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ESCOLA DE EDUCAÇÃO PERMANENTE DO HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA

FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - EEPHCFMUSP

CURSO TÉCNICO EM RADIOLOGIA MÉDICA

ESTUDO DE CASO – ACIDENTES COM O


TRATAMENTO RENAL POR LITOTRIPSIA
EXTRACORPÓREA

Simone Maria Fernandes


CASO I
Paciente,57 anos, sexo feminino, tratada de cálculo renal uretral com 1,5 cm com LECO. Após
procedimento, controle radiográfico imediato ,mostrou alterações no formato do cálculo. 24hs
após , paciente com recidiva da dor em flanco esquerdo. Tomografia computadorizada (TC)
realizada, revelando múltiplas lacerações e fratura renal esquerda, associada ao
extravasamento de contraste, configurando trauma renal.(Fig 1)
Após 4 meses, Tc de rotina, mostrou
pequenos cálculos renais de 1,5 cm, no
rim esquerdo. Realizada cintilografia
renal, mostrou 25% do rim esquerdo com
atraso na excreção. Paciente submetida a
Pielolitomia Aberta e colocação de Duplo
“J”. Cinco meses após a operação , TC
mostrava função normal.
Duplo J

Imagens radiograficas de colocação de DUPLO “ J “


Caso II

Paciente, 50 anos, sexo feminino, com histórico de tratamento oncológico para cancêr de colo
uterino - Braquiterapia. Anamnese revelou nefrolitíase, com cálculo de 1,6 cm em pelve renal. Após
ser submetida a Litotripsia Extracorpórea - LECO, evoluiu com uropatia obstrutiva por impactação
dos fragmentos de cálculos. Solicitado TC na reavaliação da paciente, a qual mostrou numerosos
cálculos no interior dos terços médio e distal do ureter direito, acentuada uropatia obstrutiva, com
hidronefrose e “rua de cálculos “.
Realizada a ureterolitotripsia e
remoção de fragmentos de
cálculos. Após três meses,
realizada TC de controle, não
exibiu sinais obstrutivos ou
cálculos no trato urinário.
DISCUSSÃO
Embora a LECO seja procedimento resolutivo e de baixo potencial de complicações, os efeitos
adversos ao tratamento radioterápicos, como no caso 2 , podem alterar os resultados
esperados para o respctivo procedimento.
Efeitos secundários da LECO nos rins e tecidos adjacentes, acredita-se ser o resultado de dano
celular causado quando uma cavitação (bolhas de ar) é produzida pela passagem de ondas de
choque.
Complicações graves como laceração renal, são raros e pouco relatados.
É necessário que o urologista adote cuidados adicionais na abordagem, anamnesee indicação
terapeutica a ser adotada, conforme antecedentes de cada indivíduo
LITOTRIPSIA EXTRACORPÓREA POR
ONDA DE CHOQUE - LECO

• Tratamento para cálculos renais, não envasivo e eficaz para a


maioria dos cálculos – 2 cm e 1 cm respctivamente
REFERÊNCIAS
● Marchini GS, Lopes RI, Bruschini H, Torricelli F, Lopes RN. Tratamento
conservador de trauma renal grave após litotripsia extracorpórea por
ondas de choque. Rev Col Bras Cir. [periódico na Internet] 2011; 38(6).
Disponível em URL: http://www.scielo.br/rcbc
● Alves,Natalia Guedes,et al. Revista Eletrônica Acervo Saúde

ISSN 2178-2091 REAS/EJCH - Vol 12(9) - e 3594 - pag 1-6

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