CENTRO UNIVERSITÁRIO DE PATOS DE MINAS

CURSOS: TÉC. EM ENFERMAGEM - MÓDULO: I

DISCIPLINA: DEONTOLOGIA/ HISTÓRIA DA ENFERMAGEM
PROFESSORA: FERNANDA BICALHO AMARAL

Aula 16: Entidades de classe (COFEN, COREN...)

Leia o texto abaixo, na atividade seguinte você deverá responder a pergunta.

Associação Brasileira de Enfermagem – ABEn

A ABEn é uma sociedade civil, sem fins lucrativos, com personalidade jurídica
que congrega enfermeiros, obstetrizes, técnicos e auxiliares de enfermagem e estudantes
dos cursos de graduação e de educação profissional de nível técnico que a ela se
associam, individual e livremente. Foi fundada em 12 de agosto de 1926, com o nome
de Associação Nacional de Enfermeiras Diplomadas Brasileiras. É uma entidade de
direito privado, com caráter científico e assistencial regida pelas disposições de seu
estatuto próprio.
Com sede em Brasília, ela funciona por meio de seções formadas nos estados e
no distrito federal, as quais, por sua vez, poderão subdividir-se em distritos formados
nos municípios das unidades federativas da união. Tem como eixo a defesa e a
consolidação do trabalho da enfermagem como prática social, essencial à assistência de
saúde, à organização e ao funcionamento dos serviços de saúde. Além disso, tem como
compromisso propor e defender políticas e programas que visem à melhoria da
qualidade de vida da população e ao acesso universal e equânime aos serviços de saúde.

Finalidades da ABEn

 Congregar enfermeiros, técnicos de enfermagem, auxiliares de enfermagem,

estudantes dos cursos de graduação e de educação profissional – habilitação
técnico de enfermagem.
 Incentivar a solidariedade e a cooperação entre seus associados.
 Promover o desenvolvimento técnico, científico, cultural e político dos
profissionais de enfermagem no país, pautado em princípios éticos.
 Defender os interesses das profissões da área de enfermagem, articulando-se
com as demais entidades e instituições de saúde em geral e, em especial, as de
enfermagem.
 Articular-se com organizações do setor de saúde e da sociedade em geral, na
defesa e na consolidação de políticas e programas que garantam equidade,
universalidade e integralidade da assistência à saúde da população.

As realizações da ABEn incluem o Congresso Brasileiro de Enfermagem que

ocorre anualmente e a Revista Brasileira de Enfermagem que é uma publicação
bimestral que constitui grande valor para a classe, pois trata de assuntos relacionados à
saúde, à profissão e ao desenvolvimento da ciência.

Sistema COFEN/COREN

Em 12 de julho de 1973, por intermédio da Lei no 5.905, foram criados os

Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) e Conselho Regional de Enfermagem
(COREN), vinculados ao Ministério do Trabalho e Previdência Social (BRASIL, 1973).
O Conselho Federal e os Conselhos Regionais são órgãos disciplinadores do
exercício das profissões de enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem. Em cada
estado do Brasil existe um conselho regional, os quais estão subordinados ao conselho
federal, que é sediado no Rio de Janeiro e cujo escritório federal está localizado em
Brasília.
Os conselhos estaduais recebem as siglas de seus estados para identificá-los:
COREN-SP, COREN-MG, COREN-RJ, etc. Os CORENs são dirigidos pelos próprios
inscritos, que formam uma chapa e concorrem a eleições. Os demais inscritos têm o
dever de votar para a escolha da nova chapa representante dos profissionais de
enfermagem.
A manutenção do sistema se dá por meio da arrecadação de taxas por serviços
prestados, anuidades, doações dos profissionais inscritos nos CORENs.

Principais atividades do COFEN

 Normatizar e expedir instruções, para haver uniformidade de procedimento e
bom funcionamento dos conselhos regionais.
 Elaborar o Código de Deontologia de Enfermagem e alterá-lo quando
necessário, ouvindo os conselhos regionais.
 Esclarecer dúvidas apresentadas pelos CORENs.
 Apreciar as decisões dos CORENs.
 Aprovar contas e propostas orçamentárias de autarquia, remetendo-as aos órgãos
competentes.
 Promover estudos e campanhas para aperfeiçoamento profissional.
 Exercer as demais atribuições que lhe forem conferidas por lei.

Principais atividades dos CORENs

 Deliberar sobre inscrições no conselho e seu cancelamento.

 Disciplinar e fiscalizar o exercício profissional, observando as diretrizes gerais
do COFEN.
 Executar as instruções e as resoluções do COFEN.
 Expedir carteira e cédula de identidade profissional, indispensável ao exercício
da profissão, a qual tem validade em todo o território nacional.
 Fiscalizar e decidir os assuntos referentes à ética profissional, impondo as
penalidades cabíveis.
 Elaborar a proposta orçamentária anual e o projeto de seu regimento interno,
submetendo-os à aprovação do COFEN.
 Zelar pelo conceito da profissão e dos que a exercem.
 Propor ao COFEN medidas que visem à melhoria do exercício profissional.
 Eleger sua diretoria e seus delegados em nível central e regional.
 Exercer as demais atribuições que lhe forem conferidas pela Lei No 5.905/73 e
pelo COFEN.

Sindicatos
 A palavra “sindicato” tem raízes no latim, sindicus – que denominava o pro-
curador escolhido para defender os direitos de uma corporação –, e no grego, syn-dicos
– é aquele que defende a justiça.
No Brasil, o movimento sindical mais forte aconteceu em São Paulo, com a
força dos imigrantes que integravam a massa de trabalhadores de indústrias e fábricas.
O ano de 1931 foi marcante para esse movimento, pois foi quando o Governo Federal
criou o Ministério do Trabalho e quando foi regulamentada a sindicalização das classes
dos patrões e operários.
Cabe aos sindicatos defender os direitos e os interesses coletivos, ou individuais,
das categorias que eles representam, em questões judiciais ou administrativas. Nenhum
trabalhador pode ser obrigado a se filiar a algum sindicato, mas a participação em
negociações coletivas de trabalho é dever obrigatório dos sindicatos. Também é papel
dos sindicatos manter serviços de orientação sobre direitos e deveres trabalhistas,
oferecendo um departamento jurídico para orientar, esclarecer e defender os interesses
de seus associados.

Sindicato de enfermagem

Em 1929 foi criado o Sindicato Nacional dos Enfermeiros da Marinha Mercante,

primeiro sindicato de enfermagem do Brasil. Nele, podiam se filiar todos trabalhadores
que desenvolviam ações de enfermagem na Marinha Brasileira.
Surgiu em 1933 o Sindicato de Enfermeiros Terrestre, no qual podiam se
associar os profissionais práticos de enfermagem, os atendentes de enfermagem e os
enfermeiros diplomados. E, a partir de 1952, o Sindicato dos Enfermeiros em Hospitais
e Casas de Saúde, em conjunto com a Associação Brasileira de Enfermeiras
Diplomadas, assumiu uma postura defensora dos interesses da classe da enfermagem.
Atualmente, os sindicatos dos enfermeiros estão espalhados pelo Brasil, em cada
estado, trabalhando com o objetivo de atender aos profissionais de enfermagem.
Os representantes são escolhidos por votação dos seus próprios associados. As
rescisões trabalhistas devem passar pelo sindicato dos enfermeiros, onde é conferido se
o montante pago pela empresa ao profissional de enfermagem está correto. Caso não
esteja, o sindicato auxilia o profissional a recuperar o real valor da indenização ou
rescisão.
 Todos os profissionais da área de enfermagem podem ser filiados ao sindicato,
tendo uma porcentagem do seu salário descontado em benefício desse, resultando em
um montante que é investido na manutenção da entidade e na melhoria de instalações
recreativas destinadas aos seus filiados.

FONTE: PAVANI, KAMILE. Introdução à profissão : enfermagem [recurso

eletrônico] Kamile Pavani, Márcio Haubert; [revisão técnica: Márcia Otero]. – Porto
Alegre : SAGAH, 2017.