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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP


INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
CURSO DE GRADUAÇÃO EM FARMÁCIA

MONALISA FERREIRA ROCHA

FATORES RELACIONADOS À OBESIDADE NA INFÂNCIA E


ADOLESCÊNCIA NO BRASIL

GOIÂNIA
2021
MONALISA FERREIRA ROCHA

FATORES RELACIONADOS À OBESIDADE NA INFÂNCIA E


ADOLESCÊNCIA NO BRASIL

Projeto de Trabalho de Conclusão de


Curso (TCC) apresentado ao curso de
graduação em Farmácia da Universidade
Paulista – UNIP, como requisito parcial
para a obtenção do grau de Bacharel em
Farmácia.

ORIENTADOR: PROF. DR. XISTO SENA PASSOS

GOIÂNIA
2021
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO

A obesidade é uma condição de acúmulo excessivo de gordura no


organismo, e tem sido uma das doenças que mais cresce em todo o mundo,
sendo considerada uma epidemia mundial. Pesquisas têm mostrado pontos em
comum de diferentes autores, os quais indicam uma grande preocupação
relacionada à obesidade na infância e na adolescência, que vem aumentando
em grandes proporções, e assim gerando um problema de Saúde Pública 1,2.
Na fase entre a infância e adolescência ocorre um rápido e intenso
crescimento e desenvolvimento físico, psíquico e social, ocorrendo também um
aumento excessivo das necessidades nutricionais1.
O desequilíbrio da alimentação pode ocasionar vários tipos de doenças
no decorrer do desenvolvimento da criança, como diabetes, hipertensão, bulimia
nervosa, aterosclerose, intolerância à glicose e doenças cardiovasculares. E
com relação ao processo psíquico e social, os problemas nessa fase levam o
indivíduo à depressão, autoestima prejudicada, deficiência no desenvolvimento
e em sua produtividade3.
A falta de exercícios físicos, de brinquedos e as novas tecnologias não
estimulam o gasto de energia. Associada a isto, o consumo de muitos produtos
industrializados e poucos nutritivos leva os indivíduos ao sobrepeso e a
obesidade, devido principalmente à falha na escolha do cardápio 4. Um outro
ponto observado em estudos com relação ao aspecto nutricional desses
indivíduos é devido aos padrões de refeições dos jovens que são extremamente
problemáticos, pois estes deixam de alimentar-se em casa fazendo isso na rua,
onde normalmente ingerem alimentos sem valor nutricional5. A influência da
mídia é algo negativo para as crianças e adolescentes, pois acabam optando por
produtos menos nutritivos, decorrências estas que levam prejuízos à saúde 4.
Portanto, hábitos alimentares, doenças relacionadas ao sobrepeso, riscos
nutricionais, avaliação e prevenção desses distúrbios nas crianças e
adolescentes, é uma questão que deve sempre ser observada, investigada e
orientada pelo profissional de saúde1.

1.1. O problema da pesquisa


O ritmo acelerado da era industrial tem cobrado seu preço. A má
alimentação aliada à busca incessante por alimentos fáceis de consumir tem
criado uma geração de pessoas obesas ao redor do mundo. E o Brasil, vem se
destacando com altas taxas de obesidade na população, o que tem preocupado
os estudiosos de Saúde Pública.
Na análise do tema o qual se propõe, foi priorizada na busca pelos reais
problemas relacionados à obesidade na infância e na adolescência, haja vista
se tratar de um problema de Saúde Pública dos mais urgentes. Hoje, no Brasil,
o número de crianças obesas é maior que o de crianças desnutridas, e essa
tendência vem se intensificando significativamente a cada ano.
Vários estudos mostram que há diversos fatores para o desenvolvimento
da obesidade. Cabe então indagar se é a vida moderna ou não, uma das
principais causas do aumento do sobrepeso na infância e na adolescência.

1.2. Justificativa

Durante o processo de crescimento e maturação, as proporções


corporais, a massa óssea e a relação entre tecido gorduroso e muscular sofrem
variações de diferentes magnitudes e velocidades por anteceder de imediato a
idade adulta. A época da adolescência deve ser considerada de grande
importância para que se estabeleçam intervenções que possam modificar riscos
futuros.
No Brasil, a população de crianças e adolescentes subnutridas era menor
que a de obesas. Porém, nos últimos anos a obesidade apresenta-se em maior
proporção do que a subnutrição. Esse quadro se inverteu e os dados apontam,
para 9% de obesidade e somente 3% de subnutridos”6.
A obesidade infantil trata-se de um problema cada vez mais presente em
nosso dia a dia. Crianças e adolescentes apresentam hábitos alimentares
danosos à saúde. E a culpa, na maioria das vezes, é dos próprios pais, que os
alimentam cada vez pior, seja por falta de tempo ou por hábitos adquiridos,
observando os seus próprios pais. A obesidade é um problema, porque
predispõe o organismo a doenças e a morte prematura 7.
A predominância da obesidade em instituições educacionais particulares
deriva-se do maior nível socioeconômico, onde as crianças e adolescentes têm
acesso a uma maior variedade de alimentos, sem nenhum valor nutritivo, porém
bastante comercializáveis. Não há preocupação com o caráter nutricional da
alimentação dos alunos, mas, com os lucros proporcionados pelos mesmos.
Esta realidade é vivenciada ainda em países em desenvolvimento pelas classes
de maior poder aquisitivo8. Entretanto, a transição epidemiológica que vem
ocorrendo nestes países demonstra que a prevalência de obesidade está
crescendo em todos os níveis da sociedade. No Brasil, é observado um aumento
da prevalência da obesidade em famílias de classe média, o que revela uma
proporção mais alta de obesos nas classes intermediárias do que nas classes
de maior poder aquisitivo8.
A experiência nutricional guarda relações em um âmbito maior de
consequências. A mais visível delas é a obesidade, porém distúrbios alimentícios
proporcionam o aparecimento de doenças crônicas como hipertensão arterial,
doenças cardiovasculares e o diabetes tipo 2 9. Os alimentos apetitosos e nocivos
ingeridos hoje podem trazer problemas sérios na adolescência e principalmente,
na fase adulta.
A obesidade repercute ainda negativamente nos níveis de aptidão física.
Crianças com distúrbios de peso gastam uma maior quantidade de energia para
realizar o mesmo exercício físico que uma criança sem esse tipo de problema.
Além disso, o cansaço gerado pela prática de exercícios é diretamente
proporcional ao peso. A fadiga muscular e a incapacidade cardiorrespiratória são
bem mais acentuadas em quem tem que realizar um maior esforço.
Quanto maior o peso, maior a força para movê-lo. Estudos têm
evidenciado variação das habilidades motoras fundamentais de locomoção,
controle de objetos e no equilíbrio10.

1.3. Objetivos

1.3.1. Objetivo geral

Levantar os pontos comuns, sobre a obesidade em crianças e


adolescentes relatados na literatura no período de 2013 a 2022.
1.3.2 Objetivos específicos (farmácia – ao menos 5 objetivos específicos)

• Identificar os objetivos comuns, citados por autores sobre a obesidade.


• Conhecer os aspectos deficientes da nutrição infantil relatados nos
artigos.
• Levantar as possíveis soluções para o tratamento, mostrados nos artigos.
2. METODOLOGIA

2.1. Tipo de estudo


Trata-se de uma revisão narrativa da literatura sobre a obesidade na
infância e adolescência. A coleta de dados será realizada na base de dados da
Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), em artigos publicados no período de 2013 a
2022, tendo como descritores a obesidade, infância, adolescência, sobrepeso e
a alimentação.

2.2. Referencial teórico-metodológico


A deficiência na ingestão alimentar é um dos pontos mais discutidos entre
os autores, e a obesidade é um fator de risco prevalente para a adolescência, se
não prevenido com antecedência pode ocorrer problemas futuros, difíceis de
serem tratados.

2.3. Instrumento de coleta de informações


Este estudo implicará no levantamento de dados de variadas fontes,
seguindo método muito rigoroso, a partir da leitura atenta e interpretativa, a fim
de levantar o maior número de dados, atualizados e fidedignos. Serão utilizados
periódicos dos últimos dez anos, específicos sobre o assunto, além de revisão
esquematizada da base de dados disponíveis na internet, como Lilacs, Dedalus,
Medline e Scielo.

2.4. Análise das informações coletadas


A análise será feita após o levantamento dos dados da literatura,
observando os aspectos comuns sobre obesidade e sobrepeso, bem como as
doenças relacionadas.
3. CRONOGRAMA

Atividade/Mês Ago Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai

Levantamento
X X X X X X X X X X
Bibliográfico

Elaboração do Projeto X X X X

Envio para autorização


X
da Instituição

Coleta de informações X X X X

Análise das informações X X X

Redação preliminar X X X

Redação Final X

Encaminhamento para
X
Banca*

Defesa do TCC X

* Trinta dias antes da apresentação.


4. PREVISÃO ORÇAMENTÁRIA

Material de Consumo Quantidade Valor unitário (R$) Valor Total (R$)

Cartucho de tinta para 1 40,00 40,00

impressora HP 3180

CD Faber Castell 5 1,50 7,50

Caneta 3 1,50 4,50

Lápis 2 1,00 2,00

Combustível 50 L 2,59 129,50

Fotocópias de material 200 0,10 20,00

bibliográfico

Encadernações 3 1,50 (espiral) 4,50

Total Geral ---- ---- 208,00


REFERÊNCIAS

1. Jacobson MS, Eisenstein E, Coelho SC. Aspectos nutricionais na


adolescência. Adolesc Latina. 1998;1(2):75-83.

2. Souza Dp, Silva Gs, Oliveira Am, Shinohara NKS. Etiologia da obesidade
em crianças e adolescentes. Rev Bras Nutr Clin. 2007;22(1):72-76.

3. Pinheiro AP, Giugliani ERJ. Quem são as crianças que se sentem gordas
apesar de ter peso adequado. Jor Ped. 2006;82(3):232-235.

4. Lima SCVC, Arrais RF, Pedrosa LFC. Avaliação da dieta habitual de


crianças e adolescentes com sobrepeso e obesidade. Rev Nutr.
2004;17(4):469-477.

5. Zamai CA, Bankoff ADP, Rodrigues AA, Silva JF, Nahas MV. Estudo do
conhecimento x incidência de fatores de risco entre escolares do ensino
fundamental e médio. Rev Ativ Fís Saú. 1999;4(3):35-44.

6. Halpern ZSC, Villares SMF, Arrais RF, Rodrigues MDB. Obesidade:


Diagnóstico e Tratamento da Criança e do Adolescente. Soc Bras Endoc
Metabol. 2005;1-11.

7. Oliveira CL, Mello MT, Cintra IP, Fisberg M. Obesidade e síndrome


metabólica na infância e adolescência. Rev Nutr. 2004;17(2):237-245.

8. Saldiva SRDM, Escuder MML, Venâncio SI, Benicio MHD. Prevalência de


Obesidade infantil em cinco municípios do Estado de São Paulo, Brasil. Cad
Saú Púb. 2004;20(6):1627-1632.

9. Araújo MFM, Beserra EP, Chaves ES. O Papel da amamentação ineficaz


na gênese da obesidade infantil: um aspecto para a Investigação de
Enfermagem. Acta Paul Enferm. 2005;19(4):450-455.

10. Oliveira CL, Fisberg M. Obesidade na infância e adolescência – Uma


verdadeira epidemia. Arq Bras Metabol. 2003;42(2):107-108.

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