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Unidade II
5 EPI (EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL) E EPC (EQUIPAMENTOS DE
PROTEÇÃO COLETIVA)
5.1 Equipamentos de proteção
5.1.1 EPI
A função dos EPIs é neutralizar ou atenuar um possível agente agressivo contra o corpo do trabalhador
que o utiliza, evitando lesões ou minimizando a sua gravidade. Em casos de acidentes ou exposições a
riscos, também podem nos proteger contra efeitos de substâncias tóxicas, alérgicas ou agressivas, que
podem causar as chamadas doenças ocupacionais.
A segurança no trabalho tem como objetivo as práticas seguras nas atividades, inserindo medidas
que visam a preservar a saúde e o meio ambiente.
Para que as atividades ocorram com segurança, elas devem ser organizadas, adequando as condições
de trabalho, inserindo medidas de controle, objetivando a organização estrutural e operacional e
realizando a avaliação dos riscos ambientais.
Saiba mais
Tipos de EPI
Há diversos protetores que são disponibilizados, como: de cabeça, respiratórios, auriculares, para
ombros e para membros superiores e inferiores.
Os protetores de cabeça englobam: capacete, óculos de segurança, bem como protetores faciais,
auxiliares e respiratórios.
Os óculos de proteção são de grande importância aos trabalhadores. Devem ser compatíveis com os
demais EPIs, possuir proteção lateral, ter proteção contra radiação ultravioleta, vapores e gases e contra
produtos químicos.
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Unidade II
• Fatores que afetam a seleção de EPR: pelos faciais, necessidade de comunicação, visão, temperaturas
extremas e problemas de vedação.
• Respiradores de adução de ar: recebem o ar pelo uma fonte externa ao meio ambiente de trabalho.
• Respiradores de peça facial inteira: ambientes com contaminação mais alta desses agentes
dispensam o uso de óculos de proteção.
Óculos de segurança
Filtros substituíveis de
classes P2 ou P3
Figura 9 – Exemplo de EPR purificador de ar com peça semifacial e filtros substituíveis de classes P2 ou P3 aos pares
Filtros substituíveis de
classes P2 ou P3
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BIOSSEGURANÇA
Figura 12 – Exemplo de uso de máscara descartável com proteção contra partículas suspensas no ar
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Unidade II
Na área hospitalar:
• Máscara N95.
Máscaras
Devem ser descartáveis, com filtro triplo e possuir tamanho suficiente para cobrir completamente a
boca e o nariz.
Precisam ser descartadas após o atendimento de cada paciente ou quando ficarem úmidas.
As máscaras do tipo N95 (bico de pato) contêm filtros, por isso são recomendadas para o atendimento
a pacientes com tuberculose. Como é um equipamento de proteção respiratória purificador de ar, possui
95% de eficiência de filtração.
Protetor auricular
• É indicado em laboratório com níveis elevados de ruído, por exemplo, capela mal planejada com
presença de ruído do exaustor.
• A NBR 10152 estabelece limite de 60 decibéis para uma condição de conforto durante a jornada
de trabalho.
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BIOSSEGURANÇA
Os mais comuns são os aventais, que possuem diversos tecidos. Protegem o trabalhador contra
partículas, contato com borrifos de agentes químicos e biológicos, bem como contra o calor e chamas.
Avental
O avental precisa ter mangas longas para proteger o trabalhador no contato com o paciente.
Também deve ser impermeável para a realização de limpeza e desinfecção de artigos, equipamentos ou
ambientes. Deve ser usado fechado.
O avental deve ser trocado diariamente e sempre que houver contaminação visível. Em hipótese
alguma o avental contaminado deve ser manipulado. É preciso acondicioná‑lo em saco plástico, só
devendo ser retirado para a lavagem. As roupas do consultório jamais devem ser lavadas junto com
outras roupas. Antes da lavagem, deve ser feito o ciclo separado e a roupa deve ser deixada de molho
em hipoclorito de sódio.
Membros superiores
As luvas possuem diversos tipos e são compostas por diferentes materiais. Podem apresentar
estrutura leve, média e pesada.
Cada tipo de luva tem a sua finalidade. Vejamos a seguir algumas delas:
• Luvas Kevlar: fibra cinco vezes mais resistente que o aço, a autoclave, a estufa e as muflas.
• Luvas de látex: ideais para procedimentos de atendimento e cirúrgicas (estéreis) para cirurgias,
devendo ser descartadas a cada paciente.
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Unidade II
• Luvas de plástico: devem ser usadas como sobreluvas, quando houver necessidade de manusear
artigos fora do campo de trabalho.
• Luvas grossas de borracha e cano longo: empregadas durante os processos de limpeza de artigos
e ambientes.
Membros inferiores
As sandálias são materiais que deixam os pés desprotegidos. Os sapatos de pano também não são
indicados, pois auxiliam pouco.
• Botas de segurança:
Os calçados devem ser fechados e com solado antiderrapante. O objetivo é atuar na proteção
e segurança dos pés contra impactos de objetos, agentes térmicos e agentes cortantes, umidade e
respingos de produtos químicos.
Lembrete
5.1.2 EPC
Os EPCs dizem respeito ao coletivo, devendo proteger todos os trabalhadores expostos a determinado
risco. Precisam ser providenciados e mantidos pela empresa.
Os EPCs também são empregados no trabalho rotineiro de algumas áreas, como instalação de
chuveiros de emergência e lava‑olhos, proteção de máquinas e equipamentos e de suas partes móveis,
existência de cabine de segurança biológica, capelas químicas, cabine para histologia, cabine para
manipulação de radioisótopos e kit de primeiros socorros.
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Unidade II
• Robusta.
• Unidirecional.
• Velocidade reduzida.
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BIOSSEGURANÇA
• CSB I, II e III.
Equipamentos de segurança:
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Unidade II
• NB1: dispositivo mecânico para pipetagem, associado a uniforme e avental – luvas e óculos
de proteção.
É importante que todos conheçam o local onde ficam guardados os equipamentos e que saibam
manipulá‑los corretamente.
Lembrete
Para que ocorra segurança no trabalho, devemos organizar atividades,
adequar as condições de trabalho, inserir medidas de controle, objetivar a
organização estrutural e operacional e realizar avaliação dos riscos ambientais.
Observação
Os EPCs devem ser providenciados e mantidos pela empresa, que
também deve fornecer o treinamento adequado desses equipamentos.
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BIOSSEGURANÇA
O incêndio é o processo pelo qual se desenvolve uma reação de combustão. Para que ocorra o
incêndio, são necessários três componentes:
• Energia ou calor.
• Combustível: elemento que serve de campo de propagação do fogo, que, para se propagar,
alimenta‑se de materiais como madeira, tecidos e produtos inflamáveis, como solvente.
Calor
— Ponto de fulgor: determinado pela temperatura mínima na qual o combustível começa a liberar
seus vapores inflamáveis.
— Ponto de combustão: temperatura mínima na qual acima dela o combustível mantém sua
queima, mas é necessário uma fonte de energia fornecendo o calor externo.
— Ponto de ignição: temperatura em que ocorre a liberação de gases e vapores que em contato
com o O2 do ar, se incendeiam por si só sem mais a necessidade de outra fonte de energia
fornecendo calor externo.
Combustível
Os combustíveis são as substâncias capazes de alimentar a combustão. Eles podem ser sólidos, líquidos
ou gasosos, no entanto, a queima sempre acontecerá quando o combustível estiver na forma gasosa,
pois serão os vapores liberados que reagirão com o O2 do ar para que assim aconteça a combustão.
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Unidade II
Os combustíveis sólidos podem ser papel, madeira, tecidos, plásticos, ferro, cobre, bronze etc.
Os combustíveis gasosos ocupam o espaço do recipiente e quando são mais leves que o ar, se
dissipam com facilidade.
Comburente
Quarto vértice do tetraedro do fogo, ela torna a queima autossustentável, pois o calor irradiado das
chamas atinge o combustível, que é decomposto em partículas e oxigênio do ar e irradia outra vez calor
para o combustível, formando assim um ciclo.
Saiba mais
Para entender como funciona o backdraft, assista o trailer do filme:
BACKDRAFT. Dir. Ron Howard. Estados Unidos: Imagine Films
Entertainment, 1991. 137 minutos.
Os incêndios são classificados de acordo com as características dos combustíveis. Devemos conhecer
qual a natureza do material que está queimando para descobrir o melhor método para uma extinção
rápida e segura.
Classe A
Extinção
Para efetuar a extinção, são necessários agentes refrigerantes ou abafadores com grande quantidade
de água, por exemplo, extintores de incêndio de água pressurizada, de espuma ou pó químico ABC. Se a
combustão estiver no início, podem ser empregados os extintores de pó químico seco ou gás carbônico.
Classe B
• Materiais gasosos.
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Unidade II
• Produtos que queimam somente na superfície e não deixam resíduos, por exemplo, vernizes, óleos,
graxas, gasolina e álcool.
Extinção
Para a extinção dos incêndios da classe B, pode ser feito o abafamento por espuma, por vapor ou por
meio de neblina de água. Extintores de espuma ou pó químico BC, de CO2 , e ABC podem ser utilizados.
Classe C
Extinção
Para apagar o fogo, é preciso utilizar extintores que não conduzem corrente elétrica, como o gás
carbônico e o pó químico seco.
Não utilizar extintores à base de água para a classe C, pois a água é um condutor de corrente elétrica.
Caso a corrente elétrica esteja desligada, o combate ao incêndio pode ser realizado da mesma
maneira como procedemos nas classes A e B.
Classe D
Extinção
Para controlar o fogo, os agentes extintores a serem empregados são os de pós químicos especiais,
pois isolam o metal combustível do ar, interrompendo a combustão.
Classe K
É a classificação do risco de incêndio ao cozinhar com óleo vegetal e gorduras de origem animal.
Extinção
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BIOSSEGURANÇA
Observação
Classe B
Classe C
Classe D
• Resfriamento: reduz o calor gerado pela combustão; possui a água como agente.
• Isolamento: isola o material (combustível) que poderia ser atingido pelo fogo, evitando sua propagação.
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Unidade II
Age por resfriamento e é indicado para incêndios de classe A, por penetrar nas profundidades do
material, resfriando‑o.
Não pode ser utilizado em líquidos inflamáveis e equipamentos elétricos. Possui a desvantagem de,
em alguns casos, danificar o material em que é aplicado.
Para verificar a pressão indicada no manômetro, deve ser inspecionado a cada seis meses.
Esse tipo de extintor age tanto por resfriamento (incêndios classe A) quanto por abafamento
(incêndios classe B). Não pode ser utilizado para incêndios de classe C (equipamentos energizados).
Possui a desvantagem de danificar o material em que é empregado.
• Atua por abafamento, e sua ação consiste na formação de uma nuvem sobre a superfície em
chamas, reduzindo a porcentagem de O2 disponível.
• É corrosivo, ou seja, danifica o material que atinge, não devendo ser empregado em aparelhos
elétricos delicados (computadores).
Extintor veicular
Até o fim de 2004, era permitido utilizar o extintor de incêndio do tipo BC em veículos. Constituído de
bicarbonato de sódio, deve ser recarregado a cada 12 meses. Atualmente, utiliza‑se o extintor de incêndio
do tipo ABC, que é feito de fosfato de monoamônio. É descartável e tem validade de cinco anos.
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BIOSSEGURANÇA
Age tanto por resfriamento (indicados para incêndio da classe A – materiais sólidos), como por
abafamento (sugerido para incêndio da classe B – líquidos inflamáveis). Forma uma película aquosa
sobre a superfície, impedindo a reignição, e não deve ser utilizado na classe C.
Age por abafamento, expelindo CO2 e reproduzindo a concentração de oxigênio no ar. Recobre o
material em chamas com uma camada gasosa, isolando o O2 e extinguindo o incêndio por abafamento.
É indicado para incêndios da classe B (líquidos inflamáveis) ou C (equipamentos elétricos energizados).
Possui a vantagem de nunca estragar o material que atinge, podendo, por isso, ser empregado em
aparelhos delicados (computadores) sem danificá‑los.
Outros dispositivos:
• Extintor de carreta: como possui grande volume, é operado por dois elementos para facilitar o
seu transporte.
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Unidade II
Cada extintor, que sempre deve apresentar cor vermelha, deve possuir uma etiqueta que:
• EPC – manta-corta fogo: usada quando o incêndio se estende até a roupa do operador (a extinção
ocorre por abafamento).
Classes de fogo
A B C
Tipos de extintor Materiais sólidos Líquidos, gases inflamáveis Equipamentos elétricos
Espuma Adequado Adequado Inadequado
Água pressurizada Adequado Inadequado Inadequado
Pó químico “BC” Inadequado Adequado Adequado
Pó químico “ABC” Adequado Adequado Adequado
CO2 (dióxido de carbono) Inadequado Adequado Adequado
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BIOSSEGURANÇA
• Equipamentos elétricos mal conservados, mal operados ou conectados em rede elétrica errada.
• Sobrecarga de rede elétrica, por conectar vários aparelhos em uma única tomada.
• Acidentes.
Saídas de emergência
Para salvar a vida humana em caso de incêndio, é necessário que as edificações sejam dotadas de
meios adequados de fuga, que permitam aos ocupantes se deslocarem com segurança para um local
livre da ação do fogo, calor e fumaça, a partir de qualquer ponto da edificação, independentemente do
local de origem do incêndio.
Além disso, nem sempre o incêndio pode ser combatido pelo exterior do prédio, dependendo da
altura do pavimento onde o fogo se localiza ou pela extensão do pavimento (edifícios térreos).
Nesses casos, é necessário que a brigada de incêndio ou o Corpo de Bombeiros entre no edifício pelos
meios internos a fim de efetuar ações de salvamento ou combate.
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Unidade II
Lembrete
Resumo
Além dos EPIs, os EPCs também têm grande importância para garantir
um ambiente mais seguro no trabalho.
para que a pessoa que está sendo atendida sinta-se bem e confortável.
O uso de macas de altura adequada a cada profissional é muito importante
para evitar problemas ergonômicos, os mochos com enconsto e regulagem
de altura também são os ideais. A acessibilidade também faz parte da
desejada estrutura de um ambiente adequado.
Devemos ter alguns cuidados com os extintores, pois eles devem ser
colocados em locais bem visíveis, longe do acesso de crianças e de fontes
de calor. Seu acesso deve ser desobstruído e sempre devem estar carregados
e prontos para uso.
Exercícios
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Unidade II
I – Afirmativa incorreta.
Justificativa: a norma NR 6 sobre EPI discute as obrigações de trabalhador e empregador; este último
não dita as normas, mas fornece gratuitamente treinamento e equipamento.
II – Afirmativa correta.
IV – Afirmativa correta.
V – Afirmativa correta.
Questão 2. (Cesgranrio 2018) Para haver fogo, é necessária a presença de três elementos que formam
o triângulo do fogo ou, mais modernamente, o quadrado ou tetraedro do fogo. Para extinguirmos o
fogo, basta retirar um desses elementos. Quando retiramos ou reduzimos o elemento denominado de
comburente, estamos extinguindo o fogo pelo método denominado de:
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BIOSSEGURANÇA
A) Abafamento.
B) Isolamento.
C) Resfriamento.
D) Sufocamento.
A) Alternativa correta.
B) Alternativa incorreta.
Justificativa: o isolamento é quando se faz a retirada do que pode pegar fogo, ou seja, o material
combustível (madeira, papel, produtos inflamáveis etc.).
C) Alternativa incorreta.
Justificativa: o resfriamento consiste em retirar o calor, para que o combustível pare seus gases e o
vapor, extinguindo-se o fogo.
D) Alternativa incorreta.
E) Alternativa incorreta.
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