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BACHARELADO EM SERVIÇO SOCIAL

AMANDA SILVA SANTOS


JOSEFA JUSSARA DE OLIVEIRA BRITO

INCLUSÃO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA:


ANÁLISE FEITA NA INSTITUIÇÃO SERC NO MUNICÍPIO
DE GRAVATÁ-PE

CARUARU
2015

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AMANDA SILVA SANTOS
JOSEFA JUSSARA DE OLIVEIRA BRITO

INCLUSÃO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA:


ANÁLISE FEITA NA INSTITUIÇÃO SERC NO MUNICÍPIO
DE GRAVATÁ-PE

Projeto apresentado à disciplina de


trabalho de conclusão de curso de
Serviço Social, da Faculdade Mauricio de
Nassau, sob a orientação da Professora
Ana Tereza Marques.

CARUARU
2015

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SUMÁRIO

1. JUSTIFICATIVA......................................................................................................

2. PROBLEMA A SER INVESTIGADO...........................................................................

3.HIPOÓTESES..........................................................................................................

4.OBJETIVO GERAL..................................................................................................

5.OBJETIVOS ESPECÍFICOS....................................................................................

6.METODOLOGIA.......................................................................................................

7.REFERÊNCIAL TEÓRICO.......................................................................................

7. CRONOGRAMA......................................................................................................

8. RECURSOS FINANCEIROS..................................................................................

9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.......................................................................

ANEXOS......................................................................................................................

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1. JUSTIFICATIVA

Com tantos avanços tecnológicos na comunicação, medicina e


outros,inclusão social parece não avançar quando se fala de portadores de
necessidades especiais.
Nossa sociedade ainda privilegia aqueles que possuem uma estrutura
financeira e psicológica favorável. Crianças e adolescentes que não estão inseridos
neste grupo acabam ficando a margem devido o preconceito que mesmo tão
combatido, ainda permanece entre nós.
Diante de tantos problemas o SERC vem com o objetivo de assistir essas
crianças e adolescentes bem como seus familiares que se ao depararem com essas
deficiências apresentados e não encontrando apoio em órgãos governamentais,
decidiram se organizar e se auto- ajudarem no tratamento dos mesmos. Assim surge
esta instituição realizando um atendimento especifico a este grupo tão
negligenciado, buscando trabalhar a auto-estima, o desenvolvimento familiar a fim
de fortalece-los em seu exercício pleno de cidadania.
Diante disso é correto afirmar que, pessoa com deficiência é sem sombra de
dúvidas uma pessoa como qualquer outra. Sua deficiência seja qual for não lhe faz
se diferente das demais o que lhes faltam é ter os mesmos acessos na própria
sociedade em que vivemos.
A pessoa com deficiência deve ser inserida, em todos os sentidos em nosso
meio social, elas não podem ser excluídas por serem deficientes.
Existe uma lei sancionada pela presidente Dilma Rousseff (Lei Brasileira de
Inclusão) onde torna a sociedade mais inclusiva, igualitária e justa nesta lei existe
mais de 100 artigos. Uma delas é “A discriminação contra a pessoa com deficiência
passa a ser considerado crime”. Sendo assim a pessoa com deficiência assegura
seus direitos de ir e vir, como qualquer outra pessoa.
Tendo como objetivo de pesquisa destacar a importância da Inclusão da
pessoa com deficiência no meio social com base na Instituição SERC ( Serviço de
Estimulação e Reabilitação da Criança) que por sua vez, objetiva a inclusão na
sociedade de pessoas portadoras de deficiência , buscando dar suporte a fim de que
as mesmas obtenham êxito em seu desenvolvimento tanto motor como cognitivo.

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2. PROBLEMA A SER INVESTIGADO

Quais as dificuldades encontradas no processo inclusivo da pessoa deficiente na


sociedade?

3.HIPOTÉSES

 As Crianças e adolescentes portadores de deficiência sofrem preconceito


perante a sociedade;

 A sociedade enxerga a pessoa com deficiência com preconceito ainda maior


quando se trata a questão socioeconômica;

 As mães ou responsáveis trazem ainda um dos fatores de maior impacto no


processo de aceitação da deficiência;

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4. OBJETIVO GERAL

Investigar o comportamento do Assistente Social junto a outros profissionais diante


da inclusão da pessoa com deficiência.

5. OBJETIVOS ESPECÍFICOS

 Entender o modo como o Assistente Social interfere no meio social das


crianças e adolescentes da instituição;
 Identificar o desenvolvimento das crianças e adolescentes no seio familiar;
 Estudar e avaliar o modo como trabalhar com as famílias;
 Mostrar as teorias e os teóricos pertinentes a temática abordada.

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6. METODOLOGIA

A pesquisa será realizada na instituição SERC fundada em 1991,na cidade de


Gravatá.

A instituição foi fundada por grupo de mães e parentes de criança e adolescentes


portadores de necessidades especiais ,que ao se depararem com a deficiência
apresentada por seus filhos e parentes não encontraram apoio de órgãos
governamentais.

A pesquisa se dará de forma descritiva, utilizando entrevistas (anexo A) e análise de


prontuários como métodos centrais.

Serão realizados entrevistas com 10 mães ou responsáveis das crianças ou


adolescentes em tratamento na ,instituição além da entrevista com a Assistente
Social que acompanha as crianças e adolescentes. Todas as entrevistas se darão
por meio de questionário( anexo A).

Atualmente o SERC atende a 202 crianças, adolescentes, que necessitam de um


acompanhamento multidisciplinar. As características mais marcantes das crianças e
adolescentes atendidos pela instituição SERC, é que essas são portadoras de
patologias distantes tais como: Paralisia cerebral, Síndrome de Down, Deficiência
auditiva e visual, deficiência mental e doenças degenerativas.

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7. REFERENCIAL TEÓRICA

O tema Inclusão Social está sendo nos últimos anos, abordada com ênfase.
No geral, o que se discute são os meios e formas de aproximar o poder público e a
sociedade à discriminação sofrida por portadores de necessidades especiais no seu
dia-a-dia.
São seres humanos como nós, que estão sendo tratados de forma
preconceituosa ferindo uma sociedade que se diz democrática e acolhedora.
Felizmente já está aparecendo pessoas e grupos engajados na luta contra toda e
qualquer forma de injustiça para com os Portadores de Necessidades Especiais
estão sofrendo.
A cerca do tema Deficiência é possível destacar que: “É preciso ter uma visão
positiva de deficiência, pois uma criança deficiente não é uma criança defeituosa”.
(VIGOTSKY, 1995)
Muitas pessoas “normais”, quando estão diante de pessoas com deficiência,
ficam confusas, não sabendo qual a melhor forma de proceder diante delas. Isso é
natural, pois qualquer pessoa pode sentir-se desconfortável diante do “diferente”.
Mas, por meio da convivência, esse desconforto diminui e pode até mesmo
desaparecer.
Segundo Mantoan, Inclusão é a nossa capacidade de entender e reconhecer
o outro, e assim ter o privilégio de conviver e compartilhar com pessoas diferentes
de nós. (2005, p. 1)
As limitações físicas, mentais, intelectuais ou sensoriais passam a ser
consideradas atributos das pessoas, atributos esses que podem ou não gerar
restrições para o exercício de direito, dependendo das barreiras sociais ou culturais
que se imponham aos cidadãos com tais limitações, o que possibilita afirmar-se que
a deficiência é a combinação de limitações pessoais com impedimentos culturais,
econômicas e sociais.
“Quando falamos de uma sociedade inclusa, o convívio e o respeito com as
diferenças são características fundamentais. Essas diferenças não deverão
contribuir para a construção de critérios classificatórios mais ou menos
valorosos ou humanos, não justificando, dessa forma, excluir ou tratar as
pessoas com deficiência em posição de desvantagens perante o restante da
comunidade”. (SANTOS, 1995; BOFF, 2000)

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Glat (1995, p. 11), ao abordar sobre o tratamento tradicional ao portador de
necessidade especial afirma: “Tradicionalmente o atendimento aos portadores de
deficiência era realizado de maneira custodial e assistencialista. Baseada em um
modelo médico, a deficiência era vista como crônica e o deficiente como um ser
inválido e incapaz, que pouco poderia contribuir com a sociedade”.
Vivemos em uma sociedade onde falar de necessidades especiais ou
deficiências é imaginar alguns estereótipos ligados às pessoas incapazes e por
conta disso, discriminados pela sociedade. Estes se apresentam no pensamento do
indivíduo pelos próprios valores impostos pelo tipo de sociedade desigual, composto
de ricos e pobres, empresários e trabalhadores assalariados e um grande número
de pessoas que não tiveram oportunidades de acesso ao mercado de trabalho.
Todas estas diferenças são representadas devido aos valores culturais que são
impostos, vindos de uma ideia de valores culturais que são estabelecidos.
Existe na sociedade inúmeras situações onde se estabelecem diferenças
entre as pessoas consideradas “normais” e aquelas que são vítimas de
necessidades especiais: os transportes coletivos sem adequações de uso para
pessoas portadoras de deficiência; os concursos públicos com exigências que
bloqueiam a participação de todos, exemplo de exames físicos e de aptidões
bloqueadoras de acesso ao portador de deficiência, entre outros.
Para Ribas (1998) “O indivíduo vive em constante interação com os valores
culturais que ele adquire no seu meio, formando uma rede de sentimentos,
preocupações e consequentes ações, porém, se sobrepõem os valores dominantes
que se perpetuam e se massificam no interior da sociedade”.
Voltando ao portador de necessidades especiais os problemas decorrentes da
aceitação diante das limitações postas a ele iniciam-se no seio familiar e se alastram
no decorrer de sua vida, não impostos pela capacidade física ou mental, mas pelos
valores sociocultural dos que os cercam, colocando-o numa situação de
inferioridade.
As dificuldades são inúmeras para a sobrevivência do portador de deficiência,
porém as mudanças de valores acontecerão, quando a sociedade não se mostrar
indiferente diante da problemática, abrindo espaços para que o portador de
deficiência extravase suas potencialidades, fazendo parte do processo educacional,
do mercado de trabalho e do contexto social.

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A rejeição passa a instaurar-se desde o nascimento e se perpetua pelos anos
seguintes, após a constatação da problemática, passando a envergonhar-se e até
mesmo evitar a exposição do deficiente à sociedade. Araújo (1995, p. 52) afirma:
“Instalada a deficiência [...] pode acarretar [...] superproteção; segregação; piedade;
rejeição; e simulação”. A reprodução dessa relação dificulta o desfeche desses
estigmas que são adquiridos nas relações sociais.
A exclusão do portador de deficiência conforme a rotulação de incapaz devido
as suas características físicas, comportamentais, ou mesmo racial não sendo
possibilitados a aderir aos padrões consideráveis desejáveis ou normais em sua
comunidade. Partindo desse pensamento, afirma Glat (1995, p. 16): “A segregação
do deficiente é entendida em termos da sua não produtividade, por não contribuírem
economicamente com o sistema eles são marginalizados e reduzidos à categoria de
cidadão de segunda classe ou seres humanos inferiores”.
Afirmando o pensamento de Glat (1995), o indivíduo que não corresponde às
expectativas grupais é considerado anormal (fora de normal), e consequentemente
excluído total ou parcial do convívio social. Devido ao rótulo de “anormal”, todas as
atitudes e comportamentos deste indivíduo, são vistos a partir do referencial de
“anormalidade”, sua personalidade ou maneira no mundo será sempre considerada
“anormal”. E este é o grande drama dos portadores de deficiência, conforme afirma
(Glat, 1996, p. 17): “A partir do momento em que alguém é identificado (ou
diagnosticado) como desviante ou anormal, todas as suas outras características ou
atributos são submetidos, e ele passa a ser visto unicamente em termos de
categoria estigmatizante [...] Ele [...] é citado como um negro, um aidético, um
deficiente mental, e não como uma pessoa que entre outras características, é de
raça negra, é portadora do HIV, ou tem dificuldade cognitiva”.
Quando reforçamos os preconceito social diante de rótulos de anormalidade
do portador de necessidades especiais, não queremos afirmar que este não
possua limitações, as deficiências impõem impedimentos reais ao indivíduo,
porém, elas funcionam em nível muito baixo de autonomia e inserção social
do que seria permitido por sua capacidade orgânica (Glat, 1996, p. 18)

As necessidades das pessoas portadoras de qualquer tipo de deficiência e


seus familiares, são variadas e divergem em diferentes etapas o que se entende a
necessidade de uma gama de serviços e de ações que permitam o seu atendimento,
compreendendo a atuação do Serviço Social visando à promoção e garantia dos
direitos sociais ao portador de deficiência assim como à sua família.
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8. CRONOGRAMA

Atividades AGO SET OUT NOV DEZ JAN FEV MAR MAIO JUN
2015 2015 2015 2015 2015 2016 2016 2016 2016 2016
Análise X X
institucional
Intervenções X X X
de grupo
Visitas X X X
domiciliares
Pesquisa de X X X X X X
campo
Reunião X X X X X X

Elaboração X X
de projeto
Execução e X X X
apresentaçã
o de projeto

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9. RECURSOS FINANCEIROS

Material Quantidade Valor unitário Valor total


Transporte 3 R$ 40,00 R$ 120,00
Resma de papel A4 1 R$ 13,00 R$ 13,00
Impressões 100 R$ 1,00 R$ 100,00
Subtotal R$ 233,00

10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Blog Falando de Deficiência. Acessado em 12/11/2015

BOFF, l. Princípios de Compaixão e Cuidados. Petrópolis Vozes, 2000.

GLAT, Rosana, Cândida, Rute.Sexualidade e deficiência mental: refletindo o


debate sobre o tema. Questões Atuais em Educação Especial. Vol. II, Rio de
Janeiro: Sette Letras, 1996.

MANTOAN, Maria Teresa Eglér. Ensinando a turma toda. Revista Pátio – Revista
Pedagógica ano V, n. 20, Diversidade na Educação, Fev. / abr. 2002.

MANTOAN, Maria Teresa Eglér. Inclusão Escolar: o que é? Por quê? Como fazer?
Ed. São Paulo: Modern, 2006.

RIBAS, João Batista Cintra. O que é uma pessoa deficiente. Coleção Primeiros
Passos. São Paulo: Brasiliense, 1998.

SANTOS, B. d S. A Construção Multicultural de Igualdade e diferença.

www.serc.org.bracessado em 26/11/2015

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ANEXOS

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QUESTIONÁRIO A ASSISTENTE SOCIAL (ANEXO A )

1- Quais os desafios encontrados ao trabalhar com crianças portadoras de


deficiência?
2- Que tipo de trabalho desenvolve com as famílias?
3- Qual o seu olhar para com a inclusão da pessoa com deficiência na
sociedade em que vivemos?
4- Quais os métodos utilizados no seu dia-a-dia?
5- As famílias ainda tem a dificuldade de aceitar a condição física ou mental da
criança envolvida?

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QUESTIONÁRIOS AS FAMÍLIAS DOS PORTADORES DE
DEFICIÊNCIA (ANEXO B)

1- Ao descobrir a deficiência do seu filho. Qual a sua reação?


2- Quais as dificuldades encontradas na sociedade perante a deficiência do
seu filho?
3- Qual a interação de amigos e familiares com a criança?
4- Você acha que as escolas estão preparadas para a inclusão do seu filho?
5- Quais os avanços que o seu filho vem obtendo no processo de
tratamento?

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TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Você está sendo convidado para participar da pesquisa INCLUSÃO DA PESSOA


COM DEFICIÊNCIAANÁLISE FEITA NA INSTITUIÇÃO SERC NO MUNICÍPIO DE
GRAVATÁ-PE.. A qualquer momento você pode desistir de participar e retirar seu
consentimento. Sua recusa não trará nenhum prejuízo em sua relação com o
pesquisador ou a instituição. O objetivo deste estudo é entender a problemática que
o Assistente Social desempenha na instituição citada. Sua participação nesta
pesquisa consistirá em responder um questionário a cerca de suas experiências de
vida dentro do tema da pesquisa. Não haverá riscos relacionados com sua
participação. Asseguramos que a sua identidade será guardada. As informações
obtidas por meio desta pesquisa serão publicadas e asseguramos o sigilo sobre sua
participação. Os dados não serão divulgados de forma a possibilitar sua
identificação. Você receberá uma cópia deste termo onde consta o telefone e o
endereço do pesquisador principal, e do CEP, podendo tirar suas dúvidas sobre o
projeto e sua participação, agora ou a qualquer momento.

Amanda Silva Santos


Josefa Jussara de Oliveira Brito
Formandas do Curso de Bacharelado em Serviço Social pela Faculdade Mauricio de
Nassau.

Endereço e telefone do pesquisador principal e do CEP.

Declaro que entendi os objetivos, riscos e benefícios de minha participação, e


concordo, voluntariamente, em participar.

______________________________________________
Entrevistada (o)

_______________________,_____ de ______________ de ___________

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SOLICITAÇÃO DE CARTA DE ANUÊNCIA

(Prezado nome) Diretor (gerente, secretário,....) do/pelo (nome do local,


Conferência, Creche, hospital, Escola, etc).
Nós NOME DOS ALUNOS PESQUISADORES, que estamos realizando a
pesquisa TÍTULO DO PROJETO, cujo projeto encontra-se em anexo, vimos através
desta solicitar sua autorização para a coleta de dados em sua instituição.(Nome da
instituição) Informamos que não haverá custos para a instituição e, na medida do
possível, não iremos interferir na operacionalização e/ou nas atividades cotidianas
da mesma. Esclarecemos que tal autorização é uma pré-condição biotética para
execução de qualquer estudo envolvendo seres humanos, sob qualquer forma ou
dimensão, em consonância com a resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde
Agradecemos antecipadamente seu apoio e compreensão, certos de sua
colaboração para o desenvolvimento da pesquisa científica em nossa região.

______________________________________
Assinatura dos alunos
Caruaru, 2015

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