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continente
Compreende-se por arte africana a totalidade de expressões artísticas presentes no continente africano,
sobretudo na região subsaariana.
A África é grandiosa, tanto em termos geográficos, como em diversidade cultural, pois são muitos países que
a compõe. Dessa forma, suas populações possuem particularidades e costumes diferentes, o que,
obviamente, se reflete na arte produzida por elas.
De qualquer maneira, existem algumas características que se mantém nas manifestações artísticas desses
povos.
A história da arte africana originou-se no período pré-histórico, quando a humanidade ainda não havia
inventado a escrita.
Suas esculturas mais antigas encontradas, datam de 1.500 a.C., e foram produzidas pela cultura Nok, na
região onde hoje se localiza a Nigéria.
Escultura em terracota da
cultura Nok, na atual Nigéria. Crédito: Cedric Hernandez
Na África subsaariana, o povo Igbo Ukwu realizou belos trabalhos em metais, principalmente bronze, além de
utilizar a terracota, marfim e pedras preciosas.
Mas o material mais utilizado pelos povos africanos certamente foi a madeira, com a qual produziram
máscaras e esculturas.
Infelizmente, grande parte dessas peças se perdeu, devido às intempéries climáticas e também por conta da
intolerância religiosa por parte dos muçulmanos e cristãos, que entraram em contato com essas civilizações
e destruíram parte de seus acervos culturais.
Máscaras africanas
As máscaras são recorrentes na maior parte dos povos da África.
Nas várias culturas que lá existem, elas fazem parte do universo artístico e expressivo, além de serem fortes
elementos de conexão entre os seres humanos e o mundo espiritual.
Outra ponto importante é o fato de essas peças serem criações de uma pessoa especial na comunidade. Lá,
os artistas têm a responsabilidade de produzir máscaras que representem toda a coletividade, e não apenas
os anseios e inspirações individuais, como no Ocidente.
Alguns artistas se depararam nesse período com a arte produzida pelos povos africanos e ficaram
impactados, incorporando assim elementos afros em suas produções.
O artista que usou a arte africana mais intensamente foi o espanhol Pablo Picasso. Esse pintor incluiu
referências diretas dessa arte em suas obras, sobretudo de máscaras tribais.
Picasso foi um dos responsáveis pela criação do movimento cubista, que fragmentava as figuras, trazendo
uma nova maneira de enxergar o mundo e representá-lo.
Mas antes da fase cubista, o pintor esteve mergulhado em inspirações da arte da África e produziu muitas
obras com alusões africanas, o que o auxiliou a chegar às bases do cubismo.
Certamente, o que impressionou os europeus foi a liberdade, imaginação e capacidade dos povos africanos
de relacionar o universo profano com o sagrado, o que foi ao encontro dos interesses dos modernistas.
Estipula-se um período de cinco anos para que esse patrimônio volte aos seus países de forma temporária ou
permanente.
Entretanto, assim como no resto do mundo, a África continua produzindo arte e possui também artistas
contemporâneos com produções que trazem enorme contribuição para o mundo atual.
Autorretratos
da artista Zanele Muholi, da África do Sul, feitos por volta de 2012
Alguns nomes de destaque, suas nacionalidades e linguagens artísticas, são:
Atualmente, existem cerca de 300 etnias indígenas no Brasil, cada uma com comportamentos e costumes
diferentes. Entretanto, existem várias características comuns encontradas em diversas tribos.
Desta forma, cerâmica, máscaras, pintura corporal, cestaria e plumagem resultam em uma arte tradicional
compartilhada: a arte indígena.
Vale lembrar que a utilização de partes de animais no artesanato é exclusiva dos povos das florestas, mas
sua comercialização é proibida.
Além disso, é preocupante constatar que as expressões artísticas dos povos indígenas vem sendo destruídas
rapidamente, assim como sua própria população.
Cerâmica Indígena
Importante destacar que os índios não utilizam a roda do oleiro e, ainda assim, conseguem desenvolver
impressionantes peças.
A cerâmica é produzida principalmente pelas mulheres, que criam recipientes, bem como esculturas. Para
torná-las mais bonitas, costumam usar a pintura com padrões gráficos próprios.
A cerâmica do povo Marajoara, cujo nome advém do local onde ela teve origem (a Ilha de Marajó) é conhecida
Normalmente, são utilizadas em ritos cerimoniais. Um exemplo é a tribo dos Karajá, que usa máscaras na
dança do Aruanã para representar heróis que conservam a ordem mundial.
Diz a lenda que as máscaras indígenas geralmente representam entidades que conflitavam com os índios no
passado. Deste modo, as festas e danças são feitas para alegrar e acalmar essas entidades.
Há máscaras grandes, feitas com palhas compridas, que chegam a cobrir o corpo todo. A máscara de
cerâmica é exclusiva dos índios da etnia Mati.
As tintas usadas são naturais, ou seja, são feitas de plantas e frutos. O jenipapo é o fruto mais usado. Os
índios o utilizam para escurecer a pele, enquanto o urucum dá o tom vermelho. Já o branco é conseguido
através da tabatinga.
São as mulheres que pintam os corpos e os desenhos têm valor simbólico, retratando um momento ou um
sentimento.
Os padrões gráficos mais elaborados são da cultura Kadiwéu. Já em 1560, essa pintura impactou os
colonizadores, que ficaram deslumbrados com tamanha técnica e beleza.
Infelizmente, hoje em dia essa tribo não realiza mais essa pintura corporal, empregando os padrões em peças
Assim como a pintura corporal, a arte plumária serve também para indicar os grupos sociais.
Na maior parte são os homens que desenvolvem a arte plumária. Essa arte passa por um ritual: primeiro a
caça, passando pelo tingimento (a chamada tapiragem), pelo corte nas formas desejadas, e por fim, a
amarração.
Há tribos que destinam as pinturas ao uso cotidiano, deixando as plumas para as comemorações e rituais
indígenas, inclusive funerais.
Esta cultura está marcada por sua relação com outras referências culturais, sobretudo indígena e europeia a
qual está em constante desenvolvimento no Brasil.
Características da Cultura Afro-Brasileira
Uma das principais características da cultura afro-brasileira é que não há homogeneidade cultural em todo
território nacional.
A origem distinta dos africanos trazidos ao Brasil forçou-os a apropriações e adaptações para que suas
práticas e representações culturais sobrevivessem.
Assim, é comum encontrarmos a herança cultural africana representada em novas práticas culturais.
As manifestações, rituais e costumes africanos eram proibidos. Só deixaram de ser perseguidos pela lei na
década de 1930, durante o Estado Novo de Getúlio Vargas.
Assim, elas passaram a ser celebradas e valorizadas, até que, em 2003, é promulgada a lei nº 10.639 (Lei de
Diretrizes e Bases da Educação).
Essa lei exigiu que as escolas brasileiras de ensino fundamental e médio tenham em seus currículos o ensino
da história e cultura afro-brasileira.
Devemos ressaltar que as regiões mais povoadas com a mão de obra africana foram: Bahia, Pernambuco,
Maranhão, Alagoas, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo, São Paulo e Rio Grande do Sul.
Isso devido à grande quantidade de escravos recebidos (região Nordeste) ou pela migração dos escravos
após o término do ciclo da cana-de-açúcar (região Sudeste).
Ela compõe os costumes e as tradições: a mitologia, o folclore, a língua (falada e escrita), a culinária, a
música, a dança, a religião, enfim, o imaginário cultural brasileiro.
As Festividades Populares
Festa de Yemanjá
O Carnaval, a maior festa popular brasileira, celebrada no início do ano e mobilizando a nação.
A Festa de São Benedito, principal festa do Congado (expressão da cultura afro-brasileira), comemorada no
final de semana após a Páscoa.
A Música e a Dança
A influência afro-brasileira está patente em expressões como Samba, Jongo, Carimbó, Maxixe, Maculelê,
Maracatu. Eles utilizam instrumentos variados, com destaque para Afoxé, Atabaque, Berimbau e Tambor.
Não podemos perder de vista que estas expressões musicais são também corporais. Elas refletem nas
formas de dançar, como no caso do Maculelê, uma dança folclórica brasileira, e do samba de roda, uma
variação musical do samba.
Temos outras expressões de música e dança como as danças rituais, o tambor de crioula, e os estilos mais
contemporâneos, como o samba-reggae e o axé baiano.
Finalmente, merece destaque especial a Capoeira. Ela é uma mistura de dança, música e artes marciais
proibida no Brasil durante muitos anos e declarada Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade em 2014.
A Culinária
Acarajé
A culinária é outro elemento típico da cultura afro-brasileira. Ela introduziu as panelas de barro, o leite de coco,
o feijão preto, o quiabo, dentre muitos outros.
Entretanto, os alimentos mais conhecidos são aqueles da culinária baiana, preparados com azeite dendê e
pimentas.
Destacam-se Abará, Vatapá e o Acarajé, bem como o Quibebe nordestino, preparado com carne-de-sol ou
charque; além dos doces de pamonha e cocada
E, por fim, o prato brasileiro mais conhecido de todos: a feijoada. Ela foi criada pelos escravos como uma
apropriação da feijoada portuguesa e produzida a partir dos restos de carne que os senhores de engenho não
consumiam. A Religião
Culto de Candomblé
A religião afro-brasileira se caracterizou pelo sincretismo com o catolicismo, donde unia aspectos do
cristianismo às suas tradições religiosas.
Isso ocorreu para que eles pudessem realizar as práticas religiosas africanas secretamente (associação de
santos com orixás), uma vez que a conversão era apenas aparente.
Assim, nasceram do sincretismo Batuque, Xambá, Macumba e Umbanda, enquanto se preservaram algumas
variações africanas da Quimbanda, Cabula e o Candomblé.
A África é também o continente que apresenta os piores indicadores socioeconômicos, a segunda maior
população e a terceira maior extensão do mundo.
● África Central
● África Ocidental
● África Oriental.
Lista de Países
Veja a seguir a lista de países por cada uma das regiões do continente africano.
África Meridional
Cinco países fazem parte da África Meridional:
1. África do Sul
● Capital: Pretória (Executiva), Bloemfontein (Judiciária), Cidade do Cabo (Legislativa)
● Moeda: Rand
2. Botsuana
● Capital: Gaborone
● Idioma: Inglês
● Moeda: Pula
3. Lesoto
● Capital: Maseru
● Moeda: Loti
4. Namíbia
● Capital: Windhoek
● Idioma: Inglês
● Moeda: Lilangeni
África Central
Nove países fazem parte da África Central, três dos quais pertencem aos PALOP - Países Africanos de Língua
Oficial Portuguesa (Angola, Guiné Equatorial e São Tomé e Príncipe):
1. Angola
● Capital: Luanda
● Idioma: Português
● Moeda: Kuanza
2. Camarões
● Capital: Yaoundé
3. Chade
● Capital: N'Djamena
4. Gabão
● Capital: Libreville
● Idioma: Francês
5. Guiné Equatorial
● Capital: Malabo
6. República Centro-Africana
● Capital: Bangui
● Idioma: Francês
7. República do Congo
● Capital: Brazzaville
● Extensão territorial aproximada: 342.000 km²
● Idioma: Francês
● Idioma: Francês
● Idioma: Português
● Moeda: Dobra
África Setentrional
Sete países fazem parte da África Setentrional, também chamada de África do Norte:
1. Argélia
● Capital: Argel
● Idioma: Árabe
2. Egito
● Capital: Cairo
● Idioma: Árabe
3. Líbia
● Capital: Trípoli
● Idioma: Árabe
● Moeda: Dinar
4. Marrocos
● Capital: Rabat
● Idioma: Árabe
● Moeda: Dirham
5. Sudão
● Capital: Cartum
● Idioma: Árabe
6. Tunísia
● Capital: Tunes
● Idioma: Árabe
África Ocidental
Dezesseis países fazem parte da África Ocidental, dois dos quais pertencem aos PALOP (Cabo Verde e Guiné-
Bissau):
1. Benin
● Capital: Porto Novo
● Idioma: Francês
2. Burkina Faso
● Capital: Ouagadougou
● Idioma: Francês
3. Cabo Verde
● Capital: Praia
● Idioma: Português
● Moeda: Escudo cabo-verdiano
4. Costa do Marfim
● Capital: Yamoussoukro
● Idioma: Francês
5. Gâmbia
● Capital: Banjul
● Idioma: Inglês
● Moeda: Dalasi
6. Gana
● Capital: Acra
● Idioma: Inglês
● Moeda: Cedi
7. Guiné
● Capital: Conacri
● Idioma: Francês
8. Guiné-Bissau
● Capital: Bissau
● Idioma: Português
9. Libéria
● Capital: Monróvia
● Idioma: Inglês
● Idioma: Francês
11. Mauritânia
● Capital: Nouakchott
● Idioma: Árabe
● Moeda: Uguia
12. Níger
● Capital: Niamei
● Idioma: Francês
13. Nigéria
● Capital: Abuja
● Idioma: Inglês
● Moeda: Naira
14. Senegal
● Capital: Dakar
● Idioma: Francês
● Idioma: Inglês
● Moeda: Leone
16. Togo
● Capital: Lomé
● Idioma: Francês
África Oriental
Dezoito países fazem parte da África Meridional, um dos quais pertence aos PALOP (Moçambique).
1. Burundi
● Capital: Bujumbura
2. Comores
● Capital: Moroni
3. Djibuti
● Capital: Djibuti
4. Eritreia
● Capital: Asmara
● Moeda: Nakfa
5. Etiópia
● Capital: Adis Abeba
● Idioma: Amárico
● Moeda: Birr
6. Madagáscar
● Capital: Antananarivo
● Moeda: Ariary
7. Malawi
● Capital: Lilongue
● Idioma: Inglês
● Moeda: Quacha
8. Maurícia
● Capital: Port Louis
● Idioma: Inglês
9. Moçambique
● Capital: Maputo
● Idioma: Português
● Moeda: Metical
10. Quênia
● Capital: Nairóbi
● Idioma: Suaíle
● Moeda: Shilling
11. Ruanda
● Capital: Kigali
12. Seychelles
● Capital: Vitória
● Idioma: Crioulo
13. Somália
● Capital: Mogadíscio
● Moeda: Xelim
15. Tanzânia
● Capital: Dodoma
16. Uganda
● Capital: Campala
● Idioma: Inglês
17. Zâmbia
● Capital: Lusaca
● Idioma: Inglês
● Moeda: Quacha
18. Zimbábue
● Capital: Harare
● Extensão territorial aproximada: 390.760 km²
● Idioma: Inglês
São muitos os tipos, significados, usos e materiais que compõem essas peças, sendo que um mesmo povo
pode ter várias máscaras diferentes.
Esses objetos fazem parte da enorme riqueza do continente africano, e ficaram conhecidos no Ocidente, em
grande parte, por conta das vanguardas artísticas europeias. Alguns artistas dessas correntes passaram a
integrar referências claras da arte africana em suas próprias obras.
Dive
rsos exemplares de máscaras africanas
As máscaras africanas e os rituais
Apesar de serem reconhecidas como objetos artísticos, as máscaras africanas, na realidade, representam
muito mais do que meros adereços para as populações que as utilizam. Elas são símbolos ritualísticos que
têm o poder de aproximar as pessoas da espiritualidade.
Essas peças são produzidas como instrumentos essenciais em diversos ritos, como rituais de iniciação,
nascimentos, funerais, celebrações, casamentos, curas de doentes e outras ocasiões importantes.
Em geral, os rituais contam também com música e dança, além de vestimentas próprias. É criada uma
atmosfera "mágica" a fim de transformar os participantes que vestem as máscaras em representações de
antepassados, espíritos, animais e deuses.
Danças Africanas
As danças africanas integram a extensa cultura do continente africano e representam uma das
muitas maneiras de comunicação cultural.
Esse tipo de manifestação é de extrema importância para o seu povo, constituindo parte essencial
da vida.
É uma maneira de estarem sempre conectados com seus antepassados e carrega uma poderosa
carga espiritual, emocional e artística, além do entretenimento e diversão.
Apresentação de Dança
Africana em Porto Elizabeth, África do Sul
Apesar de o continente africano ter uma grande extensão com diversos países e culturas diferentes,
podemos destacar como pontos comuns na dança da maioria dos povos africanos:
A partir do estilo de dança africano evoluíram ritmos hoje bastante conhecidos pelo brasileiro, como
Na visão da maioria dos povos africanos, a dança é uma importante fonte de conexão religiosa.
Nela, o corpo é o instrumento de ligação com o mundo dos espíritos.
Há a crença de que, dependendo do ritual, a dança deve ser executada com os pés descalços para
promover a ligação do espírito com a terra.
O ritmo é considerado elemento de passagem para o mundo espiritual para onde o participante é
levado após um transe.
A coreografia é executada com o sacolejo dos corpos de bailarinos que carregam pesadas joias
talhadas em pedra e âmbar.
Guedra
O guedra é realizado pelo “Povo Azul” do deserto do Saara. Essa manifestação cultural engloba as
populações da Mauritânia, Marrocos e Egito.
Essa é uma dança ritualística em que as pessoas movimentam-se em agradecimento aos elementos
da natureza: terra, ar, água e fogo. É caracterizada pelo toque de tambores a embalar bailarinos
trajados de azul e branco.
Schikatt
Também de origem marroquina, o schikatt é semelhante à dança flamenca. Nesse ritmo, os
bailarinos revelam movimentos com influência oriental e árabe.
Adornadas de véus coloridos que cobrem todo o corpo, as bailarinas também se cobrem de joias
enquanto balançam sob o som de palmas e instrumentos de percussão. Essa é a dança erótica da
mulher do Marrocos.
Gnawa
O gnawa é uma dança ritualística que marca a passagem de um mundo para outro.
Vestidos de branco, os bailarinos simulam a presença do deus Hadra, que é trazido para a Terra. Sob
o som de tambores e palmas, são executados movimentos acrobáticos.
Kizomba
Essa dança celebra a felicidade e a confraternização e espalhou-se por todo o continente africano.
Exibindo movimentos suaves e rítmicos, é cantada em crioulo e português.
Semba
Também de origem angolana, o semba é dançado em pares e tem a finalidade de divertir.
Danças afro-brasileiras
O Maracatu é um tipo de
música e dança afro-brasileira que combina vestimentas elaboradas e coloridas
No Brasil, a influência da cultura africana é enorme, por conta da vinda forçada de milhares de
africanos que vieram ao Brasil para serem escravizados.
Dessa forma, foram criados diversos gêneros musicais e estilos de dança no país com grande
influência africana. Alguns deles são:
● Samba de roda: surgida na Bahia, no século XVII, hoje é integra o Patrimônio Imaterial da
Humanidade.
Algumas têm formas abstratas com padrões geométricos, como é o caso das peças usadas pelo povo Bwa,
localizado em Burkina Faso. Para eles, esse tipo de adereço é relacionado diretamente com os espíritos da
floresta, seres invisíveis.
Já o povo Senufo, da Costa do Marfim, possui máscaras que valorizam a paciência e o pacifismo, expressos
pelos olhos semicerrados.
À esquerda,
máscara do povo Bwa. À direita, máscara da etnia Senufo
Diferente deles, os Grebo, também da Costa do Marfim, usam máscaras que exibem olhos bem abertos e
redondos. Esse tipo de olhar se relaciona a um estado de atenção e atitude raivosa.
Há também as máscaras que atuam como símbolos de animais, trazendo à tona as características desses
bichos, como a força do búfalo, por exemplo.
Algumas culturas se utilizam ainda de representações femininas em suas máscaras, como é caso da cultura
Punu, no Gabão, do povo Baga, de Guiné-Bissau e dos Idia, em Benin.
À esquerda, máscara do
povo Grebo (Costa do Marfim). À direita, máscara Punu (Gabão)
O respeito em torno desses objetos é enorme e o artesão que os produz precisa ser um iniciado na tribo. Ele
realiza rituais para que tenha a permissão de criar essas peças, que serão uma espécie de retrato dos anseios
coletivos.