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MEGAURETER E URETEROCELE
INTRODUÇÃO
Por definição, o megaureter é aquele que apresenta um diâmetro maior ou igual a 7 mm,
independente de sua etiologia. Ele pode ser primário, representando uma condição intrínseca do
ureter ou secundário a processos patológicos da bexiga como bexiga neurogênica, obstrução infra
vesical ou a infecções.
1. Obstrutivo
2. Refluxivo
4. Obstrutivo e refluxivo
Nosso desafio consiste no balanço entre a identificação precoce e manejo dos ureteres obstru-
ídos, visando a prevenção da perda de função renal e a identificação dos ureteres estáveis evitando
intervenções cirúrgicas desnecessárias.
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alguns meses e a antibioticoprofilaxia é a única medida necessária. Outras etiologias que provo-
quem uma desproporção conteúdo x continente, como diabetes insipidus, também são descritas.
Não há consenso sobre a etiologia do megaureter obstrutivo refluxivo. Uma teoria é a de que
um segmento ureteral distal adinâmico porém implantado sob um túnel submucoso curto, poderia
justificar o achado. Neste caso, o tratamento é cirúrgico com o objetivo de preservar o trato superior
e consiste no reimplante do ureter ectópico.
Abordaremos com mais detalhes neste capítulo o megaureter obstrutivo primário e uma das
etiologias do megaureter obstrutivo secundário, a ureterocele.
Nos casos em que o diagnóstico não é feito no pré-natal, as manifestações clínicas mais co-
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muns são ITU (70%), hematúria e dor (20%). O diagnóstico é feito após rotina de investigação de
ITU na infância.
Ultrassonografia (USG)
Por suas características, a USG é normalmente o exame inicial para avaliação de HAN ou de
anomalias urinárias.
O segmento obstrutivo distal pode ser descrito como um afilamento ureteral a poucos centí-
metros da bexiga. O trajeto, a implantação na bexiga e a identificação de outros achados ajudam no
diagnóstico diferencial. Entretanto, a USG não é capaz de fornecer dados funcionais.
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Pode ser normal nos casos de megaureter obstrutivo primário ou apresentar algum abaula-
mento da parede vesical por compressão do ureter muito dilatado.
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Renograma diurético
O renograma diurético nos fornece dados objetivos funcionais e dinâmicos. O grau de obstru-
ção pode ser inferido utilizando-se múltiplos parâmetros como a captação do radiofármaco, a ex-
creção renal e o tempo necessário para excreção de metade do traçador (T½) > 20 min (Koff, 1992).
O radiofármaco mais utilizado é o 99mTc DTPA (ácido dietileno triamino penta-acético) que tem
utilidade limitada antes de 4-6 semanas de vida, devido à baixa TFG. Nesta faixa de idade, o MAG3
(mercaptoacetilglicina) deve ser o agente de escolha, porém nem sempre está disponível.
A interpretação da cintilografia renal dinâmica nos casos de megaureter pode ser difícil e a
avaliação separada das curvas de atividade renal e ureteral seria importante para se avaliar o grau
de obstrução em cada ponto. Uma curva de eliminação renal normal com um T½ adequado não
descarta a obstrução ureteral distal, pois o rim pode esvaziar para um ureter dilatado que acomoda
e armazena o volume de urina.
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nário de recém-nato limita a sua utilização. Pode ter utilidade em alguns casos para uma melhor
avaliação da anatomia, principalmente em crianças mais velhas. A UGE pode fornecer uma noção
funcional grosseira.
A UroRM fornece um estudo anatômico detalhado e pode ser um estudo mais utilizado no
futuro, incluindo parâmetros funcionais, sem o risco de exposição à radiação da tomografia compu-
tadorizada.
Teste de Whitaker
O teste de Whitaker avalia diretamente o gradiente de pressão intra-renal e intra-vesical, para
diagnosticar a obstrução das vias urinárias. É um teste invasivo que exige sedação, confecção de uma
nefrostomia e cateterismo vesical.
Entretanto, o teste tem limitações para uso na população pediátrica devido a suas caracterís-
ticas anatômicas. Novos estudos seriam necessários para estabelecer um protocolo com valores de
infusão e pressão compatíveis com a idade.
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nunca viessem a apresentar sintomas. O desafio é tentar reconhecer quais pacientes não terão uma
evolução benigna. (Shokeir, 2000)
O uso de antibioticoprofilaxia é discutível nestes casos se não há associação com refluxo. Po-
rém, aguardar um primeiro episódio de ITU em uma criança com grande volume de urina em estase
é uma preocupação para muitos urologistas pediátricos.
Dados objetivos como espessura do parênquima e função renal ajudam na tomada de decisão
durante o acompanhamento. Nestes pacientes a USG deve ser realizada a cada 6 meses e cintilogra-
fia renal com DTPA anualmente.
Em casos que evoluem com comprometimento renal, a opção de uma derivação temporária
pode proteger o trato urinário superior e postergar uma cirurgia maior para um momento mais ade-
quado e em condições mais favoráveis (Gimpel, 2010).
Derivação temporária
Alguns casos podem apresentar infecção grave com sepse e se necessário uma drenagem rápi-
da, uma nefrostomia pode ser utilizada, de forma temporária. Entretanto, para uma derivação mais
prolongada uma ureterostomia distal em alça é a melhor opção, garantindo uma boa drenagem.
A ureterostomia cutânea é prática e rápida, com acesso por uma pequena incisão inguinal.
O ureter é facilmente visualizado pelo seu tamanho, sendo às vezes confundido com uma alça de
jejuno. Uma punção com agulha para se confirmar a saída de urina deve ser feita antes da abertura
do ureter.
Uma referência anatômica que pode ajudar a localizar o ureter é a artéria umbilical obliterada.
Após sua secção encontra-se o ureter logo abaixo.
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primento, de tal forma a se obter uma relação entre o túnel submucoso e o diâmetro ureteral de 5:1.
Existem múltiplas técnicas de ureteroplastia, utilizadas quando o ureter tem mais que 1cm
de diâmetro, incluindo a plicatura da parede ureteral e o remodelamento com ressecção parcial da
parede.
Técnica de Kalicinski - Realiza-se uma plicatura na parede lateral do ureter, mantendo o tecido
dobrado fora da luz ureteral. Um cateter de 10 ou 12 Fr é utilizado para calibrar a luz e uma sutura
em “barra grega” isola o excesso de ureter. O excesso é então dobrado sobre o próprio ureter (Kali-
cinski, 1979).
As taxas de sucesso são de 93-95% nos casos de plicatura e 74-90% para as técnicas com res-
secção. Por outro lado, as complicações e a morbidade são maiores nas técnicas de plicatura.
Pós-operatório
O stent pode ser removido após 3-7 dias após plicatura e 7-14 dias após modelagem com
ressecção.
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Um edema local com persistência da dilatação ureteral pode permanecer por algumas sema-
nas e exames de imagem devem ser evitados neste período.
Após 30 dias, 3 meses e 6 meses realiza-se USG de controle e após 3-6 meses complementa-se
o estudo com renograma diurético e UCM para se descartar refluxo.
Ureterocele
A ureterocele é uma dilatação cística do ureter terminal e está associada à duplicidade urete-
ropiélica em 80% dos casos.
Uma terceira teoria envolve a formação do ducto mesonéfrico e do broto ureteral. Anomalias
de diâmetro e posição nestas estruturas podem justificar não só a formação da ureterocele mas
também a presença de alterações histológicas renais e displasia associadas à ureterocele. Estas alte-
rações podem levar a um resultado de perda de função renal a longo prazo, independente do grau
de obstrução, presença de infecção ou correção cirúrgica adequada precoce (Caldamone, 1984).
Classificação - Ureterocele
Múltiplas classificações foram sugeridas para descrever a ureterocele porém nenhuma é uni-
versal.
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A classificação de Stephens pode ser utilizada para localizar o orifício e fornecer algumas ca-
racterísticas. Por esta classificação, a ureterocele pode ser intravesical ou extravesical, de acordo com
a sua extensão. A ureterocele intravesical pode ser estenótica ou não-obstrutiva. A ureterocele ex-
travesical pode ser esfinctérica, esfinctero-estenótica, cecoureterocele ou ectópica em fundo cego.
Diagnóstico - Ureterocele
A ureterocele pode ser detectada na USG morfológica antenatal e raros casos de intervenção
intra-útero foram descritos (Adiego, 2011).
Em meninas, pode ocorrer prolapso da ureterocele e se observa uma massa cística interlabial,
que deve ser diferenciada de outros diagnósticos, como sarcoma botrióide, cisto do ducto de Gartner
e cisto de ducto periuretral de Skene.
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O quadro mais comum é o de hidronefrose por obstrução ureteral e os casos não diagnosti-
cados no período pré-natal apresentam classicamente história de ITU, antes de 3 anos de idade. A
ureterocele pode provocar ainda sintomas miccionais (DeFoor, 2003).
A avaliação inicial é feita com a USG e a UCM em todas as crianças com suspeita de anomalias
ureterais e, se confirmadas, a avaliação funcional cintilográfica é realizada. A uretrocistoscopia com-
pleta o estudo diagnóstico.
Ultrassonografia (USG)
A USG normalmente descreve a ureterohidronefrose e pode identificar a presença de dupli-
cidade associada e sinais de displasia, como hiperecogenicidade de parênquima. Na duplicidade,
pode ocorrer dilatação do polo inferior por refluxo associado.
Na bexiga, pode ser visualizada a ureterocele na região postero-lateral, como uma protrusão
cística de parede fina, porém esta imagem só é obtida com a bexiga parcialmente repleta. Uma
bexiga muito cheia pode causar colapso da ureterocele e uma vazia pode ser toda ocupada pela
ureterocele.
Um ureter ectópico dilatado pode simular uma imagem semelhante a da ureterocele ao com-
primir externamente a bexiga. Porém, a estrutura cística nesse caso tem a parede espessa e se ob-
serva a progressão do ureter até uma porção mais distal, ectópica (Sumfest, 1995).
Algumas vezes, se observa uma grande dilatação ureteral mas com um rim pequeno ou um
polo superior atrófico, nos casos de duplicidade. Tal quadro é conhecido como desproporção da ure-
terocele e nestes casos não se observa o parênquima renal (Share, 1989).
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Em alguns casos de refluxo maciço, a ureterocele e a unidade do polo superior podem não ser
visualizadas. A anatomia dos cálices renais pode sugerir a presença de duplicidade ao se observar a
ausência do grupamento calicinal superior, o sinal do “lírio caído”. A mesma imagem pode ser vista
na urografia excretora.
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Em grandes ureteroceles, pode haver refluxo contralateral por distorção da anatomia. O reflu-
xo para a ureterocele é raro.
A ureterocele pode ser descrita como uma imagem de “cabeça de cobra” na topografia da be-
xiga ao ser contrastada internamente.
Este exame tem a limitação de não demonstrar sistemas não funcionantes e alguns sinais
indiretos de sua presença precisam ser observados. O sinal do “lírio caído” também pode ser visto
aqui, ao se constatar a ausência do grupamento calicinal superior. Tal achado sugere a presença de
duplicidade e, no caso da UGE, com o polo superior não funcionante.
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A cintilografia renal com 99mTc DTPA (ácido dietileno triamino penta-acético), ou renograma
diurético, é utilizado para quantificar a obstrução.
Os resultados dos exames cintilográficos são mais fidedignos após 4-6 semanas de vida, após
o período de transição do amadurecimento fisiológico renal do recém-nato.
Cistoscopia
Em ureteroceles menores e intravesicais observa-se uma dilatação cística que se expande con-
forme a peristalse ureteral, com um orifício puntiforme visualizável.
Em ureteroceles intravesicais maiores e nas extravesicais a anatomia pode ser difícil de identi-
ficar e nem sempre se encontra o orifício da ureterocele. A extensão para a uretra dificulta a identifi-
cação dos limites do colo vesical e uretra, estando o orifício muitas vezes além do colo vesical.
A melhor visualização é obtida com a bexiga parcialmente cheia e aguardando que a peristalse
ureteral promova o seu enchimento.
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Tratamento - Ureterocele
A abordagem da ureterocele deve ser individualizada e os algoritmos de tratamento tem sido
controversos. Com o diagnóstico precoce, antenatal ou neonatal, a indicação atual é de realizar a
punção precoce da ureterocele para descompressão do sistema e manter o paciente em antibiótico-
profilaxia até que se defina se há refluxo associado. A punção da ureterocele parece ser uma medida
de baixa morbidade, porém pode levar ao surgimento de refluxo (Adorisio, 2011).
Episódios de ITU podem ocorrer por refluxo contralateral após a cirurgia ou raramente pela
permanência da loja de ureteroceles volumosas. A reconstrução vesical pode ser necessária poste-
riormente.
Apenas puncionar a ureterocele nestes casos não parece ser uma boa opção. Pode levar a um
quadro de refluxo para o ureter acometido e além da nefrectomia será necessário fazer a reconstru-
ção vesical.
Após a punção, existe o risco de surgimento de RVU, que deve ser abordado como um refluxo
primário, aguardando o crescimento da criança. Entretanto, a chance de ser necessária a ressecção
da ureterocele com reimplante ureteral é maior nestes casos.
Para as ureteroceles intravesicais uma punção na região medial da base descomprime o sis-
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tema e mantém a mucosa promovendo um mecanismo antirefluxo. Nos casos de ureterocele extra-
vesical, que se extende para uretra, procede-se à abertura ureterocele até acima do colo vesical ou
realiza-se duas punções, uma na porção intravesical e outra na extravesical.
Após 1-2 semanas se realiza uma USG para avaliar o grau de descompressão do sistema e após
3 meses uma UCM para verificar o surgimento de RVU.
Existe ainda a opção de manter o rim não funcionante, realizando ou não a reconstrução ve-
sical. Algumas considerações em relação à possibilidade de tratar-se de um rim com displasia pre-
cisam ser feitas. Porém, com a proposta de descomprimir o sistema com punção da ureterocele no
período neonatal, muitas crianças talvez não necessitem de cirurgia e permaneçam com um rim não
funcionante, que deverá ser acompanhado.
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mia como forma de abordar cirurgicamente somente o rim. A parcela de participação desta unidade
para a função renal global é pequena e, desta forma, se evitaria uma cirurgia de reconstrução vesical.
Outra opção é manter o polo superior funcionante e realizar uma derivação alta com o ureter
dilatado, tipo ureteropielostomia ou ureteroureterostomia. Esta opção parece ser interessante nos
casos em que não há refluxo associado ipsilateral ou contralateral e, da mesma forma, evita uma
abordagem cirúrgica vesical.
A punção da ureterocele pode ser uma alternativa como abordagem inicial e alguns pacientes
que evoluem com RVU podem apresentar resolução expontânea.
Nos casos em que há refluxo associado, uma abordagem baixa, com ressecção da ureterocele e
correção do refluxo, é a conduta indicada. Este modelo descarta a necessidade de um segundo pro-
cedimento. No entanto, é preciso aguardar até que a bexiga tenha um tamanho adequado. Até que
se tenha segurança para realizar a correção, o rim estará sob risco e a antibioticoprofilaxia é essencial
(Husmann, 1995).
Considerações finais
A diagnóstico de ureterocele resume uma grande quantidade de apresentações distintas, com
anatomia e fisiologia variados.
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