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ANAMNESE

A etapa inicial na avaliação pré-cirúrgica é a coleta de informações precisas e pertinentes.


Isso é obtido por meio de entrevistas com o paciente e os exames físicos, laboratoriais e de
imagem, e, contato com especialistas quando necessário.
O dentista deve ser capaz de considerar uma lista de possíveis doenças e eliminar aquelas
que não são sustentadas pelos dados do paciente.

A anamnese é um procedimento primordial e muito importante para iniciar um tratamento


odontológico. É um método realizado através de perguntas direcionadas ao paciente, onde
colhemos os sintomas, queixa principal, história médica atual e pregressa, antecedentes
familiares, hábitos e vícios presentes do mesmo.

Deve-se sempre associar a anamnese ao exame físico feito através de manobras


semiotécnicas. O exame físico pode ser dividido em geral e local, sendo este subdividido em
extra e intra oral.

É necessária a avaliação das condições gerais da boca, como higiene oral, cavidades cariosas
e abertura bucal. Também é feita a avaliação clínica dos elementos que serão extraídos, se a
coroa dental apresenta-se íntegra, restaurada, seu tamanho e coloração. É avaliado o grau de
mobilidade do dente, se apresenta vitalidade ou tratamento de endodontia realizada.

Em seguida, deve-se realizar exames de imagem, sendo: Radiografias periapicais, oclusais,


panorâmicas, e se necessário, tomografias computadorizadas. Nestes exames, será possível
avaliar também a porção radicular e suas variações anatômicas quanto ao seu formato
convergente ou divergentes, se seu tamanho é longo ou curto, o número de raízes e
anomalias de forma como dilacerações, que são as curvaturas acentuadas, reabsorções,
hipercementose (acúmulo de cemento na região apical radicular com aumento de seu
diâmetro), anquiloses (união óssea da raiz ao osso alveolar circundante) e se há presença do
septo interradicular.
ESTERILIZAÇÃO, ASSEPSIA, processo que visa reduzir ou inibir o
ANTISSEPSIA E DESINFECÇÃO crescimento de microrganismos na pele ou
nas mucosas. Antissépticos: Álcool, sabão e
1.Esterelização, água.
A desinfecção resulta na eliminação de

assepsia,
germes patológicos através de métodos
físico-químicos sobre objetos inanimados.
Desinfetantes: Ácido peracético, hipoclorito
desinfecção, de sódio e álcool 70.

PADRÃO EXODONTIA:
antissepsia e 1. Colocação de EPI;
2. Escovação das Mãos:

ambiente - Ponta dos dedos


- Face palmar
- Dorso das mãos
cirúrgico - Espaço interdigital
- Face anterior do antebraço
A esterilização é a destruição ou eliminação - Face posterior do antebraço
de toda forma de vida, bactérias, vírus,
fungos, esporos, através de agentes físicos
ou químicos. Métodos: autoclave (por
Quando
acabar, manter as
gravidade ou por auto vácuo), estufa e
imersão em solução de glutaraldeído.
A assepsia inclui minimizar a contaminação
da ferida por microrganismos patogênicos. É
claro que é impossível manter um ambiente, mãos para o alto
como uma sala de operação, totalmente livre
de germes, absolutamente estéril, por isso, a
ideia da assepsia é prevenir a infecção,
e juntas, para
reduzindo esses microrganismos a uma
quantidade insuficiente para causar alguma que não toque
complicação.
A antissepsia consiste na eliminação das
formas vegetativas de bactérias patogênicas
em nada e
de um tecido vivo por meio de substâncias
químicas (antissépticos), ou seja, é o
4. Calçar luvas;
a água escorra DISPOSIÇÃO DO MATERIAL NA

para baixo. MESA DE INSTRUMENTAL:


O instrumental deve estar disposto no
sentido horário, começando pela parte
Quando superior esquerda.
1. Antissepsia;

acabar, manter as 2. Anestesiar;


3. Afastar tecido;
4. Apreensão;
mãos para o alto 5. Sindesmotomia;
6. Luxação;

e juntas, para
7. Fórceps;
8. Cureta;
9. Sutura;
que não toque
em nada e
a água escorra
para baixo.

*Quando acabar, manter as mãos para o alto


e juntas, para que não toque em nada e a
água escorra para baixos.
3. Vestir o roupão cirúrgico:
Neste momento, não fica ninguém de TEMPOS CIRÚRGICOS
luva. Quando colocar o roupão, contar São procedimentos consecutivos realizados
com a ajuda do auxiliar, furar a ponta desde o início até o término da cirurgia. De
do roupão e pôr o dedo para que não um modo geral as intervenções cirúrgicas
fique saindo. são realizadas em quatro tempos básicos, de
acordo com a etapa do procedimento a ser seccionar estruturas vitais no momento da
realizada pelo cirurgião: incisão, onde deve-se somente incisar de
 Diérese; forma profunda o suficiente para
 Exérese; identificar o próximo plano tecidual
 Hemostasia; principal quando realizar incisões
 Síntese; próximas a locais onde corram vasos
principais e nervos.
DIÉRESE 4. O quarto princípio é de que incisões
Trata-se de um processo de divisão dos envolvendo toda a espessura de
tecidos através de uma incisão e/ou superfícies epiteliais, que o CD planeje
divulsão, que possibilita o acesso à região a reaproximar, devem ser feitas com a
ser operada. lâmina em posição perpendicular à
Esta etapa pode ser dividida em: superfície epitelial.
 Punção – Manobra realizada com 5. O quinto princípio é de que incisões
agulhas ou trocartes, que penetram nos no interior da cavidade oral, devem ser
tecidos sem secioná-los, a fim de posicionadas adequadamente. Incisões
remover substâncias líquidas para dar através da gengiva inserida e sobre o osso
um melhor diagnóstico. sadio são mais desejáveis do que aquelas
 Incisão – Manobra de ruptura tecidual realizadas ao longo da gengiva não
com lâminas apropriadas, possibilitando inserida e sobre áreas onde o tecido ósseo
o acesso à região operada. São utilizadas está comprometido ou ausente.
as lâminas de nº 11 para drenagens de
abcessos e incisões de papilas
interdentais e as de nº 15 para incisões
da mucosa bucal e pele.
Muitos dos procedimentos cirúrgicos orais
e maxilofaciais requerem incisões, sendo
importante que alguns princípios devem
ser seguidos:
1. O primeiro princípio é de que uma  Descolamento – Manobra que consiste
lâmina afiada e de tamanho adequado na separação dos tecidos de um espaço
deve ser utilizada, pois permite que as anatômico virtual utilizando
incisões sejam feitas de modo mais fácil e descoladores específicos. São utilizados
suave em apenas um movimento, sem o os descoladores de Molt e Freer.
dano desnecessário causado por
movimentos repetidos.  Divulsão – Manobra que consiste na
2. O segundo princípio é a realização separação dos tecidos ou planos
de um movimento firme e contínuo, pois anatômicos, a partir de um traçado
movimentos repetidos e hesitantes incisional, sem seccioná-lo. São
aumentam a quantidade de tecido utilizadas tesouras de ponta romba.
danificado no interior da ferida e a OBS: Sempre iniciar o processo com a
quantidade de sangramento, prejudicando tesoura fechada, para evitar rompimento
a cicatrização da ferida. de vasos, artérias e estruturas nobres.
3. O terceiro princípio é de que o
cirurgião deve cuidadosamente evitar EXÉRESE
Processo realizado para remover uma parte  Compressão – Método simples e
ou a totalidade de um órgão ou tecido, com eficiente para hemorragias de origem
finalidade terapêutica, ou seja, a cirurgia capilar, feito manualmente com
propriamente dita. compressas de gazes ou através de
EXEMPLOS – Remoções de lesões, instrumentos cirúrgicos por um período
curetagens, ostectomias, osteomias, aproximado de 10 minutos.
exodontias....  Pinçagens – Realizadas com pinças
 Movimentos/forças utilizando o fórceps:
hemostáticas, aprisionando as
 Pressão Apical – Expandir a crista
extremidades dos vasos seccionados e
óssea e para deslocar o centro de removidos após a hemostasia
rotação o mais apicalmente possível. É acompanhada ou náo de ligaduras dos
como se quisesse empurrar o dente vasos com fios de sutura apropriados.
contra o alvéolo. A posição da ponta
ativa é a mais apical possível que se  Ligaduras – Consistem na hemostasia
conseguir colocar na coroa. definitiva com fios de sutura depois da
 Força Vestibular – Expandir a cortical pinçagem.
vestibular na direção da crista óssea,  Termocoagulações – Realizadas por
gerando consequentemente expansão dispositivos eletrônicos (bisturi elétrico)
lingual no terço apical da raiz. É uma através de corrente elétrica sobre o vaso
pressão que irá fazer com o fórceps no sanguíneo, sem que haja estimulo de
sentido vestibular. fluídos, ao ser pinçado com instrumentais
 Pressão Palatina ou Lingual – Expandir ou diretamente sobre o mesmo.
crista óssea lingual e ao mesmo tempo, Nas eletrocirurgias, utiliza-se corrente
evitar pressões excessivas no osso elétrica de alta frequência para incisar,
apical vestibular. É mesma força que coagular e dissecar os tecidos. É indicada
fez por vestibular, só que agora vai para cirurgias de hiperplasias traumáticas
pressionar o dente contra a tábua e tecidos moles da cavidade bucal.
lingual.
 Pressão Rotacional – Expansão interna  Substâncias Hemostáticas
do alvéolo dentário. Girar o dente, mas  Esponja de Fibrina – É um produto
utilizado em dentes com raiz única. Só absorvível que provém do plasma
é feito em dentes unirradiculares. Em sanguíneo humano. É associado à
dentes birradiculares não consegue-se solução de trombina e colocado
fazer pois tem risco de ruptura de raiz. diretamente sobre o foco hemorrágico.
 Força de Tração – Remover o dente do  Celulose Oxidada – Absorvível e
alvéolo, só utilizar após obter uma empregado com uma solução de
adequada expansão óssea. É a extrusão trombina que forma uma massa
do elemento dentário. gelatinosa. Quando em contato com
fluídos, forma um coágulo artificial,
HEMOSTASIA produzindo hemostasia local.
Manobra realizada para diminuir ou estancar  Esponja de Gelatina – Utilizada em
o sangramento, podendo ser espontânea ou hemorragias venosas e exsudação.
através de técnicas de compressão, Absorve em média de quarenta e cinco
pinçagens, ligaduras, termocoagulações, vezes o peso de sangue.
eletrocirurgias e outros.
 Cera para Osso – Utilizada para gengivais e cirurgias de correção do
espaços ósseos onde passam vasos rebordo alveolar.
sanguíneos. Pode ser usada em
pequenas quantidades, para o auxílio
na obstrução desses orifícios.
 Vitamina K – São usados em casos de
hemorragias quando há presença de
deficiência de protrombina do sangue.
 Sutura em X – Esse ponto aumenta a
SÍNTESE
superfície de apoio de uma sutura para
A síntese é a manobra de reaproximação dos
hemostasia ou aproximação. É usado em
tecidos que foram seccionados ou
fechamento de paredes e suturas de
ressecados (Sutura).
aponeurose (membrana esbranquiçada,
Os 4 objetivos básicos de uma sutura são:
luzidia, fibrosa e resistente que envolve
1. Evitar infecção da ferida,
os músculos, terminando-os, em certos
2. Promover a hemostasia,
casos, à guisa de tendão).
3. Diminuir o tempo de cicatrização;
4. Favorecer um resultado estético.
As principais suturas utilizadas nesta
manobra, são:
 Sutura Simples – Geralmente são as mais
utilizadas em procedimentos de
exodontias e cirurgias da cavidade bucal.

 Sutura em U – É um ponto que


 Sutura Contínua – É em geral, indicada promove boa hemostasia, sendo mais
nas cirurgias pré-protéticas: Hiperplasias utilizado quando há hemorragia
gengivais e cirurgias de correção do subdérmica e dérmica. Reduz tensão e
rebordo alveolar. promove boa captação das bordas,
evitando sua invaginação.

Para a realização de uma sutura, também é


preciso selecionar o tipo de fio e agulha a
ser utilizada em cada caso.
 Sutura Festonada / Sutura Contínua
Os fios de sutura podem ser classificados
Festonada – É em geral, indicada nas
quanto à absorção e à origem. Os
cirurgias pré-protéticas: Hiperplasias
absorvíveis são digeridos pelas enzimas Retalho é uma secção de tecido mole
produzidas pelo nosso corpo, sendo os fios delimitada por incisão cirúrgica, possui seu
principais: Catgut simples, catgut cromado e próprio suprimento sanguíneo. Os retalhos
vicryl. Já os fios não-absorvíveis são à base feitos para a realização de remoção dentária
de seda, linho e algodão, enquanto os devem ter a espessura mucoperiosteal total,
sintéticos são à base de nylon, poliéster e ou seja, incluir a superfície mucosa, a
polipropileno. submucosa e o periósteo.
A agulha tem como finalidade levar o *O periósteo é o principal tecido
material de síntese através dos tecidos, responsável pela cicatrização óssea, onde o
causando mínima lesão tecidual. A seleção plano de tecido entre ele e o osso é
da agulha é determinada pela acessibilidade relativamente avascular, ou seja, menos
do tecido a ser suturado; pelo diâmetro do sangramento é produzido quando um retalho
fio de sutura e pelo tipo de tecido. As de espessura total é elevado.
agulhas podem ter diferentes dimensões, Os retalhos realizados na região posterior da
calibre e forma. mandíbula, principalmente na região de
 ¼ de Círculo – Indicadas para olho e terceiro molar, precisam ser feitos com
microcirurgia. cautela e distantes da região lingual da
mandíbula, onde o nervo lingual pode estar
aderido e a incisão pode resultar em um
prejuízo ou secção do nervo.
Outro cuidado a ser ressaltado, é em relação
 3/8 de Círculo – Indicadas para às cirurgias feitas na área apical dos pré-
aponeuroses, dura-máter, olho, molares inferiores, devido ao nervo
músculos, miocárdio, nervos e vasos. mentoniano que se encontra nessa região.
Agulhas curvas, usadas em Nos retalhos da maxila, na região vestibular,
profundidades. não possuem estruturas que possam ser
prejudicadas. Porém, na região anterior do
palato se encontra a artéria nasopalatina e na
região posterior, a artéria palatina maior.
Vários princípios básicos de retalho devem
 ½ de Círculo – Cavidades oral e nasal, ser seguidos para prevenir certas
faringe, gordura subcutânea, pele e complicações: Necrose, deiscência e
músculo. dilaceração.

NECROSE DO RETALHO
A necrose do retalho pode ser evitada se o
 5/8 de Círculo – Cavidades oral e nasal, CD atentar-se a quatro princípios de
sistema cardiovascular, pélvis, trato planejamento de retalho.
genital. - Primeiro: O ápice ou a ponta do retalho
nunca deve ser mais largo que a base, a
menos que alguma estrutura vital esteja
presente na base.
- Segundo: Geralmente, o comprimento do
TIPOS DE RETALHOS retalho não deve exceder o dobro da largura
da base.
- Terceiro: O suprimento sanguíneo axial vez que é feita transversalmente à linha de
deve ser incluído na base do retalho. EX: incisão.
Um retalho no palatino deve ser construído
na direção da artéria palatina maior.
- Quarto: A base dos retalhos não deve ser
excessivamente torcida, esticada ou apertada
com nada que possa comprometer o
suprimento sanguíneo de aporte e de
drenagem no retalho.
 Retalho em Envelope (Intrasucular)
DEISCÊNCIA DO RETALHO
Pode ser utilizado em todas as áreas da
A deiscência da margem do retalho
cavidade oral (Vestibular, Lingual e
(separação) é prevenida pela aproximação
Palatina); É feita no sulco gengival até a
das bordas do retalho sobre osso saudável,
crista óssea e através do periósteo, rebate-
pela manipulação cuidadosa das bordas do
se o retalho mucoperiosteal; 2 dentes
retalho e não submete-lo à tensão.
anteriores e 1 dente posterior (No mínimo).
A deiscência expõe o osso subjacente,
produz dor, perda óssea e fibrose excessiva.

DILACERAÇÃO DO RETALHO
A dilaceração do retalho é uma complicação
comum para quem é inexperiente e tenta
realizar um procedimento que proporcione  Retalho Semilunar (Partsch)
acesso insuficiente. Incisão curva cuja porção convexa está
A questão é: Uma incisão longa em um voltada para a gengiva marginal. É um
cenário de reparação adequada, cicatriza tão retalho que visa acessar a região apical
rápido quanto uma incisão curta. Então é do elemento dentário.
muito mais viável o CD realizar um retalho
que possa oferecer um acesso suficiente do
que causar uma dilaceração no tecido ao
tentar aumentar o mesmo no meio da
cirurgia para ter mais acesso.

 Newmann / Newmann Modificada


Oferece uma ótima visualização do
campo operatório e ainda causar pouca
tensão na retração do retalho.
Porém, uma desvantagem é que pode ser
acompanhada de alterações periodontais
e ainda ser arriscada na presença de
TIPOS DE INCISÕES E RETALHOS elementos protéticos, com possibilidade
 Retilíneo de retração gengival no pós-operatório.
Muito realizada nos tecidos moles, oferece
uma cicatrização mais rápida que uma
incisão pequena e irregular. Isso se dá uma
 Wasmund
Composta por 2 incisões verticais e a
incisão horizontal que une-se a margem
gengival de forma retilínea. Possui uma
boa amplitude para o fundo de vestíbulo,
porém, é limitado para mesial e distal,
onde deve-se ter cuidado com as
relaxantes devido ao suprimento
sanguíneo da região.

 Tipo Y ou Duplo Y
É realizada 1 incisão linear no centro do
palato duro, associado a 2 (ou 4)
verticais relaxantes menores, onde é
importante que essas incisões relaxantes INDICAÇÕES PARA
não sejam próximas à artéria palatina. EXODONTIA
O duplo Y, é indicado quando se deseja CÁRIE
uma maior exposição posterior do A cárie é um diagnóstico para indicar uma
palato. exodontia quando a extensão e a gravidade
da cárie indica que aquele elemento dentário
não pode ser mais restaurado.
NECROSE PULPAR
Quando um dente com necrose pulpar ou
pulpite irreversível que esteja contra
indicado o tratamento endodôntico.
As vezes o endodontista faz uma avaliação
dos condutos radiculares, e fala que os
condutos estão calcificados, logo, não tem
como tratar o canal desse elemento dentário.
DOENÇA PERIODONTAL
Quando ocorrer uma perda óssea uma chance grande de desenvolver
periodontal excessiva e mobilidade dentária osteoradionecrose. Isso acontece quando se
irreversível. remove o elemento dentário e aquele alvéolo
não consegue cicatrizar, os osteoblastos não
DENTES MAL POSICIONADOS conseguem realizar a formação óssea, logo
É bem comum casos de terceiro molar os osteoclastos começam a reabsorver o que
superior vestibularizado em que o paciente está em volta, começando a ter lesões sérias,
começa a morder a mucosa jugal ou casos tendo que passar por procedimentos
de dentes extruídos com a perda do cirúrgicos invasivos.
antagonista que acabam impedindo a
colocação de prótese na arcada oposta. QUESTÕES FINANCEIRAS
Muitas vezes o paciente não têm condições
INDICAÇÃO ORTODÔNTICA financeiras de fazer o tratamento
Pacientes que vão se submeter a tratamento odontológico. Um exemplo muito comum, é
ortodôntico e necessitam de espaço para o cirurgião dentista indicar um tratamento
alinhamento dentário. endodôntico, o paciente não ter condições
DENTES FRATURADOS de pagar, e pelo fato do sistema público está
Dentes com fraturas na coroa ou em raiz, muito demorado, o paciente estar sentindo
onde não é mais possível tratar com muita dor naquele dente, então o mesmo vai
restaurações complexas ou endodontia. realizar a extração, apesar de que esse
elemento dentário não tenha a exodontia
DENTES IMPACTADOS E como primeira indicação. Nesse caso, se o
SUPRANUMERÁRIOS paciente desejar fazer a extração, ele deve
Dente parcialmente impactado que seja assinar um termo por escrito, sabendo que
incapaz de erupcionar até uma oclusão pode ser realizado um tratamento
funcional, interferência de dentes adjacentes endodôntico e mesmo assim ele deseja fazer
e possibilidade de causar reabsorção e a remoção do dente.
deslocamento de outros dentes, deverá ser
indicado exodontia.
DENTES ASSOCIADOS A LESÕES
PATOLÓGICAS
Se caso o dente esteja comprometido ao
remover a lesão presente, está indicado a
exodontia.
RADIOTERAPIA
Pacientes que receberam a radioterapia para
câncer oral ou na região de cabeça e
pescoço. Esses pacientes às vezes passam
por avaliação prévia odontológica, pois
qualquer possibilidade de perda dentária nos
próximos 5 anos, é certo fazer uma
exodontia prévia, pois uma vez que o
paciente fez as sessões de radioterapia, ele
está contraindicado de fazer essas
exodontias nos próximos 5 anos, pois possui
MONTAGEM DA MESA  Pinça Backaus – Utilizada para prender
CIRÚRGICA E INSTRUMENTAIS o campo fenestrado na roupa do
O correto para a montagem da mesa paciente.
cirúrgica, é que os materiais sejam dispostos
de acordo com o tempo cirúrgico para poder
facilitar as ações durante a cirurgia.
1. Antissepsia
 Pinça Allis – Juntamente com uma gaze,
ela serve para realizar a antissepsia extra  Jogo de Campo
oral.

3. Materiais Afastadores
 Afastador de Minessota – Serve para o
 Gaze – Juntamente com uma pinça afastamento do retalho mucoperiosteal,
Allis, ela serve para realizar a bochecha, lábio e língua.
antissepsia extra oral.

 Afastador Farabeuf – Para o afastamento


da pele, subcutâneo e músculos em planos
superficial.
 Cuba – são utilizadas para a colocação
de materiais, como álcool iodado e
solução fisiológica para realizar
desinfecção.

 Afastador Bruenings – Afastar a língua


durante a cirurgia.

2. Materiais de Campo
 Seringa Carpule + Agulha

4. Material de Hemostasia
 Gaze – Promover estancamento do
sangue com compressão.

 Anestésico Local

 Pinça Kelly (Curva e Reta) – Promove o


estancamento do sangue durante a
cirurgia.

6. Materiais de Diérese
 Lâmina de Bisturi + Cabo – Para incisões,
retalhos, ou seja, rupturas de tecidos em
geral.

 Pinça Halsted Mosquito (Curva e Reta)


– Tem a função de promover a
hemostasia através da compressão dos
vasos.

*Lâmina 10 – É utilizada para incisões


em pele e músculos.
*Lâmina 11 – Sendo utilizada em
pequenas incisões e na drenagem de
abscessos.
*Lâmina 12 – É utilizada em
procedimentos mucogengivais.
*Lâmina 15 – É utilizada em incisões
delicadas em pele, músculos e periósteo.
5. Materiais de Anestesia
 Descolador Molt Nº 9 – Indicado para
realizar o descolamento do periósteo.

 Descolador Molt Nº 2-4 – Indicado para


realizar o descolamento do periósteo.

 Sindesmótomo – Para a realização de


sindesmotomia, que se trata do  Fórceps 17 – Para molares inferiores, com
rompimento dos ligamentos periodontais. duas raízes.

 Periótomo Duplo – Para romper os


ligamentos periodontais de forma
traumática.

 Tesoura Metzembaum – Realizar a  Fórceps 18L / 18R – Molares superiores


divulsão tecidual, entrando com ela esquerdo e direito.
fechada, abrindo no interior do tecido e
saindo com ela aberta para não ter risco
de cortar nenhum tecido ou vaso.

7. Materiais de Exérese
 Fórceps 16 ‘’Chifre de Touro’’ – Para
molares inferiores com extensa destruição
coronária.
 Fórceps 65 – Indicado para extração de
incisivos e raízes superiores.
 Alavancas Seldin 1R, 02 e 1L – Indicadas
para quando não se tem a possibilidade de
utilização da primeira técnica (Fórceps).

 Fórceps 69 – Raízes de dentes inferiores e


superiores.

 Heidbrink 2, 1 e 3 – Indicadas para


quando não se tem a possibilidade de
utilização da primeira técnica (Fórceps).

 Fórceps 150 – Incisivos, caninos e pré-


molares superiores.

 Alveolótomo Luer (Pinça Goiva) –


Utilizado para a regularização de septos e
 Fórceps 151 – Incisivos, caninos e pré- espículas ósseas.
molares inferiores.
 Lima Óssea Schluger – Para regularizar o
osso alveolar nas faces interproximais.

 Martelo de Mead – Utilizado com cinzeis,


batendo em cima do cabo do cinzel e com  Pinça de Adson com Dente ‘’Dente de
uma batidinha seca conseguimos partir o Rato’’ – São pinças de dissecção que
dente ao meio. auxiliam em procedimentos, facilitando a
ação de outros instrumentos.

 Cinzel Goivo Alexander – Para


alveoloplastia e alveolectomia (parcial ou  Curetas de Lucas Nº 85, 86 e 87 – As
total). curetas têm a forma de colher com bordas
cortantes e efetuam seu trabalho por ação
mecânica de raspagem. É usada para
realizar curetagem de lesão e inspeção do
 Lima Óssea Miller Nº 02 – Para alvéolo, impedindo que ocorra uma
regularizar o osso alveolar. alveolite, ou um cisto residual, por
exemplo.
 Tesoura de Mayo – São utilizadas para
cortar os tecidos do corpo próximos à
superfície de uma ferida. Também são
utilizadas para o corte de fios de sutura.

 Tesoura Goldman Fox – Utilizada em


procedimentos cirúrgico em geral, tanto
para o corte de fios cirúrgicos quanto de
tecidos.
8. Materiais de Síntese
 Porta Agulha Mayo Hegar – Para sutura,
segurando o corpo de agulha durante a
transfixação no tecido.

 Tesoura Buck – Foi especificamente


projetado para auxiliar em cortes de
pontos e suturas. Suas lâminas são
moldadas em formato de gancho,
permitindo que a tesoura cirúrgica deslize
 Pinça Dietrich Delicada – Segurar as
pelas suturas de forma mais leve e fácil.
bordas dos tecidos para suturá-las.

 Tesoura Íris – Para o corte do fio de


sutura.
 Agulhas Atraumáticas com Fio Pré-
montado – São utilizados para selar vasos
sanguíneos e ligar tecidos. Sua principal
função é auxiliar na cicatrização de
ferimentos e em incisões cirúrgicas.

ANESTESIOLOGIA
ANESTÉSICOS
Os anestésicos locais exercem seu efeito
através do bloqueio dos canais de sódio
regulados por voltagem, inibindo, assim, a
propagação dos potenciais de ação ao longo
dos neurônios.
Os anestésicos locais previnem tanto a
condução quanto a geração de impulsos
nervosos, agindo em um segmento do nervo à
semelhança de um isolante, não permitindo
que o fluxo de informações neuronais passe
por aquela ·área onde o anestésico foi - Atua diretamente nos receptores alfa e
depositado. beta adrenérgicos;
A anestesia local deve ser absolutamente - Anestésicos que possuem esse
profunda para eliminar a sensação pulpar, vasoconstritor, apresentam o antioxidante
ligamento periodontal e dos tecidos moles bissulfito de sódio;
adjacentes. - Pode aumentar o débito e frequência
Uma anestesia profunda resulta na perda de cardíaca, taquicardias, dilatação das
todas as sensações de dor, temperatura e coronárias;
toque, mas não anestesia as fibras - Aumenta a PA;
proprioceptivas dos nervos envolvidos. - Hemostasia local;
*É importante lembrar o paciente terá que - É captada ou pelos nervosos adrenérgicos
distinguir entre a dor aguda e a sensação de ou metabolizada no sangue pelas enzimas
pressão profunda durante a cirurgia, para catecol-metiltransferase (COMT);
poder determinar a eficácia da anestesia e não
ocorrer casos de superdosagem. FENILEFRINA
- Vasoconstritor mais fraco;
VASOCONSTRITORES - Estimulação direta do receptor alfa;
Os vasoconstritores são drogas que contraem - Apesar de ser mais fraco, possuem efeito
os vasos sanguíneos e, assim, controlam a mais duradouro que à adrenalina;
perfusão do tecido. São adicionados às - Exerce pouca ou nenhuma atividade nos
soluções anestésicas para combater a ação receptores beta;
vasodilatadora dos anestésicos. - Aumenta a PA;
Possuem o objetivo de: - Mínimo efeito no SNC;
 Redução do fluxo sanguíneo local; - Raramente tem disrritimia;
 Absorção anestésica mais lenta;
 Maiores concentrações de anestésico FELIPRESSINA
permanece ao redor do nervo por mais - Age estimulando a musculatura lisa;
tempo; - Contra-indicado para grávidas devido às
 Aumento da duração anestésica; suas ações ocitóticas;
 Redução de sangramento local; - Não é usada para promover hemostasia;
A classificação deles é feita através da NORADRENALINA
estrutura química, baseando-se na presença - Isonômero da adrenalina;
ou ausência do grupo CATECOL. - Sua potência é bem menor que a da
Se tem aminas na estrutura, são as adrenalina;
catecolaminas (dopamina, noradrenalina e - Deve ser muito mais concentrada para
adrenalina). atingir o mesmo efeito da adrenalina;
Se não possui catecol, são as não - Tem afinidade pelos receptores alfa muito
catecolaminas (anfetamina, metanfetamina, maior que pelos receptores beta;
efedrina e fenilefrina). - Se aplicar no palato em alta concentração,
*A felipressina é um polipeptídeo pode necrosar;
vasopressor. - Não apresenta vantagens sobre a
adrenalina e tem maior incidência de
ADRENALINA efeitos adversos;
- É o vasoconstritor padrão;
LOCAL DE INFILTRAÇÃO
O local de infiltração do anestésico determina
o tipo de injeção administrada.
Infiltração Local – A solução anestésica é
depositada exatamente no local que receberá
o procedimento e abrange as terminações
nervosas terminais responsáveis por inervar a
área da manipulação. Esse método é muito  Intraseptal. – É realizada no septo de dois
útil em procedimentos cirúrgicos pelo fato da dentes contíguos, sendo gengival ou
existência dos benefícios do vasoconstritor, papilar.
que promove a hemostasia local.
 Supraperiosteal – A agulha penetra no fundo
do sulco vestibular, depositando a solução
anestésica próximo dos ápices dentais.

 Intrapulpar. – A deposição do anestético é


feita diretamente na polpa dental.

 Subperiosteal – O anestésico é administrado


sob o periósteo, facilitando a absorção e
necessitando de uma dose menor da solução.

Bloqueio de Nervo – A solução anestésica é


depositada nas proximidades do tronco
nervoso principal, em posição proximal
distante do local do procedimento. Com esse
tipo de anestesia, todo o território inervado
 Submucosa – Faz-se a deposição do pelo nervo bloqueado, torna-se anestesiado e
anestésico, abaixo da mucosa. passível de manipulação.

Bloqueio de Campo – A solução anestésica


é depositada próxima a ramos nervosos
terminais maiores, localizados em posição
ligeiramente proximal ao local do
procedimento. Com esse método de
administração, a anestesia é circunscrita,
 Intra-ósseas e Peridentais – É praticada no porém, tem amplitude maior que a
tecido esponjoso, entre as camadas corticais infiltração local.
da mandíbula ou maxila, tornando mais  Nervo Alveolar Superior Anterior, ASA
rápida a difusão da solução. (Técnica Infraorbital) – O bloqueio deste
nervo é a técnica aplicável para anestesiar
polpa e tecidos moles vestibulares de
incisivos, caninos e pré-molares, e
também, raiz mesiovestibular do primeiro
molar superior.
INDICAÇÃO: Tratamento que envolva
mais de dois dentes superiores anteriores  Nervo Alveolar Superior Posterior (ASP) –
e seus tecidos vestibulares. O bloqueio deste nervo, também conhecido
ÁREA DE INTRODUÇÃO: Altura da como o bloqueio da tuberosidade ou pós-
prega mucovestibular, sobre o primeiro túber, é uma técnica muito utilizada para
pré-molar superior, tendo como alvo o intervenção nos molares superiores.
forame infra-órbitario e como referência, INDICAÇÃO: Tratamento que envolva dois
a pupila do olho. ou mais molares superiores ou quando a
injeção supraperiosteal sobre os molares
superiores foi ineficaz.
ÁREA DE INTRODUÇÃO: Altura da prega
mucovestibular, acima do segundo molar
superior, tendo como referência a
tuberosidade e processo zigomático da
maxila.

 Nervo Alveolar Superior Médio (ASM) – O  Nervo Nasopalatino – Também conhecido


bloqueio do nervo alveolar superior médio é como bloqueio do nervo incisivo ou
a técnica aplicável para anestesiar os pré- bloqueio esfenopalatino, essa técnica é
molares superiores e necessária para excepcional para o controle da dor
completar o bloqueio do nervo alveolar palatina, pois requer o minimo de volume
superior posterior, nas inervações que do anestésico para promover anestesia
envolvem o primeiro molar superior. eficaz em uma ampla área dos tecidos
INDICAÇÃO: Tratamento que envolva pré- moles e duros do palato.
molares superiores e raiz mesiovestibular do INDICAÇÃO: Quando houver a
primeiro molar superior. necessidade de anestesiar os tecidos
ÁREA DE INTRODUÇÃO: Altura da prega moles palatinos para o tratamento em
mucovestibular, acima do segundo pré- mais de dois dentes (Incisivos centrais,
molar superior. incisivos laterais, caninos e porção medial
dos primeiros pré-molares).
ÁREA DE INTRODUÇÃO: Mucosa
palatina imediatamente lateral a papila
incisiva, localizada na linha média atrás
dos incisivos centrais, tendo como  Nervo Alveolar Inferior – Essa técnica
referência o forame incisivo sob a papila anestesia os dentes mandibulares até a linha
incisiva. média (de molar a central), corpo da
mandíbula, mucosa vestibular anterior,
forame mentual, 2/3 anteriores da língua,
assoalho bucal, tecidos moles do lado
lingual e periósteo.
INDICAÇÃO: Tratamento de múltiplos
dentes mandibulares, lesões de tecidos
moles anteriores ao forame mentual.
ÁREA DE INTRODUÇÃO: Deve-se levar
em conta o plano oclusal dos molares
inferiores, 1 cm acima para ser mais exato e
¾ da distância entre a incisura coronóide e a
rafe pterigomandibular.

 Nervo Palatino Maior – O bloqueio do


nervo palatino maior é utilizado em
procedimentos que envolvam os tecidos
moles palatinos distais de caninos.
*É CONTRAINDICADO USAR
ANESTÉSICOS COM
VASOCONSTRITORES MUITO
CONCENTRADOS OU A  Nervo Bucal – O bloqueio do nervo bucal
NORADRENALINA DEVIDO AO ou nervo bucinador, como também é
RISCO DE NECROSE TECIDUAL DA chamado, é uma técnica aplicável para
ÁREA. anestesiar tecidos moles vestibulares
INDICAÇÃO: Anestesiar a porção adjascentes apenas aos molares inferiores.
posterior do palato duro e seus tecidos INDICAÇÃO: Anestesiar tecidos moles na
moles, anteriormente até o primeiro pré- região de molares inferiores.
molar. ÁREA DE INTRODUÇÃO: A área alvo
ÁREA DE INTRODUÇÃO: Tecidos dessa anestesia, é o nervo bucal no ponto
moles levemente anteriores ao forame que passa sobre a borda anterior do ramo.
palatino maior, aproximadamente na
distal do segundo molar superior.
pterigomandibular (entre o músculo
pterigóideo medial e ramo da mandíbula).
Em seguida, desde inferiormente todo o
trajeto da língua e vai se dirigir
medialmente até o ápice da língua.
Inerva a língua, o assoalho da boca e as
glândulas submandibulares e sublinguais
com fibras sensitivas do nervo trigêmeo e
fibras parassimpáticas da corda do
tímpano do nervo facial.
INDICAÇÃO: A anestesia do nervo
lingual é geralmente realizada durante a
técnica de anestesia para o nervo alveolar
inferior.
ÁREA DE INTRODUÇÃO: A área de
 Nervo Mentual – O nervo mentoniano é um introdução da agulha será na face medial
ramo terminal do nervo alveolar inferior, do ramo mandibular. A profundidade da
que emerge do forame mentual entre os injeção em que será depositada a solução
ápices dos pré-molares inferiores, sendo anestésica será menor pelo fato de o
responsável pela inervação sensitiva dos nervo lingual posicionar-se mais
tecidos moles vestibulares anteriores ao superficialmente que o nervo alveolar
forame e tecidos moles do lábio inferior e inferior.
mento.
INDICAÇÃO: É basicamente um
complemento de anestesia, já que é
responsável apenas por inervar tecidos
moles.
ÁREA DE INTRODUÇÃO: Inserção na
prega mucovestibular na área do forame,
entre o ápice dos pré-molares inferiores.  Nervo Incisivo – Irá anestesiar a mucosa
vestibular anterior ao forame mentoniano,
do segundo pré-molar até a linha média,
lábio inferior e pelo do mento, polpas dos
pré-molares, caninos e incisivos.
INDICAÇÃO: Anestesia pulpar dos dentes
anteriores ao forame mentoniano.
ÁREA DE INTRODUÇÃO: Prega
mucovestibular no forame mentoniano ou
 Nervo Lingual – O nervo lingual compoe imediatamente anterior a ele, no qual está
o tronco do nervo mandibular, juntamente localizado o nervo incisivo.
com o nervo alveolar inferior. Ao se
separarem, o nervo lingual dsce pela face
medial da mandíbula e colocá-se a frente
do alveolar inferior, onde ambos
encaminham-se para o espaço
 Bloqueio do Nervo Mandibular (Técnica de
Gow-Gates) – Nesta técnica, os nervos
lingual, alveolar inferior, milo-hióideo,
mentual e incisivo são anestesiados.
INDICAÇÃO: Alternativa para quando
houver falha na técnica convencional.
ÁREA DE INTRODUÇÃO: É o aspecto
lateral do colo do côndilo, logo abaixo da
inserção do músculo pterigoide lateral. A
injeção é inserida na distal ao segundo
molar maxilar, na altura da cúspide mésio-
palatina.

 Bloqueio do Nervo Mandibular (Técnica


Vazirani-Akinosi) – É uma outra alternativa
de anestesiar os dentes mandibulares e seus
tecidos moles.
INDICAÇÃO: Usada em pacientes que
possuem dificuldade em abrir a boca.
ÁREA DE INTRODUÇÃO: Inserir a
injeção no túber da maxila, tendo como
referência a junção mucogengival do
terceiro molar superior.

PÓS – OPERATÓRIO
Uma vez que o procedimento cirúrgico 2. Pacientes que fumam, deve ser
tenha sido realizado, o paciente e qualquer alertados a evitar pelas primeiras 12
acompanhante que seja membro da família, horas ou, mais comumente, caso
deveriam receber instruções de como cuidar precisem fumar, devem tragar de
da sequela comum pós-cirúrgica no restante modo bem suave. Afinal, o tabaco do
do dia e nos dias subsequentes. Essas cigarro e a nicotina interferem na
instruções devem prever o que o paciente cicatrização.
sentirá, explicando os fenômenos que 3. É preciso avisar que não pode beber
ocorrem e como lidar com eles. em canudos, pois acaba criando uma
pressão negativa.
CONTROLE DA HEMORRAGIA PÓS- 4. Não deve cuspir nas primeiras 12
OPERATÓRIA horas após a cirurgia. O processo de
Após a extração ter sido executada, a cuspir envolve pressão negativa e
manobra inicial para o controle de agitação mecânica no sítio da
sangramento é a colocação de uma pequena extração, o que poderia provocar um
gaze diretamente no local. O paciente deve novo sangramento.
ser instruído a morder firmemente a gaze 5. Nenhum exercício ou muito esforço
por, no mínimo, 30 minutos e não mastigar físico deve ser realizado nas primeiras
sobre ela. É necessário que o mesmo segure 24 horas após a extração, pois o
a gaze no local sem abrir e fechar a boca, aumento da pressão sanguínea pode
permitindo-se ficar sem conversar por no resultar em um sangramento ainda
mínimo, 2 ou 3 horas. maior.
Algumas instruções devem ser passadas Apesar do processo de sangramento ser um
para o paciente enquanto estiver de repouso fenômeno comum, em casos de sangramento
após a cirurgia: prolongado, sangramento vermelho
1. Deve ser avisado que é normal, caso brilhante, ou grandes coágulos na boca do
haja, um ligeiro sangramento por mais paciente são indicações para retornar ao
de 24 horas após o procedimento de consultório.
extração. Pode haver a possibilidade
de uma pequena quantidade de sangue CONTROLE DA DOR E
e uma grande quantidade de saliva, DESCONFORTO NO PÓS-
que acabam por se assemelhar a uma OPERATÓRIO
grande quantidade de sangramento no A dor que um paciente pode experimentar
local. Caso seja superior a ligeiro após um procedimento cirúrgico, como uma
sangramento, é necessário salientar o exodontia, por exemplo, é muito variável e
paciente a reaplicar uma gaze e deixa- depende de como ele esteja
la por 1 hora para que o sangue seja psicologicamente preparado antes da
controlado. Mas, se ainda assim, não cirurgia.
houver total controle e o sangramento Todos os pacientes devem ser alertados
continuar, instruí-lo a colocar um sobre os analgésicos receitados antes de
saquinho de chá no local e morde-lo serem dispensados, esclarecendo que o
por 30 minutos, pois o ácido tânico no objetivo desse medicamento é controlar a
chá regular serve como um dor e não eliminar toda a sensibilidade.
vasoconstritor local.
Quando
acabar, manter as
mãos para o alto
e juntas, para
que não toque
em nada e
a água escorra
para baix

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