Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Conjunto de ações que no final levam a cirurgia a ser asséptica, sem a introdução de bactéria e
microrganismo externos. Esses microrganismos vem da nossa respiração, cabelo, mão suja, material
contaminado. Por isso se utiliza os EPIs que nos leva a proteção bilateral. Fizemos antissepsia das mãos.
Também esterilizamos os materiais, cadeira, bancada, tubo de anestésico. Pode se utilizar produtos
químicos que ajudam na antissepsia da pele e mucosa como clorexidina 0,12%. Outra manobra é colocar
o paciente em campo cirúrgico, para proteger ele e os matérias.
O tubo de anestésico não é esterilizado, apenas desinfectado, temos noção de que ele está quebrando a
cadeia asséptica, pois não foi autoclavado, a partir do momento em que ele entrou na mesa
consideramos ele estéril, ignoramos esse passo porque ele não pode ser autoclavado, o certo seria utilizar
uma seringa cirúrgica que aspiram o líquido direto do vidro, porém é muito dolorida e não se usa no
consultório, isso espante o paciente.
Procedimento:
Recomendações na clínica
Cada tipo de incisões nos leva a optar por um tipo ou não de procedimento devido a visualização do
campo operatório. A equipe e os equipamentos devem estar posicionados de forma que haja conforto e
uma boa operação. Assim, para que tudo isso acontece o paciente deve estar em perfeita condições
locais e sistêmicas.
TEMPOS DE ATUAÇÃO
1. Diérese / Abre
2. Exérese / Remove
3. Síntese / Fecha
Diérese: é a separação dos tecidos, normalmente com cortes dos tecidos moles e seguido dos tecidos duros.
Ocorre um incisão e deslocamento até chegar na parte óssea e assim chegar no objetivo: homostasia.
Nesse procedimento, deve ser removido a mucosa e o periósteo, pois ele é o principal fornecedor de
sangue pro osso, assim deve ser muito bem recortado para na hora de repousar ao seu local de origem
ele não estar dilacerado e oferecer nutrição.
Incisão
Divulsão: planos musculares geralmente em pele, tesoura romba vai abrindo o tecido para evitar
estruturas importantes, se errar tem que ser para mais.
A base da incisão é maior do que o ápice porque nessa forma o aporte sanguíneo não é cortado. Se
afetar os vasos sanguíneos pode acabar necrosando as papilas.
A incisão é feita nas papilas, perpendicular ao longo eixo do dente para descolar de forma correta as
papilas. Isso porque na hora da incisão as papilas precisam de irrigação pra não entrarem em necrose.
Hemostasia: a partir do uso do bisturi ocorre sangramento seguindo até o final, assim a
hemostasia é um fator importantíssimo. Quando mais limpo o campo do sangue, melhor
visualização.
Afastamento: os afastadores devem sempre ser apoiados no osso, e o retalho não deve ser tencionado
para não causar esquemia, pois quanto menor o trauma aos tecidos gengivais melhor é a reparação
tecidual.
Planejamento
Conhecimento anatômico
Respeitar a irrigação sanguínea
Retalho deve repousar e coincidir com a loja cirúrgica/ osos integro
Nenhuma base da incisão deve coincidir com o campo
Ter quantidades suficientes de bisturi
Incisar de forma firme e contínua sem interrupções
A angulação do bisturi deve ser 90 graus com o tecido, perpendicular a superfície
Proteger a base do retalho durante o afastamento
Não pode pressionar o tecido incisado para não impedir o aporte sanguíneo
Não deixar o fio frouxo para não expor osso
TIPOS DE INCISÕES
Seminular: indicada para um dente, acesso limitado ao dente, evita trauma da papila e da margem
gengival, indicada para cirurgias do periapices como quando há cisto, tumores ou granulomas, feita de
uma maneira que não atinja a gengiva queratinizada, por causa da recessão e da cicatrização.
Neumann: corte quadrado ou retangular, indicado para apicectomias (cirurgia periapical) múltiplas,
grandes cistos e tumores. Indicado para dentes portadores de próteses fixas.
Neumann Modificada/ Corte relaxante: sempre feito nas papilas até fundo de sulco, nunca na região da
coroa, para dar uma boa cicatrização. Quanto mais próximo do dente distal melhor. Sempre devem
ser feitas no ângulo da linha dos dentes adjacentes ao local cirúrgico. Elas não devem atravessar as
papilas interdentais ou ser feitas na parte mais proeminente da eminencia da raiz.
Contra-indicação de região para relaxantes:
Coroa
Lingual
Palatal
Eminencia canina
Forame mentoniano
Há situações de terceiros molares não tem necessidade de incisões relaxantes no caso em que os dentes
não estão intraósseos, já estão submucoso. È mais indicada pra os casos em que o terceiro está na raiz do
segundo molar
Incisão do retromolar tem que ser feita pra vestibular, nunca para lingual por causa do nervo
lingual, não se sabe se ele está próximo.
Wassmund: substitui o retalho quadrado em áreas de próteses fixas. Não chega na mucosa
queratinizada. Em edentulos vai até o rebordo alveolar. Indicadas também para apicectomias múltiplas.
Sulcular: corte das papilas, sindestomia. Indicada para exodontias normais e implantes.
Festonada: se faz o corte em várias papilas na palatal ou lingual sem o corte relaxante.
Duplo Y: paciente com torus palatino. Se retira parte da mucosa pra não ficar solta.
Exerese:
Remoção total ou parcial de um órgão ou lesão com fins terapêuticos
Retirada e tratamento da cavidade (2 tempos)
Tratamento da loja cirúrgica e reposição do retalho
Sìntese:
União dos tecidos com fins terapêuticos
Mucosa, pele, músculos e ossos
Fios, mini-placas, parafusos, suturas (isoladas ou contínuas)
Finalidades da cirúrgias:
Incisional: remove apenas uma porção, drenagem do abcesso, retalho do elemento dental e
sindestomia.
Excisional: eliminação da lesão por completo, extinguindo tudo. Indicada para biópsias,
hiperplasias e frenectomias.
Plástica: corrige comunicações bucosinosais e buconasais. Como no caso da comunicação do seio
maxilar com a boca para tratar essa comunicação.
CIRURGIA DE TERCEIRO MOLAR IMPACTADO
Dente impactado: é o dente que não conseguiu erupcionar no período esperado e assumir sua posição na
arcada dentária no tempo certo de exercer sua função. Encontrado ou não dentro do loja óssea.
Dente incluso: dente não erupcionado de forma completa, incluso no osso não aparece em boca.
Cronologia da erupção:
Lembrar que a cada 6 anos erupciona um molar: primeiro com 6, segundo com 12 e terceiro com 18, tem
até 3 anos para erupcionar em boca.
Deve-se olhar a situação de cada paciente é recomendado que haja um acompanhamento com
panorâmica desde cedo antes de aparecer em boca já que a melhor hora é entre os 16 e 18. Nos casos que
começa a nascer antes, exemplo 14 anos, deve levar em consideração o crescimento ou não da
mandíbula e da maxila. Sendo que meninas tem um crescimento do osso 2 anos após a primeira
menstruação e os homens 2 anos após as mudanças corporais como barba e voz.
Regra Geral: dente impactado deve ser removido mesmo sendo assintomático e sem presença de doença,
pois todo ele muda de posição e pode se torna sintomático.
Assintomático: de 11 a 33% são assintomáticos sem doenças, sem bolsa, com gengiva ao redor saudável,
sem mucosa por cima.
Erupcionado: 25%de chance a mais de desenvolver doença periodontal devido a acumulo de alimentos e
difícil higienização do local com fio e escovação. Pode ter manifestação sanguínea pela presença de
bactérias no sangue. Problemas associados ao 2M.
Impactado: muda de posição ao longo do tempo, por isso não se pode garantir ao paciente que nunca
haverá a necessidade de remoção, pois 63% serão removidos no futuro por se tornarem sintomático.
Exodontia ou controle?
Idade
Condição do osso
Melhor recuperação
Menos sequelas
Evita mudança de posição que afete o NAI
Melhor idade: quando jovem entre 16 e 18 anos, fase em que 1/3 cervical da raíz se formo mas antes da
formação do 1/3 médio. Isso devido a fatores biológicos e sociais.
Vantagens:
Controle:
Supervisão ativa (2 anos consulta + panorâmica)
Desvantagens:
Conduta:
PRÉ-OPERATÓRIO
EXAME LABORATORIAL: pede apenas quando há necessidade devido a fatores como cirurgia, idade e
ASA (classificação que se faz da saúde do paciente).
- cirurgia: no caso da extração de terceiro molar é uma cirurgia sem risco de óbito, pouco invasiva e com
pouca perda de sangue.
Comorbidades consideradas:
Terapia anticoagulante
Doença hepática
Histórico de AVC
Coagulopatias
Quimio e radioterapia
Risco de comorbidades
Infecção recente
- idade:
Até 50 anos: se for ASA I não precisa, mas se está a muitos anos sem ir ao médico precisa pedir
uma avaliação médica antes.
Mais de 50 anos: sempre deve ter avaliação médica, e se o exame tiver alterações deve
encaminhar antes para o médico tratar.
Analisar sinais:
DIFICULDADES:
Anatomia
Posição do dente
Outros fatores
Anatomia:
a) Tamanho da coroa: quando é grande é mais difícil e quando é menor é mais fácil.
b) Morfologia da raíz:
Dilaceração
Cônica
Paralela ao eixo do dente
Fina ou grossa
Posição:
Mesio-angulado: médio
b) Profundidade:
Alinhado a oclusal: fácil
Classe II: quando couber metade de uma coroa para fora do ramo e a outra para dentro.
Outros fatores:
Nos terceiros molares superiores o dente mesioangulado é mais difícil de remover pois pode
ter fratura da tuberosidade.
INSTRUMENTAL
1. Incisão:
cabo de bisturi n3
lamina n15/15c/12
ponta de aspiração
mangueira de aspiração
2. Deslocamento:
Sindesmoto
Descolador de molt
3. Afastamento
Afastador tobogã
Abaixador de língua Minessota
4. Ostectomia
Broca 703 para baixa rotação
Broca Zekrya para alta rotação
Seringa e agulha para irrigação
Soro e cuba
Ponta de aspiração
5. Odontossecção
Todos os anteriores
Alavanca reta
6. Remoção do dente
Conjunto de alavancas 1 reta e 2 curvas
1 pinça hemostática Keelly
7. Toalete
Cureta de Lucas
Lima de osso
Pinça mosquito
8. Sutura
Pinça de apreensão tecidual (dente de rato)
Porta agulha
Tesoura
Fio sutura
1. Exposição
a. Incisão
b. Deslocamento
c. Afastamento
Incisão:
Envelope
Com relaxamento: melhor visão, se faz de mesial a distal, dependendo da qualidade da gengiva
corta ou não a papila, se a gengiva for boa corta antes, na distal e se for ruim corta na papila, na
mesial, pra ter mais tecido na hora de suturar, quando chega na gengiva inserida desce. A incisão
é em direção ao fundo de vestíbulo de 3 a 5mm.
Em posterior a incisão tem que ser na distal do segundo molar para lateral mais para vestibular,
isso por causa do nervo lingual, além disso, há uma alteração da arcado no final, ela não segue
reta ela amplia e por isso se vai mais pra vestibular. Esse cuidado se toma por causa do nervo que
tem quatro posições diferentes e nesse corte pode ser atingido.
Como fazer incisão: o bisturi deve apoiar o osso em toda sua extensão de forma firme e contínua
para não mudar o caminho e criar micro ilhas teciduais sem suporte sanguíneo que necrosam.
Além disso, deve ser perpendicular a mucosa.
2. Ostectomia; para visualizar o dente como se estivesse na boca, como nos exames clínicos em que
aparecem as faces vestibulares e oclusais, precisa remover osso na oclusal e na vestibular, pois
preciso de visualização. Precisa encostar no dente, sem desgasta-lo, pois ele serve de guia a broca
703.701 que está na baixa rotação e faz uma caneleta até ver toda mesial e distal, presença da
solução irrigadora estéril.
3. Divisão do dente: só ocorre em dente inferior e depende da inclinação. Por exemplo, um dente
mesio-angulado e vertical precisa dividir vestibular até lingual dividindo a coroa no meio de
forma vertical em mesial e distal. Faz o sulco e coloca a alavanca dentro é assim que se rompe.
Um dente disto-angulado e horizontal separa a coroa da raíz.
4. Remoção: alavancas curvas e retas para remoção, não se usa o segundo molar como apoio. Se
tiver remanescente radícular utilizar broca 701 para criar uma canaleta ao seu redor.
5. Toalete:
Remoção do capuz com cureta de Lucas e pinça mosquito
Alisar as margens ósseas com a lima
Irrigação quando necessário
6. Sutura de 5m da margem com fio 4-0 e 5mm entre pontos.
Sutura em envelope: seda ou nylon 4-0 e 5-0, o primeiro ponto é na distal do 2M e
segundo e terceiro na incisão distal e outro na papila entre o segundo e o terceiro. Nó de
cirurgião e depois dois nós simples.
Sutura relaxante: fio nylon 4-0, primeiro ponto que une incisão horizontal com a vertical o
segundo é na vertical/incisão relaxante e o terceiro é distal do 2M.
DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DAS INFECÇÕES ODONTOGÊNICAS
BIÓPSIA
Lesão:
Indicações:
ulceras rompidas
alterações de cor quando não é rosa
aumento de volume
lesões ósseas extensas
mais de 14 dias sem desaparecer
Quando bem realizada tem quase 100% de sucesso
Tipos:
incisional remover apenas parte da lesão, a área será abordada novamente após o diagnóstico
histopatológico
excisional é aquela que se remove o todo, já é o tratamento com margem de segurança, feita em
aspiração
curetagem
Indicação Excisional:
Técnica Biópsia:
1. LOCAL: de fácil acesso e área que represente o que a lesão é, no caso não fazer no centro da lesão
onde a área já está necrosando e sim mais na margem.
2. ANTISSEPSIA: clorexidina, se evita corantes, pois podem influenciar no exame histopatológico.
3. ANESTESIA: mais distante possível da lesão que será removida, pois pode haver alterações das células
devido as substancias presentes como também a presença de vasoconstritor que pode levar a
isquemia dos tecidos e comprometer o exame histopatológico.
4. IMOBILIZAÇÃO: com dedo, instrumental como a pinça ou o fio de sutura, se faz quando o tecido
bucal é móvel sem danificar e comprometer o tecido.
5. INCISÃO:
forma de elipse e cunha para sair com maior facilidade
fina e profundas/altas
tamanho ideal de 1cm, porém se a lesão for muito pequena o tecido removido será também,
deve avisar o patologista
margem de segurança em largura e profundidade
ideal pegar tecido sadio para ver a invasão
em casos de dois tipos de tecido deve fazer biópsia em área que englobe os dois ou uma
biópsia em tecido branco e outra no vermelho
Margem de segurança:
6. SUTURA CONVENCIONAL
7. CUIDADOS COM A AMOSTRA:
Formol 10%
Frasco boca larga
Guardar em um volume 10 a 20x a maior do que a lesão
Identificar
8. RELATÓRIO E FICHA DA BIÓPSIA: dizer o tipo, características, impressão e hipótese diagnóstica
clinicamente.
9. DIAGNÓSTICO: clinico + histopatológico
10. TRATAMENTO
CIRURGIA EM TECIDOS MOLES
Hiperplasia
Neoplasias Belignas
Não hiperplásicas e não neoplásicas
Lesões das glândulas salivares
Frenectomia
Lesão residual é quando a cirurgia é mal feita e deixa resquícios. Recidiva é quando acha que se
removeu tudo, tudo se cura, fica alguns anos curados e depois reaparece.
1. HIPERPLASIA: é uma resposta do organismo a uma agressão. Tem causa e efeito, causa dependente.
O que se difere do tumor benigno é que seu crescimento é rápido e limitado, uma hora para de
crescer e fica ali, enquanto o tumor cresce. Causas: prótese, hábitos parafuncionais como morder a
bochecha, placa bacteriana. Pré-disponentes: medicamentos. Condutas: quando pequena pode
regredir e quando grande precisa da incisão por biópsia. Tratamento: remover a causa, pois com isso
diminui a inflamação da área acaba diminuindo também a lesão e não precisa se preocupar com a
margem de segurança, além disso, diminui sangue e fica mais seguro fazer a biópsia, pode utilizar a
própria mucosa da hiperplasia para recobrir a área cirúrgica.
2. NEOPLASIAS BENIGNAS: Células independentes, lesão tecidual. Se opero e não vejo cura, deixei
lesão ao operar (?)
3. NÃO HIPERPLASICA E NÃO NEOPLASICA: Casos em que não é hiperplasia porque não para de
crescer mesmo após remover a “causa”, com’ crescimento sem limites, está associado a um trauma,
por exemplo, em casos de Lesões de Células Gigantes, também tem margem de segurança.
4. NEOPLASIAS MALIGNAS: em casos de carcinoma bucal se faz biopsia para ter um diagnóstico
precoce, um fator importante pra cura. Não é o CD que trata esses tipos de lesões, pois podem ter
surgimentos sistêmicos, isso fica para o médico da cabeça e pescoço, para nós fica apenas a biópsia e o
diagnóstico precoce. O recomendado é quando ver que é maligna encaminhar direto pro médico, se
ele não puder fazer a biópsia nós fazemos e orientamos o paciente.
Pré-disponente:
Tabagismo
Etilismo
Associação de ambos
Trauma crônico sem tratamento
AIDS sem tratamento
Má higiene bucal
Exposição solar sem proteção
Conduta:
Revisão Glândulas:
Glândulas Maiores
Glandulas Menores: são milhares, presente em toda a cavidade, mucosa juga, lábio, assoalho de boca,
língua, palato mole e duro.
Mucocele: envolve as glândulas salivares menores, ocorre pela obstrução ou rompimento do ducto, a
saliva fica contida e há um aumento de volume. Rápida depois desaparece. Tratamento: cirúrgico com
remoção do ducto ou da glândula. (anestesia, imobilização, incisão com bisturi de forma leve, pinça,
tesoura para separação do tecido, remove a mucocele e glândulas próximas).
Ranula: envolve a glândula sublingual, quando há um aumento dessa área a pessoa fica com um
aspecto de rã, por isso seu nome. Pode elevar e deslocar a língua para o lado contralateral, o paciente
tem dor, quando vaza o líquido vai para a cavidade bucal depois volta a se encher. Causas: alimentos
quentes, traumas como mordida, sialolíto-calculo. Tratamento: remoção da ranula e da glândula, uma
cirurgia grande que envolve muitas estruturas por isso se opta pela marsupialização, faz a incisão
retilínea ou em curva sem romper a ranula e separa a mucosa da ranula, pinçar para não perder a
referencia e deixa aberta ao meio bucal e coloca dentro uma gaze que fica no máximo 1 dia e depois já
sai de forma espontânea. Esse método resolve 80%, quando recidiva se repete o procedimento, caso haja
outra recidiva se faz a cirurgia com o buco ou o de cabeça e pescoço.
Sialolitiase: envolve a glândula submandibular por ter a saliva mais viscosa com um ducto maior e
tortuoso. É a obstrução do ducto por um calculo, esse pode estar contaminado/infectado. Paciente tem
queixa de aumento de volume com dor quando come. A área é enrijecida como um dente. Tratamento:
remoção do calculo, em caso de ser intraglandular ocorre a remoção da glândula e se for no ducto se
remove o calculo, pode deixar o ducto aberto ou suturar.
6. FRENECTOMIA: pode ser lingual ou labial, se faz quando o paciente não consegue mover a língua
porque a inserção é muito no rebordo alveolar. Se faz com a pinça Kelly presa ao freio e outra na
base do assoalho de boca, corta com o bisturi até o final e sutura.
CIRURGIAS PRÉ-PROTÉTICAS
Conceito: cirurgia realizada em tecidos moles e duros para conformação adequada do rebordo da
prótese com o osso. Pode ser feita já na exodontia quando se remove as espículas do oso e seus excessos. (
com alveolótomo, lima ou brocas.)
Objetivo:
Função mastigatória
Melhora estética dental e facial
Preservação máxima dos tecidos moles e duros
Obter via desimpedida para aplicação de prótese desde o ínicio com o material de moldagem
Obtenção correta da dimensão vertical
Retenção e estabilidade
1. Mineralizados
2. Tecidos moles
3. Ambos os tecidos
Mineralizados:
a. Alveoloplastia: através da plastia óssea e exérese do tecido ósseo alveolar para favorecer a
reparação tecidual e ter uma melhor adaptação da prótese e uma pressão homogênea
em toda sua extensão. Existe duas, a estabilizadora que ocorre no mesmo tempo cirúrgico
da exodontia e a corretora que ocorre depois na região já edentula. Os materiais usados
são o alveolotomo, lima e materiais de sutura.
b. Torus Mandibular ou Palatino
Tecidos Moles:
a. Freio labial ou lingual (pode não fixar a prótese direito)
b. Bridas musculares (semelhante aos freios, dão instabilidade)
c. Aprofundamento do sulco vestibular
d. Exérese de hiperplasias ( sem norma de incisão, tira onde tem tecido mole sem mexer no periósteo,
local com muito sangue devido a presença de vasos sanguíneos, se não for muito acentuada,
preencher a câmara de sucção da prótese e se acentuado optar por procedimento cirúrgico)
Hiperplasia de sucção: geralmente é pequena, nesses casos preencher a cavidade com cera ou acrílico
até ficar no nível da área chapeável, feita por falsos dentistas que usam a sucção para fixar em boca.
Ambos tecidos:
a. Redução da tuberosidade horizontal e vertical, na vertical pode chegar a ocluir com os dentes
inferiores.
Técnica Cirúrgica:
Mineralizados
Alveoloplastia Corretora: feita na região já edentula. Na região de tuber se faz remoção do tecido mole
horizonta e vertical com broca e irrigação, na horizontal deve cuidar com a mucosa do seio.
CIRURGIAS RADICULARES
Periapicais
Radilectomias
Cirurgias corretivas (perfurações)
Indicação:
fracasso do tratamento endodôntico
núcleo muito cumprido
tratamento satisfatório mas sem recidiva da fístula
dilaceração radicular para dar acesso a endo ou quando o dente não volta ao normal e deve
fazer a CP
pinos intra-canal de difícil remoção
calcificações pulpares
canais acessórios
instrumentais fraturados no 1/3 apical
fratura horizontal de raiz com necrose pulpar
se o instrumental não piorar a lesão pode deixar ali, mas se inflamar e aumentar a lesão se remove 1/3
apical.
Contra-indicação:
Estado do processo periapical: analisar as classes e extensão da lesão, sua relação com o vizinho e
estruturas anatômicas. Dependendo da situação pode se optar por pela marsupialização. Em
casos que o periapice está no assoalho do seio maxilar precisa ter cuidado e experiência.
Estado da raiz: analisar a fragilidade radicular, comprometimento por cárie, fraturas, pode
indicado para curetagem e exodontia.
Estado do periodonto: observar o nível de reabsorção óssea do periodonto.
Técnica Cirúrgica
1. Assepsia
2. Anestesia
3. Alivio oclusal
4. Incisão
5. Descolamento
6. Ostectomia
7. Apicectomia
8. Curetagem
9. Preparo do periápice
10. Obliteração retrógada
11. Irrigação
12. Preenchimento da loja óssea
13. Sutura
14. Controle pós-operatório
O material para obturação retrógada é usado MTA um mineral trioxide agregat é a base do cimento de
construção civil. O material tem que ser biocompatível, não absorvível, fácil manipulação e inserção,
afetado minimamente por umidade e visível radiologicamente, ser radiopaco.
Técnica Apicectomia:
Classificação Epiteliais:
Odontogênicos do Desenvolvimento: Cisto gengival da dentição decídua, cisto gengival adulto,
dentígero, ceratocisto
Odontogênicos Inflamatórios: Radicular, residual, colateral, paradental
Não Odontogênicos: Cisto ósseo simples (traumático), cisto aneurismático
Classificação dos não-epiteliais:
Cisto ósseo simples
Cisto ósseo aneurismático
Cistos:
Cavidade patológica que ocorre no interior dos tecidos, quase sempre revestida por cápsula conjuntivo-
epitelial, normalmente contendo no seu interior material fluido, semi-fluido ou gasoso. Ocorre em todas
as idades, não tendo predileção por sexo e cor.
Etiologia:
O surgimento dos cistos provavelmente esta ligado aos resíduos epiteliais que permaneceram durante o
processo de formação dentaria e ao longo das linhas de fusão dos maxilares na embriogenese podendo
estar ou não associados a processos patológicos inflamatórios. Os remanescentes epiteliais por estímulos
desconhecidos proliferam formando ilhotas celulares, que por terem nutrição insuficiente, favorecem a
degeneração das células centrais. Por ação enzimática se liquefazem. Neste líquido encontramos alta
concentração proteica e cristais de colesterol, gerando alta pressão osmótica.
Características clínicas:
Características radiográficas:
Lesão radiolúcida
Circunscrita por osteíte condensante
Unilocular normalmente
Descolam mas não reabsorvem raízes
Objetivo terapêutico: é a extirpação total procedimento cirúrgico extirpativo que remove a lesão por
inteiro, sem deixar células que possam proliferar e causar recorrência da lesão ou até mesmo a
transformação em um ameloblastoma ou lesões malgnas, mas para optar por isss precisa da confirmação
histopatológica.
Os Tumores Benignos dos Maxilares são aqueles em que o cirurgião-dentista pode tratar. Existem dois
tipos, os capsulados como o tumor odontogenico adenomatoide que não tem tendência recidiva e os
agressivos como o ameloblastoma com recidiva.
Modalidades:
Técnica enucleação:
1. Antissepsia
2. Anestesia
3. Incisão
4. Descolamento
5. Punção
6. Ostectomia
7. Remoção da cápsula
8. Apicectomia em cistos radiculares
9. Toalete óssea
10. Limpeza da cavidade
11. Preenchimento da cavidade
12. Sutura
Técnica marsupialização:
1. Antissepsia
2. Anestesia
3. Incisão
4. Descolamento
5. Remoção uco-periósteo
6. Ostectomia – calota
7. Remoção óssea
8. Punção
9. Remoção calota cística
10. Sutura mucosa e cápsula cística
11. Tamponamento com gaze e medicamento
12. Controle
Indicação:
Ressecção:
Mandibulotomia: remoção de parte do osso da mandíbula devido a presença de tumor dentro do osso
mandibular.
ressecção marginal: é a remoção cirúrgica de um tumor intacto com uma margem de osso sadio,
deixando estrutura de sustentação para o remanescente ósseo. É feita em bloco, remove a
margem sem romper a continuidade da mandíbula. A mais afetada é a margem alveolar.
ressecção segmentar: é a remoção cirúrgica de um segmento desses ossos sem manter
a continuidade óssea. Geralmente com acesso extra-oral, pois assim é melhor executada.
A invasão dos tecidos moles indica um tumor mais agressivo, o qual, pela sua presença nos tecidos
moles, torna mais difícil a sua remoção completa e sacrifica mais tecido normal.
1. Agressividade da lesão
a. Lesões não-agressivas: enucleação ou curetagem
b. Lesões agressivas: ressecção
2. Localização
a. Anterior X posteriror
b. Maxila X mandíbula
c. Intra X extra-óssea
d. Proximidades com estruturas moles
3. Reconstrução:
a. Placa de reconstrução
b. Enxerto livre: pode ser o autógeno retirado da crista ilíaca, o bovino ou aloplástico.
c. Excerto microvascularizado: indicado quando o tecido mole não está em boas condições ou
quando precisa de mais tecido mole porque foi removido.