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UNIVERSIDADE VALE DO RIO DOCE - UNIVALE

CURSO DE ENFERMAGEM

Edilene Esteves dos Santos


Layla Lopes Simoneceles
Luana Marina de Paula
Mariana Peres Santos
Scarlet Laiani Santos

Prevenção de iatrogenias e de morbidade no idoso. Monotonia do trabalho


dos profissionais de saúde quanto à ergonomia, avaliação multidimensional do
idoso e sistematização da assistência de enfermagem (SAE).

GOVERNADOR VALADARES - MG
2023
Edilene Esteves dos Santos
Layla Lopes Simoneceles
Luana Marina de Paula
Mariana Peres Santos
Scarlet Laiani Santos

Prevenção de iatrogenias e de morbidade no idoso. Monotonia do trabalho


dos profissionais de saúde quanto à ergonomia, avaliação multidimensional do
idoso e sistematização da assistência de enfermagem (SAE).

Projeto educativo para obtenção de crédito parcial à


aprovação na disciplina de Biotecnologia e Inovação,
Enfermagem Geriátrica e Ergonomia e Fisiologia no
Trabalho no curso de Enfermagem da Universidade Vale
do Rio Doce.

Orientador: Prof. Aline Valeria


Elizabete Godinho
Sheila Furbino

GOVERNADOR VALADARES
2023
1. INTRODUÇÃO

O envelhecimento é definido como um processo sequencial, cumulativo e irreversível,


inerente a todos os membros de uma espécie. Esta progressiva deterioração do organismo
maduro torna-o menos capaz de enfrentar os estresses ambientais, aumentando a
probabilidade de mortalidade. A senescência, uma diminuição gradual da reserva funcional,
geralmente não causa problemas significativos em condições normais, mas pode resultar
em condições patológicas em situações de sobrecarga, como doenças, acidentes e
estresse emocional, configurando a senilidade.

Nesse contexto, a iatrogenia, derivada do grego, destaca-se como um risco, referindo-se


a alterações patológicas provocadas na saúde do paciente pela prática dos profissionais de
saúde. No âmbito da enfermagem, diversas formas de iatrogenias relacionadas a
medicamentos são identificadas, incluindo omissão de doses, administração em
concentração incorreta e aplicação inadequada.Além disso, no ambiente de trabalho, os
riscos ergonômicos emergem como fatores relevantes que podem impactar a saúde dos
trabalhadores, incluindo levantamento de peso, ritmo excessivo, monotonia, repetitividade e
postura inadequada. A adequação ergonômica das organizações torna-se imperativa,
visando reduzir a fadiga e minimizar os riscos de acidentes.

Além disso, é necessário que haja programas de prevenção da iatrogenias nas unidades
de saúde que fiscalizem os profissionais de saúde e morbidades no idoso. Neste contexto
de assistência ao paciente idoso, a integração desses elementos é crucial para enfrentar os
desafios complexos e proporcionar cuidados de qualidade, considerando a
multidimensionalidade das necessidades de saúde.

2. OBJETIVOS

a) Possibilitar o entendimento e a familiarização do conceito de envelhecimento, suas


limitações e a legalização desta assistência;
b) Entender a saúde do idoso, tanto no aspecto fisiológico e no contexto social tendo
em vista a prevenção das iatrogenias e morbidades;
c) Analisar o trabalho e os riscos à saúde dos trabalhadores;
d) Fazer a consulta de enfermagem e avaliação geriátrica ampla do idoso como
contextualização social;
e) Realizar a Sistematização da Assistência de Enfermagem ao idoso com enfoque no
autocuidado e na qualidade de vida.

3. METODOLOGIA

O presente trabalho tratou-se de revisão da literatura, com abordagem qualitativa e


descritiva, no qual foram realizadas buscas nas plataformas online google, utilizando os
descritores: iatrogenia, morbidade no idoso, ergonomia e monotonia no trabalho. Foram
selecionadas as literaturas que atendiam aos descritores pretendidos e a partir disso, foram
coletadas as principais informações que foram utilizadas na elaboração dessa
apresentação.

4. DESENVOLVIMENTO

A iatrogenia em idosos é uma preocupação, pois os idosos tendem a ser mais suscetíveis
a procedimentos médicos e medicamentos devido a múltiplos fatores, como a presença de
múltiplas comorbidades, redução da reserva funcional e alterações relacionadas à idade, o
impacto das complicações. Vários fatores podem contribuir para doenças iatrogênicas em
idosos, como:
Polifarmácia: A polifarmácia, ou o uso de vários medicamentos, é comum entre idosos e
aumenta o risco de interações medicamentosas e efeitos colaterais adversos.
Aumento da sensibilidade aos medicamentos: Os idosos podem ser mais sensíveis a
certos medicamentos devido a alterações no metabolismo e na excreção dos
medicamentos.
Comorbidades: Os idosos geralmente apresentam múltiplas condições médicas
coexistentes, o que pode complicar ainda mais o manejo médico e aumentar o risco de
eventos iatrogênicos.
Fragilidade: A fragilidade é comum em idosos e aumenta o risco de eventos adversos
decorrentes de procedimentos médicos e cirúrgicos.
Comunicação ineficaz: Barreiras à comunicação eficaz, como deficiências auditivas ou
cognitivas, podem levar a erros médicos.

4.1 Prevenção de iatrogenias e de morbidade no idoso

Prevenir iatrogenias (efeitos adversos causados ​por intervenções médicas) e morbidade


em idosos requer uma abordagem abrangente e centrada no paciente. Aqui estão algumas
das estratégias que podem adotar:

1. Revisão de Medicamentos: Uma análise periódica de todos os medicamentos que


um paciente está utilizando pode ser fundamental para identificar possíveis
interações medicamentosas, efeitos colaterais indesejados e situações de
polifarmácia. Além disso, é crucial verificar se a dose prescrita é levar em
consideração a idade, o peso e a função renal do paciente.
2. Educação do Paciente: Os enfermeiros podem educar os pacientes e seus
cuidadores sobre o uso adequado dos medicamentos, a importância da adesão à
medicação e os sinais e sintomas dos efeitos colaterais dos medicamentos.
3. Monitoramento:Os enfermeiros podem monitorar os pacientes quanto a sinais e
sintomas de eventos iatrogênicos, como efeitos colaterais de medicamentos ou
complicações de procedimentos médicos. Também permite o monitoramento regular
dos sinais vitais do paciente e de outros indicadores de saúde.
4. Comunicação eficaz: A comunicação eficaz entre os enfermeiros, os pacientes e os
outros membros da equipe de saúde é essencial para prevenir erros médicos.
5. Gestão do Risco de Quedas: Os enfermeiros podem avaliar o risco de quedas dos
pacientes e implementar estratégias para prevenir quedas, como garantir que o
ambiente seja seguro e encorajar a mobilidade adequada.
6. Cuidados Personalizados: Os enfermeiros podem contribuir para o
desenvolvimento de planos de cuidados personalizados que levem em conta as
necessidades individuais, preferências e objetivos dos pacientes.
7. Transições de Cuidados: Os enfermeiros podem ajudar a gerenciar as transições
de cuidados, como quando um paciente é transferido de um hospital para uma casa
de repouso, garantindo a continuidade dos cuidados e a comunicação adequada.
8. Promoção da Autonomia do Paciente: Incentivar a participação ativa do paciente
nas decisões de cuidados pode melhorar a adesão ao tratamento e diminuir o risco
de eventos adversos.
9. Higiene e prevenção de infecções: Práticas de higiene rigorosas são essenciais
para prevenir infecções nosocomiais, especialmente em pacientes idosos que são
mais vulneráveis. A morbilidade e as iatrogenias em idosos podem ser evitadas
através de medidas adequadas, e identificação para preveni-la ou reduzir seus
efeitos.Lembrando que muitas dessas causas podem ser prevenidas através de
cuidados médicos de alta qualidade, comunicação eficaz, e uma abordagem de
cuidados centrada no paciente.

4.2 Monotonia do trabalho dos profissionais de saúde quanto à ergonomia

A ergonomia é uma ciência que busca compreender a relação entre o homem, as


máquinas, equipamentos e condições de trabalho. A ergonomia visa adaptar o trabalho às
características psicofisiológicas dos trabalhadores, garantindo sua integridade física e
saúde, no ambiente de trabalho. Existem alguns riscos ergonômicos tais como; trabalho
repetitivo, levantamento e transporte manual de cargas, esforços estáticos e posturas
inadequadas, fatores de organização do trabalho e fatores ambientais, são todos aspectos
que podem afetar a saúde e o bem-estar dos trabalhadores se não forem adequadamente
avaliados e gerenciados. A ergonomia não se limita apenas à indústria, mas é aplicável em
uma variedade de setores, incluindo comércio e serviços. A abordagem da ergonomia deve
começar desde as etapas iniciais de projeto, considerando o ser humano como um dos
componentes principais a serem considerados.
A monotonia refere-se a um esforço repetitivo em uma determinada função. Atividades
que pouco favorecem a motivação, são burocráticas ou cujo ritmo é bastante intenso pode
fazer com que os colaboradores não tenham o devido interesse na execução de suas
tarefas.
A monotonia surge a partir do momento em que o funcionário passa muitas horas
desenvolvendo as mesmas atividades, de forma repetitiva e com poucos estímulos. É
inclusive associada com o tédio e uma ação no “piloto automático”.
Basicamente, o trabalhador está presente apenas fisicamente, enquanto sua mente busca
meios de escapar daquela situação, o que afeta sensivelmente sua produtividade. Um
exemplo são tarefas burocráticas ou que exigem muita atenção, mas que ao mesmo tempo
não há qualquer mudança.

5. CASO CLÍNICO

Paciente A.F.P, sexo feminino, 80 anos, idade compatível com a cronológica, boa
aparência, viúva e comunicativa, paraplégica, e sem filhos. Reside na cidade de
Governador Valadares com a sua cuidadora. Está acamada há cerca de 5 anos
dependendo da sua cuidadora para tudo, inclusive para os afazeres domésticos da sua
residência. A cuidadora alega também que pega a paciente sozinha no colo no mínimo 4
vezes ao dia, para transferir da cama para cadeira de rodas e para fazer a higiene da
paciente. A paciente tem antecedentes de hipertensão arterial controlada com
medicamentos, diabetes mellitus tipo 2 controlada com dieta e diagnóstico também de
demência. A paciente estava se sentindo bem até ser hospitalizada cerca de 2 dias atrás
para uma cirurgia de hérnia umbilical. Poucas horas após a cirurgia, ela começou a ter
náuseas persistentes, vômitos, sudorese e dor abdominal intensa. A equipe de
enfermagem foi solicitada para realizar a avaliação da paciente e constatado nenhum sinal
ou problema aparente, sendo constatado então que a paciente apresentava reação normal
da anestesia. Não havendo melhora no quadro da paciente, a equipe médica suspeitou
então de uma possível obstrução intestinal e solicitou exames de imagem para avaliar o
problema. No exame de imagem confirmou-se a presença de uma obstrução intestinal,
mas também revelou uma coleção de fluido intra abdominal compatível com uma
perfuração intestinal. A paciente foi submetida a uma laparotomia de emergência para
correção da perfuração. Durante a laparotomia, foi identificada uma perfuração intestinal
relacionada à cirurgia de hérnia umbilical. A lesão foi reparada e a paciente foi transferida
para a unidade de terapia intensiva (UTI) para monitoramento pós-operatório devido à
gravidade da lesão. Na UTI, a paciente desenvolveu pneumonia nosocomial devido ao uso
prolongado de ventilação mecânica. Ela foi tratada com antibioticoterapia adequada e seu
estado respiratório melhorou. Após 10 dias de internação na UTI, a paciente começou a
apresentar sintomas de fadiga muscular generalizada, fraqueza e dificuldade para engolir.
Foram solicitados exames laboratoriais, que revelaram níveis elevados de creatinina e
potássio no sangue. Foi realizada uma avaliação renal que revelou que a paciente estava
desenvolvendo insuficiência renal aguda devido ao uso excessivo de medicamentos
nefrotóxicos na UTI. Para realizar o tratamento da insuficiência renal aguda na paciente,
foi necessário a interrupção dos medicamentos nefrotóxicos, a realização de hidratação
intravenosa adequada e monitoramento rigoroso dos níveis séricos de creatinina e
potássio. A paciente também recebeu suporte nutricional adequado e fisioterapia para
ajudar a melhorar sua fraqueza muscular e mobilidade.
Segue sinais vitais e medidas antropométricas.

Temp. Axilar: 36,5; Pulso Radial: 81bpm; F. Resp: 18 rpm; PA: 120/70 mmHg; Altura:
1.63 M; Peso 80 KG; Perímetro Cefálico 54cm; Perímetro torácico 87 cm; Perímetro
Abdominal 97 cm.

6. ESTUDO DE CASO DO IDOSO

6.1 Perfuração no trato digestivo

A perfuração do trato digestivo é a formação de um orifício que pode ocorrer em em


qualquer órgão digestivo oco, no caso clínico se trata do intestino. Essa perfuração causa a
liberação do conteúdo intestinal e pode dar origem a uma infecção potencialmente fatal da
corrente sanguínea (Sepse) e até levar à morte, caso não seja realizada uma cirurgia de
emergência. A presença de perfuração permite que alimentos, sucos digestivos ou outro
conteúdo intestinal vazem para dentro do abdômen (ou, às vezes, para dentro do tórax, se
o esôfago estiver perfurado). Esses materiais são muito irritantes e contêm bactérias, que
causam inflamação e infecção graves que normalmente são fatais se não forem tratadas.

6.2 Causas

As causas de perfuração do trato digestivo variam, podemos ser por exemplo por corpos
estranhos que foram engolidos, que geralmente são eliminados sem dificuldade pela
pessoa, mas, em alguns casos, ficam presos e causam perfuração. Ou por corpos
estranhos inseridos pelo ânus, podem perfurar o reto ou o cólon, ou por alguma cirurgia em
que houve erro médico durante o procedimento.

6.3 Sintomas

A perfuração do esôfago, estômago ou duodeno causa dor súbita e aguda, que pode se
estender até o ombro. A pessoa parece estar muito doente, apresenta frequência cardíaca
acelerada, sudorese e o abdômen sensível e rígido ao toque. Uma vez que a perfuração do
intestino delgado ou grosso geralmente ocorre durante o curso de outro quadro clínico
doloroso e uma vez que o conteúdo que está vazando às vezes fica contido dentro de uma
pequena área na cavidade abdominal sem se espalhar ainda mais, os sintomas podem ser
menos drásticos e podem ser confundidos com a piora do problema original. Em todos os
tipos de perfuração, a pessoa geralmente tem náusea, vômito e perda de apetite.

6.4 diagnóstico

O médico geralmente faz uma radiografia do tórax e do abdômen, que podem mostrar que
houve vazamento de ar do sistema digestivo, um sinal definitivo de perfuração.Às vezes, o
médico precisa realizar uma tomografia computadorizada do abdômen para confirmar o
diagnóstico.

6.5 Tratamento

Se o médico diagnosticar uma perfuração, a cirurgia imediata é geralmente necessária. O


médico decide qual operação específica deve ser realizada com base no local e na causa
da perfuração. O objetivo imediato do médico é interromper o vazamento do conteúdo
intestinal para a cavidade torácica ou abdominal. Antes da cirurgia, a pessoa recebe
líquidos e antibióticos pela veia (por via intravenosa). Às vezes, uma pequena sonda é
inserida pelo nariz até o estômago para remover os sucos gástricos por sucção e evitar que
estes vazem pela perfuração e para aliviar a pressão (descompressão) no intestino.

7. ENTREVISTA DO CUIDADOR OU ACOMPANHANTE QUE CUIDA DESSE IDOSO


QUANTO ÀS QUESTÕES DE MONOTONIA NO TRABALHO QUANTO À ERGONOMIA

Em entrevista com a cuidadora da idosa, ela afirma que: ‘’Meu trabalho na casa da dona
A.F.P é bem pesado. Eu faço de tudo, limpo a casa, cuido dela, e ela depende totalmente
de mim tadinha. E ela é bem pesada, mas ela me pede pra ir ao banheiro, ir na sala ver
televisão, como que nega? Fico numa dó, porque gosto muito dela, minha prima terceira. E
eu recebo pra estar aqui cuidando dela, mas cuido mais porque gosto. As dores nas costas
já sinto tem um tempo, porque a idade vai chegando e ninguém tá livre, mas carregando
peso o dia todo piora, a coluna dói, a perna. Eu arrumo um jeitinho de pegar ela na cadeira,
peço ela pra segurar meu pescoço, me ajudar no que dá, mas ela tadinha, nem aguenta
muito. Durante o dia ela dorme, eu arrumo a casa toda, depois fico fazendo nada, com
tédio, porque a casa eu arrumo cedo, e mantenho limpa durante a semana, só nós duas
mesmo que moramos aqui. Mas enquanto eu tiver aguentando, eu vou trabalhando,
fazendo o que posso.’’

8. Avaliação Multidimensional- INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO


MULTIDIMENSIONAL DO IDOSO:
Nome: A.P.F
Data de Nascimento: 06-06-1943
Peso: 79 kg
Altura: 1,68 cm IMC
Local do atendimento: HMGV
Número do registro: ----
Data da avaliação multidimensional: 29-11-2013
Horário: 10:00

TABELA 1 - ESCALA DE AVALIAÇÃO DO EQUILÍBRIO E DA MARCHA DE TINETTI.


Equilíbrio Avaliação Pontuaçã
o

O paciente deve estar sentado em uma cadeira sem braços, e as seguintes manobras
são testadas:

1. Equilíbrio sentado Escorrega 0


Equilibrado 1-

2. Levantando Incapaz 0-
Usa os braços 1
Sem os braços 2

3. Tentativas de levantar Incapaz 0-


Mais de uma tentativa 1
Única tentativa 2
4. Assim que levanta (primeiros Desequilibrado 0-
5 s) Estável, mas usa suporte 1
Estável sem suporte 2

5. Equilíbrio em pé Desequilibrado 0
Suporte ou base de sustentação > 1-
12 cm Sem suporte e base estreita 2

6. Teste dos 3 tempos Começa a cair 0


(examinador empurra Agarra ou balança (braços) 1-
levemente o esterno do Equilibrado 2
paciente, que deve ficar de pés
juntos)

7. Olhos fechados (mesma Desequilibrado, instável 0-


posição do item 6) Equilibrado 1

8. Girando 360° Passos descontínuos 0


Passos contínuos 1
Instável (desequilíbrios) 0-
Estável (equilibrado) 1

9. Sentando Inseguro (erra distância, cai na 0


cadeira) Usa os braços ou 1-
movimentação abrupta Seguro, 2
movimentação suave
Fonte: TINETTI, 1986; GOMES, 2003 apud FREITAS, 2017.
Escore do equilíbrio 4/16

Marcha Avaliação Pontuaçã


o

10. Início da marcha Hesitação ou várias tentativas para 0-

iniciar Sem hesitação 1

11. Comprimento e altura dos Pé direito 0


passos Não ultrapassa o pé esquerdo 1
Ultrapassa o pé esquerdo 0-
Não sai completamente do chão 1
Sai completamente do chão

Pé esquerdo 0-
Não ultrapassa o pé direito
Ultrapassa o pé direito
Não sai completamente do chão 1
Sai completamente do chão 0´-
1

12. Simetria dos Passos Passos diferente 0

Passos semelhantes 1

13. Continuidade dos passos Paradas ou Passos descontínuos 0-

Passos Contínuos 1

14. Direção Desvio Nítido 0-

Desvio leve ou moderado ou uso de 1

apoio Linha reta sem apoio (bengala 2

ou andador)

15. Tronco Balanço grave ou uso de apoio 0-

Flexão dos joelhos ou dorso, ou 1


abertura dos braços enquanto anda

Sem flexão, balanço, não usa os 2-


braços nem apoio

16. Distância dos tornozelos Tornozelos separados 0-

Tornozelos quase se tocam enquanto 1


anda
Fonte: TINETTI, 1986; GOMES, 2003 apud FREITAS, 2017.

ESCORE DA MARCHA 2/12


ESCORE TOTAL 6/28
Interpretação: quanto menor o escore, maior é o problema.
Escore < 19 pontos: alto risco de queda.
19 a 14 pontos: moderado risco de quedas (8 ALTO RISCO DE QUEDA).

TABELA 2- MINIEXAME DO ESTADO MENTAL


Orientação Ano 1-
temporal (qual é
o/a?) Mês 1-

Dia do mês 1

Dia da semana 1-
Hora 1

Orientação Local específico 1-


Especial (onde
estamos?) Local genético 1

Bairro ou rua Próxima 1-

Cidade 1-

Estado 1-

Memória imediata Nomear 3 objetos e pedir o paciente para o 3-


paciente repetir: “ carro, vaso, tijolo”

Em caso de erro, ensinar até o paciente


aprender (no máximo até 6 vezes)

Atenção e Cálculo Pedir para o paciente diminuir 7 de 100 (5 5


vezes sucessivas)

(Alternativa: soletrar a palavra “mundo” na


ordem inversa)

Memória de evocação Repetir 3 objetos ditos anteriormente 3

Linguagem Mostre um relógio e uma caneta e peça para 2-

nomear Peça para repetir: “ Nem aqui, nem


1–
ali, nem lá”.

Seguir o comando de 3 estágios: “Pegue este


papel com a mão direita, dobre-o no meio e 1-
coloque no chão”.
1-
Leia e execute a ordem: “ Feche os Olhos”.
1
Escrever uma frase
1
Copiar o desenho

Fonte: FOLSTEIN et al., 1975; BERTOLUCCI et al., 1994; BRUCKi et al., 2003 apud
Freitas, 2017
Interpretação: pontuação mínima de acordo com a escolaridade.

Interpretação:
Analfabetos: 20 pontos
1 a 4 anos de estudo: 25 pontos
5 a 8 anos de estudo: 28 pontos
9 a 11 anos de estudo: 28 pontos
Superior a 11 anos de estudo: 29 pontos
RESULTADO: 14 pontos

TABELA 3- CRITÉRIOS PARA AVALIAÇÃO DO DESENHO DO RELÓGIO


Avaliação: 10-6 (desenho do relógio e números estão corretos)

10. Ponteiros estão na posição correta

9. Leves distúrbios nos ponteiros

8. Distúrbios mais internos nos ponteiros ✔️


7. Ponteiros completamente errados

6. Uso inapropriado dos ponteiros (uso de mostrador ou circulando


números, apesar de repetidas instruções)

Avaliação: 5-1 (desenho do relógio e números incorretos)

5. Números em ordem inversa ou concentrados em determinada parte do relógio.


Ponteiros presentes de alguma forma.

4. Distorção da sequência numérica, números faltando ou colocados fora dos limites do


relógio.

3. Números e mostrador não mais conectados. Ausência de ponteiros.

2. Alguma evidência de ter entendido as instruções, mas o desenho apresenta


semelhança com um relógio. ✔️
1. Não tentou ou não conseguiu representar um relógio.
Fonte: SUNDERLAND et al., 1989 apud FREITAS, 2017
TABELA 4- ESCALA DE DEPRESSÃO GERIÁTRICA DE YESAVAGE

Perguntas Sim Não

Você esta basicamente satisfeito com sua vida? (10,4,1) 0 1 ´-

Você deixou muitos de seus interesses e atividades? (10,4) 1- 0


Você sente que sua vida está vazia? 1- 0

Você se aborrece com frequência? (10) 1 0-

Você se sente de bom humor na maior parte do tempo? (10) 0- 1

Você tem medo de alguma mal vá lhe acontecer? 1- 0

Você se sente feliz a maior parte do tempo? (10,4) 0 1-

Você sente que sua situação não tem saída? (10) 1- 0

Você prefere ficar em casa a sair e fazer coisas novas? (10,4) 1- 0

Você se sente com mais problemas de memória do que a maioria? 1- 0

Você acha maravilhoso estar vivo? 1- 0

Você se sente inútil nas atuais circunstâncias? (10) 1 0-

Você se sente cheio de energia? (10) 0 1-

Você acha que sua situação é sem esperança? 1- 0

Você sente que a maioria das pessoas está melhor do que você? 1- 0
(10)
Nota: as indicações 10, 4 e 1 que aparecem ao lado das questões indicam os itens
incluídos na GDS-10 (10 itens), GDS-4 (4 itens) e GDS-1 (1 item). Fonte: YESAVAGE e
BRINK, 1983; ALMEIDA E ALMEIDA, 1999 apud FREITAS, 2017

Interpretação: > 5 pontos: sugestiva de depressão


RESULTADO: 12 pontos

TABELA 5- AVALIAÇÃO DAS ATIVIDADES BÁSICAS DE VIDA DIÁRIA - ESCALA DE


KATZ
Instruções: para cada área de funcionamento listada a seguir, assinale a descrição que
se aplica (a palavra „ajuda‟ significa supervisão, orientação ou auxilio pessoal).
Independente (I); dependente (D)

1. Tomar banho (leito, banheira ou chuveiro)


( ) Não recebe ajuda (entra e sai da banheira sozinho, se este for o modo habitual de tomar
banho) ()Recebe ajuda para lavar apenas uma parte do corpo (como as costas ou uma das
pernas)
( D) Recebe ajuda para lavar mais de uma parte do corpo, ou não toma banho sozinho.
2. Vestir-se (pega roupa, inclusive peças íntimas, nos armários e gavetas, e manuseia
fecho, inclusive os de órteses e próteses, quando usadas)
( ) Pega as roupas e veste-se completamente, sem ajuda (I);
( ) Pega as roupas e veste-se sem ajuda, exceto para amarrar os sapatos (I);
( D) Recebe ajuda para pegar as roupas ou vestir-se, ou permanece parcial ou
completamente sem roupa;

3. Uso do vaso sanitário


()ida ao banheiro ou local equivalente para evacuar e urinar; higiene íntima e arrumação
das roupas)
( ) Vai ao banheiro ou lugar equivalente, limpa-se e ajeita as roupas sem ajuda (podem
ser objetos para apoio como bengala, andador ou cadeira de rodas e pode usar
comadre ou urinol à noite, esvaziando-o de manhã)
( ) Recebe ajuda para ir ao banheiro ou local equivalente, ou para se limpar ou para ajeitar
as roupas após evacuação ou micção, ou para usar a comadre ou urinol à noite;
( D) Não vai ao banheiro ou equivalente para eliminação fisiológica;

4. Transferências
( ) Deita-se e sai da cama, senta-se e levanta-se da cadeira sem ajuda (pode estar usando
objeto para apoio como bengala, andador)
( ) Deita-se e sai da cama e/ou senta-se e levanta-se da cadeira com
ajuda (D) Não sai da cama

5. Continência
( ) Controla inteiramente a micção e a evacuação;
( ) Tem “acidentes” ocasionais;
( D) Necessita de ajuda para manter o controle da micção e evacuação; usa cateter ou é
incontinente

6. Alimentação
(i ) Alimenta-se sem ajuda
( D) Alimenta-se sozinho, mas recebe ajuda para cortar carne ou passar manteiga no
pão ()Recebe ajuda para alimentar-se, ou é alimentado parcialmente ou completamente
pelo uso de cateteres ou fluidos intravenosos;
Fonte: KATZ et al., 1963; LINO et al., 2008 apud FREITAS, 2017

Interpretação

✔️
0: independente em todas as 6 funções
1: independente em 5 funções e dependente em 1 função
2: independente em 4 funções e dependente em 2 funções
3: independente em 3 funções e dependente em 3 funções
4: independente em 2 funções e dependente em 4 funções
5: independente em 1 função e dependente em 5 funções
6: dependente em todas as 6 funções
TABELA 6- AVALIAÇÃO DAS ATIVIDAD
ES BÁSICAS DE VIDA DIÁRIA - ÍNDICE DE BARTHEL.
Pontuação Atividade

1. Alimentação

10 pontos ✔️ Independente: capaz de usar qualquer


talher e de comer em tempo razoável

Ajuda: necessita de ajuda para passar


5 pontos manteiga, usar sal e pimenta etc.

Dependente: não consegue levar a comida do


prato à boca
0 ponto

2. Banho

5 pontos Independente: capaz de tomar banho


(esfregar-se) sozinho, em chuveiro ou
banheira;
0 ponto ✔️ Dependente: necessita de auxílio de outra
pessoa para o banho;

3. vestuário

10 pontos Independente: capaz de pegar as roupas


vestir-se, amarrar sapatos e despir-se;

Ajuda: necessita de ajuda, mas realiza pelo


5 pontos menos metade das tarefas em tempo
Razoável;
0 ponto ✔️ Dependente: necessita de ajuda, não
cumpre a condição anterior;

4. Higiene Pessoal

5 pontos Independente: capaz de lavar as mãos e o


rosto, escovar os dentes e barbear-se
sem ajuda;
0 ponto ✔️ Dependente: necessita de ajuda de outra
pessoa em qualquer uma das atividades do
item anterior;
5. Evacuações

10 pontos Continente: não apresenta incontinência,


consegue usar supositórios ou enemas
sozinho;

5 pontos ✔️ Incontinente ocasional: apresenta episódios


ocasionais de incontinência (acidentes) ou
necessita de ajuda para uso de supositórios
ou enemas;
0 ponto
Incontinente: apresenta incontinência fecal;

6. Micção

10 pontos ✔️ Continente: não apresenta incontinência.


Quando necessário, é capaz de lidar
sozinho com sonda vesical ou outro
dispositivo;
5 pontos Incontinente ocasional: apresenta
episódios ocasionais de incontinência
(acidentes) ou não consegue lidar, sem
ajuda, com sonda vesical ou outro
dispositivo;

7. Uso de Vaso sanitário

10 pontos Independente: usa o vaso sanitário ou urinol.


Senta-se e levanta-se sem ajuda, mesmo que
use barras de apoio. Limpa-se e veste-se sem
ajuda;
5 pontos
Ajuda: necessita de ajuda para manter o
equilíbrio, limpar-se e vestir-se;
0 ponto ✔️ Dependente: recebe auxílio direto de outra
pessoa ou não desempenha a função;

8. Passagem cadeira-cama
15 pontos Independente: não necessita de ajuda na
transferência. Caso use cadeira de rodas,
faz tudo sozinho;
10 pontos
Ajuda mínima: requer supervisão ou
apoio para efetuar transferência;
5 pontos
Grande ajuda: capaz de sentar, mas
0 ponto ✔️ necessita de assistência total para
passagem;

Dependente: incapaz de sentar-se e


incapaz de colaborar durante as
transferências

9. Deambulação

15 pontos Independente: capaz de caminhar sem ajuda


por pelo menos 50 m, mesmo com bengalas,
muletas, prótese ou andador;
10 pontos
Ajuda: capaz de caminhar por pelo menos 50
m, mas necessita de ajuda ou supervisão;
5 pontos
Independente em cadeiras de roda: capaz
0 ponto ✔️ de manobrar a cadeira de rodas e
movimentar-se por pelo menos 50 m;

Dependente: incapaz de caminhar ou usar


cadeiras de rodas conforme definido;

10. Escadas

10 pontos Independente: capaz de subir ou descer


escadas sem ajuda ou supervisão, mesmo
com muletas, bengalas ou apoio no corrimão
5 pontos
Ajuda: necessita de ajuda física ou
0 ponto ✔️ supervisão ao descer e subir escadas

Dependente: incapaz de subir escadas

Fonte: MAHONEY e BARTHEL, 1965;24 MINOSSO et al., 2010 apud FREITAS, 2017
INTERPRETAÇÃO

✔️
< 20 pontos: dependência total
20 a 35 pontos: dependência grave
40 a 55: dependência moderada
60 a 95 pontos: dependência leve
TABELA 7- AVALIAÇÃO DAS ATIVIDADES INSTRUMENTAIS DE VIDA DIÁRIA ESCALA
DE LAWTON
Atividade Pontuação

1. Capacidade para usar o telefone

É capaz de usar o telefone por 3


inciativa própria

É capaz de responder a ligações,


porém necessita de ajuda ou aparelho 2
especial para discar

Completamente incapaz de usar o 1 ✔️


telefone

2. Compras

É capaz de realizar todas as 3


compras necessárias sem ajuda
ou supervisão ;
2
Necessita de supervisão para fazer
compras;
1 ✔️
Completamente incapaz de fazer
compras, mesmo com supervisão;

3. Preparar Refeições

É capaz de preparar refeições sem 3


ajuda ou supervisão

É capaz de preparar refeições com 2


supervisão ou ajuda parcial

É incapaz de preparar refeições 1 ✔️


4.Tarefas Domésticas
É capaz de realizar todo o trabalho sem 3
ajuda ou supervisão

É capaz de realizar apenas


trabalho doméstico leve ou 2
necessita de ajuda ou supervisão

Incapaz de realizar qualquer


trabalho doméstico 1 ✔️

4.1 Trabalhos manuais e pequenos reparos na casa

É capaz de realizar trabalhos manuais 3


e pequenos reparos sem ajuda ou
supervisão

Realiza pequenos trabalhos com 2


ajuda ou supervisão

Incapaz de realizar trabalhos 1 ✔️


manuais e pequenos reparos na
casa

5.Lavar Roupas

É capaz de lavar toda sua roupa sem 3


ajuda ou supervisão

É capaz de lavar apenas peças 2


pequenas ou necessita de ajuda ou
supervisão
1 ✔️
Incapaz de lavar qualquer peça de roupa

6.Meio de Transporte
É capaz de dirigir carros ou viajar sozinho 3
de ônibus, trem, metrô e táxi

Necessita de ajuda e/ou supervisão


quando viaja de ônibus, trem, metrô e 2 ✔️
táxi

Incapaz de utilizar qualquer meio 1


de transporte

7.Manuseio de Medicação

É capaz de tomar toda e qualquer 3


medicação nos horários e nas doses
corretas sem supervisão

Necessita de lembretes e de supervisão 2 ✔️


para tomar a medicação nos horários e
nas doses corretas

É incapaz de tomar a medicação

8.Manuseio de Dinheiro

É capaz de administrar seus 3


assuntos econômicos, pagar
contas, manusear dinheiro,
preencher cheques 2
É capaz de administrar seus assuntos
econômicos, porém necessita de ajuda
com cheques e pagamentos de contas
1 ✔️
Incapaz de lidar com dinheiro

Fonte: LAWTON e BRODY, 1969;26 LAWTON, 1971; apud FREITAS, 2017.

✔️
INTERPRETAÇÃO
10 a 15 pontos: dependência grave
16 a 20 pontos: dependência moderada
21 a 25 pontos: dependência leve
25 a 27 pontos: independente
RESULTADO: 9 pontos, totalmente dependente.
TABELA 8- QUESTIONÁRIO DE PFEFFER PARA ATIVIDADES FUNCIONAIS.
Atividade Pontuação

1. Anote A Pontuação Como Se Segue

Sim, é capaz 0

Nunca fez, mas poderia fazer 0

agora Com alguma dificuldade, 1

mas faz 1

Nunca fez e teria dificuldade 2

agora Necessita de ajuda

Não é capaz 3

Fonte: PFEFFER et al., 1982;27 LEBRÃO e LAURENTI, 2005.28; apud FREITAS, 2017.

PERGUNTAS
1.Ele(A) é capaz de cuidar do seu próprio dinheiro? NÃO- 3
2.Ele(A) É capaz de fazer as Compras Sozinho(P.Ex.,De comida e roupa)? Não- 3
3.Ele(A) É capaz de esquentar água para café ou chá e apagar o fogo? Não- 2
4.Ele(A) é capaz de preparar comida? Não- 2
5.Ele(A) é capaz de manter-se a par dos acontecimentos e do que se passa na
vizinhança? Sim- 0
6.Ele(A) É capaz de prestar atenção, Entender e discutir um Programa de rádio,
Televisão ou um Artigo do jornal? Sim- 0
7.Ele(A) é capaz de lembrar de compromissos e acontecimentos familiares? Não- 2
8.Ele(A) é capaz de cuidar de seus próprios medicamentos? Não- 2
9.Ele(A) É capaz de andar pela vizinhança e encontrar o caminho de volta para casa?
Não- 2
10.Ele(A) é capaz de cumprimentar seus amigos adequadamente? Sim- 0
11.Ele(A) é capaz de ficar sozinho(A) em Casa sem Problemas? Não- 3

INTERPRETAÇÃO:
< 6 PONTOS: NORMAL
≥ 6 PONTOS: COMPROMETIDO
RESULTADO: 19 pontos

TABELA 9- MINIAVALIAÇÃO NUTRICIONAL.


A. O consumo de alimentos diminuiu nos
últimos 3 meses devido à perda de apetite,
problemas digestivos, dificuldades para
0.diminuição grave
1.diminuição moderada ✔️
mastigar ou deglutir? 2. não houve diminuição

B. Perda de peso nos últimos 2 meses 0. superior a 3kg


1. não sabe informar
2.entre1e3kg
3. não perdeu peso ✔️
C. Mobilidade ✔️
0. restrito ao leito ou à cadeira de rodas
1.deambula, mas é incapaz de sair de casa
sem ajuda
2.deambula normalmente e é capaz de sair
de casa sem ajuda

D. Teve algum estresse psicológico ou


doença aguda nos últimos 3 meses?
0. sim
2. não ✔️
E. Problemas neuropsicológicos 0. tem demência e/ou depressão grave
1.demência leve
2. sem problemas ✔️

F. Índice de massa corporal (IMC) 0. IMC < 19


[peso(kg)/altura(m) 2] 1. 19 ≤ IMC < 21

✔️
2. 21 ≤ IMC < 23
3. IMC ≥ 23
Fonte: Guigoz et al., 1994.29; apud FREITAS, 2017.

SUBTOTAL DA TRIAGEM = 11 pontos


11 ou menos pontos: risco de desnutrição – continuar avaliação
12 ou mais pontos: normal – sem risco de desnutrição – não há necessidade de
completar a avaliação.

AVALIAÇÃO GLOBAL
G. Vive independente e não está asilado 0. não
ou hospitalizado?
1. Sim ✔️
H. Faz uso de mais de 3 medicamentos 0. sim
por dia?
1. Não ✔️
I. Tem úlceras por pressão ou outras 0. sim
lesões de pele?
1. Não ✔️
J. Quantas refeições faz por dia? 0.1 refeição

1.2 refeições

2. 3 ou mais refeições ✔️
K. Consumo de proteínas Pelo Sim ___
menos 1 porção de leite ou derivado
são dia? Não___ ✔️
Pelo menos 2 ou mais porções de ovos
ou leguminosas por semana?
Sim__ ✔️
Não___

Carne, peixe ou aves todos os dias Sim___

Não___ ✔️
0,0. Nenhuma ou 1 resposta “sim”

0,5 .2 respostas “sim”

1,0. 3 respostas “sim”

L. Consome 2 ou mais porções de frutas 0. não


ou vegetais por dia?
1. Sim ✔️
M. Quantos copos de líquido ingere por dia? 0,0. Menos de 3 copos

0,5. 3 a 5 copos

1,0. Mais de 5 copos ✔️


N. Modo de se alimentar 0. incapaz de alimentar-se sozinho

1.alimenta-se sozinho, com dificuldade

✔️
2.sozinho sem dificuldade

O. O indivíduo acredita que tem 0. acha-se desnutrido


algum problema nutricional?
1. não sabe responder

2.acha que não tem problema nutricional ✔️


P. Em comparação com pessoas da 0,0. Pior
mesma idade, como o indivíduo avalia a
sua saúde? 0,5. Não sabe responder

1,0. Igual

2,0. Melhor ✔️
Q. Circunferência do braço (CB, cm): 0,0. CB < 21

0,5. 1 ≤ CB <

1,0. CB > 22 ✔️
R. Circunferência da panturrilha (CP, cm): 0.CP < 31

1.CP ≥ 31 ✔️
Fonte: Guigoz et al., 1994.29; apud FREITAS, 2017.

AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL


< 17pontos = Desnutrido
17a23,5pontos = Risco De Desnutrição
≥ 4pontos = Nutrido
RESULTADO: 16 pontos Risco de desnutrição
TABELA 10- APGAR DA FAMÍLIA E DOS AMIGOS
1. Está satisfeito e pode contar com 0: raramente
seus familiares (amigos) para
resolver seus problemas? 1:ocasionalmente ✔️
2: frequentemente

2. Está satisfeito com a maneira como 0: raramente


seus familiares (amigos) conversam e
compartilham os problemas com você? 1:ocasionalmente

2: frequentemente ✔️
3. Está satisfeito com a maneira com 0: raramente
o seus familiares (amigos) acatam e
apoiam suas vontades e decisões? 1:ocasionalmente

2: frequentemente ✔️
4. Está satisfeito com a maneira como 0: raramente
seus familiares (amigos) expressam
afeição e respondem às suas emoções,
como
1:ocasionalmente ✔️
raiva, sentimentos, desculpa, medo, 2: frequentemente
afeto?

5. Está satisfeito com a maneira como


você e seus familiares (amigos)
0: raramente ✔️
compartilham o tempo juntos?
1:ocasionalmente

2: frequentemente

Pontue a escala para os familiares e para < 3pontos: acentuada disfunção nas
os amigos separadamente relações familiares e de amizade

✔️
4 a 6 pontos: moderada disfunção nas
relações familiares e de amizade

Fonte: SMILKSTEIN, 1978.30; apud FREITAS, 2017.

RESULTADO: 6 pontos
9. SAE Sistematização Assistência Enfermagem
PROBLEMAS DIAGNÓSTICOS PRESCRIÇÃO DA RESULTA
DE ENFERMAGEM ASSISTÊNCIA DE DOS
SEGUNDO ENFERMAGEM ESPERAD
NANDA OS

-Paciente Mobilidade física -Solicitar avaliação da Paciente


acamada com prejudicada em idoso fisioterapia. com
desconforto e melhora no
dor Características -Orientar equipe e conforto do
definidoras : familiares sobre a paciente
importância da mudança
-Desconforto de decúbito a cada 2/2
horas.
Fatores Relacionados:
-Realizar hidratação da
-Força muscular pele com hidratantes
insuficiente e/ou óleos corporais em
todo corpo diariamente
enquanto necessário.

-Orientar elevar os
calcanhares
colocando-se
travesseiros macios
embaixo do tornozelo
para melhor circulação e
prevenção de edemas.

-Orientar a importância
de manter o paciente
seco e limpo,lençóis
esticados, trocando suas
fraldas sempre que
necessário, realizando
higienização e mantendo
o local sem umidade.

-Realizar higienização
após as trocas de fralda
com sabonete neutro e
água.

-Antes de realizar
procedimentos como
banho de leito , ou
procedimentos invasivos,
administrar analgesia
conforme prescrição
médica e avaliar a
eficácia.

-Registrar as condutas e
queixas em
prontuário e fazer a
evolução do paciente.

PROBLEM DIAGNÓSTICOS PRESCRIÇÃO DA RESULTADO


AS DE ASSISTÊNCIA DE S
ENFERMAGEM ENFERMAGEM ESPERADOS
SEGUNDO
NANDA
Dor Dor crônica em -Avaliar alterações de sinais Melhora no
abdominal idoso. vitais (pressão arterial,
quadro de dor
intensa Características temperatura, frequência
definidoras : cardíaca, frequência intensa
alteração no respiratória, spO2), a cada
parâmetro 04 horas.
fisiológico,
autorrelato da -Orientar o acompanhante
intensidade
a relatar à equipe de saúde
usando escala
qualquer alteração no
padronizada da
padrão da dor ou qualquer
dor, expressão
facial de dor. outra queixa que a paciente
condições apresentar.
associadas:
infiltração de -Realizar uma avaliação
tumor abrangente da dor
(duração, local, gravidade,
frequência)na escala de
avaliação da dor, (escala de
1 a 10).a cada 4/4 horas.

-Proporcionar ambiente
calmo, sem ruídos
estressores, e muita
movimentação.

-Administrar analgésicos
conforme prescrição
médica, avaliar a resposta
da medicação ao alívio da
dor.

-Registrar todas as queixas


e condutas em prontuário.

PROBLEMAS DIAGNÓSTICOS PRESCRIÇÃO DA RESULTADO


DE ASSISTÊNCIA DE S
ENFERMAGEM ENFERMAGEM ESPERADOS
SEGUNDO
NANDA

Obstrução Risco de volume de -Monitorizar os sinais Que o paciente


intestinal líquidos vitais do paciente não evolua
desequilibrados em
regularmente, incluindo para
idoso
temperatura, frequência desequilíbrio
Características cardíaca, pressão de líquidos
definidoras:
arterial e frequência
Obstrução intestinal respiratória.

Fatores
-Observar o abdômen
Relacionados:
do paciente para sinais
A serem de distensão ou
desenvolvidos sensibilidade.

-Verificar o
funcionamento intestinal
do paciente,
observando a presença
de flatulência ou
eliminação de fezes.

-Orientar o paciente a
realizar exercícios de
respiração profunda e
técnicas de relaxamento
para auxiliar no alívio da
dor e desconforto.
-Administrar
medicações prescritas
pelo médico, como
analgésicos para
controle da dor ou
medicamentos laxativos
para ajudar na
eliminação das fezes.
-Incentivar o paciente a
manter-se hidratado
através da ingestão
adequada de líquidos, a
menos que seja
contra-indicado.

-Monitorizar os níveis de
eletrólitos no organismo
do paciente, já que a
obstrução intestinal
pode afetar o equilíbrio
dos eletrólitos.

-Colaborar com a
equipe médica na
realização de exames e
procedimentos, como
radiografias abdominais,
tomografias
computadorizadas ou
cirurgias, se necessário.

-Orientar o paciente e
seus familiares sobre a
importância de seguir as
instruções médicas,
incluindo a necessidade
de repouso e dieta
adequada.

-Proporcionar conforto e
apoio emocional ao
paciente, especialmente
durante períodos de dor
ou ansiedade..

10. RESULTADOS E DISCUSSÕES

10.1 Comparação da literatura com o contexto social:

É notório observarmos condutas errôneas especialmente quando voltados para a


população idosa, no entanto, no caso clínico apresentado podemos analisar algumas
situações que representam como realmente acontece dentro do nosso contexto social,
sendo uma maneira muito diferente do que a literatura traz.
Segundo o Tratado de Geriatria, é importante tratarmos a população geriatra da maneira
mais humana possível, assegurando que suas falas e desejos sejam atendidos,
conseguindo assim, aumentar a independência desses indivíduos. Porém, como
apresentado no caso clínico, a paciente manifestou inúmeros sintomas sugestivos de
algum problema grave, como: Náuseas persistentes, vômitos e dor abdominal intensa.
No entanto, segundo a avaliação da equipe de enfermagem, ela não apresentava nada de
relevante, negligenciando não apenas sintomas físicos, como também diminuindo a
autoridade e deslegitimando as queixas que a paciente fez, estando ligado diretamente a
iatrogenia, que por sua vez refere-se aos danos ou efeitos adversos causados aos
pacientes como resultado direto ou indireto de intervenções médicas.
Por outro lado, a ergonomia é o estudo da interação entre os seres humanos e seu
ambiente de trabalho, com o objetivo de otimizar a eficiência, segurança e bem-estar dos
indivíduos, porém, embora a relação direta entre iatrogenia e ergonomia possa não ser
óbvia, existe uma conexão indireta entre os dois conceitos, tornando-se fundamental uma
adequada aplicação dos princípios de ergonomia nos cuidados de saúde a fim de auxiliar a
minimizar os riscos de iatrogenia.
Tais princípios podem ser caracterizado por projetar espaços de trabalho adequados para
os profissionais de saúde, considerando fatores como a disposição dos equipamentos, a
altura das superfícies de trabalho e o acesso fácil aos recursos necessários, sendo possível
reduzir erros, como lesões relacionadas à movimentação ou problemas de postura que
possam afetar a qualidade do atendimento.
Além disso, a ergonomia também pode influenciar a forma como os profissionais de saúde
interagem com os registros eletrônicos e outras tecnologias de informação, e uma má
organização das informações podem levar a erros de prescrição, falta de comunicação
adequada, dificuldades na interpretação dos dados, invalidação de queixas sobre dor e/ou
outros sintomas feitos pelo paciente, aumentando o risco de iatrogenia.
Em resumo, a aplicação correta dos princípios de ergonomia no ambiente de trabalho dos
profissionais de saúde pode contribuir para a prevenção de erros e a redução da iatrogenia,
melhorando a segurança e a qualidade dos cuidados de saúde ofertados aos indivíduos,
especialmente quando se trata da população geriatra, uma vez que na maioria dos casos
essa população tem suas falas menosprezadas por todos os profissionais de saúde, não
apenas da equipe de Enfermagem, acarretando assim graves problemas durante suas
internações nas unidades hospitalares.

11. CONCLUSÃO

Conclui-se que o nosso trabalho aborda a importância da prevenção de iatrogenias e de


morbidade no idoso, além da monotonia do trabalho dos profissionais de saúde em relação
à ergonomia. Destaca-se a necessidade de compreender as necessidades e características
específicas dos idosos para prevenir esses problemas. Os profissionais de saúde devem
estar conscientes dos riscos envolvidos no cuidado aos idosos e adotar práticas seguras
baseadas em evidências. A falta de atenção à ergonomia pode levar a problemas de saúde
e diminuição da qualidade do atendimento. Portanto, é fundamental promover a
conscientização sobre a importância da ergonomia no ambiente de trabalho. Medidas como
capacitação, sensibilização, educação continuada, pesquisa e implementação de políticas
são necessárias para garantir a segurança e bem-estar tanto dos profissionais quanto dos
idosos. A prevenção de iatrogenias, morbidade no idoso e a atenção à ergonomia
demandam uma abordagem multidisciplinar e ações integradas para promover um cuidado
de qualidade e melhorar a saúde e bem-estar dos idosos.

12. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria-Executiva. Coordenação-Geral de Gestão de


Pessoas. Cartilha de Ergonomia : aspectos relacionados ao posto de trabalho; Brasília;
2020. Disponível em:<https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cartilha_ergonomia.pdf>.
. Acesso em: 28 de nov. de 2023.

SOU ENFERMAGEM, 2023. Iatrogenia em idoso. Disponível em:


<https://www.souenfermagem.com.br/saude-e-bem-estar/iatrogenia-no-idoso/>. Acesso em:
28 de nov. de 2023

CLINIMED. Monotonia e repetitividade: qual sua relação com a ergonomia?.Disponível


em:<https://clinimedjoinville.com.br/monotonia-e-repetitividade-qual-sua-relacao-com-a-erg
onomia/>. Acesso em: 28 de nov. de 2023.

DUARTE, Paulo de Oliveira; AMARAL, José Renato G. Geriatria prática clínica.


Barueri [SP]: Manole, 2020. ISBN 9788520458709 (disponível na biblioteca virtual da
UNIVALE / portal do aluno)

ANSARI, Parshwa. Perfuração do trato digestivo. Mnual MSD, 2023.Disponível em:


<https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-digestivos/emerg%C3%AAnci
as-gastrointestinais/perfura%C3%A7%C3%A3o-do-trato-digestivo>. Acesso em 27 nov
2023.

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