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História e Fundamentos da Cirurgia – 12/08/2022 – Dra Karin Franco

karinfranco22@gmail.com

História da Cirurgia
10.000 a 7.000 a.C – craniotomias e redução de fraturas
476 a 1453 d.C – barbeiros cirurgiões – extração dentária e pequenas cirurgias (usava óleo fervente para limpar as feridas

1537 – Ambroise Paré


– Iniciou com aprendiz de cirurgião-barbeiro
- Trabalhou como cirurgião militar – acompanhou diferentes campanhas militares francesas em suas expedições
- Trocou óleo fervente por mistura (emoliente) de gema de ovo, óleo de rosas e terebentina – para cauterizar
ferimentos frescos por arma de fogo.
- Ligadura manual de vasos isolados
- 1552 cirurgião Ordinário do Rei Henrique II – França
- Principal papel no revigoramento e na atualização da cirurgia da Renascença
- Observou que ao realizar amputação, era mais eficaz ligar os vasos sanguíneos individualmente do que tentar controlar
a hemorragia por meio da ligadura em massa de tecido ou com óleo quente.
- Atribuía a Deus seu sucesso com os pacientes.

1543 – Andreas Versalius – primeiro anatomista


- De humani corpis Fabrico – Tratado de Anatomia – proporcionou uma descrição mais detalhada e completa da
anatomia humana do que qualquer um de seus ilustres antecessores
- corrigiu erros nos ensinamentos anatômicos tradicionais divulgados 13 séculos antes por autoridades gregas e
romanas, cujos os achados se baseavam em dissecção em animais, em vez de humanos.
- ele ia nos cemitérios pegar ossadas para estudar anatomia
- sugeriu que a cirurgia deveria ser realizada por pessoas mais capacitadas
- Dissecção única forma de se conhecer a anatomia e deveria ser feita por médico-cirurgião – educação ativa
seria a contribuição mais importante e duradoura de Vesalius para o ensino da anatomia

1847 – Ignaz Semmelweis


- lavagens das mãos – desinfeção das mão a principio nos partos
- Desinfecção das mãos com hipoclorito de cálcio
- 12,24% - 1,27%
- Redução da febre puerperal após a lavagem das mãos

1882 – Gustav Adolf Neuber


- sugeriu a separação das salas cirúrgicas em assépticas e sépticas
- Introduziu o uso de avental cirúrgico

1889 – Willian Stuart Halsted


- Enfatiza técnica asséptica para cirurgias – uso de luvas
- Transfere as cirurgias do auditório para salas cirúrgicas
- Treinamento através de residência médica
- contribuiu muito para estabelecer a transformação autossustentada da cirurgia de uma utilidade terapêutica para
uma necessidade clínica.

Willian stuart halsted


William Osler
Howard Atwood Kelly
Willian Henry Welch
Fundaram o john Hopkins

- 1891 – Schimmelbusch – lavagens das mãos para cirurgias e autoclavagem dos materiais-
- 1894 – Bloodgood – ampliou o uso das luvas
- 1896 – Von Mikulicks – uso das máscaras

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Leiliane Moratas – Medicina Estácio T11
Atualmente:
- Campo estéril
- epi
- instrumental estéril
Preparo da equipe:
- Roupas: trocar as roupas antes de adentrar ao centro cirúrgico – colocar calca e blusa esterilizados após retirada
de toda a roupa anteriormente usada.
- Gorros e toucas: deve cobrir todo o cabelo, impedindo que este seja fonte de contaminação
- Máscara: intituida por Von Miku;icz-Radecki em 1896, devido a projeção de gotículas de saliva ou muco,
expelidos durante a respiração forcada, fala, espirros ou tosse durante o ato cirúrgico. Deve abranger o nariz e a boca.
- Mão: assepsia das mãos
- Aventais: de algodão com tramas densas e fibras longas, alguns impermeáveis à água, mas não ao vapor.
Aventais com oclusao de punho e gola.
- Luvas de proteção
Técnicas operatórias
- Procedimentos anestésicos
- Assepsia e Antissepsia
- Incisão e vias de acesso
- Hemostasia
- Síntese
- Cuidados com a ferida operatória

A infecção pode se instalar no individuo, seja por fontes de contaminação extrínseca ou intrínseca
- Extrínseca: aquela que provem de fontes externas de contaminação
Os germes das fontes de contaminação poderão infectar a ferida operatória, quer por via direta, quer po via indireta
- Via direta de contaminação inclui a disseminação por portadores de processos patológicos ativos, através de
contato direto como receptor, transmitindo microrganismo a partir da face, pele, vias respiratórias, intestinais, genitais ou
através de qualquer outra lesão em atividade, como um furúnculo uma ferida contaminada
- Via indireta de contaminação implica trajeto tríplice parte do portador ou da lesão ativa, através de um
terceiro elemento, transmite-se ao receptor. O veículo pode ser o ar, poeira, roupas, utensílios, inseto

Desses dois conceitos podem-se estabelecer dois princípios: assepsia e antissepsia

*Assepsia – cuidados para proteger o paciente – eliminação dos germes para evitar o dano no paciente.
- várias formas para ser feitas – calor, radiação
- manobra realizada com o intuito de manter o doente e o ambiente cirúrgico livres de germes
- Realizar a assepsia das mãos com a lavagem
- com escovas que possuem cerdas macias para não irritar a pele, mas suficientemente eficientes para
eliminar a flora ocasional e parte de permanente
- Fatores que contribuem para o maior índice de infecções pré e pós-operatórias:
- Idade (velhice e crianças);
- alteração metabólica e de nutrição – diabetes, obesidade, subnutrição, tratamentos prolongados com
esteroides
- duração da hospitalização
- Tempo de cirurgia
- contaminação ambiental
- uso de drenos ou sondas
- Tamanho da incisão
- Cuidados com o paciente para manter o doente livre de germes
- banho no dia anterior a cirurgia
- troca da roupa que o paciente veio de casa (rua) por uma do hospital
- troca de roupas de cama
- tricotomia – raspagem dos pelos – no dia da cirurgia, pois no dia anterior pode gerar foliculite
- limpeza e esterilização do aparelho de tricotomia
- não introduzir o paciente na sala cirúrgica com os lençóis e cobertas que vieram da enfermaria ou do
quarto.
- Esterilização do instrumental cirúrgico é feita por método quem empregam calor e as radiações.
- Objetivo: reduzir ao mínimo o numero de microrganismos a serem destruídos, como também remover
agente pirogênicos, fragmentos de tecido e depósitos orgânicos que possam ser tóxicos ao paciente ou interferir com a
esterilização, prevenir ou reduzir o desgaste do instrumental e, ainda, atender a padrões higiênicos e estéticos.
- Pode ser feita empregando calor-seco (fornos, estufas, infravermelho e flambagem), ou calor úmido
(fervura e vapor sob pressão).

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Leiliane Moratas – Medicina Estácio T11
*Antissepsia – processo que tenta “zerar”
- lavagens de mãos e paramentação
- destruição dos germes
- Antissepsia do campo operatório – lavar com cuidado o local a ser operado com sabão detergente antisséptico
- Antissépticos Liquidos:
- Sabões: apresentam atividade bacteriana e bacteriostática especialmente contra bactérias gram-positivas e
bacilos álcool-acidos resistentes.
- Álcool etílico – 70 e 90% - eficaz antisséptico. Exerce atividade sobre as proteínas desnaturando-as.
- Compostos halogenados – tintura de iodo: mais potentes e rápidos bactericidas de pele íntegra. Germicida de
largo espectro, eficaz mesmo contrta germes anaeróbicos esporulados e fundos. Pele sem continuidade pode causar
irritação.

Tempos fundamentais na intervenção cirúrgica (conjunto de manobras que o cirurgião vai fazer para tentar alcançar o
objetivo (diagnóstica, terapêutica ou estético)
- Diérese
- manobra a criar descontinuidade dos tecidos para criar uma linha de acesso. Vias de acesso:
- incisão - com instrumento cortante que deve estar reta.
- hoje em dia: menor a incisão melhor para o paciente.
- bisturi elétrico ou com raios laser
- secção - ato de cortar com tesoura, serra, lâmina afiada, bisturi elétrico, lases, ultrassom ou micro-
ondas
- punção – instrumento pontiagudo – agulha, toracocentese (dx ou terapêutica)
- realizada por meio de instrumento perfurante, com varias finalidades, tais como a drenagem
de coleção liquida das cavidades ou do interior de órgãos, coleta de fragmento de tecido e de líquidos orgânicos para
exame diagnóstico, injeção de contraste e de medicamentos
- dilatação – usada para aumentar o diâmetro de canais e orifícios naturais, ou de trajetos fistulosos. É
obtida pela rotura de fibras musculares ou de tecido fibrosoo.
- serração – quando é óssea (esternotomia)
- realizada por meio de serra, especialmente em cirurgia óssea.

- Hemostasia – manobra destinada a evitar ou a estancar a hemorragia – evitar perda sanguínea que comprometa a
volemia do operado, mantendo limpo o campo operatório e evitando a formação de coleção sanguínea e de coágulos
favorecendo as infecções.
- Temporária – executada no campo operatório ou a distância do mesmo e pode ser incruenta (geralmente a
distancia do campo operatório) ou cruenta (geralmente no campo operatório).
- Tipos: pinçamento, garroteamento, ação farmacológica, parada circulatória com hipotermia ou oclusao
endovascular.
- Pinçamento: é um método cruento. Todos os instrumentos tem como característica comum o
fato de não produzirem danos na parede vascular quando aplicados, respeitando, assim a integridade endotelial. Não
favorecem a trombose. Tipos de pinça: Pinça DeBakey (para aneurisma de aorta) e Pinça Cooley (em colher para cirurgia
cardiovascular pediátrica) e Pinça Hemostática atraumática Satinsky.

- Definitiva – quase sempre cruenta e interrompe para sempre a circulação do vaso sobre o qual é aplicado.
- Tipos: ligadura, cauterização, sutura, obturação e tamponamento.
- Ligadura: é a amarração dos vasos com fios cirúrgicos. Pode ser preventiva ou corretiva
- Cauterização: consiste na parada do sangramento de um vaso, provocada pela formação de
um coágulo na extremidade sangrante, devido à aplicação de agente físicos como calor, eletricidade ou substâncias
químicas. Eletrocautério.
- Sutura: certas suturas são feitas englobandoo vasos, com finalidade hemostática. Ex.
anastomose gastrointestinais e as suturas de lesões de grandes vasos.
- Grampeamento: uso de grampos metálicos para a hemostasia definitiva. Facilita a
hemostasia em territórios de espaço exíguooou quando se deseja rapidez noo procedimentoo e mínima lesão tecidual. Ex.
ccirurgia videolaparoscópica.
- Tamponamento: compressão de área sangrante com compressa ou gaze
- percepção que não pode deixar sangrar na cirurgia, no pos op (para evitar deicencia), mas também não pode
deixar necrosar.
- Instrumentos: pinça Kelly curvo e reto – abre estruturas, piça estruturas
- pinça de satinsk – para clampear o vaso em dois segmentos diferentes

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Leiliane Moratas – Medicina Estácio T11
- Síntese
- Fechamento, aproximação dos tecidos visando apressar a cicatrização
- Objetivo: consiste na aproximação das bordas dos tecidos seccionados ou ressecados, visa a manutenção da
contiguidade dos tecidos, facilitando as fases iniciais do processo de cicatrização, a fim de que a continuidade tecidual
possa ser restabelecida. Obrigatória na maioria dos procedimentos cirúrgicos.
- Agulhas
- Utilizadas na reconstrução, com a finalidade de transfixar os tecidos, servindo de guia aos
fios de sutura. As pontas são cilíndricas ou cortantes, retas ou curvas.
- Atraumática – já vem o fio, reutilizável, mais barata
- Traumática – encaixa o fio
- Cilíndricas – para tecidos (pulmão)
- Cortantes - pele
*para escolher depende do tipo de tecido
- Agulha reta: podem ser cilíndricas ou cortantes. Utilizadas principalmente para reconstucao
de vísceras ocas, tendões, nervos e suturas intradérmicas. As atraumáticas proporcionam orifícios de entrada e saída
uniformes quando se realizam as suturas
- Agulhas curvas: podem ser cilíndricas ou cortantes. Raio de curvatura variável, adaptando-
se a cada tipo de síntese, em tamanho adequado. As atraumátcas asseguram fácil penetração nos tecidos, se deixar
lacerações.
- Seleção da agulha: determinada por fatores como a acessibilidade do tecido a ser suturado, o
tipo deste tecido, levando-se em consideração sua constituição histológica que lhe confere maior facilidade em sua
transecção (intestino delgado – agulha cilíndrica) ou maior dificuldade no afastamento dos tecidos, necessário ao ponto
(pele – agulha triangular cortante) e o diâmetro do fio de sutura

- Fios
- Objetivo: Utilizados para ligaduras que garantem uma hemostasia perfeita e para a
aproximação dos tecidos; são empregados isoladamente ou montados em agulhas.
- Resistente no meio que atua
- Resistente à tração e torção
- Calibre uniforme
- Não ser cortante
- Baixo índice de fricção
- Resistente à esterilização
- Boa segurança no nó
- Baixa reação tecidual
- Não possui ação carcinogênica
- Não provoca ou mantém infecções
- Manter as bordas das feridas aproximadas até a cicatrização da ferida – fio precisa se manter
até o final do processo da cicatrização
- Baixo custo
- Adequada resistência tênsil
- Fácil manuseio
- Características do fio ideal:
- Manter a forca tênsil por tempo suficiente até que a cicatriz adquira sua própria
resistência frente aos estímulos mecânicos habituais
- Portar-se como material inerte, provocando o mínimo de reação tecidual.

* Classificação dos fios


- estrutura: monofilamentares, multifilamentares (exceto nylon e aço inoxidável)
- Absorvíveis: origem animal: categute simples e cromado (utilizados em suturas
gastrointestinais, amarraduras de vaso na tela subcutânea, cirurgias ginecológicas e urológicas); origem sintética: ácido
poliglicólico (utilizado em sutura de músculos, fáscias, tecido celular subcutâneo – ocasiona pouca reação inflamatória),
ácido polidioxanona (utilizado em tendões, cápsulas articulares e fechamento da parede abdominal) e ácido poligalático
(utilizado em cirurgias gastrointestinais, urológicas, ginecológicas, oftálmicas e na aproximação do tecido celular
subcutâneo)
- Não absorvíveis: algodão, nylon (suturas de pele), polipropileno (muito utilizado na
sutura vascular e sutura intradérmica – Prolene), poliéster (excelentes para suturas de
aponeuroses, tendões e vasos – Mersilen, Sugilene, Ethibond ou Tevdek) seda* (é degrada ao
longo do tempo, perde sua resistência tênsil), poliamida, fios metálicos, linho

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- Calibre: fio 3 -> mais grosso; fio 3-0 é fino
- pele: 5-0

- Pontos
- Pontos separados – quando afrouxa um não perde a sutura toda; menor quantidade de CE na
ferida; pontos menos isquemiantes
- Vantagens: o afrouxamento de um nó, ou a queda do mesmo, não interfere no
restante da sutura; há menor quantidade de corpo estranho no interior do ferimento cirúrgico; os pontos são menos
isquemiantes do que na sutura contínua.
- Desvantagens: mas trabalhosa e demorada.
- Sutura contínua – mais rápida, mais hemostática – ex. cesária – fechamento do útero
(chuleio ancorado) – uso de fio absorvível. Tipos: chuleio simples e encorado (hemostático), barra grega.
- Sutura intradérmica: sutura de pele
- Aproximação de bordas com esparadrapos
- Colas cirúrgicas – extra ou intracavitárias – depende da linha de tensão

- Instrumentos
- Pinça
- Anatômica – pegada mais fraca, e não deixa dano no tecido (menos traumatizantes
ao apreenderem as bordas para uma sutura.
- Dente de rato – tem uma pegada melhor, mas causa dano do tecido. Melhor para
tecidos mais rígidos. São úteis na aproximação das bordas da pele e de aponeuroses, favorecendo a boa coaptação
- Porta agulha – mais robusto. É importante para condução da agulha curva, mantendo-a firme
para a passagem da agulha pelo tecido. Mayo e Hegar.

**Não é feito suturas em traumas que vem de fora do hospital ocorridos em um tempo maior de 6h

Incisões
1. Colecistectomia aberta ou para acesso do fígado – incisão subcostal direita em região de hipocontrio
2. Paramediana
3. Mediana – xifobupica, supraumbilicar ou infra
4. Mc burney
5. Supra púbica -phanestiel – cesária
6. Transversal

Linhas de força para saber como é a cicatrização

Toracotomia – intercostal
Afastador
Esternotomia – muita complicação no fechamento do esterno, é dolorosa, depende do tipo de patologia do paciente, pode
haver deicencia

Hoje as cirurgias podem ser feitas minimamente invasiva

Simpatectomia – nervo
Nervo T2 – suor da face
Nervo t3 – suor das mãos
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T4 – suor das axilas

Cirurgia de tórax não precisa insuflar gás, na cirurgia abd.

Cuidados com a ferida operatória


- Higiene diária com sabonete
- Trocar o curativo conforme orientações
- depende de cada ferida
- Atenção à secreções e ao aspecto da cicatriz cirúrgica (hiperemia (infecção ou reação ao fio cirúrgico?) deiscência da
ferida (fechamento de primeira intensão ou de segunda intensão)
- Observação drenos e cateteres – orientação
* comunicação adequada com o paciente para que ele entenda.
* cuidado pos operatório é o paciente que vai fazer, por tanto
- Vacinação do Tétano quando o paciente tem trauma, principalmente com ferro, mordedura de cachorro,
* mordedura de cachorro não fecha, exceto no caso que as pessoas tem ferimentos muito extensos. Indicação de vacina de
tétano e antirrábica
Programa do governo que chama Juarez – vacinação

Retirada dos fios de sutura cutânea


- devem ser retirados logo que a cicatriz adquira resistência.
- incisões pequenas de 4cm devem ser retiradas entre o 4˚ e o 5˚ dia pós-op
- Nas incisões mais extensas deve-se aguardar entre o 7˚ e o 8˚ dia
- Elementos que devem pesar favoravelmente na avaliação:
- aspecto da cicatriz seca, sem edema nem congestão
- Local da ferida, livre de tensões excessivas
- Direção da cicatriz, obedecendo as linhas de força
- Ausência de condições que interferem na cicatrização
- tipo de tecido e sua capacidade intrínseca de adquirir resistência tênsil com o processo de cicatrização
- Tensão a que o tecido será submetido

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