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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS - UEA
PLANO NACIONAL DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES – PARFOR
LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
SÃO PAULO DE OLIVENÇA - AMAZONAS
SUMÁRIO
Referencial Bibliográfico
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Unidade 1
ADE 1
Esta unidade tem por objetivos:
Avaliação (P 1)
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UNIDADE 1 –
Tópico 1 - Os processos de saúde e doença;
1.1 INTRODUÇÃO:
Prezado acadêmico (a), nesse tópico você entrará em contato com algumas
teorias e discussões, em torno das quais importantes relações se estabelecem
entre a Nutrição, a Saúde e a Saúde, possibilitando que você consiga tecer
considerações a cerca da temática em questão.
Refletir sobre a qualidade da saúde pública encontrada em seu município ou em
qualquer lugar do mundo, tem se tornado um componente relevante para
promover o bem estar social do individuo e da sociedade como um todo, pois
“não basta cuidar da saúde para prolongar a vida; é necessário conhecer o
ambiente para que os anos que se ganham sejam vividos com a melhor
qualidade possível” (OLIVEIRA et al, 2016). É nesse sentido que precisamos
entender que a nossa saúde depende do ambiente em que convivemos, pois
segundo o Caderno Temático do Programa Saúde na Escola (pág. 6), podemos
afirmar que:
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O meio ambiente pode estar relacionado com a saúde de diversas formas, ou seja,
com os vários ambientes que podem ser: natural, artificial, cultural, do trabalho e
patrimônio genético; como a casa, o rural e o urbano, as florestas, os rios e os
oceanos. É no meio ambiente que estão os suportes à vida, como o ar, os alimentos,
a água para uso e consumo humano, os combustíveis, os compostos bioquímicos, o
clima, os solos; e também os benefícios não materiais obtidos dos ecossistemas, como
o lazer, os aspectos culturais, entre outros. Toda ação humana tem, em maior ou
menor intensidade, impactos positivos e negativos sobre o meio ambiente. A Saúde
Ambiental compreende a área da saúde pública relacionada à interação entre a saúde
humana e os fatores do meio ambiente natural e do ambiente alterado pelas
atividades humanas que a determinam, condicionam e influenciam, com vistas a
melhorar a qualidade de vida do ser humano, sob o ponto de vista da
sustentabilidade. Em resumo, a Saúde Ambiental é descrita como parte da Saúde
Pública que se ocupa das formas de vida, das substâncias e das condições em torno
do homem que podem exercer alguma influência sobre sua saúde e seu bem-estar. A
vulnerabilidade às doenças, a exposição ambiental e seus efeitos sobre a saúde
distribuem-se de maneira diferente a depender dos indivíduos, das regiões e dos
grupos sociais, e relacionam-se com a pobreza, o modelo de desenvolvimento social
e econômico, a cultura, a organização do território e o nível educacional, por exemplo.
As atividades produtivas, em especial, alteram o ambiente de maneira mais
significativa, gerando exposição humana a possíveis efeitos negativos à saúde. A
exposição aos fatores condicionantes e determinantes do meio ambiente não afetam
todas as pessoas da mesma forma, causando então os efeitos adversos sobre a saúde,
que variam conforme as suas características individuais (hábitos, predisposições,
características genéticas, entre outros) e sociais (classe social, renda, escolaridade,
entre outros.
Cabe à saúde assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar para todos, em
todas as idades a partir da definição de um conjunto de metas que tornem factível o
alcance da agenda central da Organização das Nações Unidas (ONU) para estabelecer,
implementar e monitorar os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) para o
período de 2015 a 2030. No âmbito das ações do setor saúde, essa concepção que
engloba a exposição ambiental e seus efeitos sobre a saúde, e que tem um olhar
ampliado sobre o que condiciona e determina a saúde das pessoas, orienta o trabalho
e a atuação da Vigilância em Saúde em articulação com a Atenção Primária à Saúde
(APS), por meio de seus sistemas e redes, entre outros. Ao considerar os aspectos de
natureza econômica, social, ambiental, cultural, política e suas mediações, a Vigilância
em Saúde fomenta a capacidade de identificar onde e como devem ser feitas as
intervenções de maior impacto no território, visando à promoção da saúde. Assim, a
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Vigilância em Saúde Ambiental (VSA), uma das áreas da Vigilância em Saúde, deve se
organizar e orientar a população com base nos modelos locais de produção, da
organização política, territorial, ambiental, social e cultural. As estratégias de
integração relacionadas à organização no território e ao processo de trabalho das
equipes que atuam na VSA e na APS têm como objetivo possibilitar uma nova prática
com foco no cuidado ao indivíduo, à família e considera o ambiente que os rodeia.
Nesse sentido, a Política Nacional de Vigilância em Saúde (PNVS) é orientadora, com
diretrizes para a integração e alcance dos direitos da população à saúde integral e no
cumprimento dos princípios e das diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS).
(CADERNO TEMÁTICO DO PROGRAMA SAÚDE NA ESCOLA, MINISTÉRIO DA SAÚDE E
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO, 2022, p. 6-7).
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2.3.1 MERCÚRIO
As emissões de mercúrio para o meio ambiente podem ser naturais ou por ação do
homem. As emissões naturais decorrem de transformações da crosta terrestre, das
atividades vulcânicas e da evaporação de corpos-d’água. Já as causadas pelo homem
ocorrem por meio da extração do mercúrio e seu emprego em atividades econômicas
que provocam desequilíbrios ambientais, especialmente quando da disposição
inadequada dos resíduos industriais. Os microrganismos presentes nas áreas
contaminadas convertem os resíduos de mercúrio inorgânico em metilmercúrio, que
é capaz de se acumular ao longo das cadeias alimentares. Desse modo, os animais do
topo da cadeia alimentar, entre eles o homem, acumulam altos teores de
metilmercúrio à medida que se alimentam de seres contaminados, podendo vir a
desenvolver problemas de saúde. Entre os efeitos tóxicos ao organismo humano, o
mercúrio pode afetar o sistema nervoso central e periférico (crianças, fetos e grávidas
são mais vulneráveis a esse agravo), respiratório, cardiovascular, gastrointestinal,
renal, além de serem corrosivos à pele e aos olhos.
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2.3.2 AMIANTO
O amianto ou asbesto é um grupo de fibras minerais compostas por silicatos de
magnésio, ferro, sódio ou cálcio. Essas fibras ocorrem naturalmente em determinadas
rochas, podendo estar incrustadas ou visíveis (“rochas cabeludas”). Historicamente,
essas fibras têm sido amplamente utilizadas pelas indústrias devido à sua abundância
natural, resistência mecânica e térmica; isolamento elétrico; baixa condutividade
térmica; durabilidade; flexibilidade, entre outras, sendo utilizadas na fabricação de
quase 3.000 produtos industriais, como telhas, caixas-d’água, pastilhas e lonas para
freios de automóveis. O Brasil está entre os cinco maiores utilizadores e fornecedores
de amianto do mundo, com produção média de 250.000 toneladas/ano. Atualmente,
a produção com amianto é proibida em mais de 60 países. O primeiro país a banir o
uso do amianto em 1982 foi a Finlândia, seguida pela Itália em 1992. Segundo a
Organização Mundial da Saúde (OMS), o amianto é o causador de aproximadamente
100 mil mortes por ano (ORGANISATION MONDIALE DE LA SANTÉ, 2016). A exposição
ao amianto, pode resultar em diversas formas de doenças pulmonares , entre elas:
asbestose, câncer de pulmão, mesotelioma maligno de pleura e peritônio. Todas as
formas e tipos de amianto são cancerígenos.
2.3.3 CHUMBO
As emissões de chumbo no meio ambiente podem ser naturais ou produzidas pelo
homem. As emissões naturais decorrem das emissões vulcânicas, da decomposição
das rochas e de emissões do mar. Já as produzidas pelo homem se devem à intensa
utilização desse metal pela indústria nos últimos séculos, liberando chumbo no ar, no
fundo dos rios e no solo. As fábricas de bateria são, no Brasil, o caso mais sério de
intoxicação por chumbo, principalmente porque há acumuladores espalhados por
todo País, muitas vezes nos quintais das casas e sem qualquer medida de prevenção.
A contaminação do meio ambiente com chumbo pode decorrer, ainda, de acidentes
e da destinação inadequada de resíduos. Essa substância é capaz de persistir no solo
e no fundo de rios durante várias décadas. Como consequência disso, há acumulação
de chumbo ao longo das cadeias alimentares: os animais do topo da cadeia, entre eles
o homem, acumulam altos teores de chumbo à medida que se alimentam de seres
contaminados, podendo desenvolver problemas de saúde. Os diversos danos à saúde
ocasionados pelo chumbo ocorrem nos sistemas nervoso (com crianças e fetos mais
vulneráveis aos agravos), renal, auditivo, hematológico (anemia) e metabólico, entre
outros.
2.3.4 BENZENO
O benzeno é uma substância química que se apresenta na forma de um líquido
incolor, volátil, inflamável e de cheiro adocicado. Suas principais fontes são a cadeia
de extração/refino do petróleo, as indústrias siderúrgicas (por meio do gás de
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1.1 INTRODUÇÃO
Prezado acadêmico (a), neste tópico iremos refletir sobre saúde coletiva e
saneamento básico, discutindo a problemática ambiental associada aos
problemas da saúde coletiva e saneamento básico vivenciados em nosso
cotidiano, principalmente resultante das atitudes consumistas da sociedade atual
e das práticas alimentares que promovem o aumento da poluição e o consumo
exagerado de alimentos com açúcares, gorduras e sal. No Brasil, os serviços
básicos de saúde individual e coletiva, são realizados pelo SUS, pois
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O capítulo 3 que traz orientações sobre como combinar alimentos na forma de refeições.
Essas orientações se baseiam em refeições consumidas por uma parcela substancial da
população brasileira que ainda baseia sua alimentação em alimentos in natura ou
minimamente processados e em preparações culinárias feitas com esses alimentos.
O capítulo 4 que traz orientações sobre o ato de comer e a comensalidade, abordando
as circunstâncias – tempo e foco, espaço e companhia – que influenciam o
aproveitamento dos alimentos e o prazer proporcionado pela alimentação.
O capítulo 5 examina fatores que podem ser obstáculos para a adesão das pessoas às
recomendações deste guia – informação, oferta, custo, habilidades culinárias, tempo e
publicidade – e propõe para sua superação a combinação de ações no plano pessoal e
familiar e no plano do exercício da cidadania. As recomendações deste guia são
oferecidas de forma sintetizada em “Dez Passos para uma Alimentação Adequada e
Saudável”. Em uma seção final, são relacionadas sugestões de leituras adicionais,
organizadas por capítulos, as quais aprofundam os temas abordados e discutidos neste
material. (MINISTÉRIO DA SAÚDE. GUIA ALIMENTAR DA POPULAÇÃO BRASILEIRA, 2014,
Pág. 4-15)
1.Introdução:
Segundo o Guia Alimentar para a População Brasileira (2014), os padrões de
alimentação estão mudando rapidamente na grande maioria dos países e, em
particular, naqueles economicamente emergentes. As principais mudanças
envolvem a substituição de alimentos in natura ou minimamente processados de
origem vegetal (arroz, feijão, mandioca, batata, legumes e verduras) e
preparações culinárias à base desses alimentos por produtos industrializados
prontos para consumo. Essas transformações, observadas com grande
intensidade no Brasil, determinam, entre outras consequências, o desequilíbrio
na oferta de nutrientes e a ingestão excessiva de calorias. Na maioria dos países
e, novamente, em particular naqueles economicamente emergentes como o
Brasil, a frequência da obesidade e do diabetes vem aumentando rapidamente.
De modo semelhante, evoluem outras doenças crônicas relacionadas ao
consumo excessivo de calorias e à oferta desequilibrada de nutrientes na
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LEITURA COMPLEMENTAR:
MAIS DE 170 CANDIDATURAS ELEITAS SE
COMPROMETERAM COM A PROMOÇÃO DA
AGROECOLOGIA
A Articulação Nacional da Agroecologia (ANA) informou nesta segunda-feira (30) que 172
candidaturas que aderiram à campanha "Agroecologia nas Eleições" foram eleitas em 2020.
Destas, 47 estarão à frente de prefeituras e 125 ocuparão cargos no Legislativo municipal.
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O número representa quase 14% dos 1.240 candidatos que assinaram a carta-compromisso
elaborada pela ANA, com 36 propostas de políticas de apoio à agricultura familiar e à
agroecologia e de promoção da soberania e segurança alimentar e nutricional nos municípios.
A campanha, que norteou a elaboração de planos de governo, priorizou iniciativas que
dependem apenas de vontade política local para sair do papel.
A região Nordeste lidera em número de candidaturas signatárias eleitas ao Legislativo, com
45, e ao Executivo, com 28. No ranking dos estados com mais vereadores eleitos
comprometidos com a agroecologia, a Bahia aparece em primeiro lugar com 14, seguida por
Rio de Janeiro, Minas Gerais e Santa Catarina, com 11 vereadores cada, Rio Grande do Sul,
com nove, Paraná, com oito, e São Paulo, com sete.
"A gente ficou bastante satisfeito com o resultado desse esforço. Do total de adesões, quase
a metade foram candidatas mulheres, a vereadoras e prefeitas", comemora Flavia Londres,
que integra a Secretaria Executiva da ANA. "O resultado é bastante expressivo, significativo,
e coloca uma responsabilidade muito grande para a gente, de seguir em diálogo com os recém
eleitos para construirmos juntos as políticas do futuro. Parabenizamos as candidaturas e
agradecemos a militância do movimento agroecológico, que fez um trabalho belíssimo."
Além dos seis prefeitos eleitos no primeiro turno, a ANA celebrou no último domingo (29) a
vitória em 2º turno de outros quatro signatários da carta-compromisso: Edmilson Rodrigues
(PSOL), prefeito eleito em Belém (PA), Margarida Salomão (PT), em Juiz de Fora (MG), Sérgio
Vidigal (PDT), em Serra (ES), e Arthur Henrique (MDB), eleito em Boa Vista (RR).
O cálculo ainda não inclui o resultado eleitoral em Macapá (AP), que teve as eleições adiadas.
Lá, o candidato João Paulo Capiberibe (PSB) também firmou compromisso com a
agroecologia.
Edição: Rebeca Cavalcante
Disponível em: https://www.brasildefato.com.br/2020/11/30/mais-de-170-candidaturas-
eleitas-se-comprometeram-com-a-promocao-da-agroecologia. Acesso em: 23 jun. 2023.
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AVALIAÇÃO 1 (P1)
Com base nas abordagens realizadas na Unidade 1, organize um texto
dissertativo (no mínimo 10 linhas) com base no seguinte tema:
Questão 1 - SANEAMENTO BÁSICO E SAÚDE COLETIVA: como essa
realidade se apresenta em meu local de moradia?
Questão 2 – Disserte sobre a importância do Guia Alimentar para
população Brasileira e sua colaboração para a saúde, nutrição e
educação de milhares de brasileiros.
IMPORTANTE: Não esqueça que em seu texto, você pode se amparar nas
ideias dos autores trabalhados na Unidade 1, mas não se aproprie dos
parágrafos. Faça as citações de modo correto para que seu trabalho não perca
a autenticidade e nem seja considerado plágio.
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Unidade 2
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UNIDADE 2
2.1 INTRODUÇÃO:
Prezado (a) acadêmico (a), estamos iniciando a segunda Unidade de nossa
apostila com o propósito de refletirmos sobre as políticas públicas de SAN que
necessitam ser trabalhadas no ambiente escolar, com o propósito de exaltar a
importância da soberania alimentar, visualizando o alimento como a cultura de
um povo, com base no que emana da legislação de SAN vigente em nosso país.
É importante que não esqueçamos o quanto esse trabalho deve se concretizar
mediante a utilização o uso de temas interdisciplinares que são encontrados na
BNCC e nos PCNs, nos remetendo a uma temática que envolve abordagens
nutricionais que envolvem saúde e educação em um trabalho intersetorial, no
sentido de colocar em prática o DHAA – Direito Humano a Alimentação
Adequada, tendo como amparo legal as ações promovidas pelo PNAE. No texto
de Valéria Burity (2010), podemos ampliar nossas reflexões sobre o processo
intrínseco que se apresenta estabelecido entre o DHAA e o estabelecimento de
políticas públicas de Segurança Alimentar e Nutricional (SAN):
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de cada cultura. Esse princípio relaciona-se com o direito de todos de participar das decisões
políticas de seu país, cujos governantes devem agir de forma livre e soberana e de acordo
com os direitos fundamentais de seus habitantes. É por meio da política de SAN, articulada
a outros programas e políticas públicas correlatas, que o Estado deve respeitar, proteger,
promover e prover o Direito Humano à Alimentação Adequada. Este direito, que se constitui
obrigação do poder público e responsabilidade da sociedade, alia a concepção de um estado
físico ideal - estado de segurança alimentar e nutricional - aos princípios de direitos humanos
tais como dignidade, igualdade, participação, não discriminação, entre outros. Portanto,
quando se fala em Segurança Alimentar e Nutricional refere-se à forma como uma sociedade
organizada, por meio de políticas públicas, de responsabilidade do Estado e da sociedade
como um todo, pode e deve garantir o DHAA a todos os cidadãos. O exercício do DHAA
permite o alcance, de forma digna, do estado de segurança alimentar e nutricional e da
liberdade para exercer outros direitos fundamentais. Assim, o que se pode observar é que
todos os conceitos apresentados acima - política de SAN, estado de segurança alimentar e
nutricional, soberania alimentar e DHAA - se relacionam. O DHAA é um direito humano de
todos e a garantia da Segurança Alimentar e Nutricional para todos é um dever do Estado e
responsabilidade da sociedade.
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Stolarski, (2005) destaca que o sucesso dos programas de saúde escolar requerem
uma parceria eficaz entre os Ministérios da Educação e da Saúde, entre professores e
trabalhadores da saúde. O setor da saúde tem a responsabilidade da saúde das crianças, mas
o setor da educação é responsável pela implementação e muitas vezes pelo financiamento
dos programas escolares. Estes setores precisam de identificar e definir responsabilidades
e desenvolver um plano de ação coordenadapara aperfeiçoar os resultados no âmbito da
saúde e da aprendizagem para as crianças.
A proposta de promoção da saúde, atualmente bastante disseminada no Brasil,
tem sido experimentada no âmbito de programas de organizações governamentais e não-
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2.2 Introdução
Neste tópico iremos nos dedicar à descrição de práticas alimentares que trazem
as influências culturais que se encontram nas raízes do processo de formação
populacional de nosso país, envolvendo uma análise da diversidade cultural
advinda das influências de brancos, negros e principalmente, de indígenas.
Serão contemplados aspectos como as ideias nativas sobre a alimentação,
produção e obtenção de alimentos, sazonalidade e transformações nas práticas
alimentares, que acontecem a partir de alguns conceitos presentes no senso
comum. É importante passar a discutir essas temáticas, refletindo sobre as
limitações das generalizações e situando nossas reflexões no panorama da
ampla heterogeneidade que caracteriza as sociedades indígenas do nosso país.
Em primeiro lugar, é importante pensar em alimentação indígena reportando-se,
antes de tudo, à imensa diversidade que caracteriza as sociedades indígenas.
Isso quer dizer que não podemos dizer simplesmente “como os índios se
alimentam”, uma vez que existem no Brasil muitos povos indígenas cujos hábitos
são, muitas vezes, diferentes entre si. Essa heterogeneidade, no entanto, não
se limita às práticas alimentares, mas estende-se aos demais aspectos de suas
vidas. Além disso, há que se considerar que o contato com novos hábitos e
práticas trouxe novos elementos para a alimentação desses povos, em um
processo que também varia de um lugar para outro. A palavra-chave aqui é,
novamente, diversidade. Sobre a importância de pensarmos em projetos de
SAN que valorizem a cultura regional, podemos apresentar como exemplo:
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12 práticas inovadoras concorrentes, divididas em duas finalistas para cada uma das seis
categorias. A Catrapoa leva à premiação o tema Alimentação Regionalizada nas Escolas, e é
uma das práticas escolhidas como finalista da categoria Ministério Público, que na edição
deste ano recebeu 115 práticas inscritas. Criada em 2016, a Catrapoa vem atuando como um
fórum permanente que envolve dezenas de órgãos públicos das três esferas de governo,
representantes de entidades não-governamentais e lideranças indígenas e agroextrativistas.
Funciona como o principal catalizador das discussões, articulações e ações em torno da
temática de alimentação tradicional no estado, sob a coordenação do 5º Ofício do MPF no
Amazonas.
Com enfoque nos povos indígenas, quilombolas e demais populações tradicionais, a Catrapoa
promove a compra de alimentos produzidos localmente, inclusive peixe e farinha, por
pequenos agricultores, incluindo aldeias indígenas, para melhorar a qualidade da merenda
escolar das crianças em escolas públicas no Amazonas. Ao mesmo tempo em que favorece a
dieta das crianças, respeitando a cultura e tradições alimentares, estimula a melhoria de
renda dos pequenos produtores e aldeias, incentivando a economia local de forma
sustentável em áreas onde garimpo ilegal, desmatamento de terras indígenas e de territórios
tradicionais podem proliferar. Notas técnicas expedidas a partir do trabalho desenvolvido na
Catrapoa em 2017 e 2020 passaram a permitir a compra de proteínas e vegetais processados
(peixe, frango, farinha, polpas) diretamente das comunidades e aldeias em todo o país, sem
entraves sanitários descontextualizados da cultura desses povos. Também a Lei 14.021/2020,
editada em julho deste ano, inseriu o entendimento apresentado nas notas técnicas nas
compras públicas realizadas dos povos tradicionais durante a pandemia, de modo a gerar
segurança alimentar. Tais avanços permitem agora a replicação da experiência do Amazonas
em todo o Brasil.
A Catrapoa, por meio dos diversos parceiros participantes do Poder Público e da sociedade
civil, promove oficinas de sensibilização e capacitação de produtores e gestores, e auxilia na
redução de gastos de recursos públicos com a logística das mercadorias que abastecem as
escolas, pois são compradas próximo ao consumo. Ainda beneficia o meio ambiente ao
colaborar com a redução no uso de combustíveis e de lixo industrializado nas aldeias. A partir
do trabalho desenvolvido pela comissão, foi possível viabilizar a compra de produtos da
agricultura familiar em pelo menos 50 municípios de um total de 62, com compra direta das
aldeias em pelo menos 15 municípios. O resultado da premiação será divulgado em 1º de
dezembro durante a cerimônia do Prêmio Innovare. Sobre o prêmio – Criado em 2004, o
Prêmio Innovare tem como objetivo identificar e difundir práticas que contribuam com a
Justiça no Brasil. Em sua 17ª edição, destaca iniciativas da área jurídica desenvolvidas por
advogados, defensores, promotores, procuradores, magistrados, entre outros
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profissionais. Ao longo de todas as edições, 226 práticas de todas as regiões do país, entre
mais de 7 mil trabalhos, já foram premiadas.
Assessoria de Comunicação
Procuradoria da República no Amazonas
(92) 2129-4700
pram-ascom@mpf.mp.br
facebook.com/mpfamazonas
twitter.com/mpf_am
2.3 INTRODUÇÃO
Educar e aprender são fenômenos que envolvem todas as dimensões do ser
humano e, quando isso deixa de acontecer, produz alienação e perda do sentido
social e individual no viver. É preciso superar as formas de fragmentação do
processo pedagógico, em que os conteúdos não se relacionam, não se integram
e não se interagem. Por esse motivo, a importância deste material orientador da
Série Temas Contemporâneos Transversais da Base Nacional Comum
Curricular (BNCC), que detalha a abordagem e inserção dos TCTs no contexto
da Educação Básica, de forma a contribuir com a construção de uma sociedade
mais justa, igualitária e ética.
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cunho social intrínseca à formação escolar. A partir de 2014, com o processo de elaboração
da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), essa proposta ganhou força, esses temas
passaram a ser denominados Temas Contemporâneos, e caberia aos sistemas, às redes e
estabelecimentos de ensino incorporar aos currículos e às propostas pedagógicas a
abordagem de temas contemporâneos, preferencialmente de forma transversal e
integradora (BRASIL, 2017, p. 19).
Portanto, foi mantida a orientação sobre a inclusão dos temas contemporâneos, de
abordagem transversal, como referência obrigatória na elaboração ou adequação dos
currículos e propostas pedagógicas, considerados como um conjunto de aprendizagens
essenciais e indispensáveis a todos os estudantes da Educação Básica. Em 2017, com a
aprovação da BNCC, os diversos temas de grande relevância social permaneceram
contemplados como assuntos indispensáveis em uma proposta pedagógica que busca, além
do ensino de conteúdos científicos, a construção de uma sociedade justa, ética e igualitária.
Temas Contemporâneos Transversais na Base Nacional Comum Curricular (BNCC)
Em comparação com os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), a primeira mudança
quanto aos Temas Transversais, como mencionado, diz respeito à nomenclatura. A inclusão
do termo “contemporâneo” para complementar o “transversal” evidencia o caráter de
atualidade desses temas e sua relevância para a Educação Básica, por meio de uma
abordagem que integra e agrega os diversos conhecimentos. A segunda mudança diz respeito
à ampliação dos temas. A incorporação de novos temas visa atender às novas demandas
sociais1 e, garantir que o espaço escolar seja um espaço cidadão, comprometido com a
construção da cidadania, que pede, necessariamente, uma prática educacional voltada para
a compreensão da realidade social e dos direitos e responsabilidades em relação à vida
pessoal, coletiva e ambiental (BRASIL, 1997, p. 15). Enquanto os PCNs abordavam seis
temáticas, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) engloba 15 temas contemporâneos
“que afetam a vida humana em escala local, regional e global” (BRASIL, 2017, p. 19), divididos
em seis Macroáreas Temáticas, conforme demonstrado a seguir:
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LEITURA COMPLEMENTAR:
MERENDA ESCOLAR: MPF DIZ QUE SEDUC-AM DESCUMPRE PROGRAMAS E PEDE CONTRATO COM
POVOS E COMUNIDADES TRADICIONAIS
O Ministério Público Federal (MPF) afirmou, nesta terça-feira (25), que Secretaria de Estado de Educação do
Amazonas (Seduc-AM) descumpre programas de merenda escolar. Em ofício enviado à pasta, o órgão pede que a
secretaria faça contratos com povos e comunidades tradicionais.
O g1 entrou em contato com a Seduc-AM e aguarda retorno. De acordo com o MPF, um ofício foi
encaminhado à secretaria. A pasta tem dez dias para detalhar o interesse em celebrar acordo para
garantir a regionalização dos programas de merenda escolar no estado.
"O MPF propõe que, no prazo de 45 dias a contar de 20 de abril, seja lançada chamada pública
específica para povos e comunidades tradicionais voltada à contratação de gêneros alimentícios da
alimentação escolar", destacou o Ministério Público.
Segundo o MPF, o estado não está cumprindo a determinação legal da contratação mínima de 30%, no
âmbito do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), de produtos da agricultura familiar, em
especial de povos indígenas, tradicionais e assentados da reforma agrária, bem como não está sendo
respeitado o direito à alimentação escolar tradicional e culturalmente adequada (Lei 11.947/2009).
A instituição disse, ainda, que desde o ano de 2016, a Comissão de Alimentos Tradicionais do Povos do
Amazonas (Catrapoa), coordenada pelo MPF, vem articulando ações no estado para buscar soluções
para a falta ou inadequação da alimentação escolar (Pnae), além de apoiar o acesso dessas populações
a outras políticas públicas, como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e a Política de Garantia
de Preços Mínimos para Produtos da Sociobiodiversidade (PGPMBio).
"Apesar de avanços, ainda existem obstáculos, especialmente em relação à adequação dos editais, o
que têm impactado negativamente na participação de povos e comunidades tradicionais (PCTs) nas
chamadas públicas como fornecedores de gêneros alimentícios para alimentação escolar", afirmou o
Ministério Público.
Conforme o MPF, em março de 2022, uma recomendação foi enviada à Seduc, alertando sobre a falta
de resultados concretos. "Mesmo após inúmeras tratativas dialogadas na esfera da Catrapoa e do
grupo específico denominado de Grupo de Apoio à Seduc, a fim de possibilitar a construção conjunta
e tratar sobre as lacunas e observações apontadas na chamada pública específica com o intuito de
garantir a participação efetiva de PCTs", ressaltou o órgão.
Em encontro realizado em abril deste ano, coordenado pela Fundação Estadual do Índio (FEI) com a
Articulação das Organizações e Povos Indígenas (Apiam), povos indígenas de todo o estado
questionaram as contratações para a alimentação escolar.
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"Com a celebração de termo de ajuste de conduta (TAC), o MPF busca a realização de nova chamada
pública, levando em consideração os ajustes e entendimentos pactuados no âmbito do Grupo de Apoio
à Seduc", destacou a instituição.
Segundo o MPF, caso a Seduc não se manifeste poderão ser adotadas medidas judiciais com pedidos
de reparação/indenização coletiva por danos materiais e morais.
"O MPF enfatizou a contradição em ser o Amazonas o estado pioneiro na solução para compra pública
da produção familiar de povos indígenas e tradicionais, em especial as proteínas e processados vegetais
(peixe, galinha, farinha, polpa) produzidos por estes povos de forma tradicional, multiplicando em todo
país o modelo e, ao mesmo tempo, a Seduc/AM não colaborar para o avanço e cumprimento da lei e
na adoção do modelo de compra direta dos povos e comunidades tradicionais no próprio estado",
ressaltou o Ministério Público, por meio da assessoria da comunicação.
Atuação institucional
A alimentação tradicional nas escolas é garantida pela Lei nº 11.947/20, que instituiu o Pnae. O tema
é defendido pelo MPF na Comissão de Alimentos Tradicionais dos Povos no Amazonas (Catrapoa), que
se reúne periodicamente desde o ano de 2016, contando com órgãos municipais, estaduais, federais,
sociedade civil, lideranças e movimento indígena e de comunidades tradicionais. A iniciativa pioneira
no Amazonas foi expandida nacionalmente com a criação da Mesa de Diálogo Permanente Catrapovos
Brasil pela Câmara de Povos Indígenas e Comunidades Tradicionais do MPF (6ª Câmara de Coordenação
e Revisão). Como resultados, entre 2019 e 2020, cerca de 24 municípios do Amazonas, o que
corresponde a mais de um terço do estado, realizaram compras e entregas de produtos em aldeias e
comunidades indígenas, beneficiando pelo menos 350 produtores indígenas, 20 mil estudantes (quase
30% do total) e respectivas aldeias. Pelo menos R$ 3 milhões foram destinados a essas compras.
"Para o MPF, o Pnae não deve ser considerado apenas uma política pública que contribui para a
segurança alimentar, mas também como uma iniciativa do estado de promoção de inclusão social que
gera impactos significativos na agricultura familiar, geração de renda sustentável, combate à
criminalidade socioambiental", afirmou o Ministério Público.
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Unidade 3
Leitura Complementar
Avaliação (P F)
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UNIDADE 3
3.1 INTRODUÇÃO:
Prezado (a) Acadêmico (a), estamos iniciando a última Unidade de nossa
apostila. Essa unidade deverá nos levar a refletir sobre o interesse crescente de
algumas áreas do conhecimento juntamente com os profissionais de saúde com
as questões de nutrição e saúde dentro da escola e para além dos muros do
ambiente escolar. Nesse sentido, cada município precisa suprir suas iniquidades
junto ao Sistema de Segurança Alimentar e Nutricional – SISAN, incentivando a
criação de unidades legalmente municipalizadas, para colocar em prática os
Programas promovem o DHAA, respeitando assim as singularidades regionais
de cada localidade, com base nos seguintes elementos:
ELEMENTOS CONCEITUAIS DA SAN
No conceito de SAN, consideram-se dois elementos distintos e complementares. A dimensão
alimentar refere-se à produção e disponibilidade de alimentos, que devem ser:
• Suficientes e adequadas para atender a demanda da população, em termos de quantidade
e qualidade;
• Estáveis e continuadas para garantir a oferta permanente, neutralizando as flutuações
sazonais;
• Autônomas para que se alcance a autossuficiência nacional nos alimentos básicos;
• Equitativas para garantir o acesso universal às necessidades nutricionais adequadas, haja
vista manter ou recuperar a saúde nas etapas do curso da vida e nos diferentes grupos da
população;
• Sustentável do ponto de vista agroecológico, social, econômico e cultural, com vistas a
assegurar a SAN das próximas gerações. A dimensão nutricional incorpora as relações entre
o ser humano e o alimento, implicando em:
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a qualidade dos alimentos adquiridos. No caso dessas famílias, que usam parte significativa
de seu orçamento para compra de alimentos, tais variações de preços podem gerar
insegurança alimentar entre seus membros. De maneira semelhante, se os alimentos ricos
em açúcar, gordura e sal forem muito mais baratos e acessíveis do que alimentos integrais,
frutas e verduras, a tendência é que seu consumo cresça, provocando o aumento do excesso
de peso e de doenças a ele associadas. Tal situação pode agravar-se se a diferença de preço
for acompanhada por propaganda e publicidade excessivas de alimentos industrializados, se
as opções de alimentação saudável fora de casa forem escassas e se as pessoas não tiverem
tempo suficiente para se alimentar de maneira adequada. Todos esses fatores podem ser
observados em nossa realidade, o que, somado ao sedentarismo de parcela expressiva da
população, explica, em grande parte, o aumento do excesso de peso e das doenças crônicas
no Brasil, consideradas face da insegurança alimentar. Esses exemplos demonstram que
nossa alimentação é multideterminada e que, portanto, as ações e políticas para promover
uma alimentação adequada e saudável a todos, que inclua as dimensões e princípios da
Segurança Alimentar e Nutricional, devem incidir sobre diversas áreas e setores da sociedade.
ATENÇÃO! A Segurança Alimentar e Nutricional é uma temática e um objetivo
essencialmente intersetorial. Isso significa dizer que cada setor ligado a ela deve
desenvolver ações para sua promoção. Significa, também, que esses diferentes setores
devem trabalhar de maneira interligada e articulada para potencializar suas ações. Além
disso, é importante que algumas políticas estratégicas sejam construídas e geridas por
vários setores em conjunto.
(O DIREITO HUMANO A ALIMENTAÇÃO ADEQUADA, Módulo 1 .2013, Pág. 14 a 39)
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Segundo o artigo produzido por Angelita Liberman (2014), que apresenta uma
análise sobre a produção de pesquisa com artigos sobre o PNAE intitulado
Tendências de pesquisa em políticas públicas: uma avaliação do Programa
Nacional de Alimentação Escolar - PNAE, o Programa passou a efetivamente se
denominar Programa Nacional de Alimentação Escolar em 1979, e propôs
programas de suplementação alimentar dirigidos aos trabalhadores, ao grupo
materno-infantil e aos escolares, privilegiando as regiões mais pobres. O PNAE
é o maior Programa de suplementação alimentar da América Latina, tendo em
vista o tempo de atuação, a continuidade, o compromisso constitucional desde
1988, o caráter universal, o número de alunos atendidos e o volume de
investimentos já realizados. Constitui-se, basicamente, na oferta de refeições
para o estudante do ensino básico, fornecendo um mínimo de 20% das suas
necessidades nutricionais e contribuindo para o crescimento e o
desenvolvimento biopsicossocial, a aprendizagem e o rendimento escolar.
Atualmente esse programa constitui uma importante estratégia de Segurança
Alimentar e Nutricional (SAN), ao promover o Direito Humano à Alimentação
Adequada (DHAA) através da alimentação escolar, assim como de várias ações
que contribuem para que se possa atingir as metas dos Objetivos de
Desenvolvimento do Milênio (ODM). Entre as produções de pesquisa sobre o
PNAE e a merenda escolar, analisaremos o trabalho intitulado como Escola,
lugar de estudar e de comer de Freitas et al (2013), que constatou que:
O PNAE atende, nacionalmente, a aproximadamente 45 milhões de crianças e adolescentes.
Entretanto, mesmo com sua magnitude e importância social, é preciso conhecer como seus
usuários o significam e tentar torná-lo positivo em áreas onde se encontra precário. Vale
lembrar que o PNAE é uma política pública que discursa sobre a complementação da
alimentação diária para evitar sensações de fome no momento do ensino/aprendizagem,
instituindo um vínculo entre alimentação e escola. Para o estudante que padece de
desnutrição, a alimentação do PNAE é fundamental, pois, ao reduzir a privação vivida, a escola
inscreve, nesses jovens, um valor social articulado ao comer.
Metodologia
A pesquisa foi realizada durante o período letivo de agosto de 2007 a junho de 2008, em dois
grupos de estudantes de escolas públicas: os que recebem o PNAE, e os que já receberam e
continuaram na mesma escola, em séries mais avançadas. As escolas escolhidas por
pesquisadores do Centro Colaborador em Alimentação e Nutrição do Escolar da Universidade
Federal da Bahia (CECANE/UFBA), pela facilidade de acesso e pelo interesse dos supervisores
e diretores das escolas em avaliar a aceitação do PNAE por seus estudantes. As escolas estão
situadas no centro urbano, subúrbio ferroviário de Salvador, sede do município de Lauro de
Freitas e comunidade de Santana no Distrito de Ilha de Maré. Participaram do estudo 160
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significativas da cultura dos escolares em seus contextos sociais. Pois, além do fornecimento
das refeições, o programa, que tem nas suas diretrizes o fortalecimento das ações educativas,
ao se operacionalizar na grande rede escolar, enfrenta dificuldades para instituir na
comunidade escolar de maneira transversal e interdisciplinar, uma preocupação com
alimentação e saúde e a assunção dos atos de nutrição e alimentação como rituais do
cotidiano. Todas as informações aqui analisadas permitem refletir ações do PNAE
considerando a carência alimentar dos estudantes, seus desejos e hábitos. E, sendo o comer
um ato cultural tão profundo e carregado de significados, é importante que a lógica
pedagógica da alimentação da escola vá ao encontro dos significados que os próprios
estudantes aportam sobre a escola e o comer. Embora este aspecto já tenha sido acolhido
pela dimensão normativa da alimentação escolar, é necessário ser pensado e assumido no
âmbito mesmo da escola – onde as especificidades locais, regionais e globais ganham
expressão – e traduzido em ações criativas. A disposição para uma relação dialógica entre a
escola e a sua Comunidade assistida poderá sinalizar na direção de uma compreensão e
enfrentamento dos aspectos envolvidos com o comer saudável na escola.
(Trechos do Artigo Escola: lugar de estudar e de comer, 2013. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/csc/a/wFPcYQBZmN4pqBQxDH8YNLF/. Acesso em 17 jun. 2023).
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3.3 INTRODUÇÃO:
Segundo a Lei n° 11.947/2009 Art. 12. Os cardápios da alimentação escolar
deverão ser elaborados pelo nutricionista responsável com utilização de gêneros
alimentícios básicos, respeitando-se as referências nutricionais, os hábitos
alimentares, a cultura e a tradição alimentar da localidade, pautando-se na
sustentabilidade e diversificação agrícola da região, na alimentação saudável e
adequada
Uma Resolução alinhada aos Guias Alimentares para a População Brasileira, para crianças
brasileiras menores de dois anos e à Promoção da Segurança Alimentar e Nutricional (2022),
afirma que a segurança alimentar e nutricional consiste na realização do direito de todos ao
acesso regular e permanente a alimentos de boa qualidade, em quantidade suficiente, sem
comprometer o acesso a outras necessidades essenciais, tendo como base práticas
alimentares promotoras de saúde, que respeitem a diversidade cultural e que sejam
ambiental, cultural, econômica e socialmente sustentáveis.
Pressupõe-se que seu alcance implique a convergência de políticas e programas de vários
setores com capacidades para promover, na dimensão individual e coletiva, o acesso à
alimentação adequada, requerendo um amplo processo de descentralização, territorialização
e gestão social. A formação de hábitos alimentares é um processo complexo, que envolve
fatores culturais, sociais, fisiológicos e psicológicos, e que têm, portanto, uma origem tanto
filogenética quanto ontogênica. Os genes podem interferir na responsividade aos alimentos,
no nível metabólico basal e na preferência alimentar do indivíduo; os fatores ontogênicos
podem influenciar o estado fisiológico e psicológico de acordo com as condições ambientais.
Há de se considerar, ainda, que o desenvolvimento de uma preferência alimentar envolve
uma complexa interação entre a influência familiar, social e do ambiente de convívio da
criança, além da associação entre as preferências, os sabores, a acessibilidade e o
conhecimento em relação aos alimentos18. Importante ressaltar também que hábitos
alimentares, uma vez adquiridos, dificilmente se alteram, estando associados a um número
crescente de doenças cujo tratamento implica na adoção de novos comportamentos.
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- Biscoitos, bolachas, pães e bolos: 2 vezes por semana para o período parcial; 3, para os
alunos que fazem 2 ou mais refeições; e, 7 vezes por semana para os alunos em período
integral .
Além do que, estudos científicos apontam que o impacto negativo do consumo dos alimentos
ultraprocessados pelos brasileiros reduz a ingestão de 16 dos 17 micronutrientes estudados,
principalmente, quando comparados aos alimentos in natura e minimamente processados.
Associado a esse impacto por deficiência de micronutrientes, o grupo de alimentos em
questão ainda contribui com o aumento da densidade calórica, as gorduras saturadas, as
gorduras trans e o açúcar livre, reduzindo o teor de fibras e proteínas. Associado à restrição
do consumo de alimentos ultraprocessados, os cardápios da alimentação escolar deverão
contar com maior aporte de frutas in natura, verduras e legumes, com o objetivo de melhorar
o acesso aos micronutrientes e variabilidade alimentar.
(PLANEJAMENTO DE CARDÁPIO PARA ALIMENTAÇÃO ESCOLAR DO PNAE, 2022, pag. 21 a 26)
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A capital com o maior índice é Porto Velho-RO, com 64,2% da população acima do
peso ou obesa – 6 em cada 10 habitantes. Ela é seguida de perto por Manaus-AM
(63,4%), Porto Alegre-RS (62,2%), Belém-PA (61,0%) e Rio Branco-AC (60,0%).
Apesar disso, mesmo na capital que detém o menor índice – São Luís-MA – o indicador
é alto: 49,0% da população, praticamente metade, tem sobrepeso ou obesidade, o
que mostra que o problema é nacional.
A ser elaborada!!!!
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REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ARAÚJO, Suzana. Educação e Saúde no contexto escolar. UEA Edições,
BORSOI, Aline Tecchio; TEO, Carla Rosane Paz Arruda; MUSSIO, Bruna
Roniza.Educação alimentar e nutricional no ambiente escolar: uma revisão
integrativa. Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, p. 1441-
1460, 2016.
BRASIL. Base Nacional Comum Curricular. Disponível
em:http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versa
ofinal_s ite.pdf. Acesso em 10.jun. 2023.
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SILVA, Luiz Santos da; SILVA, Ruth Tereza dos Santos da. Saúde na família e
na escola. São Paulo: Paulinas, 2005;
LINKS VÍDEO:
UNIDADE 1 –
Alimentação, Cultura e Identidade – Multiponto – Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=6pVgTNcQ9G8
Muito além do Peso – Documentário Resumido – Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=xxWDb-0o3Xk
UNIDADE 2 –
O poder do big food – Disponível em:
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https://youtu.be/lL9hsEvPJms
O veneno está na mesa – Disponível em:
https://youtu.be/AqGLIXeTOCg
UNIDADE 3 –
Hábitos alimentares: o perigo tem aparência e sabor – Disponível em:
https://youtu.be/n30Qz6EcHEM
Como a indústria alimentícia está te matando – Disponível em:
https://youtu.be/XTIsJb8pf3Q
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