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MANUAL DE BOAS

PRÁTICAS DE
LABORATÓRIO
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ..........................................................................................................2

2. NORMAS DE SEGURANÇA LABORATORIAL..................................................3

3. RISCO BIOLÓGICO..................................................................................................4

3.1 Classes de Risco Biológico.........................................................................................4

4. LAVAGEM DAS MÃOS ...........................................................................................5

5. EQUIPAMENTOS DE SEGURANÇA INDIVIDUAL

COLETIVA......................................................................................................................7

5.1 Equipamentos de Proteção Individual - EPI...........................................................7

5.2 Equipamentos de Proteção Coletiva – EPC ...........................................................8

6. ROTINA DO LABORATÓRIO.................................................................................9

7. DESCARTE E GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS.........................................11

1. INTRODUÇÃO
Em um laboratório é necessário que se adotem algumas medidas de
precauções para as operações a serem realizadas. Atividades realizadas em
laboratórios apresentam riscos e estão sujeitas a acidentes, porém muitos acidentes
podem ser evitados se o profissional que exerce suas funções neste local tiver
conhecimento sobre as normas de segurança e colocá-las em prática. Além disso,
temas como armazenamento e descarte de materiais também serão abordados visando
auxiliar os laboratoristas sobre a melhor forma possível para fazê-los.
Portanto, é com o intuito de conscientizar os usuários do laboratório sobre a
importância do uso das normas de segurança que desenvolvemos este manual.
Para segurança no desenvolvimento das suas atividades, observe todas as
informações presentes neste manual.
Este material visa compreender como ocorrem as boas práticas de laboratório.

2. NORMAS DE SEGURANÇA LABORATORIAL


No laboratório da família são manuseados equipamentos,
produtos químicos e material biológico em geral. Estes itens, quando não utilizados
corretamente, podem causar danos à saúde e integridade física do usuário
do laboratório. Deste modo, é muito importante que os usuários
do tomem conhecimento e pratiquem as boas práticas de laboratório. Existem diversas
atitudes que aumentam a probabilidade de acidentes dentro de laboratórios,
independentemente da área e são eles: o desconhecimento dos riscos que cercam os
usuários;

Falta de atenção no trabalho ou atividade que se está desempenhando;
  Imperícia;
  Imprudência;
  Pressa;
  Desorganização, desordem e sujeira;
 Não cumprimento das regras de segurança.
Indo na contra mão são posturas que favorecem o bom andamento do trabalho, são
eles:
  Ter atenção e cautela na realização do trabalho ou atividade;
  Ter respeito às normas de segurança;
  Uso de Equipamento de Proteção Individual e Coletivo;
  Ter conhecimento dos riscos que cercam o usuário.
Este último pode ser avaliado a partir das classificações de riscos químicos e
biológicos.

3. RISCO BIOLÓGICO
Consideram-se riscos biológicos as bactérias, fungos,
vírus, parasitas entre outros. Os agentes de riscos
biológicos podem ser distribuídos em 4 classes, de acordo
com a sua patogenicidade: virulência e modos de
transmissão; disponibilidade de medidas profiláticas
eficazes; disponibilidade de tratamento eficaz e
endemicidade.
3.1 Classes de Risco Biológico
Classe de risco I
Microorganismo com pouca probabilidade de provocar enfermidades humanas ou
veterinárias. Baixo risco individual ou para comunidade.
Classe de risco II
A exposição ao microorganismo pode provocar infecção; porém, existem medidas
eficazes de tratamento. Risco individual moderado e risco limitado para a
comunidade.
Classe de risco III
O microorganismo pode provocar enfermidade humana grave e se propagar de uma
pessoa infectada para outra; porém, existe profilaxia eficaz. Risco individual elevado
e baixo risco comunitário.
Classe de risco IV
Microorganismo que representa grande ameaça humana e animal, com fácil
propagação de um indivíduo para o outro, não existindo profilaxia ou tratamento.
Elevado risco individual e para comunidade.
4. LAVAGEM DE MÃOS
A lavagem das mãos é, sem dúvida, a rotina mais simples, mais eficaz, e de
maior importância na prevenção e controle da disseminação de infecções, devendo ser
praticada por toda equipe, sempre ao iniciar e ao término de uma tarefa.
Quando lavar as mãos
- No início e no fim do turno de trabalho.
- Antes e após o uso de luvas.
- De utilizar o banheiro.
- Depois de manusear material contaminado, mesmo quando as luvas tenham sido
usadas.
- Após o contato direto com matéria orgânica.
- Após o contato com superfícies e artigos contaminados.
- Quando as mãos forem contaminadas, em caso de acidente.
- Após coçar ou assoar nariz, pentear os cabelos, cobrir a boca para espirrar, manusear
dinheiro.
- Antes de comer, beber, manusear alimentos e fumar.
- Após manusear quaisquer resíduos.
- Ao término de cada tarefa.
- Ao término da jornada de trabalho.
Técnica de lavagem das mãos
1. Retirar anéis, pulseiras e relógio.
2. Abrir a torneira e molhar as mãos sem encostar-se a pia.
3. Colocar nas mãos aproximadamente 3 a 5 ml de sabão. O sabão deve ser, de
preferência, líquido e hipoalergênico.
4. Ensaboar as mãos friccionando-as por aproximadamente 15 segundos.
5. Friccionar a palma, o dorso das mãos com movimentos circulares, espaços
interdigitais, articulações, polegar e extremidades dos dedos (o uso de escovas deverá
ser feito com atenção).
6. Os antebraços devem ser lavados cuidadosamente, também por 15 segundos.
7. Enxaguar as mãos e antebraços em água corrente abundante, retirando totalmente o
resíduo do sabão.
8. Enxugar as mãos com papel toalha.
9. Fechar a torneira acionando o pedal, com o cotovelo ou utilizar o papel toalha; ou
ainda, sem nenhum toque, se a torneira for fotoelétrica. Nunca use as mãos.
FONTE: https://www.hojeemdia.com.br/plural/hidrata%C3%A7%C3%A3o-
%C3%A9-essencial-m%C3%A3os-sofrem-com-lavagem-constante-e-excesso-de-
%C3%A1lcool- em-gel-1.785208. Acesso em 20/09/2022.
5. EQUIPAMENTOS DE SEGURANÇA INDIVIDUAL E COLETIVA

Para as aulas de Microbiologia Ambiental e para todas as outras que necessitem do


laboratório, é de extrema importância que os procedimentos e os equipamentos de
segurança sejam conhecidos e utilizados para evitar acidentes. Os equipamentos de
proteção individual e equipamentos de proteção coletiva mais utilizados são os a
seguir:
5.1
Equipamento de proteção individual – EPI
 Luvas: Existem vários tipos de luvas, as de látex são as mais
comuns e indicadas para manipulação de materiais biológicos e
soluções químicas de baixa concentração. As luvas de
borracha para limpeza de superfícies e alguns equipamentos.
As luvas de nitrila são destinadas a manipulação de solventes.
 Óculos de proteção: Assim como as luvas, existem vários
tipos de óculos de proteção, mas em geral seu uso é destinado a
proteção dos olhos de partículas, aerossóis e em alguns casos
contra a radiação ultravioleta e infravermelho.
 Máscara de proteção: Proteção contra partículas sólidas, como poeira e reagentes
químicos em pó e as máscaras de proteção contra gases, que oferece proteção
contra vapores e gases.
 Jaleco ou guarda-pó: É um dos mais comuns EPI’s utilizados, serve para fazer a
proteção do corpo e parte dos membros do usuário do laboratório de acidentes com
reagentes e material biológico. Quando o jaleco é de material de algodão, também
oferece proteção contra acidentes com chamas.
5.2 Equipamentos de proteção coletiva – EPC
 Chuveiro de emergência e lava olhos:
Equipamento destinado para a lavagem do
corpo do usuário em caso de acidente em
que ocorra derramamento de líquido.
Recomenda-se que nestes casos o
acidentado permaneça sob o chuveiro por
15 minutos ininterruptos com água
corrente. Em caso de acidente apenas na
região dos olhos, recomenda-se a utilização
do lava olhos, no qual o acidentado deve
permanecer com os olhos abertos a maior parte de tempo possível e com fluxo de
água corrente nos olhos por 15 minutos consecutivos.
 Capela de exaustão – Equipamento destinado para manuseio de reagentes e
soluções voláteis e com grande emissão de gases, como por exemplo, alguns ácidos e
solventes.
 Capela de Fluxo Laminar – Capela destinada exclusivamente para a manipulação
de material biológico. Existem vários tipos de capela de fluxo laminar a depender do
tipo de filtro ou organismos a ser manipulado. Em geral, as capelas de fluxo laminar
mais comuns são destinadas a manipulação de microrganismos.
 Extintor de incêndio - Os extintores devem estar dentro do prazo de validade e
utilizados em caso de incêndio, observando o agente causador do incêndio, uma vez
que existem tipos diferentes de extintor para cada material.
6 ROTINA DO LABORATÓRIO

Este parágrafo se destina a especificar a rotina do laboratório de análise clínica, de


forma a padronizar as ações, atingir maior eficiência e minimizar os riscos e
acidentes.
I. Ao trabalhar com microbiologia, as superfícies de trabalho devem ser
descontaminadas pelo menos uma vez por dia com solução de álcool a 70% de
concentração. Sempre que houver derramamento de substâncias contendo agentes
patológicos, descontaminar imediatamente com solução alcoólica a 70% ou solução
de hipoclorito de sódio a 5% de concentração;
II. As superfícies devem ser recobertas com papel absorvente sempre que exista a
possibilidade de respingos e material contaminante;
III. Todos os procedimentos devem ser realizados de forma a se evitar ao máximo a
formação de aerossóis (dispersão do tipo spray);
IV. Sempre que necessário, proteger os olhos e o rosto de respingos ou impactos com
óculos de segurança ou máscaras;
V. Em caso de respingos, cubra imediatamente a área com desinfetante adequado;
VI. Antes e depois de desenvolver uma atividade no laboratório, lavar as mãos com
água e sabão e de preferência utilizar álcool a 70% depois do enxágue das mãos;
VII. Manter o hábito de conservar as mãos longe da boca, nariz, olhos e rosto para
reduzir o risco de contaminação por agentes microbiológicos.
VIII. Não ingerir nada de alimentos ou água no laboratório.
IX. Evitar o uso de barba, cabelos compridos soltos, uso de esmaltes, unhas
compridas e adereços quando se trabalhar com microrganismos.
X. Usar sempre jaleco, sapato fechado e calças compridas quando estiver no
laboratório. O jaleco não deve sair do laboratório, e em caso de desinfecção deixar de
molho com água sanitária e lavar separadamente de outras roupas do cotidiano;
XI. Devem permanecer no laboratório apenas pessoas que tenham sido informadas
dos possíveis riscos e atendam aos requisitos de vestimenta para acesso ao
laboratório;
XII. Durante as atividades as portas do laboratório devem permanecer fechadas, não
sendo permitida a entrada de crianças no ambiente do laboratório;
XIII. Em caso de derramamento ou acidentes por material infectado ou substância
química, notificar imediatamente ao técnico responsável.
XIV. Não coloque nada em contato com a boca e nunca pipete nenhuma solução com
a boca;
XV. As culturas de microrganismos infecciosos devem ser feitas em capelas de fluxo
laminar;
XVI. Todos os meios de cultura sólidos e/ou líquidos, assim como demais material
infeccioso ou contaminado deve ser autoclavado antes de ser descartado;
XVII. As pipetas usadas devem ser imediatamente imersas em desinfetante e/ou
autoclavadas;
XVIII. Utilizar um chumaço de algodão na ponta da pipeta para protegê-las antes da
esterilização;
XIX. O laboratório deve sempre ser mantido limpo e em ordem.
(Texto adaptado do Manual de Normas Internas do laboratório do Biologia do IFTO -
Araguatins)
7 DESCARTE E GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS
Deste modo, orienta-se para que materiais orgânicos não contaminantes podem
ser descartados no lixo comum.
Os materiais contaminados como culturas e meios contaminados, sangue e
derivados devem ser descontaminados por autoclavagem para lavagem posterior. O
procedimento para a lavagem de lâminas as mesmas devem ser incubadas com
solução de hipoclorito de sódio a 5% em diluição e 1:10. Após a descontaminação, o
material pode ser descartado em lixo comum e a vidraria ou lâminas reutilizadas.
Para materiais perfurocortantes, estes devem ser acondicionados em caixa de
papelão rígido, identificada e encaminhada para descarte comum. Caso o material
esteja contaminado, como por exemplo, lancetas e seringas, devem ser colocadas em
caixas tipo DESCARTEX e encaminhadas a empresas ou órgãos responsáveis por
esse tipo de descarte.
Resíduos que apresentem solventes orgânicos, íons de metais pesados, óleos
minerais ou vegetais e gorduras, devem ser acondicionados em frasco adequado e
identificados com informações referentes ao conteúdo do frasco, como por exemplo,
classe química, concentração, se é tóxico, inflamável, volátil, etc. Na dúvida de como
proceder em relação aos resíduos gerados consultar o técnico responsável.

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