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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................. 3
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1 INTRODUÇÃO
Prezado aluno!
Bons estudos!
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2 EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL (EAN)
Fonte: Pixabay.com
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alimentação saudável requer processos educativos duradouros que são
necessários à criação de predisposições a hábitos alimentares saudáveis e ao
viver saudável. Requer ainda ações pedagógicas incessantes de consolidação
e reforço das atitudes que são requeridas para tais predisposições (BEZERRA
et al 2018).
De acordo com o Marco de Referência de Educação Alimentar e
Nutricional para as Políticas Públicas (2012) a “EAN por ser um espaço de ação
da SAN e da Promoção da Saúde é fundamental para a prevenção e controle
dos problemas alimentares e nutricionais contemporâneos. Entre seus
resultados potenciais identifica-se a contribuição na prevenção e controle das
doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) e deficiências nutricionais, bem
como a valorização das diferentes expressões da cultura alimentar, o
fortalecimento de hábitos regionais, a redução do desperdício de alimentos, a
promoção do consumo sustentável e da alimentação saudável” (PONTES et al
2016).
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3 HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL NO BRASIL
Fonte: Pixabay.com
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combate às doenças crônicas, além do enfoque na transmissão da dimensão
técnica e política (AMPARO, 2010).
Embora ainda haja pouca referência sobre sua estrutura teórico-
metodológica, a EAN é apontada como uma ferramenta principal de estratégia
no âmbito das políticas públicas. A partir desse contexto, a relevância da EAN
está contida dentro dos programas oficiais brasileiros bem como, a Política
Nacional de Alimentação e Nutrição (PNAN) instituída no final do ano de 1990,
que através de suas diretrizes deixam o Governo Federal ciente de sua
coexistência e a população do direito à qualidade e a segurança dos alimentos,
promovendo a promoção, prevenção e controle dos distúrbios nutricionais
(PNAN, 2012).
O Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) se constitui de um
exemplo para aplicação da EAN. O PNAE, criado pelo decreto nº 6.286/2007
gerenciado pelo Fundo Nacional da Educação (FNDE), tem por finalidade
contribuir para o crescimento e o desenvolvimento biopsicossocial,
aprendizagem, rendimento e a formação por hábitos saudáveis nos escolares
através de ações de educação nutricional e, disponibilização de uma
alimentação equilibrada e saudável (PNAE, 2015).
Destacamos ainda, a Política Nacional de Promoção da Saúde (PNPS)
lançada em 2006, onde aborda ações voltadas para a promoção da alimentação
saudável, no qual abordagens semelhantes constam também na Política
Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (PNSAN), constituída pelo
decreto nº 7.272/2010 que dispõe seus objetivos e diretrizes para promover a
segurança alimentar e assegurar o Direito Humano a alimentação com base em
fortalecimento das ações de alimentação em todos os níveis da atenção à saúde
(CAISAN, 2011).
Vale ressaltar a importância de dois marcos que norteiam as práticas da EAN
sendo eles, o I Encontro Nacional de Educação Alimentar e Nutricional, que
articulam um debate sobre o tema e suas diretrizes para as Políticas Públicas
objetivando uma prática intersetorial, e a IV Conferência Nacional de Segurança
Alimentar e Nutricional, que juntamente com a Oficina de Educação Alimentar e
Nutricional realizada em 2012 pelo Word Nutrition Rio 2012, tiveram como meta
compartilhar e abranger conceitos acerca de EAN no qual resultou no Marco de
Referência de Educação Alimentar e Nutricional que contribuiu para um conjunto
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de ações públicas vinculadas a prática alimentar (MARCO DE REFERÊNCIA DE
EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL 2012).
A história da EAN no Brasil começou na década de 1940 e, no nosso país,
é muito difícil falar do histórico da EAN sem falar dos programas e políticas
públicas, pois estão intimamente relacionados. Alguns aspectos importantes
marcaram a EAN a partir dos anos 1940 até os dias de hoje, e os mesmos estão
ilustrados na figura 1 a seguir (SIMINO, 2018).
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Na década de 1970, um importante acontecimento foi o incentivo ao
aproveitamento integral dos alimentos seguido, nos anos 1980, pela valorização
dos nutrientes. Nos anos 1980, também, foi lançado um livro muito importante
para a área de EAN (SIMINO, 2018).
Os anos 1990 foram muito importantes e tiveram grande impacto, parte
positiva, pois foi quando começaram os esforços para se falar sobre
sustentabilidade, mas também foi quando a obesidade e as doenças crônicas
não transmissíveis começaram a ganhar grandes proporções, com a transição
nutricional. Nos anos 1990, também, a mídia começou a ter grande influência na
alimentação e nos hábitos alimentares da população (SIMINO, 2018).
Nos anos 2000, talvez por um reflexo da influência das mídias, houve uma
alteração nos padrões de beleza e uma “imposição” pela magreza. Ainda nessa
década, começaram a ter força os modismos nutricionais: ração humana,
alimentos proibidos, chá verde, cafeína, suplementos, ovo como vilão (SIMINO,
2018).
Já a partir de 2010, a ciência da Nutrição começou a entrar em alta, os
estudos científicos nessa área se expandiram e a população começou a se
interessar mais pelo assunto, o que nos trouxe aos dias atuais, em que existe
uma grande dualidade: uma valorização da profissão do nutricionista, ao mesmo
tempo que muitas pessoas leigas falam sem propriedade sobre o assunto e
acabam prejudicando o trabalho conquistado pela EAN. Existe, atualmente,
também uma grande influência das mídias digitais nos hábitos e
comportamentos alimentares da população (SIMINO, 2018).
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4 DETERMINANTES DO COMPORTAMENTO ALIMENTAR
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4.1 Aspectos socioculturais
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4.3 Mídia/propaganda
4.4 Gosto/sabor
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de hábitos e comportamentos, as ações em EAN serão muito mais efetivas
(SIMINO, 2018).
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12 Fornecer apoio psicológico sempre que necessário
13 Avaliar o potencial para depressão, isolamento ou outros problemas
14 Fazer referências apropriadas para serviços adicionais (psiquiatra,
psicólogo, psicanalista e outros)
15 Avaliar a motivação do cliente para procurar as referências. Ajudá-lo a
minimizar as barreiras para buscar outros serviços necessários
16 Criar condições para sustentar uma relação de educação a longo prazo
Fonte: Cuppari, 2014.
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mudanças do meio, como poder aquisitivo e disponibilidade de alimentos,
importância social deles, nível de escolaridade ou grau de exposição do indivíduo
aos canais de comunicação. Ou, ainda, pode se modificar por causa de
alterações relacionadas às necessidades psicológicas, como autoconceito,
aprovação social e segurança (CUPPARI, 2014).
O aconselhamento ou educação alimentar é o processo pelo qual os
clientes, ou pacientes, são efetivamente auxiliados a selecionar e implementar
comportamentos desejáveis de alimentação e estilo de vida. O resultado desse
processo deve ser a mudança de comportamento, e não somente a melhora do
conhecimento sobre nutrição (CUPPARI, 2014).
Um momento particularmente difícil é o diagnóstico de uma doença,
quando a depressão, a negação, a raiva ou a barganha podem sobrepor-se aos
esforços de lidar com o problema. Antes de tudo, é preciso reconhecer que este
existe e, de fato, querer mudá-lo. Sem esse desejo interno de cada indivíduo,
todo o trabalho de educação é inútil. O educador alimentar é apenas um
facilitador das mudanças de comportamento. Ele dá apoio emocional, auxilia na
identificação de problemas alimentares e de estilo de vida, sugere
comportamentos a serem modificados e facilita a compreensão e o controle do
cliente. Os fatores relacionados à adesão às orientações são (CUPPARI, 2014):
Relacionados ao cliente:
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• Irregularidade na rotina: quanto mais irregular o estilo de vida do cliente,
menor a adesão.
Relacionados ao conselheiro:
Relacionados ao ambiente:
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Contemplação: Estágio em que as pessoas já estão conscientes das
mudanças que devem ser realizadas e pensam em colocá-las em prática, mas
ainda não assumiram um compromisso consigo mesmas.
Atendimento em grupo;
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Ação Prescrição dietética individualizada;
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6.1 Crianças
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motivar-se a aprender quando joga, lê livros e usa bonecos. Quando uma criança
entende e aceita a resolução de um problema alimentar, pode ser mais
disciplinada do que seus pais. Contudo, um deles, sem perceber, pode sabotar
os esforços da criança, oferecendo alimentos não desejáveis ou desmotivando
as iniciativas de exercício físico. O conselheiro deve, então, trabalhar para ajudar
esse pai (que, em geral, não frequenta as consultas) a encontrar outras formas
de demonstrar amor e preocupação para com a criança. É importante levar em
consideração o relacionamento entre esta e seus pais, assim como as
expectativas destes quanto ao aconselhamento (CUPPARI, 2014).
O educador deve aprender o máximo possível sobre a criança a partir dos
pais, sobretudo acerca de seus hábitos de alimentação e higiene. Educar
crianças também exige entendimento dos princípios de aprendizado do adulto,
para poder trabalhar com os pais e solidificar a relação de aconselhamento com
toda a família. Os pais e a família possuem muitas funções na vida da criança,
entre elas, ensiná-la. O maior objetivo do aconselhamento dos pais é ajudá-los
a aumentar a sua competência e confiança para alcançar as necessidades da
criança. No que se refere às necessidades alimentares da criança, a
responsabilidade dos pais é decidir o que e quando é servido, e é
responsabilidade da criança decidir o quanto e o que será ou não consumido.
Algumas dicas são (CUPPARI, 2014):
1. Estabelecer relação estreita e amigável com a criança. Usar
expressões faciais, jogos ou desenhos. Conversar por algum tempo com ela sem
a presença dos pais. Respeitar seus sentimentos e suas necessidades e
demonstrar simpatia por seus interesses. Manter-se aberto para a maneira como
a criança faz as coisas, se isso não interferir nos objetivos da educação. Repetir
o que foi dito com outras palavras, refletindo os sentimentos da criança.
2. Manter as perguntas e os conceitos de forma concreta, ou seja, evitar
assunto abstrato. Ajudar a criança a lidar com os problemas que ela levanta.
Fornecer informações em termos simples e com honestidade. Identificar
aspectos positivos nos comportamentos dela.
3. Não sobrecarregar a criança com fatos e explicações. Encorajar
discussões utilizando desenhos, fotografias ou modelos de alimentos.
Responder sempre às perguntas de modo simples e conciso.
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4. Reconhecer que a criança pode sentir qualquer limitação (por exemplo,
dieta) como uma punição. As limitações podem ser sentidas com raiva e
ressentimento. Fazer a abordagem à criança com gentileza e preocupação
sincera com os problemas dela.
5. Fornecer escapes para a raiva ou sentimentos hostis. Encorajá-la a
desenhar figuras ou demonstrar seus sentimentos com bonecos.
6. Perguntar o que ela gostaria que acontecesse. Usar técnicas criativas
de brainstorming (tempestade cerebral). Dar opções à criança e respeitar suas
escolhas. Aceitar seus objetivos, mas focalizar naqueles concretos e de curto
prazo. Imaginar o futuro e explorar as inúmeras alternativas. Permitir que a
criança explore o mundo ideal e descubra fantasias e desejos.
7. Encorajar os pais a fazer perguntas. Fornecer explicações factuais que
os ajudem a apoiar o aconselhamento.
8. Ser flexível. A flexibilidade é particularmente importante no trabalho
com crianças. Quando a relação de aconselhamento se desenvolve, os objetivos
em curto prazo e que podem ser facilmente realizados são vitais. Manter os
objetivos concretos. As tarefas caseiras são úteis. Tentar reunir pequenos
grupos de crianças com problemas similares. Observar o comportamento e as
interações da criança com as demais.
6.2 Adolescentes
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corpo, busca por dietas da moda e muito restritivas etc. Esses hábitos e
comportamentos podem ser originados pela necessidade de aceitação ao grupo
e busca por uma identidade. Por esse motivo, o aconselhamento nutricional com
esse público deve ser cautelosamente planejado e, se possível, realizado tanto
em grupos quanto individualmente (SIMINO, 2018).
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5. Estabelecer limites justos e reforçá-los de forma consistente.
Reconhecer as necessidades individuais do adolescente e estabelecer objetivos
realistas.
6. Um conselheiro não deve trabalhar com adolescentes a menos que
goste deles e se importe com eles. Os adolescentes estão passando por muitos
conflitos físicos, emocionais e psicológicos e necessitam de assistência e guia
nesse período difícil. Precisam sentir-se seguros e guiados por indivíduos em
quem possam confiar.
6.3 Adultos
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Quando o indivíduo amadurece, a independência desenvolve-se assim
que ele toma controle de sua vida. Portanto, qualquer situação que não permita
a independência está ligada a ressentimentos e resistência a mudanças. O
adulto não gosta de ser colocado em situações em que se sinta tratado como
criança: alguém dizendo o que fazer e o que não fazer, menosprezo, punição e
julgamento. O educador alimentar deve envolver o cliente na seleção do que
aprender, como apresentar a informação e quais ferramentas de avaliação
utilizar para determinar se os objetivos do aprendizado foram alcançados. A
avaliação pode trazer ansiedade para muitos adultos (CUPPARI, 2014).
No aprendizado do adulto, os melhores métodos de avaliação são os que
não intimidam, que permitem a determinação do que foi aprendido. Um exemplo
é solicitar ao cliente que faça verbalmente uma lista de conceitos básicos. E
demonstram como as novas informações serão incorporadas às atividades
diárias. Um exemplo é selecionar alimentos de um cardápio de restaurante. As
experiências passadas também possuem impacto imenso, positivo ou negativo,
no aprendizado (CUPPARI, 2014).
Na avaliação inicial, o educador precisa determinar os sentimentos do
cliente e as experiências relacionadas ao processo de aconselhamento. Por
exemplo: “você já tentou fazer alguma dessas mudanças antes?”. O plano de
educação precisa incorporar essa informação e ser montado em cima das
experiências positivas, sobrepondo qualquer sentimento negativo que possa
bloquear o aprendizado ou a mudança. É importante dar ênfase a técnicas
experimentais para envolvê-lo na análise das experiências. É relevante, também,
antes de iniciar um relacionamento de aconselhamento, que o educador
determine se o cliente está preparado para fazer as mudanças em seu
comportamento. Uma discussão gentil e amigável com ele sobre seu preparo
pode prevenir frustração e mal-entendidos no futuro. A educação não garante o
aprendizado, e o aprendizado pode ocorrer sem a educação. O momento de
ensinar um adulto ocorre quando ele reconhece que um problema precisa ser
resolvido. Entretanto, um cliente pode ser motivado a aprender em consequência
de um educador dinâmico e criativo. É importante abordar um cliente adulto com
atitude positiva e acreditar que ele pode aprender, e que o aprendizado terá um
impacto positivo em seu bem-estar (CUPPARI, 2014).
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Pelo fato de os indivíduos aprenderem de maneiras diferentes, é
importante que o conteúdo seja apresentado em vários formatos (CUPPARI,
2014):
• Não repreender ou menosprezar o cliente;
• Particularizar o plano de ensino a cada situação. Evitar materiais
“padronizados”, a menos que possam ser individualizados;
• Muitos adultos preferem a objetividade. Em geral, é apropriado o uso de
títulos e tópicos dos assuntos;
• Explicar que a mudança reduzirá os riscos, em vez de insistir na mudança
em si;
• Certos clientes possuem pouca autoconfiança, como deficiência na
educação, medo de falhar, entre outros. Para promovê-la, é preciso ter
paciência, responder às perguntas e estabelecer objetivos realistas;
• Certos clientes possuem excesso de autoconfiança. É importante
estabelecer objetivos realistas;
• Os adultos precisam de reforço positivo e retornos (reconsultas). Auxiliar
na transposição do medo e da ansiedade. Isso pode melhorar a adesão
às orientações.
6.4 Idosos
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Figura 4: Fatores importantes a serem considerados no planejamento do
aconselhamento nutricional do idoso.
Com esse aumento da longevidade nos dias atuais, existem muitos idosos
saudáveis e completamente capazes e independentes, que não têm seus
hábitos diários alterados. Porém, uma parte considerável dos idosos pode
apresentar alguns fatores que, apesar de completamente normais dentro do
processo de envelhecimento, podem interferir negativamente nos hábitos e
comportamentos alimentares e devem ser pensados pelos educadores em
alimentação e nutrição (SIMINO, 2018):
Integridade dos órgãos sensoriais: o olfato e o paladar já não são mais
os mesmos, assim como o sistema digestório pode apresentar particularidades.
Déficits cognitivos: problemas de memória e aprendizado mais lento são
características comuns em idosos. Além disso, a audição também pode estar
prejudicada. O educador alimentar deve sempre falar de forma lenta, pausada e
com informações claras e objetivas.
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Doenças crônicas: além de doenças como obesidade, diabetes e
hipertensão, que são muito comuns em idosos, destaca-se também doenças que
afetam a própria cognição, como Alzheimer e Parkinson.
Percepção, personalidade e emoções: muitos idosos têm suas
personalidades mais afloradas e podem apresentar-se tanto mais sensíveis e
carentes por atenção quanto rabugentos e mal-humorados. Devemos ser
sempre muito pacientes e compreensivos e saber lidar com as diferentes
personalidades e, acima de tudo, estar dispostos para ouvir o que eles têm a
dizer.
Ambiente, status social, família e cuidadores: o ambiente onde vivem
e as pessoas que os cercam também exercem grande influência no estilo de vida
dos idosos, principalmente quando eles já não são muito independentes e
precisam de auxílio para realizar tarefas como fazer compras de alimentos,
cozinhar e até mesmo se alimentar. Muitas vezes, assim como com as crianças,
pode ser interessante realizar ações de EAN paralelas com a família ou os
cuidadores.
Crenças e tabus: estão muito presentes na vida dos idosos. Você aluno,
com certeza já ouviu algum idoso que tem uma receitinha milagrosa para curar
dor de garganta, ou que acha que é proibido tomar “manga com leite”, não é
mesmo? Nós podemos tentar desmitificar algumas dessas ideias, mas, muitas
vezes, caso os idosos apresentem alguns hábitos fundamentados em crenças
que não lhes apresente risco e que faça parte de sua cultura, pode-se (e deve-
se!) respeitar.
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como ganho de peso excessivo, diabetes gestacional e hipertensão associada à
gestação (SIMINO, 2018).
É importante reforçar os conceitos de alimentação saudável, diversificada
e segura, tópicos como ganho de peso adequado durante cada fase da gestação
etc. Existe uma pirâmide alimentar adaptada para gestante, que destaca os
grupos alimentares e o consumo ideal em cada trimestre da gestação, e essa é
uma ferramenta interessante de ser trabalhada com gestantes (SIMINO, 2018).
O trabalho em grupo, com gestantes e nutrizes, é particularmente
interessante, pois a troca de informações nesses ciclos da vida costuma ser
bastante rica e proveitosa (SIMINO, 2018).
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A construção de uma identidade alimentar engajada com os princípios da
sustentabilidade e da integralidade do sistema alimentar utiliza o repertório
culinário do território como ferramenta para redescobrir os sentidos, as técnicas,
os saberes e os símbolos de cada lugar, reconectando memórias e afetos
(BRASIL, 2018).
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os princípios do SISAN; na saúde, os princípios do SUS, na educação, os
princípios da PNAE, na rede socioassistencial, os princípios do SUAS e assim
sucessivamente. A esses princípios estruturantes se somam (BRASIL, 2012):
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III - Valorização da cultura alimentar local e respeito à diversidade de
opiniões e perspectivas, considerando a legitimidade dos saberes de
diferentes naturezas
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refletir com as pessoas sobre a importância e o valor da culinária como recurso
para alimentação saudável (BRASIL, 2012).
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a formação dos hábitos alimentares na primeira infância à organização da sua
alimentação fora de casa na adolescência e idade adulta (BRASIL, 2012).
O fortalecimento da participação ativa e a ampliação dos graus de autonomia,
para as escolhas e para as práticas alimentares implicam, por um lado, o
aumento da capacidade de interpretação e a análise do sujeito sobre si e sobre
o mundo e, complementarmente, a capacidade de fazer escolhas, governar,
transformar e produzir a própria vida. Para tanto, é importante que o indivíduo
desenvolva senso crítico frente a diferentes situações e possa estabelecer
estratégias adequadas para lidar com elas. Diante das inúmeras possibilidades
de consumo, bem como das regras de condutas dietéticas, a decisão ativa e
informada significa reconhecer as possibilidades, poder experimentar, decidir,
reorientar, isto é, ampliar os graus de liberdade em relação aos aspectos
envolvidos no comportamento alimentar. Neste sentido, a EAN deve ampliar a
sua abordagem para além da transmissão de conhecimento e gerar situações
de reflexão sobre as situações cotidianas, busca de soluções e prática de
alternativas (BRASIL, 2012).
VIII - Intersetorialidade
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torna possível produzir soluções inovadoras quanto à melhoria da qualidade da
alimentação e vida. Neste processo cada setor poderá ampliar sua capacidade
de analisar e de transformar seu modo de operar, a partir do convívio com a
perspectiva dos outros setores, abrindo caminho para que os esforços de todos
sejam mais efetivos e eficazes (BRASIL, 2012).
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9 GUIA ALIMENTAR PARA A POPULAÇÃO BRASILEIRA
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por natureza não são saudáveis. E, sendo assim, a recomendação é evitar o
consumo, porque são nutricionalmente desbalanceados, cujas formas de
produção, distribuição, comercialização e consumo afetam de modo
desfavorável a cultura, a vida social e o meio ambiente (BEZERRA, 2018).
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alimentação devem levar em conta o impacto das formas de produção e
distribuição dos alimentos sobre a justiça social e a integridade no ambiente.
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10 EDUCAÇÃO NUTRICIONAL NA ESCOLA
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• Estimular o desenvolvimento de tecnologias sociais, voltadas para o
campo da alimentação escolar;
• Reforçar a importância do consumo de alimentos mais saudáveis,
priorizando aqueles in natura, no ambiente escolar é fundamental já que
é um local destinado à formação de bons hábitos. Por isso, além de
elaborar cardápios que ofereçam preparações benéficas à saúde das
crianças, é papel do nutricionista ensinar a comer bem, por meio de
atividades educacionais juntamente com os professores.
O Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) é o maior programa
de suplementação alimentar da América Latina contribuindo com a Segurança
Alimentar e Nutricional e viabilizando a promoção do Direito Humano à
Alimentação Adequada (DHAA) por meio da alimentação escolar, indo ao
encontro das metas dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM)
(LIBERMANN; BERTOLINI, 2015).
O PNAE tem como principal objetivo proporcionar aos estudantes uma
alimentação digna, que garante minimamente, uma nutrição segura e de
qualidade, o programa proporciona aos mesmos um exercício de cidadania e
melhoria da qualidade de vida. E para isso, o Programa Nacional de Alimentação
Escolar tem como busca prestar auxílio financeiro adicional aos estados e
municípios brasileiros com o objetivo de garantir uma refeição diária a cada aluno
matriculado em escolas públicas e/ou filantrópicas. O programa oportuniza uma
alimentação de qualidade para os estudantes resultando em uma melhor
performance do aluno no ambiente escolar, visando reduzir a evasão escolar,
auxiliando na construção de bons hábitos alimentares (FERREIRA et al 2019).
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11 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
42
FILBIDO, Gabriel Silvério; SIQUIERI, José Paulo Araujo; BACARJI, Alencar
Garcia. Perfil do consumidor de alimentos lácteos funcionais em Cuiabá-
MT. Revista Principia, v. 45, n. 1, p. 31-39, 2019.
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MAHAN, K.L.; ESCOTT-STUMP, S. Krause: Alimentos, Nutrição e
Dietoterapia. 11ed. São Paulo: Roca, 2005.
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da agricultura familiar no Programa Nacional de alimentação Escolar do
Estado de Santa Catarina. Brasil. Rev. nutr, p. 701-714, 2012.
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VALENTE, F.L.S. Relatório Brasileiro para a Cúpula Mundial da
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jogos, aprimorado pela tecnologia, para melhorar a ingestão de grupos de
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LINKS PESQUISADOS
https://rebrae.com.br/
https://www.fnde.gov.br/programas/pnae
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12 BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
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