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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE PATOS DE MINAS

CURSOS: TÉC. EM ENFERMAGEM - MÓDULO: I


DISCIPLINA: DEONTOLOGIA/ HISTÓRIA DA ENFERMAGEM
PROFESSORA: FERNANDA BICALHO AMARAL

Aula 22: Imperícia, imprudência e negligência

NEGLIGÊNCIA:

“Falta de vigilância; descuido, desídia, desleixo” (NEGLIGÊNCIA, 2017).


Consta no Código Penal como “omissão da cautela a que uma pessoa está obrigada em
face das circunstâncias em que é praticada a ação. Diz-se crime culposo quando o
agente deu causa ao resultado mediante negligência. É também chamada culpa in
omittendo”. Ela está implícita em pequenas ou grandes ações no cotidiano de trabalho
da enfermagem.
Em um estudo sobre infrações e ocorrências éticas cometidas pelos profissionais
de enfermagem, constatou-se que, entre as iatrogenias (erros) relacionadas à
negligência, destacam-se os “erros na administração de medicamentos, como a troca de
medicação e via de administração, dosagem errada, administração de medicamentos não
prescritos pelo médico, assim como os demais erros associados à falta de atenção e
conhecimentos dos profissionais da enfermagem a respeito das noções básicas de
farmacocinética e farmacodinâmica” (SILVA et al., 2015).

IMPERÍCIA:

1. “Qualidade de imperito.
2. Falta de perícia ou de conhecimentos práticos; incapacidade, incompetência,
inaptidão.
3. Caráter ou qualidade do que é inexperiente; bisonhice, inexperiência, insegurança”
(IMPERÍCIA, 2017).
No termo jurídico, define-se como: “Ato ou efeito punível pela lei quando
praticado por profissional oficialmente habilitado”. Consta no Código Penal como:
“desconhecimento das regras técnicas de arte, ofício, ministério ou profissão.
Inabilidade para, com acerto, realizar alguma coisa. O crime se diz culposo, quando o
agente deu causa ao resultado por imperícia”.
IMPRUDÊNCIA:

1. “Qualidade ou caráter do que é imprudente.


2. Ato, comportamento ou dito que revela falta de cuidado ou de prudência”
(IMPRUDÊNCIA, 2017).
No contexto jurídico é: “Falta involuntária de observância de precauções necessárias, a
fim de evitar um mal ou a infração da lei” (IMPRUDÊNCIA, 2017). O Código Penal
diz:
[...] consiste em proceder o agente sem a necessária cautela,
deixando de empregar as precauções indicadas pela experiência
como capazes de prevenir possíveis resultados lesivos. A
imprudência se caracteriza pela inobservância as cautelas
aconselhadas pela experiência comum em relação a prática de
um ato, de maneira a ocasionar um perigo por imprevisão ativa.
Trata-se de um agir sem cautela necessária (BRASIL, 1940).

Imprudência, negligência e imperícia são três termos que podem ser


classificados como modalidades de culpa, sendo comum ouvi-los em casos de erros
médicos e acidentes em geral.
Na negligência, alguém deixa de ter uma atitude ou conduta esperada para
aquele momento, agindo com descuido, desatenção e até mesmo indiferença, deixando
de tomar as devidas precauções.
A imprudência pressupõe uma atitude sem cautela, não sendo uma conduta
omissiva como a negligência.
Na imperícia, é necessário ser constatada a falta de qualificação técnica, teórica
ou prática, inaptidão, ignorância ou ausência de conhecimentos necessários e básicos
para o exercício da profissão.
No Código de Ética de enfermagem, constam, entre as responsabilidades,
deveres e proibições:
Art. 12º – Assegurar à pessoa, família e coletividade assistência de enfermagem livre de
danos decorrentes de imperícia, negligência ou imprudência.
Art. 21º – Proteger a pessoa, família e coletividade contra danos decorrentes de
imperícia, negligência ou imprudência por parte de qualquer membro da equipe de
saúde.
Art. 40º – Posicionar-se contra falta cometida durante o exercício profissional seja por
imperícia, imprudência ou negligência.

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