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Sousa, A., Martins, C., Pinto, D., Silva, F., Ferreira, L., Santos, V.

(2019) Quality Management in Nursing, Journal of Aging &


Innovation, 8 (1): 35 - 48
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA: Sousa, A., Martins, C., Pinto, D., Silva, F., Ferreira, L., Santos, V. (2019)
Quality Management in Nursing, Journal of Aging & Innovation, 8 (1): 35 - 48
 Revisão Bibliográfica

Gestão da Qualidade em Enfermagem

Quality Management in Nursing

Gestión de la Calidad en Enfermería

Armando David Sousa1, Claudina Martins2; Dina Duarte Pinto3, Fernanda Silva4; Liliana Ferreira5; Vitor Santos6
1-6
RN, CNS, MsC

Corresponding Author: vitorsantos.speregrino@gmail.com

Resumo

A gestão da qualidade surge da necessidade de assegurar o compromisso das organizações com o objetivo da excelência dos
seus serviços.
Em 2001, a Ordem dos Enfermeiros (OE) assume o compromisso da melhoria contínua dos cuidados em enfermagem, com a
publicação dos Padrões de Qualidade, que define a uniformização dos cuidados ao indivíduo e à população e o valor em saúde
dos mesmos, proporcionando melhoria e visibilidade dos mesmos.
O presente artigo tem como objectivo: identificar a evolução do conceito de qualidade e qualidade em saúde; compreender a
relevância da gestão da qualidade em saúde e da gestão da enfermagem com qualidade; e compreender a avaliação da
qualidade em saúde. Como metodologia adotou-se a pesquisa bibliográfica.

Palavras-chave: Qualidade; Saúde; Enfermagem; Gestão

Abstract
The Quality of management arises from the need to ensure the commitment of organizations with the goal of excellence in their
services.
In 2001, the Order of Nurses is committed to the continuous improvement of nursing care, with the publication of the nursing care
quality standards, which defines the standardization of care to the individual and to the population, and there health value.
The aims of these article is to identify the evolution of the concept of quality and quality in health; understand the relevance of
quality management in health and quality nursing management; and understand the evaluation of health quality. The
bibliographical research, was the methodology adopted.

Keywords: Quality; Cheers; Nursing; Management

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1. INTRODUÇÃO

Nas últimas décadas constatou-se um crescente interesse mundial pela valorização da


qualidade dos sistemas de saúde, tendo como referência a evolução das práticas
desenvolvidas na área industrial. O controlo de custos, erro clínico, diversidade das práticas
e escassez de recursos, são algumas das razões pelas quais a qualidade é debatida nestes
sistemas.
A conceção dos cuidados de saúde como produto, conferiu aos seus utilizadores, o juízo
sobre a qualidade dos cuidados. Por sua vez, a oferta de cuidados de saúde privados e por
força da competitividade do mundo capitalista, os cidadãos começam a tomar consciência da
qualidade como um direito social (Manzo, Ribeiro, Brito e Alves, 2012).
Segundo Sousa (2010), com o emergir das exigências, mais ou menos visíveis de todos os
intervenientes nos cuidados de saúde, a qualidade constitui uma dimensão incontornável na
saúde e na prestação de cuidados, conduzindo à diminuição das organizações, das políticas
ou intervenções de saúde, que não contemplem a qualidade.
Os padrões de qualidade dos cuidados de enfermagem requerem níveis de realização ao
nível das capacidades científicas, técnicas e de relação interpessoal. A melhoria da qualidade
dos cuidados deve fazer parte do dia-a-dia de todos os enfermeiros para que o utente sinta
que os cuidados que lhe são prestados são de qualidade ao nível técnico, científico e humano.
Com a elaboração deste trabalho pretendemos identificar a evolução do conceito de qualidade
e qualidade em saúde, compreender a relevância da gestão da qualidade em saúde e da
gestão da enfermagem com qualidade, e compreender a avaliação da qualidade em saúde.

2. Evolução do Conceito de Qualidade e Qualidade em Saúde

A qualidade por ser subjetiva e dinâmica, tem evoluído ao longo dos tempos originando uma
multiplicidade de interpretações, que ocorrem em paralelo com a evolução social, originando
adaptações do seu conceito em detrimento do contexto (Pisco e Biscaia, 2001).
O conceito de qualidade ganha destaque com o desenvolvimento tecnológico observado no
século transato. Com a evolução industrial nos anos 1920, especificamente nas indústrias
bélicas, recorrente da grande guerra mundial, em que o aumento da produção de armamento
era fundamental, surgiu a atividade de inspeção com a finalidade de avaliar o produto final e
separar os que continham defeitos (Vieira, Shitara, Mendes e Sumita, 2011).
Na década de 1950 desenvolve-se a moderna conceção de Gestão da Qualidade Total (GQT),
que consolidaria a engenharia da qualidade num corpo de conhecimentos consistente, a partir

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dos trabalhos de Winston E. Deming, Joseph M. Juran, Philip B. Croby e Armand V.


Feigenbaum.
Deming desenvolve os conceitos de melhoria contínua e de controlo estatístico de processos,
aplicando o controlo da qualidade em todas as áreas da empresa e do envolvimento e
liderança da alta administração para a melhoria da qualidade. Defende também, que a
qualidade de um produto ou serviço apenas pode ser definida pelo cliente, devendo esta
traduzir as suas necessidades futuras em características mensuráveis, projetando o produto
de forma a garantir a sua satisfação, alternando o significado de qualidade de acordo com a
evolução das necessidades e expectativas do cliente (Deming, 1986).
O método de abordagem sistemática foi adotado por Deming, concentrando-se no processo
de melhoria contínua da qualidade dos processos produtivos, conhecido como ciclo “Plan, Do,
Check and Act” (PDCA), ou ciclo de Deming. Refere que o processo é cíclico, e que tem início
com o planeamento e análise das atividades ou processos, seguindo-se a implementação
prática das melhorias, posterior monitorização e consequente ação corretiva ou melhoria em
função dos resultados alcançados no decorrer do processo (Deming, 1986).
Juran, sugere a implementação de sistemas da qualidade através da trilogia de processos
(Trilogia de Juran), o planeamento, o controlo e a melhoria contínua da qualidade. Define
qualidade como a adequação ao uso do produto ou serviço, e atribui grande importância à
evolução contínua da qualidade, cujo objetivo é tornar a gestão mais atenta à prevenção e ao
contínuo alcance do melhor desempenho possível (Juran, 1988).
Crosby (1979) define qualidade como uma conformidade com os requisitos, apostando na
prevenção de falhas (política dos zero-defeitos), defendendo que o melhor método é fazer a
coisa certa à primeira e alcançar a qualidade, evitando os elevados custos da correção. Foi
uma teoria contestada por limitar a inovação e a melhoria do processo.
Em suma, a qualidade foi adotando diversas dimensões ao longo do seu percurso, imanadas
dos diferentes modelos e filosofias que a desenvolveram. Logo, podemos sistematizar a sua
evolução histórica em quatro eras distintas: inspeção da qualidade; controlo estatístico da
qualidade; garantia da qualidade e administração estratégica da qualidade em toda a
organização (Garvin, 2002; Löffler, 2001).
Com o aparecimento da GQT, verifica-se um desvio da análise do produto ou serviço, para a
conceção de um sistema da qualidade, deixando de ser responsabilidade de um
departamento específico, passando a ser um problema da empresa.
Imperatori (1999) define qualidade como um conjunto de propriedades e caraterísticas de um
bem ou serviço que lhe confere aptidão para satisfazer as necessidades explícitas ou
implícitas dos clientes, sendo multidimensional e sistemático em busca da excelência.

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Quando pensamos em qualidade em saúde, somos confrontados com um leque enorme de


definições, devido aos fatores inerentes à saúde e suas variáveis presentes.
Para Pisco e Biscaia (2001), a definição de qualidade em saúde difere de acordo com as
variáveis que assumem maior importância para cada indivíduo. A acessibilidade, os aspetos
relacionais e a melhoria do seu estado de saúde, são mais importantes para o cliente do que
a rentabilização dos investimentos.
Para a Organização Mundial de Saúde, cuidados de saúde de qualidade são todos os que
contemplam um elevado grau de excelência profissional, com riscos mínimos, com resultados
em saúde e com eficiência na utilização dos recursos (WHO, 2006).
O Institute of Medicine (1990), define qualidade em saúde como o grau de aumento de
probabilidade que os serviços de saúde têm de atingir resultados em saúde, que sejam
adequados quer ao conhecimento profissional quer ao indivíduo e/ou população.
Sousa, Pinto, Costa e Uva (2008), referem que a qualidade na saúde atual, é uma exigência
de todos os envolvidos nos cuidados de saúde (financiadores, prestadores,
clientes/utilizadores), sendo vista como um atributo essencial. O desenvolvimento da melhoria
contínua da qualidade, deve ter por base uma GQT, que se caracteriza por corrigir erros do
sistema, reduzir a variabilidade indesejada e ser um processo de melhoria contínua, num
quadro de responsabilidade e participação coletiva.
Segundo Ribeiro, Carvalho, Ferreira e Ferreira (2008), a qualidade nos cuidados de saúde
advém de razões de ordem social, ética, profissional e económicas, necessitando de uma
visão partilhada e orientada por valores de solidariedade, integridade, competência técnica e
humana, que dão resposta aos objetivos da organização, assenta numa liderança
mobilizadora que promova a implementação de sistemas de trabalho que respeitem os
beneficiários, através da auscultação do grau de satisfação dos utilizadores e dos
profissionais.
Donabedian (1988) refere que é importante definir critérios de atributo para poder caraterizar
a qualidade dos cuidados de saúde, definindo-os de acordo com a sua eficiência, eficácia,
efetividade, aceitabilidade, legitimidade, otimização e equidade.
Para Porter (2010) a qualidade são os resultados que devem ter por base a evidência
científica existente. O autor refere que muitas avaliações da qualidade se fixam nos processos
e não nos outcomes, no entanto, menciona que embora os processos sejam úteis não
traduzem os resultados. Apresenta uma fórmula em que o valor da saúde é igual à qualidade
𝑄𝑢𝑎𝑙𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒
a dividir pelos custos ( 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟 = ) sendo que se os custos são elevados a qualidade
𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜𝑠

diminui, levando a um valor em saúde inferior. Este princípio é fundamental, para


compreender que se aumentarmos o valor, todos os intervenientes no sistema irão beneficiar
e consequentemente a economia na saúde. Porter (2010) preconiza ainda que medindo,

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divulgando e comparando os resultados, se pode fazer boas escolhas de custos. O princípio


do processo positivo do benchmarking adapta-se nesta ideia do autor, que preconiza que as
organizações devem analisar os resultados de outras organizações em funções específicas a
fim de melhorar a forma como realiza a mesma ou funções semelhantes.
Em suma, a qualidade é primordial em saúde, dado que se trata de um valor sentido e
reconhecido por todos, apesar de definido de formas diferentes, que dependem da perceção,
necessidade, experiência e expectativa sobre um produto/serviço num determinado momento.

3. Gestão da Qualidade em Saúde

A gestão da qualidade surge da necessidade de assegurar o comprometimento das


organizações com o objetivo da excelência dos seus serviços. É um processo contínuo de
planeamento, implementação e avaliação das estruturas, sistemas, procedimentos e
atividades ligadas à qualidade (Imperatori, 1999).
Pires (2007) refere que a implementação de um sistema de gestão da qualidade é
fundamental, na medida em que, clarifica a atribuição de responsabilidades, privilegia as
atividades de prevenção, fornece uma evidência clara e objetiva da qualidade dos produtos
ou serviços e uma visão sistemática e descritiva de todos os processos que possam
comprometer a qualidade. O manual da qualidade é elaborado, contendo a definição da
política de qualidade, responsabilidade e procedimentos do sistema, possibilitando a
monitorização dos procedimentos e resultados (Pires, 2007). A generalidade dos hospitais, já
contempla sistemas de gestão da qualidade, que visam a melhoria contínua da qualidade,
tendo como objetivos corrigir erros do sistema, reduzir a variabilidade das práticas e melhorar
a sua eficácia.
A definição dos requisitos e padrões de qualidade é o primeiro passo, prosseguindo-se a
sistematização dos processos e fluxos de trabalho, identificando os processos críticos,
procedendo à sua avaliação e quantificação em termos de desempenho, definindo
indicadores de análise e interpretação de resultados. As conclusões dos resultados levam às
medidas corretivas que são fundamentais para a melhoria da qualidade, juntamente com a
análise e monitorização contínua (Pisco, 2001; Pisco e Biscaia, 2001).

3.1. Gestão da Enfermagem com Qualidade

Para Escoval (2003), gestão implica a capacidade de avaliar, responsabilizar, transmitir,


exigir, para conduzir pessoas com saber, competência e rigor assente em informação e

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conhecimento. A gestão de uma organização, leva a uma maior eficiência e adequação dos
recursos disponíveis, tendo em consideração o fator económico. É fundamental a partilha e
divulgação da informação na garantia da qualidade e sucesso (Chiavenato, 2004).
A qualidade em enfermagem assumiu visibilidade com a publicação em 2001 dos Padrões de
Qualidade dos Cuidados de Enfermagem emanados pela OE, constituindo um referencial
segundo o qual os enfermeiros se envolvem num processo de reflexão, tomada de decisão e
desenvolvimento do seu exercício profissional, que conduz à melhoria contínua dos cuidados
prestados ao indivíduo e à população. Nos padrões, estão explanados os metaparadigmas
da enfermagem, que consensualmente são aceites pelos membros da comunidade científica,
abrangendo os conceitos de pessoa, ambiente, cuidados de enfermagem e saúde. Nesta
lógica, e com o objetivo de tornar as organizações de saúde mais eficientes e com Cuidados
de Enfermagem de excelência, insere-se uma gestão em enfermagem com mais qualidade.
Compete às Direções de Enfermagem das Instituições de Saúde, contribuir na definição de
políticas que garantam e promovam a qualidade dos cuidados de enfermagem, favorecendo
a aplicação dos padrões de qualidade, planear e avaliar as ações e os métodos de trabalho
com o objetivo da melhoria da qualidade dos mesmos (Portaria n.º 245/2013).
O enfermeiro com funções de gestão, desempenha um papel de relevo na certificação e
validação da qualidade do exercício profissional, tendo como premissa a certificação do
cumprimento dos Padrões de Qualidade em Enfermagem e motor do desenvolvimento
profissional técnico-científico e relacional, devendo possuir conhecimentos efetivos no
domínio da disciplina/profissão de enfermagem e de gestão (Regulamento n.º 101/2015).
A qualidade dos cuidados de enfermagem tornou-se assim, um fenómeno de crescente
interesse nas organizações de saúde, pelo conhecimento científico e a necessidade de
adequá-lo a cada pessoa, sendo a liderança fundamental para essa mesma qualidade,
estimulando a formação dos profissionais, criando envolvência e compromisso efetivo,
fundamental para a evolução da organização. No processo de liderança, deve haver espaço
para promover a conceção e implementação de projetos e programas na área da qualidade,
tendo presente uma prática baseada na evidência, com o propósito da melhoria da prática
profissional.

3.2. Gestão da Qualidade em Saúde em Portugal

Portugal tem apresentado uma evolução significativa no seu sistema de saúde, fruto das
reformas introduzidas que se refletem na melhoria dos indicadores de saúde, como a
esperança média de vida e a mortalidade infantil. Na base está o Serviço Nacional de Saúde

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(SNS) que foi fundado em 1979, cuja qualidade dos seus serviços e profissionais já mereceu
reconhecimento internacional.
Como suporte da qualidade dos serviços portugueses, está o Instituto Português da Qualidade
criado em 1986, cujas funções estão sob a tutela do Ministro da Economia. Este é o organismo
gestor e coordenador do Sistema Português de Qualidade criado em 1993 em substituição do
anterior Sistema Nacional de Gestão da Qualidade, responsável pelas atividades que
promovem a qualidade nos diversos sectores, incluindo a saúde.
Segundo Pisco e Biscaia (2001) a Comissão Sectorial para a Saúde – CS/09 – tem vindo a
promover a qualidade nas instituições de saúde através do desenvolvimento de
recomendações para a melhoria. Em 1993 a Direção-Geral da Saúde (DGS) emitiu uma
circular normativa determinando a criação de comissões de qualidade em todos os
estabelecimentos de saúde, com a função de desenvolverem e implementarem programas de
garantia da qualidade, não obtendo resultados práticos desta norma.
Só em 1998, com o documento “Saúde: um compromisso. A estratégia de saúde para o virar
do século (1998-2002)” é que a qualidade passa a ser reconhecida como prioridade para o
SNS. Com o programa “Saúde XXI” é definida uma política da qualidade, cuja missão foi o
desenvolvimento contínuo da qualidade a nível nacional, regional e local, assente em atributos
de melhoria contínua, responsabilização, participação e coordenação. Criou um conjunto de
estruturas das quais se destaca o Conselho Nacional da Qualidade, órgão de consulta do
Ministério da Saúde, no âmbito da política da qualidade, responsável pela elaboração de
recomendações nacionais para o desenvolvimento do sistema da qualidade e o Instituto da
Qualidade em Saúde na definição e desenvolvimento de normas, estratégias e procedimentos
para a melhoria contínua da qualidade dos cuidados de saúde (Pisco e Biscaia, 2001).
Estes dois órgãos acabaram por se extinguir dando lugar em 2006 à Administração Central
do Sistema de Saúde que ficou responsável pela gestão da qualidade organizacional e a DGS
pela qualidade clínica, criando em 2009 o Departamento da Qualidade na Saúde que
contempla cinco divisões: qualidade clinica e organizacional; segurança do doente; gestão
integrada da doença e inovação; mobilidade de doentes e acreditação (Departamento de
Qualidade em saúde - DGS, 2014).
Em junho de 2009 foi definido que o Departamento da Qualidade na Saúde da DGS era
responsável pela criação de um Programa Nacional de Acreditação em Saúde baseado num
modelo de acreditação sustentável e adaptável às caraterísticas do Sistema de Saúde
Português - Despacho nº 14223/2009, de 24 de junho (Departamento de Qualidade em Saúde
- DGS, 2014).
Por influência dos modelos ingleses e americanos, a DGS adota o Programa “Accreditation”,
definindo que o modelo espanhol – Agencia de Calidad Sanitaria de Andalucía (ACSA) se

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adapta às necessidades portuguesas preconizadas pelo Programa Nacional de Acreditação


em Saúde, tendo sido adotado como modelo de referência hoje ACSA Internacional com a
definição da Internacional Society for Quality Assurance (Departamento de Qualidade em
Saúde - DGS, 2014).

4. Avaliação da Qualidade em Saúde

A avaliação da qualidade é uma atividade inerente ao processo de melhoria contínua. A


avaliação da qualidade dos cuidados de saúde, projeta o que se passa dentro de uma
organização, do nível de qualidade em que está a operar e o que pode ser feito para melhorar
o seu desempenho.
Para Donabedian (1988), a avaliação da qualidade implica conhecer na globalidade a relação
entre as suas três dimensões: a estrutura que diz respeito aos recursos materiais e humanos
disponíveis, bem como as caraterísticas do ambiente físico, organizacional e financeiro; os
processos que correspondem ao conjunto de atividades que são desenvolvidas durante a
prestação de cuidados, contemplando os aspetos técnicos, terapêutico e relacionais, onde o
comportamento e a ética estão inerentes e os resultados que refletem o efeito, favorável ou
adverso decorrentes das ações e procedimento realizados, englobando os resultados clínicos,
económicos e de satisfação (Donabedian, 1988; Ferreira, 1991).
Existem práticas e ferramentas estratégicas globalmente difundidas e utilizadas, na avaliação
e melhoria da qualidade em saúde. A acreditação e a certificação são duas práticas de
avaliação da qualidade organizacional, com evidência comprovada das suas vantagens
(Veillard, Champagne, Klazinga, Kazandjian, Arah e Guisset, 2005). Na avaliação da
qualidade clínica existem as normas de orientação clinica, as auditorias, os indicadores e os
inquéritos de satisfação aos clientes.
A divulgação dos resultados confere confiança, motivação e responsabilidade dos membros
da organização e do cidadão em geral.
Os indicadores de qualidade na saúde, são uma fonte de dados que apoia as organizações
de saúde na medição periódica do seu desempenho e na identificação de potenciais
problemas e oportunidades para a melhoria contínua. Existe a nível internacional o projeto de
avaliação de desempenho clínico - International Quality Indicator Project, que serve de
referência na implementação do benchmarking entre as instituições participantes, permitindo
a partilha e comparação da informação entre si, com o objetivo de encontrar indicadores de
excelência que sirvam de referência para outras instituições (Boto, Costa e Lopes, 2008).

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A acreditação é um método de auto-avaliação e auditoria externa por pares, utilizada pelas


organizações de saúde na avaliação do seu nível de desempenho em relação a padrões
preestabelecidos e implementação de medidas de melhoria (Rooney e Ostenberg, 1999).
Este processo consiste na realização de uma visita por um organismo independente e
reconhecido, à organização, analisando o grau de conformidade dos seus processos em
relação aos padrões. Se a apreciação for satisfatória, é entregue um certificado de acreditação
com validade de três anos, caso não esteja em conformidade, é efetuado recomendações de
melhoria e realizada nova visita. Existem diferentes modelos, mas todos têm o mesmo
propósito, criar uma maior uniformização das práticas, promover a mudança, reforçar o
planeamento e a integração de ações, criar sistemas integrados de gestão da qualidade,
desenvolver e atualizar os profissionais de forma consistente e integrada, aumentando a
transparência das organizações (Boto et al., 2008; Greenfield e Braithwaite, 2008).
Existem vários modelos de acreditação de referência como: King´s Fund Health Quality
Service; Joint Commission International; Canadian Council on Health Services Accreditation
e Australian Council on Healthcare Standards.
A certificação por sua vez é um processo formal e voluntário, recorrendo ao método de
avaliação e reconhecimento de um profissional ou uma instituição de acordo com as boas
práticas de gestão da qualidade, com critérios definidos pelas normas da International
Organization for Standardization (ISO) (Rooney e Ostenberg, 1999).
A ISO é uma organização não-governamental, com a finalidade de promover a normalização
e a segurança em organizações de todo o mundo, facilitando as trocas de serviço/bens,
contribuindo para a eficiência e efetividade das indústrias. A ISO 9000, foi a primeira versão
de normas de qualidade elaborada pela ISO lançada em 1987, tendo como referencial a
implementação de sistemas de gestão da qualidade, com o objetivo de satisfazer os clientes
e a melhoria contínua dos processos (ISO, 2012).
Segundo Heuvel, Koning, Bogers, Berg e Van Dijen (2005), esta série é constituída por
normas de orientação para sistemas de gestão em qualidade definindo os requisitos (9001) e
as orientações (9004). A norma ISO 9001:2015 compreende sete princípios fundamentais da
gestão da qualidade: focalização no cliente; liderança; comprometimento das pessoas;
abordagem por processos; melhoria; tomada de decisão baseada na evidência e gestão das
relações (APQ, 2015).
A ISO 9001:2015 é a versão mais recente, que se rege pelo ciclo PDCA, que permite a uma
organização assegurar que os seus processos são dotados de recursos adequados e
devidamente geridos e que as oportunidades de melhoria são determinadas e implementadas.
O pensar baseado em risco permite à organização determinar os fatores suscetíveis de

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provocar desvio nos processos e sistema de gestão da qualidade em relação aos resultados,
implementando medidas preventivas para minimizar efeitos negativos (NP ISO 9001, 2015).
Segundo Heuvel et al (2005) com o processo de certificação, são introduzidas melhorias no
registo e na documentação, acrescentando um maior rigor na definição dos objetivos de
qualidade e no planeamento e controlo dos processos. A atribuição do certificado de qualidade
a uma organização, confere que o trabalho desenvolvido cumpre os padrões preconizados
internacionalmente, gerando confiança nos cidadãos em relação aos serviços. (Heuvel et al,
2005).
O modelo de Excelência da European Foundation for Quality Management (EFQM), que tem
como missão promover a excelência nas organizações, introduzindo oito conceitos
fundamentais nas práticas de gestão: orientação para os resultados; focalização do cliente;
liderança e persistência de propósitos; gestão por processos e por factos; desenvolvimento e
envolvimento das pessoas; aprendizagem, inovação e melhoria contínua; desenvolvimento
de parcerias e a responsabilização social corporativa (EFQM, 2003).

CONCLUSÃO

O acesso aos cuidados de saúde de qualidade é por si só, um fator determinante da saúde
das populações. Desta forma, impõe‐se que os sistemas de saúde respondam com maior
rapidez e eficiência, e que evidenciem as suas atividades em função das necessidades das
populações e das expectativas sociais com uma orientação mais centrada no cidadão,
potenciando a obtenção de ganhos em saúde e criação de valor.
A gestão da qualidade em enfermagem na atualidade impõe que o Enfermeiro Gestor
assegure o cumprimento dos padrões de qualidade emanados pela OE, de acordo com a
formação da equipa, dar condições de desenvolvimento para uma prática clínica baseada na
evidência, com elaboração, utilização e atualização de normas de boas práticas de forma a
garantir as melhores práticas profissionais bem como a qualidade dos cuidados.
A gestão da qualidade em enfermagem, na atualidade, impõe que o Enfermeiro Gestor
assegure o cumprimento dos padrões de qualidade, sistemas de gestão da qualidade, que
visam a melhoria contínua da qualidade, tendo como objetivos corrigir erros do sistema,
reduzir a variabilidade das práticas e melhorar a sua eficácia. O enfermeiro gestor, tem a
responsabilidade de dar condições de desenvolvimento para uma prática clínica baseada na
evidência, com elaboração, utilização e atualização de normas de boas práticas de forma a
garantir as melhores práticas profissionais bem como a qualidade dos cuidados.

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As políticas, os objetivos e as responsabilidades são o conjunto de atividades de gestão que


a gestão da qualidade integra, efetuando o planeamento, controlo e melhoria do sistema da
qualidade. A adoção desta filosofia implica o compromisso de todos os gestores e
profissionais para com a qualidade dos cuidados que são prestados a todos os níveis,
implicando uma mudança na cultura interna das organizações.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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