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Medicina UFRJ

Cirurgia Experimental Ectomia Remoção de órgão ou parte dele


Resumo Tomia Abertura de um órgão
Stomia Abertura cirúrgica de uma boca
M5 – 2012.1
Pexia Fixação de um órgão
Vanessa Mendes Plastia Mudança da forma
Rafia Sutura
Aula 1: Apresentação do Curso. Noções de Técnica Scopia Olhar dentro
Operatória e Anestesiologia.
Aula 2: Paramentação Cirúrgica
Cirurgia = Kheirourgos = Kheir (mão) + Érgon
(trabalho) Preparação da equipe cirúrgica, com uso de técnicas
antisséptica e asséptica nas vestimentas e nas mãos,
- Estratégia: todo o planejamento da cirurgia antes do eliminando a contaminação (potencial de infecção)
ato cirúrgico para os tecidos do paciente.
- Tática: mudança de estratégia cirúrgica durante a
cirurgia em função de algum evento surpresa. Paramentum (latim) = adorno ou vestimenta

. Técnica Operatória: base para qualquer cirurgia. É o - Sepse -> MO patogênicos e seus produtos tóxicos
método que garante o sucesso das intervenções nos tecidos
cirúrgicas. Envolve os tempos fundamentais da técnica - Esterilização -> destruição de todos os
operatória: microorganismos, pode usar radiação, agente
1 – Diérese: incisão químico, etc. Não é possível esterilizar tecidos. Eles
2 – Hemostasia: bloqueio da hemorragia. Ocorre, na são naturalmente estéreis, mas se houver quebra de
realidade, durante todo o tempo cirúrgico barreira, deixam de ser.
3 – Síntese: reconstituição da área onde estava a - Assepsia -> eliminar e manter isento de
lesão. Inclui a sutura (com fio), cola, grampos, microorganismos, após esterilização.
parafusos. Antes é necessário avaliar a extensão da - Antissepsia -> Conjunto de medidas propostas para
ferida, avaliar o acometimento de tecidos/estruturas inibir o crescimento de microorganismos ou removê-
nobre, o agente que produziu a ferida los de um determinado ambiente, podendo ou não
(contaminação), o tempo da ferida (infecção) destruí-los. Para tal fim, são usados antissépticos e
Há técnicas operatórias específicas de cada detergentes. Usada em tecido vivo (pele e mucosas).
especialidade. As soluções utilizadas na equipe e nos pacientes são:
iodopovidona, clorohexidina, hexaclorofeno e álcool
Para execução da técnica operatória há algumas iodado. A antissepsia do paciente consiste em banho
normas cirúrgicas: paramentação (trajes específicos); pré-operatório, tricotomia restrita (retirada de pelos) Vanessa Mendes – M5 – 2012.1
instrumental cirúrgico (relacionados a cada tempo da e assepsia da sala cirúrgica. Fazer limpeza
técnica. Deve-se conhecer seus nomes, formas, inescrupulosa da pele do paciente com iodopovidina
organização, etc); anestesia (bloqueio local ou ou clorohexidina, em círculos concêntricos a partir do
anestesia geral). local da incisão para a periferia, sendo cada sequência
feita com uma gaze que é trocada para a próxima. A
Terminologia Cirúrgica: antissepsia da equipe deve ser feita com solução
Adeno Glândula Nefro Rim degermante e escova. Escovar sempre das partes mais
Cisto Bexiga Oftalmo Olhos distais para as mais proximais, até o cotovelo.
Cole Vesícula Oofor Ovários Enxaguar com as mãos a nível superior que o
Colpo Vagina Orqui Testículos cotovelo.
Colo Colo Ósteo Osso - Desinfecção -> agente químico germicida para
Entero Intestino Oto Ouvido objetos inanimados. Mesma substância da antissepsia
Gastro Estomago Procto Reto mas em concentrações maiores já que é usado em
Histero Útero Rino Nariz
objetos inanimados.
Salpinge Trompas Traqueo Traqueia
de operação.
ão. Específicos: usados em tempos especiais
o centro cirúrgico
Etapas da paramentação ao chegar ao de determinada operação.

Centro cirúrgico tem áreas: suja, intermediária e Dimensão e Forma


limpa. Pequenos (até 14cm); Médios (15-18cm);
(15 Grandes
1. Vestuário: tirar a roupa e trocar pela vestimenta (20-30cm)
adequada: pijama (verde), gorro, máscara, pró-pé pró Retangulares; Cilíndricos; Triangulares; Circulares
(nesta ordem).. Não se deve circular no centro
cirúrgico com sapato que vem da rua. 1. Diérese
2. Lavabo: Lavagem e antissepsia das mãos. Pré- Pré
lavagem das mãos paraa retirada da gordura e sujeira . Bisturi: cabo (esterelizável,
(esterelizável aço inoxidável) + lâmina
grosseira. Esponja com antisséptico para espalhar na (descartável). Existem bisturis normais de cabos 3 e 4,
parte pre-lavada,
lavada, escova com cerdas para remover sendo que no primeiro podem ser utilizadas lâminas
mecanicamente as células mortas e os abaixo de 15 (principal 11) e no último lâminas a
microorganismos. Usar escova em sentido único. Uma partir de 16 (principal 24), e o bisturi elétrico. A pega
mão de cada vez. Fechar torneira com om cotovelo. Sair do instrumento é fundamental. Mais comum: 3 bases
do lavabo para a sala de cirurgia com as mãos (indicador, médio e polegar e prega interdigital).
erguidas. Entrar com bisturi de forma perpendicular à pele,
3. Mesa Auxiliar: Enxugar mãos e braços. Toalha inclina ele fazendo a incisão e sai perpendicular
dobrada em 4. Uma superfície que foi para um braço novamente. A incisão cirúrgica é diferente da incisão
não poderá ser usada no outro braço. Colocar avental anatômica.
cirúrgico. O avental deve ser estendido pela pessoa
que vai usar pela face interna da gola. Depois de pega-
pega
lo, deixa-se
se que ele se desdobre pela gravidade.
Veste-se
se os braços e a pessoa então pega pelo meio o
cordão da cintura e expõe atrás para que outra pessoa
segurando pelas pontas o amarre. Colocar luvas da
seguinte forma: 1ª luva – pegar com a mão a parte
interna da luva a ser calçada (dobra); 2ª luva – com a
mão já calçada, pegar a outra luva por baixo da dobra sturis nunca devem ser usados em cavidades. Eles
Bisturis
(parte estéril). Ajeitar os dedos só depois do são restritos à pele e subcutâneo.
calçamento das duas luvas.
. Tesouras: instrumento anular
Para retirar as luvas, as duas superfícies devem ficar Formas: Reta (para estruturas mais superficiais)
pra dentro. Curva (facilita o acesso) Vanessa Mendes – M5 – 2012.1
Posicionamento para aguardar o ato operatório: de Dimensões: Pequena (tem a haste mais robusta,
robusta
costas para a parede, atrás das mesas de carretel mais próximo
óximo ao meio do instrumento,
instrumento usada
instrumentos cirúrgicos e de frente para o resto da para dissecção anatômica, cortar fios, dissecar pele e
sala de operações, evitando que alguém esbarre aponeuroses) – de Mayo
(contaminações) Grande (longa e de haste fina e
delicada, para uso dentro de cavidades,
cavidades usada para
Aula 3: Instrumental Cirúrgico dissecções mais delicadas)) – de Metzenbaum

Material (relacionado ao ato operatório mas não é


instrumental) x Instrumental

Instrumental ->> objeto utilizado para realizar e facilitar


o ato operatório. Comuns: usados em qualquer tipo
Componentes: anéis ou aros digitais (anular ou
polegar); ramos ou hastes (robustos ou delicados);
fulcro ou caixilho (articulação); extremidades de corte
(início é retilíneo e depois pode ter curvaturas);
pontas (rombas, semi-agudas, agudas)
Deve-se utilizar o tipo mais adequado de
tesoura para cada fim.
Tipos de ponta: Fina-fina: boa para penetrar
aponeuroses Pinça Kelly: tem ranhuras apenas na
Fina-romba: permite que se faça extremidade do ramo de preensão (2/3 distais).
perfuração em uma estrutura sem lesionar outras Indicada para preensão de estruturas superficiais e
Romba-romba: usada para divulsão = subcutâneas. Prende a estrutura para dar tempo ao
separação romba / sem corte. processo de coagulação.
Empunhadura da tesoura: o apoio deve ser feito no
dedo anular, isso confere maior estabilidade ao corte,
porque sustenta melhor o peso do instrumento. O
outro anel fica no dedo polegar. Para guardar a
tesoura sem devolvê-la ao instrumentador, gira-se sua
ponta em direção ao punho.

. Instrumentos auxiliares em diérese: pinças


Pinça dente de rato: indicada para pele, aponeurose, Pinça Rochester: ponta romba e longa
subcutâneo, tecidos que suportem bem a tração. Pinça Kocher: Crile com dente de rato na
Pinça anatômica: extremidade lisa, apoio de preensão ponta
Pinça de Hadson: extremidade bastante delicada Pinça Halsted: mosquito
Empunhadura da pinça: como uma caneta.
. Instrumentos auxiliares (de exposição)
2. Hemostasia Afastadores: após diérese e hemostasia afastam as
bordas da incisão para expor a cavidade. Têm lâminas
. Pinças hemostáticas: anulares. A base da haste que são tracionadas para os lados opostos. Podem ser
(próxima aos anéis) possui uma trava ou cremalheira Auto-estáticos: Gosset, Finochietto (usado em
que permite que se regule a pressão que a pinça fará cirurgias torácicas. Possui uma manivela que afasta as
sobre a estrutura / tecido. A seguir, ela é tracionada e costelas o quanto for necessário) e Balfour (usado em
é passado um fio em torno do tecido. Produzem cirurgias abdominais extensas. Possui uma valva que
hemostasia temporária. permite afastamento do fígado). Vanessa Mendes – M5 – 2012.1
Componentes: ramos de preensão (possuem Dinâmicos (manuais): Volkmann, Farabeuf
ranhuras, que evitam que o tecido escorregue da (mais comum).
pinça), parafuso, hastes, anéis, travas.
Pinça Crile: tem ranhuras em todo o seu ramo
de preensão. Apreende grandes quantidades de
tecido e é mais indicada para preensão de estruturas
profundas, dentro de cavidades, hemostasia de vasos
viscerais.

3. Síntese

. Porta-agulhas:
Tipo Hegar: instrumento anular com
cremalheira. A extremidade tem, além de ranhuras,
um espaço para colocar a agulha. Pode ser usado
apoiando-o na palma da mão.

4- Instrumental especial 3 Instrumental de síntese


e afastadores
2 Instrumental de 1 Instrumental de
Tipo Mathieu: não tem anéis, mas tem hemostasia diérese
cremalheira. Empunhadura apenas pela palma da
mão. Os ramos de preensão da agulha possuem uma Disposição da equipe:
ranhura para encaixe da agulha e para não permitir - Anestesista na cabeceira
seu esmagamento. - Cirurgião à direita ou à esquerda do paciente
- Médicos auxiliares à direita do cirurgião
- Instrumentador aos pés da paciente

Aula 4: Agulhas e Fios de Sutura

Partes do material de sutura: agulha com fio de sutura


ou agulha separada do fio de sutura.
Instrumental especializado: tração, preensão, fixação
Agulha cirúrgica: segmento de aço inoxidável, polido,
sendo uma extremidade para perfurar o tecido
Mesa de Instrumental
orgânico e a outra para o fio de sutura. Serve para
A mesa é dividida em áreas de acordo com as etapas
conduzir o fio.
da cirurgia e a função básica de cada instrumento, de
forma que facilite o trabalho do instrumentador
quando algo lhe for pedido.

- Riniforme: do instrumentador
- De Finochietto: tem dois níveis: um mais alto e um
mais baixo. Para o instrumentador.
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Partes:
- Fundo: local onde está preso o fio de sutura. Pode
ser fixo ou verdadeiro, falso e atraumático. Não se
deve colocar o porta-agulha no fundo porque pode
entortar.
- Corpo: dá resistência à agulha. Apresenta-se em
várias formas: triangulares, cilíndricas, ovaladas,
quadradas.
- De Mayo: haste em forma de U. Permite
- Ponta: parte ativa de penetração dos tecidos.
aproximação da mesa cirúrgica. Para auxiliar.
Apresenta formas variadas: triangular, triangular de
corte reverso, cilíndrica, cilíndrica de ponta romba e
com pontas especiais.
Tipos de fundo:
- De Benjamin Fios de Sutura: material filamentoso, flexível, de
- Rombo origem natural ou sintético, de diâmetro variável,
- Atraumático – mais usado mantido para auxiliar na aproximação e na
- Francês ou falso (traumático) cicatrização dos tecidos seccionados.
se
O que se deseja é escolher um fio que
proporcione um apoio mecânico adequado capaz de
preservar a força de uma determinada ferida até que
ocorra suficiente cicatrização para suportar por sua
própria conta qualquer estresse e sobrecarga. O fio
não deve ser mais forte do que os tecidos suturados e
não se deve implantar mais material estranho do que
estritamente necessário. As condições da ferida
devem ser levadas em conta já que uma ferida limpa
se comporta de forma diferente de uma contaminada.
contam
Corpo:
agulhas, apenas para
- Reto (para suturar sem porta-agulhas Características ideais:
pele) - Resistencia à tração e à torsão
- Meio-curva:: haste reta com extremidade curva - Ser flexível
- Curva (1/2 círculo; ¼ círculo; 3/8 círculo; 5/8 círculo) - Ser de fácil manuseio
- Esterilização fácil
- Ausência de reação tecidual
- Maleabilidade e Elasticidade reduzida
- Calibre fino e regular
- Custo reduzido
- Não servir como nicho para infecções
- Proporcionar facilidade ao nó cirúrgico
Não usar porta-agulha para agulhaslhas semicurvas ou - Baixo arraste tecidual
retas. Usar a mão.. Colocar a gaze embebida em soro
para dar resistência. Vantagem: tempo. Outros:
Não ser cortante Baixo índice de fricção
Obs: há agulhas com braço duplo, sendo duas agulhas Não possuir ação Manter as bordas da
carcinogênica ferida aproximadas até a
em um fio.
cicatrização adequada.

Seção transversal e ponta: Vanessa Mendes – M5 – 2012.1


- As agulhas traumáticas possuem a ponta triangular e • Configuração física
o corpo pode ser de vários formatos. São utilizadas Monofilamentar: único filamento
em tecidos mais resistentes. Ex: aponeurose. Polifilamentar: múltiplos filamentos
- As agulhas atraumáticas possuem a ponta cilíndrica e Quanto maior o número de filamentos maior
redonda. São utilizadas em tecidos mais delicados. Ex: é também o risco de infecção.
• Capilaridade:
anastomoses vasculares.
E a capacidade do fio em captar líquidos. O
líquido absorvido pelo fio se propaga por sua
3 a 9mm, curva Microcirurgia, oftalmologia extensão
tensão podendo ser meio de cultura. Fios
10-15mm, curva Urologia, cardiovasc, plástica, multifilamentares possuem maior
neurocirurgia capilaridade, o que propicia infecção.
infecção
40-60mm, reta Gastrintestinal Categute tem alta capilaridade.
15-25mm, curva Cirurgia geral, cardiovasc, • Aderência bacteriana
gastrintestinal Leva em consideração, a configuração física, a
25-40mm, curva Cirurgia geral, gastrintestinal absorção de fluídos e a capilaridade e
50-75mm, curva Suturas totais e subtotais da pele representa
senta o poder do fio em fazer bactérias
se aderirem ao fio. Quando uma bactéria se o Monofilamentares (nylon, prolene,
adere ao fio os leucócitos e antibióticos têm categute).. Em geral são menos
dificuldade de atingi-las,
las, favorecendo a maleáveis que os multi. Exigem
infecção manipulação mais cuidadosa.
• Diâmetro o Multifilamentares (algodão, vicril).
Determinado em milímetros e expressado em Maior flexibilidade e mais fácil
número de zeros, da seguinte te forma, quanto manuseio. Entretanto, são mais
menor o diâmetro, maior o número de zeros. traumatizantes e ásperos. Maior
Logo, um fio 3.0 é mais fino do que um fio 2.0. infecção e mais susceptíveis a roturas.
O cirurgião deve escolher o fio de sutura mais • Quanto ao diâmetro;
fino possível para o fio que está trabalhando • Quanto a absorção:
de modo a usar a menor quantidade de tecido o Absorvíveis x Inabsorvíveis:
estranho ao organismo. São considerados fios absorvíveis aqueles
• Força tênsil confeccionados com material que perdem sua força
É o somatório das forças necessárias para tênsil em menos de 60 dias. Apesar de alguns fios
romper o fio. A força tensil deve ser mantida serem considerados inabsorvíveis pelo fato de
até se completar o processo de cicatrização. manterem a força tênsil por mais de 60 dias, muitos
Algodão – baixa. Aço – alta. são biodegradáveis, sendo absorvidos após um
Força tênsil = (F para partir o fio) / (diâmetro período de tempo mais prolongado. Categute,
do fio) poliglactina. A absorção pode ser por hidrólise ou
• Coeficiente de atrito/fricção reação enzimática.
É a força necessária para fazer um Há também uma distinção entre absorvíveis e
determinado nó escorregar. Quanto menor o inabsorviveis não quanto ao tempo de froça tênsil
coeficiente de atrito mais escorregadio, mantida, mas sim quanto a ao tempo que o
sendo, então, mais fácil de escapar,
escapar maior a organismo leva para degradá-lo.
degradá Os fios absorvíveis
instabilidade. Quanto maior, mais rugoso, são degradadosos pelo organismo em menos de 180
mais fácil dar o nó. Monofilamentares
Monofilament têm dias,, enquanto que, os fios inabsorviveis não são
menor coeficiente. degradados ou são com mais de 180 dias pelo
Pliabilidade: facilidade para confeccionar o nó organismo. Prolene, aço. Seda e nylon são
biodegradáveis.
• Memória
Relacionado à plasticidade e elasticidade do
fio, é a tendência que o fio tem de retornar a
sua posição inicial anterior ao nó após este ser
dado. Nylon tem alta memória. Quanto maior
a memória, menor a segurança do nó Multifilamentar: dexan, vycril
realizado com ele. Deve-se se dar mais nós Monofilamentar: monocril, maxon
então.
• Flexibilidade e facilidade de manuseio
• Arrasto tecidual
Quanto maior seu coeficiente de fricção ou Vanessa Mendes – M5 – 2012.1
quanto mais rígido, maior o arrasto.
• Visibilidade do fio no campo operatório

Elasticidade: retomada da forma original pós-tração.


pós
Plasticidade: manutenção da forma nova pós-tração.
pós

Classificação: Naturais: linho


Sintéticos: - multifilamentares: poliamida, poliéster,
• Quanto a origem: aço, trançado
o Sintéticos (nylon, prolene, vycril) - monofilamentares: poliamida, prolene, PTP,
o Orgânicos (algodão, categute, seda) novafil, aço
o Minerais
o Mistos
Todos os fios absorvem agua, à exceção dos
o Metálicos (aço inoxidável)
inoxidável
• Quanto ao número de filamentos/estrutura:
filamentos monofilamentares sintéticos. Como quanto maior a
absorção de água, maior o risco de infecção, é polidioxa poliglico poliglecap Ác. poliglac categ
nona nato rone poliglic tina ute
preferencial o uso de monofilamentares. ólico
Menor Maior
Principais fios:
Reação Tecidual
• Catgut simples (amarelo) Fios multifilamentares levam a maior reação tecidual.
- Natural Inicia-se com infiltração de leucócitos na área do
- Absorvível trauma cirúrgico, com aparecimento de macrófagos e
- Multifilamentar fibroblastos. Por volta do 7º dia surge um processo
fibroso inflamatório crônico. Fios absorvíveis, a
• Catgut cromado (marrom-claro) exceção do categute simples e cromado, levam a
- Natural pequena reação tecidual. Dentre os inabsorvíveis, o
- Absorvível náilon, o polipropileno e o aço levam a mínima reação
- Multifilamentar inflamatória nos tecidos. A reação persiste até que o
- Menor resposta inflamatória do que o Catgut material de sutura seja encapsulado ou absorvido
simples pelo organismo.
- Reação alérgica: Fios de ác poliglicólico, poliglactina,
• Vicryl ou poliglactina (violeta) polidioxana, poligliconato não apresentam ptns de
- Absorvível colágeno, antígenos e pirógenos em sua superfície,
- Multifilamentar situando-se junto com o polipropileno, náilon e aço
- Sintético como os menos antigênicos e menos alergênicos. Os
mais são categute simples e cromado.
• Monocryl Os fios não devem ser reutilizados!
- Absorvível
- Monofilamentar Reação Inflamatória ao fio de sutura
- Sintético Parte do processo de cicatrização
Inflamaçao exsudativa inespecífica
• Prolene ou polipropileno (azul mediano)
- Sintético 1. Fios Absorvíveis
- Não-absorvível Naturais:
- monofilamentar - Exsudação intensa, progressiva
- Fragmentação do fio (macrófago)
• Nylon (verde-claro) - Substituição por tecido fibroso
- Sintético Sintéticos:
- Não-absorvível - Menor intensidade Vanessa Mendes – M5 – 2012.1
-monofilamentar - Hidrólise do fio (macrófagos)

Diâmetro: 2. Fios Inabsorvíveis (naturais e sintéticos)


- Maior resistência tênsil, resistem à exsudação
6-0 5-0 4-0 3-0 2-0 0 1 2 - Reação inflamatória crônica-granuloma (se o fio ficar
Não se pode comparar diâmetros de fios de diferentes encistado)
materiais. Por isso devem ser retirados.

Reação tecidual:

Não absorvível
polipropileno poliamida poliester seda algodão linho
Menor Maior

Absorvível
1º semi-nó: 1ª laçada – contenção
2º semi-nó: 2ª laçada – fixação
3º semi-nó: 3ª laçada – segurança

Princípios gerais:
- Firme
- Menor volume possível
- Tensão controlada
- Manter tração após primeiro semi-nó
- Não apertar muito – isquemia, não há cicatrização

Classificação
1. Tipos
- Simples

Tipos de fios preferenciais em diferentes tecidos:


- Pele: absorvíveis e não absorvíveis
4-0 e 5-0: ponto simples ou Donnatti
5-0 e 6-0: intradérmica
0 e 2-0: planta dos pés
- Subcutâneo: absorvíveis 3-0 ou 4-0. Evitar categute
- Aponeurose: não absorvíveis ou absorvíveis em
longo espaço de tempo. 0,1, 2. - Duplo (do cirurgião)
- Musculatura: absorvíveis em curto ou moderado
espaço de tempo. 2-0 e 3-0.
- Peritoneo: igual musculatura. 0 ou 2-0.
- Vasos sanguíneos: não absorvíveis. 5-0, 6-0
- Tubo digestório:
Plano único: não abs ou abs. 3-0 ou 4-0
Dois planos: 1. Mucoso: absorvível 3-0
2. Seromuscular: não abs ou abs
- Vias biliares e urinárias: apenas absorvíveis. 5-0, 6-0
Vesicais: 2-0, 3-0
- Por torção
Aula 5: Nós cirúrgicos Vanessa Mendes – M5 – 2012.1

Entrelaçamento de um fio cirúrgico. Para unir


e fixar os tecidos incisados e as bordas da ferida para
favorecer o processo cicatricial e permitir uma
cicatrização mais rápida e completa. Estabiliza a
sutura.

Cicatrização de 1ª intenção: da borda para o interior 2. Técnica


2ª intenção: de dentro pra fora. Forma tecido - Manual
purulento, sangrando, muito tecido fibroso. Pode Técnica de Pauchet: multiquirodáctilo (5
evoluir para cicatriz hipertrófica. 3ª intenção: 2ª , mas dedos) ou monoquirodáctilo (1 dedo). Mão ativa: 5
abertura depois. dedos. Mão auxiliar: polegar e indicador. Ligadura de
vasos usar todos os dedos. Em cavidades usar 1 só
Estrutura Básica do Nó dedo ou porta-agulhas.
Técnica bimanual de Pauchet: erro: cruzar as procainamida, articaína, lidocaína, mepivacaína,
mãos. bupivacaína, etidocaína e ropivacaína, os quais
- Instrumental (pinça e porta-agulha) raramente determinam reações alérgicas. Sua eficácia
- Mista (mão e instrumento, mais usada) em relação ao objetivo terapêutico é incontestável,
não havendo superioridade de um agente sobre o
Condução e aperto dos nós cirúrgicos: certo: ponta do outro.
dedo. Sua seleção está basicamente relacionada à
duração de efeito, e assim, são eles classificados em
agentes de:
• Curta duração (procaína e clorprocaína)
• Intermediária (lidocaína, mepivacaína e
prilocaína)
• Longa duração (tetracaína, ropivacaína,
bupivacaína e etidocaína).
Aula 6: Anestésicos locais O uso de vasoconstritores adrenérgicos
diminui a velocidade de absorção do anestésico
A anestesia local consiste no entorpecimento local, desta forma diminuindo os efeitos colaterais e
de uma pequena região da pele onde será feita uma prolongando sua duração, porém suas doses
incisão cirúrgica ou onde será suturado um ferimento máximas devem ser sempre respeitadas.
cutâneo. É empregada em cirurgias de pequeno e
médio porte, e para ferimentos que envolvem Contra-indicações:
pequenas áreas. Por meio da infiltração de anestésico
local em pele e tecido subcutâneo, produz-se perda • Absolutas: doenças cardiovasculares,
da sensibilidade temporária, causada pela inibição da hipertireoidismo não-controlado, diabetes mellitus
condução nervosa. Seu uso deve se restringir à área a não-controlado, feocromocitoma e hipersensibilidade
ser manipulada. a sulfitos.
Frequentemente é realizada pelo próprio • Relativas: antidepressivos tricíclicos,
cirurgião ou pelo médico do plantão ao se deparar inibidores da monoaminooxidase (IMAO) apenas para
com um ferimento corto-contuso superficial, e este fenilefrina, compostos fenotiazínicos,
deve sempre levar em conta a dose máxima do betabloqueadores adrenérgicos não-seletivos e uso
anestésico em uso adequada a cada paciente, crônico de cocaína.
considerando peso e idade.
Segundo a maior parte das estatísticas,
observou-se incidência de 4,5% de complicações,
sendo as mais freqüentes: tontura (1,3%), taquicardia Vanessa Mendes – M5 – 2012.1
(1,1%), agitação (1,1%), náusea (0,8%) e tremores
(0,7%). Reações de hipersensibilidade ocorreram em
menos de 1% dos pacientes. Complicações graves
(convulsão e broncoespasmo) ocorreram em 0,07%
dos casos, mas naturalmente, a presença de
Os anestésicos locais atuam fazendo um patologias prévias apresentou-se como fator de risco
bloqueio reversível da condução nervosa, resultando para esses eventos. Segundo BROWN (1994), há
como principal ação a perda das sensações, mas poucas mortes associadas à administração de
frequentemente pode resultar em abolição de anestésicos locais, com taxa de 1 em 1,4 milhões de
funções autonômicas e até mesmo da motora, de administrações, desde que respeitadas as doses de
acordo com a dose e a concentração, sendo que esta segurança. Caso ocorra broncoespasmo, este pode
reversibilidade do efeito constitui sua principal ser revertido com adrenalina ou uso inalatório por
característica. nebulização ou broncodilatadores.
A maior parte dos anestésicos locais em uso
no momento é do tipo amida, incluindo prilocaína,
Reações sistêmicas: Tendão do músculo longo palmar, flexor radial do
- Reações discretas: tonteiras, vertigens, carpo, nervo mediano, tendão do músculo flexor ulnar
cefaleia, gosto metálico, pequenos abalos do carpo, artéria ulnar, nervo ulnar.
musculares, apreensão, excitação, zumbidos,
náuseas.
- Reações moderadas: agravamento dos
sintomas anteriores, confusão mental, contrações
musculares, taquicardia, anoxia isquêmica,
convulsões.
- Reações graves: coma, depressão
respiratória, bradicardia, morte. Mediano
Radial Ulnar
Suporte Ventilatório

1. Máscara com ambu (balão)

Parada Cardio-respiratória : CAB Anestésicos locais com grupo éster dão mais alergia.

Anatomia do Plexo Braquial Bloqueio do nervo ulnar: do lado do epicôndilo


C5 – T1 -> nervos musculo-cutâneo, mediano, ulnar, medial. Apenas anestesiologistas (uso de estimulador
radial, axilar, cutâneo medial do braço, cutâneo elétrico ou US para localizar o nervo). Perigo de injetar
medial do ante-braço dentro do nervo e lesioná-lo.
Bloqueio interdigital -> os nervos digitais comuns são
derivados dos nervos mediano e ulnar. Dos 2 lados do Concentração x Diluição
dedo, na parte proximal da falange distal, não usar Mg/mL não é concentração, mas densidade
com vasoconstritor. volumétrica.
[ ] = massa/volume x 100
Tipos de Neurônios:
Inativação dos canais de Na+ Alguns médicos mais cuidadosos realizam
uma punção inicial, perpendicular a pele, com
agulha fina de insulina, com o intuito de se criar um
botão anestésico inicial aonde será feito um acesso
posterior com uma agulha um pouco maior,
diminuindo mais ainda a dor do procedimento, mas
isso não é o que se vê na prática clínica, já que Vanessa Mendes – M5 – 2012.1
muitos consideram isso custoso e desnecessário.
Por meio do “botão anestésico” criado com a
agulha de insulina, a agulha maior entra no
subcutâneo fazendo um ângulo agudo com a pele e a
solução anestésica vai sendo injetada de acordo com
a progressão da agulha ou ao mesmo tempo em que
se vai retirando a mesma. As punções subseqüentes
Cocaína, bupivacaína e ropivacaína -> vasoconstrição devem sempre procurar serem feitas a partir da
(pode causar isquemia), maior duração de ação. Não extremidade da infiltração precedente para minimizar
usar para membros. a dor.
É interessante lembrar que, antes da infusão
Bloqueio dos nervos mediano e ulnar do anestésico, é recomendado realizar uma pequena
aspiração para se descartar lesão/infusão vascular.
Toda manobra de mudança de direção da agulha deve
ser precedida pelo recuo da mesma até o subcutâneo 3. Avulsão ou desenluvamento: Remoção da
com o intuito de não entortar ou quebrar a agulha. pele ou de uma parte de um corpo.
A anestesia para sutura de ferimentos Geralmente por atropelamento.
cutâneos, desde que não infectados, pode ser feita 4. Amputação
diretamente pelas suas bordas e ANTES DA ANTI-
SEPSIA, evitando assim a punção da pele e reduzindo Características gerais:
o sofrimento ao se lavar o local da ferida. 1. Escoriação: resultante de ação tangencial,
com lesão epidérmica.
Aula 7: Feridas Cirúrgicas 2. Equimose: lesões produzidas por infiltração
hemorrágica. Vai mudando de cor, de acordo
Ferida: lesão causada por agente vulnerante que leva com a metabolização da Hb. Deve ser
ou não à perda de solução de continuidade da pele. protegida do sol para não ficar pigmentada.
Não corresponde apenas a feridas provocadas 3. Hematoma: coleção sanguínea acumulada em
na cirurgia (corte pequeno), mas também a feridas um espaço entre os tecidos.
provocadas por trauma. Resposta endócrino-
metabólica ao trauma. A hemorragia causada por uma Problemas imediatos:
ferida interna ou oculta (cavidade abdominal, - Lesões associadas (vias aéreas, risco de morte)
retroperitoneal, fratura de cabeça de fêmur) pode - Hemorragia (oculta e/ou com comprometimento
levar a um grande distúrbio hemodinâmico no sistêmico)
paciente levando, em alguns casos, à morte. Nesse - Dor (lancinante e choque neurogênico)
caso, o médico deve compensar as perdas de fluido
através do compartimento venoso. Problemas imediatos/tardios:
- Incidência de infecção / tipos:
Tipos: 1. Limpa (0,1 a 5%): feridas cirúrgicas
1. Ferida Incisa: causada por objeto cortante, 2. Limpo-contaminada (10 a 15%)
reta, mais limpa, borda regular, geralmente 3. Potencialmente contaminada (15 a 20%)
menos sangramento. 4. Infectada (30 a 40%)
2. Ferida Contusa: provocada por um objeto 5. Necrosada e com pus (70%)
contundente, não cortante, bordas
irregulares, geralmente sujas, sangram mais. Ferida infectada (com pus) x contaminada (feita por
3. Pérfuro-contusa: causada por um objeto objetos contaminados)
perfurante, prego, por exemplo. É um orifício.
4. Por arma de fogo: o projétil se movimenta A cicatrização completa por 1ª intenção pode
girando e dissipa sua energia cinética ao se estender por até dois anos. A cicatrização por
colidir com o corpo. Pode, portanto, lesionar segunda intenção é pelos próprios mecanismos do Vanessa Mendes – M5 – 2012.1
estruturas ao passar ou lesionar estruturas organismo.
distantes por propagação da energia. O Fases: -Inflamatória: hemostasia, combate aos corpos
orifício de entrada normalmente é menor que estranhos
o de saída. - Proliferativa: fibroblastos
5. Queimadura: por agentes físicos ou químicos. - De maturação: com deposição de colágeno e
remodelação
Ferida contusa (aberta) x Contusão (fechada) Linhas de força: é a projeção das linhas de tração na
pele que, se respeitadas no corte, resultam em uma
Características especiais: cicatriz esteticamente melhor: Linhas de Langer.
1. Fechada (fratura não exposta, lesão de Perpendiculares ao músculo. Representação cutânea
vísceras) x Aberta (fratura exposta, da contração muscular.
evisceração)
2. Perda de substância: perda de pele, Tratamento/Sutura:
subcutâneo, massa encefálica, etc.
-Fio ideal: estéril, de fácil manuseio, reação tecidual . Camada de tecido ou órgão: total (da serosa até a
mínima, não alergênico, tóxico ou carcinogênico, mucosa), parcial (não vai na luz do órgão, diminui
baixa capilaridade, capaz de manter tensão adequada, contaminação)
absorvíveis por completo, baixo custo. . Tipo de fio: absorvível, não absorvível
- Agulhas: curvas . Sequência dos pontos: separados, contínuos
(chuleio)
Requisitos locais para uma boa evolução: . Borda de incisão (afrontamento): de confrontamento
- Bordas regulares (aposição), invaginante (de inversão), eversão.
- Síntese entre tecidos semelhantes e em planos . Finalidade: aproximação, sustentação, hemostática.
- Ausência de corpo estranho indesejável
- Hemostasia rigorosa com necrose tecidual mínima Se fizer sutura em massa, maior o risco de infecção
- Manipulação, a mais atraumática possível (deixa espaço morto). Mista é laminar, como juntar
- Prevenção e profilaxia da infecção peritônio parietal com aponeurose. Antes faziam
- Eliminação de espaço morto sutura separadamente do peritônio, mas perdia-se
- Inspeção diária muito tempo e não valia à pena.
- Fio adequado Só se faz retirada de pontos da pele. Retirada
de ponto interno não é feita. Normalmente não se faz
Complicações: sutura contínua na pele em humanos porque não é
- Infecção possível retirar os pontos.
- Deiscência Seroma -> edema na ferida.
- Queloide O nó que suporta a tensão do fio. Quando o nó é feito
- Estética sobre a linha de incisão, forma-se uma tensão que
- Eventração poderia complicar o processo cicatricial. Melhor fazer
pra lateral.
Aula 8: Suturas Cirúrgicas Afrontamento desnivelado: piora proc
É um dos elementos componentes da síntese. cicatricial e pode infectar.
Caracterizada pela disposição de fios de sutura nas Condições da ferida para sutura:
bordas da ferida para coaptação e fixação dos tecidos - Antissepsia: limpeza imediata da ferida traumática
e favorecer o processo cicatricial. - Bordas uniformes
- Hemostasia
Síntese: sutura (fio cirúrgico) / grampos / cola - Coaptação: aproximação das bordas sem tensão
cirúrgica - Ausência de corpos estranhos
Nós cirúrgicos individuais são feitos com as mãos, - Ausência de espaço morto
porém a sutura em si, geralmente, é feita com - Suturas e fios adequados (usar o fio mais fino
instrumentos. possível) Vanessa Mendes – M5 – 2012.1
As circunstâncias para realizar a sutura são: trauma e - Manter uma distância regular e segura entre a
cirurgia entrada e a saída da agulha
Instrumentos usados: agulhas, fio de suturas, porta- - Distribuir os pontos com espaçamento uniforme
agulha, pinça anatômica ou dente-de-rato, tesoura de - Evitar confecção de nós sobre a linha de cicatrização
fios. - Cortar o fio a uma distância segura dos nós
- Evitar isquemia ou deiscência dos nós
Classificação das suturas:
. Nível tecidual do corpo: superficial ou profunda Condições especiais dos tecidos para sutura:
. Plano anatômico regional: por planos, em massa 1. Pele
(transfixa todas as camadas, arriscada, se o ponto - Fios inabsorvíveis (mononylon, prolene)
romper compromete o processo cicatricial, feita - 5-0, 6-0
quando paciente já perdeu a organização normal dos - Pontos separados simples, intradérmicos
tecidos ou em situações de risco), mista (sutura em - Face: fios 5-0, 6-0
massa de estruturas profundas + sutura da pele). - Pescoço: 4-0, 5-0
- Tórax, abdome, membros: 4-0, 5-0 Ponto em U horizontal (de reforço) – Colchoeiro ou
Wolff
2. Subcutâneo Ponto em X ou cruzado – importante para incisões
- Fios absorvíveis circulares. Abrande grande área.
- Pontos separados (às vezes contínuos) Ponto em “8”
- 4-0, 5-0 Lembert
Halsted
3. Aponeurose Ponto de Gilles
- Fios inabsorvíveis Vantagem: mantém a aposição dos tecidos se um
- Pontos separados ponto romper. Cada ponto é uma unidade
- 2-0, 3-0, 4-0 independente, não sujeita a pressões dos pontos
adjacentes.
4. Músculos Desvantagem: Grande quantidade de material usado.
- Sem tensão Mais tempo
- Fios absorvíveis - Contínua
- Pontos separados Chuleio simples ou sutura contínua simples ou de
- 3-0, 4-0 Peleteiro
Chuleio ancorado = festonado, ancorada de Ford
Técnica de sutura Ponto em barra grega = zig zag = u horizontal
- Manipulação dos tecidos Intra-dérmica ou subcutânea
Deve-se ser sempre delicada para causar a mínima Sutura de Conell e Cushing
destruição possível. Evitar trauma iatrogênico. Evitar Sutura contínua de Lembert
manipulação com o instrumental. Pinça delicada para Bolsa de tabaco
tecidos friáveis e dente-de-rato para os tecidos mais Vantagem: previne a perda de fluidos pela boa
resistentes. coaptação, fácil aplicação e mais veloz na confecção,
- Colocação da agulha no porta-agulha fácil remoção e menor quantidade de material usado.
O apoio do porta-agulha sempre deve ficar na parte Desvantagem: dependência entre esses pontos, se um
central da agulha para não estraga-la. A agulha é romper, ocorrerá o afrouxamento de toda a sutura.
presa em sua parte média para trás com sua ponta Menor resistência.
direcionada para cima e para a esquerda. - Nós
- Sentido da agulha Nó inicial – nó simples comum
Da direita pra esquerda Nó final – na última passada da agulha deve-se deixar
- Transfixação da agulha uma laçada.
Em 1 ou 2 tempos
- Preensão da agulha com pinça Melhor iniciar pelos ângulos da ferida para garantir Vanessa Mendes – M5 – 2012.1
- Reacomodação da agulha no porta-agulha que não sobre tecido. Quando a ferida for muito
- Confecção do nó grande, iniciar pelo meio.
A contínua geralmente só tem um nó inicial e um final
- Secção do fio Retirada dos pontos:
Entrar com a tesoura fechada e cortar com a tesoura 7 – 10 dias
inclinada em relação ao fio. Fazer giro de 45º com Somente da pele e pontos separados.
tesoura para cortar o excedente do fio. A tesoura deve ficar rente à pele para que se cortem
os pontos que estavam rentes à pele.
Tipos de sutura: Na face, pode-se retirar aos poucos.
- Descontínua:
Ponto simples Ferida irregular: deve-se cortar a borda, acertando.
Ponto simples invertido Retirar o tecido desvitalizado, transformar em uma
Ponto em U vertical – Donnatti incisão cirúrgica.
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