Você está na página 1de 41

UNIDADE III

Biossegurança

Profa. Debora Delmanto


Higienização das mãos

 Em 1843, Holmes reconheceu o papel das mãos na transmissão de doenças

 Em 1847, Semmelweis iniciou a técnica de higienização das mãos e Lister o uso de


antissépticos no preparo das mãos e do sítio cirúrgico.
Higienização das mãos

 A pele é um reservatório de microrganismos, podendo causar direta ou indiretamente a


transferência desses microrganismo de uma superfície para outra.

 Microbiota transitória: Principal causador das infecções devido à transmissão cruzada. É


removida de forma eficaz através da higienização adequada das mãos.

 Microbiota residente: Constitui a microbiota normal do corpo e impede a colonização por


outros microorganismos. Eliminada parcialmente com o uso de antissépticos.
Técnica de Higienização das mãos

1. Molhar a mão , evitando encostar-se na pia

2. Aplicar na palma da mão quantidade suficiente para cobrir toda a superfície

3. Ensaboar as palmas das mãos, friccionando-as entre si

4. Esfregar a palma da mão direita contra o torso da mão esquerda, entrelaçando os dedos, e
vice-versa

5. Entrelaçar os dedos e friccionar os espaços interdigitais

6. Esfregar o dorso dos dedos de uma mão com a palma da


mão oposta, segurando os dedos, com movimentos de vai e
vem, e vice versa
Técnica de Higienização das mãos

7. Esfregar o polegar direito com o auxílio da palma da mão esquerda, realizando movimento
circular e vice-versa

8. Friccionar as polpas digitais e as unhas da mão esquerda contra a palma da mão direita,
fechada em concha,fazendo movimento circular e vice versa

9. Esfregar o punho esquerdo com auxílio da palma da mão direita, realizando movimento
circular e vice versa

10. Enxaguar as mãos, retirando os resíduos de sabonete

11. Secar as mãos com o papel toalha descartável.


Higienização Antisséptica das mãos

 Essa prática é igual a higienização simples, substituindo o sabão simples por um antisséptico

 A duração da antissepsia dura de 20-30 segundos


Agentes utilizados na Higienização das mãos

 Sabão/ detergente comum: Remove a sujidade e a microbiota transitória

 Clorexidina Detergente: Além de remover, possui ação anti-séptica sobre a microbiota


transitória e parte do residente

 Possui efeito residual (4-6h)


Uso do Álcool gel

 Mais eficaz devido sua ação microbiota

 Mais prático e acessível

 Mais rápido

 Resseca menos a pele quando comparado com o detergente


Higienização das mãos

 Medida mais simples e eficaz para se evitar a transmissão de microorganismos entre


pacientes e entre o sítio contaminado para outro limpo no mesmo paciente.

 A adesão do profissional de saúde à higienização das mãos ainda persiste muito baixa, cerca
de 40%.
Interatividade

 Com relação à utilização das luvas de procedimento e à lavagem das mãos, a fim de garantir
o controle da infecção hospitalar, assinale a alternativa correta.

a) O uso das luvas de procedimento dispensa a lavagem das mãos.

b) As luvas de procedimento exigem uma rígida técnica de colocação.

c) Luvas não estéreis com furo podem comprometer a segurança do procedimento.

d) A função das luvas de procedimento é proteger


exclusivamente o profissional de saúde.

e) O uso de luvas de procedimento permite a manipulação


direta e segura de material estéril.
Resposta

 Com relação à utilização das luvas de procedimento e à lavagem das mãos, a fim de garantir
o controle da infecção hospitalar, assinale a alternativa correta.

a) O uso das luvas de procedimento dispensa a lavagem das mãos.

b) As luvas de procedimento exigem uma rígida técnica de colocação.

c) Luvas não estéreis com furo podem comprometer a segurança do procedimento.

d) A função das luvas de procedimento é proteger


exclusivamente o profissional de saúde.

e) O uso de luvas de procedimento permite a manipulação


direta e segura de material estéril.
Limpeza

 Primeiro passo para a descontaminação.

 A limpeza é o processo que remove fisicamente a contaminação por microorganismo e


material orgânico e é essencial par ao sucesso da desinfecção e esterilização

 Tem como objetivos: reduzir a carga bacteriana natural dos artigos, remover contaminantes
orgânicos, inorgânicos e sujidades
Tipos de detergentes

 Detergentes desencrostantes: Detergentes enzimáticos de última geração, que remove


desde gorduras até sujeiras impregnadas nos artigos (instrumentos). Utilizados apenas para
artigos.

 Detergentes Surfactantes: Preparações químicas que alteram a natureza das interfaces de


contato. Diminuem a tensão superficial e facilitam a limpeza

 Detergentes enzimáticos: São atóxicos, não deixam resíduos e removem com segurança a
matéria orgânica de instrumentos cirúrgicos.

 Detergente tensoativo sintético biodegradável: Utilizado na


limpeza doméstica.
Limpeza dos Instrumentais

 A limpeza do instrumental é um passo muito importante antes do processo de desinfecção


e/ou esterilização

 Limpeza Manual: Uso de escova própria para limpeza e detergente enzimático.O material
deve ficar submerso para que depois ocorra a limpeza com auxílio da escova.

 Limpeza Ultrassônica: Realizado por cavitação. Limpeza por agitação e vácuo. Mais indicada
para instrumentais.
Desinfecção

 Processo com inativação de todas as formas vegetativas, com exceção de bactérias


esporuladas.

 A desinfecção acontece porque algumas substâncias tem a capacidade de danificar a parede


celular
Tipos de Desinfetantes

 Desinfetante de baixa atividade biocida: Utilizados quando o objetivo é eliminar bactérias


vegetativas, vírus médios ou lipídicos. Exemplo: Amônia

 Desinfetante de intermediária atividade biocida: Inativam as bactérias vegetativas, os vírus e


fungos, porém não inativam os esporos. Ex: Cloro, iodo e álcool

 Desinfetante de alta atividade biocida: Inativam os microorganismos citados anteriormente,


inclusive os esporos bacterianos. Ex: Ácido peracético e óxido de etileno
Esterilização

 A esterilização é a inativação de todos os microorganismos vivos, incluindo vírus, fungos,


bactérias e esporos.

 Processo que incluem ações ligadas a física e química.


Métodos de Esterilização

 Processo Físico: Feita por aumento de temperatura ou radiação envolvida.

 Vapor saturado sob pressão (autoclave)

 Calor seco ( Estufas)

 Radiação ionizante e não ionizante


Autoclave

 Processo que fornece maior segurança e economia

 A esterilização pro autoclave exige empacotamento com material permeável ao vapor, de


preferência de embalagem dupla, para evitar contaminação

 A validade de esterilização é de 7 dias


Estufa

 A distribuição do calor dentro da câmara não se faz de maneira uniforme.

 A estufa deve ter um termomêtro indicando a temperatura atingida no interior.

 Desvantagem da estufa quando comparada com a autoclave

 Limpeza inadequada dos instrumentos

 Temperatura real X termostato

 Interrupção do ciclo (abertura da porta)

 Tempo de exposição insuficiente


Radiação Ionizante

 A radiação ionizante modifica o DNA da célula microbiana, provocando lesões estruturais


graves e a difusão de radicais livres.

 Nesse tipo de esterilização, é utilizada a radiação gama – cobalto 60, pois ele possui um alto
poder de penetração, modificando o DNA das células dos microorganismos, gerando assim
sua inativação.
Interatividade

 Escolha a frase correta sobre a desinfecção

a) Consiste em um processo de eliminação de microorganismos presentes em superfícies e


produtos para saúde, porém não destrói todas as formas de vida microbiana,
principalmente os esporos.

b) É o processo que utiliza agentes químicos, físicos ou físico-químicos para destruir todas as
formas de vida microbiana e aplica-se especificamente a objetos inanimados.

c) É a remoção de sujidade de um material, preparando-o para a esterilização.

d) É a remoção completa de micro-organismos, sendo o


processo que mantém materiais e líquidos livres de
pirogênios.

e) É um processo que só pode ser realizado após o processo


de esterilização
Resposta

 Escolha a frase correta sobre a desinfecção

a) Consiste em um processo de eliminação de microorganismos presentes em superfícies e


produtos para saúde, porém não destrói todas as formas de vida microbiana,
principalmente os esporos.

b) É o processo que utiliza agentes químicos, físicos ou físico-químicos para destruir todas as
formas de vida microbiana e aplica-se especificamente a objetos inanimados.

c) É a remoção de sujidade de um material, preparando-o para a esterilização.

d) É a remoção completa de micro-organismos, sendo o


processo que mantém materiais e líquidos livres de
pirogênios.

e) É um processo que só pode ser realizado após o processo


de esterilização
Classificação dos Artigos

 Os artigos na área de saúde devem ter um cuidado especial, pois em sua grande maioria
podem propagar infecção cruzada entre os pacientes, os profissionais e até mesmo
disseminá-lo no meio ambiente
Artigos Críticos

 Instrumentos que penetram na pele e mucosa o suficiente para atingir o tecido subepitelial.

 São perfurocortantes, o que pode causar a ruptura da pele e emucosa

 Ex: Agulhas, lâminas, bisturi


Artigos Críticos

 Instrumentos que penetram na pele e mucosa o suficiente para atingir o tecido subepitelial.

 São perfurocortantes, o que pode causar a ruptura da pele e mucosa

 Devem sempre passar pelo processo de esterilização

 Ex: Agulhas, lâminas, bisturi


Artigos Semi Críticos

 Materiais que entram em contato com a pele e mucosa, porém sem penetrá-la.

 Materiais que também exigem cuidado


Artigos Não Críticos

 São materiais que não entram em contato com a pele ou mucosa, porém sofrem
contaminação, podendo disseminar infecção cruzada

 Ex: Papagaios, termômetros, bacias, comadres

 Devem ser desinfectados com agentes de média atividade biocida.


Artigos / Processos

Críticos Esterilização
Esterilização/desinfecção
Semicríticos
Alta atividade biocida
Não críticos Desinfecção de média atividade biocida
Fonte: Livro Texto
Gerenciamento de Resíduos

 O gerenciamento de resíduos nos serviços de saúde é de extrema importância.

 O objetivo no acondicionamento é embalar os resíduos segregados, em sacos ou recipientes


que evitem vazamentos e resistam às ações de ruptura.

 Todos os sacos devem ter identificação visível.

 O transporte e o tratamento dos resíduos do serviço da saúde são de responsabilidade das


empresas terceirizadas.

 Uma excelente maneira para proceder o tratamento é fazer a


desinfecção química ou térmica (autoclavagem e incineração)
Classificação dos Resíduos

A NBR 12.808/97 dispõe sobre a classificação dos resíduos de serviço de saúde:

 Tipo A: Resíduo biológico

 Tipo B: Resíduo químico

 Tipo C: Resíduo radioativo

 Tipo D: Resíduo comum

 Tipo E: Perfurocortantes
Interatividade

 O ato de remover a sujidade por meio de fricção e do uso de água e sabão, ou de soluções
detergentes, denomina-se

a) Descontaminação.

b) Desinfecção.

c) Limpeza.

d) Esterilização.

e) Fumegação
Resposta

 O ato de remover a sujidade por meio de fricção e do uso de água e sabão, ou de soluções
detergentes, denomina-se

a) Descontaminação.

b) Desinfecção.

c) Limpeza.

d) Esterilização.

e) Fumegação
Conservação de reagentes, insumos, medicamentos

 É de grande importância os cuidados de conservação dos produtos que serão utilizados


tanto para a produção de medicamentos e cosméticos , como na maneira de armazená-los e
utilizá-los no dia a dia.

 Os fatores responsáveis por essas alterações podem ser intrínsecos ou extrínsecos


Fatores Extrínsecos

 Calor

 O aumento de temperatura, acelera as reações químicas, podendo causar alterações

 Ao resfriar esses produtos , deve-se se ter o cuidado para que não ocorra formações de
cristais de gelo.
Fatores Extrínsecos

Luz;

 Muitos produtos são fotossensíveis

Umidade:

 A presença de umidade pode provocar hidrólise dos


componentes em certos produtos

 Para evitar esse problema são utilizados os sachês de silíca


gel.
Fatores Intrínsecos

 Interação entre os componentes da fórmula

 Mudanças de pH

 A água no interior do medicamento ou do cosmético


Recursos para minimizar as alterações

 Estabilizantes

 Conservantes

 Liofilização
Interatividade

 Relacione as colunas abaixo indicando posteriormente a sequência correta de indicação de


risco das áreas hospitalares.

 1 área crítica

 2 áreas semicrítica

 3 área não crítica

 ( ) enfermaria ( ) UTI ( ) almoxarifado

a) 2-3-1

b) 1-2-3

c) 2-1-3

d) 3-2-1

e) 1-3-2
Resposta

 Relacione as colunas abaixo indicando posteriormente a sequência correta de indicação de


risco das áreas hospitalares.

 1 área crítica

 2 áreas semicrítica

 3 área não crítica

 ( ) enfermaria ( ) UTI ( ) almoxarifado

a) 2-3-1

b) 1-2-3

c) 2-1-3

d) 3-2-1

e) 1-3-2
ATÉ A PRÓXIMA!

Você também pode gostar