Você está na página 1de 33

CADEIA ASSÉPTICA

Conjunto de ações que no final levam a cirurgia a ser asséptica, sem a introdução de bactéria e
microrganismo externos. Esses microrganismos vem da nossa respiração, cabelo, mão suja, material
contaminado. Por isso se utiliza os EPIs que nos leva a proteção bilateral. Fizemos antissepsia das mãos.
Também esterilizamos os materiais, cadeira, bancada, tubo de anestésico. Pode se utilizar produtos
químicos que ajudam na antissepsia da pele e mucosa como clorexidina 0,12%. Outra manobra é colocar
o paciente em campo cirúrgico, para proteger ele e os matérias.

 Esterilização: remoção total de microrganismo.


 Desinfecção: remover microrganismo de materiais e instrumentos, de todo o ambiente.
 Antissepsia: remover microrganismo de organismos vivos.
 Assepsia: quando coloca luva e capote.

O tubo de anestésico não é esterilizado, apenas desinfectado, temos noção de que ele está quebrando a
cadeia asséptica, pois não foi autoclavado, a partir do momento em que ele entrou na mesa
consideramos ele estéril, ignoramos esse passo porque ele não pode ser autoclavado, o certo seria utilizar
uma seringa cirúrgica que aspiram o líquido direto do vidro, porém é muito dolorida e não se usa no
consultório, isso espante o paciente.

Procedimento:

1. Preparo do instrumental com esterilização do material


2. Preparação do box
3. Manobra de assepsia (lavagem de mãos)
4. Paramentação
5. Luvas
6. Antissepsia do paciente

Recomendações na clínica

1. Ter informações do paciente como histórico de doenças


2. Planejamento cirúrgico
3. Aprovação do professor
4. Marcar no primeiro horário do dia as 08h ou 14h, 1 semana antes
5. Planejar por escrito, pegar documentação do paciente, radiografias
6. Não pode operar sozinho devido a contaminação
MANOBRAS CIRÚRGICAS

1) Antissepsia e assepsia do operador e do paciente


2) Esterilização e desinfecção
3) Planejamento e visualização do campo operatório
4) Conforto da equipe e do paciente
5) Pré-operatório com paciente em plenas condições gerais e locais com Prontuário, Radiografias, Modelo
de Gesso se necessário.

Cada tipo de incisões nos leva a optar por um tipo ou não de procedimento devido a visualização do
campo operatório. A equipe e os equipamentos devem estar posicionados de forma que haja conforto e
uma boa operação. Assim, para que tudo isso acontece o paciente deve estar em perfeita condições
locais e sistêmicas.

TEMPOS DE ATUAÇÃO

1. Diérese / Abre
2. Exérese / Remove
3. Síntese / Fecha

Diérese: é a separação dos tecidos, normalmente com cortes dos tecidos moles e seguido dos tecidos duros.
Ocorre um incisão e deslocamento até chegar na parte óssea e assim chegar no objetivo: homostasia.
Nesse procedimento, deve ser removido a mucosa e o periósteo, pois ele é o principal fornecedor de
sangue pro osso, assim deve ser muito bem recortado para na hora de repousar ao seu local de origem
ele não estar dilacerado e oferecer nutrição.

 Incisão

Deslocamento: confecção de retalho do muco-periósteo em mucosa, a Gaze umedecida ajuda a


separar/deslocar o periósteo.

Divulsão: planos musculares geralmente em pele, tesoura romba vai abrindo o tecido para evitar
estruturas importantes, se errar tem que ser para mais.

A base da incisão é maior do que o ápice porque nessa forma o aporte sanguíneo não é cortado. Se
afetar os vasos sanguíneos pode acabar necrosando as papilas.
A incisão é feita nas papilas, perpendicular ao longo eixo do dente para descolar de forma correta as
papilas. Isso porque na hora da incisão as papilas precisam de irrigação pra não entrarem em necrose.

 Hemostasia: a partir do uso do bisturi ocorre sangramento seguindo até o final, assim a
hemostasia é um fator importantíssimo. Quando mais limpo o campo do sangue, melhor
visualização.

Afastamento: os afastadores devem sempre ser apoiados no osso, e o retalho não deve ser tencionado
para não causar esquemia, pois quanto menor o trauma aos tecidos gengivais melhor é a reparação
tecidual.

FATORES QUE CONTRIBUEM PARA O SUCESSO DA INCISÃO

 Planejamento
 Conhecimento anatômico
 Respeitar a irrigação sanguínea
 Retalho deve repousar e coincidir com a loja cirúrgica/ osos integro
 Nenhuma base da incisão deve coincidir com o campo
 Ter quantidades suficientes de bisturi
 Incisar de forma firme e contínua sem interrupções
 A angulação do bisturi deve ser 90 graus com o tecido, perpendicular a superfície
 Proteger a base do retalho durante o afastamento
 Não pode pressionar o tecido incisado para não impedir o aporte sanguíneo
 Não deixar o fio frouxo para não expor osso
TIPOS DE INCISÕES

Seminular: indicada para um dente, acesso limitado ao dente, evita trauma da papila e da margem
gengival, indicada para cirurgias do periapices como quando há cisto, tumores ou granulomas, feita de
uma maneira que não atinja a gengiva queratinizada, por causa da recessão e da cicatrização.

Neumann: corte quadrado ou retangular, indicado para apicectomias (cirurgia periapical) múltiplas,
grandes cistos e tumores. Indicado para dentes portadores de próteses fixas.

Neumann Modificada/ Corte relaxante: sempre feito nas papilas até fundo de sulco, nunca na região da
coroa, para dar uma boa cicatrização. Quanto mais próximo do dente distal melhor. Sempre devem
ser feitas no ângulo da linha dos dentes adjacentes ao local cirúrgico. Elas não devem atravessar as
papilas interdentais ou ser feitas na parte mais proeminente da eminencia da raiz.
Contra-indicação de região para relaxantes:

 Coroa
 Lingual
 Palatal
 Eminencia canina
 Forame mentoniano

Há situações de terceiros molares não tem necessidade de incisões relaxantes no caso em que os dentes
não estão intraósseos, já estão submucoso. È mais indicada pra os casos em que o terceiro está na raiz do
segundo molar

 Incisão do retromolar tem que ser feita pra vestibular, nunca para lingual por causa do nervo
lingual, não se sabe se ele está próximo.

Wassmund: substitui o retalho quadrado em áreas de próteses fixas. Não chega na mucosa
queratinizada. Em edentulos vai até o rebordo alveolar. Indicadas também para apicectomias múltiplas.

Linear: Rebordo edentulo. Indicada para exodontias normais e implantes.

Sulcular: corte das papilas, sindestomia. Indicada para exodontias normais e implantes.

Festonada: se faz o corte em várias papilas na palatal ou lingual sem o corte relaxante.

Duplo Y: paciente com torus palatino. Se retira parte da mucosa pra não ficar solta.

Caldwell Lue: abordagem dos seios maxilares.

Exerese:
 Remoção total ou parcial de um órgão ou lesão com fins terapêuticos
 Retirada e tratamento da cavidade (2 tempos)
 Tratamento da loja cirúrgica e reposição do retalho

Sìntese:
 União dos tecidos com fins terapêuticos
 Mucosa, pele, músculos e ossos
 Fios, mini-placas, parafusos, suturas (isoladas ou contínuas)

Finalidades da cirúrgias:
 Incisional: remove apenas uma porção, drenagem do abcesso, retalho do elemento dental e
sindestomia.
 Excisional: eliminação da lesão por completo, extinguindo tudo. Indicada para biópsias,
hiperplasias e frenectomias.
 Plástica: corrige comunicações bucosinosais e buconasais. Como no caso da comunicação do seio
maxilar com a boca para tratar essa comunicação.
CIRURGIA DE TERCEIRO MOLAR IMPACTADO

Dente impactado: é o dente que não conseguiu erupcionar no período esperado e assumir sua posição na
arcada dentária no tempo certo de exercer sua função. Encontrado ou não dentro do loja óssea.

 Função: mastigação e trituração

Dente incluso: dente não erupcionado de forma completa, incluso no osso não aparece em boca.

 O terceiro molar impactado pode ou não ser os dois.

Cronologia da erupção:

Lembrar que a cada 6 anos erupciona um molar: primeiro com 6, segundo com 12 e terceiro com 18, tem
até 3 anos para erupcionar em boca.

Deve-se olhar a situação de cada paciente é recomendado que haja um acompanhamento com
panorâmica desde cedo antes de aparecer em boca já que a melhor hora é entre os 16 e 18. Nos casos que
começa a nascer antes, exemplo 14 anos, deve levar em consideração o crescimento ou não da
mandíbula e da maxila. Sendo que meninas tem um crescimento do osso 2 anos após a primeira
menstruação e os homens 2 anos após as mudanças corporais como barba e voz.

Regra Geral: dente impactado deve ser removido mesmo sendo assintomático e sem presença de doença,
pois todo ele muda de posição e pode se torna sintomático.

Assintomático: de 11 a 33% são assintomáticos sem doenças, sem bolsa, com gengiva ao redor saudável,
sem mucosa por cima.

Sintomático: remoção cirúrgica


 Ameloblastoma
 Ceratocisto
 Cisto dentígero
 Periocoronarite
 Reabsorção
 Apinhamento da região
 Na linha oblíqua pode ser mais suscetível a fraturas

 Pericoronarite: é um processo infeccioso agudo caracterizado por inflamação do tecido gengival


que recobre parcialmente um dente retido, ocorre acúmulo de alimentos entre a gengiva e o
dente, proporcionando o crescimento bacteriano na região. Clinicamente, o tecido gengival se
torna inflamado, avermelhado e muito doloroso, podendo estar ferido devido a traumas oclusais
durante a mastigação. O segundo molar pode ser afetado se não tratada.
 Tratamento: remoção, pois a doença periodontal no terceiro molar é de difícil tratamento e de
difícil eliminação da bactéria, sendo uma porta de entrada de patologias sistêmicas.

Erupcionado: 25%de chance a mais de desenvolver doença periodontal devido a acumulo de alimentos e
difícil higienização do local com fio e escovação. Pode ter manifestação sanguínea pela presença de
bactérias no sangue. Problemas associados ao 2M.

Impactado: muda de posição ao longo do tempo, por isso não se pode garantir ao paciente que nunca
haverá a necessidade de remoção, pois 63% serão removidos no futuro por se tornarem sintomático.

Exodontia ou controle?

Motivos para tirar o dente quando jovem:

 Idade
 Condição do osso
 Melhor recuperação
 Menos sequelas
 Evita mudança de posição que afete o NAI

Melhor idade: quando jovem entre 16 e 18 anos, fase em que 1/3 cervical da raíz se formo mas antes da
formação do 1/3 médio. Isso devido a fatores biológicos e sociais.

Vantagens:

 Riscos conhecidos e quantificados


 Há como o cirurgião-dentista controlar

Controle:
 Supervisão ativa (2 anos consulta + panorâmica)

Desvantagens:

 Custo mais alto para o paciente


 Não tem como garantir que ele se comprometerá em voltar
 Se o paciente não acompanhar pode gerar diversas situações como edema da área, parestesia...
 Quando mais tarde se remove após os 25 anos uma contagem de 2 anos de maior dificuldade

Conduta:

1. Avaliar situação do 3M entre 15 e 20 anos


2. Pesquisar literatura atual
3. Experiência do cirurgião
4. Habilidade do cirurgião
5. Preferencia do paciente

PRÉ-OPERATÓRIO

Exame laboratorial e exame de imagem

EXAME LABORATORIAL: pede apenas quando há necessidade devido a fatores como cirurgia, idade e
ASA (classificação que se faz da saúde do paciente).

- cirurgia: no caso da extração de terceiro molar é uma cirurgia sem risco de óbito, pouco invasiva e com
pouca perda de sangue.

- ASA: definida seu grau através da anamenese

 Asa I: jovens saudáveis não necessita exame


 Asa II: comorbidades controladas ou não, exame
 Asa III e IV: são UTI e acamados, não atuamos

Comorbidades consideradas:

 Terapia anticoagulante
 Doença hepática
 Histórico de AVC
 Coagulopatias
 Quimio e radioterapia
 Risco de comorbidades
 Infecção recente
- idade:

 Até 50 anos: se for ASA I não precisa, mas se está a muitos anos sem ir ao médico precisa pedir
uma avaliação médica antes.
 Mais de 50 anos: sempre deve ter avaliação médica, e se o exame tiver alterações deve
encaminhar antes para o médico tratar.

EXAME DE IMAGEM: radiografia panorâmica é obrigatória

Analisar sinais:

1. Escurecimento da raiz mandibular


2. Desvio ou estreitamento das raízes mandibulares
3. Linha radiopaca / interrupção da cortical (?)
4. Divergência do canal
5. Estreitamento do canal
 Se a rizogenese estiver completa deve solicitar radiografia periapical, pois é melhor de visualizar
as raízes se for incompleta não precisa.
 Se houve mais de um sinal deve solicitar a TC

DIFICULDADES:

 Anatomia
 Posição do dente
 Outros fatores

Anatomia:

a) Tamanho da coroa: quando é grande é mais difícil e quando é menor é mais fácil.
b) Morfologia da raíz:
 Dilaceração
 Cônica
 Paralela ao eixo do dente
 Fina ou grossa

Posição:

a) Ao longo eixo em relação ao 2Molar.


 Vertical: paralelo-fácil
 Horizontal: perpendicular-difícil

 Mesio-angulado: médio

 Disto-angulado: muito difícil porque está em direção a garganta

b) Profundidade:
 Alinhado a oclusal: fácil

 Alinhado ao terço médio: médio


 Alinhado abaixo: difícil

c) Classificação de Pell e Gregory


 Classe I: quando couber uma coroa entre espaço do ramo a distal do 2º molar

 Classe II: quando couber metade de uma coroa para fora do ramo e a outra para dentro.

 Classe III: quando o dente esta todo atrás do ramo da mandíbula

Outros fatores:

a) Dificuldade de acesso: abertura de boca, posição da língua


b) Aspecto psicológico do paciente
c) Idade
d) Densidade óssea
e) Presença de capuz pericoronário: quando é grande fica mais fácil porque tem menos osso
f) Natureza do tecido de cobertura: gengiva é mais fácil de remover do que osso
g) Proximidade com o nervo alveolar inferior
h) Proximidade/contato com o 2molar

 Nos terceiros molares superiores o dente mesioangulado é mais difícil de remover pois pode
ter fratura da tuberosidade.
INSTRUMENTAL

1. Incisão:
 cabo de bisturi n3
 lamina n15/15c/12
 ponta de aspiração
 mangueira de aspiração
2. Deslocamento:
 Sindesmoto
 Descolador de molt
3. Afastamento
 Afastador tobogã
 Abaixador de língua Minessota
4. Ostectomia
 Broca 703 para baixa rotação
 Broca Zekrya para alta rotação
 Seringa e agulha para irrigação
 Soro e cuba
 Ponta de aspiração
5. Odontossecção
 Todos os anteriores
 Alavanca reta
6. Remoção do dente
 Conjunto de alavancas 1 reta e 2 curvas
 1 pinça hemostática Keelly
7. Toalete
 Cureta de Lucas
 Lima de osso
 Pinça mosquito
8. Sutura
 Pinça de apreensão tecidual (dente de rato)
 Porta agulha
 Tesoura
 Fio sutura

Anestesia: local 80%, sedação 19% e geral 1%


TÉCNICA CIRÚRGICA:

1. Exposição adequada da área


2. Ostectomia necessária
3. Divisão do dente
4. Remoção do dente
5. Toalete e sutura
Nem todas essas técnicas são seguidas, pois há casos em que não há necessidade.

1. Exposição
a. Incisão
b. Deslocamento
c. Afastamento

Incisão:

 Envelope
 Com relaxamento: melhor visão, se faz de mesial a distal, dependendo da qualidade da gengiva
corta ou não a papila, se a gengiva for boa corta antes, na distal e se for ruim corta na papila, na
mesial, pra ter mais tecido na hora de suturar, quando chega na gengiva inserida desce. A incisão
é em direção ao fundo de vestíbulo de 3 a 5mm.
 Em posterior a incisão tem que ser na distal do segundo molar para lateral mais para vestibular,
isso por causa do nervo lingual, além disso, há uma alteração da arcado no final, ela não segue
reta ela amplia e por isso se vai mais pra vestibular. Esse cuidado se toma por causa do nervo que
tem quatro posições diferentes e nesse corte pode ser atingido.
 Como fazer incisão: o bisturi deve apoiar o osso em toda sua extensão de forma firme e contínua
para não mudar o caminho e criar micro ilhas teciduais sem suporte sanguíneo que necrosam.
Além disso, deve ser perpendicular a mucosa.
2. Ostectomia; para visualizar o dente como se estivesse na boca, como nos exames clínicos em que
aparecem as faces vestibulares e oclusais, precisa remover osso na oclusal e na vestibular, pois
preciso de visualização. Precisa encostar no dente, sem desgasta-lo, pois ele serve de guia a broca
703.701 que está na baixa rotação e faz uma caneleta até ver toda mesial e distal, presença da
solução irrigadora estéril.
3. Divisão do dente: só ocorre em dente inferior e depende da inclinação. Por exemplo, um dente
mesio-angulado e vertical precisa dividir vestibular até lingual dividindo a coroa no meio de
forma vertical em mesial e distal. Faz o sulco e coloca a alavanca dentro é assim que se rompe.
Um dente disto-angulado e horizontal separa a coroa da raíz.
4. Remoção: alavancas curvas e retas para remoção, não se usa o segundo molar como apoio. Se
tiver remanescente radícular utilizar broca 701 para criar uma canaleta ao seu redor.
5. Toalete:
 Remoção do capuz com cureta de Lucas e pinça mosquito
 Alisar as margens ósseas com a lima
 Irrigação quando necessário
6. Sutura de 5m da margem com fio 4-0 e 5mm entre pontos.
 Sutura em envelope: seda ou nylon 4-0 e 5-0, o primeiro ponto é na distal do 2M e
segundo e terceiro na incisão distal e outro na papila entre o segundo e o terceiro. Nó de
cirurgião e depois dois nós simples.

 Sutura relaxante: fio nylon 4-0, primeiro ponto que une incisão horizontal com a vertical o
segundo é na vertical/incisão relaxante e o terceiro é distal do 2M.
DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DAS INFECÇÕES ODONTOGÊNICAS
BIÓPSIA

Lesão:

 anamense: até 14 dias de observação


 biópsia: mais de 14 dias

Indicações:

 ulceras rompidas
 alterações de cor quando não é rosa
 aumento de volume
 lesões ósseas extensas
 mais de 14 dias sem desaparecer
Quando bem realizada tem quase 100% de sucesso

Tipos:

 incisional remover apenas parte da lesão, a área será abordada novamente após o diagnóstico
histopatológico
 excisional é aquela que se remove o todo, já é o tratamento com margem de segurança, feita em
 aspiração
 curetagem

Indicação Excisional:

 Lesões pequenas benignas


 Lesões removidas sem multilação
 Lesões vasculares ou negras
 Grandes e peculiares

Técnica Biópsia:

1. LOCAL: de fácil acesso e área que represente o que a lesão é, no caso não fazer no centro da lesão
onde a área já está necrosando e sim mais na margem.
2. ANTISSEPSIA: clorexidina, se evita corantes, pois podem influenciar no exame histopatológico.
3. ANESTESIA: mais distante possível da lesão que será removida, pois pode haver alterações das células
devido as substancias presentes como também a presença de vasoconstritor que pode levar a
isquemia dos tecidos e comprometer o exame histopatológico.
4. IMOBILIZAÇÃO: com dedo, instrumental como a pinça ou o fio de sutura, se faz quando o tecido
bucal é móvel sem danificar e comprometer o tecido.
5. INCISÃO:
 forma de elipse e cunha para sair com maior facilidade
 fina e profundas/altas
 tamanho ideal de 1cm, porém se a lesão for muito pequena o tecido removido será também,
deve avisar o patologista
 margem de segurança em largura e profundidade
 ideal pegar tecido sadio para ver a invasão
 em casos de dois tipos de tecido deve fazer biópsia em área que englobe os dois ou uma
biópsia em tecido branco e outra no vermelho

Margem de segurança:

 incisional: a elipse/cunha fica na periferia da lesão pegando tecido sadio e patológico


 excisional: lesão fica no meio da margem

6. SUTURA CONVENCIONAL
7. CUIDADOS COM A AMOSTRA:
 Formol 10%
 Frasco boca larga
 Guardar em um volume 10 a 20x a maior do que a lesão
 Identificar
8. RELATÓRIO E FICHA DA BIÓPSIA: dizer o tipo, características, impressão e hipótese diagnóstica
clinicamente.
9. DIAGNÓSTICO: clinico + histopatológico
10. TRATAMENTO
CIRURGIA EM TECIDOS MOLES

 Hiperplasia
 Neoplasias Belignas
 Não hiperplásicas e não neoplásicas
 Lesões das glândulas salivares
 Frenectomia

Lesão Redisual X Recidiva

Lesão residual é quando a cirurgia é mal feita e deixa resquícios. Recidiva é quando acha que se
removeu tudo, tudo se cura, fica alguns anos curados e depois reaparece.

1. HIPERPLASIA: é uma resposta do organismo a uma agressão. Tem causa e efeito, causa dependente.
O que se difere do tumor benigno é que seu crescimento é rápido e limitado, uma hora para de
crescer e fica ali, enquanto o tumor cresce. Causas: prótese, hábitos parafuncionais como morder a
bochecha, placa bacteriana. Pré-disponentes: medicamentos. Condutas: quando pequena pode
regredir e quando grande precisa da incisão por biópsia. Tratamento: remover a causa, pois com isso
diminui a inflamação da área acaba diminuindo também a lesão e não precisa se preocupar com a
margem de segurança, além disso, diminui sangue e fica mais seguro fazer a biópsia, pode utilizar a
própria mucosa da hiperplasia para recobrir a área cirúrgica.
2. NEOPLASIAS BENIGNAS: Células independentes, lesão tecidual. Se opero e não vejo cura, deixei
lesão ao operar (?)
3. NÃO HIPERPLASICA E NÃO NEOPLASICA: Casos em que não é hiperplasia porque não para de
crescer mesmo após remover a “causa”, com’ crescimento sem limites, está associado a um trauma,
por exemplo, em casos de Lesões de Células Gigantes, também tem margem de segurança.
4. NEOPLASIAS MALIGNAS: em casos de carcinoma bucal se faz biopsia para ter um diagnóstico
precoce, um fator importante pra cura. Não é o CD que trata esses tipos de lesões, pois podem ter
surgimentos sistêmicos, isso fica para o médico da cabeça e pescoço, para nós fica apenas a biópsia e o
diagnóstico precoce. O recomendado é quando ver que é maligna encaminhar direto pro médico, se
ele não puder fazer a biópsia nós fazemos e orientamos o paciente.

Características de lesões malignas:

 lesões a mais de 14 dias


 lesões lecoeritroplasas, ulceradas
 fixados a estruturas profundas
 sangramento fácil ao toque leve
 rápido crescimento
 base dura
Grau de risco de malignidade:

 hereditariedade de câncer na família


 câncer prévio
 leucoderma (branco)
 mais de 40 anos
 lesões pré-malignas

Pré-disponente:

 Tabagismo
 Etilismo
 Associação de ambos
 Trauma crônico sem tratamento
 AIDS sem tratamento
 Má higiene bucal
 Exposição solar sem proteção

Conduta:

 Conscientização sobre hábitos deletérios


 Remover fator etiológico
 Exame clínico minucioso
 Consulta a cada 3 meses
 Valorizar áreas com coloração alterada
 Valorizar áreas ulceradas
 Biópsias frequentes
 Ensinar e estimular o auto-exame uma vez por mês
 Conscientizar qualquer palpação, sangramento e lesões novas procurar o dentista
 Encaminhar para exame de garganta com o médico
5. LESÕES DAS GLANDULAS SALIVARES

Revisão Glândulas:
Glândulas Maiores

 Parótida: desemboca a saliva na mucosa jugal na altura do 1 ou 2 molar.


 Submandibular: desemboca a saliva junto ao freio lingual.
 Sublinguais: podem ter centenas, ductos invisíveis ao olho humano.

Glandulas Menores: são milhares, presente em toda a cavidade, mucosa juga, lábio, assoalho de boca,
língua, palato mole e duro.

Mucocele: envolve as glândulas salivares menores, ocorre pela obstrução ou rompimento do ducto, a
saliva fica contida e há um aumento de volume. Rápida depois desaparece. Tratamento: cirúrgico com
remoção do ducto ou da glândula. (anestesia, imobilização, incisão com bisturi de forma leve, pinça,
tesoura para separação do tecido, remove a mucocele e glândulas próximas).

Ranula: envolve a glândula sublingual, quando há um aumento dessa área a pessoa fica com um
aspecto de rã, por isso seu nome. Pode elevar e deslocar a língua para o lado contralateral, o paciente
tem dor, quando vaza o líquido vai para a cavidade bucal depois volta a se encher. Causas: alimentos
quentes, traumas como mordida, sialolíto-calculo. Tratamento: remoção da ranula e da glândula, uma
cirurgia grande que envolve muitas estruturas por isso se opta pela marsupialização, faz a incisão
retilínea ou em curva sem romper a ranula e separa a mucosa da ranula, pinçar para não perder a
referencia e deixa aberta ao meio bucal e coloca dentro uma gaze que fica no máximo 1 dia e depois já
sai de forma espontânea. Esse método resolve 80%, quando recidiva se repete o procedimento, caso haja
outra recidiva se faz a cirurgia com o buco ou o de cabeça e pescoço.

Sialolitiase: envolve a glândula submandibular por ter a saliva mais viscosa com um ducto maior e
tortuoso. É a obstrução do ducto por um calculo, esse pode estar contaminado/infectado. Paciente tem
queixa de aumento de volume com dor quando come. A área é enrijecida como um dente. Tratamento:
remoção do calculo, em caso de ser intraglandular ocorre a remoção da glândula e se for no ducto se
remove o calculo, pode deixar o ducto aberto ou suturar.
6. FRENECTOMIA: pode ser lingual ou labial, se faz quando o paciente não consegue mover a língua
porque a inserção é muito no rebordo alveolar. Se faz com a pinça Kelly presa ao freio e outra na
base do assoalho de boca, corta com o bisturi até o final e sutura.
CIRURGIAS PRÉ-PROTÉTICAS

Conceito: cirurgia realizada em tecidos moles e duros para conformação adequada do rebordo da
prótese com o osso. Pode ser feita já na exodontia quando se remove as espículas do oso e seus excessos. (
com alveolótomo, lima ou brocas.)

Satisfação do paciente = conforto + função + estética

Objetivo:

 Função mastigatória
 Melhora estética dental e facial
 Preservação máxima dos tecidos moles e duros
 Obter via desimpedida para aplicação de prótese desde o ínicio com o material de moldagem
 Obtenção correta da dimensão vertical
 Retenção e estabilidade

Característica de um bom suporte ósseo:

 Ausência de processos patológicos como tumores e hiperplasias


 Ausência de saliências e reentrâncias ósseas
 Ausência de excesso de tecidos moles, ex: hiperplasias
 Relação adequada entre os maxilares, ex: classe III
 Processo alveolar espesso
 Presença de mucosa ceratinzada
 Profundidade adequada do sulco e do vestíbulo

Classificação dos tecidos manipulados:

1. Mineralizados
2. Tecidos moles
3. Ambos os tecidos

Mineralizados:

a. Alveoloplastia: através da plastia óssea e exérese do tecido ósseo alveolar para favorecer a
reparação tecidual e ter uma melhor adaptação da prótese e uma pressão homogênea
em toda sua extensão. Existe duas, a estabilizadora que ocorre no mesmo tempo cirúrgico
da exodontia e a corretora que ocorre depois na região já edentula. Os materiais usados
são o alveolotomo, lima e materiais de sutura.
b. Torus Mandibular ou Palatino

Tecidos Moles:
a. Freio labial ou lingual (pode não fixar a prótese direito)
b. Bridas musculares (semelhante aos freios, dão instabilidade)
c. Aprofundamento do sulco vestibular
d. Exérese de hiperplasias ( sem norma de incisão, tira onde tem tecido mole sem mexer no periósteo,
local com muito sangue devido a presença de vasos sanguíneos, se não for muito acentuada,
preencher a câmara de sucção da prótese e se acentuado optar por procedimento cirúrgico)

 Hiperplasia de sucção: geralmente é pequena, nesses casos preencher a cavidade com cera ou acrílico
até ficar no nível da área chapeável, feita por falsos dentistas que usam a sucção para fixar em boca.

Ambos tecidos:

a. Redução da tuberosidade horizontal e vertical, na vertical pode chegar a ocluir com os dentes
inferiores.

Técnica Cirúrgica:

Mineralizados

Alveoloplastia Estabilizadora: tratamento do alvéolo realizado no mesmo tempo cirúrgico da exodontia,


prevendo a instalação da prótese imediata ou posterior a cicatrização. Quando é imediata se faz o
preparo do paciente, moldagem, gesso, articulador, cirurgia no modelo de gesso e confecção da prótese,
total ou parcial. As vantagens são o psicológico do paciente que faz tudo de uma vez só e a parte
estética, redução do edema e do sangue com tamponamento da área. As desvantagens são as alterações
periódicas e confecção de uma nova prótese após a cicatrização.

Alveoloplastia Corretora: feita na região já edentula. Na região de tuber se faz remoção do tecido mole
horizonta e vertical com broca e irrigação, na horizontal deve cuidar com a mucosa do seio.
CIRURGIAS RADICULARES

 Periapicais
 Radilectomias
 Cirurgias corretivas (perfurações)

Periapicais: é feita a remoção da lesão de um foco periapical de um elemento dental e geralmente do


seu ápice radicular, feita no mesmo dia da enucleação, mas não da marsupialização.

Indicação:
 fracasso do tratamento endodôntico
 núcleo muito cumprido
 tratamento satisfatório mas sem recidiva da fístula
 dilaceração radicular para dar acesso a endo ou quando o dente não volta ao normal e deve
fazer a CP
 pinos intra-canal de difícil remoção
 calcificações pulpares
 canais acessórios
 instrumentais fraturados no 1/3 apical
 fratura horizontal de raiz com necrose pulpar

se o instrumental não piorar a lesão pode deixar ali, mas se inflamar e aumentar a lesão se remove 1/3
apical.

Contra-indicação:

 processo agudo ativo


 possibilidade de retratamento de canal
 possibilidade de tratamento convencional
 processos apicais com grande destruição óssea
 dificuldade de acesso e visualização
 proximidades com estruturas anatômicas
 dente com doença periodontal avançada
 fraturas logitudinais
 complicações sistêmicas
Aspectos radiográficos importante no pré-operatório:

 Estado do processo periapical: analisar as classes e extensão da lesão, sua relação com o vizinho e
estruturas anatômicas. Dependendo da situação pode se optar por pela marsupialização. Em
casos que o periapice está no assoalho do seio maxilar precisa ter cuidado e experiência.
 Estado da raiz: analisar a fragilidade radicular, comprometimento por cárie, fraturas, pode
indicado para curetagem e exodontia.
 Estado do periodonto: observar o nível de reabsorção óssea do periodonto.

Técnica Cirúrgica

1. Assepsia
2. Anestesia
3. Alivio oclusal
4. Incisão
5. Descolamento
6. Ostectomia
7. Apicectomia
8. Curetagem
9. Preparo do periápice
10. Obliteração retrógada
11. Irrigação
12. Preenchimento da loja óssea
13. Sutura
14. Controle pós-operatório

Na incisão se faz a Neumam retangular ou quadrada, pode fazer a semi-lunar ou a Wasmund. No


descolamento se usa cinzeis e osteotomos, já na osteoctomia brocas de baixa rotação, na curetagem
desloca e remove usando broca e cureta. Na apicectomia se usa broca de alta e baixa e assim consegue o
acesso do canal para a obliteração retrógada e remover a infecção intra-canal e ter acesso a curetagem
na parte posterior e depois fazer o preparo do periápice com a broca.

O material para obturação retrógada é usado MTA um mineral trioxide agregat é a base do cimento de
construção civil. O material tem que ser biocompatível, não absorvível, fácil manipulação e inserção,
afetado minimamente por umidade e visível radiologicamente, ser radiopaco.

Técnica Apicectomia:

1. Cavidade óssea ao redor do ápice


2. Corte da raiz
3. Raspagem óssea
4. Localização do forame apical
5. Preparo para retenção do material
6. Toalete radicular
7. Obturação retrógada
TRATAMENTO DOS CISTOS

Classificação Epiteliais:
 Odontogênicos do Desenvolvimento: Cisto gengival da dentição decídua, cisto gengival adulto,
dentígero, ceratocisto
 Odontogênicos Inflamatórios: Radicular, residual, colateral, paradental
 Não Odontogênicos: Cisto ósseo simples (traumático), cisto aneurismático
Classificação dos não-epiteliais:
 Cisto ósseo simples
 Cisto ósseo aneurismático
Cistos:

Cavidade patológica que ocorre no interior dos tecidos, quase sempre revestida por cápsula conjuntivo-
epitelial, normalmente contendo no seu interior material fluido, semi-fluido ou gasoso. Ocorre em todas
as idades, não tendo predileção por sexo e cor.

Etiologia:

O surgimento dos cistos provavelmente esta ligado aos resíduos epiteliais que permaneceram durante o
processo de formação dentaria e ao longo das linhas de fusão dos maxilares na embriogenese podendo
estar ou não associados a processos patológicos inflamatórios. Os remanescentes epiteliais por estímulos
desconhecidos proliferam formando ilhotas celulares, que por terem nutrição insuficiente, favorecem a
degeneração das células centrais. Por ação enzimática se liquefazem. Neste líquido encontramos alta
concentração proteica e cristais de colesterol, gerando alta pressão osmótica.

1. Etiologia Silenciosa: sem manifestação clínica, geralmente detectados em r-x de rotina.


Importância dos exames radiográficos.
2. Etiologia de deformação: expansão das corticais decorrente do crescimento da lesão. Na maxila
afeta por vestibular e palatal, já na mandíbula afeta mais a vestibular porque é menos espessa.
3. Etiologia de exteriorização: adelgaçamento da cortical, com ou sem ruptura da mesma
4. Etiologia de Infecção: Muitas vezes por comunicação com a cavidade bucal ou pele

Características clínicas:

 Assintomático quando pequeno


 Deslocam dentes quando maiores
 Expandem osso cortical, lentamente
 Mucosa com coloração e consistência normais
 Não causam parestesia quando invadem nervos

Características radiográficas:
 Lesão radiolúcida
 Circunscrita por osteíte condensante
 Unilocular normalmente
 Descolam mas não reabsorvem raízes

Atenção: reabsorção e multilocular!!!!

Objetivo terapêutico: é a extirpação total procedimento cirúrgico extirpativo que remove a lesão por
inteiro, sem deixar células que possam proliferar e causar recorrência da lesão ou até mesmo a
transformação em um ameloblastoma ou lesões malgnas, mas para optar por isss precisa da confirmação
histopatológica.

TRATAMENTO DOS TUMORES BENIGNOS

Os Tumores Benignos dos Maxilares são aqueles em que o cirurgião-dentista pode tratar. Existem dois
tipos, os capsulados como o tumor odontogenico adenomatoide que não tem tendência recidiva e os
agressivos como o ameloblastoma com recidiva.

Modalidades:

 Enucleação: remoção da lesão por completo. Geralmente lesões capsuladas e consistente, a


técnica toca a lesão e retira ela inteira. Ex: TO Adeno.
 Curetagem: remoção por curetas. Lesão inconsistente sem separação do osso, não tem como tirar
inteira. É a raspagem cirúrgica da parede da cavidade em tecido duro ou mole para remover o
seu conteúdo, também preservando a continuidade óssea. Ex: GCCG.
 Ressecção: remoção do tumor de forma ampla, geral, com margens de segurança instrumental
sem tocar na lesão. Ex: ameloblastoma.

Margem de segurança: pode ser feita em qualquer técnica cirurgica acima.

 Meio físico: broca ou cureta afiada.


 Meio térmico: crioterapia com Nitorgenio líquido ou eletrocoagulação.
 Meio químico: substância de Carnoy, destrói células vivas em até 5mm, é uma margem mais
limitada.

Técnica enucleação:

1. Antissepsia
2. Anestesia
3. Incisão
4. Descolamento
5. Punção
6. Ostectomia
7. Remoção da cápsula
8. Apicectomia em cistos radiculares
9. Toalete óssea
10. Limpeza da cavidade
11. Preenchimento da cavidade
12. Sutura

Técnica marsupialização:

1. Antissepsia
2. Anestesia
3. Incisão
4. Descolamento
5. Remoção uco-periósteo
6. Ostectomia – calota
7. Remoção óssea
8. Punção
9. Remoção calota cística
10. Sutura mucosa e cápsula cística
11. Tamponamento com gaze e medicamento
12. Controle

Indicação:

 Evitar acidentes trnas e pós operatórios


 Evitar invasão em espaço anatômico
 Preservação de estruturas dentárias ou vásculo-nervosas
 Qualquer contra-indicação de ordem psicossomática para técnicas invasivas

Ressecção:

Mandibulotomia: remoção de parte do osso da mandíbula devido a presença de tumor dentro do osso
mandibular.

 ressecção marginal: é a remoção cirúrgica de um tumor intacto com uma margem de osso sadio,
deixando estrutura de sustentação para o remanescente ósseo. É feita em bloco, remove a
margem sem romper a continuidade da mandíbula. A mais afetada é a margem alveolar.
 ressecção segmentar: é a remoção cirúrgica de um segmento desses ossos sem manter
a continuidade óssea. Geralmente com acesso extra-oral, pois assim é melhor executada.

 A invasão dos tecidos moles indica um tumor mais agressivo, o qual, pela sua presença nos tecidos
moles, torna mais difícil a sua remoção completa e sacrifica mais tecido normal.

O que considerar antes de iniciar o tratamento?

1. Agressividade da lesão
a. Lesões não-agressivas: enucleação ou curetagem
b. Lesões agressivas: ressecção
2. Localização
a. Anterior X posteriror
b. Maxila X mandíbula
c. Intra X extra-óssea
d. Proximidades com estruturas moles
3. Reconstrução:

Quando se faz uma ressecção/multilação é para o bem-estar do paciente, no planejamento deve se


incluir tudo, inclusivo como vai reconstruir esse osso.

a. Placa de reconstrução
b. Enxerto livre: pode ser o autógeno retirado da crista ilíaca, o bovino ou aloplástico.
c. Excerto microvascularizado: indicado quando o tecido mole não está em boas condições ou
quando precisa de mais tecido mole porque foi removido.

Você também pode gostar