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BIOSSEGURANÇA E

EQUIPAMENTOS DE
PROTEÇÃO
Conceito

É a ciência que estuda o manuseio de substâncias


biológicas avaliando todas as condições que serão
necessárias para a atividade de enfermagem.

A Biossegurança é um conjunto de ações voltadas para


prevenção, minimização e eliminação de riscos para a
saúde, ajuda na proteção do meio ambiente contra
resíduos e na conscientização do profissional da saúde.
1. Riscos de Acidentes
2. Riscos Ergonômicos
3. Riscos Físicos
4. Riscos Químicos
5. Riscos Biológicos
BIOSSEGURANÇA - RISCOS DE ACIDENTES

Considera-se risco de acidente qualquer fator que


coloque o trabalhador em situação de perigo e que
possa afetar sua integridade, bem estar físico e moral.
São exemplos de riscos de acidentes: as máquinas e
equipamentos sem proteção, probabilidade de
incêndio e explosão, arranjo físico inadequado,
armazenamento inadequado, etc.
BIOSSEGURANÇA - RISCOS ERGONÔMICOS.
Considera-se risco ergonômico qualquer fator que
possa interferir nas características psicofisiológicas
do trabalhador causando desconforto ou afetando
sua saúde.

São exemplos de risco ergonômico:


O levantamento e transporte manual de peso, o
ritmo excessivo de trabalho, a monotonia, a
repetitividade, a responsabilidade excessiva, a
postura inadequada de trabalho, o trabalho em
turnos, etc.
BIOSSEGURANÇA - RISCOS FÍSICOS.
Consideram-se agentes de risco físico as diversas
formas de energia a que possam estar expostos
os trabalhadores tais como:

• Ruído,
• Vibrações
• Pressões anormais
• Temperaturas extremas
• Radiações ionizantes
• Radiações não ionizantes
• Ultrassom
• Materiais
• Cortantes e ponte agudos
BIOSSEGURANÇA - RISCOS QUÍMICOS

Consideram-se agentes de risco químico


as substâncias compostas ou produtos
que possam penetrar no organismo pela
via respiratória nas formas de:

• Poeiras
• Fumos
• Névoas
• Neblinas
• Gases Ou Vapores

Ou também , pela natureza da atividade


de exposição, possam ter contato ou ser
absorvido pelo organismo através da pele
ou por ingestão.
BIOSSEGURANÇA - RISCOS BIOLÓGICO.

Consideram-se agentes de risco biológico:


• Bactérias
• Fungos
• Parasitas
• Vírus
• entre outros.
BIOSSEGURANÇA - MATERIAL BIOLÓGICO
Composto por culturas ou estoques
de microrganismos provenientes de
laboratórios clínicos ou de pesquisa,
meios de cultura, instrumentos
usados para manipular, misturar ou
inocular microrganismos, vacinas
vencidas ou inutilizadas, filtros e
gases aspiradas de áreas
contaminadas.
BIOSSEGURANÇA - MATERIAL BIOLÓGICO .

• Sangue humano e hemoderivados, composto


por bolsas de sangue com prazo de utilização
vencida, inutilizada ou com sorologia positiva,
amostras de sangue para análise, soro,
plasma.
BIOSSEGURANÇA - DESCARTES

As disposições inadequadas dos resíduos


gerados no ambiente hospitalar podem
provocar focos de doenças infecto contagiosas
se, não forem observados os procedimentos
para seu tratamento.

O lixo contaminado deve ser embalado em sacos


plásticos para o lixo com classificação tipo 1, de
capacidade máxima de 100 litros, indicados pela
NBR 9190 da ABNT.
BIOSSEGURANÇA - DESCARTES
Resíduos perfuro cortantes;

Os resíduos perfuro cortantes constituem a


principal fonte potencial de riscos, tanto de
acidentes físicos como de doenças infecciosas.
São compostos por: agulhas, ampolas, pipetas,
lâminas de bisturi, lâminas de barbear e
qualquer vidraria quebrada ou que se quebre
facilmente.
BIOSSEGURANÇA - DESCARTES
•Resíduos radioativos.

•Compostos por materiais radioativos ou


contaminados com radionuclídeos proveniente dos
laboratórios, centros de diagnóstico em geral,
centros cirúrgico e serviços de Medicina Nuclear.

•São normalmente, sólidos ou líquidos (seringas,


papel absorvente, frascos, líquidos derramados,
urina, fezes, etc.).
EQUIPAMENTOS DE
PROTEÇÃO INDIVIDUAL
E COLETIVA
- Controlar e minimizar os riscos
provenientes da exposição,
manipulação e uso de organismos vivos
que podem causar efeitos adversos ao
homem, animais e meio ambiente.

- A maioria dos acidentes de trabalho


é decorrente de imperícia, negligência
e imprudência dos profissionais,
portanto, a regra de ouro na prevenção
de acidentes é ATENÇÃO e BOM
SENSO.
RISCO X PERIGO

PERIGO - agente que cause


danos à saúde ou à integridade
física das pessoas

RISCO - combina a probabilidade


de ocorrência com a severidade
da ocorrência
A ESCOLHA DO EPI

- A escolha do EPI deve ser feita por equipe


especializada, conhecedor não só do
equipamento, mas também das condições em
que o trabalho é executado.

- É preciso conhecer também o tipo de risco, a


parte do corpo atingida, as características e
qualidades técnicas do EPI,

Verificar se o equipamento possui Certificado


de Aprovação – CA do Ministério do Trabalho e
Emprego e, principalmente, o grau de proteção
que o equipamento deverá proporcionar.
EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL

É todo meio ou dispositivo de uso individual, destinado a proteger a saúde


e a integridade física de um trabalhador.

O Equipamento de Proteção Individual é a última barreira entre o acidente


e o acidentado, os EPIs minimizam os efeitos que um acidente possa
causar
Cabeça: Gorro

Proporciona uma barreira efetiva para o


profissional, sua equipe e paciente,
protegendo contra gotículas de saliva,
aerossóis e sangue contaminado (dentista).
Protege tanto o usuário quanto o produto
manuseado
Olhos: Óculos de Segurança

Tem por finalidade proteger a mucosa ocular de contaminações e acidentes


ocupacionais. E evitar ferimentos nos olhos, provenientes de impacto de
partículas, respingos e outras lesões decorrentes da ação de líquidos agressivos e
outras lesões decorrentes da ação de radiações perigosas;

Após o uso, os óculos de proteção devem ser descontaminados.


Nariz: Máscaras

A máscara deve ser escolhida de modo a permitir a proteção adequada.


Portanto, use apenas máscaras de tripla proteção, e quando no atendimento
de pacientes com infecção ativa, particularmente tuberculose, use máscaras
especiais. Máscaras (proteção respiratória): Química (filtros químicos),
biológica (filtros mecânicos) e gases anestésicos e depressivos
Ouvidos: Protetores auditivos tipo concha ou plugs de inserção:
Braços, mãos e dedos: Luvas, mangotes e cremes protetores, ex;

No caso dos profissionais da saúde, as LUVAS devem ser usadas para


prevenir contato da pele das mãos com sangue, secreções ou mucosas,
durante a prestação dos cuidados; manipular os instrumentos e superfícies;

Deve-se usar um par de luvas exclusivo para cada paciente, descartando-as


após o atendimento.
Tronco: Aventais e vestimentas especiais:

Aventais, capas e outras vestimentas especiais de proteção para trabalhos em


haja perigo de lesões provocadas por riscos de origem radioativa; riscos de
origem biológica e riscos de origem química.

Deve ser usado sempre. A roupa branca (uniforme) não o substitui.


Pernas e pés: Perneiras, botas ou sapatos de segurança:

Calçados impermeáveis para trabalhos realizados em lugares úmidos,


lamacentos ou encharcados; resistentes a agentes químicos agressivos; contra
agentes biológicos agressivos e contra riscos de origem elétrica
1. Luvas
✔Utilizar sempre que for antecipado o contato com sangue e líquidos
corporais, secreções e excreções, membranas mucosas, pele lesada,
artigos ou superfícies sujos com material biológico;
✔Utilizar luvas devidamente ajustadas;
✔Trocar as luvas entre procedimentos no mesmo paciente se contato
com material infectado;
✔Desprezar imediatamente após o uso.
2. Avental
✔ Utilizar como barreira física, quando existir a

possibilidade de contaminação com material


biológico;
✔ Obrigatório o uso no cuidado em pacientes que

estiverem em precaução de contato por


microrganismos multirresistentes;
✔ Utilizar avental de manga longa;

✔ Desprezar imediatamente após uso, antes de

sair do quarto.
3. Máscara facial e óculos de proteção
✔ Utilizar quando houver a possibilidade da
ocorrência de respingos de material
biológico sobre as membranas mucosas da
boca e olho, durante a realização de
procedimentos no paciente, ou manuseio
com artigos/materiais contaminados.
✔ Os óculos de proteção devem ser
higienizados com água corrente e sabão
neutro após cada uso ou solução alcoólica
disponível na instituição.
✔ Não é recomendado permanecer fora do quarto com as mãos

enluvadas, avental, máscara e óculos mesmo que aparentemente


limpos;

✔ Deve-se manusear as roupas sujas com luvas de procedimentos e

desprezá-las em saco próprio (hamper);


RESPONSABILIDADE DO EMPREGADOR
-Adquirir o tipo adequado ao risco de cada atividade;
-Tornar obrigatório o seu uso;
-Fornece aos trabalhadores somente EPI aprovados pelo
Ministério do Trabalho e Emprego – MTE.

-Orientar e treinar os trabalhadores sobre o uso adequado,


guarda e conservação; substituir imediatamente, quando
danificado ou extraviado.

A empresa tem o dever de fornecer aos empregados,


GRATUITAMENTE, EPI adequado aos riscos, em perfeito
estado de conservação e funcionamento, nas seguintes
circunstâncias:
EPC – EQUIPAMENTO DE
PROTEÇÃO COLETIVA
EPC: É toda medida ou dispositivo, sinal, imagem, som, instrumento ou
equipamento destinado à proteção de uma ou mais pessoas.

As medidas e os equipamentos de proteção coletiva visam proteger os


trabalhadores e, ao mesmo tempo, à otimização dos ambientes de
trabalho, destacando-se por serem mais rentáveis e duráveis para a
empresa. Abaixo, alguns exemplos de medidas e equipamentos de
proteção coletiva e individual: São os equipamentos que neutralizam o
risco na fonte.
EPC
✓Limpeza e organização dos locais de trabalho;

✓Sistema de exaustão colocado em um ambiente de trabalho onde há poluição;

✓Isolamento ou afastamento de máquina muito ruidosa;

✓Colocação de aterramento elétrico nas máquinas e equipamentos;

✓Proteção nas escadas através de corrimão, rodapé e fita antiderrapante;

✓Instalação de avisos, alarmes e sensores nas máquinas, nos equipamentos e elevadores;

✓Limpeza ou substituição de filtros e tubulações de ar-condicionado;

✓Instalação de para-raios;

✓Iluminação adequada;

✓Colocação de plataforma de proteção em todo o perímetro da face externa dos prédios

nas obras de construção, demolição e reparos;

✓Isolamento de áreas internas e externas com sinalização vertical e horizontal.


Processos de limpeza e
esterilização no ambiente
hospitalar
À medida que a humanidade evoluiu, houve maior conhecimento sobre os
agentes etiológicos e os fatores envolvidos, o que tem permitido o
estabelecimento de forma mais racional de medidas que reduzam o risco de
proliferação de microrganismos.

a) HIGIENE - É o conjunto de hábitos e condutas que auxiliam na prevenção de


doenças, manutenção da saúde e bem-estar, tanto individual quanto em coletivo.

b) LIMPEZA - É a remoção física de sujidades, detritos e microrganismos presentes


em qualquer área e/ou artigo, mediante ação química (soluções detergentes,
desincrostantes ou enzimáticas), mecânica (fricção) ou térmica. A limpeza pode
ser realizada de forma manual ou mecânica.
ASSEPSIA E ANTISSEPSIA
ASSEPSIA
o É o conjunto de medidas utilizadas para impedir a penetração de

microrganismos num ambiente que não os deve ter, tem finalidade


de evitar a contaminação do ambiente por agentes infecciosos e
patológicos;

o É uma higienização preventiva;

o Exemplo: higiene das mãos


ANTISSEPSIA

o Conjunto de medidas propostas para inibir o crescimento de

microrganismos ou removê-los de um determinado ambiente,


podendo ou não destruí-los e para tal fim utilizamos antissépticos
ou desinfetantes;
o Exemplo: antissepsia da pele antes de realizar punção venosa,

limpeza da pele antes da cirurgia.


LIMPEZA E DESINFECÇÃO DE ÁREAS
DE SAÚDE
o As superfícies contaminadas podem servir como reservatórios de agentes
patogênicos, e transferência de microrganismos para as superfícies ocorre pelo
contato das mãos com os mesmos;
o A limpeza e desinfecção das superfícies do ambiente visam proporcionar
também bem estar e conforto aos pacientes e profissionais e são importantes
barreiras de controle de infecções, inclusive de profissionais de saúde;
o A higienização das mãos diminui o risco de transferência de micro-organismos
para as superfícies;
o A realização da limpeza e desinfecção das superfícies é fundamental para a
redução da incidência de infecções hospitalares;
CLASSIFICAÇÃO DAS ÁREAS DE SAÚDE

o Áreas Críticas: áreas que oferecem maior risco de transmissão de


infecções, ou seja, que realizam um grande número de
procedimentos invasivos ou que possuem pacientes de alto risco,
devido à sua gravidade e com o sistema imunológico
comprometido.
o Exemplos: Unidade de terapia Intensiva, Centro Cirúrgico, Central
de quimioterapia, Unidade de Diálise , Banco de Sangue
o Áreas Semicrítica: áreas onde o risco
de transmissão de infecções é menor,
pois, embora existam pacientes, estes
não requerem cuidados de alta
complexidade ou isolamento.
o Exemplos: Unidades de Internação e
Ambulatórios

o Áreas Não críticas : áreas não


ocupadas por pacientes.
o Exemplos: áreas administrativas
LIMPEZA DE AMBIENTES – TECNICAS DE LIMPEZA DE
AMBIENTES E SUPERFÍCIES
LIMPEZA
o Remoção de sujidade de um artigo;
o É a remoção de sujidade visível aderida nas superfícies, nas fendas, nas
serrilhas, nas articulações e lúmens de instrumentos, dispositivos e
equipamentos, por meio de um processo manual, realizando fricção com
escovas apropriadas e por meio de enxágue utilizando água sob pressão;

o Ou de forma mecânica utilizando detergente e água em lavadoras com ou sem


ultrassom. Em ambos são utilizados detergentes ou produtos enzimáticos;

o A limpeza é o primeiro passo para o processamento de artigos, e está ligada a


qualidade final do processo, pois com a retirada da matéria orgânica consegue-se
diminuir o número de microrganismos sobre o artigo;

o Exemplo: limpeza simples com água e degermante de um objeto.


LIMPEZA CONCORRENTE
o Processo de limpeza diária de todas as áreas do hospital,

objetivando a manutenção e a reposição dos materiais de


consumo diário (papel toalha, sabonete líquido, etc). Além de evitar
a proliferação de microrganismos.
o Pode ser realizada mais de uma vez por dia e em áreas críticas,

duas vezes ao dia ou mais.


LIMPEZA INTERMEDIÁRIA

o É a limpeza realizada em locais de alta rotatividade como Pronto

Socorro e Ambulatórios, limitando-se mais a limpeza de piso e


banheiros
o Deve ser realizada nos três períodos do dia ou conforme
necessidade.
LIMPEZA TERMINAL
o Processo de limpeza e/ou desinfecção de todas as áreas do

hospital objetivando a redução da sujidade , consequentemente da


população microbiana, reduzindo a possibilidade de contaminação
ambiental. É realizada periodicamente ou conforme protocolo,
envolvendo piso, parede , teto e mobiliário.
DESINFECÇÃO
o É o processo pelo qual se destroem particularmente os microrganismos
patogênicos e/ou se inativa sua toxina ou se inibe o seu desenvolvimento. Os
esporos não são necessariamente destruídos.
o A desinfecção reduz os microrganismos presentes em materiais e
equipamentos;
o Exemplo: Limpeza da mesa de refeição do paciente, limpeza das grades de
proteção do leito do paciente.
ESTERILIZAÇÃO
o É o processo de destruição de todas as formas de vida microbiana (bactérias
nas formas vegetativas e esporuladas, fungos e vírus) mediante a aplicação
de agentes físicos e ou químicos;
o Toda esterilização deve ser precedida de lavagem e enxague do artigo para
remoção de detritos sólidos;
o Permite que o material se torne estéril
o Exemplo: Esterilização hospitalar realizada pelas autoclaves no Centro de
Material e Esterilização
INFECÇÃO HOSPITALAR

o As infecções associadas à assistência à saúde (IAAS),


antigamente chamadas de infecções hospitalares, são aquelas
adquiridas após a admissão do paciente e que se manifestam
durante a internação ou após a alta, quando puderem ser
relacionadas aos procedimentos da assistência, seja ela hospitalar,
em clínicas de diálise, instituições de longa permanência, hospital-
dia ou ambulatórios de quimioterapia ou infusão de medicamentos;
o Quando se desconhece o período de incubação do agente
etiológico e não houver evidência clínica ou dado laboratorial de
infecção no momento da internação, convencionaram-se IRAS
toda manifestação clínica de infecção que se apresentar a partir
de 72 horas após a admissão;
o Estas infecções são complicações após a realização de
procedimentos de assistência à saúde, quando existe alguma
quebra de barreira para prevenção de infecção;
o A principal barreira de prevenção de infecção hospitalar é a
higiene das mãos;
Quais os perigos das infecções hospitalares?

o Aumentam o tempo de

permanência hospitalar;
o Morbimortalidade intra-hospitalar;

o Custo;

o Qualidade de vida do paciente –

pode ser incapacitante;


METAS INTERNACIONAIS
•Identificar o paciente corretamente

•Melhorar a eficácia da comunicação

•Melhorar a segurança dos medicamentos de alta-vigilância

•Assegurar cirurgias com local de intervenção correto, procedimento correto e


paciente correto

•Reduzir o risco de infecções associadas a cuidados de saúde

•Reduzir o risco de danos ao paciente, decorrente de quedas

O objetivo dessas metas é promover melhorias específicas na segurança do paciente


por meio de estratégias que abordam aspectos problemáticos na assistência a saúde,
apresentando soluções baseadas em evidências para esses problemas.

http://www.cofen.gov.br/as-metas-internacionais-de-seguranca-para-apoio-da-
seguranca-no-cuidado_107966.html
HIGIENE DAS MÃOS

o O termo Higiene das Mãos engloba a


higiene simples, a higiene antisséptica e a
antissepsia cirúrgica ou preparo pré-
operatório das mãos (BRASIL, 2007);

o A correta HM em serviços de saúde tem


sido foco de especial atenção para a
prevenção da disseminação de
microrganismos, especialmente os
multirresistentes, muitas vezes veiculados
pelas mãos dos profissionais de saúde;
A microbiota da pele
o A pele consiste no revestimento do
organismo, indispensável à vida, pois isola
componentes orgânicos do meio exterior,
impede a ação de agentes externos de
qualquer natureza, evita perda de água,
eletrólitos e outras substâncias;
o Devido à sua localização e extensa
superfície, a pele é constantemente
exposta a vários tipos de microrganismos
do ambiente;
o Assim, a pele normal do ser humano é
colonizada por bactérias e fungos, sendo
que diferentes áreas do corpo têm
concentração de bactérias variáveis;
o A microbiota transitória, que coloniza a camada superficial da pele,
sobrevive por curto período de tempo e é passível de remoção pela
higienização simples das mãos, com água e sabonete, por meio de
fricção mecânica.
o É frequentemente adquirida por profissionais de saúde durante
contato direto com o paciente (colonizados ou infectados), ambiente,
superfícies próximas ao paciente, produtos e equipamentos
contaminados.
o A microbiota transitória consiste de microrganismos não-patogênicos
ou potencialmente patogênicos, tais como bactérias, fungos e vírus,
que raramente se multiplicam na pele. No entanto, alguns podem
provocar infecções relacionadas à assistência à saúde
o A microbiota residente, que
está aderida às camadas mais
profundas da pele é mais
resistente à remoção apenas
por água e sabonete. As
bactérias que compõem esta
microbiota (estafilococos
coagulase negativos e bacilos
difteróides) são agentes menos
prováveis de infecções
veiculadas por contato;
o A transmissão se dá pelo
contato direto e indireto com
microrganismos, presentes no
paciente e ao seu redor, no ar
e no ambiente;
o A equipe de saúde pode
contaminar as mãos durante
atividades consideradas limpas
e rotineiras;

Pittet D et al. The Lancet Infect Dis 2006


o Os microrganismos podem
sobreviver nas mãos por um
longo período;

o Na ausência de higiene das


mãos, quanto mais prolongado
for o cuidado, maior a
contaminação das mãos;

o Os microrganismos sobrevivem
e se multiplicam nas mãos do
profissional de saúde;

Pittet D et al. The Lancet Infect Dis 2006


o A quantidade insuficiente do produto
e/ou o tempo inadequado da
higienização das mãos proporciona a
descontaminação inadequada das
mãos;
o Microrganismos transitórios são ainda
encontrados nas mãos após a
lavagem com água e sabão,
enquanto, a aplicação da técnica Pittet D et al. The Lancet Infect Dis 2006

correta com solução a base de álcool


pode ser mais eficaz (menor tempo);
Como resultado da higiene incorreta Manipulação de dispositivos invasivos
das mãos, podemos ter a com as mãos contaminadas determinam a
transmissão cruzada de transmissão de microrganismos dos
microrganismos entre o paciente A e
pacientes para os sítios com risco de
o paciente B através das mãos dos
infecção.
profissionais de saúde.

Pittet D et al. The Lancet Infect Dis 2006 Pittet D et al. The Lancet Infect Dis 2006
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Higienização das mãos com água e sabão

Higienizar as mãos com água e sabonete nas seguintes situações:


• Quando as mãos estiverem visivelmente sujas ou contaminadas com
sangue e outros fluidos corporais.
• Ao iniciar e terminar o turno de trabalho.
• Antes e após ir ao banheiro.
• Antes e depois das refeições.
• Antes de preparo de alimentos.
• Antes de preparo e manipulação de medicamentos.
• Após várias aplicações consecutivas de produto alcoólico.
TÉCNICA CORRETA HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS COM
ÁGUA E SABÃO
Higienização das mãos com preparações alcoólicas
Higienizar as mãos com preparação alcoólica (sob a forma gel ou líquida com 1-3%
glicerina) quando estas não estiverem visivelmente sujas, em todas as situações
descritas a seguir:

o Antes de contato com o paciente


o Após contato com o paciente
o Antes de realizar procedimentos assistenciais e manipular dispositivos invasivos
o Antes de calçar luvas para inserção de dispositivos invasivos que não requeiram
preparo cirúrgico

o Após risco de exposição a fluidos corporais


o Ao mudar de um sítio corporal contaminado para outro, limpo, durante o cuidado ao
paciente

o Após contato com objetos inanimados e superfícies imediatamente próximas ao


paciente

o Antes e após remoção de luvas


TÉCNICA CORRETA DE HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS
COM PREPARAÇÕES ALCOÓLICAS
Na higienização das mãos, observar ainda as seguintes recomendações:
• Mantenha as unhas naturais, limpas e curtas;
• Não use unhas postiças quando entrar em contato direto com os pacientes;
• Evite utilizar anéis, pulseiras e outros adornos quando assistir ao paciente;
• Aplique creme hidratante nas mãos (uso individual), diariamente, para evitar
• ressecamento na pele.
Qual o melhor produto para realizar a higiene
das mãos?
o Ao decidir pela escolha do produto para higienizar as mãos, o profissional deverá
levar em consideração a necessidade de remover a microbiota transitória/residente;
o Produtos contendo antissépticos que exercem efeito residual na pele das mãos
podem ser indicados nas situações em que há necessidade de redução prolongada
da microbiota (cirurgia e procedimentos invasivos);
o Estes produtos normalmente não são necessários para a prática clínica diária, mas
podem ser indicados em situações de surtos;
o A escolha do produto também dependerá, além da avaliação da Comissão de
Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) da instituição;

Os fatores que determinam o melhor produto para higiene das mãos são:
indicação, eficácia antimicrobiana, técnica utilizada, preferência e recursos
disponíveis, dentre outros;
o Higienização das mãos nos 5 momentos;
1. Antes e após o contato com o paciente
2. Após o risco de exposição à fluídos corpóreos
3. Entre procedimentos realizados no mesmo paciente (antes de procedimentos
assépticos)
4. Após a retirada de luvas
5. Após o contato com áreas próximas ao paciente
Momento 1 - Antes do Contato com o Paciente

Exemplos do contato direto:

• Aperto de mãos

• Ajuda ao paciente a se movimentar,

• Ajuda ao paciente a se higienizar,

• Instalação da máscara de oxigênio,

• Prestando cuidados de fisioterapia,

• Verificando o pulso, pressão arterial


ausculta pulmonar, palpação abdominal,
realizando de ECG.
Momento 2 – Antes da Realização de
Procedimento Asséptico
Exemplo de procedimentos
assépticos:

• Cuidados com a pele com lesão,

• Curativos, medicações ,

• Abrindo um sistema de acesso vascular


ou um sistema de drenagem, aspiração
de secreção,

• Preparo de alimentos, medicamentos,


produtos farmacêuticos,

• Manipulando material estéril


Momento 3 – Após Risco de Exposição a Fluídos
Corpóreos
Situações de risco de exposição :

• Escovar os dentes do paciente,

• Aspirar secreção,

• Cuidados com a pele com lesão, curativos,

• Manipular uma amostra de fluido,

• Abrir um sistema de drenagem,

• Inserção e remoção do tubo traqueal,

• Higienizar paciente (urina, fezes, vômito), tratamento de


resíduos (ataduras, fraldas, almofadas de incontinência),

• Limpeza de áreas contaminadas e visivelmente sujas ou


áreas de material (roupas de cama sujas sanitários,
mictório, comadre, instrumentos médicos)
Momento 4 – Após o Contato com o Paciente

Situações de contato direto:

• Apertando as mãos

• Ajudando o paciente a se
movimentar, se lavar,

• Instalação de máscara de oxigênio,

• Prestando cuidado de fisioterapia,

• Verificando pulso, pressão arterial,


ausculta pulmonar,
palpação abdominal, realização de
ECG
Momento 5 – Após Contato com Áreas
Próximas ao Paciente
Contato com o ambiente do
paciente:

• Mudança de roupa de cama,


com o paciente fora do leito,

• Ajuste da velocidade de
perfusão,

• Monitoramento de alarme,

• Arrumação de uma mesa de


cabeceira
Realizar a higiene das mãos exatamente onde você está prestando
cuidados de saúde aos pacientes (no local do cuidado).
Considerar durante a prestação de cuidados de saúde os cinco
momentos (indicações), que é essencial que você faça a higiene
das mãos.
Utilizar para higiene das mãos formulação à base de álcool. Por
quê? Porque faz a higiene das mãos no local do cuidado, é mais
rápido, mais eficaz e melhor tolerado.

Lavar as suas mãos com sabão e água, quando visivelmente sujas.

Realizar a higiene das mãos usando a técnica apropriada


considerando o tempo de duração da prática.

Considerar que o uso de adornos como anéis, pulseiras e relógios


não permitem a higienização eficaz das mãos, mesmo aplicando a
técnica correta.
o A prevenção e o controle das infecções estão relacionados aos diferentes
elementos compostos no elo da cadeia epidemiológica de transmissão.

o A cadeia epidemiológica organiza a sequência da interação entre o agente, o


hospedeiro e o meio.

o A forma de transmissão é o elemento mais importante na cadeia epidemiológica,


uma vez que é o elo mais passível de quebra ou interrupção.

o As medidas de precaução e isolamento visam interromper estes mecanismos de


transmissão e prevenir infecções.

ISOLAMENTO
MEDIDAS DE
PRECAUÇÃO
FORMA DE PORTA DE
TRANSMISSÃO ENTRADA
Recomendações do Centers for Diseases
Control na Prevention ( CDC)
o O conjunto de medidas propostas pelo CDC baseia-se em duas

categorias de precauções: Precaução padrão e Precauções


específicas;

• Precaução Padrão: medidas que devem ser aplicadas no atendimento de


todos os pacientes, qualquer cenário de assistência à saúde, independente
da presença ou não de algum agente infeccioso.

• Precauções específicas: medidas aplicada para pacientes nas quais há


suspeitas ou confirmação de colonização ou infecção por agentes infecciosos
e requerem ações de controle adicionais baseadas na forma de transmissão
deste patógeno.
o O sistema de precauções
deve ser claro o suficiente
para permitir que os
profissionais de saúde
identifiquem rapidamente
os pacientes que
necessitam de precauções
específicas a serem
instituídas.
PRECAUÇÕES ESPECÍFICAS

o Precauções de Contato
o Precauções para Gotículas
o Precauções para Aerossóis

✔ PODEM SER COMBINADAS (+ DE UMA PRECAUÇÃO) CASO A


DOENÇA APRESENTE MAIS DE UMA FORMA DE TRANSMISSÃO

✔É FUNDAMENTAL, QUE PARA TODAS AS SITUAÇÕES, AS


PRECAUÇÕES ESPECÍFICAS SEMPRE ESTEJAM ASSOCIADAS À
PRECAUÇÃO PADRÃO
PRECAUÇÃO DE CONTATO
o Indicação: visam prevenir a transmissão de microrganismos importantes a partir de
pacientes infectados ou colonizados por estes patógenos para outros pacientes,
profissionais da saúde e visitantes, por meio de contato direto (pessoa a pessoa) ou
indireto (superfícies contaminadas próximas ao paciente, artigos e equipamentos).

o Exemplos: Clostriduim difficile, rotavírus, Staphylococcus aureus


Quarto Privativo: separar antes de entrar no quarto todo o material
que deverá ser utilizado para o procedimento;
Higiene das Mãos: antes de se paramentar e entrar no quarto e antes
de sair, conforme os momentos de higienização das mãos;
Paramentação: avental e luvas de procedimento.
Artigos e equipamentos: deverão ser de uso exclusivo do paciente,
como estetoscópio, termômetro e esfigmomanômetro;
Ambiente: realizar limpeza concorrente do ambiente diariamente;
Limpeza e desinfecção das superfícies frequentemente tocadas, como
cabeceira, grades, com álcool 70%.
Visitas: restritas, orientadas quanto a higiene das mãos
LUVAS E AVENTAL DE MANGA LONGA antes de entrar no quarto.
UTILIZAR ÓCULOS de proteção E/OU MÁSCARA no caso de
procedimentos invasivos. Ex: desprezo de débito urinário, desprezo de
drenos, aspiração endotraqueal.
TRANSPORTE DO PACIENTE deve ser realizado por duas pessoas,
de preferência.
PRECAUÇÃO PARA GOTÍCULAS
o Indicação: Estas precauções visam prevenir a transmissão de microrganismos por
via respiratória por partículas maiores que 5 micra de pacientes com doença
transmissível, geradas pela tosse, espirro e durante a fala. Essas gotículas (> 5
micra) podem se depositar à curta distância (1 a 1,5m).

o Exemplos: Hemophylus influenzae, infecção meningocócica viral, coqueluche,


caxumba, rubéola, H1N1
Quarto Privativo: O paciente deve ser internado em quarto
privativo ou, caso não seja possível, colocar pacientes com a mesma doença,
respeitando a distância mínima de um metro entre os leitos; Manter porta fechada.
Higiene das Mãos: antes de se paramentar e entrar no quarto e antes de sair,
conforme os momentos de higienização das mãos;
Paramentação: Máscara cirúrgica; Colocar a máscara cirúrgica ao entrar no quarto
do paciente. Trocar a máscara a cada 2 horas.
Artigos e equipamentos: não precisam ser de uso exclusivo do paciente. Realizar
continuamente a desinfecção dos materiais.
Ambiente: realizar limpeza concorrente do ambiente diariamente; Limpeza e
desinfecção das superfícies frequentemente tocadas, como cabeceira, grades,
com álcool 70%.
Visitas: restritas, orientadas quanto a higiene das mãos e uso de máscara cirúrgica
durante a permanência no quarto.
MÁSCARA CIRÚRGICA antes de entrar no quarto.

UTILIZAR ÓCULOS de proteção E/OU AVENTAL no caso de procedimentos


invasivos, ou infestação por microrganismos que se propagam por gotículas +
contato.

TRANSPORTE DO PACIENTE – O paciente deve usar máscara cirúrgica


durante todo o período que estiver fora do quarto.
PRECAUÇÃO PARA AEROSSÓIS

o Indicação: Estas precauções visam prevenir a transmissão de

microrganismos por via respiratória por partículas maiores que 5


micra de pacientes com doença transmissível, geradas pela tosse,
espirro e durante a fala. Essas gotículas (> 5 micra) podem se
depositar à curta distância (1 a 1,5 m).
o Deve ser utilizado um espaço físico específico, em ambiente

hospitalar. Dotado de ventilação com filtro especial e pressão


negativa.
o Exemplos: Tuberculose pulmonar, COVID-19, herpes zoster,
varicela, sarampo.
Quarto Privativo: O paciente deve ser internado em quarto privativo, dotado de
um sistema de ventilação com filtro e pressão negativa em relação ao ambiente.

Janelas e portas devem se manter vedadas e fechadas. Se faz necessário o uso


das antecâmaras, se disponível.

Higiene das Mãos: antes de se paramentar e entrar no quarto e antes de sair,


conforme os momentos de higienização das mãos; utilizar máscara N-95 ou
PFF2, com eficiência de filtração de 95% de partículas com 0,3µ de diâmetro.

Paramentação: Máscara N-95; Colocar a máscara antes de entrar no quarto, e


retirá-la somente fora do quarto ou na antecâmara. Guardá-la em saco plástico
ao sair do quarto.

Artigos e equipamentos: Se possível, de uso exclusivo do paciente.

Ambiente: realizar limpeza concorrente do ambiente diariamente;

Visitas: restritas, orientadas quanto a higiene das mãos e uso de máscara


cirúrgica durante a permanência no quarto.
MÁSCARA N-95 antes de entrar no quarto.

UTILIZAR ÓCULOS de proteção E/OU AVENTAL no caso de procedimentos


invasivos, ou infestação por microrganismos que se propagam por aerossóis +
contato.

TRANSPORTE DO PACIENTE – O paciente deve usar máscara cirúrgica durante


todo o período que estiver fora do quarto.
ORDEM PARAMENTAÇÃO:
1. LAVAR AS MÃOS
2. AVENTAL OU CAPOTE
3. MÁSCARA
4. ÓCULOS OU PROTETOR FACIAL
5. GORRO OU TOUCA
6. LUVAS

ORDEM DESPARAMENTAÇÃO:
DENTRO DO QUARTO:
1. LUVAS
2. AVENTAL OU CAPOTE
3. LAVAR AS MÃOS

FORA DO QUARTO:
4. GORRO OU TOUCA
5. ÓCULOS OU PROTETOR FACIAL
6. MÁSCARA
VÍDEOS SOBRE COMO AS PARTÍCULAS SÃO PROJETADAS
POR ESPIRRO, TOSSE E CONTATO COM OBJETOS!

https://www.youtube.com/watch?v=hJGDFbk7ER8&feature=youtu.be

https://www.youtube.com/watch?v=kBdlQHGaHFQ&feature=youtu.be

https://www.youtube.com/watch?v=V8wgPTkgGvI&feature=youtu.be
LEITURA COMPLEMENTAR

https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-
trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/normas-regulamentadoras/nr-06.pdf

https://revistas.ufpr.br/cogitare/article/view/72702/pdf

https://www.gov.br/ebserh/pt-br/hospitais-universitarios/regiao-nordeste/hc-
ufpe/saude/covid-19/manuais-fluxos-e-documentos-para-os-profissionais-de-
saude/pop-006-sciras-paramentacao-e-desparamentacao-profissionais-no-
atendimento-covid-19-internacao-versao1.pdf

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO – Manual de Equipamentos de Proteção Individual e


Coletiva, Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares – EBSERH, 2019

Anvisa – Agência Nacional de Vigilância Sanitária, 2020


Referências Bibliográficas

https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-
especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/normas-
regulamentadoras/nr-06.pdf

https://revistas.ufpr.br/cogitare/article/view/72702/pdf

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO – Manual de Equipamentos de Proteção Individual e


Coletiva, Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares – EBSERH, 2019

http://www.iq.usp.br/portaliqusp/sites/default/files/anexos/Manual_Biosseguran%C3%A7a_CIBi
o-IQ-USP(2021).pdf
ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária - Guia de Biossegurança, 2020

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