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UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO

CAMPUS GUARULHOS
CURSO DE MEDICINA
SAÚDE COLETIVA E ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE
PROFESSORES: CLEITON EDUARDO FIÓRIO E ANDRÉIA LUCIANA S. SILVA

RESENHA

CONSIDERAÇÕES SOBRE A EPIDEMIOLOGIA NO CAMPO DE PRÁTICAS DE


SAÚDE AMBIENTAL
Larissa Aguiar Mota (RA:1020100017)

PALÁCIOS, Marisa; CÂMARA, Volney de Magalhães; JESUS, Iracina Maura de.


Considerações sobre a epidemiologia no campo de práticas de saúde ambiental.
Epidemiologia e Serviços de Saúde, v. 13, n. 2, p. 103-113, 2004.

O artigo “Considerações sobre a epidemiologia no campo de práticas de


saúde ambiental” traz informações e discussões importantes sobre o campo
epidemiológico e a saúde ambiental, mostrando a relevância desses assuntos em
desempenhar um papel crucial na saúde, trazendo dados, que no meio ambiental,
vão permitir a identificação e análise de riscos à saúde associados ao ambiente.
Para isso o texto traz diversos desafios que existem para garantir às gerações
futuras um ambiente mais saudável, principalmente devido ao fato de ser um
problema intersetorial e de grande complexidade, envolvendo não só uma
população, mas sim os Estados do mundo inteiro, levando em conta um contexto
político, econômico e social.

No Brasil, por exemplo, como forma de auxiliar na tomada de decisões e


padronizar o sistema, o governo implantou a Vigilância Ambiental em Saúde, que
abrange um conjunto de ações e estratégias, visando fornecer compreensão e
detecção de quaisquer mudanças nos determinantes e moderadores ambientais que
interfiram na saúde humana, identificando medidas de prevenção e controle de
fatores de risco ambientais associados a doenças ou outros problemas de saúde.
Isso tudo foi estabelecido no intuito de levar informações ao governo e a população,
trazendo uma questão interdisciplinar, fazendo uso da epidemiologia, que oferece
dados à produção de informações acerca de saúde da população, tanto em
quantidade como em qualidade, estudando a distribuição e os determinantes do
estado de saúde e doença.

Para elucidar e refletir sobre o tema, o artigo traz alguns exemplos, como uma
epidemia de diarreia, que possui diversos elementos componentes dessa situação,
levando em conta o esgoto daquela região, o nível socioeconômico da população,
grau de escolaridade, o acesso a informações de higiene e proteção à saúde, além
de diversos outros fatores importantes para compreender os problemas, que só
conseguirão ser adequadamente solucionadas se considerados os sistemas
complexos em em que estão inseridos. Por isso a importância da intersetorialidade e
da abordagem multidisciplinar, buscando entender os riscos ambientais em diversas
esferas, devido a grande complexidade dos estudos sobre a relação saúde-
ambiente.

Em relação a epidemiologia é destacado que além de calcular o risco devido


à exposição a determinados poluentes ambientais, ela também deve implementar
programas de intervenção e redução de riscos. Porém para que isso ocorra existem
alguns desafios, como: a especificidade do objeto (desde a sua extração até a o seu
destino final na forma de resíduo), a complexidade das situações de risco
(especificidade metodol gica dos estudos nessa rea) e a interdisciplinaridade. Além
disso, existe um ponto muito importante que é a informação em saúde, sendo
indispensável para qualquer atividade em vigilância, possibilitando assim
implementação de programas de prevenção e controle, a partir de dados de saúde e
ambientais, em um processo de consolidação de informações, estabelecendo
indicadores sobre os riscos ambientais à saúde humana.

Por fim, o artigo termina ressaltando que para que Vigilância Ambiental em
Saúde possa atuar de maneira efetiva é necessário que o sistema de informação, a
constituição de uma equipe multiprofissional e participação entre os diferentes
setores (tanto governamentais quanto da própria população) atuem de maneira
conjunta, sendo fundamental a articulação de saberes de diversa áreas e


principalmente com a participação da população, para que assim as ações de
vigilância em saúde sejam efetivas e possam não só prevenir os agravos, mas
principalmente promover a saúde com eficiência, auxiliando em um desenvolvimento
sustentável e permitido que a gerações futuras possam ter acesso a isso também.

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