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Arte Africana: a riqueza cultural desse grande

continente
Compreende-se por arte africana a totalidade de expressões artísticas presentes no continente africano,
sobretudo na região subsaariana.

A África é grandiosa, tanto em termos geográficos, como em diversidade cultural, pois são muitos países que
a compõe. Dessa forma, suas populações possuem particularidades e costumes diferentes, o que,
obviamente, se reflete na arte produzida por elas.

De qualquer maneira, existem algumas características que se mantém nas manifestações artísticas desses
povos.

Arte africana na história


Podemos dizer que os africanos conseguiram produzir uma arte bastante livre, mas ainda assim preservando
o rigor que suas tradições exigiam em busca de um entendimento da espiritualidade e ancestralidade.

A história da arte africana originou-se no período pré-histórico, quando a humanidade ainda não havia
inventado a escrita.

Suas esculturas mais antigas encontradas, datam de 1.500 a.C., e foram produzidas pela cultura Nok, na
região onde hoje se localiza a Nigéria.

Escultura em terracota da
cultura Nok, na atual Nigéria. Crédito: Cedric Hernandez
Na África subsaariana, o povo Igbo Ukwu realizou belos trabalhos em metais, principalmente bronze, além de
utilizar a terracota, marfim e pedras preciosas.

Mas o material mais utilizado pelos povos africanos certamente foi a madeira, com a qual produziram
máscaras e esculturas.
Infelizmente, grande parte dessas peças se perdeu, devido às intempéries climáticas e também por conta da
intolerância religiosa por parte dos muçulmanos e cristãos, que entraram em contato com essas civilizações
e destruíram parte de seus acervos culturais.

Máscaras africanas
As máscaras são recorrentes na maior parte dos povos da África.

Nas várias culturas que lá existem, elas fazem parte do universo artístico e expressivo, além de serem fortes
elementos de conexão entre os seres humanos e o mundo espiritual.

Máscara do povo africano


Dogon (Mali)
Elas foram e são produzidas, na maior parte das vezes, como instrumento de rituais, de maneira que se
tornam também disfarces, representações de deuses, de forças da natureza, antepassados e de seres de
outro mundo, além de animais.

Outra ponto importante é o fato de essas peças serem criações de uma pessoa especial na comunidade. Lá,
os artistas têm a responsabilidade de produzir máscaras que representem toda a coletividade, e não apenas
os anseios e inspirações individuais, como no Ocidente.

Veja também: Máscaras africanas: importância e significados

A influência da África na arte moderna


No final do século XIX e início do século XX, novas bases para a arte ocidental estavam sendo criadas, foram
as chamadas vanguardas europeias.

Alguns artistas se depararam nesse período com a arte produzida pelos povos africanos e ficaram
impactados, incorporando assim elementos afros em suas produções.

O artista que usou a arte africana mais intensamente foi o espanhol Pablo Picasso. Esse pintor incluiu
referências diretas dessa arte em suas obras, sobretudo de máscaras tribais.

Picasso foi um dos responsáveis pela criação do movimento cubista, que fragmentava as figuras, trazendo
uma nova maneira de enxergar o mundo e representá-lo.
Mas antes da fase cubista, o pintor esteve mergulhado em inspirações da arte da África e produziu muitas
obras com alusões africanas, o que o auxiliou a chegar às bases do cubismo.

Certamente, o que impressionou os europeus foi a liberdade, imaginação e capacidade dos povos africanos
de relacionar o universo profano com o sagrado, o que foi ao encontro dos interesses dos modernistas.

Veja também: Danças Africanas

Arte africana em museus europeus


Em 2018, foi elaborado um documento que propõe que os museus franceses deverão devolver o acervo
artístico e cultural dos povos africanos para seu continente de origem.

Peça do povo de Benin que


representa colonizador empunhando arma. Foto: Olivier Laban-Mattei
Isso porque, a maior parte das peças de arte africanas encontra-se em museus na Europa, pois foram levadas
da África pelos povos colonizadores.

Estipula-se um período de cinco anos para que esse patrimônio volte aos seus países de forma temporária ou
permanente.

Arte africana contemporânea


Quando falamos em "arte africana" normalmente pensamos na história da arte africana e nos artefatos
produzidos pelas comunidades tribais há muitos anos.

Entretanto, assim como no resto do mundo, a África continua produzindo arte e possui também artistas
contemporâneos com produções que trazem enorme contribuição para o mundo atual.
Autorretratos
da artista Zanele Muholi, da África do Sul, feitos por volta de 2012
Alguns nomes de destaque, suas nacionalidades e linguagens artísticas, são:

● Zanele Muholi (África do Sul) - fotografia

● Bili Bidjocka (Camarões) - instalações e vídeo

● George Osodi (Nigéria) - fotografia

● Kader Attia (Argélia) - fotografia e outros meios

● Kudzanai Chiurai (Zimbábue) - fotografia, audiovisual e pintura

● Kemang Wa Lehulere (África do Sul) - várias linguagens

● Guy Tillim (África do Sul) - fotografia, documentário

● Tracey Rose (África do Sul) - performance, fotografia

● Aïda Muluneh (Etiópia) - fotografia

Arte Indígena Brasileira


A arte indígena está presente na essência do povo brasileiro, sendo um dos pilares para a cultura do país.
Cultura que é resultado da mistura de vários grupos, dentre eles os povos indígenas - os primeiros habitantes
do território nacional.

Atualmente, existem cerca de 300 etnias indígenas no Brasil, cada uma com comportamentos e costumes
diferentes. Entretanto, existem várias características comuns encontradas em diversas tribos.

Desta forma, cerâmica, máscaras, pintura corporal, cestaria e plumagem resultam em uma arte tradicional
compartilhada: a arte indígena.

Vale lembrar que a utilização de partes de animais no artesanato é exclusiva dos povos das florestas, mas
sua comercialização é proibida.
Além disso, é preocupante constatar que as expressões artísticas dos povos indígenas vem sendo destruídas
rapidamente, assim como sua própria população.

Cerâmica Indígena

Peça de cerâmica da etnia


Assurini, Xingu – PA
A cerâmica é um exemplo de arte que não está presente em todas as tribos, sendo ausente entre os Xavantes,
por exemplo.

Importante destacar que os índios não utilizam a roda do oleiro e, ainda assim, conseguem desenvolver
impressionantes peças.

A cerâmica é produzida principalmente pelas mulheres, que criam recipientes, bem como esculturas. Para
torná-las mais bonitas, costumam usar a pintura com padrões gráficos próprios.

A cerâmica do povo Marajoara, cujo nome advém do local onde ela teve origem (a Ilha de Marajó) é conhecida

no exterior e foi a primeira arte de cerâmica brasileira. Máscaras Indígenas

Máscara indígena que faz


parte do acervo do Museu de Arte Indígena (MAI), inaugurado em 2016 em São Paulo
As máscaras indígenas apresentam um simbolismo sobrenatural. Elas são feitas de cascas de árvores ou
outros materiais como palha e cabaças e podem ser enfeitadas com plumagem.

Normalmente, são utilizadas em ritos cerimoniais. Um exemplo é a tribo dos Karajá, que usa máscaras na
dança do Aruanã para representar heróis que conservam a ordem mundial.

Diz a lenda que as máscaras indígenas geralmente representam entidades que conflitavam com os índios no
passado. Deste modo, as festas e danças são feitas para alegrar e acalmar essas entidades.

Há máscaras grandes, feitas com palhas compridas, que chegam a cobrir o corpo todo. A máscara de
cerâmica é exclusiva dos índios da etnia Mati.

Veja também: Cultura Tupi-Guarani: religião, arte e modo de vida

Pintura Corporal Indígena


A pintura corporal é usada em certos rituais e de acordo com o gênero e a idade. Indicam os grupos sociais
ou a função de cada indivíduo na tribo. Muitas vezes estão associadas a rituais onde ocorrem danças
indígenas.

As tintas usadas são naturais, ou seja, são feitas de plantas e frutos. O jenipapo é o fruto mais usado. Os
índios o utilizam para escurecer a pele, enquanto o urucum dá o tom vermelho. Já o branco é conseguido
através da tabatinga.

São as mulheres que pintam os corpos e os desenhos têm valor simbólico, retratando um momento ou um
sentimento.

Os padrões gráficos mais elaborados são da cultura Kadiwéu. Já em 1560, essa pintura impactou os
colonizadores, que ficaram deslumbrados com tamanha técnica e beleza.

Infelizmente, hoje em dia essa tribo não realiza mais essa pintura corporal, empregando os padrões em peças

de cerâmicas para vender aos turistas. Cestaria Indígena

Exemplos de cestaria indígena


Os cestos são utilizados para uso doméstico, na manutenção e transporte de alimentos. É produzido
normalmente pelas mulheres, com variadas formas de trançados em diferentes formatos.

Os tipos mais comuns de utensílios são:

● Cestos-coadores - para coar líquidos;

● Cestos-tamises - para peneirar farinha;

● Cestos-recipientes - para guardar diferentes materiais;

● Cestos-cargueiros - para transportar cargas.

Arte Plumária Indígena

Exemplo de cocar indígena -


ornamento decorativo para ser usado na cabeça
As plumas são usadas em rituais e coladas diretamente no próprio corpo. Servem também para ornamentar
máscaras, colares, braçadeiras, brincos, pulseiras e cocares, que são feitos de penas e de caudas de aves.

Assim como a pintura corporal, a arte plumária serve também para indicar os grupos sociais.

Na maior parte são os homens que desenvolvem a arte plumária. Essa arte passa por um ritual: primeiro a
caça, passando pelo tingimento (a chamada tapiragem), pelo corte nas formas desejadas, e por fim, a
amarração.

Há tribos que destinam as pinturas ao uso cotidiano, deixando as plumas para as comemorações e rituais
indígenas, inclusive funerais.

Principais Características da Cultura Afro-Brasileira


A cultura afro-brasileira remonta ao período colonial, quando o tráfico transatlântico de escravos forçou
milhões africanos a virem para o Brasil. Assim, foi formada a maior população de origem africana fora da
África.

Esta cultura está marcada por sua relação com outras referências culturais, sobretudo indígena e europeia a
qual está em constante desenvolvimento no Brasil.
Características da Cultura Afro-Brasileira
Uma das principais características da cultura afro-brasileira é que não há homogeneidade cultural em todo
território nacional.

A origem distinta dos africanos trazidos ao Brasil forçou-os a apropriações e adaptações para que suas
práticas e representações culturais sobrevivessem.

Assim, é comum encontrarmos a herança cultural africana representada em novas práticas culturais.

As manifestações, rituais e costumes africanos eram proibidos. Só deixaram de ser perseguidos pela lei na
década de 1930, durante o Estado Novo de Getúlio Vargas.

Assim, elas passaram a ser celebradas e valorizadas, até que, em 2003, é promulgada a lei nº 10.639 (Lei de
Diretrizes e Bases da Educação).

Essa lei exigiu que as escolas brasileiras de ensino fundamental e médio tenham em seus currículos o ensino
da história e cultura afro-brasileira.

Os dois grupos de maior destaque e influência no Brasil são:

● os Bantos, trazidos de Angola, Congo e Moçambique;

● os Sudaneses, oriundos da África ocidental, Sudão e da Costa da Guiné.

Devemos ressaltar que as regiões mais povoadas com a mão de obra africana foram: Bahia, Pernambuco,
Maranhão, Alagoas, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo, São Paulo e Rio Grande do Sul.

Isso devido à grande quantidade de escravos recebidos (região Nordeste) ou pela migração dos escravos
após o término do ciclo da cana-de-açúcar (região Sudeste).

Aspectos da Cultura Afro-Brasileira


De partida, temos de frisar que a cultura afro-brasileira é parte constituinte da memória e da história brasileira
e que seus aspectos transbordam as margens desse texto.

Ela compõe os costumes e as tradições: a mitologia, o folclore, a língua (falada e escrita), a culinária, a
música, a dança, a religião, enfim, o imaginário cultural brasileiro.

Veja também: Arte Africana: a riqueza cultural desse grande continente

As Festividades Populares
Festa de Yemanjá

O Carnaval, a maior festa popular brasileira, celebrada no início do ano e mobilizando a nação.

A Festa de São Benedito, principal festa do Congado (expressão da cultura afro-brasileira), comemorada no
final de semana após a Páscoa.

E, por fim, a Festa de Yemanjá, realizada no dia 2 de fevereiro.

Conheça a História e Origem do Carnaval.

A Música e a Dança

Djembê, Tambor Africano

A influência afro-brasileira está patente em expressões como Samba, Jongo, Carimbó, Maxixe, Maculelê,
Maracatu. Eles utilizam instrumentos variados, com destaque para Afoxé, Atabaque, Berimbau e Tambor.

Não podemos perder de vista que estas expressões musicais são também corporais. Elas refletem nas
formas de dançar, como no caso do Maculelê, uma dança folclórica brasileira, e do samba de roda, uma
variação musical do samba.

Temos outras expressões de música e dança como as danças rituais, o tambor de crioula, e os estilos mais
contemporâneos, como o samba-reggae e o axé baiano.

Finalmente, merece destaque especial a Capoeira. Ela é uma mistura de dança, música e artes marciais
proibida no Brasil durante muitos anos e declarada Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade em 2014.
A Culinária

Acarajé

A culinária é outro elemento típico da cultura afro-brasileira. Ela introduziu as panelas de barro, o leite de coco,
o feijão preto, o quiabo, dentre muitos outros.

Entretanto, os alimentos mais conhecidos são aqueles da culinária baiana, preparados com azeite dendê e
pimentas.

Destacam-se Abará, Vatapá e o Acarajé, bem como o Quibebe nordestino, preparado com carne-de-sol ou
charque; além dos doces de pamonha e cocada

E, por fim, o prato brasileiro mais conhecido de todos: a feijoada. Ela foi criada pelos escravos como uma
apropriação da feijoada portuguesa e produzida a partir dos restos de carne que os senhores de engenho não

consumiam. A Religião

Culto de Candomblé

A religião afro-brasileira se caracterizou pelo sincretismo com o catolicismo, donde unia aspectos do
cristianismo às suas tradições religiosas.

Isso ocorreu para que eles pudessem realizar as práticas religiosas africanas secretamente (associação de
santos com orixás), uma vez que a conversão era apenas aparente.
Assim, nasceram do sincretismo Batuque, Xambá, Macumba e Umbanda, enquanto se preservaram algumas
variações africanas da Quimbanda, Cabula e o Candomblé.

Países da África: mapa, capitais, áreas, idiomas e


moedas
A África possui um total de 54 países. É o continente com a maior quantidade de países, seguido pela Ásia e
pela Europa com um total de 50 países cada.

A África é também o continente que apresenta os piores indicadores socioeconômicos, a segunda maior
população e a terceira maior extensão do mundo.

Os países africanos se dividem em cinco regiões geográficas:

● África Setentrional (Norte)

● África Central

● África Meridional (Sul)

● África Ocidental

● África Oriental.

Lista de Países
Veja a seguir a lista de países por cada uma das regiões do continente africano.
África Meridional
Cinco países fazem parte da África Meridional:

1. África do Sul
● Capital: Pretória (Executiva), Bloemfontein (Judiciária), Cidade do Cabo (Legislativa)

● Extensão territorial aproximada: 1.219.090 km²

● Idioma: Africâner e Inglês (e mais onze idiomas oficiais)

● Moeda: Rand

2. Botsuana
● Capital: Gaborone

● Extensão territorial aproximada: 581.730 km²

● Idioma: Inglês

● Moeda: Pula

3. Lesoto
● Capital: Maseru

● Extensão territorial aproximada: 30.360 km²

● Idioma: Inglês e Sessoto

● Moeda: Loti

4. Namíbia
● Capital: Windhoek

● Extensão territorial aproximada: 824.290 km²

● Idioma: Inglês

● Moeda: Dólar da Namíbia

5. Essuatíni (antiga Suazilândia)


● Capital: Mbabane / Lobamba

● Extensão territorial aproximada: 17.630 km²

● Idioma: Inglês e Sussuáti

● Moeda: Lilangeni

África Central
Nove países fazem parte da África Central, três dos quais pertencem aos PALOP - Países Africanos de Língua
Oficial Portuguesa (Angola, Guiné Equatorial e São Tomé e Príncipe):

1. Angola
● Capital: Luanda

● Extensão territorial aproximada: 1.246.700 km²

● Idioma: Português

● Moeda: Kuanza

2. Camarões
● Capital: Yaoundé

● Extensão territorial aproximada: 475.440 km²

● Idioma: Francês e Inglês

● Moeda: Franco CFA

3. Chade
● Capital: N'Djamena

● Extensão territorial aproximada: 1.284.000 km²

● Idioma: Árabe e Francês

● Moeda: Franco CFA

4. Gabão
● Capital: Libreville

● Extensão territorial aproximada: 267.670 km²

● Idioma: Francês

● Moeda: Franco CFA

5. Guiné Equatorial
● Capital: Malabo

● Extensão territorial aproximada: 28.050 km²

● Idioma: Português, Espanhol e Francês

● Moeda: Franco CFA

6. República Centro-Africana
● Capital: Bangui

● Extensão territorial aproximada: 622.980 km²

● Idioma: Francês

● Moeda: Franco CFA

7. República do Congo
● Capital: Brazzaville
● Extensão territorial aproximada: 342.000 km²

● Idioma: Francês

● Moeda: Franco CFA

8. República Democrática do Congo


● Capital: Kinshasa

● Extensão territorial aproximada: 2.344.860 km²

● Idioma: Francês

● Moeda: Franco Congolês

9. São Tomé e Príncipe


● Capital: São Tomé

● Extensão territorial aproximada: 960 km²

● Idioma: Português

● Moeda: Dobra

África Setentrional
Sete países fazem parte da África Setentrional, também chamada de África do Norte:

1. Argélia
● Capital: Argel

● Extensão territorial aproximada: 2.381.740 km²

● Idioma: Árabe

● Moeda: Dinar argelino

2. Egito
● Capital: Cairo

● Extensão territorial aproximada: 1.001.450 km²

● Idioma: Árabe

● Moeda: Libra egípcia

3. Líbia
● Capital: Trípoli

● Extensão territorial aproximada: 1.759.540 km²

● Idioma: Árabe

● Moeda: Dinar

4. Marrocos
● Capital: Rabat

● Extensão territorial aproximada: 446.550 km²

● Idioma: Árabe

● Moeda: Dirham

5. Sudão
● Capital: Cartum

● Extensão territorial aproximada: 1.861.484 km²

● Idioma: Árabe

● Moeda: Libra sudanesa.

6. Tunísia
● Capital: Tunes

● Extensão territorial aproximada: 163.610 km²

● Idioma: Árabe

● Moeda: Dinar tunisiano

África Ocidental
Dezesseis países fazem parte da África Ocidental, dois dos quais pertencem aos PALOP (Cabo Verde e Guiné-
Bissau):

1. Benin
● Capital: Porto Novo

● Extensão territorial aproximada: 112.620 km²

● Idioma: Francês

● Moeda: Franco CFA

2. Burkina Faso
● Capital: Ouagadougou

● Extensão territorial aproximada: 274.220 km²

● Idioma: Francês

● Moeda: Franco CFA

3. Cabo Verde
● Capital: Praia

● Extensão territorial aproximada: 4.030 km²

● Idioma: Português
● Moeda: Escudo cabo-verdiano

4. Costa do Marfim
● Capital: Yamoussoukro

● Extensão territorial aproximada: 322.460 km²

● Idioma: Francês

● Moeda: Franco CFA

5. Gâmbia
● Capital: Banjul

● Extensão territorial aproximada: 11.300 km²

● Idioma: Inglês

● Moeda: Dalasi

6. Gana
● Capital: Acra

● Extensão territorial aproximada: 238.540 km²

● Idioma: Inglês

● Moeda: Cedi

7. Guiné
● Capital: Conacri

● Extensão territorial aproximada: 245.860 km²

● Idioma: Francês

● Moeda: Franco guineense

8. Guiné-Bissau
● Capital: Bissau

● Extensão territorial aproximada: 36.130 km²

● Idioma: Português

● Moeda: Franco CFA

9. Libéria
● Capital: Monróvia

● Extensão territorial aproximada: 111.370 km²

● Idioma: Inglês

● Moeda: Dólar liberiano


10. Mali
● Capital: Bamaco

● Extensão territorial aproximada: 1.240.190 km²

● Idioma: Francês

● Moeda: Franco CFA

11. Mauritânia
● Capital: Nouakchott

● Extensão territorial aproximada: 1.030.700 km²

● Idioma: Árabe

● Moeda: Uguia

12. Níger
● Capital: Niamei

● Extensão territorial aproximada: 1.267.000 km²

● Idioma: Francês

● Moeda: Franco CFA

13. Nigéria

● Capital: Abuja

● Extensão territorial aproximada: 923.770 km²

● Idioma: Inglês

● Moeda: Naira

14. Senegal
● Capital: Dakar

● Extensão territorial aproximada: 196.720 km²

● Idioma: Francês

● Moeda: Franco CFA

15. Serra Leoa


● Capital: Freetown

● Extensão territorial aproximada: 71.740 km²

● Idioma: Inglês

● Moeda: Leone

16. Togo
● Capital: Lomé

● Extensão territorial aproximada: 56.790 km²

● Idioma: Francês

● Moeda: Franco CFA

África Oriental
Dezoito países fazem parte da África Meridional, um dos quais pertence aos PALOP (Moçambique).

1. Burundi
● Capital: Bujumbura

● Extensão territorial aproximada: 27.830 km²

● Idioma: Francês e Quirundi

● Moeda: Franco do Burundi

2. Comores
● Capital: Moroni

● Extensão territorial aproximada: 1.861 km²

● Idioma: Árabe, Francês e Comorense

● Moeda: Franco das Comores

3. Djibuti
● Capital: Djibuti

● Extensão territorial aproximada: 23.200 km²

● Idioma: Árabe e Francês

● Moeda: Franco do Djibuti

4. Eritreia
● Capital: Asmara

● Extensão territorial aproximada: 117.600 km²

● Idioma: Árabe e Tigrina

● Moeda: Nakfa

5. Etiópia
● Capital: Adis Abeba

● Extensão territorial aproximada: 1.104.300 km²

● Idioma: Amárico

● Moeda: Birr
6. Madagáscar
● Capital: Antananarivo

● Extensão territorial aproximada: 587.040 km²

● Idioma: Francês e Malgaxe

● Moeda: Ariary

7. Malawi
● Capital: Lilongue

● Extensão territorial aproximada: 118.480 km²

● Idioma: Inglês

● Moeda: Quacha

8. Maurícia
● Capital: Port Louis

● Extensão territorial aproximada: 2.040 km²

● Idioma: Inglês

● Moeda: Rúpia mauriciana

9. Moçambique
● Capital: Maputo

● Extensão territorial aproximada: 799.380 km²

● Idioma: Português

● Moeda: Metical

10. Quênia
● Capital: Nairóbi

● Extensão territorial aproximada: 580.370 km²

● Idioma: Suaíle

● Moeda: Shilling

11. Ruanda
● Capital: Kigali

● Extensão territorial aproximada: 26.340 km²

● Idioma: Francês, Quiniaruana e Inglês

● Moeda: Franco ruandês

12. Seychelles
● Capital: Vitória

● Extensão territorial aproximada: 460 km²

● Idioma: Crioulo

● Moeda: Rupia das Seychelles

13. Somália
● Capital: Mogadíscio

● Extensão territorial aproximada: 637.660 km²

● Idioma: Árabe e Somali

● Moeda: Xelim

14. Sudão do Sul


● Capital: Juba

● Extensão territorial aproximada: 644.329 km²

● Idioma: Inglês e Árabe

● Moeda: Libra sul-sudanesa

15. Tanzânia
● Capital: Dodoma

● Extensão territorial aproximada: 947.300 km²

● Idioma: Suaíli Inglês

● Moeda: Xelim tanzaniano

16. Uganda
● Capital: Campala

● Extensão territorial aproximada: 241.550 km²

● Idioma: Inglês

● Moeda: Xelim ugandense

17. Zâmbia
● Capital: Lusaca

● Extensão territorial aproximada: 752.610 km²

● Idioma: Inglês

● Moeda: Quacha

18. Zimbábue
● Capital: Harare
● Extensão territorial aproximada: 390.760 km²

● Idioma: Inglês

● Moeda: Dólar dos Estados Unidos e Rand

Máscaras africanas: importância e significados


As máscaras africanas são elementos culturais de extrema importância para os diversos povos que integram
a África, sobretudo para os países da região subsaariana, localizada ao sul do deserto do Saara.

São muitos os tipos, significados, usos e materiais que compõem essas peças, sendo que um mesmo povo
pode ter várias máscaras diferentes.

Esses objetos fazem parte da enorme riqueza do continente africano, e ficaram conhecidos no Ocidente, em
grande parte, por conta das vanguardas artísticas europeias. Alguns artistas dessas correntes passaram a
integrar referências claras da arte africana em suas próprias obras.

Dive
rsos exemplares de máscaras africanas
As máscaras africanas e os rituais
Apesar de serem reconhecidas como objetos artísticos, as máscaras africanas, na realidade, representam
muito mais do que meros adereços para as populações que as utilizam. Elas são símbolos ritualísticos que
têm o poder de aproximar as pessoas da espiritualidade.

Essas peças são produzidas como instrumentos essenciais em diversos ritos, como rituais de iniciação,
nascimentos, funerais, celebrações, casamentos, curas de doentes e outras ocasiões importantes.

Em geral, os rituais contam também com música e dança, além de vestimentas próprias. É criada uma
atmosfera "mágica" a fim de transformar os participantes que vestem as máscaras em representações de
antepassados, espíritos, animais e deuses.

Confira um vídeo do povo Dogon, no Mali, durante o ritual.


Veja também: Danças Africanas

Danças Africanas
As danças africanas integram a extensa cultura do continente africano e representam uma das
muitas maneiras de comunicação cultural.

Esse tipo de manifestação é de extrema importância para o seu povo, constituindo parte essencial
da vida.

É uma maneira de estarem sempre conectados com seus antepassados e carrega uma poderosa
carga espiritual, emocional e artística, além do entretenimento e diversão.

Apresentação de Dança
Africana em Porto Elizabeth, África do Sul

Características das Danças Africanas


As danças africanas tradicionais são realizadas em ocasiões importantes. Destacam-se as
cerimônias em rituais de passagem, nascimento, casamento, morte, colheita, guerra, alegria, tristeza,
doenças e agradecimentos.

Apesar de o continente africano ter uma grande extensão com diversos países e culturas diferentes,
podemos destacar como pontos comuns na dança da maioria dos povos africanos:

● a organização em círculos, semicírculos ou fileiras;

● a participação de todos, independente da idade ou escala social na comunidade;

● o acompanhamento de música produzida pelo som de instrumentos de percussão e


batuques de tambores.

A partir do estilo de dança africano evoluíram ritmos hoje bastante conhecidos pelo brasileiro, como

a capoeira e o próprio samba. Dança Africana e Religião

Na cultura africana, os pés são um


importante elemento de conexão entre o ser humano e o mundo espiritual

Na visão da maioria dos povos africanos, a dança é uma importante fonte de conexão religiosa.
Nela, o corpo é o instrumento de ligação com o mundo dos espíritos.

Há a crença de que, dependendo do ritual, a dança deve ser executada com os pés descalços para
promover a ligação do espírito com a terra.

O ritmo é considerado elemento de passagem para o mundo espiritual para onde o participante é
levado após um transe.

Veja também: Cultura Africana

Tipos de Danças Africanas


Entre os muitos ritmos de origem africana, podem ser destacados: o ahouach, o guedra, o schikatt, a

gnawa, a kizomba e o semba. Ahouach


O ahouach é dançado coletivamente ao ritmo de berbere e representa a unidade da comunidade.

A coreografia é executada com o sacolejo dos corpos de bailarinos que carregam pesadas joias
talhadas em pedra e âmbar.

O acompanhamento é feito por instrumentos como flautas e tambores confeccionados em pele de


cabra. Em geral, é executada no centro e no sul da África.

Guedra

O guedra é realizado pelo “Povo Azul” do deserto do Saara. Essa manifestação cultural engloba as
populações da Mauritânia, Marrocos e Egito.

Essa é uma dança ritualística em que as pessoas movimentam-se em agradecimento aos elementos
da natureza: terra, ar, água e fogo. É caracterizada pelo toque de tambores a embalar bailarinos
trajados de azul e branco.

Schikatt
Também de origem marroquina, o schikatt é semelhante à dança flamenca. Nesse ritmo, os
bailarinos revelam movimentos com influência oriental e árabe.
Adornadas de véus coloridos que cobrem todo o corpo, as bailarinas também se cobrem de joias
enquanto balançam sob o som de palmas e instrumentos de percussão. Essa é a dança erótica da
mulher do Marrocos.

Veja também: Máscaras africanas: importância e significados

Gnawa

O gnawa é uma dança ritualística que marca a passagem de um mundo para outro.

Vestidos de branco, os bailarinos simulam a presença do deus Hadra, que é trazido para a Terra. Sob
o som de tambores e palmas, são executados movimentos acrobáticos.

Kizomba

Curso de Kizomba, em Luanda,


Angola

O kizomba é um estilo de dança originário nos anos 80 em Angola. Frequentemente é confundido


com o zouk, outro gênero musical e de dança.
Está entre os ritmos que mais demonstram a dinâmica intercultural das danças africanas. Ganhou
adeptos no Brasil e, principalmente em Portugal, com várias academias de dança especializadas em
ensinar o ritmo aos europeus.

Essa dança celebra a felicidade e a confraternização e espalhou-se por todo o continente africano.
Exibindo movimentos suaves e rítmicos, é cantada em crioulo e português.

Veja também: Arte Africana: a riqueza cultural desse grande continente

Semba
Também de origem angolana, o semba é dançado em pares e tem a finalidade de divertir.

É dançado em festas e confraternizações, onde os bailarinos se colocam em pares e executam


passos marcados por sensualidade e malabarismo.

Veja também: Tipos de Arte

Danças afro-brasileiras

O Maracatu é um tipo de
música e dança afro-brasileira que combina vestimentas elaboradas e coloridas

No Brasil, a influência da cultura africana é enorme, por conta da vinda forçada de milhares de
africanos que vieram ao Brasil para serem escravizados.
Dessa forma, foram criados diversos gêneros musicais e estilos de dança no país com grande
influência africana. Alguns deles são:

● Capoeira: mistura música, dança, luta e jogo;

● Congada: que possui caráter religioso;

● Jongo: ritmo que teve bastante influência na criação do samba;

● Maracatu: muito presente na região nordeste do Brasil;

● Samba de roda: surgida na Bahia, no século XVII, hoje é integra o Patrimônio Imaterial da
Humanidade.

Tipos e significados das máscaras africanas


As máscaras africanas possuem significados diferentes umas das outras, dependendo da ocasião, da cultura
e do povo que as utiliza.

Algumas têm formas abstratas com padrões geométricos, como é o caso das peças usadas pelo povo Bwa,
localizado em Burkina Faso. Para eles, esse tipo de adereço é relacionado diretamente com os espíritos da
floresta, seres invisíveis.

Já o povo Senufo, da Costa do Marfim, possui máscaras que valorizam a paciência e o pacifismo, expressos
pelos olhos semicerrados.
À esquerda,
máscara do povo Bwa. À direita, máscara da etnia Senufo
Diferente deles, os Grebo, também da Costa do Marfim, usam máscaras que exibem olhos bem abertos e
redondos. Esse tipo de olhar se relaciona a um estado de atenção e atitude raivosa.

Há também as máscaras que atuam como símbolos de animais, trazendo à tona as características desses
bichos, como a força do búfalo, por exemplo.

Algumas culturas se utilizam ainda de representações femininas em suas máscaras, como é caso da cultura
Punu, no Gabão, do povo Baga, de Guiné-Bissau e dos Idia, em Benin.

À esquerda, máscara do
povo Grebo (Costa do Marfim). À direita, máscara Punu (Gabão)

Produção e materiais das máscaras africanas


São muitos os materiais utilizados como suporte para a confecção dessas peças. O mais comum deles é a
madeira.
Além da madeira, elas podem ser feitas com couros, tecidos, marfim, cerâmica e metais como o bronze e o
cobre. Pode-se acrescentar ainda outros elementos, como cabelos e chifres.

O respeito em torno desses objetos é enorme e o artesão que os produz precisa ser um iniciado na tribo. Ele
realiza rituais para que tenha a permissão de criar essas peças, que serão uma espécie de retrato dos anseios
coletivos.

Vídeo sobre a arte africana


Segue um documentário do programa Nova África, TV Brasil, que apresenta particularidades acerca da arte
africana, com destaque para as máscaras.

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