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CURSO DE ENFERMAGEM
GOVERNADOR VALADARES - MG
2023
Edilene Esteves dos Santos
Layla Lopes Simoneceles
Luana Marina de Paula
Mariana Peres Santos
Scarlet Laiani Santos
GOVERNADOR VALADARES
2023
1. INTRODUÇÃO
Além disso, é necessário que haja programas de prevenção da iatrogenias nas unidades
de saúde que fiscalizem os profissionais de saúde e morbidades no idoso. Neste contexto
de assistência ao paciente idoso, a integração desses elementos é crucial para enfrentar os
desafios complexos e proporcionar cuidados de qualidade, considerando a
multidimensionalidade das necessidades de saúde.
2. OBJETIVOS
3. METODOLOGIA
4. DESENVOLVIMENTO
A iatrogenia em idosos é uma preocupação, pois os idosos tendem a ser mais suscetíveis
a procedimentos médicos e medicamentos devido a múltiplos fatores, como a presença de
múltiplas comorbidades, redução da reserva funcional e alterações relacionadas à idade, o
impacto das complicações. Vários fatores podem contribuir para doenças iatrogênicas em
idosos, como:
Polifarmácia: A polifarmácia, ou o uso de vários medicamentos, é comum entre idosos e
aumenta o risco de interações medicamentosas e efeitos colaterais adversos.
Aumento da sensibilidade aos medicamentos: Os idosos podem ser mais sensíveis a
certos medicamentos devido a alterações no metabolismo e na excreção dos
medicamentos.
Comorbidades: Os idosos geralmente apresentam múltiplas condições médicas
coexistentes, o que pode complicar ainda mais o manejo médico e aumentar o risco de
eventos iatrogênicos.
Fragilidade: A fragilidade é comum em idosos e aumenta o risco de eventos adversos
decorrentes de procedimentos médicos e cirúrgicos.
Comunicação ineficaz: Barreiras à comunicação eficaz, como deficiências auditivas ou
cognitivas, podem levar a erros médicos.
5. CASO CLÍNICO
Paciente A.F.P, sexo feminino, 80 anos, idade compatível com a cronológica, boa
aparência, viúva e comunicativa, paraplégica, e sem filhos. Reside na cidade de
Governador Valadares com a sua cuidadora. Está acamada há cerca de 5 anos
dependendo da sua cuidadora para tudo, inclusive para os afazeres domésticos da sua
residência. A cuidadora alega também que pega a paciente sozinha no colo no mínimo 4
vezes ao dia, para transferir da cama para cadeira de rodas e para fazer a higiene da
paciente. A paciente tem antecedentes de hipertensão arterial controlada com
medicamentos, diabetes mellitus tipo 2 controlada com dieta e diagnóstico também de
demência. A paciente estava se sentindo bem até ser hospitalizada cerca de 2 dias atrás
para uma cirurgia de hérnia umbilical. Poucas horas após a cirurgia, ela começou a ter
náuseas persistentes, vômitos, sudorese e dor abdominal intensa. A equipe de
enfermagem foi solicitada para realizar a avaliação da paciente e constatado nenhum sinal
ou problema aparente, sendo constatado então que a paciente apresentava reação normal
da anestesia. Não havendo melhora no quadro da paciente, a equipe médica suspeitou
então de uma possível obstrução intestinal e solicitou exames de imagem para avaliar o
problema. No exame de imagem confirmou-se a presença de uma obstrução intestinal,
mas também revelou uma coleção de fluido intra abdominal compatível com uma
perfuração intestinal. A paciente foi submetida a uma laparotomia de emergência para
correção da perfuração. Durante a laparotomia, foi identificada uma perfuração intestinal
relacionada à cirurgia de hérnia umbilical. A lesão foi reparada e a paciente foi transferida
para a unidade de terapia intensiva (UTI) para monitoramento pós-operatório devido à
gravidade da lesão. Na UTI, a paciente desenvolveu pneumonia nosocomial devido ao uso
prolongado de ventilação mecânica. Ela foi tratada com antibioticoterapia adequada e seu
estado respiratório melhorou. Após 10 dias de internação na UTI, a paciente começou a
apresentar sintomas de fadiga muscular generalizada, fraqueza e dificuldade para engolir.
Foram solicitados exames laboratoriais, que revelaram níveis elevados de creatinina e
potássio no sangue. Foi realizada uma avaliação renal que revelou que a paciente estava
desenvolvendo insuficiência renal aguda devido ao uso excessivo de medicamentos
nefrotóxicos na UTI. Para realizar o tratamento da insuficiência renal aguda na paciente,
foi necessário a interrupção dos medicamentos nefrotóxicos, a realização de hidratação
intravenosa adequada e monitoramento rigoroso dos níveis séricos de creatinina e
potássio. A paciente também recebeu suporte nutricional adequado e fisioterapia para
ajudar a melhorar sua fraqueza muscular e mobilidade.
Segue sinais vitais e medidas antropométricas.
Temp. Axilar: 36,5; Pulso Radial: 81bpm; F. Resp: 18 rpm; PA: 120/70 mmHg; Altura:
1.63 M; Peso 80 KG; Perímetro Cefálico 54cm; Perímetro torácico 87 cm; Perímetro
Abdominal 97 cm.
6.2 Causas
As causas de perfuração do trato digestivo variam, podemos ser por exemplo por corpos
estranhos que foram engolidos, que geralmente são eliminados sem dificuldade pela
pessoa, mas, em alguns casos, ficam presos e causam perfuração. Ou por corpos
estranhos inseridos pelo ânus, podem perfurar o reto ou o cólon, ou por alguma cirurgia em
que houve erro médico durante o procedimento.
6.3 Sintomas
A perfuração do esôfago, estômago ou duodeno causa dor súbita e aguda, que pode se
estender até o ombro. A pessoa parece estar muito doente, apresenta frequência cardíaca
acelerada, sudorese e o abdômen sensível e rígido ao toque. Uma vez que a perfuração do
intestino delgado ou grosso geralmente ocorre durante o curso de outro quadro clínico
doloroso e uma vez que o conteúdo que está vazando às vezes fica contido dentro de uma
pequena área na cavidade abdominal sem se espalhar ainda mais, os sintomas podem ser
menos drásticos e podem ser confundidos com a piora do problema original. Em todos os
tipos de perfuração, a pessoa geralmente tem náusea, vômito e perda de apetite.
6.4 diagnóstico
O médico geralmente faz uma radiografia do tórax e do abdômen, que podem mostrar que
houve vazamento de ar do sistema digestivo, um sinal definitivo de perfuração.Às vezes, o
médico precisa realizar uma tomografia computadorizada do abdômen para confirmar o
diagnóstico.
6.5 Tratamento
Em entrevista com a cuidadora da idosa, ela afirma que: ‘’Meu trabalho na casa da dona
A.F.P é bem pesado. Eu faço de tudo, limpo a casa, cuido dela, e ela depende totalmente
de mim tadinha. E ela é bem pesada, mas ela me pede pra ir ao banheiro, ir na sala ver
televisão, como que nega? Fico numa dó, porque gosto muito dela, minha prima terceira. E
eu recebo pra estar aqui cuidando dela, mas cuido mais porque gosto. As dores nas costas
já sinto tem um tempo, porque a idade vai chegando e ninguém tá livre, mas carregando
peso o dia todo piora, a coluna dói, a perna. Eu arrumo um jeitinho de pegar ela na cadeira,
peço ela pra segurar meu pescoço, me ajudar no que dá, mas ela tadinha, nem aguenta
muito. Durante o dia ela dorme, eu arrumo a casa toda, depois fico fazendo nada, com
tédio, porque a casa eu arrumo cedo, e mantenho limpa durante a semana, só nós duas
mesmo que moramos aqui. Mas enquanto eu tiver aguentando, eu vou trabalhando,
fazendo o que posso.’’
O paciente deve estar sentado em uma cadeira sem braços, e as seguintes manobras
são testadas:
2. Levantando Incapaz 0-
Usa os braços 1
Sem os braços 2
5. Equilíbrio em pé Desequilibrado 0
Suporte ou base de sustentação > 1-
12 cm Sem suporte e base estreita 2
Pé esquerdo 0-
Não ultrapassa o pé direito
Ultrapassa o pé direito
Não sai completamente do chão 1
Sai completamente do chão 0´-
1
Passos semelhantes 1
Passos Contínuos 1
ou andador)
Dia do mês 1
Dia da semana 1-
Hora 1
Cidade 1-
Estado 1-
Fonte: FOLSTEIN et al., 1975; BERTOLUCCI et al., 1994; BRUCKi et al., 2003 apud
Freitas, 2017
Interpretação: pontuação mínima de acordo com a escolaridade.
Interpretação:
Analfabetos: 20 pontos
1 a 4 anos de estudo: 25 pontos
5 a 8 anos de estudo: 28 pontos
9 a 11 anos de estudo: 28 pontos
Superior a 11 anos de estudo: 29 pontos
RESULTADO: 14 pontos
Você sente que a maioria das pessoas está melhor do que você? 1- 0
(10)
Nota: as indicações 10, 4 e 1 que aparecem ao lado das questões indicam os itens
incluídos na GDS-10 (10 itens), GDS-4 (4 itens) e GDS-1 (1 item). Fonte: YESAVAGE e
BRINK, 1983; ALMEIDA E ALMEIDA, 1999 apud FREITAS, 2017
4. Transferências
( ) Deita-se e sai da cama, senta-se e levanta-se da cadeira sem ajuda (pode estar usando
objeto para apoio como bengala, andador)
( ) Deita-se e sai da cama e/ou senta-se e levanta-se da cadeira com
ajuda (D) Não sai da cama
5. Continência
( ) Controla inteiramente a micção e a evacuação;
( ) Tem “acidentes” ocasionais;
( D) Necessita de ajuda para manter o controle da micção e evacuação; usa cateter ou é
incontinente
6. Alimentação
(i ) Alimenta-se sem ajuda
( D) Alimenta-se sozinho, mas recebe ajuda para cortar carne ou passar manteiga no
pão ()Recebe ajuda para alimentar-se, ou é alimentado parcialmente ou completamente
pelo uso de cateteres ou fluidos intravenosos;
Fonte: KATZ et al., 1963; LINO et al., 2008 apud FREITAS, 2017
Interpretação
✔️
0: independente em todas as 6 funções
1: independente em 5 funções e dependente em 1 função
2: independente em 4 funções e dependente em 2 funções
3: independente em 3 funções e dependente em 3 funções
4: independente em 2 funções e dependente em 4 funções
5: independente em 1 função e dependente em 5 funções
6: dependente em todas as 6 funções
TABELA 6- AVALIAÇÃO DAS ATIVIDAD
ES BÁSICAS DE VIDA DIÁRIA - ÍNDICE DE BARTHEL.
Pontuação Atividade
1. Alimentação
2. Banho
3. vestuário
4. Higiene Pessoal
6. Micção
8. Passagem cadeira-cama
15 pontos Independente: não necessita de ajuda na
transferência. Caso use cadeira de rodas,
faz tudo sozinho;
10 pontos
Ajuda mínima: requer supervisão ou
apoio para efetuar transferência;
5 pontos
Grande ajuda: capaz de sentar, mas
0 ponto ✔️ necessita de assistência total para
passagem;
9. Deambulação
10. Escadas
Fonte: MAHONEY e BARTHEL, 1965;24 MINOSSO et al., 2010 apud FREITAS, 2017
INTERPRETAÇÃO
✔️
< 20 pontos: dependência total
20 a 35 pontos: dependência grave
40 a 55: dependência moderada
60 a 95 pontos: dependência leve
TABELA 7- AVALIAÇÃO DAS ATIVIDADES INSTRUMENTAIS DE VIDA DIÁRIA ESCALA
DE LAWTON
Atividade Pontuação
2. Compras
3. Preparar Refeições
5.Lavar Roupas
6.Meio de Transporte
É capaz de dirigir carros ou viajar sozinho 3
de ônibus, trem, metrô e táxi
7.Manuseio de Medicação
8.Manuseio de Dinheiro
✔️
INTERPRETAÇÃO
10 a 15 pontos: dependência grave
16 a 20 pontos: dependência moderada
21 a 25 pontos: dependência leve
25 a 27 pontos: independente
RESULTADO: 9 pontos, totalmente dependente.
TABELA 8- QUESTIONÁRIO DE PFEFFER PARA ATIVIDADES FUNCIONAIS.
Atividade Pontuação
Sim, é capaz 0
mas faz 1
Não é capaz 3
Fonte: PFEFFER et al., 1982;27 LEBRÃO e LAURENTI, 2005.28; apud FREITAS, 2017.
PERGUNTAS
1.Ele(A) é capaz de cuidar do seu próprio dinheiro? NÃO- 3
2.Ele(A) É capaz de fazer as Compras Sozinho(P.Ex.,De comida e roupa)? Não- 3
3.Ele(A) É capaz de esquentar água para café ou chá e apagar o fogo? Não- 2
4.Ele(A) é capaz de preparar comida? Não- 2
5.Ele(A) é capaz de manter-se a par dos acontecimentos e do que se passa na
vizinhança? Sim- 0
6.Ele(A) É capaz de prestar atenção, Entender e discutir um Programa de rádio,
Televisão ou um Artigo do jornal? Sim- 0
7.Ele(A) é capaz de lembrar de compromissos e acontecimentos familiares? Não- 2
8.Ele(A) é capaz de cuidar de seus próprios medicamentos? Não- 2
9.Ele(A) É capaz de andar pela vizinhança e encontrar o caminho de volta para casa?
Não- 2
10.Ele(A) é capaz de cumprimentar seus amigos adequadamente? Sim- 0
11.Ele(A) é capaz de ficar sozinho(A) em Casa sem Problemas? Não- 3
INTERPRETAÇÃO:
< 6 PONTOS: NORMAL
≥ 6 PONTOS: COMPROMETIDO
RESULTADO: 19 pontos
✔️
2. 21 ≤ IMC < 23
3. IMC ≥ 23
Fonte: Guigoz et al., 1994.29; apud FREITAS, 2017.
AVALIAÇÃO GLOBAL
G. Vive independente e não está asilado 0. não
ou hospitalizado?
1. Sim ✔️
H. Faz uso de mais de 3 medicamentos 0. sim
por dia?
1. Não ✔️
I. Tem úlceras por pressão ou outras 0. sim
lesões de pele?
1. Não ✔️
J. Quantas refeições faz por dia? 0.1 refeição
1.2 refeições
2. 3 ou mais refeições ✔️
K. Consumo de proteínas Pelo Sim ___
menos 1 porção de leite ou derivado
são dia? Não___ ✔️
Pelo menos 2 ou mais porções de ovos
ou leguminosas por semana?
Sim__ ✔️
Não___
Não___ ✔️
0,0. Nenhuma ou 1 resposta “sim”
0,5. 3 a 5 copos
✔️
2.sozinho sem dificuldade
1,0. Igual
2,0. Melhor ✔️
Q. Circunferência do braço (CB, cm): 0,0. CB < 21
0,5. 1 ≤ CB <
1,0. CB > 22 ✔️
R. Circunferência da panturrilha (CP, cm): 0.CP < 31
1.CP ≥ 31 ✔️
Fonte: Guigoz et al., 1994.29; apud FREITAS, 2017.
2: frequentemente ✔️
3. Está satisfeito com a maneira com 0: raramente
o seus familiares (amigos) acatam e
apoiam suas vontades e decisões? 1:ocasionalmente
2: frequentemente ✔️
4. Está satisfeito com a maneira como 0: raramente
seus familiares (amigos) expressam
afeição e respondem às suas emoções,
como
1:ocasionalmente ✔️
raiva, sentimentos, desculpa, medo, 2: frequentemente
afeto?
2: frequentemente
Pontue a escala para os familiares e para < 3pontos: acentuada disfunção nas
os amigos separadamente relações familiares e de amizade
✔️
4 a 6 pontos: moderada disfunção nas
relações familiares e de amizade
RESULTADO: 6 pontos
9. SAE Sistematização Assistência Enfermagem
PROBLEMAS DIAGNÓSTICOS PRESCRIÇÃO DA RESULTA
DE ENFERMAGEM ASSISTÊNCIA DE DOS
SEGUNDO ENFERMAGEM ESPERAD
NANDA OS
-Orientar elevar os
calcanhares
colocando-se
travesseiros macios
embaixo do tornozelo
para melhor circulação e
prevenção de edemas.
-Orientar a importância
de manter o paciente
seco e limpo,lençóis
esticados, trocando suas
fraldas sempre que
necessário, realizando
higienização e mantendo
o local sem umidade.
-Realizar higienização
após as trocas de fralda
com sabonete neutro e
água.
-Antes de realizar
procedimentos como
banho de leito , ou
procedimentos invasivos,
administrar analgesia
conforme prescrição
médica e avaliar a
eficácia.
-Registrar as condutas e
queixas em
prontuário e fazer a
evolução do paciente.
-Proporcionar ambiente
calmo, sem ruídos
estressores, e muita
movimentação.
-Administrar analgésicos
conforme prescrição
médica, avaliar a resposta
da medicação ao alívio da
dor.
Fatores
-Observar o abdômen
Relacionados:
do paciente para sinais
A serem de distensão ou
desenvolvidos sensibilidade.
-Verificar o
funcionamento intestinal
do paciente,
observando a presença
de flatulência ou
eliminação de fezes.
-Orientar o paciente a
realizar exercícios de
respiração profunda e
técnicas de relaxamento
para auxiliar no alívio da
dor e desconforto.
-Administrar
medicações prescritas
pelo médico, como
analgésicos para
controle da dor ou
medicamentos laxativos
para ajudar na
eliminação das fezes.
-Incentivar o paciente a
manter-se hidratado
através da ingestão
adequada de líquidos, a
menos que seja
contra-indicado.
-Monitorizar os níveis de
eletrólitos no organismo
do paciente, já que a
obstrução intestinal
pode afetar o equilíbrio
dos eletrólitos.
-Colaborar com a
equipe médica na
realização de exames e
procedimentos, como
radiografias abdominais,
tomografias
computadorizadas ou
cirurgias, se necessário.
-Orientar o paciente e
seus familiares sobre a
importância de seguir as
instruções médicas,
incluindo a necessidade
de repouso e dieta
adequada.
-Proporcionar conforto e
apoio emocional ao
paciente, especialmente
durante períodos de dor
ou ansiedade..
11. CONCLUSÃO