Você está na página 1de 78

 Biossegurança “é o conjunto de ações voltadas

para a prevenção, minimização ou eliminação


de riscos inerentes às atividades de pesquisa,
produção, ensino, desenvolvimento,
tecnologia e prestação de serviço visando a
saúde do homem, dos animais, a preservação
do meio ambiente e a qualidade dos
resultados” [CTbio/FIOCRUZ].
 Assepsia: é o conjunto de medidas adotadas para impedir
que determinado meio seja contaminado.
 Anti-sepsia: é a eliminação das formas vegetativas de
bactérias patogênicas de um tecido vivo.
 Limpeza: é a remoção da sujidade de qualquer superfície,
reduzindo o número de microrganismos presentes. Esse
procedimento deve obrigatoriamente ser realizado antes da
desinfecção e/ou esterilização.
 Desinfecção: é um processo que elimina microrganismos
patogênicos de seres inanimados, sem atingir
necessariamente os esporos. Pode ser de alto nível,
intermediário ou baixo.
 Esterilização: é um processo que elimina todos os
microrganismos: esporos, bactérias, fungos e protozoários.
Os meios de esterilização podem ser físicos ou químicos.
 Artigos : Instrumentos de naturezas diversas, que podem ser
veículos de contaminação.
 Artigos Críticos: São aqueles que penetram através da pele e
mucosa adjacente. Estão nesta categoria os materiais como
agulhas, lâminas de bisturi, sondas exploradoras, sondas
periodontais, materiais cirúrgicos e outros. Exigem esterilização
ou uso único (descartáveis).
 Artigos Semi-Críticos: São aqueles que entram em contato com a
pele não íntegra ou com mucosas íntegras, como condensadores
de amálgama, espátulas de inserção de resinas, alicates de uso
ortodôntico etc. Exigem desinfecção de alta atividade biocida ou
esterilização.
 Artigos Não-Críticos: São destinados ao contato com a pele
íntegra do paciente. Requerem limpeza ou desinfecção de baixo
ou médio nível.
 Artigos Descartáveis: São aqueles que após o uso perdem suas
características originais.
 Procedimentos críticos: quando há penetração no
sistema vascular (cirurgias e raspagens
subgengivais)
 Procedimentos semi-críticos: quando entram em
contato com secreções orgânicas (saliva) sem
invadir o sistema vascular (inserção de material
restaurador, aparelho ortodôntico).
 Procedimentos não críticos: quando não há
contato com secreções orgânicas nem penetração
no sistema vascular. Na Odontologia não existe
nenhum procedimento que possa ser classificado
nessa categoria.
 Barreira : Pode ser considerada como um bloqueio
físico que deve existir nos locais de acesso à área
onde seja exigida assepsia e somente se permita
a entrada de pessoas com indumentária
apropriada (paramentação) e/ou todo meio físico
que possa ser utilizado como forma de impedir
ou dificultar o carreamento de agentes
patogênicos de um indivíduo para outro.
 Enxágüe: Processo efetuado com água corrente
potável.
 Secagem: É o processo efetuado com papel
toalha, secadora de ar quente ou ar comprimido.
 EPI:Equipamentos de Proteção Individual.
 Lavatório: Peça sanitária destinada
exclusivamente à lavagem de mãos.
 Pia de lavagem: Peça sanitária destinada à

lavagem de artigos.
 Monitoramento: Controlar a rotina operacional

e mantê-la dentro do padrão estabelecido.


 Protetores oculares, máscaras, luvas, gorros, avental,
protetores oculares para luz halógena, roupa branca de uso
exclusivo para o atendimento no consultório, avental
plumbífero (para gônadas e tireóide) e outros.
 As formas de contaminação são:
a) Direta: Ocorre pelo contato direto entre o
portador e o hospedeiro, por exemplo: doenças
sexualmente transmissíveis, hepatites virais,
HIV...
b) Indireta: Quando o hospedeiro entra em contato
com uma superfície ou substância contaminada,
por exemplo: hepatite B, herpes simples...
c) À distância: Através do ar, o hospedeiro entra
em contato com os microorganismos, por
exemplo: tuberculose, influenza, sarampo,
varicela...
Tipos de luvas
a) Luvas de borracha grossa
São usadas para manipular materiais, instrumentais contaminados e durante os procedimentos de
limpeza e desinfecção do consultório. Deve-se utilizar um par para cada tipo de procedimento:
- um par para limpeza e desinfecção de instrumentais e materiais;
- um par para limpeza e desinfecção de pisos;
- um par para limpeza e desinfecção de equipamentos e similares.
Indica-se o uso de cores diferentes para identificação das luvas.
As luvas deverão ser lavadas com água e sabão, secadas, desinfetadas e colocadas ao ar de ponta
à cabeça, em um lugar específico. Não devem ficar dentro de gavetas com outros artigos.

b) Luvas para procedimentos semi-críticos


São usadas para procedimentos não invasivos.
- Lavar as mãos com água e sabão líquido, secando-as com toalha de papel antes de se calçar as
luvas;
- Descartar as luvas, após o uso, no lixo contaminado;
- Não reutilizá-las;
- Lavar as mãos após retirar as luvas e secar com toalha de papel.
c) Luvas para procedimentos críticos
São aquelas para procedimentos invasivos.
- Lavar e escovar as mãos com água e sabão líquido,
utilizando a seguir solução anti-séptica, secando-as
com toa-lhas de papel antes de se calçar as luvas;
- Em procedimentos de longa duração, acima de 2
horas, recomenda-se trocar as luvas durante o
procedimento;
- Descartar as luvas, após o uso, no lixo contaminado;
- Não reutilizá-las;
- Lavar as mãos após retirar as luvas e secá-las com
toalha de papel.
Uso de Máscaras no Consultório
A máscara é a mais importante medida de proteção das vias aérea
superiores contra os microorganismos presentes nos aerossóis
produzidos durante os procedimentos odontológicos.
O uso adequado da máscara facial deve:
a) Promover conforto e boa adaptação;
b) Não irritar a pele;
c) Não embaçar o protetor ocular;
d) Não ficar pendurada no pescoço (a máscara é considerada material
contaminado);
e) Descartá-la após o uso;
f) Trocar a máscara no intervalo entre os pacientes. As máscaras
úmidas perdem o poder de filtração, facilitando a penetração dos
aerossóis bacterianos.
g) Sempre utilizar na posição correta, de modo a evitar o embaçamento
dos óculos de proteção.
 Uso de gorros descartáveis no consultório: Devem sempre ser usados no
consultório, pois evitam que haja a contaminação dos cabelos dos
profissionais por gotículas de saliva e de sangue provenientes da
cavidade bucal. Impede também a infestação paciente/profissional por
piolhos.
 Uso de óculos de proteção no consultório: A proteção dos olhos do
cirurgião-dentista e do pessoal auxiliar deve ser feita com óculos de
proteção ou com protetor ocular especial. Os olhos do profissional e do
auxiliar, assim como todo o rosto, podem ser atingidos pelos aerossóis
ou partículas dos procedimentos realizados. Estas partículas podem
lesar e contaminar a córnea. É importante que, após o atendimento do
paciente, os óculos contaminados sejam lavados com sabão líquido,
soluções detergentes, e anti-sépticas (devem ser desinfetados com
glutaraldeído a 2% por 30 minutos sob imersão) e, então, sejam bem
enxaguados e secos com toalhas de papel ou guardanapos. É necessário
também o uso de óculos de proteção para o paciente, que têm a
finalidade de proteger os olhos de produtos irritantes, contaminados,
pérfuro-cortantes , luzes ...
 Uso de aventais no consultório: O avental, de preferência, deve
ser descartável, ter gola do tipo “gola de padre”, com mangas
longas, punho de elástico e com comprimento de ¾ cobrindo os
joelhos. Pode ser confeccionado em algodão ou polipropileno.
Deve ser sempre usado nos atendimentos odontológicos,
devendo-se trocar o avental diariamente e sempre que for
contaminado por fluidos corpóreos. Retirar todas as vezes que
sair da sala clínica. Evitar manipular o avental contaminado. Após
o uso, ele deve ser acondicionado em saco plástico e só retirado
para lavagem (quando não for descartável).
 Como lavar o avental quando for de algodão ou similar: Deve ser
imerso em solução de hipoclorito de sódio a 1% diluído em 5
partes de água por 30 minutos, ser fervido, e depois lavado.
 Como guardar o avental: Deve-se destinar um módulo ou
gaveteiro à parte, apenas para a guarda desses aventais.
Gorro

Protetores Oculares
Máscara

Luvas

Avental

Calça Comprida

Sapato Fechado
 As barreiras podem ser assim classificadas:
a) As que protegem o profissional (EPI): luvas, máscaras,
gorros e vestuários;
b) As que protegem superfícies: folhas de alumínio, folhas de
plástico (capa plástica e filme de pvc);
c) As que impedem a contaminação de pontos específicos:
controle de pé nas cadeiras, uso de flush (sistema de
autolimpeza nos equipamentos), canetas de alta rotação
que podem ser autoclaváveis, uso de sabão anti-sépticos
líquidos no consultório, toalhas de papel descartáveis e
adoção de um fluxo para descontaminação, lavagem,
secagem e esterilização de instrumentais (EAS);
Na redução de microorganismos nos aerossóis: técnicas de
anti-sepsia, uso de suctores de alta potência e identificação
do paciente de risco;
 Proteção de superfícies:
As superfícies mais contaminadas pelas mãos do
profissional e seu auxiliar são:
– Cabos e interruptores;
– Encosto de cabeça;
– Comando manual da cadeira;
– Pontas - seringa tríplice, alta-rotação e micro-motor;
– Encaixe das pontas;
– Unidade auxiliar;
– Unidades de controle;
– Mesa auxiliar;
– Cabo de RX e seus controles.
EPI
•O processamento de artigos compreende a
limpeza e a desinfecção e/ou esterilização de
artigos. Esses processos devem seguir o
fluxo descrito no quadro a seguir, de modo a
evitar o cruzamento de artigos não
processados (sujos) com artigos desinfetados
ou esterilizados (limpos).
•Para facilitar a adequação dos procedimentos
e orientar o processamento dos artigos,
adota-se a classificação que leva em
consideração o risco potencial de
transmissão de infecção. Os artigos são
classificados em críticos, semi-críticos e não-
críticos
 A limpeza é a remoção mecânica de
sujidades, com o objetivo de reduzir a carga
microbiana, a matéria orgânica e os
contaminantes de natureza inorgânica, de
modo a garantir o processo de desinfecção e
esterilização e a manutenção da vida útil do
artigo. Deve ser realizada em todo artigo
exposto ao campo operatório.
 Estudos têm demonstrado que a limpeza
reduz, aproximadamente 105ufc do
contingente microbiano presente nos artigos
e superfícies (Rutala, 1996).
 Deve ser feita utilizando-se os EPIs próprios
para uso na sala de utilidades (luvas de
borracha resistente e de cano longo, gorro,
máscara, óculos de proteção, avental
impermeável e calçados fechados).
 O manuseio dos artigos deve ser cuidadoso
para evitar acidentes ocupacionais.
 Os instrumentos que têm mais de uma parte
devem ser desmontados; as pinças e tesouras
devem ser abertas, de modo a expor ao
máximo suas reentrâncias.
 A limpeza deve ser realizada imediatamente
após o uso do artigo. Pode-se fazer a imersão
em solução aquosa de detergente com pH
neutro ou enzimático, usando uma cuba
plástica, mantendo os artigos totalmente
imersos para assegurar a limpeza adequada.
 O preparo da solução e o tempo de
permanência do material imerso devem seguir
as orientações recomendadas pelo fabricante.
“Todo artigo médico-
odontológico
contaminado deve ser
limpo precedendo ou
não a desinfecção ou
esterilização”
O que precisa?
Pia exclusiva com cuba funda (preferencialmente).
Bancada para apoio, deve ser lavável.
Cuba plástica para colocar a solução de limpeza(água
e sabão ou solução enzimática).
Escovas e/ou esponjas para a limpeza dos artigos.
Falso tecido descartável ou tecido(deve ser lavado
após o uso, e ser exclusivo) para enxugar os artigos.
A limpeza e secagem do artigo é obrigatória antes da
desinfecção ou esterilização.
Após o procedimento os utensílios devem ser limpos
(cuba, escovas, etc), pode fazer a desinfecção com
Hipoclorito de sódio 0,5 – 1%.
Definir qual procedimento o artigo vai se submetido:
desinfecção ou esterilização.
É o procedimento realizado manualmente
para a remoção de sujidade, por meio de
ação física aplicada sobre a superfície do
artigo, usando:
a) Escova de cerdas macias e cabo longo.
b) Escova de aço para brocas.
c) Escova para limpeza de lúmen.
d) Pia com cuba profunda específica para este
fim e preferentemente com torneira com jato
direcionável.
e) Detergente e água corrente.
É o procedimento automatizado para a
remoção de sujidade por meio de lavadoras
com jatos de água ou lavadoras com ultra-som
de baixa freqüência, que operam em diferentes
condições de temperatura e tempo.
Esse tipo de limpeza diminui a exposição dos
profissionais aos riscos ocupacionais de
origem biológica, especialmente, aos vírus da
hepatite e HIV.
CUBA ULTRASSÔNICA

LAVADORA

DETERGENTE ENZIMÁTICO
Deve ser realizado em água potável e corrente,
garantindo a total retirada das sujidades e do
produto utilizado na limpeza.
 Serve para verificar a eficácia do processo de
limpeza e as condições de integridade do artigo.
Se necessário, deve-se proceder novamente à
limpeza ou à substituição do artigo.
 Quando o artigo for fabricado em liga metálica
sujeita a corrosão, como o aço carbono, ou
apresentar articulações com componentes de
ligas metálicas diferentes, há sempre a
possibilidade de desenvolver corrosão quando o
processo de esterilização for realizado em
autoclave.
 Nesses casos, pode-se preveni-la com a
utilização de leite mineral hidrossolúvel ou de
produtos similares como a solução aquosa de
nitrito de sódio a 1% (FERREIRA et al., 2001).
 Os artigos sujeitos à corrosão deverão, após
a limpeza, ser imersos na solução pelo tempo
recomendado pelo fabricante, secados e
embalados para serem esterilizados.
 A corrosão poderá ser removida, desde que

não comprometa a utilização do artigo, pela


utilização de soluções ácidas pré-aquecidas,
seguindo as orientações do fabricante. Não
devem ser utilizados produtos e objetos
abrasivos.
Deve ser criteriosa para evitar que a umidade
interfira nos processos e para diminuir a
possibilidade de corrosão dos artigos.
Pode ser realizada com a utilização de pano

limpo e seco, exclusivo para esta finalidade,


secadora de ar quente/frio, estufa regulada
para este fim e/ou ar comprimido medicinal.
Os artigos utilizados na cavidade bucal
exigem o máximo rigor no processamento,
recomendando-se a sua esterilização por
autoclave.
Isto pode ser justificado pelo fato de que o

uso de desinfetantes não assegura a


eliminação de todos os patógenos,
especialmente, os esporos bacterianos.
 A desinfecção é definida como um processo físico ou
químico que elimina a maioria dos microorganismos
patogênicos de objetos inanimados e superfícies,
com exceção de esporos bacterianos.
 Este processo deve definir a potência de desinfecção,
de acordo com o artigo a ser tratado.
 Block, 2001 classifica a desinfecção como sendo de
baixo, médio e alto nível.
 Existem diversos produtos para desinfecção que
devem possuir registro junto ao Ministério da Saúde
e necessitam ser avaliados com relação ao custo –
benefício, à eficácia e ao artigo a ser processado.
 Está proibido em São Paulo capital e Santos;
 A municipalização das Vigilância em Saúde

ocorre desde 2003;


 Ainda a venda de forma irregular;
 Motivos: entre eles a toxicidade causada à

equipe e aos tecidos do paciente, resistência


a diversos microorganismos (microbactérias e
outros), e sua inativação quando em contato
com matéria orgânica.
 O ácido peracético é uma substância que
esteriliza em imersão de 30 min e realiza
desinfecção de alto grau em 15 min. Deve ser
utilizado como esterilizante somente para artigos
termo-sensíveis.
 A melhor indicação para o ácido peracético é na
desinfecção de superfícies que é insuperável
quando comparada à ação do álcool 70%,
quaternário de amônio e outras substâncias.
 Esterilização química deve ser evitada, e algumas
VS proibem este procedimento
A embalagem deve permitir a penetração do
agente esterilizante e proteger os artigos de
modo a assegurar a esterilidade até a sua
abertura.
 Para esterilização em autoclave, recomenda-se
papel grau cirúrgico, papel crepado, tecido não-
tecido, tecido de algodão cru (campo duplo),
vidro e nylon, cassetes e caixas metálicas
perfuradas.
 Embalagens compostas de papel grau cirúrgico
e/ou filme plástico polipropileno- polietileno e
nylon devem ter o ar removido antes da selagem,
pois o ar atua como um obstáculo na transmissão
de calor e de umidade.
 Pinças e tesouras devem ser esterilizadas com
suas articulações abertas.
 O fechamento do papel grau cirúrgico e filme
plástico ou do nylon deve promover o
selamento hermético da embalagem e
garantir sua integridade.
A faixa de selagem deve ser ampla,
preferencialmente, de 1 cm ou reforçada por
duas ou três faixas menores.
 Recomenda-se promover o selamento
deixando uma borda de 3 cm, o que facilitará
a abertura asséptica do pacote.
 As embalagens devem ser identificadas antes
da esterilização.
 A identificação deve ser feita em fita ou
etiqueta adesiva e deve conter a descrição do
conteúdo, quando necessário, data e validade
da esterilização e nome do funcionário
responsável pelo processamento do artigo.
 A improvisação de embalagens para o
processamento de artigos odontológicos é
contra-indicada.
Tipos de invólucros para esterilização em
estufa
Caixa metálica – preferencialmente de
alumínio.

Embalagem individual com material kraft


Tipos de invólucros para esterilização em
autoclave
 A esterilização é o processo que visa destruir ou
eliminar todas as formas de vida microbiana
presentes, por meio de processos físicos ou
químicos.
 Para garantir a esterilização, é fundamental que os
passos já citados do processamento de artigos sejam
seguidos corretamente.
 Na Odontologia, os processos de esterilização
indicados são:
a) Físicos: utilizando-se o vapor saturado sob pressão
(autoclave).
b) Químicos: utilizando-se soluções de glutaraldeído a
2% e de ácido peracético a 0,2%.
 Destaca-se que os artigos metálicos deverão
ser esterilizados por processo físico visto
serem termorresistentes.
 A esterilização química deve ser utilizada em

artigos termossensíveis apenas quando não


houver outro método que a substitua.
 Ressalta-se que os artigos termossensíveis

devem ser prioritariamente esterilizados por


meio de processo físico.
VAPOR SATURADO SOB PRESSÃO
 Realizado em autoclave, onde os
microorganismos são destruídos pela ação
combinada da temperatura, pressão e umidade,
que promove a termocoagulação e a
desnaturação das proteínas da estrutura
genética celular.
 Atualmente, existem três tipos de autoclave
disponíveis no mercado:
 gravitacional: o ar é removido por gravidade, sendo
que o ar frio, mais denso, tende a sair por um ralo
colocado na parte inferior da câmara,quando o vapor
é admitido. No Brasil, as autoclaves destinadas à
Odontologia funcionam, em quase sua totalidade,
pela forma de deslocamento por gravidade;
 pré-vácuo: o ar é removido com o uso de bombas de
vácuo, podendo ser um único pulso (alto vácuo) ou
seguidas injeções e retiradas rápidas de vapor
(pulsos de pressurização).
 ciclo flash: recomendado para esterilização apenas
em situações de uso imediato do artigo, seja
acidentalmente contaminado durante um
procedimento ou na ausência de artigo de reposição.
Os padrões de tempo, temperatura e pressão
para esterilização pelo vapor variam de acordo
com o aparelho e encontram-se dentro de:
121° C a 127° C (1 atm pressão) por 15 a 30

minutos
132° C a 134° C (2 atm pressão) por quatro a

sete minutos de esterilização.


1. O material, devidamente embalado, deve ser
colocado na câmara da autoclave desligada, não
ultrapassando 2/3 de sua capacidade total e sem
encostar-se às laterais, dispondo-se os pacotes de
modo que o vapor possa circular livremente e atinja
todas as superfícies do material.
2. Embalagens compostas por papel e filme devem ser
colocadas com o papel para baixo.
3. Deve-se fechar o equipamento e selecionar o ciclo
desejado, caso seja possível.
4. Após a conclusão do ciclo, deve-se abrir o
equipamento e aguardar que a temperatura caia a
60º C para a retirada do material. Nesta etapa, o
profissional deve utilizar todos os EPIs.
 Deve-se limpar as superfícies internas e
externas da autoclave com esponja macia,
água e sabão neutro, semanalmente ou
sempre que apresentarem sujidade visível, e,
em seguida, remover o sabão com um pano
umedecido e secar com um pano limpo.
 A troca da água, quando requerida pelo
equipamento, e a limpeza das tubulações
internas devem ser realizadas por técnico
especializado, com a periodicidade
preconizada pelo fabricante do equipamento.
AUTOCLAVE 21L
Calor Seco
O processo de esterilização ocorre
com o aquecimento dos artigos por
irradiação do calor das paredes
laterais e da base da estufa, com
conseqüente destruição dos
microorganismos por um processo
de oxidação das suas células, após
a desidratação do núcleo.
MÉTODO TEMPERATURA TEMPO

Autoclave:
121°C (1atm) 20 min
- por gravidade
- por alto-vácuo 132°C (2atm) 04 min

Estufa 160°C 120 min


170ºC 60 min

Imersão em Glutaraldeído a
- 10 horas
2%
MATERIAL TIPO DE MATERIAL PROCESSO
Brocas aço, carbide, tungstênio Autoclave ou Estufa
Instrumental de Endodontia aço inox e outros Autoclave ou Estufa
Moldeiras resistentes ao
alumínio ou inox Autoclave ou Estufa
calor
Moldeiras não resistentes ao
cera ou plástico Agentes Químicos
calor

Instrumental aço Autoclave ou Estufa


Bandejas ou Caixas metal Autoclave ou Estufa
Discos e Brocas de
borracha Agente Químico
Polimento
Discos e Brocas de
pedra Autoclave ou Estufa
Polimento
Placas e Potes vidro Autoclave ou Estufa
GLUTARALDEÍDO A 2%
 Sua ação germicida se dá pela alquilação de grupos
sulfidril, hidroxil, carboxil e amino, grupos de
componentes celulares, alterando o RNA, DNA e as
sínteses protéicas.
 Após a realização da limpeza e secagem do artigo,
este deve ser imerso totalmente na solução de
glutaraldeído a 2%, em recipiente de plástico e com
tampa, por 10 horas.
 O profissional deve fazer uso de EPIs durante
a manipulação, tais como avental, luvas de
borracha (butílica/viton), óculos e máscaras
próprias para vapores orgânicos.
 O enxágüe final deve ser rigoroso, em água
estéril, e a secagem, com compressas
esterilizadas, é obrigatória, devendo o artigo
ser utilizado imediatamente. É recomendado
que o manuseio desta solução seja realizado
em ambiente com boa ventilação.
ÁCIDO PERACÉTICO À 0,2%
 O ácido peracético a 0,2% promove
desnaturação de proteínas, alteração na
permeabilidade da parede celular, oxidação de
ligações sulfidril e sulfúricas em proteínas,
enzimas e outros componentes básicos.
 Deve-se salientar que a esterilização química
deve ser utilizada somente nas situações em
que não há outro recurso disponível.
CUBA PLÁSTICA PARA IMERSÃO
 O instrumental deve ser armazenado em local
exclusivo, separado dos demais, em armários
fechados, protegido de poeira, umidade e insetos, e
a uma distância mínima de 20 cm do chão, 50 cm do
teto e 5 cm da parede, respeitando-se o prazo de
validade da esterilização.
 O local de armazenamento deve ser limpo e
organizado periodicamente, sendo verificados sinais
de infiltração, presença de insetos, retirando-se os
pacotes danificados, com sinais de umidade, prazo
de validade da esterilização vencido, etc.
 Estes artigos devem ser reprocessados novamente.
 Na distribuição, os pacotes esterilizados devem ser
manipulados o mínimo possível e com cuidado.
Cada serviço deve realizar a validação
do prazo de esterilização dos artigos,
recorrendo a testes laboratoriais de
esterilidade, considerando os tipos de
embalagem utilizados, os métodos de
esterilização, as condições de manuseio
e os locais de armazenamento.
 7 DIAS DE ARMAZENAMENTO
2/3 da
capacidade

Você também pode gostar