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Serviço de Imagiologia

Exmo. Senhor
Médico Assistente

Exame de : JOÃO CARLOS TELES BONITO


VIEGAS
N/ refª GTS – 1378973
Data: 31-07-2020

URETROGRAFIA POR RESSONÂNCIA MAGNÉTICA

Informação clínica
“Antecedentes de fracturas da bacia com traumatismo uretral, entretanto submetida a
uretroplastia. Suspeita de reestenose.”

Técnica
Foram efectuadas aquisições multiplanares dirigidas ponderadas em T2 TSE FS em três
planos, T2 TSE no plano axial, T1 TSE FS no plano axial e T1 TSE FS nos três planos após a
administração de contraste paramagnético por via endovenosa. Foram previamente
efectuadas duas tentativas de instilação uretral de soro fisiológico para adequada distensão,
após cateterização com sonda de Foley, tendo sido obtida todavia uma distensão muito
escassa.

Relatório
Foi efectuado estudo comparativo com uretrografia por RM de 10/1/2020.

Identificam-se sinais de fracturas consolidadas dos ramos isquio-púbicos e ilio-púbicos.


Adicionalmente, é visível um defeito de substância na vertente esquerda da sínfise púbica,
sugerindo fractura não consolidada.

A bexiga foi avaliada em baixa/moderada replecção, limitando a sua avaliação. Presença de


cistostomia supra-púbica, bem posicionada.
São aparentes artefactos de susceptibilidade magnética na proximidade da uretra posterior,
que relacionamos com os antecedentes cirúrgicos.
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Persiste um ligeiro deslocamento da próstata, resultante dos antecedentes traumáticos,
registando-se um desvio lateral esquerdo, particularmente do ápex.

A uretra prostática é bem visualizada na base e terço médio da próstata, na topografia


habitual. A uretra prostática distal evidencia um ligeiro desvio para a esquerda da linha
média.
A uretra membranosa e a uretra bulbar não são visualizadas, registando-se actualmente um
defeito uretral estimado em aproximadamente 60 mm de comprimento (versus 22mm em
exame prévio), em favor de reestenose. Esta medição corresponde à distância entre a
extremidade mais proximal da uretra com normal calibre e o ápex prostático. (Pf, ver
imagem 21 de 38 de série sagital ponderada em T1 após contraste).
A uretra peniana apresenta normal calibre, é regular e evidencia normal realce.

Os corpos cavernosos e corpo esponjoso apresentam normal morfologia e intensidade de


sinal. Sem sinais de avulsão dos corpos cavernosos da sua inserção nos ramos isquiopúbicos.
O corpo esponjoso não demostra sinais de espongiofibrose.

Não se identificam trajectos fistulosos. Sem outras aparentes alterações.

Com os melhores cumprimentos,

Dra. Cristina Maciel

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