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Título: Enfermagem na Promoção de Saúde na Terceira Idade: Intervenções e

Impactos na Qualidade de Vida.

Resumo:
Este trabalho investiga o papel da enfermagem na promoção da saúde entre os
idosos, uma população em crescimento global. Através de uma revisão abrangente da
literatura e análise de estudos de caso, examina-se o impacto das intervenções de
enfermagem na qualidade de vida dos idosos. Estratégias eficazes de promoção da
saúde são discutidas, destacando o papel fundamental dos enfermeiros na prevenção de
doenças, na promoção de estilos de vida saudáveis e no apoio ao envelhecimento ativo.

1. Introdução

O envelhecimento populacional é um fenômeno mundial que demanda atenção


especial dos sistemas de saúde, uma vez que traz consigo desafios relacionados à
promoção da saúde e à manutenção da qualidade de vida dos idosos. A enfermagem
emerge como uma peça-chave nesse contexto, desempenhando um papel fundamental
na promoção da saúde e no cuidado integral dos idosos. Embora o envelhecimento seja
inevitável, é possível promover um processo de envelhecimento ativo e saudável por
meio de intervenções adequadas. Nesse sentido, é fundamental compreender as
intervenções de enfermagem voltadas para a terceira idade e seus impactos na qualidade
de vida dos idosos.

O referencial teórico que embasa esta revisão é fundamentado na teoria do


envelhecimento bem-sucedido de Rowe e Kahn, que enfatiza a importância de fatores
biológicos, psicológicos e sociais na promoção da saúde e no bem-estar dos idosos. De
acordo com essa teoria, o envelhecimento bem-sucedido é caracterizado pela
preservação da autonomia, da independência funcional e do engajamento com a vida.

Além disso, a teoria do autocuidado oferece uma estrutura conceitual para


compreender as intervenções de enfermagem na promoção da saúde na terceira idade.
Segundo essa teoria, o autocuidado é essencial para a manutenção da saúde e envolve a
capacidade do indivíduo de realizar atividades de cuidado consigo mesmo, com suporte
da família e da comunidade quando necessário (DIAS, UNIVERSIDADE DO VALE DO
ITAJAI, 2007).

Segundo Rowe e Kahn, a história da enfermagem na saúde da pessoa idosa


remonta a muitos séculos atrás, refletindo a evolução da sociedade e das práticas de
saúde ao longo do tempo. Aqui está um breve panorama dessa história:

Antiguidade: Desde os primórdios da civilização, há registros de cuidados


prestados aos idosos. Em muitas culturas antigas, os idosos eram reverenciados e
valorizados por sua sabedoria e experiência de vida. A enfermagem, nesses tempos,
estava muitas vezes ligada à prática de curandeiros e sacerdotes, que ofereciam
cuidados aos doentes e aos mais velhos.

Idade Média: Durante a Idade Média, os cuidados aos idosos frequentemente


ocorriam dentro do contexto das instituições religiosas, como mosteiros e conventos.
Monges e freiras desempenhavam um papel importante na prestação de cuidados aos
mais velhos, seguindo princípios de caridade e compaixão.

Renascimento e Idade Moderna: Com o advento da Renascença e o


subsequente desenvolvimento da ciência médica, a enfermagem começou a se
profissionalizar. Na Idade Moderna, surgiram as primeiras formas de enfermagem
organizada, com figuras proeminentes como Florence Nightingale, que revolucionaram
os cuidados de saúde e estabeleceram os fundamentos da enfermagem moderna. Embora
a atenção primária estivesse voltada para as doenças agudas e a cirurgia, os idosos ainda
recebiam cuidados, muitas vezes em lares para idosos ou hospitais.

Séculos XX e XXI: Com o avanço da medicina e o aumento da expectativa de


vida, a população idosa cresceu significativamente. Isso levou a uma maior
conscientização sobre as necessidades específicas dos idosos e ao desenvolvimento de
especialidades dentro da enfermagem, como a gerontologia. A enfermagem geriátrica se
tornou uma área de foco especializada, preocupada em proporcionar cuidados holísticos
e centrados na pessoa idosa, abordando não apenas suas necessidades físicas, mas
também suas necessidades psicossociais e emocionais.

Hoje, a enfermagem na saúde da pessoa idosa abrange uma gama de áreas,


incluindo cuidados domiciliares, cuidados de longa duração em instituições
especializadas, gerenciamento de doenças crônicas, promoção da saúde e prevenção de
quedas e outras complicações comuns na terceira idade. Os enfermeiros desempenham
um papel essencial na garantia de uma qualidade de vida ótima para os idosos,
promovendo sua autonomia, independência e bem-estar geral (BRASIL,2003).

Ao compreendermos melhor essas intervenções e seus fundamentos teóricos,


podemos contribuir para o desenvolvimento de práticas de enfermagem mais eficazes e
centradas no paciente, promovendo assim um envelhecimento mais saudável e
satisfatório para os idosos.

O estudo tem como objetivo geral refletir sobre o significado do cuidar do idoso
hospitalizado na realidade de enfermagem e identificar as necessidades de cuidados do
idoso hospitalizado quando não se tem expectativa de recuperação. Deste modo, o
estudo perpassa pela questão da ação do enfermeiro - o cuidar do idoso quando a
tecnologia de ponta passa a não ser tão importante, no momento em que não se tem a
expectativa de reverter a situação clínica e a sua recuperação torna-se inviável.

1.1 Contextualização do Envelhecimento Populacional


O envelhecimento populacional demanda uma expansão do papel da enfermagem
para além da assistência direta, incluindo a promoção da saúde, prevenção de doenças,
gestão de condições crônicas e suporte à adaptação às transições de vida dos idosos.
Isso requer uma abordagem holística e centrada na pessoa, onde o conhecimento
especializado em gerontologia se torna essencial (SANTOS E MONTEIRO, 2014).

Observa-se que um dos grandes desafios para a área da saúde é conseguir derrubar
os paradigmas de uma sociedade. Outro é trabalhar o indivíduo em sua totalidade com a
percepção de que todos os fatores relacionados ao estilo de vida e o ambiente que estão
estabelecidos se entrelaçam e determina o bem-estar tão desejado, e consequentemente,
uma melhor qualidade de vida (SANTOS E MONTEIRO, 2014)

Assim, ao compreender e aplicar essas teorias no cuidado ao idoso, a enfermagem


desempenha um papel vital na promoção de um envelhecimento saudável e na melhoria
da qualidade de vida dessa crescente parcela da população.

 Teoria do Envelhecimento bem-sucedido (Rowe & Kahn): Esta teoria sugere


que o envelhecimento não precisa ser sinônimo de declínio e incapacidade. Ela
destaca três componentes principais do envelhecimento bem-sucedido: baixa
probabilidade de doenças e doenças relacionadas à incapacidade, manutenção de
altas funções físicas e cognitivas, e engajamento ativo com a vida. A partir dessa
perspectiva, a enfermagem pode desenvolver intervenções que promovam estilos
de vida saudáveis, prevenção de doenças e participação social entre os idosos.
 Teoria do Autocuidado de Dorothea Orem: Esta teoria enfatiza a importância
do autocuidado para a saúde e o bem-estar individual. No contexto do
envelhecimento populacional, ela ressalta a necessidade de fomentar a
independência e a capacidade dos idosos de cuidar de si mesmos, dentro de suas
limitações. A enfermagem, segundo Orem, deve avaliar as necessidades de
autocuidado dos idosos e prover suporte educacional e recursos que os
empoderem a manter sua saúde e independência.
 Modelo de Adaptação de Roy: Este modelo vê o indivíduo como um ser
biopsicossocial capaz de se adaptar a mudanças através de processos de
feedback. No cuidado aos idosos, isso significa ajudá-los a adaptar-se às
mudanças físicas, sociais e psicológicas associadas ao envelhecimento. A
enfermagem pode usar este modelo para criar estratégias de cuidado que ajudem
os idosos a alcançar uma adaptação positiva, promovendo a saúde e o bem-estar
mesmo diante de desafios.

1.2 Justificativa e Relevância do Tema


Esta revisão busca analisar as intervenções de enfermagem na promoção da saúde na
terceira idade e seus impactos na qualidade de vida dos idosos. Serão exploradas
estratégias de prevenção de doenças, promoção de hábitos saudáveis, manejo de
doenças crônicas, suporte emocional e social, entre outras, com base nos princípios do
envelhecimento bem-sucedido e do autocuidado.

1.3 Objetivos da Pesquisa

2. Fundamentação Teórica

2.1 Envelhecimento e Desafios de Saúde


2.2 Papel da Enfermagem na Promoção da Saúde na Terceira Idade
2.3 Modelos de Intervenção em Enfermagem Geriátrica
3. Metodologia

3.1 Tipo de Pesquisa e Abordagem Metodológica


3.2 Seleção de Fontes de Dados
3.3 Critérios de Inclusão e Exclusão
3.4 Procedimentos de Análise de Dados

4. Resultados

4.1 Intervenções de Enfermagem para Promoção da Saúde na Terceira Idade


4.2 Impactos na Qualidade de Vida dos Idosos
4.3 Estudos de Caso: Experiências Bem-Sucedidas

5. Discussão

5.1 Análise Crítica dos Resultados


5.2 Desafios e Limitações das Intervenções de Enfermagem
5.3 Sugestões para Práticas Futuras

6. Conclusão

6.1 Síntese dos Resultados


6.2 Contribuições para a Enfermagem Geriátrica
6.3 Implicações para a Prática e Política de Saúde

7. Referências Bibliográficas
BRASIL. Política Nacional de Humanização. Ministério da Saúde – Secretaria
Executiva, Núcleo Técnico da Política Nacional de Humanização. Brasília: Ministério
da Saúde, 2003.
BRASIL. Constituição (1988). República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado
Federal. (Artigos 196 a 200).
Rowe, J., & Kahn, R. (1997). Successful aging. The Gerontologist, 37(4), 433-440.
DIAS, UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAI. O processo de envelhecimento
humano e a saúde do idoso nas práticas curriculares do curso de fisioterapia da
UNIVALI campus Itajaí: um estudo de caso. 2007. Acesso em 15 de abril de 2024.
Disponível em: http://siaibib01.univali.br/pdf/Alexsandra%20Marinho%20Dias.pdf
SANTOS, e MONTEIRO et al. O papel do enfermeiro na promoção do envelhecimento
saudável 2014. Acesso em 01 de setembro de 2017. Disponível em:
http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/espacoparasaude/article/viewFile/11761/
pdf_27

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