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RESUMO BIOSSEGURANÇA

O que é biossegurança?
Biossegurança é um conjunto de medidas e procedimentos destinados a prevenir, controlar,
minimizar ou eliminar riscos e perigos que possam afetar a saúde humana, animal e o meio
ambiente. Essas medidas são aplicadas em laboratórios, hospitais, clínicas, indústrias
farmacêuticas, empresas de biotecnologia e em qualquer outro local que envolva manipulação
de organismos vivos, materiais biológicos e substâncias químicas que possam oferecer riscos à
saúde.
A biossegurança busca garantir a segurança dos trabalhadores, pacientes, visitantes e do meio
ambiente, além de prevenir a contaminação de materiais biológicos e a disseminação de
doenças. As medidas incluem a utilização de equipamentos de proteção individual (EPIs), a
adoção de práticas seguras de manipulação de materiais biológicos, o controle de resíduos e o
treinamento dos profissionais envolvidos.
Ainda, a biossegurança está relacionada à ética e à responsabilidade social, uma vez que
envolve a segurança e o bem-estar das pessoas e do meio ambiente.

Níveis de biossegurança:
Existem quatro níveis de biossegurança, cada um com medidas de proteção progressivamente
mais rigorosas para lidar com agentes infecciosos perigosos:
- Nível 1: adequado para trabalhar com agentes que apresentam baixo risco para a saúde
humana.
- Nível 2: apropriado para lidar com agentes de risco moderado para a saúde humana.
- Nível 3: necessário para manipular agentes de risco elevado para a saúde humana que podem
causar doenças graves por inalação.
- Nível 4: o mais alto nível de segurança, destinado a trabalhar com os agentes mais perigosos e
altamente infecciosos que representam um risco significativo para a saúde pública e não têm
tratamentos confiáveis.

Equipamentos de proteção necessários para cada nível:


Os equipamentos de proteção utilizados em cada nível de biossegurança podem variar
dependendo do tipo de agente infeccioso e do risco envolvido, mas de forma geral:
- Nível 1: podem ser usados aventais, luvas e óculos de proteção, além de equipamentos
básicos de laboratório.
- Nível 2: é necessário o uso de aventais, luvas, máscaras, óculos de proteção e outros
equipamentos de proteção respiratória, bem como capelas de segurança biológica e
autoclaves.
- Nível 3: além dos equipamentos de proteção usados em nível 2, é necessário o uso de roupas
especiais de proteção, como macacões, botas e toucas, e sistemas de ventilação de ar
especiais.
- Nível 4: requer o uso de equipamentos mais avançados, como trajes de proteção totalmente
fechados, sistemas de ventilação herméticos e descontaminação química.

EPI e EPC:
EPI (Equipamento de Proteção Individual) e EPC (Equipamento de Proteção Coletiva) são
dispositivos e equipamentos utilizados para proteger a saúde e a integridade física dos
trabalhadores em ambientes de trabalho com riscos ocupacionais. Confira abaixo exemplos de
EPI e EPC:
Exemplos de EPI:
- Capacete de segurança para proteção da cabeça;
- Óculos de proteção para proteção dos olhos;
- Protetores auriculares para proteção dos ouvidos;
- Luvas de proteção para proteção das mãos;
- Máscaras respiratórias para proteção das vias respiratórias;
- Cintos de segurança para proteção do tronco;
- Botas de segurança para proteção dos pés.
Exemplos de EPC:
- Corrimões em escadas para prevenir quedas;
- Extintores de incêndio para combate a incêndios;
- Sinalização de segurança para orientação dos trabalhadores;
- Barreiras de contenção para proteção de áreas de risco;
- Sistema de ventilação para eliminação de gases e vapores perigosos;
- Grades de proteção para proteção de máquinas e equipamentos.
É importante lembrar que a utilização de EPI e EPC deve ser acompanhada de treinamento
adequado aos trabalhadores, para que eles saibam como utilizar corretamente os
equipamentos de proteção e prevenir acidentes de trabalho.

Tipos de riscos e suas categorias:


O mapa de risco é uma ferramenta que visa identificar os riscos e perigos presentes em um
ambiente de trabalho, permitindo a adoção de medidas preventivas para minimizá-los ou
eliminá-los. No caso de um laboratório, o mapa de risco pode ser utilizado para identificar os
riscos e perigos associados à manipulação de materiais biológicos, químicos e radioativos.
A seguir, são apresentados alguns dos principais riscos e perigos que podem ser identificados
em um laboratório e que devem ser contemplados no mapa de risco:
- Riscos biológicos: exposição a agentes infecciosos, bactérias, vírus e fungos presentes em
amostras biológicas, como sangue, urina, saliva, entre outros. Medidas preventivas incluem a
utilização de equipamentos de proteção individual, como luvas, máscaras, aventais e óculos de
proteção, além da adoção de práticas seguras de manipulação e descarte de material biológico.
- Riscos químicos: exposição a substâncias químicas tóxicas, corrosivas ou inflamáveis, como
ácidos, solventes, reagentes e gases. Medidas preventivas incluem o armazenamento seguro
de substâncias químicas, a utilização de equipamentos de proteção individual e coletiva, como
capelas de exaustão, e a adoção de práticas seguras de manipulação e descarte de substâncias
químicas.
- Riscos físicos: exposição a fontes de calor, frio, ruído, vibração e radiação. Medidas
preventivas incluem a utilização de equipamentos de proteção individual, como protetores
auriculares, luvas térmicas e óculos de proteção, além da utilização de equipamentos de
proteção coletiva, como barreiras acústicas e blindagens radiológicas.
- Riscos ergonômicos: exposição a posturas inadequadas, movimentos repetitivos, esforço
físico e vibração. Medidas preventivas incluem a adoção de práticas ergonômicas, como a
utilização de mesas e cadeiras ergonômicas, a organização do ambiente de trabalho e a
realização de pausas para descanso.
- Riscos de incêndio e explosão: exposição a fontes de calor, chamas, faíscas e substâncias
inflamáveis. Medidas preventivas incluem a utilização de equipamentos de proteção coletiva,
como extintores de incêndio e sprinklers, além da adoção de práticas seguras de
armazenamento e manipulação de substâncias inflamáveis.

Mapa de risco, suas categorias e cores:


O mapa de risco é uma ferramenta visual que utiliza cores para representar os diferentes tipos
de riscos e perigos presentes em um ambiente de trabalho. As cores utilizadas no mapa de
risco são padronizadas e estão relacionadas aos diferentes tipos de riscos identificados. As
cores mais comuns utilizadas no mapa de risco são:
- Vermelho: representa os riscos eminentemente graves e iminentes, que podem causar
acidentes com consequências graves ou fatais. Exemplos de riscos vermelhos em um
laboratório podem ser a exposição a substâncias químicas tóxicas ou inflamáveis, ou a
manipulação de materiais biológicos altamente infectantes.
- Laranja: representa os riscos graves, que podem causar acidentes com consequências graves,
mas que não são iminentes. Exemplos de riscos laranjas em um laboratório podem ser a
exposição a fontes de radiação ionizante ou a manipulação de substâncias químicas corrosivas.
- Amarelo: representa os riscos moderados, que podem causar acidentes com consequências
leves ou moderadas. Exemplos de riscos amarelos em um laboratório podem ser a exposição a
fontes de ruído ou vibração, ou a manipulação de substâncias químicas irritantes.
- Verde: representa os riscos leves, que podem causar acidentes com consequências mínimas.
Exemplos de riscos verdes em um laboratório podem ser a exposição a fontes de calor ou frio,
ou a manipulação de materiais biológicos de baixo risco.
- Azul: representa os equipamentos de combate a incêndio e as rotas de fuga. Exemplos de
equipamentos de combate a incêndio são extintores, sprinklers, mangueiras e hidrantes. As
rotas de fuga devem ser identificadas e sinalizadas de forma clara e visível.
É importante lembrar que o mapa de risco deve ser atualizado periodicamente e sempre que
houver mudanças no ambiente de trabalho. Além disso, ele deve ser divulgado e discutido com
os trabalhadores, de forma a conscientizá-los sobre os riscos e perigos presentes no ambiente
de trabalho e a promover a adoção de medidas preventivas.

Classificação de artigos médicos hospitalares:


Os artigos médicos hospitalares podem ser classificados em três categorias principais de
acordo com o seu risco de transmissão de infecções: não críticos, semicríticos e críticos.
- Artigos não críticos: são aqueles que entram em contato apenas com a pele íntegra do
paciente, não penetrando no corpo ou em cavidades estéreis. Exemplos incluem termômetros,
estetoscópios e luvas de procedimento. Esses artigos devem ser limpos e desinfetados entre
cada uso.
- Artigos semicríticos: são aqueles que entram em contato com mucosas ou pele não íntegra do
paciente, como sondas uretrais e endoscópios flexíveis. Esses artigos devem ser limpos e
desinfetados ou esterilizados antes de cada uso.
- Artigos críticos: são aqueles que entram em contato com tecidos estéreis ou sistema vascular
do paciente, como cateteres intravasculares e instrumentos cirúrgicos. Esses artigos devem ser
esterilizados antes de cada uso, geralmente por meio de autoclave ou outro método adequado
de esterilização.

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