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Técnica Operatória 1

Introdução à técnica cirúrgica


Introdução aos conceitos área suja (instrumentais sujos), esterilização e
armazenamento (instrumentais limpos)
+Conceito técnica cirúrgica= estuda procedimentos
manuais e instrumentais de incisão ou reconstituição de -entram pelo corredor no vestiário, remove roupa que
tecidos, por um plano pré-determinado, com fins estava no ambiente geral (contaminação) e coloca pijama
econômicos e terapêuticos-> planejamento essencial cirúrgico (não é estéril mas não pode circular no corredor
do hospital- barreira física) -> pós cirurgia fica na sala de
-regeneração (volta a ter as características originais, recuperação
poucos tecidos têm isso) é diferente de cicatrização
(tecido fibroso no local da lesão, remendo, não tem as -paciente considerado imunologicamente debilitado->
características originais) patologia+ ambiente estressante+ manejo estressante+
manipulação cirúrgica-> tudo contribui para queda imune
-qualidades do cirurgião-> conhecer anatomia e fisiologia e aumenta susceptibilidade de infecção
do animal, ter habilidades manuais, ser humano e racional,
ser caprichoso -volante+ anestesista pega paciente e prepara na sala de
cirurgia-> outro volante, cirurgião e auxiliar vão para a
-tratamento de processo patológico por meio de parlamentação antes
intervenção física
Ambiente cirúrgico
+Planejamento= bom para evitar incidir estruturas que
não se regeneram, evitando formação de tecido +Ambiente cirúrgico ideal= vestiário (pijama cirúrgico fica
cicatricial-> importância de anatomia lá), sala de paramentação e sala cirúrgica

*cirurgias de menor frequência estudar antes -sala de paramentação-> pia de paramentação onde é
feita a limpeza e antissepsia de mãos e braços, colocação
Equipe e Ambiente Cirúrgico de avental e luvas cirúrgicos-> pia formato de cocho que
afunila à medida que aprofunda (evita respingos) -> não
+Equipe cirúrgica= cirurgião e auxiliar/instrumentador deve ser feita no centro cirúrgico, é uma área suja->
paramentados, anestesista, assepsista (volante) torneira clínica de alavanca (manipular com cotovelo, não
-volante ajuda na contenção, tricotomia, acesso venoso e re- contaminar após assepsia)
tudo que for necessário nesse quesito -sala cirúrgica-> azulejada da parede ao piso, de cor que
+Organograma do centro cirúrgico= importante para facilite a identificação de sujeira, cantos e quinas
vigilância, bem determinadas as áreas suja/limpa, arredondados para facilitar limpeza-> para grandes
existem vários formatos de organograma animais deve ser fechada (evitar procedimentos em baias
e currais), sala de preparo ou pré- anestesia
completamente acolchoada e com piso antiderrapante
(indução suave e direcionada), talha elétrica com troller
+Componentes da sala cirúrgica= mesa cirúrgica (onde vai
o paciente) - inox de fácil desinfecção, mesa auxiliar
(instrumental cirúrgico em cima do pano estéril),
-foto exemplo do HV-> salas cirúrgicas, vestiários, sala de iluminação adequada (foco cirúrgico é mais importante
paramentação, expurgo (panos e compressas sujas),
Técnica Operatória 2

para tirar sombra, iluminação do ambiente deve ser boa


independente)
-haste para soro/sangue (pode ser necessário vários
acessos venosos), bisturi elétrico (não essencial mas
ajuda), aparelho de monitorização (oximetria e
eletrocardiograma básicos)
+Procedimento no ambiente cirúrgico= tranquilidade,
paramentação nos locais reservados, silêncio, cuidado
+Antissepsia= prévia é feita com álcool pelo assepsista
com assepsia do ambiente (pijama cirúrgico, gorro,
(volante- com pinça e gaze estéril) até a gaze de álcool
máscara, avental ou capote cirúrgico estéril)
sair limpa e a definitiva é feita com polvidine ou
Preparo do Paciente clorexidine, pelo auxiliar ou cirurgião devidamente
paramentados
+Preparo do paciente= exames complementares de
acordo com ASA e jejum alimentar e hídrico -importante-> antissepsia deve ser feita usando gaze
esterilizada juntamente com pinça de antissepsia
-jejum alimentar-> grandes animais 24h (ruminantes
mais), pequenos animais cerca de 8h-> neonatos não +Panos de campo= devem cobrir pelo menos todo o animal
passar de 3h e a mesa, certo grau de impermeabilidade, há vários tipos
de pano de campo
-jejum hídrico-> grandes animais 12h e pequenos animais
6h -4 panos-> preso nos cantos com a pele do paciente
(backhaus ou pinça de campo)
+Preparo do animal= indicar ao tutor dar banho geral no
dia anterior a cirurgia, cirurgias de urgência fazer banho
local (água+ sabão+ escova+ tricotomia), para cirurgias
eletivas eliminar ectoparasitas
-tricotomia ampla da área cirúrgica

Preparo do Campo Cirúrgico


+Preparo do campo cirúrgico= campo cirúrgico, tricotomia
ampla, aplicação de antissépticos em toda área depilada
-métodos de realização-> nunca passar a gaze já usada
duas vezes no mesmo local, sempre crânio- caudal

Preparo do Material Auxiliar


+Pano de mesa= deve ser esterilizado (identificado Pm),
aberto pelo volante sem contaminar e deve ser arrumado
sobre a mesa auxiliar pelo instrumentador/auxiliar
Técnica Operatória 3

-modo de colocação sobre a mesa-> afastar da mesa,


levantar na altura dos ombros e abrir sem que encoste
nas coisas ao redor-> abre tipo tourada na extremidade
e coloca sobre a mesa (cobrindo todas as bordas da mesa
e pelo menos 1/3 da porção mais baixa da mesa)
+Material cirúrgico= deve ser arrumado sobre o pano de
mesa pelo instrumentador/auxiliar e distribuído segundo
sua função (mas a ordem não é padronizada)
-especial (E), síntese (S), auxiliar (A), campo (C),
hemostáticas (H) e diérese (D)
-D-> da extremidade para o centro-> do mais cruento
para o menos, do menor para o maior e das tesouras
retas para as curvas
-mesa auxiliar da parte direita dos pés do paciente, ao
lado do auxiliar, cirurgião destro do lado direito do
paciente, canhoto o contrário, pelo sentido crânio- caudal
da incisão (sentido das fibras, melhor cicatrização) ->
cuidado mesa no pé, contamina pela cauda, urina etc. do
paciente
Técnica Operatória 4

PROFILAXIA DA INFECÇÃO
+Vias de transmissão= ato cirúrgico (manobras muito +Esterilização= é o método mais seguro para destruição
cruentas comprometendo circulação, luva e de microrganismos, causa destruição total destes
instrumentais sem devida esterilização e afins) e
-exemplo-> esterilização de material cirúrgico
ambiente cirúrgico
-esterilizantes-> autoclave com temperatura 120°C,
Definições pressão de 1 atm por 20min; estufa 100°C por 1h;
+Assepsia= conjunto de procedimento com finalidade de pastilha de formol 24h; fogo instantâneo (álcool e fogo);
evitar a penetração de germes em locais que não contêm ebulição 100°C por 10min

-manobras assepsia-> uso de pijama, propé, gorro e Preparo da Equipe Cirúrgica


máscara em ambiente cirúrgico
+Roupa cirúrgica= pijama cirúrgico, gorro, propé, máscara
+Antissepsia= método pelo qual uma substância impede facial, antissepsia das mãos e braços, avental cirúrgico e
proliferação de micro-organismos em tecidos vivos luva cirúrgico
-exemplo-> limpeza das mãos e do campo cirúrgico +Antissepsia braços e mãos= tem objetivo de remover
mecanicamente sujidades visíveis e oleosidade, reduzir
+Antissépticos= tintura de iodo (cuidado com a pele), álcool
micro-organismos presentes (temporários e
96% e 70% (mais hidratado melhor, demora mais para
permanentes)
evaporar no tecido, agindo mais), polvidine
(polivinilpirrolidona), clorexidine etc. -utilize antissépticos degermante, escova estéril com
degermante
-polvidine-> composto iodóforos, excelente ação contra
fungos, vírus e bactérias (até algumas formas -três etapas-> espalhar antisséptico, escarificação dedo
esporuladas) -> desvantagem que demora de 8 a 10min punho, escarificação punho cotovelo
para ação máxima antisséptica então não pode começar
-sequência-> escarificar unhas, palma das mãos, dorso
o procedimento antes disso, e é inativado na presença de
da mão, entre os dedos, interdigitos e por último braço->
material orgânico
enxágue sentido da mão e antebraço
-clorexidine-> não passar de 0,05% senão fica
-enxugar braços e mãos com compressa cirúrgica estéril
citotóxico-> alcoólico para antissepsia dos tecidos e pele,
aquoso para limpar cavidade oral, degermante para +Importante= escovar as mãos unhas e antebraço pelo
limpar pele e paramentação menos 10x, após término da limpeza não deve tocar em
nenhum objeto (torneira), após antissepsia os braços
+Desinfecção= método físico ou químico usado para
devem ficar elevados
impedir a presença de germes ou micro-organismos em
instrumentais, utensílios e ambientes Paramentação
-exemplos-> limpeza do centro cirúrgico com produtos +Avental= para colocar deve pegá-los pelas tiras
químicos superiores, veste o máximo que conseguir e depois o
-biocid, creolina, cloro, água sanitária, água a 100°C auxiliar (?) termina
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+Luvas cirúrgicas= observar as abas nas dobras internas


da embalagem das luvas para facilitar a abertura do papel
sem risco de tocar nas luvas e contaminá-las
-segure nas abas, abra os dois lados que revestem as
luvas-> sempre tocando internamente
+Paramentação= manter braços e mãos em nível mais
elevado que o cotovelo, manter braços e mãos afastados
das roupas cirúrgicas, pias e torneiras
+Precauções cirurgia asséptica= esterilização rígida de
instrumentais e utensílios, antissepsia adequada do campo
cirúrgico, cuidados com manuseio dos tecidos, hemostasia
perfeita
+Falhas técnicas cirurgia asséptica= mãos e antebraço do
cirurgião, esterilização deficiente, boca, nariz do cirurgião,
auxiliares e pessoas no ambiente, pele do paciente
(tricotomia e antissepsia deficiente)
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FASES FUNDAMENTAIS DA TÉNICA OPERATÓRIA


Fases da Técnica Operatória grande descarga elétrica, promove vaporização dos
tecidos, cauterizando tecidos-> vantagem de ficar mais
+Cura de estado patológico através de intervenção física, rápido o procedimento, sem sangramento e diminuir
causando mínimo de injurias ao paciente, usando mãos do quantidade de corpo estranho no organismo (oposto da
cirurgião e instrumentais cirúrgicos ligadura p.ex.)-> desvantagem de retardo na cicatrização
+Classificação dos instrumentais cirúrgicos= diérese, (cauteriza os vasos sanguíneos), não permite chegada de
síntese, auxiliar, hemostasia células de defesa, não chega o antibiótico feito pré
cirúrgico
Diérese e Instrumentais
Instrumentais da Diérese
+Diérese são as manobras manuais e instrumentais feita
para chegar no lugar da cirurgia Bisturi

-tipos de diérese-> cruenta e incruenta +Bisturi= bisturi de lâmina fixa (pouco usado atualmente,
exigia ficar amolando), bisturi de lâmina móvel (autoclava
+Diérese cruenta= incisão, exérese, ressecação, e esteriliza os cabos, lâmina descartáveis), cabo 3 e 4,
curetagem, escarificação e punção lâmina 23 e 24 maiores, 10, 11 e 15 menores
-incisão-> ato de cortar os tecidos, deve ser de maneira -lâmina pequenas mais usadas para microcirurgias no
única e perpendicular aos tecidos cabo 3, procedimentos padrões lâminas 23 e 24 usadas
-exérese-> retirada total ou parcial de uma estrutura com o cabo 4
anatômica -pedido manual ou sinais
-ressecação-> mesmo que exérese mas ocorre em para o bisturi-> ajudam
tecidos duros em situações de extrema
concentração
-curetagem-> raspagem de tecidos neoformados e
indesejáveis
-escarificação-> raspagem superficial ou pequenas +Pegadas básicas= forma de lápis, ponta dos dedos e
incisões nos tecidos com finalidade de provocar aderência palma da mão

-punção-> feito com trocanter ou cateter, par retirada -forma de lápis-> apenas a ponta da superfície cortante
de líquidos e gases da lâmina toca no tecido-> usada para cirurgias mais
delicados, que requerem pequenas incisões e precisas
+Diérese incruenta= divulsão, crio bisturi, bisturi elétrico por dar maior apoio à mão
-divulsão-> afastamento dos tecidos através de uma
abertura, realizada com tesoura fechada ou manual
-crio bisturi-> com nitrogênio líquido, cristaliza o tecido que
se fragmenta sem romper vasos sanguíneos ou maiores
traumas
-bisturi elétrico-> função de cauterização e corte-> causa
dissipação de energia focal, num único ponto gerada por
Técnica Operatória 7

-ponta dos dedos-> três dedos segura sobre a ponta do -forma-> lâmina curva (permite maior visibilidade e
bisturi, toda a superfície de corte da lâmina entra em mobilidade em estruturas profundas e cavitarias,
contato com tecido-> usado para grandes incisões, o mecânica do corte não muito boa) ou reta (para corte de
braço faz o movimento, não tem muita precisão tecidos mais firme, sem boa mobilidade ou visibilidade)
-superfície de corte lisa ou serrilhada (mais para
cartilagem)
+Tesouras cirúrgicas mais comuns= Metzenbaum, Mayo
-metzenbaum-> mais delicadas, lâmina curta e hastes
compridas, usada para tecido finos e delicados, ponta
romba sempre (nome comprido lâmina pequena)

-palma da mão-> cabo do bisturi apoiado na palma da mão


e dedo indicador em cima-> incisões de média a longas em
tecidos mais firmes, fazendo pressão nos tecidos, mais
comum

-mayo-> lâmina comprida e haste pequena, pode ser reta


ou curva com os três tipos de ponta, é mais rustica e
usada para tecidos resistente (nome pequeno lâmina
Tesouras cirúrgicas grande) -> são as mais usadas na veterinária
+Tesouras cirúrgicas= várias formas, pesos e tamanhos,
cada uma com sua finalidade e utilização
-classificadas como 5 partes-> ponta, lâmina, fulcro,
hastes e argolas

*evitar usar tesouras de tecido para cortar sutura, pois


cega a lâmina
+Tesouras de sutura= lâmina curtas, mais pesadas, para
-pontas-> fina- fina (tecidos resistentes com pouco vaso cortar as pontas dos fios
e tecido nervo), romba-fina (???) ou romba-romba
(divulsão em regiões mais nobres)
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-pedido manual para pedir tesoura

+Empunhadura= tripé de base ampla para realizar corte


preciso
+Tesoura tira pontos= uma das pontas tem região -três forças-> primeira força é a de oclusão (fechar
concava para não causar tensão excessiva no ponto, tesoura), segunda é a força de cisalhamento (lâmina o
evitando dor e desconforto no paciente mais rente possível a outra) e terceira é o torque
(superfície de uma lâmina é invertida em relação a outra,
guilhotina) -> para ter as três forças é preciso dessa
empunhadura

*empunhadura reversa ou perpendicular


+Obtenção de cortes precisos= estabilizar os tecidos
+Tesoura de curativo= lâmina romba para evitar que na sobre a lâmina (entra com a lâmina embaixo do tecido e
retirada de curativo machuque o paciente se levanta), superfície de corte paralela aos tecidos e
mais próximo possível do fulcro e nunca fechar
totalmente a tesoura
-cisalha (alicate mais usado para cortar osso), costótomo
(cortar osso também), cureta, burdizio, emasculador,
serra cirúrgica, fio serra, trépano (cortes circulares em
osso)
Técnica Operatória 9

Instrumentais auxiliares *pedido manual para pinça allis


+Instrumentais auxiliares= não interfere diretamente na
ação mas cria condições propícias para atuação dos
outros instrumentos, inclui as pinças de dissecação (com
e sem dente), com função de imobilizar os tecidos para
serem seccionados ou suturados.
+Pinças de dissecação= pinça anatômica com dente de
rato (pele, musculatura e fáscia) ou sem dente de rato
-pinça de foerster-> usada para curativos e antissepsia
(parede de órgãos ocos e vasos)
-> reta ou curva, tem
gremalheiras também-> parte
interna da extremidade pode ser
serrilhada ou lisa (serrilhada para
maior aderência), extremidade
arredondada (furo no meio)

+Empunhadura= em forma de lápis -pinça de campo ou backhaus-> argolas, gremalheiras,


haste, fulcro e extremidade similares a ganchos-> usado
-sempre na mão não- dominantes e o instrumental para prender o pano de campo no animal
principal na mão dominante-> descansar na palma da mão
se não estiver utilizando
*pedido manual para pinça
anatômica

-pinça de allis-> tem argolas, *pedido manual pinça de campo


gremalheiras (para travar a Instrumentais especiais
pinça), haste, fulcro e braço da
+Instrumentais especiais= de acordo com o procedimento
pinça-> fixação de tecidos com
específico a ser realizado, como cirurgias ortopédicas,
serrilhas na ponta, em 90° com
oftálmicas, intestinais etc.
a base de força-> máxima
fixação com mínimo trauma
tecidual-> empunhadura tripé de
base larga (igual ao da tesoura)
Técnica Operatória 10

+Pinças intestinal doyan= usada -anamneses constata mucosas pálidas, aumento da


para realizar procedimentos a frequência respiratória e cardíaca, diminuição da
nível intestinal temperatura (FC e °C podem ser dor ou mecanismos
compensatórios)
Classificação do vaso
+Arterial= hemorragia rápida com sangue em jatos
semelhante ao pulso com grande perda de sangue
vermelho vivo
+Venosa= mais lenta com sangue mais escuro e não é em
-gremalheiras, pontas compridas, ranhuras obliquas ou jatos
longitudinais (preferíveis, menos traumáticas), podem ser +Capilar= hemorragia lenta em vários pontos do órgão
retas ou curvas-> mesmo apertar ao máximo a ocorre como se fosse em lençol, primeiro forma-se
gremalheira sempre tem um vão, para não traumatizar bolhas de sangue e depois todo órgão está sangrando
tecidos e pelo comprimento-> evitar cair conteúdo das
-maioria se tiver esse tipo pode ter falha de mecanismo
alças intestinais na cavidade
intravascular (plaquetas baixas p.ex.), hemostasia difícil
Hemostasia e Instrumentais pois não vê os vasos (tentar compressão e
vasoconstritores)
+Hemostasia= todas as manobras realizadas pelo cirurgião
para evitar ou controlar hemorragia, processo fisiológico Classificação das hemostasias
no organismo, ocorre por fatores intravascular, vascular +Classificação das hemostasias= preventiva (para evitar
e extravascular (plaquetas, parede elástica dos vasos a hemorragia antes de cortar os tecidos, como
sanguíneos e pinças e ligaduras p.ex.) torniquete e garrote), temporárias (está sangrando,
-objetivos-> evitar choque hipovolêmico (por perda de intervê m para parar temporariamente) e definitiva (está
sangue- maioria dos anestésicos fazem hipotensão p.ex. sangrando e para de vez)
diminuindo aporte de O2 em tecidos nobres), facilita +Preventivas= torniquete e garrote
visualização dos tecidos, evitar anoxia por perda de
sangue, evitar formação de coágulos entre os tecidos -torniquete-> materiais fixos como corda e madeira

*nunca esfregar compressa, só pressionar acima para -garrote-> materiais elásticos


visualizar o sangramento +Temporárias= uso de pinças hemostáticas (vários
+Classificação das hemorragias= quanto ao local (interna tamanhos e formas, todas são consideradas
ou externa), quanto ao vaso (arterial, venosa ou capilar) instrumentais de esmagamento)

Classificação local hemorragia +Definitivas= física como ligadura, transfixação, sutura,


torção e tração e tamponamento; química
+Externa= vê o sangue no corpo do animal, mais fácil de
ser resolvida (vasos mais finos superficiais, as vezes o Tipos de pinça hemostática
próprio organismo consegue controlar) +Pinças hemostática= esmagamento, promover
+Interna= ocorre no interior da cavidade e não visualiza o hemostasia por ativação dos fatores de coagulação e
sangue, é comum na ruptura de baço (friável e armazena colapso com aderência do endotélio vascular
sangue)
Técnica Operatória 11

-nunca usar elas em outros tecidos-> composta de argola, -pinça kocher-> maior e parecida com crile, mas tem
gremalheiras, haste, fulcro e extremidades serrilhadas extremidade com dente de raso, usada para prender
(perpendicular mais traumática) -> podem ter vasos com muito tecido fibroso ou aponeurose, para
extremidade reta ou curvas (são as mais usadas na reduzir chance de escorregar
hemostasia por maior mobilidade e visibilidade)
+Tipos de pinças hemostáticas= pinça halsted (mosquito),
crile, kelly, kocher
-pinça halsted ou mosquito-> pequena usada par a vasos
de baixo calibre 1/2mm

+Empunhadura= tripé de base ampla


-pedido manual para pinça
hemostática

-pinça crile-> também reta ou curva, semelhante a


Hemostasias definitivas
halsted mas maior e usada para vasos médios a grosso
acima de 2mm +Definitivas= física (ligadura, transfixação, sutura, torção
e tração e tamponamento), química
+Ligadura= identificar os vasos que está sangrando, pinça
com a pinça hemostática (ponta com ponta de
preferência- não pinça aleatoriamente sem visualizar o
vaso, senão causa mais laceração e mais sangramento)

-pinça kelly-> igual a crile em diâmetro e tamanho mas


tem ranhuras até metade e resto liso

-abraçar o vaso com o fio de sutura e faz nó-> usada


em qualquer tipo de hemorragia, independente tamanho
dos vasos (obrigatoriamente fazer em vasos acima de
2mm)
-se não conseguir controlar hemorragia com pinça, é a
forma de hemostasia mais segura de todas-> tem
Técnica Operatória 12

aumento do tempo cirúrgico e coloca corpo estranho estranho, mas só ´´e eficaz para vasos menores que
dentro, ambos podem ser desvantagens do método 2mm e mesmo nesses, nem sempre funciona
-nó quadrado, laçada de cadarço, apertar o máximo +Tamponamento= pressão de compressão por alguns
possível (garrotear o vaso, diferente de sutura) -> nó segundos com gazes ou compressas para ativar fatores
duplo ou de cirurgião não é muito adequado pois aumenta de coagulação, só efetiva para vasos capilares
a fricção do fio que não permite apertar tanto o vaso,
+Hemostasia física= eletrocoagulador ou bisturi elétrico
além de ser maior porção de corpo estranho, só fazer
esse nó se tiver muito tecido envolta do vaso pois o tecido -sempre colocar placa no animal para fazer o terra e
pode fazer o nó ceder não dar choque no animal-> para cauterizar tem que
estar numa região seca (dissipa energia) e sem sangue
+Transfixação= também com fio de sutura, mas fura o
vaso, passando o fio por dentro, depois abraça o vaso -identificar o vaso, pinças e cauterizar na pinça
com o mesmo fio-> vãos muito calibrosos ou regiões hemostática (caminha para a ponta da pinça por causa
friáveis para evitar mobilidade do fio (ancora o fio na do terra) e dissipa energia sobre o vaso-> sem corpo
parede do vaso) estranho e rápida, efetiva só artérias de 1mm e vasos
sanguíneos de 2mm, se for maior ou úmida não funciona
+Hemostasia química= constritores, iodo e vitamina K
-constritores-> ideal para hemorragias capilares
(oftálmicas e mucosas mais comum de usar), encharca
algodão ou cotonete com adrenalina-> faz vasoconstrição
local
-iodo-> toxico, não usar em olho ou cavidade oral, usar
externamente em situações emergenciais-> para
+Sutura= mais usada em hemorragias capilares, causa pequenos vasos, queima
compressão dos tecidos ativando fatores de coagulação
-vitamina K-> preventivo e só começa a fazer efeito em
+Torção e tração= feita com a pinça hemostática, vê os 7 dias, não funciona de imediato, planejar a cirurgia
vasos e pinça a extremidade, faz torção e traciona a
pinça Síntese
+Síntese= conjunto de manobras para restabelecer da
melhor maneira a forma e função dos tecidos incididos,
acidentalmente ou voluntariamente, manter o tecido unido
até que ocorra a cicatrização
+Normas para boa sutura= assepsia correta dos tecidos
e material de sutura (tricotomia, limpeza e antissepsia),
hemostasia perfeita, abolição do espaço morto (espaço
entre pele e musculatura, comum em atropelamentos e
brigas), lábios das feridas limpos e sem anfractuosidades
(corta para deixar bordas homogêneas), ausência de
-não exagerar na tração para não romper o vaso, corpo estranho e tecido morto (interna e externamente),
preferida por ganhar tempo e não colocar corpo posição anatômica correta, tração moderada sobre o fio
Técnica Operatória 13

*se não abolir espaço morto dá edema (seroma) que


favorece bactérias anaeróbicas e pode virar abcesso
-bandagem úmida seca-> feridas antigas e contaminadas
em animais muito debilitados para anestesia-> gaze úmida
por cima, cobre com algodão hidrofílico e enfeixa-> gaze
adere no tecido morto e seca, arranca e vai ser
debridação física, mantém o processo-> até debridação
boa ou melhora do animal (cerca de 3 dias) -Mathie-> porta agulha com sistema de molas, sem
Instrumentais da síntese argolas, gremalheiras distal, trava com pressão da mão
só-> permite apreensão e soltura rápida da agulha mas
+Instrumentais da síntese= porta agulhas, pinças para não tão precisa
auxiliar com estruturas e tesoura para cortar o fio
-agulha e fio de sutura são considerados materiais de
consumo (não reaproveita)
+Porta agulhas= vários tipos, apresentam gremalheiras
próximos as argolas, servem para aumentar a pressão
na ponta, exceto o de castrovejo que tem sistema de
travas única e permanente
-castrovejo
*desarmar gremalheiras o anelar puxa em direção a mão
e polegar puxa para fora -pedido manual do porta
agulha
-Mayo- Hegar-> parecido com pinças hemostáticas,
principal diferença é extremidade que é curta e robusta
(pinça comprida e fina), argolas, hastes e gremalheiras->
fenda na parte interna da ponta que estabiliza melhor a
agulha (para não girar)

+Pegadas básicas= forma de lápis (castrovejo ou tecidos


delicados, mais precisão), pegada tenar, pegada polegar-
anelar, de acordo com tipo de tecido para suturar e qual
tipo de porta agulha
-forma de lápis

-Olsen- Hegar-> ausência da fissura e tem tesoura caudal


na extremidade para cortar o excesso de fio, de resto
muito parecida com mayo- hegar
Técnica Operatória 14

Fios de sutura
-pegada palmar-> movimento de supinação para dentro- +Fios de sutura= dois tipos básicos orgânicos e inorgânicos
> maior força motriz bom para tecidos resistentes, que podem ser absorvíveis (para suturas internas,
abraça o instrumento com as mãos sem os dedos nas organismo absorve) ou inabsorvíveis (sutura externa)
argolas
-orgânicos absorvíveis-> cat gute
-orgânicos inabsorvíveis-> seda e algodão-> muitas vezes
são biodegradáveis (desaparecem com o tempo)
-inorgânicos absorvíveis-> vicryl, PDS, caprofyl e dexon
-inorgânicos inabsorvíveis-> nylon, poliéster e polipropileno
+Classificação= monofilamentado (único filamento p.ex.
nylon) ou multifilamentado (formado por vários filamentos
p.ex. de algodão ou fio dental)
-pegada tenar-> polegar junto com indicador fora da +Propriedades físicas= capilaridade (capacidade de
argola, anelar na argola e do médio na frente, permite reabsorver líquidos, ajuda no transporte de micro-
soltar o porta agulha mais rápido, não usar em tecidos organismos se for alta p.ex. multifilamentado), memória
nobres por soltura pode ser descoordenada, bom para (capacidade do fio de voltar ao estado original quando
suturas contínuas não precisas solto p.ex.. monofilamentado, muita memória mais
capacidade de desatar), pliabilidade (facilidade de atar o
nó p.ex. multifilamentado maior) e coeficiente de atrito
(capacidade de aderir a si permanecendo atado mesmo e
aos tecidos, multifilamentado mais)
Fios orgânicos
+Cat gute= absorvível, antigamente era feito com
intestino de gato
-pegada polegar-anelar-> semelhante a tripé de base -simples, de absorção de 7 a 14 dias ou cromado com
ampla, pegada padrão, melhor precisão na pegada e absorção de 20 a 28 dias-> alta capilaridade,
soltura da agulha multifilamentar-> pouco usado, pela capilaridade e por ser
orgânico tem alta rejeição tecidual
Técnica Operatória 15

-numeração varia de 4 a 6-0 (4, 3, 2, 1, 0, 2-0,.. até o +Nylon= fio sintético, não absorvível, pode ser
6-0) do maior ao mais fino, determina resistência a monofilamentoso ou multifilamentoso (perlon, para
tração-> pode vir com ou sem agulha em embalagens cirurgias de tendão)
plásticas ou tubos plásticos
+Poliéster= inabsorvível, multifilamentoso usado para
obs.-> não usar em sutura externa anastomose vascular por baixa memória, siliconizados
para diminuir permeabilidade
+Algodão= não absorvível, origem vegetal com ou sem
agulha, cor branca, preta ou azul +Seleção do material de sutura= seleção do fio de sutura
é baseada nas propriedades físico-químicas dos fios e da
-exceção-> quanto maior o diâmetro menor o número->
situação clínica
varia de A-0000 a A-10 ou P-10 (do mais grosso ao mais
fino) -> usado externamente, pouco usado atualmente-> Agulhas para sutura
não aconselhável internamente-> pode causar muita
+Agulhas= maioria curvas mas existem as retas (mais
fibrose, aderência e desconforto
para sutura intradérmica) e em S (mais usada para
-características-> multifilamentoso, reesterilizável, alta sutura de pele em grande, não usa com porta agulha),
capilaridade, alto coeficiente de atrito e reações tecidual são divididas em fundo, corpo e ponta
(fistulas e granulomas)
+Seda= não absorvível, origem animal, com ou sem agulha
na cor preta (multifilamentoso), pouco usado na
veterinária
Fios inorgânicos
+Vicryl= absorvível, poliglactina 910, propriedade
absorvível e inerte (mínima reação tecidual), resistente,
multifilamentoso (do 5 ao 10-0), numeração semelhante
ao categute, absorção 60 a 90 dias, 21 dias perda de
50% da força tênsil +Tipos de fundo= fundo cego, fundo falso ou francês
(traumático) e fundo prensado ou atraumático (imagem
+Ácido poliglicolico= dexon, tem propriedade de ser
acima)
absorvível e inerte, resistente, multifilamentoso,
numeração semelhante ao categute (2 a 10-0), absorção -fundo cego-> atraumático, para suturas de tecidos mais
60 a 90 dias, menos resistente que vicryl perde 50% da rígidos tipo a pele pode acontecer do fio ficar mais fixo
força tênsil em 14 dias no tecido, agulha sair e o fio fica
+Polidioxanona ou PDS= absorvível e inerte, resistente,
monofilamentoso (órgãos ocos), numeração semelhante
ao categute (2 a 3-0), absorção de 180 dias, perde 40%
da força tênsil em 21 dias
+Aço inoxidável= metálico, não absorvível,
monofilamentoso, usado para sutura de tendões e ossos,
encontrado em envelopes ou carretel -fundo falso-> modelo das agulhas avulsas, introduz o fio
-características-> baixa capilaridade, baixa memória, no primeiro orifício (próximo do corpo), entra com a ponta
baixa pliabilidade e baixo coeficiente de atrito
Técnica Operatória 16

do fio na forquilha e pressiona-> entra no segundo orifício -cilíndrica-> cônica aguda-> musculatura, intestino e
e trava o fio-> traumático estômago-> normalmente corpo cilíndrico (comum nos
fios absorvíveis)

+Tipos de corpo= cilindros, cortante triangular ou


cortante trapezoidal
-cilindros-> usados para suturas internas, como músculos
-cilíndrica-> cônica romba-> corpos friáveis (fígado, baço,
rim) -> para não lacerar o órgão

-cortante triangular-> três faces cortantes, facilitam a


passagem nos tecidos-> não dura muito, o porta agulha
faz pressão na ponta de cima e a agulha se movimento,
perde precisão também -triangular cortante-> pele

-cortante trapezoidal-> melhor pois 6 lados de corte->


parte superior e inferior com boa estabilidade no porta
agulha
+Escolha da sutura= maneira do cirurgião, local da ferida
(áreas de tensão suturas separadas), espécie animal e
condição física do paciente
-contínuo-> mais rápido, menos material e menos corpo
estranho no organismo-> desvantagem que se romper
uma parte abre a sutura toda (complicações)
-separados-> se perder alguma sutura a ferida não abre
ainda (suturas independentes), melhora muito a
vascularização local-> gasta mais material, deixa mais
+Tipos de ponta= cilíndrica cônica aguda ou romba, corpo estranho e gasta mais tempo para fazer
triangular cortante
Técnica Operatória 17

Padrões de sutura tensão primeiro nó simples seguido de 4 nós quadrados;


área de tensão primeiro nó de cirurgião, se fio for
+Padrões de sutura= coaptante (velocidade mais rápida
multifilamentoso dar mais 2 quadrados simples, se for
para cicatrização, esteticamente mais bonito, vedação
monofilamentoso dar mais 4 nós quadrados-> sempre
boa do tecido), invaginante (bordas para dentro, usado
apertar bem o último nó
para isolar área isolada de não contaminada, em órgãos
ocos p.ex.) e evaginantes (bordas para fora, mais para +Classificação da sutura= pode ser continua, separada ou
melhorar vedação ou sutura de tecido de para órgãos ocos
tensão/resistência)
+Órgãos ocos= contaminantes ou não contaminantes com
duas linhas de sutura

-contaminantes-> pontos atingem a mucosa e luz do


+Classificação dos nós= nó simples, nó quadrado e nó de órgão
cirurgião -não contaminantes-> pontos só atingem serosa e
-nó simples-> promover união muscular
das bordas da ferida, tensão -duas linhas de sutura-> 1° linha invaginante ou coaptante
suficiente para unir as bordas (contaminante ou não contaminante) -> 2°linha
sem apertar muito invaginante não contaminante-> professor recomendou
primeira linha coaptante (contaminante) pois dá mais
resistência e melhor cicatrização, trocar todo o material
-nó quadrado-> segundo nó
entre a primeira linha e outra, inclusive limpando o órgão
simples em cima do primeiro
para impedir que o primeiro nó Tipos de sutura
se desfaça
+Simples separado

-nó de cirurgião-> duas


passadas do fio de sutura,
aumentando coeficiente de
atrito-> evita que as bordas da
sutura abram, para suturas de
tensão dos tecidos
+Simples contínuo
-tipo de fio determina quantidade e tipos de nó-> p.ex. fio
multifilamentoso em área sem tensão com primeiro nó
simples e dois nós quadrados; fio monofilamentoso sem
Técnica Operatória 18

+Ponto festonado

+Ponto de Wolff ou U deitado

+Donatti +Ponto Connel (esquerda, contaminante) e Cushing


(direita, não contaminante)
-contínuas invaginantes

+Ponto subcutâneo
+Ponto Lembert

+Ponto em X
+Ponto bolsa de fumo
Técnica Operatória 19

Cicatrização
+Primeira intenção= cicatriza de fora para dentro, é a
+Ponto tipo Jaquetão que ocorre sempre que tem sutura, primeiro a pele,
subcutâneo, musculatura e afins
+Segunda intenção= ocorre de fora para dentro,
situações que não é possível suturar por falta de tecido,
ou por outras causas, ocorre aberta
+Terceira intenção= inicia por segunda intenção (paciente
instável, falta tecido, muito ampla, não tem tecido
granulação etc.), chega um ponto que regrediu um pouco
a ferida aí faz fechamento cirúrgico
+Terminologia de manobras cirúrgicas

-afastadores
Técnica Operatória 20

TÉCNICAS OPERATÓRIAS
Faringostomia profundo, estômago a partir do 10ª EIC) -> marcar com
a fita o local máximo que a sonda vai entrar
Introdução
-evitar que entre no estômago-> se ficar com a ponta
+Conceito= abertura cirúrgica da faringe para colocação da sonda cutucando pode dar ânsia, úlcera e outras
de sonda esofágica afecções gástricas
+Indicações= processo traumático ou patológico na região
maxilofacial, cirurgias da cavidade oral que impeçam os
animais de comerem naturalmente, animais com
alteração do reflexo de deglutição secundário a
desordens neuromusculares
+Pré-operatório= jejum caso necessário, tricotomia ampla
e bem-feita, antissepsia da região (álcool e PVPI na pele,
clorexidine oral na boca), decúbito lateral
-normalmente não são planejados, casos de necessidade
-> maioria das vezes sem jejum planejado
-colocar pinça hemostática através da cavidade oral
Técnica operatória contra a pele no local da incisão-> faz-se a incisão na pele
e faringe contra a pressão da pinça-> pinça avança na
+Técnica operatória= animal em decúbito lateral com
incisão apreendendo a sonda (tamanho 8 a 14)
anestesia geral inalatória e intubação traqueal (as vezes
nem precisa de anestesia geral, rápido), localização da
faringe (caudal ao osso epióide, a faringe é até o início da
cartilagem tireoide)
-promover alimentação do paciente por sonda

-a sonda apreendida é levada para cavidade oral-> na


cavidade oral redirecionamos a sonda que vai ser
introduzida no esôfago até a nona costela

-incidir ventral a veia jugular e ao ramo mandibular->


fazer o garrote na jugular para ver onde ela está
passando
-tem que voltar para a boca senão sai cranial a traqueia
-medição da sonda-> parede lateral da faringe, posterior
e esófago-> se virar e introduzir pode perfurar o espaço
a epiglote (local da incisão) até a 9ª costela (no gato mais
entre os dois canais e ir para cavidade abdominal-> testar
Técnica Operatória 21

se está no esôfago-> coloca estetoscópio caudal ao +Indicações= remover obstruções, facilitar fluxo da
processo xifoide e colocar 5ml de água) a sonda ou respiração, correção de ruptura traumática da traqueia
colocar a ponta na água (se tiver na traqueia sai bolha na (enfisema subcutâneo pode ocorrer), colocação de tubo
expiração) endotraqueal de forma distal ao nariz e boca (paralisia ou
neoplasia de laringe p.ex.)
-sonda é suturada na pele com sutura tipo sapatilha
grega, fio monofilamentoso inabsorvível (n° 3-0 ou 2-0) -ruptura de ligamento anular mais fácil, se tiver
destruição do anel cartilaginoso mais difícil, tem que
remover-> pode remover um bloco de até três anéis
cartilaginosos nos pequenos animais se necessário
-localizar a ruptura-> teste de imersão-> se não for fácil
de visualizar encher a região da traqueia com solução
fisiológica (por cima da incisão), puxa tubo traqueal até
próximo da laringe e faz ventilação mecânica com o
ambu-> borbulha o soro na região rompida
-pescoço é coberto com bandagem-> apensa a peça +Pré-operatório= jejum se possível/necessário,
conectora da sonda deve ficar para fora, impedindo tricotomia ampla e bem-feita, decúbito dorsal, 1ª
contaminação ou retirada pelo paciente antissepsia da região com álcool e 2ª antissepsia da
região com PVPI ou clorexidine alcólico (ação imediata),
Pós- operatório e Complicações
colocação do pano de campo
+Pós- operatório= antibiótico e anti-inflamatório,
Técnica operatória
antissepsia com solução fisiológica e polvidine (48h),
colocar gaze estéril na região da sutura para evitar +Técnica= incisão na linha média do pescoço, na pele e
contaminação com água ou alimento subcutâneo desde a laringe até o esterno
-deve ser feita lavagem da sonda com 5ml de solução
fisiológica através da seringa antes e depois das
refeições-> sonda deve focar tampada entre as
refeições para não ter refluxo de alimentos
-volume gástrico-> no cão 20ml/kg e no gato 10ml/kg
dividindo 3x no dia
+Complicações= infecção do campo cirúrgico (antissepsia
e antibióticos inadequado), esofagite (mais raro), -encontrar junção dos músculos esternoiódeo e
pneumonia por aspiração (volume de alimento ou erro de divulsionar eles com tesoura romba-romba-> dois ventres
técnica), obliteração das vias aéreas, vômito, gastrite, musculares divididos por aponeurose
hemorragia por lesões na artéria carótida e veia jugular

Traqueotomia
Introdução
+Conceito= qualquer intervenção cirúrgica a nível da
traqueia
Técnica Operatória 22

identifica a cartilagem tireóidea, conta 3 anéis e coloca o


tubo

-identificar a traqueia,
dissecar o tecido
conjuntivo peritraqueal->
isola do esôfago (bem
caudal) cuidado com a
artéria carótida e tronco
vago- simpático

-aproxime as bordas traqueais com suturas simples


separadas com nylon 3-0 ou 4-0-> coloque as suturas
-mobilize a traqueia com dedos indicador e polegar-> nos ligamentos anulares (anéis ficam friáveis, pode
passar uma pinça entre a traqueia e o esôfago-> isole a lacerar)-> inabsorvível pois é considerado contaminado,
traqueia tem baixo vascularização e logo difícil cicatrização

-faça uma incisão sobre o ligamento anular ou


diretamente sobre o anel cartilaginoso-> local de acordo
com a finalidade-> se for no ligamento só sutura nos
subjacentes, se for no anel remove-> se for colocar tubo
Técnica Operatória 23

+Término da técnica= voltar os músculos para o lugar e


suturar com pontos simples separado ou contínuo, com
fio absorvível (número de acordo com tamanho do animal,
de 2-0 a 4-0, multi ou mono, mais usado PGA ou vycril
pelo preço)
-abolir espaço morto com fio absorvível com pontos zig-
zag-> passa na musculatura de um lado para o
-incisão de pele e subcutâneo (variável com o tamanho do
subcutâneo do outro e assim vai, deixando bem aderido,
corpo estranho) -> similar à traqueotomia deve-se
de forma contínua-> pontos de pele com fio de nylon
encontrar a junção dos músculos esterno-hioideo e
número 2-0 a 3-0
divulsionar com uma tesoura romba- romba
+Pós-operatório= antibióticos (7 dias se for cirurgia
estéril) e anti-inflamatórios por 3 dias, pode fazer
dipirona e tramadol por 5 dias, curativo local por 10 dias
com solução fisiológica e PVPI
-retirada dos pontos com 12 dias

Esofagotomia
+Conceito= é qualquer intervenção cirúrgica a nível do
esôfago -deslocar a traqueia com cuidado para a direita-> localizar
+Indicações= para grandes animais ocorre muito por o esôfago (palpação ou sonda) -> cuidado com a artéria
corpo estranho como laranja, lobeira, caroço de manga e carótida e o tronco vago-simpático
outros; já pequenos animais é mais comum com agulhas,
ossos de frango, utensílios domésticos, tumores e afins
Corpo estranho esofágico
+Sintomas= falta de apetite, ânsia de vômito frequente
porém não produtivo e com muita sialorreia, aumento e
volume na região ventral do pescoço
Técnica operatória
+Pré-operatório= jejum se necessário ou possível,
tricotomia ampla bem-feita, decúbito dorsal, 1ª
+No esôfago= promover divulsão cuidadosa do esôfago e
antissepsia com álcool e 2ª antissepsia com PVPI e
levantá-lo com pinça, envolvendo-o com uma compressa,
colocação do pano de campo
depois fazer uma incisão longitudinal antes do corpo
+Técnica operatória= a melhor área é o terço médio ou estranho e retirar com uma pinça, por não ter serosa
final do esôfago, próximo ao tórax, que é onde a maioria tem baixa vascularização, incidir acima de uma região
dos problemas ocorre, a incisão é feita na linha média do assim e onde já tem a compressão do corpo estranho
pescoço (no terço médio próximo ao tórax) promovendo isquemia não é indicado
Técnica Operatória 24

-descartar o material contaminado (contato com a luz do


órgão)-> fazer a limpeza do órgão com solução fisiológica
e compressa

-para uma camada única-> sutura simples separado nó


extraluminal-> contaminante
+Término da técnica= voltar os músculos para o lugar,
suturar com pontos simples separado ou contínuo, fazer
abolição do espaço morto em pontos zig-zag, ambos com
fio absorvível, ponto de pele com fio nylon (separados ou
contínuos pois não tem tensão)
-camadas do esôfago-> mucosa, submucosa, muscular e
adventícia-> não tem serosa
+Sutura= fio monofilamentoso absorvível sintético, para
duas camadas lembrar de entre a 1ª e 2ª fazer limpeza
do órgão, trocando luvas, compressas e instrumental
usado
-ponto swift para a primeira camada (mucosa e
submucosa) -> simples separado invertido, com nós +Pós-operatório= curativo local por 10 dias e retirada dos
intraluminal, contaminante coaptante (cicatrização mais pontos com 12 dias, antibióticos e anti-inflamatórios e
rápida por não ter serosa) dieta
-pequenos animais-> primárias 48h administrar solução
glicofisiológica 5% (40ml/kg/dia IV) -> 3° e 4° dia
oferecer uma alimentação mais líquida e água a vontade
-> 5° dia até o 10° oferecer ração umedecida em água,
consistência pastosa-> depois disso ração granulada e
água
-grandes animais-> 24h iniciais com alimentação
parenteral-> após isso oferecer sopão com ração+ capim
triturado e água por 3 dias-> após esse período soltar no
piquete

-segunda camada-> nós extraluminais (muscular e


Enucleação Globo Ocular
adventícia), ponto não contaminante, contínuo ou +Conceito= é a retirada cirúrgica do globo ocular
separado, coaptante
+Indicações= glaucomas que não respondem a terapia,
neoplasias intraoculares, proptose do globo ocular com
mais de 8h (morte da parte sensorial da retina e uveíte,
difíceis de serem tratadas), traumas que levam a perda
do conteúdo intraocular
Técnica Operatória 25

Anatomia -observação-> animais com glaucoma intenso devem ser


submetidos a globocentese-> quando está com aumento
+Músculos retrobulbares= quadro músculos retos (lateral,
de volume pode fazer bulbocentese (agulha na transição
dorsal, medial, ventral), 2 oblíquos (dorsal e ventral,
córnea, limbo) reduz humor aquoso para facilitar
movimentação do globo no próprio eixo) e um musculo
manobra
retrator do bulbo (promove retração do globo para
dentro da orbita) +Cantotomia= para ampliar acesso cirúrgico, com bisturi
ou tesoura, incisão de 1 a 0,5cm na comissura lateral do
globo ocular

-função-> movimentação nos quatros cantos


-ruptura dos músculos leva a protrusão do globo ocular +Técnica operatória= depois incisão na transição entre
(proptose), musculo retrator tenta puxar e a margem limbo córnea, separa todo tecido conjuntivo da esclera,
palpebral dobra deixando encarcerado divulsionando a conjuntiva da esclera (tesoura
metzembaum curva)
-protusão-> animais braquicefálicos mais fácil, nos outros
difícil-> cantotomia (incisão na comissura lateral do globo
ocular) para facilita entrada do globo ocular para a orbita,
remove um pouco da pálpebra em cima e embaixo para
reduzir a comissura na sutura-> evitando reincidência
+Pré-operatório= maioria dos casos não é emergência
(grande grau de contaminação), para pacientes estáveis
e casos controlado faz jejum 12h sólidos e 6h de líquidos,
tricotomia ampla periocular
-anestesia-> preferência
inalatória, pode ter bloqueios
retrobulbares
-antissepsia-> solução alcoólica
na pele ao redor do globo ocular -exposição e identificação dos músculos bulbares,
(álcool 70%) e polvidine, no globo secciona todas, vai soltando da orbita-> preso no centro
ocular pode usar ??-> quando pelo disco óptico e artéria óptica
está com aumento de volume
pode fazer bulbocentese (agulha
na transição córnea, limbo)
reduz humor aquoso para
facilitar manobra
Técnica Operatória 26

-retirar margem palpebral superior e inferior criando


uma ferida-> para dar os pontos e ter uma cicatrização-
> suturar a conjuntiva remanescente com fio absorvível
3-0 com pontos contínuos para preencher o globo ocular

-identificar artéria e nervo óptico-> fio 3-0 ou 4-0 fio


multifilamentoso inabsorvível (?), passa ao redor do globo -por fim suturar a pele-> nylon 3-0, não é área de
ocular e desce até a transição do assoalho da órbita-> se tensão, se tiver contaminação tem que ser ponto simples
der duas pinças, acima da ligadura e outra abaixo do globo, separado
incidir entre as duas pinças
-pinça superior sai com o globo (importante em
contaminação), segunda pinça é de segurança caso a
ligadura não seja eficiente (nunca ligar no meio da pinça,
esmagamento)

Exenteração
+Exenteração= tira o globo ocular junto com as pálpebras
fechado com toda estrutura junta

-retirar a 3ª pálpebra-> glândula lacrimal dorsal (lateral)


e a terceira pálpebra na base (remove junta glândula da
terceira pálpebra) -> senão forma seroma por produção
de lagrima e contaminação
Técnica Operatória 27

-começa por tarsorrafia (sutura pálpebras) depois Gastrotomia


incisão elíptica em volta da estrutura toda com pele e
conjuntiva, depois com a tesoura vai divulsionar-> remove +Indicação= corpo estranho, perfuração e gastrotomia
todo globo ocular e seus anexos exploratória (raro atualmente, endoscopia)
+Pré-operatório= jejum 12h ou lavagem gástrica,
tricotomia ampla, decúbito dorsal
-1ª antissepsia com álcool, PVPI ou clorexidine alcoólico->
2ª antissepsia com PVPI ou clorexidine alcoólico->
colocação do pano de campo
Técnica operatória
+Técnica operatória= colocar o segundo pano de campo e
fazer uma incisão na posição mediana do abdome, pré
+Pós-operatório= curativo local por dez dias (limpeza com umbilical
soro fisiológicos e antisséptico), retirada dos pontos em -incidir pele e subcutâneo-> incidir linha alba (identificar
média com 12 a 14 dias (muito contaminado esperar mais) linha alba, pegar com a pinça com dente e elevar até a
-antibióticos e anti-inflamatórios-> interessante usar, altura do tórax para incidir com menos risco de perfurar
mais comumente amoxicilina, se tiver muita contaminação vísceras abaixo) e peritônio com bisturi-> depois
(inclusive dentro da orbita) associar com metronidazol completar a incisão com a tesoura ponta romba romba
para evitar proliferação de bactérias anaeróbicas (não de 7 a 8 cm
passar de 5 dias seguidos pois é neurotóxica) -> alguns -empurrar omento cranialmente e localizar o estômago
casos podem exigir dreno, ou tratamento aberto, avaliar -> tracionar o estômago para o exterior com a mão
cada caso-> meloxicam se tiver com rins bons (3 dias envolvida em gaze ou compressa, envolver com
máxima) pode usar tramadol e dipirona compressas úmidas (solução fisiológica aquecida) no
estômago exteriorizado.-> localizar curvatura maior e
Informações extras menor do estômago (não sai tudo pois o esôfago estar
+Anatomia da córnea= córnea (porção transparente do preso), incisão entre as curvaturas para não pegar nos
globo ocular), espaço entre a córnea e a íris é a câmara vasos sanguíneos
anterior, abertura da íris é a pupila (orifício onde passa a
luz), atras da íris tem o cristalino, forma a imagem e foca
-espessura da córnea não passa de 0,5mm a 0,9mm
dependendo da espécie (muito fina) em camadas-> epitélio
(renovação a cada 24h, lesão superficial resolução mais
fácil)
+Perda de transparência= cicatrizes, neovascularização
(do limbo ao centro da córnea, muito profunda epitélio
não consegue sozinho), pigmentação, depósitos (se tiver
com neovascularização pode ser endócrina como HAC), -fixar o estômago com pinças de Allis (apenas na primeira
distrofias e degeneração gremalheira para não traumatizar), protegido com gazes
Técnica Operatória 28

-> outra opção, preferida, é fixar o estômago com -fechar cavidade abdominal (peritônio mais musculatura,
pontos auxiliares pois tende a descer na incisão) -> pontos em X (mais
usado na UFU), festonado, wolff, simples separado ou
-fazer uma incisão longitudinal as fibras, segura com
qualquer contínuo-> para os contínuos das pontos simples
pinça sem dente-> bisturi ou outro material que entrar
separados de reforço (muita tensão, evitar pontos
em contato com a mucosa será isolado-> completa incisão
contínuos)
com tesoura ponta romba romba
-usar fios absorvíveis sintéticos-> 0 para animais mais
-conteúdo é retirado do estômago e colocado em
30kg, 2-0 de 30 a 10kg e 3-0 para os menores que
compressa que é descartada, excesso de mucosa é
10kg
retirado com tesoura Metzembaum
-abolição do espaço morto em zig-zag com mesmo tipo
+Sutura= 1ª linha de sutura ponto simples contínuo
de fio (um subcutâneo de cada lado e belisca musculatura)
pegando todas as camadas ou não (órgão que distende,
-> sutura de pele com pontos separado com nylon 3-0 ou
preferir pegar tudo para ficar mais firma), coaptante
2-0
acelera cicatrização
Pós- operatório
+Pós-operatório= curativo local 10 dias, retirada dos
pontos com 12 a 14 dias se tiver bem cicatrizado,
antibioticoterapia (IV de amplo espectro profilático no
pré, mas manter no pós por 7 dias), anti-inflamatório
(mais ou menos 5 dias) e analgésicos
-dieta microenteral-> iniciar 2 a 12h pós cirurgia (quando
animal acorda e não vai fazer falsa via), melhora
cicatrização pois dá uma nutrição celular-> 1/³ glicose
50% + 1/3 glicopan + 1/³ ringer lactato; 0,05ml/kg/h
por 2 dias depois 1,5ml/kg/h por 10 dias-> após 12h
fornecer alimentação pastosa
-entre 1ª e 2ª linha de sutura trocar todo material e
luvas, lavar estômago com solução fisiológica (não deixar Esplenectomia
cair na cavidade)
+Conceito= retirada total ou parcial do baço
-2ª linha de sutura pode ser lembert, Cushing (melhor
opção, contínuo, melhor vedação, vai invaginando aos +Indicação= traumatismo (++), neoplasias, torção do
poucos, não deixa só para o final pois pode ficar preso), pedículo (torção gástrica, baço aumentado e escuro,
gelly (invaginante não contaminante) remover para reduzir lesão de reperfusão), abcesso e
hematomas (devido a distúrbios circulatórios)
Término da técnica
+Pré-operatório= jejum normalmente não tem pois é
+Término da técnica= depois do fechamento da 2ª linha emergência, tricotomia ampla, 1ª antissepsia álcool e PVPI
voltar o estômago para a cavidade, tracionar o omento ou clorexidine alcoólico e 2ª com PVPI ou clorexidine
de volta, dar pontos ancorando (omentalização) melhora alcoólico e colocação de pano de campo
cicatrização e vascularização (band aid de deus)
-fio absorvível sintético monofilamentoso (PDS 4-0 a 3-
0 se for menor que 20kg) Técnica operatória
Técnica Operatória 29

+Técnica= parcial ou total, incisão na linha mediana, pré


umbilical (entre xifoide e cicatriz umbilical, acesso igual à
gastrotomia), incidindo pele e subcutâneo
-incidir linha alba e peritônio (com tesoura romba romba
de 7 a 8 cm) -> empurrar cuidadosamente o omento para
parte cranial, localizar o baço e pegar cuidadosamente->
caso haja hemorragia localizar
*VGM abaixo de 18 já faz transfusão no trans operatório
+Término da técnica= fechamento semelhante a
-colocar órgão para fora com indicador e polegar (sai gastrotomia, peritônio com musculatura, ponto em X (4
todo), envolvê-lo com compressa úmida e morna e definir pontos de ancoragem, preferir), festonado, wolff,
se será total ou parcial simples separado ou contínuo (evitar)
+Parcial= delimitar área retirada, apertar parênquima -fio absorvível com mesmo tamanhos da gastrotomia->
com dedos até capsulas de cima juntarem com as debaixo abolição do espaço morto zig-zag e sutura de pele com
formando um sulco pontos separados com nylon 3-0 ou 2-0
Pós-operatório
+Pós-operatório= risco de anemia (grande, remoção de
órgão hematopoiético e hemorragias anteriores),
transfusão sanguínea durante cirurgia, animal tenda a
imunossupressão, risco de contaminação devido a sangue
na cavidade
-curativo local, retirada dos pontos com 12 a 14 dias,
-fio sutura absorvível 3-0, dar vários pontos tipo wolff antibioticoterapia, anti-inflamatório e analgésicos
em toda extensão do sulco-> cortar de 1 a 2 cm acima
dos pontos e remover a região
Enterotomia
-ligar todos os vasos que estão chegando na parte do +Conceito= abertura cirúrgica a nível do intestino
baço a ser extirpada-> 1 cm a frente dos pontos a incisão +Indicações= corpo estranho, perfurações (uso contínuo
-voltar baço para o lugar (lavar cavidade com soro de AINEs), úlceras
aquecido se cair sangue dentro, remover coágulos se -peritonite-> neutrófilos degenerados
tiverem, é meio de cultura e pode dar aderência) ->
+Pré-operatório= jejum de 24h, caso contrário fazer
retornar omento a posição de origem e omentalizar com
enema (principalmente para trabalhar em intestino
a borda da ferida do baço
grosso), tricotomia ampla (nunca sabe o que vai
+Total= após exteriorizar o órgão, fazer ligadura de todos encontrar, se precisará estender a incisão)
os vasos que chegam individualmente e remover o baço
-antissepsia padrão-> 1º álcool, PVPI ou clorexidine
todo
alcoólico-> segunda paramentado com PVPI ou clorexidine
alcoólico
-antibioticoterapia profilática-> muito contaminado->
gentamicina, cefalexina ou enrofloxacina
Técnica Operatória 30

*verificar se tem perfuração de órgão é raio x *em pequenos, diferente de equino, não precisa votar
contrastado (cuidado com o tipo de contraste usado, não exatamente na posição anatômica, volta sozinho com
usar sulfato de bário) peristaltismo
Técnica operatória -material em contato com mucosa descartado, cortar
excesso de mucosa
+Técnica operatória= decúbito dorsal, incisão na linha
média retro umbilical (pós umbilical se for intestino -sutura-> pontos simples separados ou contínuo,
grosso), incidindo pele e subcutâneo, depois de identificar invaginantes com uma ou duas linhas-> fio
linha alba, suspende com a pinça, e faz a incisão alta para monofilamentoso absorvível 3-0 ou 4-0 (PDS ou
evitar perfuração de órgãos monocryl), multifilamentoso (PGA ou vicryl)
-incisão sobre linha alba para não sangrar-> musculatura
e peritônio-> empurrar omento cranialmente, colocar 2°
pano de campo, evitando contaminação se extravasar
conteúdo-> colocar uma pequena porção do órgão para
fora, inspecionar para localizar parte a ser operada
-expõe um segmento, inspeciona e volta se não for-> não
expor órgão todos (ressecamento, diminuição do
peristaltismo) -> manter as alças sempre hidratadas com
*peritonite usar monofilamentoso inabsorvível sintético
solução fisiológica morna-> só fazer incisão com o órgão
3-0 a 4-0 (polipropileno ou nylon)
para fora para não cair conteúdo (ao lado da abertura)
-lavar bem com solução fisiológica, trocar luvas e
descartar material usado-> verificar se tem vazamento
(empurrar conteúdo ou injetar solução fisiológica) e
omentalizar

Enterectomia
+Conceito= retirada cirúrgica de parte do intestino

-localiza a área, desloca o conteúdo fecal com os dedos e +Indicações= volvo e torção, intussuscepção e tumores
delimitar a área com duas pinças intestinais de doyan +Pré-operatório= jejum 24h ou enema, tricotomia ampla,
(nunca usar hemostática, se não tiver a pinça usar dedos antissepsia em duas etapas (PVPI ou clorexidine alcoólico),
do auxiliar) -> incisão longitudinal na laça intestinal caudal antibioticoterapia profilática (gentamicina e=ou cefalexia)
ao corpo estranho
Técnica operatória
+Técnica operatória= decúbito dorsal, incisão na linha
média retro umbilical (pós umbilical se for intestino
grosso), incidindo pele e subcutâneo, depois de identificar
linha alba, suspende com a pinça, e faz a incisão alta para
evitar perfuração de órgãos
-incisão sobre linha alba-> musculatura e peritônio->
-se o lúmen for muito pequeno para a retirada do corpo empurrar omento cranialmente, colocar 2° pano de
estranho, faça incisão transversal campo-> pequena porção do órgão para fora, inspecionar
Técnica Operatória 31

para localizar parte a ser operada, manter alças *peritonite monofilamentoso inabsorvível sintético 3-0 ou
hidratadas com solução fisiológica 4-0 (polipropileno ou nylon)
-fazer ligadura dos vasos mesentério que irrigam a parte Término da técnica
retirada, fazer remoção da alça demarcada e cortar
+Observação= se houver muita diferença de diâmetro
excesso de mucosa com tesoura
das alças intestinais, cortar a extremidade
antimesentérica da alça de menor diâmetro, vai cortando
até juntar no tamanho certo e sutura

-suturar as duas extremidades com pontos simples


separado ou contínua (melhor vedação), primeiro ponto
na borda mesentérica e segundo na antimesentérica-> -lavar bem as alças com solução fisiológica, descartar
faz metade do “círculo” e depois a outra metade (melhor luvas e material contaminado-> verificar para
ancoragem), não pode dar os pontos ao redor de tudo vazamentos e fazer omentalização
senão na hora de tracionar vai fechar o lúmen -fechar cavidade abdominal (peritônio mais musculatura)
-> pontos em X (+), festonado, wolff, simples separado
ou qualquer contínuo-> para os contínuos das pontos
simples separados de reforço (muita tensão, evitar
pontos contínuos) -> fios absorvíveis sintéticos 0 para
animais mais 30kg, 2-0 de 30 a 10kg e 3-0 para os
menores que 10kg
-abolição do espaço morto em zig-zag com mesmo tipo
de fio-> sutura de pele com pontos separado com nylon
3-0 ou 2-0
-fechar mesentério com pontos simples separado ou
contínuo, coaptante (não invaginar, só uma linha para Pós-operatório
evitar estrangulamento e contaminação) -> sutura
+Pós-operatório= curativo local 10 dias, retirada dos
monofilamentoso absorvível 3-0 ou 4-0 (PDS ou
pontos com 12 a 14 dias, antibioticoterapia e anti-
monocryl), multifilamentoso (PGA ou vicryl)
inflamatórios
-dieta microenteral-> 2 a 12h pós cirurgia com 1/3 de
glicose 50% + 1/3 glicopan + 1/3 ringer lactato->
0,05ml/kg/h por 2 dias; 1,5ml/kg/h por 10dias-> após
12h fornecer alimentação pastosa e fracionada
associada (para volta do peristaltismo)

Ovariosalpingo Histerectomia
+Conceito= retirada cirúrgica do útero e ovário
Técnica Operatória 32

+Indicação= terapêutica para alterações em reprodutor Técnica operatória


(cisto ovariano, piometra, torção uterina, prolapso ou
+Técnica= incisão mediana ventral no abdômen no meio do
ruptura uterina, fraturas de pelve, hiperplasia de tecido
espaço entre cicatriz umbilical e a sínfise púbica, incidir
vaginal etc.), para fins não- terapêuticos de controle
pele e subcutâneo localizando linha alba e peritônio com
populacional ou vontade de tutor
bisturi, completando-a com tesoura romba-romba de 7 a
+Idade= 3 a 4 meses antes do primeiro cio ou depois 8 cm
-antes do primeiro cio-> reduz probabilidade de tumores -afastar omento cranialmente e colocar dedo/gancho
de mama-> castração ates da puberdade pode levar a lateralmente na parte interna da parede abdominal->
hipoplasia vaginal, má formação óssea, neoplasia e puxar corno uterino primeiro esquerdo (+ ventral) depois
obesidade (se já tiver predisposição e hábitos favoráveis) o direito-> colocar pinça hemostática no pedículo cranial
ao ovário (entre ovário e rim), ligadura, depois outra pinça
-OBS-> não operar animais durante o cio ou próximo de
parto, esperar pelo menos 2 a 3 meses (hormônios, não
agregação plaquetária com possibilidade de hemorragia)
Anatomia
+Anatomia= do ovário até o corpo do útero tem o
mesométrio tecido fibroso muito vascularizado nos cães
(ligadura importante, gato não muito), se animal está
hipotenso a chance de ter hemorragia e o cirurgião não
ver é maior
-fazer ligadura da artéria e veia ovariana cranialmente
às pinças hemostáticas (+ cranial possível)-> incisão entre
duas pinças hemostáticas-> ligar vasos do mesométrio
próximo ao corpo do útero e incidir após a ligadura

-ligaduras dos vasos, em todo o mesométrio dos dois


lados, corta por cima da ligadura, outra ligadura acima da
cérvix (não em cima por ser fibrosa e pode afrouxar o
nó)
+Pré-operatório= jejum 12h para alimentos sólidos e 6h
*vaso mais calibroso do mesométrio tem que ser ligado
líquidos, banho no animal sempre que possível, tricotomia
junto com o corpo do útero senão lascera
ampla de todo abdômen (caso de hemorragia exigindo
estender incisão p.ex.), cuidados anestésicos para -achar a cérvix e fazer ligadura cranial a ela-> colocar
gestantes ou paciente debilitado duas pinças hemostáticas cranialmente à ligadura e incidir
entre elas
-antissepsia-> 1ª antissepsia com álcool ou PVPI e segunda
PVPI com colocação do pano de campo
Técnica Operatória 33

Orquiectomia
+Conceito= intervenção cirúrgica na bolsa escrotal do
macho para remoção dos testículos, podendo ser uni ou
bilateral
+Indicações= para fins econômicos (ganho de peso de
abate, pouco usado hoje em dia.), finalidades de manejo
(brigas e dominância) ou terapêuticas (hérnia perineal,
neoplasias de próstata p.ex.) e controle populacional
Orquiectomia em Equinos
-em piometra quando o útero está friável deve +Idade= cerca de 24 meses, para burros com uma
transfixar a artéria, veia e corpo do útero (só semana ou 24 a 30 meses
seromuscular para não extravasar conteúdo) todos -observação-> equídeos nascem com testículos na bolsa,
juntos entre as pinças-> incidir entre as pinças para que depois recolhe e só volta a descer após 18 a 24
evitar extravasamento do conteúdo contaminado para a meses-> fator limitante
cavidade
+Pré-operatório= jejum completo de 12h, vacinar 2
-se a mucosa uterina prolapsada deve ser cortada com semanas antes ou administrar soro antitetânico na hora
tesoura e cauterizada com iodo-> em casos de
contaminação, suturar a serosa e muscular do corpo do -lavar prepúcio, bolsa escrotal e pênis com degermante
útero com pontos invaginantes -> antissepsia com álcool e PVPI na bolsa escrotal

*omentalizar angiogênese, vedação e evita aderências +Técnica= método de castração aberta com incisão na
bolsa escrota (muito próximo do períneo), incisão tipo
+Término da técnica= omentalizar o coto uterino (+ para longitudinal (ventral na bolsa escrotal, transudato formato
contaminados) e fechar a cavidade abdominal (peritônio + não acumula), transversal ou remoção da extremidade
musculatura) com pontos X (+ ancoragem), festonado, inferior (tira a “tampa”)
wolff, simples separado ou algum contínuo (sempre com
pontos simples de reforço) *não costuma fazer sutura da bolsa pois edemacia muito

*lavar cavidade se tiver sangramento com soro aquecido -hemostasia dos cordões-> com emasculador (duas
lâminas fecham e colabam os vasos e uma terceira corta,
-fios absorvíveis n° 0 para maiores de 30kg, 2-0 para deixar por 1min) ou fio de sutura (muito tem reação,
animais de 30 a 10kg e 3-0 para os menores de 10kg-> preferir PGA ou PDS) -> cuidado com emasculador pois
abolição do espaço morto em zig-zag com o mesmo fio e muitas vezes rasga os vasos na hora de remover
fazer a sutura de pele com nylon 3-0 ou 2-0
+Testículo e cordão coberto= transfixação é feita acima
Pós-operatório do plexo pampiniforme sobre o músculo cremaster, incidir
+Pós-operatório= curativo local por 10 dias e retirada dos cerca de 2cm abaixo da transfixação
pontos com 12 a 14 dias, antibióticos, anti-inflamatórios e -sem comunicação meio externo com cavidade mas gera
analgesia uma estrutura a mais até o vaso e pode dificultar ligadura
Técnica Operatória 34

+Técnica= método da castração fechada com o burdizio


(pendular, instrumento comprime e secciona com poucos
danos externos) ou castração aberta
-castração aberta-> incisão longitudinal, transversal,
remoção da extremidade inferior, ligadura dos cordoes
com fio de sutura

+Testículo e cordão descoberto= transfixação é feita +Testículo e cordão coberto= transfixação é feita acima
apenas em artérias, veias e ductos deferentes do plexo pampiniforme sobre o músculo cremaster,
incidira aproximadamente 2 cm abaixo da transfixação

+Testículo e cordão descoberto= transfixação é feita


apenas nas artérias, veias e ductos deferentes,
gubernáculo pode só romper
-outra transfixação deve ser feita no gubernáculo

+Pós-operatório= lavar todos os dias com água fria e


depois passar antisséptico e repelente, exercícios leves +Pós-operatório= passar antisséptico e repelente,
com aumento gradativo, antibioticoterapia e anti- antibioticoterapia e anti-inflamatórios
inflamatórios
+Complicações= hemorragia (arterial ou da bolsa) e
-complicações-> hemorragia (arterial ou da bolsa), edema, infecções
evisceração nos casos de hérnia (tem que ser testículo
cordão coberto a técnica), infecção Orquiectomia no cão

Orquiectomia em bovinos +Técnica= incisão feita na rafe testicular (uma incisão tira
os dois) ou de forma longitudinal na bolsa escrotal em cada
+Idade= não é fator limitante lado, a ligadura é feita de forma testículo e cordão
+Pré-operatório= jejum completo de 12h e antissepsia descoberto
com álcool e PVPI
Técnica Operatória 35

-escroto pode ou não ser suturado, rafe precisa


+Pós-operatório= antibioticoterapia, anti-inflamatório e
curativo local

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