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SUMÁRIO

UNIDADE 2 - EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO E PROCEDIMENTOS DE


EMERGÊNCIA ........................................................................................................... 4

2.1 EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL - EPI................................. 4

2.2 EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO COLETIVA - EPC ............................... 10

2.3 PROCEDIMENTOS A SEREM ADOTADOS EM SITUAÇÕES DE


EMERGÊNCIA ................................................................................................... 12
UNIDADE 2 - EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO E PROCEDIMENTOS DE
EMERGÊNCIA

Objetivo:

• Descrever os Equipamentos de Proteção Individual - EPI;

• Descrever os Equipamentos de Proteção Coletiva - EPC;

• Apresentar os procedimentos a serem adotados em situações de emergência.

Conteúdo abordado:

• Equipamentos de Proteção Individual - EPI;

• Equipamentos de Proteção Coletiva - EPC;

• Procedimentos a serem adotados em situações de emergência.

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UNIDADE 2 - EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO E PROCEDIMENTOS DE
EMERGÊNCIA

2.1 EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL - EPI

De acordo com a NR-06, considera-se Equipamento de Proteção Individual - EPI -


todo dispositivo de uso individual, de fabricação nacional ou estrangeira, destinado a
proteger a saúde e a integridade física do trabalhador. Todo EPI contém CA
(Certificado de Aprovação) e é confeccionado segundo normas da ABNT e a
aprovação do INMETRO.

Para o equipamento ser considerado apto para o uso ele também deve estar dentro
do prazo de validade.

O uso de EPI só deverá ser considerado quando as medidas de proteção coletivas


(EPC) não forem viáveis, eficientes, suficientes para a atenuação dos riscos ou
enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas. Lembrando
que os riscos de cada uma das atividades a bordo e suas medidas de controle são
avaliados e definidos no PPRA (Programa de Prevenção de Riscos Ambientais).
Sendo assim, para cada função exercida a bordo o responsável técnico pelo PPRA
indica os EPIs adequados.

Entretanto, de forma geral, para se proteger do risco de acidentes na atividade


offshore, o trabalhador deve utilizar, no mínimo, os seguintes EPIs:

• Calçados de segurança;
• Capacete;
• Óculos de segurança;
• Luvas;
• Macacão;
• Proteção Auditiva.
A NR-06 também estabelece que é obrigação do empregador:

a) adquirir o adequado ao risco de cada atividade;


b) exigir seu uso;
c) fornecer ao trabalhador somente o aprovado pelo órgão nacional
competente em matéria de segurança e saúde no trabalho;
d) orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e
conservação;
e) substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado;
f) responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica; e,
g) comunicar ao MTE qualquer irregularidade observada.
h) registrar o seu fornecimento ao trabalhador, podendo ser adotados livros,
fichas ou sistema eletrônico.

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Calçados de segurança

Protegem contra cortes, perfurações, escorregões, queda de objetos pesados, calor,


penetração de objetos, umidade, produtos químicos e outros. Botas ou sapatos de
segurança em couro protegem pés e são usados nos serviços rotineiros onde não
são exigidos outros tipos de calçados especiais. Botas com biqueiras metálicas de
proteção protegem os pés em trabalhos que envolvem riscos mecânicos. Para
trabalhos com eletricidade é usada bota com a biqueira de polipropileno. É
importante que, após o uso ou ao final do expediente, o usuário deixe o EPI
“descansando” à sombra para que areje e seque o possível suor que tenha ficado no
calçado.

Figura 1 - Calçados de Segurança

Capacete

Capacete de segurança tipo aba frontal injetado em plástico polietileno para


proteção da cabeça contra impactos e penetrações. Sua vida útil é afetada por calor,
frio, substâncias químicas e luz solar. Examine o casco quanto às rachaduras,
fragilidade, deformação, manchas ou fissuras. Se detectar qualquer uma das
irregularidades acima, substitua o casco imediatamente. Verifique a flexibilidade da
suspensão. Não utilize o capacete com a suspensão que apresentar rachaduras,
componentes fragilizados ou tiras desfiadas. Mantenha o capacete sempre limpo e
higienizado regularmente, utilizando sabão neutro.

Figura 2 - Capacete de segurança

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Óculos de segurança

Os óculos de segurança oferecem proteção contra estilhaços, respingos de metais


fundidos, radiação e luminosidade. Os de uso geral costumam ter lentes de
policarbonato com tratamento anti-risco e anti-embaçamento, armação de acetato de
celulose com hastes convencionais ajustáveis, reforçados internamente com filetes
de material não ferroso, com dobradiças resistentes em alpaca e proteção lateral. A
cor da lente deve ser definida conforme atividade, mas os de uso geral possuem
lentes incolores.

Tome cuidado ao guardá-los para que não arranhe as lentes.

Figura 3 - Óculos de segurança

Luvas

Existem diversos modelos de luvas de segurança usados para proteger o


trabalhador. Encontramos, por exemplo, luva de malha pigmentada, vaqueta, lona,
mista, PVC, Látex, Nitrílica, Alta Tensão, etc. Elas servem para evitar problemas de
pele, queimaduras, cortes e raspões. A mais comum utilizada a bordo é a multiuso,
tricotadas com fios de algodão ou poliéster com ou sem cobertura de látex,
neoprene, PU, etc. Ela oferece proteção a agentes mecânicos e químicos.

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Figura 4 - Luvas de segurança

Macacão

Para proteção de troncos e membros superiores e inferiores. Resistente a chamas e


com faixas reflexivas. O ideal é que ele seja de cor laranja para que, em caso de
emergência, seja de fácil identificação.

Figura 5 - Macacão

Proteção auditiva

Recomendados em ambientes onde o ruído está acima dos limites de tolerância, ou


seja, 85 db para oito horas de exposição. O protetor auricular de uso geral costuma
ser o do tipo inserção, podendo ser de duas formas:

a) inserção moldado - tipo plugue, em silicone, com ou sem cordão, dotado de


três flanges, para inserção no canal auditivo;

b) inserção moldável - descartável, tipo plugue, cônico, em espuma moldável


antialérgica.

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Figura 6 - Protetores Auriculares

Devido ao grande contato que existe entre o equipamento e o canal do ouvido, o


plugue deve ser mantido sempre limpo, isento de graxas, poeiras e outros materiais.
Mantê-lo guardado em sua embalagem ou similar, evitando que ele tenha contato
com poeiras.

O plugue deve ser lavado da seguinte forma:

a) Lavar bem as mãos;


b) Formar espuma de sabão neutro nas mãos;
c) Lavar o protetor na espuma do sabão neutro e não diretamente no sabão;
d) Secar bem e utilizá-lo novamente.

Saber onde guardar os equipamentos de proteção individual vai ajudar a preservá-


los por muito mais tempo. É que, em alguns ambientes, EPIs estão mais propensos
a serem danificados por choque ou contato indevido.

O ideal é evitar espaços onde há muito calor e umidade para que permaneçam
resistentes. Da mesma maneira como acontece quando é feita a higienização do
EPI, mantê-lo seco vai evitar a proliferação de micro-organismos que podem causar
problemas de saúde.

Evite armazená-los junto de suas roupas e itens particulares. Isso é especialmente


importante quando falamos nos EPIs não descartáveis usados no setor alimentício,
como as botas de segurança. Isolar os EPIs é fundamental para evitar ocorrências
de contaminação cruzada.

Uso adequado de EPI

A segurança pessoal requer conscientização, conhecimento e habilidade no uso dos


dispositivos de proteção individual, que são empregados no ambiente de trabalho.
Podemos exemplificar com o caso do trabalhador que em suas atividades do dia a
dia utiliza o EPI requerido para execução da sua tarefa diária, mas recebeu a
incumbência de executar uma nova tarefa que requer medidas extras de segurança
em local com risco de queda. Para controlar o risco existente em sua nova tarefa, é
necessário que ele use cinto de segurança, por exemplo. Essa avaliação, porém, é
realizada por um profissional da área de segurança do trabalho, em nome do
empregador, para uma correta identificação dos riscos e das medidas de controle
adequadas a atividade que será exercida.

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Quanto ao EPI, é responsabilidade do empregado:

a) Usar, utilizando-o apenas para a finalidade a que se destina;


b) Responsabilizar-se pela guarda e conservação;
c) Comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para uso;
e,
d) Cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado.
Tabela 1 - Uso correto do EPI

EQUIPAMENTO
TIPO DE PROTEÇÃO FINALIDADE
INDICADO
‒ Óculos de segurança
Contra riscos de impacto
(para maçariqueiros,
de partículas, respingos de
rebarbadores,
PROTEÇÃO PARA A produtos químicos, ação de
esmerilhadores,
FACE radiação calorífica ou
soldadores, torneiros);
luminosa (infravermelho
‒ Máscaras e escudos
ultravioleta e calor).
(para soldadores).
Contra riscos de queda de
PROTEÇÃO PARA O objetos batidas, batidas por
‒ Capacete de segurança.
CRÂNIO choque elétrico, cabelos
arrancados, etc.
‒ Protetores de inserção
Contra níveis de ruído que
PROTEÇÃO (moldáveis ou não);
ultrapassem os limites de
AUDITIVA ‒ Protetores externos (tipo
tolerância.
concha).
Contra gases ou outras
‒ Respiradores com filtros
substâncias nocivas ao
PROTEÇÃO mecânicos, químicos ou
organismo que tenham por
RESPIRATÓRIA com a combinação dos
veículo de contaminação as
dois tipos, etc.
vias respiratórias.
‒ Macacão;
Contra os mais variados ‒ Aventais de napa ou
PROTEÇÃO DO
tipos de agentes couro, de PVC, de lona
TRONCO
agressores. e de plástico, conforme
o tipo de agente.
Contra materiais cortantes,
‒ Macacão;
abrasivos, escoriantes,
‒ Luvas de malhas de
perfurantes, térmicos,
PROTEÇÃO DOS aço, de borracha, de
elétricos, químicos,
MEMBROS neoprene e vinil, de
biológicos e radiantes que
SUPERIORES couro, de raspa, de lona
podem provocar lesões nas
e algodão, luvas Kevlar,
mãos ou provocar doenças
etc.
por intermédio delas.

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‒ Macacão;
Contra impactos, ‒ Sapatos de segurança;
eletricidade, metais em ‒ Perneiras;
PROTEÇÃO DOS
fusão, umidade, produtos ‒ Polainas;
MEMBROS
químicos, objetos cortantes ‒ Botas (com biqueiras de
INFERIORES
ou pontiagudos, agentes aço, isolantes, etc.,
biológicos, etc. fabricados em couro,
lona, borracha, etc.).

Cada atividade requer um EPI específico, por exemplo, o usado pelo Supervisor de
Radioproteção de uma plataforma:

• Respirador;
• Macacão de peça única com capuz lavável;
• Luvas de borracha;
• Botas de borracha;
• Capacete;
• Óculos de segurança e protetor auricular de acordo com a atividade.

De acordo com a NR-06, considera-se


Equipamento de Proteção Individual - EPI -
Saiba Mais todo dispositivo de uso individual, de fabricação
nacional ou estrangeira, destinado a proteger a
saúde e a integridade física do trabalhador.

2.2 EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO COLETIVA - EPC

Os equipamentos de proteção coletiva (EPC) são dispositivos que eliminam ou


minimizam a exposição a riscos associados a uma atividade. Como o próprio nome
diz, são utilizados com o objetivo de proteger o coletivo, mas podem também ser
equipamentos de uso individual compartilhados pelo grupo.

Conheça alguns tipos de EPCs presentes a bordo da Plataforma:

• Capela Química: utilizada em locais onde são manuseados produtos


químicos, reduz o perigo de inalação e contaminação do operador e do
ambiente;

• Detectores de fumaça e sprinkler: os primeiros alertam sobre a presença


de fumaça no ambiente. O sprinkler, também conhecido como “borrifador de

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teto”, é um equipamento que, ao ser ativado pela elevação da temperatura,
borrifa água no ambiente;

Figura 7 - Alarme de incêndio em plataforma

• Sinalização de Segurança (Placas, Fitas, Rótulos etc.): serve sobretudo


para prevenção de acidentes, identificação de equipamentos de segurança,
delimitar áreas, identificar tubulações de líquidos e gases e para alertar sobre
os riscos existentes no ambiente;

• Chuveiro Lava-Olhos: utilizado para higienização imediata dos olhos, face,


mãos e qualquer outra parte do corpo do trabalhador que tenha sido
contaminada, seja por substâncias químicas ou até mesmo poeira, resíduos,
entre outros;

Figura 8 - Lava-olhos fixo, Chuveiro e lava-olhos portátil

• Sistema de Ventilação e Exaustão: capta os poluentes de uma fonte


(gases, vapores ou poeiras tóxicas) antes que os mesmos se dispersem no ar
do ambiente de trabalho, ou seja, antes que atinjam a zona de respiração do
trabalhador;

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• Sistema de Iluminação de Emergência: utilizado para sinalizar as rotas de
fuga para abandono do local e clarear os ambientes de passagem horizontal
e vertical com iluminação suficiente para evitar acidentes e garantir a
evacuação das áreas de risco;

• Proteção Passiva Contra Incêndio (PPCI): na etapa de projeto o PPCI é


aplicado nos ambientes para segregação de áreas com diferentes riscos para
evitar a propagação do incêndio das áreas de maior risco para as de menor
risco. Além disso, é utilizado para proteção das estruturas, equipamentos e
outras funções principais de segurança. Costuma ser aplicada em válvulas e
atuadores de BDVs (válvula de blowdown) para garantir que sua temperatura
da superfície não atinja alta temperatura em poucos minutos e desta forma
possa ser manualmente acionada, caso necessário.

Os equipamentos de proteção coletiva (EPC)


são dispositivos que eliminam ou minimizam a
exposição a riscos associados a uma atividade.
Como o próprio nome diz, são utilizados com o Importante
objetivo de proteger o coletivo, mas podem
também ser equipamentos de uso individual
compartilhados pelo grupo.

2.3 PROCEDIMENTOS A SEREM ADOTADOS EM SITUAÇÕES DE


EMERGÊNCIA

Emergência é todo evento indesejável que foge ao controle de um processo, sistema


ou atividade, da qual possa resultar danos às pessoas, ao meio ambiente, a
equipamentos ou ao patrimônio próprio ou de terceiros, envolvendo atividades ou
instalações a bordo ou em terra.

Figura 9 - Plataforma P-36 em emergência

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Sinais de alarme utilizados em Plataformas

Os alarmes de emergência são sinais sonoros, distribuídos por pontos estratégicos


em toda a plataforma, com a finalidade de alertar a todos os residentes e visitantes
sobre o estado de anormalidade.

Figura 10 - Alarmes Visuais

Sempre que soar o alarme as equipes de emergência entram em ação para


controlar o sinistro. Se a situação se agravar, quem não for essencial ao controle de
emergência será retirado da Plataforma pelo meio mais rápido e mais seguro.

Nos locais com ruído intenso, tais como oficinas, casas de bombas, casas de
geradores ou de compressores e praças de máquinas, é obrigatória a instalação de
alarmes visuais, representados por lâmpadas estroboscópicas ou giroflex, conforme
menciona o item 37.26.1 da NR-37.

Os alarmes de emergência podem ser acionados pelo alarme geral e são escutados
no interior de toda a Plataforma. Em caso de abandono, as instruções são passadas
verbalmente pelo gerente/comandante, através do sistema de autofalantes, seguido
de toque contínuo da sirene.

Procedimento de emergência

Estando em seu camarote, pegue o Equipamento de Proteção Individual (EPI) e seu


colete salva-vidas e se dirija para o seu Ponto de Encontro. Fora do camarote, pare
o serviço imediatamente, deixe seu local de trabalho seguro (desligue os
equipamentos) e siga para seu Ponto de Encontro. Dependendo da Plataforma, os
coletes salva-vidas podem estar nos camarotes ou no convés, próximos às
baleeiras.

Tabela Mestra ou Tabela de Fainas de Emergência

É uma tabela existente nas plataformas e navios, nela consta a função dos
tripulantes que guarnecem função em situações de emergência, onde encontramos
ainda os tipos de sinais sonoros produzidos por buzinas, alarmes de emergência e
toque de sino que indicam as fainas de emergência.

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Nota: A buzina e o sino são utilizados apenas nas plataformas do tipo FPSO
(Floating Production Storage and Offloading) e navios-sonda.

Figura 11 - Exemplo de Tabela Mestra

Tanto os sinais de abandonar a plataforma, quanto as indicações das tarefas


designadas aos diversos membros da tripulação estarão definidos na Tabela Mestra
atendendo a realidade de cada Plataforma, tais como:

• Fechamento das portas estanques, portas de incêndio, válvulas, embornais,


portinholas, gaiutas, vigias e outras aberturas semelhantes existentes;
• Equipamento das embarcações de sobrevivência e outros equipamentos
salva-vidas;
• Preparação e lançamento das embarcações de sobrevivência;
• Preparativos gerais de outros equipamentos salva-vidas;
• Reunião dos tripulantes e visitantes;
• Utilização dos equipamentos de comunicação;
• Tomada de ação das brigadas de incêndio;
• Tarefas especiais relativas à utilização dos equipamentos e instalações de
combate a incêndio;
• Estabelecer quais são os profissionais designados para assegurar que os
equipamentos salva-vidas e de combate a incêndio sejam mantidos em boas
condições e prontos para utilização imediata;
• Quais são os substitutos das pessoas chave, no caso destas ficarem
impossibilitadas e/ou inválidas.

Planos Contingentes (Ou de Resposta a Emergências)

Um plano de contingência (também chamado de “Plano B”) tem por objetivo


descrever as medidas a serem tomadas por uma empresa, incluindo a ativação de
processos manuais para fazer com que seus processos vitais voltem a funcionar
plenamente ou num estado minimamente aceitável o mais rápido possível. Evitando

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assim, uma paralisação prolongada que possa gerar maiores prejuízos à
corporação.

A norma regulamentadora 37, em seu item 30.1, estabelece que a operadora da


instalação deve, a partir dos cenários das análises de riscos, elaborar, implementar
e disponibilizar a bordo o Plano de Resposta a Emergências - PRE, que contemple
ações específicas a serem adotadas na ocorrência de eventos que configurem
situações de riscos grave e iminente à segurança e à saúde dos trabalhadores.

Dada a grande importância deste processo, o intuito fundamentado é de treinar,


organizar, orientar, facilitar, agilizar e uniformizar as ações necessárias às respostas
de controle e combate às ocorrências anormais.

Emergências que exigem contingência:

• Incêndio e/ou explosão;


• Encalhe;
• Vazamento de óleo no mar;
• Adernamento;
• Colisão/abalroamento;
• Acidente com fonte radioativa;
• Perda de posicionamento da Plataforma;
• Homem ao mar, entre outras.

A Diferença entre Evacuação e Abandono

A evacuação consiste em deixar ordenadamente a Plataforma em perigo, por


medida de segurança, sempre que as circunstâncias assim recomendarem e
permitirem.

Já o abandono consiste em deixar a Plataforma, de maneira rápida e ordenada,


utilizando-se de recursos próprios, como as embarcações de sobrevivência
(baleeiras ou balsas salva-vidas) e como última opção o salto na água.

Rotas de Fuga

É o trajeto a ser seguido pelo tripulante da Plataforma no caso de necessidade


urgente de evacuação do local, em função de uma emergência.

É sinalizada de forma a indicar o caminho mais curto e seguro para se chegar às


áreas externas e aos Pontos de Encontro.

A falta de sinalização de trânsito a bordo, poderá ocasionar situações de pânico em


emergências, onde o fator tranquilidade é preponderante para a prevenção de
acidentes graves.

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Figura 12 - Exemplo de planta baixa com rota de fuga

As Rotas de Fugas devem ser mantidas limpas e de livre acesso para evitar que no
momento da utilização não sejam causadoras de algum tipo de acidente.

Figura 13 - Sinalização de rotas de fuga

Identificação de Segurança (cartão “T”) e Pontos de Encontro

Todo tripulante, ao embarcar, recebe seu cartão “T” com informações importantes
para o momento de um simulado ou uma emergência real. Esse cartão deve ser
colocado em um escaninho, referente ao seu ponto de encontro (o qual você deverá
em caso de simulado ou emergência). Neste cartão “T” estão escritos: o nº. do
camarote que foi designado, suas funções em caso de abandono, colisão e incêndio,
além do número de sua baleeira e da sua balsa salva-vidas.

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Figura 14 - Exemplo de Cartão "T"

Em algumas Plataformas, já estão sendo utilizados os cartões magnéticos que


substituíram os atuais.

Os postos de encontro são os locais previamente definidos para o qual as pessoas


se dirigem em situações de emergência, de modo que recebam orientações sobre
os procedimentos a serem adotados e que se proceda a sua conferência.
Normalmente, está localizado o mais próximo possível das embarcações de
sobrevivência (baleeiras e balsas).

Figura 15 - Posto de abandon

O controle emocional na hora do acidente e durante os procedimentos de abandono


é fundamental para o sucesso do controle da emergência.

O mais importante é rever os procedimentos e não deixar que, em uma situação


crítica de abandono, o medo junte-se aos obstáculos e dificuldades a vencer.

A melhor forma para se evitar o pânico é estar preparado para a emergência, e isso
só se consegue com o treinamento constante.

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Procedimentos em caso de emergência e abandono

O modo e a maneira de como agir em uma emergência é um fator crucial na vida


das pessoas que estão em uma determinada situação de perigo. Ao escutar o
alarme de emergência fique calmo e preste atenção aos avisos do sistema de
autofalantes.

A tripulação deverá proceder da seguinte maneira:


Tabela 2 - Procedimento geral de emergência e abandono

Estando no camarote Estando no turno de trabalho


• Pare imediatamente o que estiver
• Vista seu Equipamento de fazendo;
Proteção Individual (EPI)
completo; • Desligue os equipamentos;

• Pegue o colete salva-vidas; • Pegue seu colete salva-vidas;

• Siga as rotas de fuga; • Siga as rotas de fuga;

• Vá para o seu Ponto de Encontro. • Dirija-se ao seu Ponto de


Encontro.

Lembrando que esses procedimentos estão contidos, de forma mais específica, no


PRE da plataforma.

Coordenação de Emergência

Na ocorrência de uma emergência na Plataforma, imediatamente se instala uma


Coordenação de Emergência.

Fica a cargo do Gerente da Plataforma e/ou Gerente de Instalação Offshore, a


função de Coordenador Local da Emergência.

As Equipes de Emergências de bordo são formadas por tripulantes preparados


para o combate à emergência, normalmente são compostas de um líder, um
substituto direto do líder e pelos membros da equipe. De acordo com a NR-37, no
item 30.4. elas devem:

a) ser compostas considerando todos os turnos de trabalho por, no mínimo,


20% (vinte e cinco por centro) do POB a bordo;
b) ser submetidas a treinamentos e exames médicos específicos para a função
que irão desempenhar, incluindo os fatores de riscos psicossociais,
consignando a sua aptidão no respectivo ASO;
c) possuir conhecimento das instalações;
d) ser treinadas de acordo com a função que cada um dos seus membros irá
executar, observando o prescrito no item 37.8.

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Em caso de acidente envolvendo derrame de óleo a bordo e/ou poluição das águas,
deve ser acionado o Plano de Emergência Individual (PEI). Ele é uma das
condicionantes para emissão da Licença de Operação (LO), emitida pelo IBAMA,
para a plataforma poder operar.

A contenção do óleo sobrenadante, normalmente realizada com a utilização de


barreiras de contenção que concentram o óleo para seu posterior recolhimento, é
frequentemente vista como solução ideal para resposta à derramamento de óleo.

A seleção do equipamento deve ser feita de acordo com o tipo de óleo derramado e
as condições de mar, sendo que em condições de mar tranquilo, a capacidade de
contenção do óleo é mais eficiente.

Exercícios Simulados

É de vital importância realizar treinamentos sobre as diversas situações de


emergência que podemos ter em uma plataforma.

Segundo a NR-37, item 30.3.1., os exercícios simulados devem envolver os


trabalhadores designados e contemplar os cenários e a periodicidade definidos no
PRE.

Para obtermos sucesso e evitarmos o pânico que normalmente acontece nos


momentos de crise, devemos participar dos treinamentos e exercícios simulados
ministrados obrigatoriamente a todos os tripulantes para que sejam capacitados para
enfrentar uma situação real de emergência e aprimorar:

• Procedimentos do pessoal;
• Exigências de frequência / treinamento;
• Responsabilidades dos membros da tripulação;
• Realismo nos exercícios;
• Disponibilidade dos manuais de treinamento.

Figura 16 - Simulado de Emergência

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Atendendo às regras da SOLAS (1974) e MODU (1979), a equipe de marinha
coordena simulados de abandono, incêndio, homem ao mar e escape por
vazamento de gás. Estes simulados são executados em horários aleatórios e
englobam todos os trabalhadores a bordo, em folga ou não, sendo registrados em
diário oficial de bordo como evidência.

Emergência é todo evento indesejável que foge


ao controle de um processo, sistema ou
atividade, da qual possa resultar danos às
Dicas pessoas, ao meio ambiente, a equipamentos
ou ao patrimônio próprio ou de terceiros,
envolvendo atividades ou instalações a bordo
ou em terra.

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