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BIOSSEGURANÇA EM LABORATÓRIOS

Biossegurança em Laboratórios

O conceito de biossegurança teve início na década de 70, quando estudos identificaram que profissi-
onais de laboratórios clínicos e da área da saúde apresentavam uma taxa maior de certas doenças
que outros profissionais.

A biossegurança não está relacionada apenas aos modernos sistemas de esterilização do ar ou câ-
maras de desinfecção das roupas de segurança. Um profissional de saúde que não lava suas mãos
com a frequência adequada ou descarta resíduos de maneira incorreta contribui para o surgimento de
riscos de contaminação e de acidentes.

As práticas de biossegurança adotadas em laboratórios se baseiam na necessidade de proteger os


colaboradores, o meio ambiente e a comunidade da exposição a agentes presentes nestes locais e
que representam possíveis riscos. Por isso, os profissionais que atuam nessa área necessitam rece-
ber treinamento adequado e atualizações constantes sobre as técnicas que devem ser adotadas para
manter o ambiente seguro.

“Para minimizar os riscos presentes em um ambiente laboratorial algumas ferramentas podem ser
empregadas, como a Avaliação de Risco. Ela identifica os riscos através de procedimento sistemati-
zado e tem como objetivo implementar ações para prevenir, controlar, reduzir ou eliminar o risco. A
importância da avaliação de risco não está somente na estimativa do risco, mas também no dimensi-
onamento da estrutura para a contenção e a tomada de decisão para o seu correto gerenciamento”,
explica Andressa Guimarães, biotecnologista do Núcleo de Biossegurança de Bio-Manguinhos/Fio-
cruz.

Cada laboratório deve desenvolver ou adotar um manual de biossegurança ou de operações que


identifique os riscos que podem ser encontrados e que especifique também as práticas e os procedi-
mentos específicos para minimizar ou eliminar a exposição ao perigo.

Segundo Andressa, após a identificação dos riscos, todas as recomendações de biossegurança de-
vem ser atendidas. A área laboratorial deve ser sinalizada. A sinalização de biossegurança fornece
ao trabalhador informações como nível de biossegurança da área laboratorial, agentes biológicos ma-
nipulados na área, classe de risco dos agentes, EPIs necessários, identificação de produtos perigo-
sos, entre outros.

“A dimensão da biossegurança é bastante ampla, existindo uma interface entre os riscos biológicos e
os periféricos, como os riscos físicos, químicos e ergonômicos. A exposição acidental a determinado
risco poderá desencadear outras exposições que poderão comprometer tanto o trabalhador quanto o
material amostrado, bem como os equipamentos utilizados”, explica Dener Silva, gerente corporativo
da Qualidade e Sustentabilidade do Laboratório Hermes Pardini.

Equipamentos de proteção individual, capelas e cabines de proteção biológica, sistemas de ventila-


ção, bem como outros equipamentos de proteção coletiva, como varas de manobra, sistemas de ater-
ramento, isolamento acústico e isolamento térmico, são utilizados no dia a dia para garantir a segu-
rança dos colaboradores e do meio ambiente.

“Uma das tecnologias também disponíveis são os filtros de ar de alta eficiência”, explica Andressa, de
Bio-Manguinhos, “em que as fibras do filtro são feitas de uma trama tridimensional que remove as
partículas de ar que passam por ele. O filtro Hepa tem capacidade para filtrar partículas com eficiên-
cia igual ou maior que 99,99%”.

Outro item a ser destacado é o planejamento e a avaliação da construção das instalações do labora-
tório por uma equipe multidisciplinar que envolva profissionais de arquitetura, engenheiros, profissio-
nais de biossegurança e de segurança do trabalho.

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Dificuldades no gerenciamento da biossegurança

Mesmo com tantos cuidados, tecnologias, padrões e regulamentação, a maioria dos incidentes em
laboratórios ocorre pelo comportamento inadequado dos profissionais. Um exemplo muito comum
ainda é o acidente com materiais perfurocortantes, que ocorre geralmente durante o uso e descarte
de agulhas e dispositivos similares.

“Embora tenhamos uma norma específica para a área de saúde, a NR 32 – Segurança e Saúde no
Trabalho em Serviços de Saúde, muitos profissionais que atuam na área ainda a desconhecem. Mu-
dar a cultura para uma visão preventiva é um dos maiores desafios”, acredita Silva, do Laboratório
Hermes Pardini.

Lá, explica ele, a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa), a liderança e a área de Segu-
rança do Trabalho realizam acompanhamentos periódicos dos colaboradores para o uso correto dos
equipamentos de proteção. “Possuímos um programa de educação continuada que tem por objetivo
discutir os procedimentos de trabalho e as normas de segurança, orientando os profissionais sobre a
forma correta e segura de desenvolver suas atividades. Temos também um programa específico para
profissionais que sofreram algum acidente e que necessitem rever procedimentos ou normas, ou que
tenham sido observados descumprindo algum procedimento ou norma, mesmo sem ter sofrido aci-
dente.” Silva explica ainda que no Hermes Pardini os colaboradores que atuam na área técnica pas-
sam por um treinamento específico sobre biossegurança e meio ambiente.

Já Andressa conta que o Núcleo de Biossegurança de Bio-Manguinhos oferece aos colaboradores


um curso de biossegurança de aproximadamente 40 horas que contempla tópicos de introdução à bi-
ossegurança, equipamentos de proteção individual e coletiva, segurança química, lei de biossegu-
rança relacionada à manipulação de organismos geneticamente modificados, arquitetura laboratorial,
gerenciamento de resíduos, efluentes laboratoriais, biossegurança na experimentação animal, bem
estar e ética em pesquisa com animais, transporte de produtos perigosos por via aérea e terrestre,
dentre outros temas.

“Mensalmente, são oferecidos treinamentos nos documentos internos referentes à biossegurança


para os profissionais que manipulam agentes biológicos e sempre que necessário são realizadas atu-
alizações”, explica ela. Os principais treinamentos necessários para segurança na manipulação de
material biológico são relacionados ao descarte de resíduo biológico, descarte de resíduos perfuro-
cortantes, de filtros de ar onde há manipulação de agentes biológicos, de carcaça animal e outros re-
síduos provenientes de experimentação animal; sinalização de biossegurança e biosseguridade; pro-
cedimento geral em situação de emergência em caso de derramamento de material com risco bioló-
gico; descontaminação de equipamento e ou mobiliário encaminhado para movimentação ou aliena-
ção; transporte de substância biológica por via aérea e transporte de substância biológica por via ter-
restre.

No Instituto Butantan, o treinamento apropriado sobre os riscos potenciais associados ao trabalho de-
senvolvido, as precauções necessárias para a prevenção de exposição e os procedimentos para ava-
liação das exposições são feitos por meio de cursos presenciais e leitura de manual de biossegu-
rança próprio da instituição e específico, adotado ou preparado pelo diretor do laboratório.

“O treinamento deve ser contínuo, ou seja, a equipe de funcionários deve receber cursos anuais de
atualização ou treinamento adicional, quando necessários, e também no caso de mudanças de nor-
mas ou procedimentos”, explica Aryene Goes Trezena, pesquisadora do laboratório de Imunogené-
tica e presidente da Comissão Interna de Biossegurança do Instituto Butantan.

Quando o colaborador se expõe a algum tipo de risco, os acidentes resultantes são imediatamente
notificados ao diretor do laboratório. “A avaliação médica, a vigilância e o tratamento deverão ser pro-
videnciados. Registros do acidente e das providências adotadas deverão ser mantidos por escrito”,
explica Aryene.

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A Legislação

No Brasil, a legislação de Biossegurança foi instituída pela lei nº 8.974, de 05 de janeiro de 1995, que
criou a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio). Esta lei denomina os níveis de bios-
segurança em NB-1, NB-2, NB-3 e NB-4. Eles estão relacionados às exigências de segurança na ma-
nipulação de agentes biológicos.

“Alguns critérios são importantes para avaliação e definição do nível de biossegurança, como a viru-
lência do agente, modo de transmissão, estabilidade no ambiente, concentração e volume trabalha-
dos, origem do agente (humano, animal, localização geográfica, endemicidade e natureza do vetor),
disponibilidade de medidas profiláticas e tratamento eficazes, dose infectante, manipulação do agente
patogênico, vias de eliminação e fatores referentes ao trabalhador (como o estado imunológico)”, ex-
plica Andressa, de Bio-Manguinhos.

Os equipamentos requeridos

Equipamentos de contenção para NB-1 (laboratórios que manipulam microrganismos que apresentam
baixo risco individual e para a coletividade):

Luvas, avental, uniforme ou jaleco com mangas compridas. Obrigatório uso de calçados fechados;
óculos de segurança e protetores faciais devem ser utilizados sempre que necessário. O laboratório
deve possuir dispositivo de emergência para lavagem de olhos, além de chuveiros de emergência lo-
calizados em pontos de fácil acesso.

Equipamentos de contenção para NB-2 (laboratórios que manipulam microrganismos que apresentam
moderado risco individual e limitado risco para a comunidade):

Além dos equipamentos de proteção individual indicados no nível 1, os profissionais devem fazer uso
de luvas de látex descartáveis. Sempre que o procedimento puder gerar respingos provenientes de
materiais biológicos, deverá ser utilizada proteção para o rosto (máscaras, protetor facial e óculos de
proteção). A centrifugação, fora da cabine de segurança biológica (CSB), só poderá ser efetuada em
centrífuga de segurança e com frascos lacrados, os quais só deverão ser abertos no interior da ca-
bine. Uma autoclave deve estar disponível para que os materiais utilizados e resíduos gerados pos-
sam ser descontaminados.

Equipamentos de contenção para NB-3 (laboratórios que manipulam microrganismos que apresentam
alto risco individual e moderado risco para a comunidade):

É obrigatório o uso de roupas de proteção apropriadas, além de máscaras, gorros, luvas, sapatilhas,
óculos de proteção ou protetores faciais. Devem ser utilizadas CSBs (classe II, B2 ou III) em quais-
quer operações com agentes biológicos que incluam manipulação de culturas e de material clínico ou
ambiental. Quando um procedimento ou um processo não puder ser conduzido dentro de uma CSB,
devem ser utilizadas combinações apropriadas de EPIs, como respiradores e protetores faciais asso-
ciados aos dispositivos de contenção física como as centrífugas de segurança e frascos selados. A
autoclave, preferivelmente a de dupla porta, deve estar localizada no laboratório ou dentro da área de
apoio da instalação de biocontenção.

Equipamentos de contenção para NB-4 (laboratórios que manipulam microrganismos que apresentam
alto risco individual e alto risco para a comunidade):

A manipulação de agentes biológicos da classe de risco 4 é efetuada em dois modelos de laboratório


de contenção: laboratórios para manipulações conduzidas em CSB de classe III e laboratórios para
manipulações conduzidas em CSB de classe II, B2; neste caso, realizadas em associação à roupa de
proteção pessoal, peça única, ventilada, de pressão positiva, munida de um sistema de suporte à vida

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protegido por filtros Hepa. Esse sistema deve incluir compressores de respiração de ar, alarmes e
tanques de ar de reforço de emergência.

No Brasil, a legislação básica sobre EPI e EPC é a Norma Regulamentadora nº 6 (Equipamento de


proteção individual), aprovada pela Portaria GM nº 3.214, de 08 de junho de 1978.

A classificação dos riscos

Os riscos individuais e coletivos podem ser classificados em riscos químicos, físicos, biológicos, ergo-
nômicos e de acidentes.

Físicos: caracterizados pelos ruídos, vibrações, radiações, umidade, temperatura, que podem ser ge-
rados por máquinas, equipamentos e condições físicas, além de quedas, escorregões e exposição à
material radioativo e a temperaturas altas ou baixas

Químicos: inerentes à manipulação de produtos químicos que podem penetrar no organismo pela via
respiratória nas formas de poeira, fumaças, gases, vapores, ou que podem penetrar no organismo
por contato e absorção através da pele ou ingestão das substâncias tóxicas.

Biológicos: ocorrem pela manipulação de seres vivos em laboratórios (bactérias, fungos, parasitos e
vírus) que são capazes de desencadear doenças devido à contaminação.

Ergonômicos: derivados da posição inadequada de mesas, bancadas, cadeiras e movimentos repetiti-


vos.

Acidentes: são todos os fatores que colocam em risco o trabalhador. Exemplo: máquinas e equipa-
mentos sem proteção, possibilidade de incêndio e explosão, armazenamentos inadequados etc.

Biossegurança em laboratórios

O termo biossegurança se refere ao conjunto de ações e práticas que objetivam a prevenção, minimi-
zação e eliminação dos riscos para a saúde humana e dos animais e a proteção ao meio ambiente.

Os laboratórios, sejam eles destinados a experimentos de natureza química ou biológica, apresenta-


rão sempre uma infinidade de situações, fatores e atividades que trazem potenciais riscos aos traba-
lhadores ali presentes e também ao ambiente ao seu redor. Tais riscos, dependendo da intensidade
da exposição ao mesmo, poderão resultar em alterações leves, moderadas ou até mesmo graves no
organismo. Assim, devemos pautar nossas ações dentro do laboratório de forma a seguir as normas
de biossegurança.

No Brasil, tais normas só se encontram formatadas legalmente no que se refere ao uso de organis-
mos geneticamente modificados (OGMs), tendo sido definidas pela Comissão Técnica Nacional de
Biossegurança (CTNBio). A CTNBio é uma instância colegiada multidisciplinar, cuja finalidade básica
se resume a prestar apoio técnico consultivo e assessoramento ao Governo Federal na formulação,
atualização e implementação da Política Nacional de Biossegurança relacionada aos OGMs.

Segundo especialistas na área de Biossegurança, não importa o quão desenvolvidas e eficazes se-
jam as tecnologias disponíveis para minimizar ou eliminar os riscos, se o comportamento dos profissi-
onais atuantes nesses ambientes não for modificado, daí a importância da realização de treinamentos
e o acesso às informações no que se refere à Biossegurança em laboratórios.

No ambiente laboratorial existem diversas categorias de riscos: ergonômicos, físicos, químicos e bio-
lógicos. Veremos agora, em detalhe, cada um deles.

Os riscos ergonômicos são aqueles que afetam a integridade física ou mental do trabalhador, propor-
cionando-lhe desconforto ou doença.

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São exemplos de riscos ergonômicos: o esforço físico, a postura inadequada, o levantamento de


peso, a situação de estresse, o controle rígido de produtividade, o trabalho durante o período noturno,
o prolongamento da jornada de trabalho, a monotonia e a repetitividade, bem como a imposição de
uma rotina intensa de trabalho (ODA & ÁVILA, 1998).

Já os riscos físicos, são aqueles provenientes das diversas formas de energia, como: umidade, ruí-
dos, vibrações, pressões anormais, temperaturas extremas, radiações (ODA & ÁVILA, 1998).

Os riscos químicos são aqueles oriundos da exposição a substâncias químicas e que podem causar
danos físicos ou ainda prejudicar a saúde do trabalhador. Os danos físicos associados à exposição a
algum tipo de substância química podem se caracterizar por: irritação da área exposta e queimadu-
ras. Podem ainda incluir os incêndios e explosões resultantes do uso destas substâncias.

São considerados como agentes de risco químico todas as substâncias, produtos ou compostos que
penetrem no organismo por via respiratória (poeiras, gases, neblinas, vapores ou aerossóis), pelo
contato com a pele ou por ingestão (ODA & ÁVILA, 1998).

Os riscos biológicos decorrem do contato com micro-organismos que podem causar doenças ao ho-
mem.

São subdivididos nas seguintes categorias, definidas em função do risco representado pelo agente
biológico:

• Classe 1: agentes que não representam riscos ao manipulador, nem à comunidade, ou ainda que
representem risco baixo para ambos. Exemplo: E. coli.

• Classe 2: agentes biológicos que representam risco moderado para o manipulador e risco baixo ou
fraco para a comunidade. Caracteriza essa classe ainda o fato de haver tratamento disponível, repre-
sentado por medidas terapêuticas e profiláticas eficientes, contra o agente em questão. Exemplo:
Clostridium tetani.

• Classe 3: agentes biológicos que representam risco grave para o manipulador e risco moderado
para a comunidade, provocando lesões ou sinais clínicos graves e nem sempre havendo tratamento
disponível. Exemplo: vírus HIV.

• Classe 4: nesta classe os agentes biológicos representam risco grave para o manipulador e para a
comunidade, não havendo qualquer tratamento disponível e seriamente preocupantes, em caso de
propagação. Exemplo: vírus Ebola (ODA & ÁVILA, 1998).

Em razão do tipo de atividade desempenhada pelo profissional em cada laboratório, este estará mais
exposto a um ou outro tipo de risco. Assim, aconselha-se que cada laboratório desenvolva seu pró-
prio manual de biossegurança com as ações básicas relacionadas à prevenção dos tipos de risco
mais prevalentes naquele ambiente.

Neste sentido, também é interessante a redação de Procedimentos Operacionais Padrão (POPs),


que são protocolos em que se descrevem detalhadamente as atividades realizadas no laboratório,
desde o preparo de amostras até a divulgação de resultados, dando especial ênfase ao uso dos equi-
pamentos, procedimentos técnicos e as atitudes a serem tomadas em caso de acidentes.

O objetivo principal dos POPs é padronizar todas as atividades típicas do laboratório, no intuito de
que todos os profissionais reproduzam os procedimentos do modo mais semelhante possível. Isso é
importante, porque traz mais confiabilidade aos resultados obtidos nos testes e previnem o mau uso

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dos equipamentos e a ocorrência de erros procedimentais, que, em geral, aumentam o risco de aci-
dentes.

Os POPs devem ser redigidos da forma mais clara e completa possível, possibilitando a compreen-
são por todos os profissionais atuantes no laboratório. Eles devem ser regularmente atualizados e ser
disponibilizados a todos os trabalhadores, bem como estarem disponíveis para consulta em local de
fácil acesso no laboratório.

Já no que se refere ao descarte dos resíduos sólidos produzidos no ambiente do laboratório, estes
podem ser classificados em diferentes categorias, conforme sua natureza:
• Grupo A: resíduos sólidos em que, possivelmente, haja a presença de agentes biológicos, represen-
tando potencial risco de infecção.

• Grupo B: resíduos sólidos que contenham substâncias químicas que representem risco à saúde pú-
blica ou ao meio ambiente, considerando-se características como inflamabilidade, corrosividade, rea-
tividade e toxicidade.

• Grupo C: resíduos sólidos que possam conter radionuclídeos.

• Grupo D: resíduos sólidos que não apresentem riscos biológicos, químicos ou físicos. Equivalem,
portanto, aos resíduos domiciliares.

• Grupo E: constituído por materiais pérfurocortantes ou escarificantes, como por exemplo, lâminas de
bisturi, agulhas, ampolas, pipetas, entre outros (COELHO, 2012).

Os resíduos pertencentes ao grupo A deve ser acondicionados em sacos brancos com indicação de
risco biológico. No caso de tais resíduos terem sofrido tratamento prévio ao descarte, objetivando a
minimização ou mesmo eliminação dos micro-organismos ali presentes, seu acondicionamento deve
se dar em sacos impermeáveis e sua classificação alterada para o grupo D (resíduos domiciliares).

Os resíduos sólidos do Grupo B devem ser descartados conforme sua natureza química, isto é, como
substâncias tóxicas, corrosivas, irritantes, inflamáveis, entre outras. Frascos de reagentes podem ser
utilizados para descarte, mas somente para o acondicionamento da mesma substância e não de
substância diversa da que inicialmente continha.

Os resíduos do grupo C devem ser mantidos em recipientes indicativos de natureza radioativa até o
completo decaimento de sua ação ionizante. Após isso, tais resíduos também poderão passar a ser
classificados como pertencentes ao grupo D (resíduos domiciliares).

Alguns resíduos pertencentes ao grupo D podem ser destinados à reciclagem. Para facilitação desse
processo, o ideal é já manter recipientes individuais para sua coleta seletiva.

Neste caso, pode ser utilizado o código de cores para identificação dos recipientes: papel (azul), me-
tal (amarelo), vidro (verde), plástico (vermelho) e resíduos orgânicos (marrom). Os resíduos classifica-
dos no grupo E devem ser descartados imediatamente após o uso em recipientes rígidos, com identi-
ficação específica (inscrição de pérfurocortante).

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