas, conforme o disposto no subitem 5.14.1.
da NR 5. (Alterado pela Portaria SSMT n.º 33, de 27 de outubro de 1983)

As empresas cujos estabelecimentos não se enquadrem no Quadro I, poderão


dar assistência na área de segurança e medicina do trabalho a seus empregados
através de Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do
Trabalho comuns, organizados pelo sindicato ou associação da categoria econômica
correspondente ou pelas próprias empresas interessadas. (Alterado pela Portaria
SSMT n.º 33, de 27 de outubro de 1983)

A manutenção desses Serviços Especializados em Engenharia de Segurança


e em Medicina do Trabalho deverá ser feita pelas empresas usuárias, que participarão
das despesas em proporção ao número de empregados de cada uma. (Alterado pela
Portaria SSMT n.º 33, de 27 de outubro de 1983)

Os Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do


Trabalho previstos no item 4.14 deverão ser dimensionados em função do somatório
dos empregados das empresas participantes, obedecendo ao disposto nos Quadros I
e II da norma e no subitem 4.2, desta NR. (Alterado pela Portaria SSMT n.º 33, de 27
de outubro de 1983)

39
As empresas de mesma atividade econômica, localizadas em um mesmo
município, ou em municípios limítrofes, cujos estabelecimentos se enquadrem no
Quadro II, podem constituir SESMT comum, organizado pelo sindicato patronal
correspondente ou pelas próprias empresas interessadas, desde que previsto em
Convenção ou Acordo Coletivo de Trabalho. (Aprovado pela Portaria SIT n.º 17, de 1o
de agosto de 2007)

O SESMT comum pode ser estendido a empresas cujos estabelecimentos não


se enquadrem no Quadro I, desde que atendidos os demais requisitos do subitem
4.14.3. (Aprovado pela Portaria SIT n.º 17, de 1o de agosto de 2007)

O dimensionamento do SESMT organizado na forma do subitem 4.14.3 deve


considerar o somatório dos trabalhadores assistidos. (Aprovado pela Portaria SIT n.º
17, de 1o de agosto de 2007)

No caso previsto no item 4.14.3, o número de empregados assistidos pelo


SESMT comum não integra a base de cálculo para dimensionamento do SESMT das
empresas. (Aprovado pela Portaria SIT n.º 17, de 1o de agosto de 2007)

O SESMT organizado conforme o subitem 4.14.3 deve ter seu funcionamento


avaliado semestralmente, por Comissão composta de representantes das empresas,
do sindicato de trabalhadores e da Delegacia Regional do Trabalho, ou na forma e
periodicidade previstas na Convenção ou Acordo Coletivo de Trabalho. (Aprovado
pela Portaria SIT n.º 17, de 1o de agosto de 2007)

As empresas que desenvolvem suas atividades em um mesmo pólo industrial


ou comercial podem constituir SESMT comum, organizado pelas próprias empresas
interessadas, desde que previsto nas Convenções ou Acordos Coletivos de Trabalho
das categorias envolvidas. (Aprovado pela Portaria SIT n.º 17, de 1o de agosto de
2007)

O dimensionamento do SESMT comum organizado na forma do subitem 4.14.4


deve considerar o somatório dos trabalhadores assistidos e a atividade econômica

40
que empregue o maior número entre os trabalhadores assistidos. (Aprovado pela
Portaria SIT n.º 17, de 1o de agosto de 2007)

No caso previsto no item 4.14.4, o número de empregados assistidos pelo


SESMT comum não integra a base de cálculo para dimensionamento do SESMT das
empresas. (Aprovado pela Portaria SIT n.º 17, de 1o de agosto de 2007)

O SESMT organizado conforme o subitem 4.14.4 deve ter seu funcionamento


avaliado semestralmente, por Comissão composta de representantes das empresas,
dos sindicatos de trabalhadores e da Delegacia Regional do Trabalho, ou na forma e
periodicidade previstas nas Convenções ou Acordos Coletivos de Trabalho.
(Aprovado pela Portaria SIT n.º 17, de 1o de agosto de 2007)

As empresas referidas no item 4.14 poderão optar pelos Serviços


Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho de
instituição oficial ou instituição privada de utilidade pública, cabendo às empresas o
custeio das despesas, na forma prevista no subitem 4.14.1. (Alterado pela Portaria
SSMT n.º 33, de 27 de outubro de 1983)

As empresas cujos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e


em Medicina do Trabalho não possuam médico do trabalho e/ou engenheiro de
segurança do trabalho, de acordo com o Quadro II desta NR, poderão se utilizar dos
serviços destes profissionais existentes nos Serviços Especializados em Engenharia
de Segurança e em Medicina do Trabalho mencionados no item 4.14 e subitem 4.14.1
ou no item 4.15, para atendimento do disposto nas Normas Regulamentadoras.
(Alterado pela Portaria SSMT n.º 33, de 27 de outubro de 1983)

O ônus decorrente dessa utilização caberá à empresa solicitante. (Alterado pela


Portaria SSMT n.º 33, de 27 de outubro de 1983)

Os serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do


Trabalho de que trata esta NR deverão ser registrados no órgão regional do MTb.
(Alterado pela Portaria SSMT n.º 33, de 27 de outubro de 1983)

41
O registro referido no item 4.17 deverá ser requerido ao órgão regional do MTb
e o requerimento deverá conter os seguintes dados: (Alterado pela Portaria SSMT n.º
33, de 27 de outubro de 1983)
a) nome dos profissionais integrantes dos Serviços Especializados em Engenharia de
Segurança e em Medicina do Trabalho;
b) número de registro dos profissionais na Secretaria de Segurança e Medicina do
Trabalho do MTb;
c) número de empregados da requerente e grau de risco das atividades, por
estabelecimento;
d) especificação dos turnos de trabalho, por estabelecimento;
e) horário de trabalho dos profissionais dos Serviços Especializados em Engenharia
de Segurança e em Medicina do Trabalho.

Os Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do


Trabalho, já constituídos, deverão ser redimensionados nos termos desta NR e a
empresa terá 90 (noventa) dias de prazo, a partir da publicação desta Norma, para
efetuar o redimensionamento e o registro referido no item 4.17. (Alterado pela Portaria
SSMT n.º 33, de 27 de outubro de 1983)

A empresa é responsável pelo cumprimento da NR, devendo assegurar, como


um dos meios para concretizar tal responsabilidade, o exercício profissional dos
componentes dos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em
Medicina do Trabalho. O impedimento do referido exercício profissional, mesmo que
parcial e o desvirtuamento ou desvio de funções constituem, em conjunto ou
separadamente, infrações classificadas no grau I4, se devidamente comprovadas,
para os fins de aplicação das penalidades previstas na NR-28. (Alterado pela Portaria
SSMT n.º 33, de 27 de outubro de 1983)

Quando se tratar de empreiteiras ou empresas prestadoras de serviços,


considera-se estabelecimento, para fins de aplicação desta NR, o local em que os
seus empregados estiverem exercendo suas atividades. (Alterado pela Portaria SSMT
n.º 33, de 27 de outubro de 1983)

42
QUADRO I (Alterado pela Portaria SSMT n.º 34, de 11 de dezembro de 1987) DIMENSIONAMENTO DOS
SESMT

8 - SESMT

O Serviço Especializado em Engenharia e em Medicina do Trabalho está


estabelecido no artigo 162 da Consolidação das Leis do Trabalho e pode incluir
profissionais como médico do trabalho, técnico de enfermagem do trabalho,
enfermeiro do trabalho, engenheiro de segurança do trabalho e técnico de segurança
do trabalho.
O SEMST foi criado depois da ocorrência de um grande número de acidentes
envolvendo funcionários nas empresas. Hoje o sistema também alerta os
colaboradores sobre novas doenças que podem aparecer no ambiente do trabalho e
procura evitar acidentes que prejudicam as empresas e os funcionários.
Cada profissional do SESMT tem uma função diferente e realiza importantes
atividades para colaborar com a empresa e os trabalhadores.

43
O médico do trabalho realiza consultas, tratam os pacientes, implementam
ações de prevenção de doenças, além de ajudar na prevenção de doenças que podem
ocorrer no ambiente de trabalho.

O engenheiro de segurança do trabalho atua na gestão de segurança e saúde


ocupacional visando a redução de perdas ocasionadas por acidentes de trabalho,
além de exercer outras funções.

O técnico de segurança do trabalho colabora para implementação da política


de saúde e segurança no trabalho, realizando auditorias, acompanhamentos, entre
outras funções.

Na equipe de enfermagem, o enfermeiro lidera o trabalho da equipe de


enfermagem que oferta assistência aos funcionários nos hospitais, ambulatórios, ou
até mesmo dentro dos setores de trabalho, segue as atribuições de cada membro
desta equipe:

8.1- Atribuições do Enfermeiro do Trabalho

1. Estuda as condições de segurança e periculosidade da empresa, efetuando


observações nos locais de trabalho e discutindo-as em equipe, para identificar as
necessidades no campo de segurança, higiene e melhoria do trabalho;

2. elabora e executa planos e programas de promoção e proteção à saúde dos


empregados, participando de grupos que realizam inquéritos sanitários, estudam as
causas de absenteísmo, fazem levantamentos de doenças profissionais e lesões
traumáticas, procedem a estudos epidemiológicos, coletam dados estatísticos de
morbidade e mortalidade de trabalhadores, investigando possíveis relações com as
atividades funcionais, para obter a continuidade operacional e o aumento da
produtividade;

3. executa e avalia programas de prevenção de acidentes e de doenças profissionais


e não profissionais, fazendo análise de fadiga, dos fatores de insalubridade, dos riscos
e das condições de trabalho do menor e da mulher, para propiciar a preservação da
integridade física e mental do trabalhador;
44
4. presta primeiros socorros no local de trabalho, em caso de acidente ou doença,
fazendo curativos ou imobilizações especiais, administrando medicamentos e
tratamentos e providenciando o posterior atendimento médico adequado, para atenuar
consequências e proporcionar apoio e conforto ao paciente;

5. elabora e executa e avalia as atividades de assistência de enfermagem aos


trabalhadores, proporcionando-lhes atendimento ambulatorial, no local de trabalho,
controlando sinais vitais, aplicando medicamentos prescritos, curativos, inalações e
testes, coletando material para exame laboratorial, vacinações e outros tratamentos,
para reduzir o absenteísmo profissional;

6. organiza e administra o setor de enfermagem da empresa, prevendo pessoa e


material necessários, treinando e supervisionando auxiliares de enfermagem
adequado às necessidades de saúde do trabalhador;

7. treina trabalhadores, instruindo-os sobre o uso de roupas e material adequado ao


tipo de trabalho, para reduzir a incidência de acidentes;

8. planeja e executa programas de educação sanitária, divulgando conhecimentos e


estimulando a aquisição de hábitos sadios, para prevenir doenças profissionais e
melhorar as condições de saúde do trabalhador;

9. registra dados estatísticos de acidentes e doenças profissionais, mantendo


cadastros atualizados, a fim de preparar informes para subsídios processuais nos
pedidos de indenização e orientar em problemas de prevenção de doenças
profissionais.

8.2 - Atribuições do Técnico de Enfermagem do Trabalho

1. Participar com o enfermeiro:

a) no planejamento, programação e orientação das atividades de enfermagem do


trabalho;

45
b) no desenvolvimento e execução de programas de avaliação da saúde dos
trabalhadores;

c) na elaboração e execução de programas de controle das doenças transmissíveis e


não transmissíveis e vigilância epidemiológica dos trabalhadores;

d) na execução dos programas de higiene e segurança do trabalho e de prevenção


de acidentes e de doenças profissionais;

2. Executar todas as atividades de enfermagem do trabalho exceto as privativas do


enfermeiro.

3. Integrar a equipe de saúde do trabalhador.

8.3- Atribuições do Auxiliar de Enfermagem do Trabalho

1. Auxiliar o enfermeiro na execução de programas de avaliação da saúde dos


trabalhadores, a nível de sua qualificação:

a) observando, reconhecendo e descrevendo sinais e sintomas;

b) executando ações de simples complexidade.

2. Executar atividades de enfermagem do trabalho, a nível de sua qualificação nos


programas:

a) de prevenção e controle das doenças profissionais e acidentes do trabalho

b) de controle de doenças transmissíveis e não transmissíveis e vigilância


epidemiológica dos trabalhadores;

c) de educação para a saúde da clientela.

3. Integrar a equipe de saúde dos trabalhadores.

46
9- Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA

A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA – tem como objetivo a


prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de modo a tornar
compatível permanentemente o trabalho com a preservação da vida e a promoção da
saúde do trabalhador. A CIPA é descrita pela norma regulamentadora n° 05.

Devem constituir CIPA, por estabelecimento, e mantê-la em regular


funcionamento, as empresas privadas, públicas, sociedades de economia mista,
órgãos da administração direta e indireta, instituições beneficentes, associações
recreativas, cooperativas, bem como outras instituições que admitam trabalhadores
como empregados. Havendo órgão público ou empresa pública onde haja
trabalhadores efetivamente com vínculos de emprego regidos pela CLT e outros com
vínculos estabelecidos conforme o estatuto do servidor público, a CIPA deve ser
constituída levando-se em consideração o número de empregados efetivamente
vinculados ao regime celetista. E, sendo assim, somente esses devem ser candidatos
e somente esses devem votar.

O dimensionamento da CIPA, no caso, deverá considerar todos os


trabalhadores naquele estabelecimento, celetistas e estatutários. Não deve englobar,
entretanto, os prestadores de serviços que estejam em atividades no estabelecimento
e que sejam contratados por outra empresa.

Deve ser considerado empregado, para fins de constituição da CIPA, a pessoa


física que preste serviço de natureza não eventual a empregador, sob dependência
deste e mediante salário.
A CIPA será composta de representantes do empregador e dos empregados,
de acordo com o dimensionamento previsto, ressalvadas as alterações disciplinadas
em atos normativos para setores econômicos específicos. O empregador pode
reconduzir seus representantes para mais de dois mandatos. Os representantes dos
empregadores, titulares e suplentes, serão por eles designados, não havendo eleição.
Os representantes dos empregados, titulares e suplentes, serão eleitos em escrutínio
secreto, do qual participem, independentemente de filiação sindical, exclusivamente

47
os empregados interessados. Se houver candidatos insuficientes para a eleição, o fato
deve ser comunicado ao órgão descentralizado do MTE , que avaliará e definirá caso
a caso.

É vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa do empregado eleito para


cargo de direção de Comissões Internas de Prevenção de Acidentes desde o registro
de sua candidatura até um ano após o final de seu mandato. Caso deseje sair da
empresa, o empregado deverá, primeiramente, solicitar por escrito sua renúncia ao
mandato da CIPA ou ao direito da garantia de emprego, quando o mandato já houver
encerrado. A empresa deverá manter registro da substituição do membro da CIPA
pelo suplente. A empresa poderá efetivar o acordo junto ao sindicato da categoria.

A CIPA terá por atribuição:


a) identificar os riscos do processo de trabalho, e elaborar o mapa de riscos,
com a participação do maior número de trabalhadores, com assessoria do SESMT,
onde houver;
b) elaborar plano de trabalho que possibilite a ação preventiva na solução de
problemas de segurança e saúde no trabalho;
c) participar da implementação e do controle da qualidade das medidas de
prevenção necessárias, bem como da avaliação das prioridades de ação nos locais
de trabalho;
d) realizar, periodicamente, verificações nos ambientes e condições de trabalho
visando a identificação de situações que venham a trazer riscos para a segurança e
saúde dos trabalhadores;
e) realizar, a cada reunião, avaliação do cumprimento das metas fixadas em
seu plano de trabalho e discutir as situações de risco que foram identificadas;
f) divulgar aos trabalhadores informações relativas à segurança e saúde no
trabalho;
g) participar, com o SESMT, onde houver, das discussões promovidas pelo
empregador, para avaliar os impactos de alterações no ambiente e processo de
trabalho relacionados à segurança e saúde dos trabalhadores;

48
h) requerer ao SESMT, quando houver, ou ao empregador, a paralisação de
máquina ou setor onde considere haver risco grave e iminente à segurança e saúde
dos trabalhadores;
i) colaborar no desenvolvimento e implementação do PCMSO e PPRA e de
outros programas relacionados à segurança e saúde no trabalho;
j) divulgar e promover o cumprimento das Normas Regulamentadoras, bem
como cláusulas de acordos e convenções coletivas de trabalho, relativas à segurança
e saúde no trabalho;
l) participar, em conjunto com o SESMT, onde houver, ou com o empregador,
da análise das causas das doenças e acidentes de trabalho e propor medidas de
solução dos problemas identificados;
m) requisitar ao empregador e analisar as informações sobre questões que
tenham interferido na segurança e saúde dos trabalhadores;
n) requisitar à empresa as cópias das CAT emitidas;
o) promover, anualmente, em conjunto com o SESMT, onde houver, a Semana
Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho - SIPAT;
p) participar, anualmente, em conjunto com a empresa, de Campanhas de
Prevenção da AIDS.

10 – Acidente de Trabalho

Conforme dispõe o art. 19 da Lei nº 8.213/91, "acidente de trabalho é o que ocorre


pelo exercício do trabalho a serviço da empresa ou pelo exercício do trabalho dos
segurados referidos no inciso VII do art. 11 desta lei, provocando lesão corporal ou
perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou redução, permanente ou
temporária, da capacidade para o trabalho".

Considera-se estabelecido o nexo entre o trabalho e o agravo quando se


verificar nexo técnico epidemiológico entre a atividade da empresa e a entidade
mórbida motivadora da incapacidade, elencada na Classificação Internacional de
Doenças (CID).
Considera-se agravo para fins de caracterização técnica pela perícia médica
do INSS a lesão, doença, transtorno de saúde, distúrbio, disfunção ou síndrome de
49
evolução aguda, subaguda ou crônica, de natureza clínica ou subclínica, inclusive
morte, independentemente do tempo de latência.
Reconhecidos pela perícia médica do INSS a incapacidade para o trabalho e o
nexo entre o trabalho e o agravo, serão devidas as prestações acidentárias a que o
beneficiário tenha direito, caso contrário, não serão devidas as prestações.

10.1 - Obrigações da Empresa – Envio de CAT

A empresa é responsável pela adoção e uso das medidas coletivas e


individuais de proteção e segurança da saúde do trabalhador, sendo também seu
dever prestar informações pormenorizadas sobre os riscos da operação a executar e
do produto a manipular.

Constitui contravenção penal, punível com multa, deixar a empresa de cumprir


as normas de segurança e higiene do trabalho.

Nos casos de negligência quanto às normas de segurança e saúde do trabalho


indicadas para a proteção individual e coletiva, a previdência social proporá ação
regressiva contra os responsáveis.

O pagamento pela Previdência Social das prestações decorrentes do acidente


do trabalho não exclui a responsabilidade civil da empresa ou de terceiros.

Por intermédio dos estabelecimentos de ensino, sindicatos, associações de


classe, Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho,
órgãos públicos e outros meios, serão promovidas regularmente instrução e formação
com vistas a incrementar costumes e atitudes prevencionistas em matéria de
acidentes, especialmente os acidentes de trabalho.

A empresa deverá comunicar o acidente do trabalho à Previdência Social até o


primeiro dia útil seguinte ao da ocorrência e, em caso de morte, de imediato, à
autoridade competente, sob pena de multa variável entre o limite mínimo e o limite
máximo do salário-de-contribuição, sucessivamente aumentada nas reincidências,
aplicada e cobrada pela Previdência Social.

50
Os sindicatos e entidades representativas de classe poderão acompanhar a
cobrança, pela Previdência Social, das multas previstas para o descumprimento desta
obrigatoriedade.

Considera-se como dia do acidente, no caso de doença profissional ou do


trabalho, a data do início da incapacidade laborativa para o exercício da atividade
habitual, ou o dia da segregação compulsória, ou o dia em que for realizado o
diagnóstico, valendo para este efeito o que ocorrer primeiro.

O segurado que sofreu acidente de trabalho tem garantida, pelo prazo mínimo
de 12 meses, a manutenção do seu contrato de trabalho na empresa, após a cessação
do auxílio-doença acidentário, independentemente da percepção de auxílio-acidente.

10.2 - A Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT)

É um documento emitido para reconhecer tanto um acidente de trabalho ou de trajeto


bem como uma doença ocupacional.

 Acidente de trabalho ou de trajeto: é o acidente ocorrido no exercício da


atividade profissional a serviço da empresa ou no deslocamento residência /
trabalho / residência, e que provoque lesão corporal ou perturbação funcional que
cause a perda ou redução – permanente ou temporária – da capacidade para o
trabalho ou, em último caso, a morte;
 Doença ocupacional: é aquela produzida ou desencadeada pelo exercício do
trabalho peculiar a determinada atividade e constante da respectiva relação
elaborada pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social.

11 - Doenças ocupacionais

As doenças ocupacionais são aquelas produzidas, adquiridas ou


desencadeadas pelo exercício da atividade ou em função de condições especiais de
trabalho. Atualmente, um profissional que desenvolve uma doença ocupacional
possui, legalmente, os mesmos direitos que o envolvido em acidente de trabalho.
Trabalhadores e empregadores precisam ficar alertas em relação às principais causas

51
de doenças ocupacionais e a como evitá-las, buscando o constante aprimoramento
das condições de saúde e segurança do ambiente de trabalho. Além disso, é preciso
estar atento aos primeiros sinais de desconforto físico ou mental, procurando auxílio
médico o quanto antes.

11.1 - Principais Doenças ocupacionais

Ler/Dort – Lesões por esforços repetitivo/Distúrbios Osteomusculares relacionados


ao trabalho (tendinites, tenossinovites e lesões de ombro).

Principais causas:
– movimentos repetitivos
– posturas inadequadas
– pressão psicológica

Prevenção:
– adequação do mobiliário, redução da necessidade do número de repetições;
pausas e exercícios preparatórios e compensatórios.
– definição de metas adequadas; boas relações interpessoais, clareza sobre o que é
esperado de cada profissional.
– programas de incentivo à prática regular de atividades físicas e ingestão frequente
de líquidos.

Dorsalgias (hérnias de disco, “problemas de coluna”)

Principais causas:
– movimentos repetitivos e força com uso do tronco
– levantamento e transportes de pesos
– posturas inadequadas
– Obesidade e sedentarismo (fatores não necessariamente ocupacionais, porém
muito significativos)

52
Prevenção:
– adequação do mobiliário e equipamentos, fracionamento das cargas e do número
de repetições (redução da velocidade de execução das tarefas).
– pausas e exercícios preparatórios e compensatórios.
– programas de incentivo à educação alimentar e à prática regular de atividades
físicas.

Transtornos mentais (depressão/ansiedade/stress pós-traumático)

Principais causas:
– alta demanda, imprecisão quanto às expectativas
– metas inalcançáveis
– trabalho extremamente monótono
– percepção de trabalho “sem importância”
– violência no trabalho
– situações momentâneas e súbitas de alto nível de estresse
– testemunha constante de sofrimento humano de terceiros (profissionais de saúde,
assistentes sociais)

Prevenção:
– definição de metas adequadas; boas relações interpessoais; melhora da
comunicação, reconhecimento do valor do trabalho realizado.
– programas de prevenção da violência nas atividades com risco elevado de
assaltos/envolvimento ou repressão de atos violentos.
– programa de apoio e acompanhamento de profissionais vítimas de violência no
trabalho ou submetidos a situações de estresse agudo de alta intensidade.
– e de profissionais que lidam constantemente com o sofrimento humano de
terceiros.

Transtornos auditivos (principalmente perda auditiva)

Principais causas:
– exposição a ruídos
– trabalho com produtos químicos, principalmente solventes (tinner, tolueno, xileno e
similares)
53
Prevenção:
– proteção coletiva com isolamento das fontes de ruído (medida mais importante).
– uso de protetor auditivo (medida complementar – não deve ser a única proteção).
– ventilação exaustora e/ou isolamento dos processos com uso de solventes.
– uso de máscaras de proteção: protetores respiratórios específicas para produtos
químicos (medida complementar: não deve ser a única proteção).

12 - Equipamentos de Proteção Individual (EPI)

O uso dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI) passou a ser obrigatório


com a Lei n.º 6.514/77 da CLT e é regulamentado pela NR6, que versa sobre
quais equipamentos são EPIs.
A NR 06- Equipamentos de Proteção Individual – EPI: Estabelece e define os
tipos de EPI’s a que as empresas estão obrigadas a fornecer a seus empregados,
sempre que as condições de trabalho o exigirem, a fim de resguardar a saúde e a
integridade física dos trabalhadores.

Considera-se Equipamento de Proteção Individual – EPI, todo dispositivo ou


produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos
suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho.

Entende-se como Equipamento Conjugado de Proteção Individual, todo aquele


composto por vários dispositivos, que o fabricante tenha associado contra um ou mais
riscos que possam ocorrer simultaneamente e que sejam suscetíveis de ameaçar a
segurança e a saúde no trabalho.

O equipamento de proteção individual, de fabricação nacional ou importado, só


poderá ser posto à venda ou utilizado com a indicação do Certificado de Aprovação –
CA, expedido pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no
trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego. (206.001-9 /I3)

A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, EPI


adequado ao risco, em perfeito estado de conservação e funcionamento, nas
seguintes circunstâncias:
54
a) sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os
riscos de acidentes do trabalho ou de doenças profissionais e do trabalho;
(206.002-7/I4)

b) enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas; e,


(206.003-5 /I4)

c) para atender a situações de emergência. (206.004-3 /I4)

Compete ao Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em


Medicina do Trabalho – SESMT, ou a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes
– CIPA, nas empresas desobrigadas de manter o SESMT, recomendar ao
empregador o EPI adequado ao risco existente em determinada atividade.

Cabe ao empregador quanto ao EPI:

a) adquirir o adequado ao risco de cada atividade; (206.005-1 /I3)

b) exigir seu uso; (206.006-0 /I3)

c) fornecer ao trabalhador somente o aprovado pelo órgão nacional competente em


matéria de segurança e saúde no trabalho;
(206.007-8/I3)

d) orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e conservação;


(206.008-6 /I2)

e) substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado; (206.009-4 /I2)

f) responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica; e, (206.010-8 /I1)

g) comunicar ao MTE qualquer irregularidade observada. (206.011-6 /I1)

Cabe ao empregado quanto ao EPI:

a) usar, utilizando-o apenas para a finalidade a que se destina;

b) responsabilizar-se pela guarda e conservação;


55
c) comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio
para uso; e,

d) cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado.

Restauração, lavagem e higienização de EPI

Os EPI passíveis de restauração, lavagem e higienização, serão definidos pela


comissão tripartite constituída

Cabe ao órgão regional do MTE:

a) fiscalizar e orientar quanto ao uso adequado e a qualidade do EPI;

b) recolher amostras de EPI; e,

c) aplicar, na sua esfera de competência, as penalidades cabíveis pelo


descumprimento desta NR.

13 - Programas de Saúde Ocupacional

Por definição da Organização Mundial da Saúde, a Saúde Ocupacional tem


como objetivo “promover a melhoria das condições de trabalho e outros aspectos de
higiene ambiental”. Com boas políticas de Saúde Ocupacional é possível chegar a um
ambiente de trabalho saudável: na própria definição da OMS (disponível neste artigo
em português), trata-se de um local onde gestores e trabalhadores colaboram para
“processos de melhoria contínua de proteção e promoção da segurança, saúde e
bem-estar de todos”. Seguem os 5 programas de medicina do trabalho que são
obrigatórios por lei.

13.1 - PCMSO – Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional

Todas as empresas que adotam o regime da CLT estão obrigadas a


implementar o PCMSO, independentemente do seu porte ou atividade.
Regulamentado pela NR7, o PCMSO é um programa voltado à definição de
procedimentos e condutas em função dos riscos das atividades às quais os

56
funcionários estão expostos. A finalidade deste programa é prevenir, detectar,
monitorar e controlar possíveis danos à saúde do empregado. Ele também é
responsável pela exigência do exame admissional, verificando se o colaborador está
em condições plenas de assumir o posto de trabalho, bem como servindo como
parâmetro em caso de alguma ação judicial que afirme que o trabalhador contraiu
alguma doença ocupacional.

Esse programa também regulamenta os exames periódicos, que podem ser


úteis para indicar problemas crônicos que possam estar surgindo e oferecer a
assistência necessária para garantir a saúde dos colaboradores a longo prazo.

Também exige o exame demissional, de mudança de função e de retorno ao


trabalho após um período de afastamento, seja por doenças diversas ou por acidente.
Após os testes, é necessário elaborar o atestado de saúde ocupacional, que deverá
ser registrado e encaminhado para o Governo Federal, pelo eSocial.

13.2 - PPRA – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais

A legislação de segurança do trabalho considera riscos ambientais os agentes


físicos, químicos e biológicos presentes no ambiente laboral que podem apresentar
perigo ou ameaça. Para que seja considerado como um fator de risco ambiental, é
necessário mais do que a presença desses agentes no meio ambiente, é preciso que
estejam em concentrações pré-determinadas e o tempo de exposição do trabalhador
também conte com um limite máximo.

Com o objetivo de prevenir esse tipo de risco, a legislação estabelece mais um


programa obrigatório, o PPRA, que visa definir uma metodologia de ação que garanta
a preservação da saúde e a integridade dos empregados em razão desses riscos
presentes no ambiente de trabalho.
Seu objetivo é ser preventivo, ou seja, realizar medidas que visem antecipar os
problemas e evitá-los, garantindo a integridade dos colaboradores a longo prazo na
execução de suas tarefas cotidianas.

57
Assim como o PCMSO, o PPRA também é obrigatório para empresas que
atuam no regime celetista. O preço por não atender a legislação, no entanto, é alto. A
organização pode sofrer sanções como multas e até a suspensão de suas atividades.

13.3 - PCMAT – Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na


Indústria da Construção

Trata-se de um programa que estabelece diretrizes e condições de segurança


no trabalho especificamente para obras da construção civil em locais que tenham mais
de vinte trabalhadores. A legislação que trata sobre esse programa é a Portaria
3214/78 do Ministério do Trabalho e Emprego, bem como a NR18.

O objetivo do PCMAT é assegurar a integridade física e a saúde do empregado


por meio de ações preventivas. Esse programa, portanto, visa antecipar os riscos da
atividade da construção civil. Assim como o PPRA, o PCMAT exige, na sua
elaboração, a aplicação de métodos e técnicas que sejam capazes de reconhecer,
avaliar e controlar os riscos através de medidas de proteção tanto coletivas como
individuais.

13.4 - LTCAT – Laudo Técnico das Condições Ambientais do Trabalho

Não se trata de um programa, mas sim de um laudo que avalia de forma


aprofundada as condições de insalubridade e periculosidade no ambiente de trabalho.
Esse laudo, no entanto, não é um documento meramente descritivo e deve propor
medidas que visem controlar os agentes de insalubridade e periculosidade visando
eliminá-los. O LTCAT é uma exigência do INSS para a concessão de aposentadorias.

Esse documento é uma espécie de comprovação de que o colaborador não


esteve exposto a situações que poderiam gerar problemas durante seu período de
permanência na empresa, seja como contratado fixo, seja durante a realização do
serviço como terceirizado.

13.5 - PPP – Perfil Profissiográfico Previdenciário

58
Esse documento é individual e de uso exclusivo do INSS, porém, deve ser
mantido à disposição do trabalhador. No PPP fica registrado todo o histórico de
atividades desenvolvidas pelo empregado na empresa, dados administrativos e
resultados do monitoramento do ambiente de trabalho.

Ele tem como finalidade:


- Ser um meio comprobatório acerca do fornecimento de benefícios e serviços
do INSS (como a aposentadoria especial, por exemplo);
- Ser um instrumento de prova gerado pelo empregador acerca dos cuidados
manutenção da integridade de cada colaborador da empresa, evitando processos
judiciais posteriores;
- Ser uma base de informações fidedignas para geração estatística de vigilância
sanitária, epidemiológica, bem como auxiliar na promoção de ações de saúde coletiva
por meio dos órgãos públicos.

14 - Exames Médicos Admissional e Demissional

O exame médico admissional deverá ser realizado antes que o trabalhador


ingresse no exercício de suas atividades. O médico deve assumir uma atitude que
proporcione um relacionamento franco, cordial e ético, com o candidato a emprego,
criando um clima favorável e de motivação para o exame. Isso tende a evitar a
omissão de informações ou uma atitude defensiva do candidato, pelo receio natural
de ser preterido em suas aspirações. A entrevista deve ser criteriosa, objetiva,
procurando valorizar informações que levem à conclusão sobre o estado geral de
saúde, a presença de doenças relacionadas com o trabalho ou não.

O exame médico admissional não deve se constituir num instrumento para


rejeição de candidatos a emprego. Sua finalidade é explorar a capacidade do
candidato exercer sua ocupação, com aptidão e segurança, evitando danos pessoais
a si, em seus companheiros de trabalho e no patrimônio da empresa.

59
Antes de dar início ao exame médico admissional, é necessário que o médico
tome conhecimento da natureza do trabalho, seu grau de risco e das informações
sobre as condições de trabalho levantadas através do PCMSO e do PPRA, e a quais
delas estará sujeito o candidato em seu trabalho.
O exame médico admissional consta de:
- Aferição e interpretação de dados biométricos;
- História ocupacional, patológica pregressa, familiar e pessoal;
- Exame clínico (físico e avaliação mental);
- Exames complementares;
- Conclusão e parecer final.
- O exame clínico será realizado seguindo as regras da semiologia médica

O Exame Médico Demissional visa a atender a determinação legal de avaliar a


saúde do trabalhador, por ocasião da rescisão do contrato de trabalho. Tem a
finalidade de averiguar a existência de qualquer anormalidade na saúde do
trabalhador, que possa ser imputada ao trabalho na empresa que o está demitindo,
para que a responsabilidade sobre uma eventual doença ocupacional não seja
transferida à empresa onde terá novo vínculo empregatício. É também uma medida
de proteção e de salvaguarda ao direito do trabalhador eventualmente lesionado. Na
presença de doença ocupacional, o trabalhador deverá ser encaminhado ao Seguro
de Acidente de Trabalho.

15 - Sistematização da Assistência de Enfermagem

A Sistematização da Assistência de Enfermagem e a implementação do


Processo de Enfermagem em ambientes, públicos ou privados, em que ocorre o
cuidado profissional de Enfermagem, é instituída pela RESOLUÇÃO COFEN-
358/2009. Trata –se da organização do trabalho profissional quanto ao método,
pessoal e instrumentos, tornando possível a operacionalização do processo de
Enfermagem.
O processo de Enfermagem é um instrumento metodológico que orienta o
cuidado profissional de Enfermagem e a documentação da prática profissional. O

60
mesmo organiza-se em cinco etapas inter-relacionadas, interdependentes e
recorrentes:
I – Coleta de dados de Enfermagem (ou Histórico de Enfermagem) – processo
deliberado, sistemático e contínuo, realizado com o auxílio de métodos e técnicas
variadas, que tem por finalidade a obtenção de informações sobre a pessoa, família
ou coletividade humana e sobre suas respostas em um dado momento do processo
saúde e doença.

II – Diagnóstico de Enfermagem – processo de interpretação e agrupamento dos


dados coletados na primeira etapa, que culmina com a tomada de decisão sobre os
conceitos diagnósticos de enfermagem que representam, com mais exatidão, as
respostas da pessoa, família ou coletividade humana em um dado momento do
processo saúde e doença; e que constituem a base para a seleção das ações ou
intervenções com as quais se objetiva alcançar os resultados esperados.

III – Planejamento de Enfermagem – determinação dos resultados que se espera


alcançar; e das ações ou intervenções de enfermagem que serão realizadas face às
respostas da pessoa, família ou coletividade humana em um dado momento do
processo saúde e doença, identificadas na etapa de Diagnóstico de Enfermagem.

IV – Implementação – realização das ações ou intervenções determinadas na etapa


de Planejamento de Enfermagem.

V – Avaliação de Enfermagem – processo deliberado, sistemático e contínuo de


verificação de mudanças nas respostas da pessoa, família ou coletividade humana
em um dado momento do processo saúde doença, para determinar se as ações ou
intervenções de enfermagem alcançaram o resultado esperado; e de verificação da
necessidade de mudanças ou adaptações nas etapas do Processo de Enfermagem.

Ao enfermeiro, observadas as disposições da Lei nº 7.498, de 25 de junho de


1986 e do Decreto nº 94.406, de 08 de junho de 1987, que a regulamenta, incumbe a
liderança na execução e avaliação do Processo de Enfermagem, de modo a alcançar
os resultados de enfermagem esperados, cabendo-lhe, privativamente, o diagnóstico
de enfermagem acerca das respostas da pessoa, família ou coletividade humana em
um dado momento do processo saúde e doença, bem como a prescrição das ações
ou intervenções de enfermagem a serem realizadas, face a essas respostas.
61
O Técnico de Enfermagem e o Auxiliar de Enfermagem, em conformidade com
o disposto na Lei nº 7.498, de 25 de junho de 1986, e do Decreto 94.406, de 08 de
junho de 1987, que a regulamenta, participam da execução do Processo de
Enfermagem, naquilo que lhes couber, sob a supervisão e orientação do Enfermeiro.

15.1 - Sistematização da Assistência de Enfermagem com ênfase na


Saúde do Trabalhador

O Processo de Enfermagem, através da Sistematização da Assistência oferece


ao profissional enfermeiro um modelo de trabalho, no qual os profissionais podem
apoiar-se em fundamentação teórica e realizar um cuidado mais efetivo, organizado e
sistematizado. o Processo de Enfermagem torna-se a metodologia sugerida para a
organização da assistência. Pode-se afirmar que a Sistematização da Assistência de
Enfermagem constitui um preceito que oferece a possibilidade de organizar e
direcionar o trabalho do profissional enfermeiro, constituindo a essência da prática de
enfermagem, sendo um instrumento metodológico que auxilia os profissionais a
tomarem decisões preverem e avaliarem o prognóstico para o cliente.

A sistematização da assistência de enfermagem, enquanto processo


organizacional é capaz de oferecer subsídios para o desenvolvimento de
métodos/metodologias interdisciplinares e humanizadas de cuidado. A crescente
abertura para os novos métodos/metodologias de produzir conhecimento por meio do
processo de cuidar humano permite de outro modo, não mais um olhar reducionista e
seguro do saber institucionalizado, mas, um olhar diferenciado para os contornos do
processo saúde.

Na enfermagem exercida no campo ocupacional, não é diferente, a


Sistematização da Assistência pode e deve ser utilizada no propósito de organizar e
definir a função do enfermeiro do trabalho, fazendo que com o modelo de trabalho a
assistência a essa população torne-se mais direcionada e resolutiva. Nos modelos
de Processo de Enfermagem no que permeia a Saúde do Trabalhador, é
imprescindível que a Sistematização seja feita de forma direcionada, para que consiga
contemplar as necessidades do trabalhador. Essa sistematização deve seguir os
passos normais do processo de enfermagem e dentro de todos esses passos, deve-
62
se haver o objetivo maior de considerações acerca do ambiente de trabalho, relações
interpessoais no trabalho, riscos que os trabalhadores possam estar expostos, e
outros dados que objetivam o cuidado com a saúde do trabalhador. A sistematização
da assistência de enfermagem do trabalhador visa oferecer qualidade na assistência
prestada, bem como benefícios para o profissional enfermeiro que terá um modelo de
trabalho adaptado às necessidades reais da saúde ocupacional e um ganho para o
trabalhador que será assistido de forma direcionada e não generalizada ou submetido
somente a avaliação médica, pois os diagnósticos de enfermagem que poderão ser
levantados terão a intervenção do enfermeiro, sendo que estes abrangem a saúde em
todos os seus níveis e necessidades.

Segue modelo de roteiro de questões (histórico de enfermagem) em ênfase na


saúde do trabalhador, com base na Taxonomia II da NANDA (Domínios e Classes):

63
64
65
66
16 - Bibliografia

• Resolução COFEN n° 564/2017 disponível em http://www.cofen.gov.br;


• Lei nº 3.640, de 10 de outubro de 1959;

• Lei n° 7.498/86, de 25 de junho de 1986 dispõe sobre a regulamentação do


exercício da Enfermagem;

• Constituição da República Federativa do Brasil, de 5 de outubro de 1988. • Lei


complementar nº 95, de 26 de fevereiro de 1998.

• Decreto nº 9.191, de 1° de novembro de 2017.

• Convenção nº144 da Organização Internacional do Trabalho – OIT –


(promulgada por meio do Decreto nº 2.518, de 12 de março de 1998).

• Portaria MTE n° 1.127, de 2 de outubro de 2003.

• Portaria SIT n.º 186, 28 de maio de 2010.

• Portaria SIT n° 787, de 27 de novembro de 2018

• Resolução n° 2 de 9 de junho de 2005, do Conselho Nacional de Metrologia,


Normalização e Qualidade Industrial-Conmetro.

• Manual de Redação da Presidência da República–Presidência da República,


Casa Civil, 2a edição, revista e atualizada, 2002.

• Manual de Padronização de Documentos, Atos e Correspondências Oficiais do


MTE, 2008.

• Guia de Boas Práticas da Regulamentação Técnica- Aprovado pelo Conmetro,


em 5 de dezembro de 2007.

67
• Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico-OECD-
Guiding Principles for Regulatory Quality and Performance, 2005.

• EU. Mandelkern Group on Better Regulation: Final Report. Nov. 2001.

• Diretivas ABNT, Parte 2 Regras para a estrutura e redação de documentos


técnicos ABNT, 2017.

• Avaliação de Conformidade, 5º edição, maio de 2007- Divisão de Orientação e


Incentivo à Qualidade (Diviq), da Diretoria da Qualidade (Dqual) do Inmetro,
disponível endereço eletrônico: diviq@inmetro.gov.br ou no site do Inmetro
www.inmetro.gov.br

• Diretrizes gerais e guia orientativo para elaboração de Análise de Impacto


Regulatório – AIR / Subchefia de Análise e Acompanhamento de Políticas
Governamentais [et al.]. – Brasília: Presidência da República, 2018

• DIRETRIZES GERAIS PARA O EXERCÍCIO DA MEDICINA DO TRABALHO


Elaborado por Daphnis Ferreira Souto Organizado pela Câmara Técnica de
Medicina do Trabalho e Saúde do Trabalhador do CREMERJ Rio de Janeiro
2005

• RESOLUÇÃO COFEN-289/2004. Dispõe sobre a autorização para o


ENFERMEIRO DO TRABALHO preencher, emitir e assinar LAUDO DE
MONITORIZAÇÃO BIOLÓGICA, previsto no Perfil Profissiográfico
Previdenciário-PPP.
• Resolução Cofen nº 609/2019Atualiza, no âmbito do sistema Cofen/Conselhos
Regionais de Enfermagem, os procedimentos para registro de especialização
técnica de nível médio em Enfermagem
• Lei 8080/1990 – Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e
recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços
correspondentes. Esta Lei regula em todo o território nacional as ações e
serviços de saúde, executados isolada ou conjuntamente, em caráter

68
permanente, eventual, por pessoas naturais ou jurídicas de direito público ou
privado.
• Instrução Normativa nº 98 – Aprova normas técnicas sobre Lesões por
Esforços Repetitivos – LER ou Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao
Trabalho – DORT.
• Instrução Normativa nº 99 – Estabelece critérios a serem adotados pelas áreas
de benefícios e da Receita Previdenciária.
• Resolução RDC nº 220, de 21 de setembro de 2004
Aprova o Regulamento Técnico de funcionamento dos Serviços de Terapia
Antineoplásica
• https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR.pdf
• Portaria MS nº 1.823- de 23/08/2012. Publicado no D.O.U., 24/08/2012. Institui
a Política Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora.
• Portaria n° 939 – de 18 de novembro de 2008 – dispõe sobre a obrigatoriedade
dos Serviços de Saúde implantarem materiais com dispositivos de segurança
(agulhas, seringas, bisturis e outros)
• Portaria MTE n° 1.748 – de 30 de agosto de 2011 – altera redação da NR Nº
32
• Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de
Ações Programáticas Estratégicas. Anamnese ocupacional : manual de
preenchimento da Ficha Resumo de Atendimento Ambulatorial em Saúde do
Trabalhador (Firaast) / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde,
Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. – Brasília : Editora do
Ministério da Saúde, 2006. 52 p. : il. – (Série A. Normas e Manuais Técnicos)
(Saúde do Trabalhador; 1)

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