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Controle de Infecção na Prática Cirúrgica ESTERILIZAÇÃO:

Desde a correta limpeza, esterilização do instrumental • CONCEITO: eliminação de todos os


até usar no paciente, vai além do uso dos EPI’s. microrganismos presentes em um meio
ambiente ou em um objeto.
CONTROLE DE INFECÇÃO NA PRÁTICA CIRÚRGICA: “O
• Metais, vidrarias e tecidos.
Cirurgião deve fazer uso de todos os recurso que forem
• Limpeza.
necessários à menor contaminação do campo
• Limpar e desinfectar antes.
operatório e da ferida cirúrgica”.
TIPOS DE ESTERILIZAÇÃO:
Quanto maior o trauma ou maior a chance de
contaminação, mais difícil será a cicatrização. 1. CALOR SECO:
Quanto menor o trauma, menor a contaminação, • Estufas elétricas;
melhor será a nossa cicatrização. • Alto aquecimento;
• 170ºC/ 60 min;
“Todo o instrumental e material que vai ser utilizado • Oxidação (troca de temperatura);
para a realização de uma cirurgia, tem de estar • Metais, vidrarias e tecidos não podem ser
OBRIGATORIAMENTE esterilizado ou colocados.
descontaminado.” • Demora muito.
TERMINOLOGIA – ALGUMAS DEFINIÇÕES UTILIZADAS
NO CONTROLE DE INFECÇÃO:

• DESINFECÇÃO: eliminação de microrganismos


(exceto esporulados) de materiais ou artigos
inanimados (redução para níveis considerados
seguros);
• ESTERILIZAÇÃO: destruição total dos
microrganismos, inclusive os esporulados, por
meio de processo químico ou físico (mais
seguro – mais barato – autoclave).
• DESCONTAMINAÇÃO: eliminação parcial, sem
2. Calor Úmido:
eliminação completa de microrganismos de
• Autoclaves;
materiais ou superfícies inanimadas (não
conectada com as normas de saúde pública). • Alta pressão e alta temperatura;
Não é efetiva. • Borracha e tecidos;
• ANTISSEPSIA: eliminação de microrganismos • Precisa secar o material;
de pele, mucosas ou tecidos vivos, com auxílio • Secagem.
de antissépticos, com uso de substancias • Teste químico e biológico (efetiva a
bactericidas. EX: uso de clorexidina por esterilização). Vigilância Sanitária.
bochecho, vai diminuindo a eficiência ao longo
do tempo. 3. Gases:
• ASSEPSIA: conjunto de medidas empregadas • Lamina de bisturi, seringas, fio de sutura;
para impedir contaminação de determinado • Óxido de etileno;
material (prevenção de sepse). EX: uso de • Equipamento especial; embalagens;
máscaras, luva, lavagem das mãos. • 2 a 3 anos.
• SEPSE: degradação do tecido vivo pela ação do
PREPARO DO EQUIPO (consultório, ambiente) –
MO. Muitos MO no organismo, o sist. PARAMENTAÇÃO PARA A CIRURGIA:
Imunológico não consegue combater, as
bactérias vão proliferando levando a uma EPI
infecção mais grave.
• Máscara (N95/PPF2)
• LIMPEZA: remoção mecânica (oleosidade,
• Gorro
umidade, matéria orgânica, poeira) de
• Luva cirúrgica
determinado local. (fazemos no expurgo –
• Óculos e Face Shield
limpando o excesso).
• Jaleco COLOCAÇÃO DO CAPOTE: não pode encostar em
• Capote gramatura 50 é impermeável. nada. O auxiliar ajusta, amarra.

AMBIENTE CIRÚRGICO: limpo, arejado, livre Coloca a luva. Primeiro colocar na mão dominante.
circulação, rollopack em tudo (chamo de campo
Colocação dos Campos nas Mesas Auxiliares. Abro o
cirúrgico).
campo e coloco em cima da mesa
Checar os sinais vitais do paciente e checar se o
Zona Primária: essencial (do operador) e a do auxiliar
equipamento está funcionando.
(cuba de soro, seringa).
PARAMENTAÇÃO CIRÚRGICA:
Zona Secundária.
ETAPAS DA PARAMENTAÇÃO:
1° Periférico: canetas se for utilizar, fechar a água para
1. Realização da antissepsia intraoral; não contaminar. A caneta não vai no cart.
2. Lavagens (escovação) das mãos do operador;
3. Colocação do capote cirúrgico do operador;
4. Calçar as luvas (operador);
5. Montagem campos cirúrgicos nas mesas
auxiliares;
6. Montagem da mesa auxiliar (instrumentais);
7. Antissepsia extra-oral do paciente e colocação
do campo do paciente;
8. Montagem do sugador;
9. Lavagens (escovação) das mãos, colocação do ANTISSEPSIA EXTRAORAL E MONTAGEM DO CAMPO
campo e luvas do auxiliar. DO PACIENTE:
ANTISSEPSIA INTRAORAL DO PACIENTE: • PVPI 1% - álcool, pouco utilizado da alergia.
• Clorexidina 0,12% (não causa úlceras ou • Clorexidina 2 a 4%.
lesões) efetividade maior de 30-40 minutos. • Limites da área mais contaminada para a
• Antisséptico bucal. menos contaminada, da linha média (boca) ao
trágus), com a pinça ALLIS e GAZE. Regoão
LAVAGEM DAS MÃOS: frontal ao osso hióide ou margem infra
água + escovinha orbitária ao osso hioide.
(detergente e • Pinça Backaus para prender o capote junto
antisséptico). com a roupa.
QUEIMOU – • Montar o 2° periférico: aspirador cirúrgico.
CONTAMINOU Esteriliza.

ESCOVAÇÃO DO PARAMENTAÇÃO DO AUXILIAR. Ajuda de uma


OPERADOR: escovas terceira pessoa.
cirúrgicas, detergentes Mesa organizada do início ao fim.
e antissépticos. O
auxiliar abre a escova. Lixo comum – azul.
Dentro da escova já Lixo contaminado – branco.
tem o detergente e antisséptico. Primeiro umedecer
as mãos. Lixo contaminante – descarpack.

ESCOVAÇÃO DAS MÃOS: da ponta dos dedos ao


punho. Umedecer as mãos e escova, esparrama a
esponja. Primeiro dedos (ponta dos dedos- vai e vem)
– interdigital – palma da mão – dorso da mão –
punho. De três a 5 movimentos por região.

SECAR AS MÃOS: auxiliar abre o capote. Movimento


de bater. Seca e dobra.

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