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Resumo deResumo

Obstrução Intestinal
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Obstrução
Intestinal

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Resumo de Obstrução Intestinal
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1. Introdução
A obstrução intestinal consiste no impedimento de propagação do conteúdo
gastro-entero-cólico pelo trato gastrointestinal.
Podemos classifica-la quanto ao nível (alto ou baixo), ao grau (completa ou
incompleta), ao estado de circulação sanguínea (simples ou estrangulada), à evolução
(aguda ou crônica), à localização (intramural, extramural ou intraluminal) e à causa
(mecânica, vascular ou funcional).

Fonte: https://bit.ly/2OpK5w8Intestino delgado com obstrução e intestino grosso.

2. Etiologia
A obstrução intestinal pode decorrer de causas variadas, dividimos então em 3
grupos principais:
- Causas extraluminais: aderências, hérnias, neoplasias e abscessos.
- Causas intrínsecas à parede do intestino: tumor primário, congênita, inflamatória,
infecciosa, neoplasia, trauma, etc.
- Causas de obstrução intraluminal: cálculo biliar, bezoar, corpo estranho, etc.

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Dentre elas, as causas mais comuns de obstrução intestinal alta são as


aderências, decorrente de cirurgias anteriores, e as hérnias. Nas obstruções baixas as
causas mais comuns são os tumores colorretais e volvo de sigmoide.

Fonte: PROGASTRO. Diferentes causas de obstrução intestinal.

3. Clínica
No início do quadro, há aumento da motilidade e da contratilidade intestinal com
o objetivo de vencer a obstrução, estando presente então a diarreia. Após longo esforço
do intestino, caso a obstrução não seja vencida, encontraremos uma dilatação intestinal
com diminuição da motilidade e dos ruídos hidroaéreos.
Dependendo do local da obstrução, podemos observar diferentes mecanismo de
desidratação e perda de eletrólitos. Na obstrução alta, há presença de vômitos, o que
consiste na perda de água e cloro e na elevação do pH. Na obstrução baixa, há maior
acúmulo de líquido com consequente aumento da pressão intra-abdominal e diminuição
do fluxo sanguíneo.
Além desses achados, são comuns dor abdominal em cólica, vômitos, náuseas e
obstipação. Estes aparecem de acordo com o local da obstrução e o tempo de instalação,
podendo variar em uma mesma doença.
No exame físico, podemos notar sinais e sintomas da desidratação, palidez,
taquicardia, hipotensão. A febre pode ou não estar presente. À palpação, o abdômen
encontra-se distendido e, no início do quadro, pode haver borborigmo (peristalse

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audível). Além de ser possível encontrar sinais de peritonite, como uma defesa
abdominal ao toque.
Já no exame físico podemos descartar hérnias e massas palpáveis, como
diagnósticos diferenciais.

4. Exames Complementares e Diagnóstico


O diagnóstico de obstrução intestinal é geralmente definido pela clínica
(anamnese e exame físico), porém a radiografia simples de abdômen pode confirmar e
definir melhor o local da obstrução, assim como achar a causa.
Existem alguns achados específicos que podem ser vistos na radiografia, como
alças dilatadas sem evidência de distensão do cólon e múltiplos níveis hidroaéreos
(empilhamento de moedas).

Fonte: MIYOSHI, 2019. Paciente em decúbito dorsal com múltiplos níveis hidroaéreos e dilatação de
alças intestinais, sem distensão do cólon.

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Quando o diagnóstico não consegue ser confirmado pela radiografia, podemos


lançar mão da tomografia computadorizada.
A TC se mostrou sensível para as obstruções altas e totais. Ela permite o encontro
da localização exata e da causa da obstrução. Além de conseguir visualizar causas
extrínsecas e achados de estrangulamentos.

Fonte: MELO, 2015. A – TC mostrando cálculo na vesícula biliar (seta) e trajeto de fístula da mesma com
intestino grosso (asterisco), B – TC mostrando cálculo impactado no sigmoide (seta) e dilatação do
intestino (asterisco).

Em alguns casos é considerada a enteróclise, sonda duodenal com o objetivo de


injeção de ar e bário para definir o local e a causa da obstrução baixa. Porém, devem ser
avaliados a hipotenacidade do intestino, seu grau de dilatação, condições adversas do
paciente e grau de experiência do radiologista.
O ultrassom se mostrou como opção para detecção de obstrução em mulheres
grávidas para substituir a radiação.
Além dos exames mais complexos, os exames laboratoriais são úteis para o
acompanhamento do grau de desidratação, devendo ser solicitados rotineiramente
para avaliação e correção dos desequilíbrios.

5. Tratamento
No início do tratamento, a reposição intravenosa de solução salina
isotônica deve ser incialmente implantada para corrigir a desidratação. O débito
urinário serve como parâmetro de correção do desequilíbrio e deve ser

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monitorado continuamente. A passagem de sonda nasogástica e manter o paciente em


jejum devem ser avaliados.

Posteriormente, os eletrólitos devem ser corrigidos de acordo com a sua


necessidade, sem, no entanto, causar novos problemas. Além disso, a antibioticoterapia
de amplo espectro é feita de forma profilática.

Pacientes com obstrução devem ser tratados cirurgicamente de acordo com o


local e a causa da obstrução, salvo alguns casos que podem ser tratados clinicamente.
Existem 5 tipos de abordagem: extraluminal, enterotomia para retirada de corpos
estranhos da luz, ressecção intestinal, operações de desvio de trânsito e operações de
descompressão.

Quando se trata de obstrução por aderência, deve ser realizado seu corte. Nas
hérnias encarceradas, reduz-se a hérnia e fecha-se o defeito. Caso a causa seja uma
neoplasia, deve-se procurar métodos alternativos de acordo com a progressão do
mesmo, podemos intervir fazendo desde uma ressecção a um tratamento não cirúrgico
em casos mais graves, por exemplo.

Pacientes com distensão leve, obstrução proximal ou parcial ou suspeita, podem


ser submetidos à laparoscopia, já que a mesma oferece diversos benefícios em relação
à laparotomia.

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Fonte: SANTOS,2011. Laparotomia para correção de obstrução intestinal.

Referências Bibliográficas
1. SABISTON - TRATADO DE CIRURGIA - 18-a edição vol i, Ed. Elsevier
2. VIDAL, MÁrio Augusto do Nascimento. OBSTRUÇÃO INTESTINAL: CAUSAS E
CONDUTAS. 2000. Disponível em:
<http://www.sbcp.org.br/revista/nbr254/P332_338.htm>. Acesso em: 30 jul. 2019.
3. PRO GASTRO. Aderências Instestinais. Disponível em:
<http://www.progastrojoinville.com.br/enciclopedia/aderencias_intestinais>.
Acesso em: 30 jul. 2019.
4. MIYOSHI, André Henrique. ABDÔMEN AGUDO OBSTRUTIVO PÓS-
OPERATÓRIO. 2016. Disponível em: <https://www.fcm.unicamp.br/drpixel/pt-
br/discussao-de-casos/abd%C3%B4men-agudo-obstrutivo-p%C3%B3s-
operat%C3%B3rio>. Acesso em: 30 jul. 2019.
5. MELO, Ernesto Lima Araujo. Cólon biliar: um caso incomum de obstrução
intestinal. 2015. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0100-
39842015000200014&script=sci_arttext&tlng=pt>. Acesso em: 30 jul. 2019.
6. SANTOS, Gerson de Souza. OBSTRUÇÕES INTESTINAIS. 2011. Disponível em:
<http://enfermeiropsf.blogspot.com/2011/10/obstrucoes-intestinais.html>. Acesso
em: 30 jul.

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7. 2019.

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