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Enfermeiro Rogério
Especialista em Centro Cirúrgico e CME
Especialista MBA Gestão de CME
Conceito
A Biossegurança por ser um conjunto de
procedimentos, ações, técnicas, metodologias,
equipamentos e dispositivos, capazes de eliminar ou
minimizar riscos que podem comprometer a saúde do
homem, dos animais, do meio ambiente ou a
qualidade dos trabalhos desenvolvidos.
Objetivo
É criar um ambiente de trabalho onde se promova a
contenção do risco de exposição a agentes
potencialmente nocivos ao trabalhador, pacientes e
meio ambiente, de modo que este risco seja
minimizado ou eliminado.
Tipos de Riscos
Físicos: as diversas formas de energia, originadas dos
equipamentos e são dependentes dos equipamentos, do manuseio
do operador ou do ambiente em que se encontra.
ex: ruídos,
vibrações,
pressões anormais,
temperaturas extremas,
mantas aquecedoras,
fornos de micro-ondas e autoclaves são os principais
equipamentos geradores de calor.
Suas instalações devem ser feitas em local ventilado e longe de
materiais inflamáveis, voláteis e de equipamentos termossensíveis
Biológicos: abrangem amostras provenientes de seres
vivos como plantas, bactérias, fungos, parasitas,
animais e seres humanos (sangue, urina, escarro, peças
cirúrgicas, biópsias, entre outras).
Químicos : os produtos que possam penetrar no
organismo pela via respiratória, nas formas de:
poeiras,
fumos,
névoas,
neblinas,
gases ou vapores, ou que, pela natureza da atividade
de exposição, possam ter contato ou ser absorvido pelo
organismo através da pele ou por ingestão.
Ergonômicos: qualquer fator que possa interferir nas
características psicofisiológicas do trabalhador
causando desconforto ou afetando sua saúde.
Tais riscos referem-se a distância em relação à altura
dos balcões, cadeiras, prateleiras, gaveteiros, capelas,
circulação e obstrução de áreas de trabalho.
Os espaços devem ser adequados para a execução de
trabalhos, limpeza e manutenção, garantindo o menor
risco possível de choques acidentais.
Equipamento de Segurança
Considera-se EPI todo dispositivo de uso individual, destinado a
proteger a saúde e a integridade física do trabalhador, não sendo
adequado o uso coletivo por questões de segurança e higiene.
Sua função é prevenir ou limitar o contato entre o operador e o
material infectante.
A maioria dos EPIs, se usados adequadamente promovem
também uma contenção da dispersão de agentes infecciosos no
ambiente, facilitando a preservação da limpeza.
A utilização dos EPIs encontra-se regulamentada pelo MTE
através da NR-6, em que estão definidas as obrigações do
empregador e do empregado e pela NR-32
Luvas
Devem ser usadas em todos os procedimentos com
exposição a sangue, hemoderivados e fluidos
orgânicos.
Luvas apropriadas para manipulação de objetos em
temperaturas altas ou baixas devem estar disponíveis
nos locais onde tais procedimentos são realizados.
Luva Cirúrgica (estéril)
Desenvolvida com a finalidade de promover a
proteção de profissionais da Saúde durante
procedimentos cirúrgicos em hospitais, consultórios e
clínicas.
Outros tipos de luvas
Jalecos
Jalecos devem ser SEMPRE de mangas compridas,
comprimento pelo menos até a altura dos joelhos e
devem ser usados abotoados.
Deve ser dada preferência às fibras naturais
(100%algodão) uma vez que as fibras sintéticas se
inflamam com facilidade.
Os aventais descartáveis também devem ter as mangas
compridas com punhos e serem fechados dorsalmente.
Máscaras
Máscara com filtro químico – indicada para quando o
profissional necessite manipular substâncias químicas
tóxicas, tais como germicidas com emissão de fortes
odores ou a partir da recomendação dos fabricantes.
Máscara PFF2/N95 – indicada para a proteção de
doenças por transmissão aérea [tuberculose, varicela,
sarampo e SARG (síndrome aguda respiratória grave)
Máscara Cirúrgica
Indicada para proteção da mucosa oro-nasal bem
como para a proteção ambiental de secreções
respiratórias do profissional. A máscara deve possuir
gramatura que garanta uma efetiva barreira, tem sido
recomendada que seja confeccionada com no mínimo
três camadas.
Máscara com Visor
Máscara que propicia proteção aos olhos,
principalmente ás pessoas que usam óculos.
Óculos
Óculos de acrílico – proteção de mucosa ocular.
Deve ser de material acrílico que não interfira com a
acuidade visual do profissional e permita uma perfeita
adaptação à face.
Deve oferecer proteção lateral e com dispositivo que
evite embaçar.
Protetor facial de acrílico
Proteção da face.
Deve ser de material acrílico que não interfira com a
acuidade visual do profissional e permita uma perfeita
adaptação à face.
Deve oferecer proteção lateral.
Indicado durante a limpeza mecânica de
instrumentais (Central de Esterilização, Expurgos),
área de necrópsia e laboratórios.
Capote
Capote de manga comprida – para a proteção da roupa
e pele do profissional.
Sapato Fechado
Sapato fechado impermeável – proteção da pele do
profissional, em locais úmidos ou com quantidade
significativa de material infectante (centros cirúrgicos,
expurgos, central de esterilização, áreas de necrópsia,
situações de limpeza ambiental e outros).
Gorro
Proteção de exposição dos cabelos e couro cabeludo à
matéria orgânica ou produtos químicos, bem como
proteção ambiental à escamas do couro cabeludo e
cabelos
PGRSS - Plano de Gerenciamento
de Resíduos de Serviços de Saúde
Segundo a RDC 222/2018 e CONSEMA (conselho
estadual do meio ambiente) 002/2019, o
gerenciamento dos RSS consiste em um conjunto de
procedimentos planejados e implementados, a partir
de bases científicas e técnicas, normativas e legais.
Tem o objetivo de minimizar a geração de resíduos e
proporcionar aos mesmos um manejo seguro, de
forma eficiente, visando a proteção dos trabalhadores,
a preservação da saúde, dos recursos naturais e do
meio ambiente.
Quem gera resíduos?
Resíduos sólidos, líquidos, ou semi sólidos são
gerados por estabelecimentos de assistência à saúde
humana ou animal diversos.
Geradores de Resíduos de Serviços de Saúde (RSS):
todos os serviços cujas atividades estejam relacionadas
com a atenção à saúde humana ou animal, inclusive os
serviços de assistência domiciliar;
Laboratórios analíticos de produtos para saúde;
Necrotérios;
Funerárias e serviços onde se realizem atividades de
embalsamamento (tanatopraxia e
somatoconservação);
Serviços de medicina legal;
Drogarias e farmácias, inclusive as de manipulação;
Estabelecimentos de ensino e pesquisa na área de
saúde;
Centros de controle de zoonoses;
Distribuidores de produtos farmacêuticos,
importadores, distribuidores de materiais e controles
para diagnóstico in vitro;
Unidades móveis de atendimento à saúde;
serviços de acupuntura;
serviços de piercing e tatuagem;
salões de beleza e estética, dentre outros afins;
Responsabilidades
Os estabelecimentos de serviços de saúde são os
responsáveis pelo correto gerenciamento de todos os
RSS por eles gerados, cabendo aos órgãos públicos,
dentro de suas competências, a gestão,
regulamentação e fiscalização.
Embora a responsabilidade direta pelos RSS seja dos
estabelecimentos de serviços de saúde, por serem os
geradores, pelo princípio da responsabilidade
compartilhada, ela se estende a outros atores: ao poder
público e às empresas de coleta, tratamento e
disposição final.
Classificação dos Riscos
Os grupos são:
O grupo A - resíduos com a possível presença de
agentes biológicos que, por suas características, podem
apresentar risco de infecção;
O grupo B - resíduos químicos;
O grupo C - rejeitos radioativos;
O grupo D - resíduos comuns;
O grupo E - materiais perfurocortantes
Referência Bibliográfica
www.ufma.br
www.hgb.rj.saude.gov.br
Manual Anvisa Gerenciamento dos Resíduos de
Serviços de Saúde 2019