Você está na página 1de 2

ESCOLA: CESAR ALMEIDA

ANO: 9º anos - ROTEIRO DE ESTUDO/ATIVIDADES


COMPONENTE CURRICULAR: ARTE
PROFESSORA: GISLLAINY - CREF:010038/GPA

A História da moda: Conceito e apreciação.


A moda surgiu em meados do século XV no início do renascimento europeu. A palavra moda significa
costume e provém do latim modus. A variação da característica das vestimentas surgiu para diferenciar o
que antes era igual, usava-se um estilo de roupa desde a infância até a morte. A partir da Idade Média, as
roupas eram diferentes seguindo um padrão que aumentava segundo a classe social, houve até leis que
restringiam tecidos e cores somente aos nobres. A burguesia que não era nobre, mas era rica, passou a
imitar o estilo nobre das roupas iniciando um processo de grande trabalho aos costureiros que a partir de
então, eram obrigados a produzirem diferentes estilos para diferenciar os nobres dos burgueses. Com a
revolução industrial no século XVIII, o custo dos tecidos diminuiu bastante, em 1850 com a invenção das
máquinas de costura o custo dos tecidos caiu ainda mais. A partir de então, até os mais humildes puderam
comprar roupas melhores. Mesmo após a facilidade das confecções, as mulheres ainda eram privadas da
modernidade continuando a usar roupas sob medida. A partir desta dificuldade, surgiu a alta costura que
produzia diferentes estilos por meio de estilistas que inventavam tendências.
A moda vai além das tendências de
cores e cortes. Ela evidencia gerações
e marca a identidade de
personalidades. Pode-se analisar a
construção histórica do homem e da
sociedade pelas suas vestimentas e
pelo seu comportamento. No universo
feminino, a moda era ditatorial, os
vestidos longos e pesados eram
desconfortáveis e nada práticos,
usava-se várias saias, formando
diversas camadas. O homem bem-
vestido era aquele que usava paletós e
calças, mas o tecido era grosso e
quente, ainda havia os coletes, lenços
e chapéus. Com a Primeira Guerra Mundial (1914-1918), as mulheres passaram a integrar o mercado de
trabalho, assim, as saias encurtaram e proporcionaram praticidade e leveza.
As calças se popularizaram alguns anos depois, nos quadris da estilista Coco Chanel. Fatos históricos
participam de toda a trajetória da moda, como o biquíni (grande impacto para a moda praiana da época),
nomeado assim, devido ao nome de uma ilha bombardeada na Segunda Guerra Mundial. Até os anos 20,
as classes sociais podiam ser identificadaspelas roupas que as pessoas usavam. Mas uma aceitação
bem- sucedida por parte das mulheres em aderir peças práticas ao armário tornou a moda mais acessível
e atraiu um grande número de adeptas.

Weena Tikuna lança grife exaltando os povos indígenas e a Amazônia

16 de mai. de 2021

Primeira indígena a atuar profissionalmente na moda com grife autoral,


Weena Tikuna demonstra orgulho da origem

Manaus – Natural de uma aldeia localizada em Tabatinga, no


Amazonas, a artista We’e’ena Tikuna , Weena Tikuna, lançou a
primeira grife de moda indígena, sem intermediários e projetada
totalmente por uma indígena nativa. Com características e materiais
regionais, a marca ganhou destaque em desfiles nacionais e We’e’ena
foi convidada para um evento em Milão, na Itália.
Utilizando materiais como sementes de açaí, palha
de tucumã, tururi, fibra de madeira, usado em
rituais do povo Tikuna, e tingimentos naturais nas
pinturas dos tecidos, como jenipapo e urucum, a
marca ‘’We’e’ena Tikuna Arte Indígena’’ expõe
elementos pioneiros na moda profissional.

Os grafismos nas peças têm diversas simbologias


e cada modelo expressa um significado diferente.
Imitando a escama de tartarugas e cobras, o peixe
bodó e penas de aves, a arte reflete a origem da
criadora. ‘’ O meu povo é conhecido pelos
grafismos, e somos divididos por clãs, retratados
em animais. O objetivo é transmitir essa
ancestralidade nas minhas peças’’, explica
We’e’ena Tikuna, a estilista por trás das obras.

Peças já desfilaram por Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília

Cada peça é produzida individualmente, uma por uma, por We’e’ena. Em tecido
de algodão, os grafismos são pintados à mão, com todo cuidado possível. “Eu
deposito minha espiritualidade e minha essência na coleção. Quem adquire uma
blusa, ou um vestido, leva junto toda cultura e história indígena, expressa através
da arte”, comenta, o que expõe, assim, que cada vestimenta é única.

Nas passarelas do Eco Fashion Week de São Paulo, We’e’ena apresentou a


marca, pela primeira vez, ganhando atenção na
indústria, e participou também da 3º edição do
Osasco Fashion Week.

A marca segue com êxito, e foi convidada para a


próxima edição do Eco Fashion Week de Milão,
programada ainda para 2020..

Origem

Cada peça da coleção de We'e'ena é única | Foto: Divulgação

Atualmente residindo em São Paulo, onde encontrou apoio para trabalhar na


arte, We’e’ena afirma que não tinha intenções iniciais de criar a grife. “A ideia
veio do meu marido, vendo o interesse das pessoas sobre como eu me
vestia. Há mais de 13 anos, faço minhas próprias roupas”.

O incentivo também veio do parceiro que é artista, apoiando a marca, e chegou a modelar para algumas
peças, apesar de ser violinista.

A mulher foi a primeira indígena que levou a própria coleção ao mundo da moda, exibindo ao lado de
grandes estilistas suas peças autorais. “Foi um momento histórico, muito importante para mim e para meu
povo.

Você também pode gostar