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CIRURGIAS OFTÁLMICAS

As cirurgias oftálmicas são extremamente comuns na rotina de grandes animais, sendo as


intervenções indicadas para casos tumorais, traumas de córnea, conjuntiva e pálpebras,
entrópios, etc.

ENUCLEAÇÃO

É importante que se isole a área afetada, este processo pode ser realizado através da
blefarorrafia quando possível, dessa forma não se visibiliza mais o globo ocular, e se faz uma
incisura elíptica preservando ao máximo possível a pele palpebral, acima da pálpebra superior
e abaixo da inferior, permitindo que seja possível fazer com tranquilidade a segunda
blefarorrafia que é a definitiva. A incisura deve ser feita com tesoura romba e adjacente ao
assoalho orbital.

Ao terminar de cortar os tecidos, o ideal seria colocar uma pinça para evitar sangramentos,
mas a órbita de herbívoros é profunda, por isso não se consegue, depois faz-se a blefarorrafia
final.

CARCINOMA DE CÉLULAS ESCAMOSAS

Neoplasia extremamente frequente em grandes animais, e comum em região de globo ocular.


Sendo que a despigmentação cutânea é um fator predisponente, uma vez que há uma maior
sensibilidade à radiação UV que cronicamente provoca mutação celular e o surgimento de
células neoplásicas. Uma outra causa etiológica discutida é uma infecção viral por herpesvirus
ou papilomavirus. Esses tumores podem se desenvolver em qualquer região de bulbo ocular,
como limbo, terceira pálpebra, etc. o diagnóstico pode ser feito a campo através de um PAAF,
e panótico. A rescisão cirúrgica deve ser feita retirando toda a massa com uma boa margem
cirúrgica, geralmente não se coloca dreno, apenas deixa a órbita vazia. Como não se consegue
pinçar os vasos antes e o sangramento é importante, deve-se colocar pinças e compressas
após dentro da órbita para evitar grandes perdas sanguíneas e a garantir a homeostasia, do
contrário pode haver sangramento ativo, formação de coágulo dentro da órbita e fonte de
infecção, por isso é importante esperar o sangramento acabar antes de fechar.

FLAP DE TERCEIRA PÁLPEBRA

É um procedimento recomendado para casos de úlceras e lesão corneana pouco


contaminadas. Servindo de proteção física, uma vez que a terceira pálpebra é um curativo
imunológico, fornecendo vascularização, nutrição, lubrificação e aporte imunológico para a
correta cicatrização do local da lesão. Faz-se uma sutura de wolff, passando pela conjuntiva
superior, ancora na terceira pálpebra e repassa pela conjuntiva superior novamente
transfixando a pálpebra, ao final coloca-se um cápton e fecha o ponto.

ENTRÓPIO
Geralmente está associada a animais jovens desde o nascimento, e pode ter resolução natural,
mas promove incomodo e lesão. A técnica cirúrgica funciona assim como em pequenos animai,
com uma plicatura apenas ou retirada de uma elipse cutânea abaixo da pálpebra inferior.

INJEÇÃO SUBCONJUNTIVA

Terapia oftálmica indicada para alterações infecciosas de córnea ou conjuntiva, que substitui o
colírio. Deve-se utilizar compostos atb ou AI transparentes, hidrossolúveis e que não precisem
de veículos (pós). O volume depende do tamanho do olho, com aplicação através de agulha de
insulina, aplicando num animal grande, de 0,8-1ml do medicamento, para saber se deu certo,
deve-se formar uma vesícula. A terapia funciona em média por 5 dias, se necessária pode-se
refazer a aplicação depois de 5d.

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